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Salute! Expansão capixaba com traços italianos Tradição dos imigrantes no Espírito Santo Esclusivo: intervista all ex-sindacalista Pietro Mancini

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Rio de Janeiro, setembro de 2005 Ano XII – Nº 88

Esclusivo: intervista all’ex-sindacalista Pietro Mancini

www.comunitaitaliana.com.br

A M A I O R M Í D I A D A C O M U N I D A D E Í T A L O - B R A S I L E I R A

ISSN 1676-3220

R$ 7,50

Expansão capixaba com traços italianos

Tradição dos imigrantes no Espírito Santo

(2)

EDITORIAL

DIRETOR-PRESIDENTE / EDITOR: Pietro Domenico Petraglia

(RJ23820JP) DIRETOR: Julio Cezar Vanni VICE-DIRETOR EXECUTIVO:

Adroaldo Garani

PUBLICAÇÃO MENSAL E PRODUÇÃO: Editora Comunità Ltda.

TIRAGEM: 30.000 exemplares ESTA EDIÇÃO FOI CONCLUÍDA EM:

08/09/2005 às 19:30h DISTRIBUIÇÃO:

Brasil e Itália REDAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO:

Rua Marquês de Caxias, 31 Centro – Niterói – RJ – Brasil

CEP: 24030-050 Tel/Fax: (21) 2722-0181 / (21) 2719-1468 E-MAIL: redacao@comunitaitaliana.com.br SUBEDIÇÃO

Luciana Bezerra dos Santos REDAÇÃO: Giordano Iapalucci

(repórter especial),

Luciana Bezerra dos Santos e Nayra Garofl e REVISÃO / TRADUÇÃO

Cristiana Cocco

PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO: Alberto Carvalho

FOTO DE CAPA Jocimar Montibeller Leonel

COLABORADORES: Franco Vicenzotti – Braz Maiolino

– Lan – Giuseppe D’Angelo (in memoriam) – Pietro Polizzo – Giovanni Crisafulli – Venceslao Soligo

– Marco Lucchesi – Domenico De Masi – Franco Urani

– Francesco Alberoni – Giovanni Meo Zilio - Guido Sonino - Fernanda

Maranesi - Giuseppe Fusco CORRESPONDENTES: Guilherme Aquino (Milão)

Comunità Italiana está aberto às

contribuições e pesquisas de estudiosos brasileiros, italianos e estrangeiros.

Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores, sendo

assim, não refl etem, necessariamente, as opiniões e conceitos da Revista. La rivista Comunità Italiana è aperta ai

contributi e alle ricerche di studiosi ed esperti brasiliani, italiani e estranieri. I collaboratori esprimono, nella massima libertà, personali opinioni che non rifl ettono necessariamente il pensiero

della direzione.

ISSN 1676-3220

Filiato all’Associazione Stampa Italiana in Brasile

FUNDADO EM MARÇO DE 1994

Cúmplices

da desgraça

Entretenimento com cultura e informação

Julio Vanni

COSE NOSTRE

C

OMENDA

DE

OURO

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ghetta Motroni Marins, psiquiatra e professora universitária de Niterói, Rio de Janeiro, recebeu Medalha de Ouro da Câmara de Comércio, Indústria e Artesanato de Lucca. A premiação é oferecida às personalidades que divulgam a Itália, a Toscana e a província de Lucca no mundo. Ughetta nasceu em Borgo a Mozzano, nas proximi-dades de Lucca, é casada com Luiz Carlos Striotto Marins, tem três fi lhos brasileiros e atualmente é secretária da Associazione Lucchesi nel Mondo, Sezione di Rio de Janeiro.

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histórica cidade foi no passado um dos pólos da imigração italiana em Minas Gerais. Cerca de mil famílias italianas oriundas das regiões de Tos-cana, Veneto e Emilia foram precursoras do progresso da terra de Tiradentes e do ex-presidente Tancredo Neves. A fi m de resgatar a cultura italiana ali hi-bernada, o professor Ítalo Bertoletti conseguiu reunir um animado grupo de descendentes dos antigos colonos italianos, personalidades na cidade e no es-tado e, com isso, restabelecer a Sociedade Casa d´Itália de São João Del Rei, fechada durante a Segunda Guerra Mundial.

