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de ouvir: a experiência sensível do corpo lesma para o historiador da educação

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Academic year: 2018

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1 4 2

VER D E O U VIR : A EXPER IÊN C IA SEN SíVEL D O C O R PO lESM A

PA R A O H ISTO R IA D O R D A ED U C A Ç Ã O

1

TO SEE TO HEAR: THE SENSIBLE EXPERIENCE OF BOOY LESMA FOR THE

HISTORIAN OF THE

Shara jane Ho/anda Costa Adad

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Cientista social, especialista em História do Piauí, Doutora em Educação. Professora Adjunto da Universidade Federal do Piauí - UFPI. Professora do Programa de Pós-graduação em Educação, da UFPI. Professora colaborado-ra do Progcolaborado-rama de Pós-gcolaborado-raduação em Antropologia e Arqueologia, da UFPI. Integrante do comitê executivo da revista digital Entrelugares: revista sociopoética e abordagens afins, do Programa de Pós-graduação em Educa-ção, da UFC.

Resumo

Como pensar a experiência do historiador da Educação a partir da poesia de Manoel de Barros? Este é o objetivo deste artigo: apresentar algumas notas sobre a possível relação entre educação, história, arte e literatura.

Palavras-chave: Historiador da Educação; Manoel de Barros; Corpo Lesma.

Abstroct

How to think the experience of historian of Education from Manoel de Barros's poetry? This is the objective of this article: to present some notes on the possible relation between education, history, art and literature.

Key words: Historian of Education; Manoel de Barros; Lesma Body.

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(2)

-V er de ouvir: a experiência sensível do corpo lesm a para o historiador do E ducação

FEDCBA

A

fonte inicial

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I

nicio este texto deixando Manoel de Barros nos invadir ao nos ajudar a ver de ouvir as fontes da terra:

N a s fé ria s to d a ta rd e e u v ia a le sm a n o q u in ta l. E ra a m e sm a le sm a .

E u v ia to d a ta rd e a m e sm a le sm a se d e sa p re g a r d e su a c o n c h a , n o q u in ta l, e su b ir n a te rra . E e la m e p a re c ia v ic ia d a . A le sm a fic a v a

p re g a d a n a p e d ra , n u a d e g o sto . E la p o ssu íra a p e d ra ? O u fo ra p o ssu íd a ? E u e ra p e rv e rtid o n a q u e le e sp e tá c u lo . u n c a e sc o n d i

a q u e le m e u d e lírio e ró tic o . N u n c a e sc o n d i d e m e u s p a is a q u e le g o sto su p re m o d e v e r. D a v a a im p re ssã o q u e h a v ia u m a tro c a v o -ra z e n tre a le sm a e a p e d ra . C o n fe sso , a liá s, q u e e u g o sta a m u ito , a e sse te m p o , d e to d o s o s se re s q u e a n d a v a m a e sfre g a r a s b a rrig a s n o c h ã o . P a ra m im e sse s p e q u e n o s se re s tin h a m o p ri ilégio d e o u v ir a s fo n te s d a te rra . (B A R R O S , 2 0 1 0 ).

o

cenário ...

143

Um teatro. Uma platéia. Um palco. Um palco? Uma parede e uma

barra: um espaço e um dispositivo. Um texto de Manoel de Barros. Uma música. Um corpo a habitar o espaço da parede. Desenhos rabiscados na parede.

A

cena ...

Um corpo lesmeia pelo espaço da parede. Um corpo ganha um

devir lesma. O corpo-lesma potencializa a dançarina que se movimenta, dançando pela barra de ferro preso a parede. Em movimentos

cadencia-dos, a dançarina vai se enroscando e se movimentando sobre a barra,

imprimindo sentidos a seu corpo e a parede - espaço de sua experimen-tação.

O corpo e a parede vão se misturando ao som de uma música.

