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CURSO DE MEDICINA Trabalho de Conclusão de Curso Resumos Turma 4ª A – 2007.1 / 2007.2

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CURSO DE MEDICINA

Trabalho de Conclusão de Curso Resumos

Turma 4ª A – 2007.1 / 2007.2

COORDENADORA DO CURSO:

Profª. Marta Silva Menezes

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SALVADOR

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TÍTULO: Eficácia do Transplante de Células-Tronco da Medula Óssea em Pacientes com Miocardiopatia Chagásica Crônica.

ALUNO(A): Alessandra Alves dos Santos ORIENTADOR(A): Ana Cristina O. Andrade

RESUMO

Introdução: a cardiopatia chagásica crônica é um problema de saúde que afeta milhões de indivíduos na América Latina, sendo que no Brasil acomete cerca de nove milhões de pessoas, das quais 30-40% pode ter algum envolvimento cardíaco. A infecção provocada pelo Trypanosoma cruzi, um parasita flagelado, possui três fases: aguda, assintomática ou indeterminada e crônica. Esta pode cursar com acometimento cardíaco, caracterizado por miocardite prolongada, fibrose e hipertrofia compensatória. O tratamento disponível atualmente para esta miocardiopatia não demonstra muita eficácia. Nos últimos anos, a terapia com células- tronco de medula óssea tem sido amplamente estudada pelo potencial de diferenciação destas células em tipos espacializados, como cardiomiócitos. Por este motivo, alguns estudos têm sido realizados com o intuito de avaliar se há eficácia no transplante de células-tronco da medula óssea em pacientes portadores de miocardiopatia chagásica crônica. Objetivo: Analisar a resposta da terapia com células-tronco de medula óssea em pacientes com miocardiopatia chagásica crônica, baseado nos estudos da literatura. Materiais e Métodos: Trata-se de uma revisão sistemática retrospectiva sobre transplante de células-tronco de medula óssea em pacientes portadores de miocardiopatia de origem chagásica e isquêmica. Os trabalhos científicos foram identificados na Base de dados PUBMED/LILACS, busca manual em lista de referência dos artigos identificados e selecionados, além de busca em revistas científicas, todos referentes aos anos de 2000 a 2006.

A busca foi conduzida nos meses de março a setembro de 2007. Resultados: Foram encontrados 32 trabalhos, dos quais foram utilizados apenas 18. Deste, dois envolviam o transplante de células-tronco de medula óssea em pacientes com miocardiopatia chagásica crônica e um envolvia este mesmo transplante em animais com miocardiopatia chagásica. Nos trabalhos analisados, 33 pacientes apresentaram, após o transplante de células- tronco, leve melhora em parâmetros funcionais cardíacos como fração de ejeção do ventrículo esquerdo, diâmetro diastólico final o ventrículo esquerdo, Classe Funcional NYHA, Escore de Qualidade de Vida de Minnesota e distância caminhada no teste de 6 minutos. Outro trabalho envolvendo animais chagásicos demonstrou que após o transplante de células-tronco da medula óssea, o número de células inflamatórias no tecido cardíaco dos animais passou de 317,7±49,9 para 66,5± 22,4, a área de focos fibróticos passou de 38,7%±3,0% para 3,9±1,0% e o número de focos fibróticos passou de 17±5 focos/mm² para 10±4 focos/mm².

Uma revisão sistemática e meta-análise sobre terapia com células-tronco e doenças isquêmicas cardíacas demonstrou melhora, após o transplante de células-tronco da medula óssea, na fração de ejeção do ventrículo esquerdo de 3,66% (95% IC, 1.93% a 5.40%; I2=71%; P<0.001), reduziram a área de cicatriz do infarto em 5,49% (95% IC, -9.10% a -1.88%; I2=66%; P=0.003), reduziram o volume sistólico final do ventrículo esquerdo em 4.80mL (95% IC, -8.20 a -1.41mL; I2=0%; P=0.006), e reduziram o volume diastólico final do ventrículo esquerdo em 1.92mL (95% IC, -6.31 a 2.47mL; I2=0%; P=3.9). Conclusão: Os resultados iniciais da resposta à terapia com células-tronco da medula óssea em pacientes com miocardiopatia chagásica ainda são insuficientes para sugerir uma possível eficácia terapêutica do procedimento em questão.

Palavras-chave: miocardiopatia chagásica; miocardiopatia isquêmica; transplante de célulsa-tronco; medula óssea; terapia celular.

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TÍTULO: Distúrbio do crescimento e outras endocrinopatias em portadores de Dermatite Infecciosa associada ao HTLV-I (DIH) E/OU mielopatia associada ao HTLV-I /

Paraparesia Espástica Tropical (HAM/TSP) na faixa etária infanto-juvenil.

ALUNO(A): Aline Miranda Soares ORIENTADOR(A): Luiz Fernando Adan

RESUMO

Introdução: Estima-se que entre 15 e 20 milhões de pessoas no mundo estejam infectadas pelo HTLV-1. A infecção por este retrovírus está envolvida na patogênese de uma série de doenças, destacando-se a Leucemia/Linfoma de Células T do Adulto (ATL), a Mielopatia associada ao HTLV/Paraparesia Espástica Tropical (HAM/TSP) e a Dermatite Infecciosa associada ao HTLV-1 (DIH). A HAM/TSP é uma patologia grave e incapacitante que pode associar-se a alterações endócrinas, como tireoidite (Matsuda et al, 2007) e pseudohipoparatireoidismo (Yoshida et al, 1993), sendo sua forma infanto-juvenil mais freqüente em pacientes com DIH. Tem-se observado baixa estatura nestes pacientes. Objetivos: Para tal, objetivamos investigar distúrbios do crescimento e outras endocrinopatias em pacientes com DIH e/ou HAM/TSP na faixa etária infanto-juvenil. Métodos: Estudo prospectivo, no qual 14 pacientes com DIH e/ou HAM/TSP foram submetidos à avaliação pôndero-estatural e puberal e comparados a controles (irmãos) infectados assintomáticos e não-infectados. A investigação complementar do crescimento foi realizada através da dosagem de IGF-1, IGFBP-3, PTH, TSH, T4 livre, cálcio, fósforo, magnésio, 25-hidroxivitamina D e testes de secreção de GH. Os casos com evidências de pilificação pubiana e axilar inadequada foram submetidos também à dosagem de SDHEA, Testosterona Total e Delta 4 Androstenediona. Foram incluídos todos aqueles que aceitaram participar do estudo e preencheram o termo de consentimento, e excluídos os portadores de outras co-morbidades associadas a distúrbios do crescimento. Resultados: A estatura média nos casos foi de -3,02 ± 0,97 DP e nos controles -0,12 ± 1,27 DP (p= 0,10); com relação ao escore z do peso esses valores foram respectivamente de -1,73± 1,03 DP e -0,15± 1,8 DP (NS). A função tireoidiana foi normal em toda população estudada, assim como o PTH. Cinco pacientes com DIH, HAM/TSP e baixa estatura importante foram submetidos à avaliação complementar do crescimento. Três apresentaram concentração de IGF-1 inferior aos limites de normalidade e quatro tiveram pico de GH insuficiente, após teste de estímulo com clonidina. Não foram evidenciados sinais clínicos de pseudohipoparatireoidismo, porém observou-se ausência de pêlos axilares e escassez de pilificação pubiana em duas pacientes do sexo feminino, nas quais evidenciou-se baixos níveis de SDHEA. Conclusão: Em contraste com dados da literatura, disfunções tireoidianas ou paratireoidianas não foram detectadas nessa população; entretanto, baixa estatura é uma complicação freqüente em pacientes com DIH e HAM/TSP; em alguns casos, por deficiência de GH. A androgenização inadequada em indivíduos do sexo feminino pode resultar de disfunção corticotrópica central. Assim novos estudos deverão ser realizados com um maior número de casos, maior tempo de acompanhamento e investigação sistemática da secreção de GH e ACTH hipofisários.

Palavras-chave: endocrinopatias; HTLV-I; HAM/TSP.