F

ESTA

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P

ETRÓPOLIS

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em aí a 2ª edição da Festa Italiana de Petrópolis, região serrana do Rio de Janeiro. O evento vai acontecer, de 15 a 18 de setembro, na antiga fábrica de tecidos da Companhia Petropolitana, em Casca-tinha. A festa organizada pela Prefeitura será regada a muita música, folclore e culinária italiana para comemorar a imigração aportada na cidade no século XIX. Durante o evento serão expostas também foto-grafi as em homenagem a história do bairro Cascatinha. Mais informa-ções pelo telefone 0800-241516.

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ÉRIAS

PARA

NAZISTA

PRESO

A

Justiça italiana permitiu que Erich Priebke, um ex-ofi cial nazista que cumpre prisão domi-ciliar perpétua em Roma, passasse férias na casa de um amigo, ge-rando protestos da comunidade judaica e de políticos.

Priebke foi extraditado da Ar-gentina em 1994 e condenado três anos depois por sua participação no massacre de 335 civis nos arre-dores de Roma, em 1944, durante a Segunda Guerra Mundial. Pietro Petraglia

Editor

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AMÍLIAS

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AFFEI

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família Maffei vai promover o II encontro das Famílias Maffei, no dia 16 de outubro, em Caxias do Sul, Rio Gran-de do Sul. O evento Gran-deverá reunir Gran-descenGran-dentes dos pionei-ros Leopoldo Maffei e Rachele Rossi, provenientes da cidade de Isera-TN. O casal teve os fi lhos Agostino, Giovambattista Ottavio, Giovanni Maria, Anna, Daniel, Raquel, Angela, Ro-sa Angela e Maria. Outras informações através dos e-mails: cleudesm@yahoo.com.br ou marimaffei@yahoo.com.br.

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ARROCO

INÉDITO

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SP

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partir de 17 de setembro estará exposta na Fa-ap, em São Paulo, a mostra “Obras Primas da Calábria”. Até 13 de novembro, o público poderá apreciar 104 obras dos séculos XIV ao XX inéditas no Brasil. São pinturas, esculturas de mámore e prata e peças de arte aplicadas. A maioria aborda temas sacros, já que foram executadas por artistas italianos para igrejas, conventos e outros edifí-cios religiosos da região da Calábria, na Itália. Há explícitos contornos barrocos. Entre os principais criadores estão Giovan Battista Caracciolo, Stefa-no Pozzi e Bebedetto de MaiaStefa-no. A Faap fi ca na Rua Alagoas, 903, prédio um, em Higienópolis, na capital paulista. A entrada é franca. Mais informa-ções: (11) 3662-7198.

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ONDECORAÇÃO

M

assimo Bellelli, cônsul geral da Itália no Rio de Janeiro recebeu, da Câmara Municipal, a medalha Pedro Ernesto.

A

DEUS

AO

REI

DA

PIZZA

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incenzo Pagnani, considera-do o rei da pizza napolitana, proprietário da centenária pizza-ria Brandi, freqüentada durante anos por personalidades como o primeiro-ministro italiano Sílvio Berlusconi, os príncipes Alberto de Monaco e Emanuele Filiberto de Savoia. Pagani tinha 69 anos e morreu de infarto. Quando era muito jovem herdou de Pasquale Brandi a pizzaria na qual trabalha-va como ajudante, onde se desta-ca atualmente uma faixa com uma frase que recorda a origem da mais famosa entre as pizzas dedicada à rainha Margherita de Savóia: “Há 100 anos nasce a pizza margheri-ta: 1889-1989”.

“E

nquanto o Coliseu se mantiver de pé, Roma permanecerá; quando o Coliseu ruir, Roma cairá e se acaba-rá o mundo”. A profecia do monge inglês Vene-rável Beda dá a medida do signifi cado que teve para Roma o anfi teatro Flávio, ou Coliseu (Co-losseo, em italiano), nome que alude a suas proporções grandiosas. Em tempos de terroris-mo nada mais justo que proteger a obra secular com um moderno detec-tor de metais na entrada e dois soldados romanos vestidos a caráter, na re-taguarda.