Numa dupla captura, a dançarina habita o espaço inusitado e estranho para seu corpo, a parede, e sinto que ela dar sentido ao corpo da bailarina

que não parece uma lesma porque é puro devir ao se tornar um corpo

(3)

Shara Jane H olanda C asta A dad

144

le sm a . E m se u d e v ir le sm a , o c o rp o tra n sfo rm a -se e isso o p o ssib ilita h a b i-ta r o u tro e sp a ç o im p o ssív e l p a ra u m c o rp o h u m a n o , o e sp a ç o v e rtic a l d e u m a p a re d e .

O im p o ssív e l to rn a -se p o ssív e l a o s n o sso s o lh o s: a d a n ç a rin a ra ste -ja n a b a rra , se e n ro sc a , le v a n ta a s p e rn a s, fic a d e c a b e ç a p a ra b a ix o , d á v o lta s, flu tu a n o a r, c h e g a a o c h ã o , n u m m o v im e n to d e sliz a n te , d e rre tid o e e sc o rre g a d io . P o r v e z e s, c o rp o e b a rra se e n tre la ç a m e p o r v e z e s se

se p a ra m , n u m a p e rsp e c tiv a d e le sm a , o c o rp o tira o s p é s d o c h ã o . (S U A

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CIA, 2 0 1 0 ).

P o r su a v e z , h á u m o b se rv a d o r q u e se d á a v e r a p e n a s p e lo m o v i-m e n to d e u m lá p is. O o b se rv a d o r fa z d e se n h o s n a p a re d e q u e sã o p ro je ta d o s p o r u m re tro p ro je to r n a m e d id a e m q u e o m o v im e n to a c o n te -c e . D a n ç a , m ú sic a , p o e sia e d e se n h o s e stã o e m in te ra ç ã o . O lá p is e o re tro p o je to r sã o d isp o sitiv o s d o tra b a lh o d o o b se rv a d o r q u e p e rm ite m a c ria ç ã o d o s d e se n h o s n a p a re d e .: e x p e riê n c ia p e rc e p tiv a d o e n c o n tro e n tre o c o rp o o b se rv a d o r e o m o v im e n to a m b íg u o d o c o rp o le sm a d a d a n ç a rin a q u e d a n ç a a o m e sm o te m p o v a g a ro sa e in te n sa m e n te .

A p la té ia fe ita d e c ria n ç a s a a d u lto s, ta m b é m , e x p e rim e n ta o e sp e -tá c u lo , se n ta d a o u m e sm o d e ita d a n o c h ã o , o lh a n d o e n v o lv id a e d e o u tra p e rsp e c tiv a p a ra a p a re d e e p a ra o in u sita d o d o c o rp o le sm a .

D eslisando na ideia ...

D e sd e o p rim e iro m o m e n to e m q u e a ssisti a o esp etácu lo " E stu d o p a ra L e sm a (2 0 1 0 ), in sp ira d o e m M a n o e l d e B a rro s, fiq u e i e n c a n ta d a c o m a s in ú m e ra s p o ssib ilid a d e s d o c o rp o a o se r p o te n c ia liz a d o . N a v e r-d a r-d e , já h á a lg u m te m p o q u e o a s in v e n ç õ e s p o é tic a s d e M a n o e l d e B a r-ro s a tra v e ssa m m in h a s in q u ie ta ç õ e s e in stig a ç õ e s n a p e sq u isa e m E d u c a -ç ã o ." C o m o a ssin a le i e m o u tro m o m e n to ,

T u d o e stá re la c io n a d o c o m o c a rá te r fra g m e n tá rio d e n o ssa s e x p e -riê n c ia s; a m u ltip lic id a d e d e te m p o ra lid a c Je s q u e se a rtic u la m n u m in sta n te ; o c a rá te r d e fa b ric a ç ã o d e o b je to e d e su je ito ; a e sp e ssu ra p ró p ria d a lin g u a g e m , in v e n to ra d e n o sso s m u n d o s; a n e c e ssid a d e d e re d ire c io n a r o o lh a r, tra n sfo rm a r a m a té ria d a c iê n c ia d o g ra n d ilo q ü e n te p a ra o

intimo,

p a ra o

menor,

p a ra o

abandonado,

p a ra o

traste,

p a ra o

infame,

p a ra o

cisco,

c o m o fa z M a n o e l d e B a rro s e m su a p o e sia . (A D A D , 2 0 0 6 , p . 2 8 4 ).