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TÍTULO: Benefícios do uso de Bevacizumab e Ranibizumab na Degeneração Macular Relacionada à Idade, tipo Neovascular

ALUNO(A): Aline Souza Rocha ORIENTADOR(A):

RESUMO

Introdução: A Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI) Neovascular é a principal causa de cegueira legal em indivíduos acima de 50 anos de idade. A maioria dos tratamentos atualmente disponíveis tem como base a destruição e/ou bloqueio da formação de neovasos e está associada com efeitos não desejáveis. As drogas Bevacizumab e Ranibizumab constituem uma promissora opção terapêutica, pois propiciam a destruição de membrana formada e a inibição de sua formação, além de minimizar os efeitos não desejáveis atribuídos aos outros tipos de tratamento. Objetivo: Avaliar a eficácia e segurança do uso das drogas anti-angiogênicas: Bevacizumab e Ranibizumab e em DMRI neovascular. Além de comparar o uso destas duas drogas. Material e métodos: Revisão bibliográfica de trabalhos científicos que estudaram a DMRI e o uso das drogas anti-angiogênicas: Ranibizumab e Bevacizumab. Resultados: De acordo com os artigos analisados houve aumento e estabilidade da acuidade visual, associada em alguns casos à presença de eventos não desejáveis. Discussão e/ou conclusão: Ambas as drogas propiciam benefícios visuais, mas se encontram associadas com eventos adversos. É necessária a realização de mais estudos com uma maior amostragem e duração sobre as drogas analisadas para a detecção da melhor terapêutica para o paciente, apesar dos dados em favor do uso de Bevacizumab, que além dos bons resultados apresentados, possui menor custo.

Palavras-chave: DMRI; drogas; anti-angiogênicas; Bevacizumab; Ranibizumab

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TÍTULO: Eficácia da Radiografia de Tórax Para o Diagnóstico de Pneumonia Associada à Ventilação - Mecânica e Análise Crítica de Sua Realização Diária.

ALUNO(A): Ana Carolina de S. Vasconcelos ORIENTADOR(A):

RESUMO

Introdução: Pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV) é a infecção hospitalar mais freqüente entre os pacientes sob ventilação mecânica (VM) em Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Seu diagnóstico é difícil e não há um padrão ouro. Os critérios clínicos (incluindo os aspectos radiológicos) continuam a ser o ponto de partida para diagnosticar PAV. Objetivo: Diante do intenso debate que acontece, atualmente, a respeito da necessidade da realização diária e rotineira de radiografia de tórax nos pacientes internados em UTI, foi feito este estudo com o objetivo de revisar a literatura a respeito da eficácia da radiografia de tórax no diagnóstico da PAV e, a partir daí, analisar criticamente a necessidade da sua realização diária nos pacientes sob VM. Metodologia: foi realizada uma revisão de literatura na base de dados MEDLINE e LILACS, além de ter sido feita uma busca manual em lista de referência dos artigos identificados e selecionados. Resultados: Seis artigos foram selecionados. Os valores relativos à sensibilidade da radiografia de tórax para o diagnóstico de PAV foram 87,5%, 78%, 60%, 64%, 55%, 25% e 92%. Já os valores relativos à especificidade foram 25,6%, 42%, 29%, 27%, 50%, 40%, 75% e 33%. Discussão: A maioria dos artigos mostrou valores de sensibilidade altos ou intermediários. Com relação à especificidade, a maioria mostrou valores baixos. Conclusão: A radiografia de tórax, isoladamente, não estabelece o diagnóstico definitivo de PAV, mas pode ter utilidade como método de triagem. Diante dos dados disponíveis, ainda não é possível chegar a um consenso sobre a sua realização diária.

Palavras-chave: pneumonia associada à ventilação mecânica; radiografia de tórax; diagnóstico; unidade de terapia intensiva.

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TÍTULO: Importância do Uso das Estatinas na Disfunção Endotelial e na Prevenção Secundária de Eventos Cardiovasculares em Pacientes Diabéticos

ALUNO(A): Ana Olívia Almeida da Cunha

ORIENTADOR(A): Ana Cristina Carneiro dos Reis

RESUMO

INTRODUÇÂO: O diabetes mellitus (DM) é uma doença caracterizada por hiperglicemia crônica devido à deficiência da ação da insulina. Está associada à disfunção endotelial e é considerada um fator de risco importante para doenças cardiovasculares (DCV). As estatinas são agentes hipolipemiantes que exercem os seus efeitos através da inibição da enzima HMG-CoA redutase e atuam reduzindo os níveis de lipoproteínas de baixa densidade (LDL), Triglicérides (TG) e aumentando níveis de lipoproteína de alta densidade (HDL).

OBJETIVO: fazer uma revisão na literatura sobre os benefícios obtidos com o uso de estatinas em pacientes diabéticos e seu impacto na disfunção endotelial e no risco cardiovascular. MÉTODO: Foi realizada uma revisão na literatura no site de busca Pubmed, nos idiomas inglês, português e espanhol utilizando as seguintes palavras chaves: “diabetes mellitus e estatinas”, “diabetes mellitus e disfunção endotelial”,

“prevenção secundária em pacientes diabéticos”, “diabetes, eventos cardiovasculares e estatinas”, sendo selecionados um total de setenta e sete artigos. RESULTADOS: os artigos pesquisados mostram que as estatinas reduzem os níveis de colesterol total, LDL, TG e aumentam os níveis de HDL, além de terem apresentado efeitos anti-inflamatórios e anti-trombóticos. Houve uma redução na morbidade e mortalidade por eventos cardiovasculares nos indivíduos que utilizaram estatina. CONCLUSÃO: o diabetes mellitus é considerado um importante fator de risco para eventos cardiovasculares. A principal etiologia para a elevada morbidade e mortalidade encontrada nesses indivíduos é a vasculopatia, que pode se apresentar sob a forma de doença microvascular ou macrovascular e são resultantes da disfunção endotelial. As estatinas por apresentam propriedades anti-inflamatórias e anti-oxidativas, além dos efeitos hipolipeimiantes, se mostraram extremamente eficazes em otimizar a função endotelial e reduzir consideravelmente as

complicações da doença. São drogas que estão revolucionando o tratamento da diabetes pela habilidade que possuem em prevenir a progressão para DCV e portanto devem ser usadas por todos os pacientes,

independente dos níveis lipídicos prévios.

Palavras chave: diabetes mellitus; estatinas; disfunção endotelial; prevenção secundária; eventos cardiovasculares.

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TÍTULO: Eficácia e Segurança da sitagliptina no tratamento do diabeates mellitus tipo 2.

ALUNO(A): André Luis de Pinho El-Sarli ORIENTADOR(A): Maria de Lourdes Lima

RESUMO

Introdução: A evolução da sociedade moderna, conduz a criação de drogas cada vez mais eficientes e que propiciam uma melhor qualidade de vida para o homem.Na evolução dos medicamentos para o diabetes mellitus tipo 2, surgiu uma nova classe de fármacos, os inibidores da enzima dipeptidil peptidase- 4.Objetivo: Foi analisada a eficácia e segurança do uso desta nova classe de fármacos no controle do diabetes melitus tipo 2.Resultados:Ocorreram significativas reduções nos valores da hemoglobina glicosilada, glicemia plasmática em jejum, glicemia 2 horas pós-prandial, entre outros achados.Além disto, ocorreu um baixo risco de hipoglicemia e de alterações no peso corporal.Conclusão: Diferentes de muitos medicamentos contra o diabetes que possuem importantes efeitos colaterais, os efeitos adversos destas drogas são semelhantes aos causados pelo placebo e possuem uma eficácia importante no tratamento desta doença.

Palavras-chaves: “DPP-4 inhibitors”, “sitagliptin”, “diabetes mellitus type 2”, “treatment”, “sitagliptina”,

“diabetes tipo 2”, “janúvia”, “dipeptidil peptidase”

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TÍTULO: Voz profissional: sua importância e principais lesões estruturais de corda vocal.

ALUNO(A): Aroldo Figueiredo de S. Jr.

ORIENTADOR(A): Dário O. Lopes Jr.

RESUMO

Introdução: A voz se faz presente nos processos de socialização humana, como um dos componentes da linguagem oral e da relação interpessoal. Ela é um instrumento essencial na vida profissional de muitas pessoas, sendo que cerca de 25% da população economicamente ativa considera a voz como instrumento de trabalho primordial. No mundo globalizado, a comunicação oral adquire um papel cada vez mais importante no mercado de trabalho chegando ao ponto que para muitas pessoas a disfonia pode representar a

impossibilidade total em exercer sua profissão. Objetivo: Verificar na literatura a importância da voz para o profissional que a utiliza como instrumento de trabalho e as lesões estruturais que acometem as cordas vocais destes indivíduos. Metodologia: Revisão bibliográfica na literatura dos artigos publicados nos principais sites, livros e revistas na língua inglesa e portuguesa entre os anos de 1988 à 2007. Resultados: O uso profissional da voz mostrou ser um fator de risco para o aparecimento de sintomas e lesões na prega vocal devido ao abuso vocal. Rouquidão, fadiga vocal e dor de garganta foram os sintomas mais comuns.