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ANÇAMENTO

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evista ComunitàItaliana será lançada no Espíri-to SanEspíri-to. Dois evenEspíri-tos vão marcar a expansão: o primeiro, no dia 22, em Vitória, no Shopping da Praia; o segundo, no dia 23, no Câmara Municipal, em Santa Teresa, uma das primeiras cidades brasi-leiras fundadas no século XIX por imigrantes.

Desde já convidamos toda comunidade para participar de mais essa ação.

Ansa

O

utro dia, em um restaurante do Rio de Janeiro, estávamos eu e um amigo sentados ao lado de uma mesa com turistas americanos. Entre muitas afi rmativas estapafúrdias, os gringos indagaram ao provável guia: “What’s a Tsunami?”. Imagi-namos que talvez o moço não tenha entendido bem, mas o meu companheiro de mesa não hesitou, e lhe explicou

com precisão geográfi ca o que acontecera. Pasmos, diante desses, que representavam a média da juven-tude americana, comprovamos: o americano, infelizmente, só enxerga seu próprio umbigo.

As elites são culpadas. Interessa aos governantes manterem pessoas na marginalidade, excluí-das pelo sistema sócio-econômico, que sirvam para o abastecimento da demagogia. Para o amanhã dessa massa, a prioridade continua sendo um prato de comida. Informação? Cultura? Não sobra tem-po. Ou melhor, não lhes é oferecido nenhum meio para que obtenham autonomia.

Certo que esse cenário de nossa Pindorama de Gilberto Freyre passa ao largo dos turistas america-nos com os quais eu e meu amigo america-nos deparamos. Não podemos dizer o mesmo daqueles que sofreram com o furacão Katrina. Os cidadãos do restaurante são de uma classe “alienada”, como tal mantida por uma indústria do entretenimento boçal, cujo fi m é inexoravelmente eleger os Bush’s da vida.

“A ignorância é a principal causa dos principais erros do ocidente”, como afi rma nosso colabora-dor Francesco Alberoni. Se os americanos conhecessem a história, saberiam que o Irã nasceu de uma revolta religiosa guiada por Shah Ismail, que caçou os mongóis. Ou que os aiatolás (Khomeini incluso) são os sucessores dos guerreiros que edifi caram o novo Estado. Em 1684, a armada guiada por Giovan-ni Sobiesky aGiovan-niquilou o exército de 300 mil turcos prestes a conquistar Viena. Levantaram o estandarte de Nossa Senhora de Czestochowa, em 11 de setembro daquele ano. Sob

olhar dos islâmicos, Bin Laden é apenas um dos “vingadores”.

O Katrina pode ser considerado para os anti-americanos como uma espécie de punição divina. Foi assim com o bíblico Grande Dilúvio e com as cidades depravadas de Sodoma e Gomorra. Sugerindo que em ambos os casos uma sociedade corrompida se desfez como pena para seus pecados. O despreparo, a inoperância, a covardia do governo que, mesmo sabendo da tragédia anunciada, não se mobilizou para evitar o pior naquela região com grande índice de pobreza, causam angústia e revolta. Bush, a exemplo dos atentados de 11 de setembro, preferiu se ausentar voando para longe de Wa-shington. Esse acidente natural fez aparecer as vísceras daquela nação. Ne-gros e hispânicos foram os que mais sofreram com o descaso. Nova Orleans foi tomada por saqueadores e gangues de rua. Para além das já penosas con-dições provocadas pelo furacão, as vítimas tiveram de conviver com tiroteios,

estupros, suicídios. Cenas difíceis de acreditar mesmo em um ponto miserável do terceiro mundo.

Para que do mal da corrupção e da ignorância o Brasil não continue a viver, “sob pena divina”, conclamo famílias e escolas para que ensinem sobre a importância da democracia em casa e nas salas de aulas. Devemos ter nesses pilares o melhor exemplo para que governantes e políticos que insistem nas práticas, digamos, “severinas” transformem-se em símbolos do passado... alías, bem longínquo.