(4)

V er de ouvir: a experiência sensível do corpo lesm a para o historiador da E ducaçõo

F u i e n v o lv id a p e la m ú sic a , p e la d a n ç a , p e lo s d e se n h o s

xwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

nó p a re d e , p e la s id é ia s m a n o e lin a s q u e su b sid ia ra m o e sp e tá c u lo . F iq u e i a p e n sa r:

C o m o p o sso c a p tu ra r e sse m o v im e n to a rtístic o e le v á -Io p a ra o s h isto ria -d o re s d a e d u c a ç ã o ? C o m o p e n sa r a p e sq u isa n e sta á re a a p a rtir d e sse e sp e tá c u lo ? Q u e c o n e x õ e s p o d e m se r fe ita s e n tre c o isa s tã o d ísp a re s? T o m o a c ita ç ã o a b a ix o p a ra m e a ju d a r a p e n sa r e sta s q u e stõ e s:

Encontrar é achar, é capturar, é roubar, mas não há um método para achar, só uma longa preparação. [...) A captura é sempre uma dupla captura, [...) e é isto o que faz não algo de mútuo, mas um bloco assimétrico [...) núpcias sempre 'fora' e 'entre'. (DELEUZE;

PARNET, 1998, P.15).

R o u b a n d o a s id e ia s d o c o rp o le sm a d a d a n ç a rin a e d o s d e se n h o s fe ito s n a p a re d e p e lo o b se rv a d o r p a ra p e n sa r a p e sq u isa n a H istó ria d a E d u c a ç ã o , p o sso d iz e r q u e q u a n d o o p e sq u isa d o r e n c o n tra , a c h a , é se m -p re u m a d u -p la c a p tu ra , p o is é o e n c o n tro e n tre e le e a s p o ssib ilid a d e s d o s d a d o s d e su a p e sq u isa .

E n tre ta n to , n ã o h á m é to d o s p ro n to s p a ra se e n c o n tra r te so u ro s. D a í

FEDCBA

1 4 5

a im p o rtâ n c ia d a p e rc e p ç ã o , d a se n sib ilid a d e d o p e sq u isa d o r n a p e sq u

i-sa . D e u m a a te n ç ã o se n sív e l a o s sig n o s, d e ssa a te n ç ã o a o q u e o ro d e ia e a o q u e fa z p ro b le m a s. E sta E sc u ta se n sív e l p ro d u z id a m e d ia n te a s e x p e ri-ê n c ia s e sté tic a s d o p e sq u isa d o r sã o fo rç a s se n sív e is q u e se e sta b e le c e m e q u e o m o v e m e m d ire ç ã o a isso q u e p o d e m o s c h a m a r d e p e sq u isa .

E c o m o se a d q u ire e ssa E sc u ta se n sív e l - e ssa p e rc e p ç ã o a g u ç a d a ? C o m o n o s c o n stitu ím o s p e sq u isa d o re s?

N ã o se i e x p lic a r ra c io n a lm e n te o q u e é to rn a r-se b o m e m a lg o . M a s só se i d iz e r q u e se a p re n d e e fe tiv a m e n te a lg o , n e ste c a so , o a to d e p e sq u isa r, q u a n d o m e u c o rp o d e p e sq u isa d o r se e n c o n tra , n u m e sp a ç o e te m p o , c o m o s o u tro s c o rp o s q u e e n v o lv e m o c a m p o d a m in h a p e sq u isa .