Alterações estruturais mínimas, nódulos vocais, pólipo e edema de Reinke foram às patologias mais freqüentes. Conclusões: A disfonia decorrente do abuso ocupacional mostrou elevada prevalência em diversos profissionais da voz. A grande maioria dos especialistas afirma que a prevenção é o objetivo a ser alcançado por todos, seja através de mudanças de estilo de vida e comportamento, bem como com palestras e cursos buscando a conscientização pelo profissional da voz da importância do tema.

Palavras-chave:

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TÍTULO: A Ontogenia do Ritmo Circadiano de Cortisol.

ALUNO(A): Bárbara Luiza Oliveira Vidal ORIENTADOR(A): Luciana Lyra Casais Silva

RESUMO

Introdução: Esta revisão de literatura estudou o momento de emergência e os possíveis fatores envolvidos na ontogênese do ritmo circadiano de cortisol. O cortisol é um hormônio esteróide produzido pelo córtex da adrenal que apresenta um padrão basal de secreção com ritmicidade circadiana dependente da interferência de diversos fatores. Este ritmo biológico apresenta um papel importante em estados fisiológicos e processos patológicos que apresentam flutuação ao longo do dia. Objetivo: Revisar a literatura existente à respeito da ritmicidade diária da secreção do cortisol, do momento em que esta se estabelece e dos fatores envolvidos no seu desenvolvimento. Metodologia: Ocorreu a busca de artigos através dos portais de Revistas Científicas de Ciências da Saúde, Bireme (SCAD) e Pubmed através do termo ontogeny and circadian and rhythm and cortisol, sendo incluídos artigos que abordassem a idade ou os fatores envolvidos no desenvolvimento do ritmo, independente do ano de publicação. Resultados: O estudo da ontogenia do ritmo circadiano de cortisol normalmente é realizado de duas formas: a investigação do momento em que surge a ritmicidade circadiana do hormônio e a análise dos possíveis fatores envolvidos no seu desenvolvimento. Discussão: Estão provavelmente envolvidos na sincronização fatores como o ciclo luz-escuridão, o padrão de ingesta alimentar, a prematuridade, as influências maternas; a corticoidoterapia, materna (gravidez) ou neonatal atuaria como perturbadora. A idade de emergência do ritmo ainda diverge entre os estudiosos; a metodologia varia de forma significativa e isto pode ocasionar achados distintos. Considerações Finais: Cortisol é um hormônio virtualmente presente em todas as funções orgânicas; seu estudo requer uma abordagem controlada e as restrições necessárias são inaplicáveis em humanos. As diferentes abordagens permitidas para o estudo da ritmicidade circadiana do cortisol ainda não se apresentam com precisão; para este objetivo são necessárias condições ideais as quais não correspondem à metodologia atual.

Palavras-chave: cortisol; ritmo circadiano; sincronizadores; idade de emergência.

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TÍTULO: Prevalência de fatores de risco e doença cardiovasculares entre cardiologistas brasileiros.

ALUNO(A): Camila Maron Ferreira ORIENTADOR(A): Mário Seixas Rocha

RESUMO

Introdução: O cenário atual da medicina resulta em insatisfação e desgaste dos médicos devido a longas jornadas, baixa remuneração por hora e tempo reduzido de atividades de lazer. Isso pode refletir-se na sociedade, por meio da baixa qualidade do atendimento, e também nestes profissionais, pelo maior descaso com seu estado de saúde. Objetivo: O principal objetivo deste estudo é avaliar as prevalências de doenças cardiovasculares e de fatores de risco cardiovascular em uma amostra probabilística de médicos associados à Sociedade Brasileira de Cardiologia. Materiais e métodos: Utilizando delineamento transversal, estudou-se uma amostra representativa de cardiologistas brasileiros, um total de 610 médicos. Num questionário padronizado, aplicado pelo telefone, foram coletadas informações sobre dados demográficos, informações profissionais e condições de saúde, com ênfase na presença de fatores de risco e de doenças cardiovasculares.

Resultados: Os resultados revelaram uma amostra de meia idade, maioria homens, brancos e casados. Porém, uma elevada participação feminina numa faixa etária menor que 50 anos. 95% dos cardiologistas têm pelo menos dois fatores de risco cardiovascular. Destes os mais prevalentes entre os modificáveis foram o sedentarismo e hipertensão arterial sistêmica, e entre os não-modificáveis, história familiar de doença arterial coronariana e a idade. Comparativamente à literatura, há uma maior prevalência de sedentarismo, hipertensão e diabetes, e uma menor prevalência de tabagismo. Dentre as doenças, as mais prevalentes foram de etiologia isquêmica, com uma taxa entre 0,7% e 0,8%. Conclusão: Portanto, os médicos cardiologistas têm uma elevada prevalência de fatores de risco modificáveis, sugestiva de risco intermediário, contudo apresentam uma baixa taxa de doença cardiovascular.

Palavras chave: doenças cardiovasculares, fatores de risco, médicos.

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TÍTULO: Efeitos adicionais das Estatinas – Ação sobre a Regulação da Óxido Nítrico Sintase e da NADPH oxidase em Fagócitos e Células Endoteliais e seu Benefício Anti- aterosclerótico.

ALUNO(A): Camila Sampaio Ribeiro

ORIENTADOR(A): Alberto Augusto Noronha Dutra

RESUMO

Introdução: As estatinas são inibidores da HMG-CoA redutase, enzima que atua na fase inicial da biossíntese do colesterol. O tratamento com estatina resulta em diminuição do colesterol sérico. Além da depleção do colesterol, acredita-se que as estatinas exerçam efeitos adicionais que parecem estar relacionados com a inibição da síntese de moléculas intermediárias da via de síntese do colesterol, o geranilgeranilpirofosfato (GGPP) e o farnesilpirofosfato (FPP). Supõe-se que a escassez desses compostos provoque redução da prenilação de algumas proteínas como, por exemplo, a Rac, Rho e Rap, envolvidas, dentre outras funções, na regulação da NADPH oxidase e da óxido nítrico sintase (NOS). Os produtos dessas enzimas, o superóxido e o oxido nítrico, desempenham importante papel na aterogênese. Como as estatinas são uma das drogas mais prescritas em todo o mundo e devido a possibilidade de ampliação do seu uso na medicina é importante investigar e entender todos os seus efeitos. Método: Foi realizada uma revisão bibliográfica de trabalhos científicos que abordam os efeitos pleitrópicos das estatinas relacionados à sua ação sobre a regulação da NOS e da NADPH oxidase. Foram incluídos estudos publicados no período de 1997 a 2007, escritos em português, inglês ou espanhol. Resultados: Foi demonstrado que na aterosclerose há aumento da ativação da NOS induzível (iNOS) e da NADPH oxidase e redução da expressão e ativação da NOS endotelial (eNOS). Isto resulta em maior produção de NO e superóxido pelos leucócitos e menor quantidade de NO gerado pelo endotélio. O tratamento com estatina antagoniza todos esses efeitos, reduzindo a produção desses radicais livres. Essa ação das estatinas é revertida, total ou parcialmente, após a adição de mevalonato, GGPP e FPP. Discussão: Esses achados que indicam que a prenilação de proteínas, processo inibido pelas estatinas e reestabelecido após tratamento com GGPP, FPP ou mevalonato, é uma etapa moduladora da expressão e ativação da NOS e da NADPH oxidase. A redução da produção do superóxido e do óxido nítrico diminui o estresse oxidativo e a inflamação e melhora a disfunção endotelial típica da aterosclerose. Desta forma, a combinação de todos esses efeitos das estatinas resulta em melhora clínica significativa, reduzindo a morbi-mortalidade cardiovascular relacionada à hiperlipidemia e aterosclerose.

Considerações finais: Têm sido pesquisados também outros efeitos das estatinas, que não foram abordados nesta revisão, mas que juntamente com seu importante efeito sobre a NOS e sobre a NADPH oxidase atribuem a essas drogas relevantes efeitos antiinflamatório, imunossupressor, antitrombótico, anti- proliferativo e pró-apoptótico. Isto sugere a possibilidade de uso dessas drogas no tratamento de doenças auto-imunes, pos transplantados e neoplasias por exemplo.

Palavras-chave: estatinas; efeitos adicionais; NADPH oxidase; NOS.

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TÍTULO: Avaliação do comportamento e controle metabólico em pacientes com Diabetes Mellitus tipo 1 em uso de bomba de insulina.