Lí com grande preocupação notícia do Jornal do Brasil do dia 28 de agosto, assinada por Sheila Machado, com o título “A voz dos EUA no Mercosul”. Reporto aqui parte do texto:

“Com a justifi cativa de estarem preocupados com a instabilidade política de Bolívia, Venezuela e Equador, os EUA elegeram o Paraguai seu novo aliado estratégico na América do Sul. Soldados ameri-canos estão na região do Chaco, com uma missão denominada humanitária, com destacamento de mé-dicos militares e treinamento de policiais e militares paraguaios. Na teoria, a operação acaba em 2006. Mas a ampliação da base de Mariscal Estigarribia, onde estão instalados, sugere que as tropas vão per-manecer por mais tempo. À primeira vista, pode parecer que a principal preocupação de Washington é vigiar a Tríplice Fronteira, de onde acredita que partiriam fi nanciamento para ações terroristas, ou fi car de olho no líder venezuelano Hugo Chávez. Mas para analistas consultados pelo JB, a aproximação en-tre os dois países tem um objetivo mais amplo: fazer do Paraguai a voz dos EUA no Mercosul, capaz de aproveitar espaços deixados por eventuais desavenças entre os principais integrantes do bloco”.

Vale ressaltar que o país latino-americano sofreu na guerra do Paraguai, entre 1864 e 1870, justa-mente pelas mãos dos vizinhos Brasil, Argentina e Uruguai. E, principaljusta-mente, que a instalação militar fi ca a 100 km do poço de gás natural Independencia1, que se comunica no subterrâneo com as valiosas reservas de Tarija, na Bolívia. Além dessa, outras riquezas naturais chamam atenção como um enorme lençol de petróleo descoberto recentemente, ainda não avaliado, e a proximidade com o aqüífero Gua-rani, uma das maiores reservas de água doce do mundo. Segundo dados, essas águas são de grande va-lor e ocupam área de 1,2 milhão de km2 na América do Sul (o Brasil abriga 70% do tesouro, 19% está na Argentina, 6% no Paraguai e 5% no Uruguai).

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D

urante almoço com o ministro para os italianos no Mundo, Mi-rko Tremaglia, o presidente da Asso-ciação Cultural Italiana do Rio Grande do Sul (ACIRS) – engenheiro Erio Bona-zzo ressaltou o excelente trabalho que Tremaglia está desenvolvendo em prol dos italianos no exterior, entre as ini-ciativas, a possibilidade destes elege-rem seus representantes no Parlamen-to Italiano. O encontro aconteceu nas montanhas do vilarejo de Olga, Valle Taleggio, na região da Lombardia. En-tre os presentes, Maria Teresa Testori, Giorgio Sonzogni, Dona Itália, Alberto Mazzoleni e Marianna Pezzoli.

U

m dos maiores fi lósofos contemporâneos da atu-alidade, o italiano Gianni Vattimo participou, em agosto, da segunda edição do Fórum de Filosofi a Contemporânea – Krisis - promovido pela Puc-Rio. Durante palestra, Vattimo afi rmou que infelizmente a imagem dos socialistas na Itália não é muito boa. Se ele tivesse que optar por Hugo Chaves ou Berlusconi, ele optaria por Chaves. O Krisis contou ainda com o lançamento do livro “Niilismo e (pós) modernidade”, de Rossano Pecoraro, além de 200 palestras ministra-das por estrangeiros e brasileiros.

Os Italianos, de João Fábio Bertonha, retrata as múltiplas faces do povo italiano em uma perspectiva histórica e cultural de vários séculos. Editora Contexto, 304 págs., R$ 43,90

U

n lettore mi ha chiesto di dire qualche cosa a proposito dell`assegno sociale. Allora parliamone.

Riconosciamolo, questo è un problema, critico e spinoso, soprat-tutto perché, in verità, è uma spina da anni fi ccata nella schiena degli italiani residenti all`estero. La spina ha causato il bubbone, per la cui guarigione battaglioni di politici, uomini di governo, esperti e consu-lenti hanno applicato per anni pomate e pomatelle, panni e pannicel-li... tutto inutile. Il bubbone sociale mantiene tutta la sua virulenza.

Intendiamoci: l’assegno sociale è uma prestazione di tipo

pensioni-stico riconosciuta quando esistono certi requisiti.

Secondo la normativa attuale non è trasferibile all`estero? Perché no? Perché non è una pensione previdenziale, frutto del lavoro e dei contributi versati.

Allora che cosa è? È uma pensione di assistenza sociale per chi non è piú in grado di produrre reddito e che, comunque, non ha maturato il diritto alla pensione ordinaria.