Isto sig n ific a q u e e u p o sso a té te r tid o a u la s d e m e to d o lo g ia s d a p e sq u isa c o m u m p ro fe sso r q u e m e d io u a m in h a in se rç ã o n e sse e sp a ç o d e sc o n h e c id o . E u n ã o p o sso sim p le sm e n te m e la n ç a r, n ã o é a u to m á tic o isto , p o is e u p re c iso a p re n d e r a lg u n s in stru m e n ta is. N e sse c a so , e u p e sq u iso e fe tiv a m e n te q u a n d o p a sso d a c o n d iç ã o d e a p re n d iz e m e c o lo c o n a re -la ç ã o c o m a q u e la m a te ria l id a d e q u e é o c a m p o d e in v e stig a ç ã o .

A ssim , p e sq u isa r é h a b ita r u m c o n ju n to d e sig n o s in ic ia lm e n te d isp e rso s n o te m p o e n o e sp a ç o . E é h a b ita n d o q u e p e rc e b e m o s q u e m a is

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Shara Jane H olanda C osta A dad

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importante do que a pesquisa que habitamos, é onde em nós a pesquisa habita. Ou seja, quais as minhas implicações em realizar a pesquisa. O que dela há em nós. Assim é ,quando nos deixamos atravessar e redesenhar por outros que nos visitam, que pesquisamos, muitas vezes se instalando e se tornando parte de nós mesmos.

Épreciso experimentar o processo de criação na pesquisa. Pesquisar

é a experimentação desses espaços e tempos. É perceber o que nos rodeia é criar acontecimentos. E tudo isto ultrapassa o plano intelectual, pois a relação entre pesquisador e campo a ser investigado está no plano dos afetos.

Nesse caso, a pesquisa passa por isto: um espaço de criação que é

do pesquisador, mas que é compartilhado e tem uma partilha com o ou-tro. E como diz Deleuze um espaço de criação envolve uma longa prepa-ração. Portanto, preparar o corpo faz-se necessário ao pesquisador. Para isto ele dispõe de determinados elementos e como ele vai organizar esses elementos é um trabalho seu. Esses elementos podem ser fotografias, diá-rios de campo, entrevistas, documentos, lixo, dentre outros - suportes

de investigação - e as inúmeras metodologias e teorias - caixas de

FEDCBA

1 4 6

fe rra m e n ta s da qual o pesquisador dispõe para investigar os problemas traçados inicialmente e de acordo com a forma como quer trabalhar.

Assim, ao percorrer os caminhos, atalhos e veredas dos inúmeros tempos de sua pesquisa o pesquisador traça linhas, registra os afetos que

lhe envolveram - efeitos dos seus movimentos em busca de seu alvo.

Nesse caminhar, múltiplas coisas acontecem o tempo todo, conhecimen-tos são produzidos e vão se misturando e se interconectando, se mestiçando como num rizoma - proliferação e espalhamento - múltiplas conexões.

Desse modo, esta forma de pesquisa e os traçados feitos pelo

pes-quisador - a sua cartografia - desencadeiam um processo de

(dcsltcrritorialização no campo da ciência e inaugura uma nova forma de

produzir conhecimento, um modo de fazer que envolvem a criação, a

arte, a implicação do autor, do artista, do pesquisador, do cartógrafo as-sim como o observador e o corpo lesma da dança.

Por exemplo, Vasconcelos na sua pesquisa de pós-doutorado sobre o capoeirista Besouro, fala das incertezas, da curiosidade, da paixão, do aca-so que compõem a pesquisa e institui o seu corpo de pesquisador cartógrafo:

Fiquei perplexo. Não sabia muito bem o que fazer. Encontrava, enfim, algo que dissesse que aquele indivíduo esteve ali, naquela

(6)

V er de ouvir: o experiência sensível do corpo lesm a para o historiador da E ducaçóa

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localidade. [...] Tudo aquilo parecia muito prazeroso. O cuidado ao passar as páginas parecia se multiplicar a cada linha decifrada e transcrita. Até que ocorreu verdadeira explosão em meu corpo. (VASCONCELOS, 2 0 0 9 , p.5 1 ).