ALUNO(A): Carolina Melo Andrade ORIENTADOR(A): Ana Cláudia Ramalho

RESUMO

Introdução: A BIISC é um tratamento insulínico intensivo, que consiste na reposição fisiológica de insulina, contagem de carboidratos, monitorização da glicemia e atividade física. Muitos estudos tem demonstrado relação entre o uso da BIISC e melhora do controle metabólico em pacientes com DM1. Objetivo: Avaliar o comportamento e controle metabólico dos pacientes com DM1 em uso de BIISC. Metodologia: estudo de corte transversal com 21 pacientes com DM1 em uso de BIISC de uma clínica particular em Salvador. Foi enviado um questionário via e-mail sobre tempo de diagnóstico, tempo de uso da BIISC, mudança dos basais, troca dos descartáveis, monitorização glicêmica, ingesta de carboidrato, padrão alimentar e atividade física. Dados como Hb1Ac e IMC, foram colhidos do prontuário dos respectivos pacientes antes e depois de 3 a 6 meses do tratamento com BIISC. Resultado: 16 pacientes responderam o questionário, 43,7% eram do sexo masculino e 56,3% do sexo feminino, com uma mediana de idade de 24.5 anos, tempo de diagnóstico 5.9 anos, tempo de uso da BIISC 11 meses. Houve diferença significativa na HbA1c de antes e de depois do uso da BIISC (p=0,04). Não houve mudança no IMC após o uso da BIISC. Controle glicêmico (62,5%), qualidade de vida (56,5%) e fenômeno do alvorecer (12,5%) foram as indicações para o uso da BIISC. A maior parte dos pacientes (56,3%) realizam a troca do cateter subcutâneo em 4-4 dias ou mais. Todos os pacientes realizam monitorização da glicemia, 43,7% pacientes realizam monitorização glicêmica 1-2 vezes, 12,6% monitoram de 3-4 vezes, 43,7% mais que 4 vezes ao dia. Não houve diferença entre a freqüência da glicemia capilar e a HbA1c Os pacientes que nunca usam doses fixas de insulina tinham uma mediana de HbA1c de 7,4%, menor do que aqueles que raramente usam ou que usam com freqüência, HbA1c 8,4% e 10,9% respectivamente (p=0,23). Conclusão: A terapia com BIISC é eficaz no tratamento dos pacientes com DM1, pois reduziu os níveis de HbA1c e não aumentou o IMC. Para ter sucesso no tratamento os pacientes precisam realizar glicemia capilar, contagem de carboidratos, tomar insulina nas refeições e corrigir os episódios de hiperglicemia.

Palavras-chaves: Diabetes; bomba de insulina; controle metabólico.

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TÍTULO: Urbanização de Doenças Endêmicas o Caso de Salvador: Doença de Chagas, Leishmaniose Visceral e Esquistossomose.

ALUNO(A): Cibele Conceição dos Apóstolos Pereira ORIENTADOR(A): Mittermayer Galvão dos Reis

RESUMO

Doença de Chagas, Leishmaniose visceral e esquistossomose são doenças infecciosas negligenciadas pelas principais estruturas governamentais. Nos últimos anos elas têm emergido em muitos centros urbanos brasileiros relacionadas a processos migratórios (intensificado a partir da década de 60), construções em áreas limítrofes com regiões silvestres, deficiente rede de esgotamento sanitário e distribuição de água potável. Estas doenças são vulneráveis ao controle embora, na maioria das vezes, este seja insuficiente devido à má administração pública para prevenção – atenção primária à saúde. Salvador, como uma grande metrópole regional, congrega todas estas características: tem importantes construções limítrofes com a Mata Atlântica (como Alphaville), possui bairros periféricos sem urbanização adequada que acabam assumindo o caráter de favela, trazendo consigo todas as conseqüências sócio-econômicas fatalmente associadas à ocorrência destas patologias (como Valéria, São Bartolomeu, Palestina). Vale ressaltar que no passado estas doenças já ocorreram na cidade e agora estariam relacionadas a uma re-emergência. Neste trabalho são abordados os principais aspectos epidemiológicos de doenças que têm importantes áreas endêmicas limítrofes com Salvador, enfocando os anos 2006 e 2007. Em alguns casos, até mesmo com o hospedeiro intermediário reconhecidamente presente na cidade (como o barbeiro e o planorbídeo). Neste ambiente urbano o principal fator de risco associado à doença de Chagas foi construção em região limítrofes com Mata Atlântica; o marco com relação à leishmaniose visceral foi a intensa migração com área endêmica próxima e com relação à esquistossomose foi a ausência de rede de esgotamento sanitário adequada associada a má informação da população.

Palavras-chave: Doença de Chagas, leishmaniose vísceral, esquistossomose, urbanização, migração, Salvador.

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TÍTULO: Associação entre vacinação com BCG (Bacilo Calmette-Guérin) e Reatividade Tuberculínica com Atopia – Análise Clínica e Imunológica.

ALUNO(A): Cínara Dourado P. C. Santos

ORIENTADOR(A): Regis de Albuquerque Campos

RESUMO

A BCG (Bacilo Calmette-Guérin) é uma vacina utilizada contra as formas graves da tuberculose. Seu mecanismo de ação induz a ativação de linfócitos Th1, que antagoniza a resposta Th2. A resposta Th2, por sua vez, é responsável pela produção de anticorpos da classe IgE que se ligam aos alérgenos e desencadeiam as manifestações típicas da alergia. Portanto, alguns autores sugerem que a vacinação com BCG ou a própria infecção tuberculosa poderia induzir uma proteção contra as doenças atópicas. Entre as manifestações alérgicas, a asma e a rinite alérgica merecem destaque pela gravidade e freqüência. O objetivo deste trabalho é analisar a associação entre exposição a micobactérias e manifestações alérgicas. Para isso, foi realizada uma revisão da literatura através de buscas no banco de dados eletrônico Pubmed, utilizando os seguintes descritores: BCG, asthma, allergy, atopy, Mycobacterium tuberculosis, tuberculin, PPD, TST, skin test e latent tuberculosis. Foram incluídos artigos escritos em inglês, espanhol e português e excluídas as revisões e os artigos que utilizavam modelos experimentais. Foram selecionados 15 artigos. Três deles não encontraram associação entre a vacinação com BCG e atopia, estendendo também para a ausência de associação entre a idade da aplicação da vacina. Esses estudos apresentam populações diferentes, índices de vacinação prévia com BCG diferentes, além de recursos diversos para a avaliação alérgica. Três outros artigos encontraram indícios da modulação da resposta alérgica por micobactérias. Em geral, esses estudos associaram essa relação à história familiar de atopia. Dentre os sete estudos que abordaram a relação entre o teste tuberculínico (TST) e atopia, três deles não encontraram associação. Um desses estudos avaliou essa associação com populações de diferentes ambientes de moradia. Um estudo encontrou uma associação direta entre o TST e alergia, ou seja, uma enduração maior em crianças alérgicas. Isso pode ter ocorrido devido a uma hiperreatividade cutânea inespecífica ou hipersensibilidade tardia por linfócitos Th2. Outros três encontraram uma associação entre TST e atopia, abordando países diferentes em um mesmo estudo ou áreas endêmicas para tuberculose. Outros dois artigos abordaram a terapêutica da asma com BCG. Encontraram resultados conflitantes, porém utilizaram tipos de vacina diferentes. A hipótese da higiene teoriza que diversos aspectos relacionados ao modo de vida moderno, tais como as vacinações nas crianças, contribuem para ao aumento da incidência das doenças atópicas. Dessa forma, poderia se explicar a relação entre as manifestações alérgicas e as infecções ou exposição a elas, sendo ainda muito controversa em suas análises, conforme indicam os estudos relacionando BCG, reatividade tuberculínica e atopia. É necessário, portanto, mais estudos sobre o tema com abordagens metodológicas mais confiantes e que, de preferência, sejam realizados em nossa população, considerando a importância da infecção tuberculosa em nosso meio.

Palavras-chave: BCG; asma; alergia; atopia; Mycobacterium tuberculosis; TST.

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TÍTULO: Terapia Medicamentosa na Depressão Pós-Acidente Vascular Encefálico.

ALUNO(A): Daniel Silva Ribeiro

ORIENTADOR(A): Eduardo Pondé de Sena

RESUMO

Introdução: a depressão pós-acidente vascular encefálico (DPAVE) é uma das seqüelas psíquicas mais prevalentes nas populações acometidas pelo AVE. Uma terapia medicamentosa eficaz torna-se imprescindível no manejo adequado dos pacientes. Objetivo: este estudo visa realizar uma revisão de literatura sobre a terapia farmacológica na depressão pós-AVE. Método: foi feita uma revisão nos bancos de dados MEDLINE e SciELO utilizando como descritores primários: "stroke", "depression" e "treatment”, incluindo artigos publicados entre o ano de 1996 a 2006. Resultados: treze artigos foram selecionados. Foram encontrados dez artigos que apresentaram terapias farmacológicas eficazes no tratamento da depressão pós- AVE e três em que as terapias farmacológicas utilizadas não trouxeram benefício para a depressão dos grupos em estudo. Conclusão: O manejo farmacológico da DPAVE pode ser realizado de maneira profilática ou terapêutica. Em ambas as modalidades, os inibidores de recaptação seletiva são as medicações mais adequadas, destacando-se a fluoxetina e, em pacientes adequadamente selecionados, a reboxetina e o citalopram. A nortriptilina, antidepressivo tricíclico, é uma alternativa com relativa eficácia na conduta da DPAVE.