Allora, l`assegno sociale è per il cittadino che non ha altri redditi, non è piú nell`età lavorativa e non può percepire nessuna pensione.

Esiste, tuttavia, un requisito escludente (essenzialmente anticosti-tuzionale): per avere il diritto e mantenerlo, è essenziale la residenza in Italia.

E qui casca l`asino, voglio dire, casca la classe politica dirigente,

PARLIAMONE

ufficiolegale@terra.com.br

con l’Avvocato Giuseppe Fusco

sempre armata di buone intenzioni... ma, lo sappiamo, l`inferno è pieno di... buone inten-zioni e di promesse, soprattutto quando c`è in vista la tempesta elettorale.

In Parlamento ci sono diversi progetti di legge, molte associazioni da anni fanno sentire la loro voce, ogni commissione che arriva qui pri-ma si stupisce, poi si indigna, infi ne giura upri-ma soluzione urgente. Alla fi ne, l´assegno sociale diventa oggetto di tecnicismo politico, imbriglia-to nella giungla paludosa della copertura fi nanziaria (dove prendere gli Euro?), ossia, la giustizia sociale è subordinata alle esigenze di bilancio. Cosí, chi non ha continua a non avere perché qualcuno, a Roma, dice che dare 365,05 Euro per il cittadino residente all’estero che ha superato i 65 anni (+10 Euro per chi ne ha piú di 75), che non ha altri redditi e che non ha diritto alla pensione vera e propria, non è possibile perché (Udite! Udite!) esiste un principio-dogma (elaborato da qualche men-te eccelsa della burocrazia italo-europea) secondo il quale, in mamen-teria di assistenza sociale, si deve distinguere tra ciò che è esportabile e ciò che non lo è.

Ma insomma, questo assegno sociale è esportabile o non esportabi-le? Perché sì e perché no?

Apro il dibattito. Sotto a chi tocca: bianco, verde, rosso, azzurro, parliamone senza censura.

Comunidade

T

ornato in Italia dopo un periodo trop-po breve trascorso in Brasile, mi rimane profonda la sensazione di delusione ed incertezza in relazione alla grave crisi che improvvisamente ha colpito il PT e lo stesso Presidente Lula che, sia pure con qualche pro-blema, sembrava stesse governando fi no ad un paio di mesi fa con forte consenso popolare.

Evidentemente, in questa sede, non è il ca-so di fare la storia del ciclone che – senza alcun preavviso - si è avventato su Governo ed Istitu-zioni ed ancora in pieno corso, non si sa bene con quali conseguenze.

Mi pare che sia messo in discussione tutto l’attuale sistema politico, frutto di una Costitu-zione elaborata faticosamente dopo la dittatura militare che, di fatto, impedisce ad un Paese di grande potenzialità qual è il Brasile di emergere come vorrebbe e potrebbe.

Innanzitutto, eleggersi è diffi cile ed onero-so, certo ben di più delle modeste sovvenzioni pubbliche, ed i partiti e candidati devono per

forza reperire, quando non dispongano di risorse proprie, donazioni o fi nanziamenti che richiedo-no impegni di contropartita o restituzione in ca-so di elezione, trattandosi spesca-so di operazioni illegali che non possono venire contabilizzate.

Il PT forse all’inizio rifuggiva da dette pra-tiche, ma poi si è visto che le ha usate anche troppo, anche in relazione al fatto che il partito – pur avendo avuto nel 2002 un buon 20% dei voti – non può sostenere il suo Presidente che ha avuto in prima battuta quasi il 50% dei voti ed in ballottaggio il 65% e che quindi deve costituire una coalizione di partiti poco congeniali, contro concessione di interessenze di vario tipo, al fi ne di ottenere la maggioranza parlamentare.

Lula, si sa, è un Presidente della Repubblica senza alcuna esperienza di gestione politica, un leader carismatico che sa dialogare con il popolo, infondere ottimismo, bene accetto pure all’este-ro. E’ pure dotato di senso politico, in quanto non ha esitato a proseguire nel settore politico/ economico gli indirizzi ortodossi del precedente

Governo con buoni risultati, anche se prima ripu-diati. Ha demandato ai suoi uomini di fi ducia ge-stione, coordinamento, approvazione delle leggi, equilibri politici e parrebbe, dalle risultanze fi nora emerse, che vi fosse un disegno di mantenersi al potere e forse oltre le prossime elezioni dell’otto-bre 2006 il cui esito diventa ora assai incerto.