Assim, penso que se faz necessário na pesquisa a produção de um corpo que, como diz Mia Couto (2003), o "olhar parece mais um modo de escutar" - ver de ouvir as fontes - suportes da história, contornos dados pela arte do historiador que liga e inventa as histórias e dá vez e voz aos esquecimentos e aos silenciados da Educação assim como o observador invisível do espetáculo Estudo para lesma, que vai silenciosamente ra-biscando os movimentos da dançarina.

Por fim, o espetáculo Estudo para Lesma, da companhia de dança SUA ClA, me provocou, me (deslterritorializou, pois ao assistir seu espe-táculo-investigação entre dança, música, poesia e desenhos, me fez ver de ouvir as possibilidades de apoios do corpo numa superfície vertical. Estudar para ser lesma, portanto, é o desejo de perder o chão, desprender-se de uma lógica convencional, deixar-se guiar pela consciência de ser

lesma e se surpreender pelas impossibilidades que se realizam. Assim,

147

"vasculhar indícios de vida é a possibilidade que o pesquisador encontra para tornar-se vivo e reviver a história." (VASCONCELOS, 2009, p. 43).

R eferências

B ibliográficas

ADAD, Shara Iane Holanda Costa. Um homem de Barros chamado

Manoel: o desaber na educação e a criação na ponta do lápis do

sociopoeta. In: Entrelugares: revista sociopoética e abordagens afins.

Vo-lume 1. Número 1. Setembro de 2008/Fevereiro de 2009. Disponível em

http://www.entrelugares.ufc.br/numero 1/artigospdf/shara.pdf. Acesso em 3 de julho de 2010.

_ _ o Manoel de Barros e os ensinamentos para os historiadores da

edu-cação. In: VASCONCELOS,

J.

G.

et a/o

(orgs.) Interfaces metodológicas na História da Educação. Fortaleza: Edições Ur=C, 2006, p.275-286.

BARROS, M. Manoel de Barros: poesia completa. São Paulo, Leya, 2010.

COUTO, M. Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra. São

Paulo, Companhia das letras, 2003.

DELEUZE, G.; PARNET, C. DIÁLOGOS. São Paulo, Escuta, 1998.

(7)

rtJ

onmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

Ja e o onda C osta A dad

SUA ClA. Estudo para lesma. Disponível em: http://www.youtube.com/

watch?v=09MGxn58jX8. Acesso em: 15 de maio de 2010.

VASCONCELOS,

J.

G. Besouro: Cordão de Ouro, o capoeira justiceiro.

Fortaleza, Edições UFC, 2009.

Notas

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Este texto foi proferido inicialmente como palestra no IX Encontro

Cearense de Historiadores da Educação, organizado pelo Núcleo de

História da Educação do Programa de Pós-graduação em Educação da

Universidade Federal do Ceará, realizado na cidade de Sobral, Ceará, em junho de 2010.

2 Estudo para lesma é um espetáculo da SUA ClA que foi estreado em

2006. Esta composição cênica entre dança, música, poesia e

dese-nhos, propõe uma investigação sobre as possibilidades de apoios do corpo numa superfície vertical. Clara Trigo dança em interação com desenhos de Thaís Bandeira, que vão sendo desenhados e projetados na parede por um retroprojetor, àmedida em que o movimento acon-tece. Essa pesquisa - intrinsecamente conectada ao universo poético de Manoel de Barros, flexibiliza o pensamento, o corpo, o próprio ser. A música, totalmente original, composta e gravada por Eduardo Pi-nheiro, transformou-se no primeiro cd da SUA ClA e é tocada e canta-da ao vivo durante o espetáculo. (SUA ClA, 2010).

3 Sobre uma possível relação da poesia de Manoel de Barros na

pesqui-sa em Educação, ver também ADAD (2006) e ADAD (2008/2009).

Enviado poro publicaçõo: 10.03.201 O

A ceito poro publicaçõo: 15.06.2010

Referências

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