Palavras-chave: depressão, acidente vascular encefálico, tratamento.

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TÍTULO: Influência do Htlv-1 nas Manifestações Clínicas e Imunológicas de Doenças Infecciosas.

ALUNO(A): Daniele do Nascimento Pereira ORIENTADOR(A): Edgar Marcelino de carvalho

RESUMO

Introdução: O vírus linfotrópico para células T humanas (HTLV-1) possui distribuição mundial, com alta prevalência no Japão, Caribe, América do Sul e África, atingindo cerca de 10 a 20 milhões de pessoas pelo mundo. As principais doenças causadas pelo HTLV-1, leucemia/ linfoma de células T do adulto (ATL) e paraparesia espástica tropical (HAM/TSP) ocorrem em 5% dos indivíduos, sendo a maioria (95%) considerada como portadora do vírus. O HTLV-1 tem predileção por células T CD4+ e induz a produção de citocinas do tipo Th1 (INF-, TNF- ), e do tipo Th2 (IL-4, IL-5) e ativação de células T. As alterações imunológicas produzidas pelo vírus podem interferir na resposta imune contra outros agentes infecciosos e, consequentemente, nas manifestações clínicas de outras doenças infecciosas. Objetivo: O objetivo deste trabalho foi analisar criticamente os estudos abordando a associação do HTLV-1 com o Strongyloides stercoralis, o Mycobacterium tuberculosis e o Sarcoptes Scabiei. Método: Foi feita uma revisão sistemática de estudos publicados no PubMed de 1990 a 2007, nos idiomas português ou inglês. As referências dos artigos encontrados nesta pesquisa foram revisadas e alguns artigos foram identificados e incluídos nesta revisão. Resultados: Estudos mostraram uma alta prevalência de infecção por cada um destes agentes isoladamente em indivíduos infectados pelo HTLV-1. Pacientes co-infectados pelo vírus e pelo Strongyloides stercoralis apresentaram uma diminuição da resposta imune tipo Th2, levando ao surgimento de formas graves de estrongiloidíase e resistência ao tratamento. Há evidências também de influência do helminto na resposta imune e história natural da infecção viral. Os indivíduos co-infectados pelo HTLV-1 e Mycobacterium tuberculosis apresentaram diminuição da reatividade cutânea e redução da proliferação linfocitária em resposta ao teste de hipersensibilidade ao derivado protéico purificado (PPD). A co-infecção do vírus com o Sarcoptes Scabiei leva a formas graves de escabiose, com alta taxa de mortalidade, além do desenvolvimento de leucemia/ linfoma de células T do adulto (ATL) em pacientes com HTLV-1. Conclusão:

Enquanto existem evidências que o HTLV-1 induz mudanças na resposta imune e manifestações clínicas da estrongiloidíase, existem poucos trabalhos avaliando a influência deste vírus na resposta imune e curso clínico da tuberculose e escabiose.

Palavras-chave: HTLV-1, co-infecção, resposta imune, manifestações clínicas, doenças infecciosas.

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TÍTULO: Depressão e seus determinantes entre médicos cardiologistas brasileiros: uma amostragem probabilística.

ALUNO(A): Danillo Marcel Frota Ledo ORIENTADOR(A): Mário Seixas Rocha

RESUMO

Introdução: A natureza estressante do exercício profissional e a vulnerabilidade pessoal têm sido apontadas como fatores responsáveis por desordens psíquicas em médicos. Objetivo: Determinar a prevalência e identificar preditores de depressão entre médicos cardiologistas. Métodos: Estudo observacional, tipo corte transversal, realizado com 610 médicos cardiologistas associados à Sociedade Brasileira de Cardiologia.

Utilizou-se questionário padrão respondido por telefone pelos próprios médicos, contendo características sociodemográficas; formação técnico-profissional; atividade profissional; presença de fatores de risco e de doenças cardiovasculares; e depressão auto-referida. Resultados: A maioria dos indivíduos foi do sexo masculino (69%), casados (74,9%), com idade média de 47 anos (desvio padrão + 12 anos), com programa de residência médica concluído (84,9%) e mais de 30 anos de graduação (19,3%). Apontaram o setor privado como principal local de atuação profissional (90,2%), carga horária semanal entre 41 a 60 horas (38,6%) e renda superior a R$10.000 (56,6%). A prevalência de depressão foi de 15,4%, com maior freqüência entre as mulheres (21,2%) e na análise de regressão logística o uso de ácido acetilsalicílico (OR 14,69 95% IC 1,934- 111,614) e as comorbidades Diabetes Mellitus (OR 1,79 95% IC 1,038-3,108), hipertensão arterial (OR 3,11 95% IC 1,829-5,291) e dislipidemia (OR 3,21 95% IC 1,907-5,418) se mantiveram associadas à depressão.

Conclusão: A prevalência foi elevada entre os cardiologistas, estando associadas de modo independente à depressão as comorbidades diabetes, hipertensão e dislipidemia e a utilização de aspirina.

Palavras-chave: médicos, medicina, prevalência, eventos estressores, ansiedade, depressão.

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TÍTULO: Doença do Refluxo Gastroesofágico: Formas erosiva e não-erosiva e seus aspectos prognósticos.

ALUNO(A): Danilo Giorgio O. Azevedo Medrado ORIENTADOR(A): Maria Conceição Galvão Sampaio

RESUMO

Objetivo: revisar a literatura com meta de discutir os aspectos evolutivos da doença do refluxo gastroesofágico (DRGE), enfatizando a história natural e as características endoscópicas. Métodos: foram incluídos artigos publicados de 1997 a 2007, sendo o Pubmed (National Library of Medicine) como único banco de dados pesquisado. Resultados: foram utilizados cinco artigos. Os estudos demonstraram que existe movimentação entre os subgrupos da DRGE: erosivo, não-erosivo e esôfago de Barrett (EB). Da forma não erosiva para erosiva a variação da taxa de progressão foi de 15,6 a 88,8%. Cerca de 0 - 1,6% dos pacientes com esofagite erosiva leve progrediram para uma forma mais grave, enquanto a variação entre a forma erosiva e esôfago de Barrett foi de 2,0 a 10,0%. Conclusão: existe movimentação entre os subgrupos e em geral é em direção a doença do refluxo não erosiva (DRNE), assim uma pequena parcela dos indivíduos progridem ao longo do tempo. Portanto, a maior parte dos pacientes permanece com o mesmo aspecto de mucosa ao longo do tempo. Caso os pacientes portadores de pirose funcional fossem retirados do grupo da DRNE, os pacientes com e sem erosão teriam uma maior semelhança na resposta terapêutica e no prognóstico. Algumas teorias tentam explicar porque o uso dos IBP foi associado a um maior risco de desenvolvimento do EB, mas a resposta ainda está por vir.

Palavras-chave: Doença do refluxo gastroesofágico; história natural; endoscopia.

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TÍTULO: Situação Epidemiológica, Clínica e Laboratorial do Dengue em Pacientes Hospitalizados no Hospital Couto Maia em Salvador, Bahia.

ALUNO(A): Danilo Marques Brasileiro Castro ORIENTADOR(A): Edilson Sacramento da Silva

RESUMO

Este estudo descreve as características clínicas, laboratoriais e epidemiológicas dos pacientes que foram internados no Hospital Couto Maia em Salvador no período de janeiro de 2005 a setembro de 2007 com diagnóstico final de dengue clássico ou dengue hemorrágico. Foram analisados os prontuários dos 64 pacientes, dentre os quais, 21 tinham diagnóstico de dengue hemorrágico. Entre casos de dengue clássico houve uma predominância do sexo feminino (60,5%), enquanto que nos casos de dengue hemorrágico observou-se a predominância do sexo masculino (57,1%). Na avaliação dos dados referentes à sintomatologia, as variáveis mais freqüentes foram: febre (100%), mialgia (90%), cefaléia (87,5%), vômitos (64,1%), exantema (43,8%), dor retroorbitária (39,1%), prostração (37,5) e anorexia (37,5). Não foi notada diferença significante da ocorrência destas manifestações clínicas entre os pacientes com dengue clássico e com dengue hemorrágico. A presença de petéquias foi significativamente predominante nos casos de dengue hemorrágico. Na analise dos exames laboratoriais foi evidenciado um valor médio elevado das enzimas AST (144,1 U/L) e ALT (116,5 U/L). Em relação à contagem de plaquetas foi constatado uma média de 75.400 plaquetas / mm³, sendo que nos casos com diagnóstico final de dengue hemorrágico o número de plaquetas mostrou-se ainda menor, com uma média de 63.400 células / mm³. A variação das médias do tempo de protrombina entre os grupos de dengue clássico e febre hemorrágica do dengue foi estatisticamente significante.