Fatalità, mancanza di mestiere, la stampa generalmente sfavorevole anche per qualche idea per fortuna rientrata di limitarne la liber-tà, l’imbarazzo a rispondere alle accuse, hanno portato ad una situazione che, è probabile, com-prometterà assai il PT, già diviso tra radicali e moderati e forse la popolarità di Lula e la pos-sibilità di rieleggersi per un secondo mandato, ammesso che non debba dimettersi prima.

Quello che avviene ora in Brasile, come giu-stamente ricorda Domenico Petraglia nell’ultimo numero di Comunità Italiana, si può ricollegare al fenomeno Mani Pulite che aveva spazzato la politica italiana negli anni ’90, portando allo scioglimento della Democrazia Cristiana e del Partito Socialista con vicende giudiziarie sen-za fi ne e con la nascita di soli due schieramenti sulla base di un nuovo regolamento elettorale : uno moderato ed attualmente al potere, che è la casa della Libertà, ed il secondo, prima denomi-nato Ulivo ed ora Unione, progressista.

I risultati di questa rivoluzione politica non sono stati brillanti in Italia, in quanto gli schieramenti non sono omogenei, il leader dei moderati Berlusconi è coinvolto in confl itti di interessi e vicende giudiziarie, problemi tuttora in corso ed irrisolti. Con l’entrata dell’Euro, l’Ita-lia ha dovuto abbandonare le facili svalutazioni della Lira, è diventata sempre meno concorren-ziale e si deve barcamenare con un debito pub-blico enorme, 120% del PIL, per fortuna ad inte-ressi ora minimi, di meno del 2% all’anno.

Dato che ormai in Brasile si avvicinano ineso-rabilmente i tempi per riformulare la Costituzione e la legge elettorale per cercare di eliminare le sovvenzioni parallele e garantire una governabili-tà sulla base di programmi attendibili e schiera-menti parlamentari omogenei, potrà forse essere un buon riferimento quanto avvenuto in Italia.

La situazione economica brasiliana è po-tenzialmente assai migliore di quella italiana, in quanto il Paese – se il Governo funzionerà e diminuirà le sue assurde spese del 40% del PIL – ha ampio spazio per crescere e risolvere i suoi problemi di pessima distribuzione dei redditi e in-suffi cienza di infrastrutture. Basti dire che – con l’attuale situazione politica ed il tasso di sconto del 20% con infl azione del 6% annui trattando-si di sperequazione unica al mondo - anche que-st’anno il Brasile dovrebbe registrare un aumen-to del PIL di almeno il 3% e, qualora dovessero continuare gli attuali indirizzi politici/economici e gli interessi progressivamente diminuire ad un 15% all’anno contro l’attuale 20%, le previsioni sono ben maggiori per il 2006.

In conclusione, vorrei dire che forse non tutto il male vien per nuocere e può darsi che fi nalmente la politica brasiliana – ormai vista dall’opinione pubblica con sdegno e sospetto, principale responsabile delle diffi coltà nazionali – venga a trasformarsi, con una nuova Costitu-zione, forza traente e non frenante di progresso per il Paese.

Opinione - Franco Urani

Ciclone sul PT

Ricardo Stuckert

Itália - Brasil, Arte 2005, de Emanuel Von

Lauenstein Massarani, é um livro de artes dedicado a italianos e brasileiros. Editora Spazio Surreale e Instituto de Recuperação do Patrimônio Histórico (IPH), 516 págs., R$ 250

Luciana Bezerra dos Santos

5

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Marco Lucchesi - Intervista

Cristianismo

S

i è seduto sulla stessa sedia su

cui sono stati Galileo Galilei e

Giordano Bruno. In premio:

l’intolleranza. Proibito di esercere

il sacerdozio dal Vaticano dal

1984, da quando la pubblicazione

dei suoi libri è sotto il manto

della teologia della libertazione

– dal 1972 – ha cominciato a

disturbare l’alto clero, Leonardo

Boff propone, in un’intervista a

Comunità, una riflessione più

profonda su come il cristianesimo

può essere rinvigorito. Di solito

dice che il tortuoso dialogo con

il Santo Offizio è cominciato con

la pubblicazione di Jesus Cristo

Libertador

1

ed è arrivato all’apogeo,

lontano da qualsiasi percorso di

alterità e commiserazione, nel

1984, con il libro Igreja, Carisma

e Poder.

2

Ma il suo discorso si è

mantenuto irremovibile e acuto,

e adesso specialmente arricchito

anche da osservazioni sociali sotto

un prisma ecologico.

ecologico

Leonardo Boff

Comunità Italiana – In una famosa antologia di Küng e Tracy lei si occupava del problema del cambiamento di paradigma nel seno del cristianesimo e questo è stato uno dei suoi più bei contributi nel campo teologico…

Leonardo Boff – Negli anni ’80, Hans Küng, nel contesto della

riunione annuale della rivista Concilium a Tübingen, riunì diversi pensatori di varie aree del sapere perché pensassero il cristianesimo in modo pluralista. Si usò la categoria di T. Kuhn – il cambiamento di paradigmi – per DARMOS CONTA della diversità dell’esperienza cristiana. Lì c’erano persone conosciute come Habermas, Ricoeur, Tracy, Paulo Freire, Jüngel, Dussel e altri. Toccò a me di presentare il paradigma della teologia della libertazione. Il suo nucleo fonda-mentale era quello di dare centralità al povero come produttore di sostanza sociale, attore capace di contribuire nella trasformazione della società, così come attore di una nuova ecclesialità [cristiano attivo, produttore di un modello di Chiesa come rete di comunità]. Credo che questa proposta continui ad essere valida, visto che ef-fettivamente i poveri non sono soltanto destituiti dai mezzi di vita e di cultura, ma sono attori oppressi che non hanno perso

la loro capacità di creare e di modellare in un altro modo la realtà sociale e ecclesiastica.

CI – In questa dimensione, i bisogni ecolo-gici e una comprensione della terra cro-cefi ssa testimoniano nuove strade per il cristianesimo attuale...

Boff – Fin dai primi tempi, sia dovuto al

fat-to di essere francescano, sia perché osser-vavo le cose, mi sono reso conto del proble-ma ecologico. Ma in questa mia percezione mi sono sempre sentito, fi no ai giorni no-stri, solitario all’interno di una comunità di teologi della libertazione. Per me era chiaro che la stessa logica che sfrutta le persone, le classi, i popoli, sfrutta pure la natura. Questa logica è capitalista, malgrado il socialismo, per quanto riguarda l’ecologia, non differisca in niente dal capitalismo. Ambedue sono fi gli della modernità per la quale la natura non è mai passata da oggetto e campo di esercizio della libertà e creatività, senza alterità da essere rispettata. La tesi che sostengo è di che se la teologia della libertazione vuole essere integrale, deve incorporare nel suo discor-so e nella sua pratica la terra con i suoi ecosistemi. Se il marchio registrato della teologia della libertazione e l’opzione per i poveri contro la povertà, allora la terra va inclusa nell’opzione per i poveri, giacché è la più sfruttata e saccheggiata fra tutti i poveri. Negli an-ni ’80 del sec. XX, entrando in contatto con il nuovo paradigma de-rivato dalle scienze della terra, chiamato della nuova cosmologia e biologia, mi sono ancor più convinto del bisogno di pensare la terra in una prospettiva solistica liberatrice. Il risultato di questa ricerca è stato il mio libro Ecologia: grito da Terra, grito dos pobres1, del

1993, dove cerco di stabilire il dialogo tra il discorso della teologia della libertazione e il discorso ecologico. Il libro è stato ricevuto meglio all’estero che qui, ed ha anche vinto un premio negli Stati Uniti come il libro che favoriva il dialogo tra la scienza moderna e la fede cristiana. E, grazie ad esso, ho avuto l’onore di ricevere il Premio Nobel della Pace Alternativo, a Stoccolma nel 2002. Ma sono convinto che l’allarme ecologico fonda una nuova centralità: garan-tire il futuro della terra e dell’umanità. Il problema centrale non è che il futuro possa avere il cristianesimo o il progetto della tecno-scienza, ma come queste istanze collaborano alla salvaguardia di un futuro comune promettente della terra e dell’umanità.