Palavras-chave: Dengue; Febre hemorrágica do dengue; Clínica; Epidemiológica; Laboratorial.

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TÍTULO: Trauma de Fígado: Tratamento Conservador Vs Tratamento Cirúrgico.

ALUNO(A): Danilo Sobreira Neto ORIENTADOR(A): Jorge Luiz A. Bastos

RESUMO

Introdução: Devido ao seu tamanho e localização anatômica o fígado é um dos órgãos abdominais mais acometidos no trauma. Nos últimos anos, o tratamento conservador vem ganhando importância frente à conduta no trauma hepático. Objetivo: Analisar o melhor tratamento para pacientes vítimas de trauma hepático contuso e que estejam hemodinamicamente estáveis. Material e método: Revisão de literatura com publicações nos últimos 15 anos e selecionado 10 artigos sobre o tema, sendo incluído aqueles que avaliaram e acompanharam os pacientes com provável lesão hepática. Resultado: Considerando as situações em que o paciente vítima de trauma hepático não apresente as indicações operatórias, incluindo hemoperitôneo agudo e instabilidade hemodinâmica, o tratamento conservador é o mais indicado tendo como base para tal afirmação uma gama de vantagens quando comparado ao tratamento cirúrgico. Conclusão: Este estudo demonstrou que atualmente o tratamento não-operatório é a conduta terapêutica de escolha nas lesões hepáticas em pacientes conscientes e estáveis do ponto de vista circulatório.

Palavra chaves: tratamento, conservador, cirúrgico, trauma, lesão, fígado.

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TÍTULO: Eficácia e Segurança do Donepezil na Doença de Alzheimer ALUNO(A): Danton de Miranda Silva Filho

ORIENTADOR(A): Celso Miranda

RESUMO

Introdução: O objetivo desta revisão de literatura é avaliar a eficácia, a segurança e a tolerabilidade do donepezil, um inibidor da colinesterase tipo piperidina, que exibe inibição reversível e não competitiva da acetilcolinesterase, no tratamento da doença de Alzheimer. Métodos: Realizou-se uma busca no banco de dados MEDLINE, LILACS e PUBMED com as palavras-chave donepezil, Alzheimer’s disease, treatment, efficacy, adverse effects, side effects, anticholinesterase inhibitors, sendo inseridos apenas ensaios clínicos randomizados, duplo-cegos e controlados com placebo. Resultados: Foram incluídos cinco estudos que preenchiam os critérios de inclusão supracitados, realizados com pacientes portadores de doença de Alzheimer. Todos os estudos relatados demonstram a eficácia clínica do uso de donepezil nas doses 5 e 10mg/dia; esse tratamento aumentou significantemente a cognição e a função clínica global em ensaios com duração de 15 a 30 semanas (incluindo períodos de 3 a 6 semanas de interrupção).Os efeitos adversos, em todos os estudos, foram maiores no grupo tratado com donepezil, exceto em um estudo onde os efeitos adversos foram maiores no grupo placebo. Conclusão:

Donepezil (5 e 10mg) parece exercer um efeito a curto e longo prazo na melhora da cognição, da função clínica global e da realização de atividades cotidianas de pacientes com doença de Alzheimer. Entretanto as intervenções que objetivam alterar a progressão da doença não são eficazes, uma vez que a medicação não interfere com a evolução natural da doença. Ainda são necessários novos estudos para avaliar o impacto dessa droga em longo prazo.

Palavras-chave:

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TÍTULO: Avaliação dos benefícios da síntese do peritônio no parto Cesário.

ALUNO(A): Décio Aguiar Montenegro de Oliveira ORIENTADOR(A): Omar Ismail Santos P. Darzé

RESUMO

INTRODUÇÃO: Não se sabe quando o fechamento do peritônio passou a ser rotina no parto cesáreo. Isto deve ter acontecido por se achar que a peritonização fosse útil para diminuir a ocorrência de complicações pós-operatórias. Porém, na década de 90 propôs-se que o fechamento do peritônio poderia ter um efeito indutor sobre essas complicações, o que passou a gerar choques de evidências e indicações. OBJETIVO:

realizar uma revisão sistemática para avaliar os benefícios do fechamento ou do não fechamento do peritônio.

MÉTODOS: foi realizada uma revisão sistemática, tendo sido incluídos artigos das línguas inglesa e portuguesa publicados de 1999 a 2006 e que falavam de sobre o fechamento do peritônio em cirurgias cesarianas. RESULTADOS: Em relação ao tempo cirúrgico, todos os trabalhos encontrados relataram que ele foi maior no grupo do fechamento. Apenas um trabalho mostrou diferença significante entre os grupos na ocorrência de febre no pós-operatório. Não houve diferenças significantes na ocorrência de infecções da ferida cirúrgica. Dois trabalhos associaram maior dor no período pós-operatório às pacientes que realizaram o fechamento do peritônio. Dois estudos associaram também ao grupo do fechamento um maior atraso para o restabelecimento da função intestinal. Dois estudos mostraram uma maior incidência de aderências nas pacientes em que o peritônio é deixado aberto, enquanto um estudo observou este fato com maior freqüência no grupo do fechamento. Em relação aos efeitos em longo prazo, não foram encontradas diferenças significantes entre os dois grupos. CONCLUSÃO: o fechamento do peritônio pode estar associado a uma menor formação de aderências em comparação com o não fechamento, mas também com um tempo cirúrgico mais prolongado, maior ocorrência de febre o dor pós-operatórias, maior atraso na retomada da função intestinal. Não há diferença entre o fechamento e o não fechamento do peritônio nos efeitos em longo prazo.

Palavras-chave: cesárea; parto cesáreo; cesariana; fechamento do peritônio.

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TÍTULO: A relação Médico-paciente com pacientes terminais.

ALUNO(A): Diego Ladeia M. de Andrade ORIENTADOR(A): Ieda Maria Barbosa Aleluia

RESUMO

Introdução: Dentre as situações a que o médico esta exposto devido à sua profissão, o convívio próximo com a morte de seus pacientes é uma das mais difíceis de se lidar. A falta de preparo adequado nos cursos acadêmicos e a própria cultura social de negação da morte constituem barreiras que dificultam uma maior compreensão do ciclo natural de vida nos seres humanos pelos médicos, gerando uma série de tensões e angústias nesses profissionais, o que proporciona uma queda da qualidade de vida.

Objetivo: Compreender melhor esse processo e preparar um material de base para futuras reflexões tanto de médicos quanto de estudantes

Metodologia: Foram entrevistados 5 médicos da área de Oncologia acerca da forma como eles lidam com a morte, como eles aprenderam sua conduta, o que eles sentem diante da morte e como lidam com estes sentimentos.

Desenvolvimento: As respostas foram comparadas entre si, analisando semelhanças e diferenças de pontos de vistas, bem como sua relação com a bibliografia de referência sobre o assunto.

Conclusão: Ao final, foi constatado a tensão a qual estes profissionais estão submetidos;

a necessidade de buscar orientação fora do meio científico, principalmente nas doutrinas religiosas; a busca de um atendimento individualizado ao paciente e à família deste, visando um maior apoio emocional; o empenho em manter cuidados paliativos quando as medidas curativas não são mais possíveis e a necessidade de uma compreensão mais ampla da vida, em detrimento de uma atitude unicamente tecnicista.

Palavras-chave: morte; relação médico-paciente; cuidados paliativos.

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TÍTULO: Resposta Imune na Candidíase em Pacientes Soronegativos e Soropositivos para o Vírus da Imunodeficiência Tipo 1 (Hiv-1).

ALUNO(A): Elaine Andrade Cravo

ORIENTADOR(A): Edgar Marcelino de carvalho

RESUMO

Introdução : Fungos do gênero Candida são habitantes comensais da espécie humana, havendo uma prevalência de 30 a 80% de Candida sp. na cavidade oral em indivíduos assintomáticos saudáveis e de cerca de 20% no trato genital feminino em mulheres saudáveis. Ocorrendo alguma falha nos mecanismos de defesa imunológicos há proliferação e progressão para o desenvolvimento de candidíase localizada ou disseminada, sendo a candidíase a patologia fúngica mais comum no ser humano. As formas mais encontradas de candidíase em mucosas são a candidíase vulvovaginal e a orofaringeal sendo, esta última, a infecção oportunista mais comum em pacientes infectados pelo HIV. Objetivo : Fazer uma revisão bibliográfica sobre como ocorre a resposta imune na candidíase em indivíduos que têm candidíase esporádica, candidíase recorrente e candidíase associada ao HIV. Material e método: Busca de artigos relacionados ao tema em bases de dado como PUBMED e BIREME. Resultado: A infecção pelo HIV leva a importantes alterações imunológicas, facilitando a infecção por Candida sp. Há inúmeras diferenças entre a resposta imune à candidíase em indivíduos soropositivos e soronegativos, o que reflete o desajuste do sistema imune promovido pela infecção por HIV a exemplo das alterações relacionadas as células TCD8, onde há inabilidade destas de transpor o epitélio nas lesões orofaringeanas de candidíase. Há alguns aspectos coincidentes como a inabilidade dos anticorpos em conter a candidíase tanto em soronegativos como em soropositivos. Conclusão: Em face destas informações, é importante atentar precocemente para os fatores de risco quanto à candidíase em indivíduos infectados pelo HIV, de forma a melhorar a qualidade de vida bem como prevenir infecções profundas que podem ser fatais.

Palavras-chave : candidíase vulvovaginal; candidíase orofaringeana; HIV; resposta imune.

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TÍTULO: Fatores Prognósticos Associados à Metástase Lifonodal e Sobrevida nos Pacientes com câncer de pênis.

ALUNO(A): Fabiana Oliveira Leal de Souza ORIENTADOR(A): Luiz Eduardo Café C. Pinto

RESUMO

Introdução: O câncer de pênis é uma neoplasia incomum em países desenvolvidos, mas com incidência importante em países subdesenvolvidos e em desenvolvimento, como o Brasil. O carcinoma de células escamosas representa 95% das neoplasias malignas do pênis e está relacionado com presença de fimose, tabagismo, higiene inadequada e baixo nível sócio-econômico. Sem tratamento, os pacientes com carcinoma peniano morrem dentro dos dois primeiros anos após o diagnóstico. Assim, a elucidação de fatores prognósticos associados ao câncer de pênis poderá predizer qual o grupo de pacientes com maior risco de metástase e morte, auxiliando na decisão terapêutica precoce e eficaz desses doentes. Objetivo: Dessa forma, o objetivo desse trabalho é revisar os fatores prognósticos clínicos, patológicos e moleculares associados a metástase linfonodal e sobrevida no câncer de pênis. Método: Foi realizada revisão bibliográfica de artigos sobre o tema pesquisados no Pubmed, disponíveis através do portal CAPES, do acervo de periódicos do Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz – Fiocruz/BA. Foram incluídos no estudo os artigos publicados entre 1997 e 2007, escritos em inglês, espanhol ou português, realizados em humanos. Não houve restrição quanto ao desenho do estudo. Resultados: As seguintes variáveis foram associadas à metástase linfonodal: estágio e grau do tumor, espessura do tumor, padrão de crescimento, presença de invasão vascular ou linfática e imunorreatividade do p53, E-caderina, MMP-2 e -9 e Ki-67. Os fatores prognósticos relacionados de forma significante com pior sobrevida foram idade, estágio pT, “status” linfonodal, espessura do tumor, invasão linfovascular, infiltração da uretra e do corpo cavernoso, metástase linfonodal e imunoexpressão do p53. A sobrevida em 05 anos variou de 71% a 89,5% nos pacientes linfonodos-negativos, e de 14% a 44,9%

naqueles com linfonodos-positivos. Conclusão: Assim, embora alguns fatores prognósticos já estejam bem estabelecidos no câncer de pênis, a realização de estudos epidemiológicos amplos e prospectivos poderá validar as associações encontradas para que esses fatores possam ser usados na prática clínica para o manejo dessa neoplasia.

Palavras-chave: pênis; câncer de pênis; carcinoma de células escamosas; fatores prognósticos; metástase linfonodal; sobrevida.

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TÍTULO: Morte súbita em atletas: fatores predisponentes e preventivos.

ALUNO(A): Felipe Bezerra Alves Siebra ORIENTADOR(A): Gilson Soares Feitosa

RESUMO

A morte súbita que ocorre no atleta, durante a atividade física, é um evento raro, mas que causa um grande impacto na população sempre que é divulgada na mídia. Isso traz um questionamento importante: o exercício é sinônimo de saúde ou de risco para morte? E a resposta é que ele simboliza saúde sempre que bem praticado, e representa risco quando praticado erroneamente e por atletas com doenças cardíacas previamente estabelecidas. Nos atletas com menos de 35 anos de idade, a principal doença relacionada à morte súbita é a cardiomiopatia hipertrófica; já nos atletas com mais de 35 anos, é a doença arterial coronária. A fim de minimizar ao máximo a ocorrência desta fatalidade, é de suma importância que todos os atletas realizem o exame clínico pré-participação e que planos de emergência estejam sempre a postos nos locais de prática esportiva a fim de que sejam acionados prontamente caso aconteça qualquer tipo de eventualidade.

Palavras-chave: morte súbita; esporte; exercício; atividade física; atleta.

(28)

TÍTULO: Aspectos evolutivos do esteato-hepatite não alcoólico – (NASH).

ALUNO(A): Felipe Dominguez Henriques de Campos ORIENTADOR(A): Maria Conceição Galvão Sampaio

RESUMO

Introdução: A doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) corresponde a uma patologia associada, primariamente, com componentes da síndrome metabólica como diabetes mellitus, dislipidemia e obesidade.

Fazendo parte do espectro da doença, está a esteato-hepatite não alcoólica (NASH). Acreditava-se antes que correspondesse a uma doença de curso benigno, porém sabe-se hoje que o NASH pode evoluir para cirrose e carcinoma hepatocelular. Objetivo: Identificar os possíveis aspectos envolvidos na evolução do NASH, buscando associá-la com o desenvolvimento de cirrose criptogênica e carcinoma hepatocelular.

Metodologia: Foram buscados artigos no banco de dados PUBMED publicados no período de 1998 a 2007.

Resultados: Nos pacientes com NASH, fatores como diabetes mellitus, idade maior ou igual a 45 anos, razão AST/ALT maior que 1 e hipertensão foram significativamente associados com mau prognóstico. Nos pacientes com cirrose criptogênica submetidos à realização de transplante hepático, ocorreu desenvolvimento de NASH ao longo do tempo de seguimento. Pacientes com cirrose criptogênica e CHC idiopático apresentaram maior prevalência de componentes da síndrome metabólica em relação aos pacientes com doenças hepáticas atribuídas a causas definidas. Conclusões: NASH foi associado ao desenvolvimento de cirrose criptogênica e carcinoma hepatocelular idiopático. Dessa forma, sabendo-se do espectro evolutivo do NASH torna-se necessário o estabelecimento de protocolos de triagem para estes pacientes, através da realização de biópsias hepáticas.

Palavras-chave: nash; nash and carcinoma hepatocellular; nash and cryptogenic cirrhosis.

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TÍTULO: Associação Entre A Terapia De Reposição Hormonal E Eventos Trombóticos.

ALUNO(A): Fellipe Menezes de Almeida ORIENTADOR(A): Raul Coelho Barreto Filho

RESUMO

Introdução: A terapia de reposição hormonal (TRH) está sendo utilizada para o alívio dos sintomas característicos da pós- menopausa. No entanto, por ser um tratamento recente e que produz comprovada melhora dos sintomas destas pacientes, muitos médicos indicam esse tratamento de forma indiscriminada sem avaliar o risco e o benefício do uso da terapia de reposição hormonal. Objetivo: Avaliar a associação entre a TRH e eventos trombóticos. Material e Métodos: Foram pesquisados os bancos de dados da PubMed, Medline, Bireme, Lilacs e em busca de artigos de ensaio clínico, randomizados, duplo-cegos, placebo controlados, ou coorte e em humanos para associação da TRH e eventos trombóticos, sendo as seguintes palavras-chave utilizadas para a pesquisa: Terapia de Reposição Hormonal, Trombose Venosa Profunda, Tromboembolismo, Menopausa. Resultados: Os pacientes que foram tratados com a TRH tiveram um aumento de cerca de 3 vezes no risco de tromboembolismo venoso (TVP), sendo esse risco restrito ao primeira ano de uso. Percebeu-se um aumento de 15 vezes do risco de tromboembolismo venoso em pacientes que possuíam mutação no fator V Leiden e fizeram uso da TRH. Observou-se uma mudança nos níveis dos fatores pró-coagulantes e anticoagulantes, tendendo a um favorecimento da ativação da coagulação. Conclusão: A terapia de reposição hormonal aumenta o risco de eventos trombóticos devendo ser utilizada em casos específicos e não de maneira indiscriminada.

Palavras-chave: Terapia de Reposição Hormonal, Trombose Venosa Profunda, Tromboembolismo, Menopausa.

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TÍTULO: Prevalência de hipertensão arterial na Penitenciária Lemos de Brito.

ALUNO(A): Fernanda Reis Nascimento

ORIENTADOR(A): Alcina Marta de S. Andrade

RESUMO

Os presídios são parte de uma grande estrutura de execução penal. A saúde da população carcerária é, freqüentemente, negligenciada em todo o mundo por conta do preconceito existente em torno do crime e, principalmente, pela dificuldade das equipes de saúde em solucionar os determinantes de saúde desta população. As patologias crônicas são as mais prevalentes, principalmente em penitenciárias maiores e com medidas preventivas restritas. No Brasil, como ocorre com a maioria das morbidades que atingem a população carcerária, há uma carência de estudos que revelem a prevalência de HA e suas comorbidades na população carcerária e a identificação de vários fatores de risco para hipertensão arterial, como hereditariedade, idade, grupo étnico, nível de escolaridade colaboraram para os avanços na epidemiologia cardiovascular e, na prevenção e terapêuticas dos altos índices pressóricos. MATERIAIS E MÉTODOS:

Trata-se de um estudo descritivo prospectivo, com coleta primária de dados de uma amostra de indivíduos da população carcerária da Penitenciária Lemos Brito. No momento da coleta foi preenchido o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e respondido a um questionário buscando identificar fatores de risco para hipertensão arterial sistêmica, dados sócio-econômicos e história familiar de doenças. No momento da entrevista procedeu-se a medida indireta da pressão arterial, a medição de peso e altura e circunferência abdominal. A amostra foi selecionada aleatoriamente e por pavilhão. Os dados coletados foram consolidados em utilizando-se o software Epiinfo versão 6.04. O Projeto foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública e a coleta de dados foi submetida à autorização pela Direção da PLB. RESULTADOS: Foram entrevistados 49 presidiários. 55.1% dos entrevistados tinha até 30 anos de idade, 63.3% analfabeto funcional, 51% exercia atividade laboral dentro do presídio, 52.1% tinha até 45 meses de cárcere. A média do IMC foi de 24.817 Kg/m2 e a prevalência de HA na população estudada foi de 24.48%, resultados que estão compatíveis com a média nacional e parecidos aos referidos na literatura para a população geral em Salvador. A descrição com maior consistência do problema investigado requer continuidade do trabalho e até, associação a outros estudos na PLB, ampliando-se e equiparando o número amostral à população de cada um dos cinco pavilhões da Penitenciária.

Palavras-chave: Prevalência; Hipertensão Arterial; Penitenciária.

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TÍTULO: Influência do Ciclo Menstrual no Controle Glicêmico Avaliado Pelo Sistema de Monitorização Contínua de Glicose em Mulheres Com Diabetes Tipo 1: Relato de Caso.

ALUNO(A): Fernanda Ventin de Oliveira Prates ORIENTADOR(A): Ana Cláudia Ramalho

RESUMO

Estudos prévios demonstram uma forte correlação entre o ciclo menstrual e as alterações no metabolismo da glicose de mulheres com Diabetes Mellitus (DM) em idade fértil, principalmente na segunda fase do ciclo (fase lútea). Diante disso, o objetivo deste estudo é avaliar a influência das alterações hormonais do ciclo menstrual sobre o controle glicêmico em mulheres com DM tipo 1 em idade fértil. A população será formada por 35 pacientes com diagnóstico confirmado de DM tipo 1, em idade fértil (15 à 35 anos); com tratamento regular especializado para sua condição de base; com Hemoglobina Glicosilada ≤ 7,5% no mês precedente à coleta de dados; com um tempo de doença ≥2 anos. Os critérios de exclusão serão: pacientes em uso de glicocorticóides, terapia de reposição de hormonal, uso de anticoncepcional oral ou outras endocrinopatias que viessem a alterar o padrão do ciclo menstrual (hipotireoidismo, hipertireidismo, insuficiência adrenal, ou hiperprolactinemia). Um questionário padronizado será aplicado, para investigação detalhada dos antecedentes ginecológicos da paciente. Nas diferentes fases do ciclo (folicular e lútea), previamente identificadas, serão avaliadas variáveis como: números de hipoglicemias, inquérito alimentar da ingesta de carboidrato, dose de insulina e, realizadas mensurações dos níveis séricos de estradiol e progesterona. Avaliação do controle glicêmico será realizada através do sistema de monitorização contínua de glicose (CGMS). CGMS, produto Medtronic Minimed, será colocado durante 3 dias na fase folicular (4-8º dia do ciclo) e 3 na fase lútea (entre 18-22º dia do ciclo). Assim, para este relato de caso, foram feitos cálculos de medidas centrais e seus respectivos desvios, e posterior comparação dos valores encontrados em cada fase do ciclo. A análise desta paciente piloto revelou uma tendência a valores glicêmicos mais elevados e maior variabilidade glicêmica com hipoglicemias e hiperglicemias mais freqüentes e mais acentuadas na fase lútea. Não houve diferença da ingesta de carboidratos e da dose diária de insulina entre as fases lútea e folicular. Os dados apresentados, então, sugerem influência de caráter hormonal na diferença evidenciada no controle glicêmico nas duas fases do ciclo. É necessário, portanto, dar continuidade ao projeto, e verificar se há reprodução dos aspectos aqui encontrados na amostra significativa de 35 pacientes, já em processo de avaliação.

Palavras-chave: diabetes mellitus tipo 1; CGMS; ciclo menstrual; glicemia.

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TÍTULO: O uso do Sildenafil na Hipertensão Arterial Pulmonar: Uma Revisão de Literatura

ALUNO(A): Flávia Peixoto Campos Lima ORIENTADOR(A): Almiro Vieira de Melo Filho

RESUMO

Introdução: Hipertensão arterial pulmonar é uma síndrome clínica e hemodinâmica, que resulta no aumento da resistência vascular na pequena circulação, em geral, por mecanismos mistos, envolvendo vasoconstricção e remodelagem da parede arterial. Trata-se de uma doença debilitante, de prognóstico sombrio, que evolui para falência de ventrículo direito e morte em aproximadamente 2,6 anos. Avanços no entendimento da sua patogenia revelaram o envolvimento do endotélio vascular, através da produção cronicamente prejudicada de substâncias vasodilatadoras (prostaciclina e óxido nítrico) e do aumento da produção de vasoconstrictoras (endotelina-1). Tendo em mente a patogenia da doença, novas medicações foram desenvolvidas, com o objetivo de melhorar o quadro clínico e aumentar a sobrevida dos pacientes. Destas, o sildenafil parece ser a mais vantajosa, em razão de sua administração por via oral e de seu baixo custo. Sildenafil é um inibidor da 5-fosfodiesterase, enzima que cliva GMPc, segundo mensageiro do óxido nítrico. Objetivo: Analisar as principais evidências clínicas do uso do sildenafil no tratamento da hipertensão arterial pulmonar, revisando sua eficácia clínica, tolerabilidade e segurança. Métodos: Foi realizada revisão bibliográfica nas bases de dados LILACS, SCIELO, MEDLINE e Cochrane, utilizando como palavras-chave sildenafil and pulmonary and hypertension. Foram selecionados ensaios clínicos randomizados e controlados que avaliassem o uso do sildenafil na hipertensão arterial pulmonar. Resultados: A maioria dos estudos analisados relatou diminuição significativa da pressão arterial pulmonar, aumento do índice cardíaco e redução da resistência vascular pulmonar. Há evidências de que o sildenafil afeta minimamente a circulação sistêmica. Outros achados comuns foram aumento da distância caminhada e, em alguns casos, melhora da classe funcional e do escore de dispnéia de Borg. Efeitos adversos foram, em geral, leves a moderados. Efeitos adversos graves incluíram hipotensão postural e disfunção de ventrículo esquerdo, mas foram incomuns. Conclusão: A terapia com sildenafil é útil no tratamento da hipertensão arterial pulmonar, pois melhora parâmetros hemodinâmicos e clínicos. Além disso, é segura e bem tolerada na maioria dos indivíduos, não apresentando, em geral, efeitos colaterais importantes que limitem seu uso.

Palavras-chave: Sildenafil; tratamento; hipertensão arterial pulmonar

Referências

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