CI – Le contraddizioni sociali non solo continuano, ma si am-pliano sempre più. Come puntare ad una rivoluzione profonda che alteri le forme di oppressione che vigono nel nostro paese? Boff – La crisi è del sistema globale di convivenza e non soltanto

brasiliano. Qui esso assume un’espressione particolarmente perver-sa perché avrebbe tutti i crismi di essere differente. Ho dedicato molte rifl essioni su questo problema negli ultimi anni, organizzate in libri quali Globalização, nova era da Humanidade, Ethos Mun-dial, Ética da Vida, Do iceberg à Arca de Noé e recentemente, nei

tre volumi Virtudes para um outro mundo possível2, dove affronto

l’ospitalità, la convivenza, il rispetto, la tolleranza, la commensali-tà e la cultura della pace. La mia tesi di base è che questo problema non sia appena politico ma, prima di tutto, etico. O facciamo una coalizione di forze interessate ad una minima etica umanitaria, op-pure potremmo andare incontro al peggio.

CI – Caduta del muro. Pensiero unico. Morte delle utopie. Viviamo in un quadro di rifl usso o c’è, per caso, una fi nestra che si apre, forse la fi nestra dei secondi, attraverso la quale per gli ebrei potrebbe essere la venuta del messia?

Boff – Secondo me, le nicchie produttrici di nuove utopie le

ritro-viamo tra gli oppressi, specialmente tra i popoli di Porto Alegre, Seattle, Genova ecc. Questi gruppi si sono accorti che questo tipo di umanità, se si continuerà a seguire la logica perversa del sistema di dominazione su tutto (stare sopra e mai insieme a), può portare tanto l’umanità, quanto la terra, ad un impasse senza ritorno. Il pe-ricolo è così grande che possiamo decimare la specie umana e ferire profondamente la biosfera. La nuova utopia è centrata sulla vita, nel suo rispetto, nella garanzia della sua diversità, nel diritto di tutti di far parte dei mezzi della vita e della

promes-sa di vita eterna. Qui vedo un nuovo campo di at-tuazione delle religioni, visto che esse – secon-do Ernst Bloch, sono naturalmente generatrici

di utopie benefattrici. Il cristianesimo, se in questo momento non fosse così centralizzato sulla difesa della sua identità, in questa sfi da potrebbe trovare un campo vasto della sua realizzazione e del rincontro con la sua vera identità, che non può essere diversa da quel-la del messia che è venuto a portare vita, e vita in abbondanza.

CI – Uno dei giudizi più ingiusti fatto sulla teologia della libertazione è stato di dire che, alle sue radici, non c’era una vera dimensione mistica. Come risponde-rebbe a questo problema?

Boff – Quest’accusa è nata nei gruppi che non

han-no mai letto niente sulla teologia della libertazione e han-non hanno mai visto comunità ecclesiali che praticavano le in-tuizioni della teologia della libertazione. Essa è nata all’interno di un’esperienza spirituale e mistica di scoperta del crocifi sso nei cro-cifi ssi della storia. È stata sempre accompagnata da una mistica di coinvolgimento e di servizio per i poveri e gli esclusi. È stata l’unica teologia del dopoguerra a produrre molti martiri che lo erano non per motivi politici, ma di fede e di comunione con i destituiti di questo mondo. I migliori testi della teologia spirituale scritti sulla America Latina sono di teologi della liberazione, specialmente di Gustavo Gu-tierrez, Dom Hélder Câmara e Pedro Casaldáliga. Oltre la metà della mia produzione teologica, che ormai annovera più di 70 opere, è de-dicata alla spiritualità, dalla traduzione della opera mistica del mae-stro Eckart, fi no al commento dell’Ave Maria, del Padre Nomae-stro e del Gloria al Padre. Quando passeranno i confl itti, la verità verrà a galla e si vedrà che la teologia della liberazione, prima di tutto, ha signifi -cato una profonda rivoluzione spirituale che ci ha permesso di capire in un nuovo modo il mistero di Dio, la missione del messia, il luogo della Chiesa e il compito dei cristiani nel mondo dei poveri.

CI – Secondo lei, quali sono le prospettive di cambiamento del cristianesimo agli inizi di questo secolo. Sarà possibile sognare di avere un Giovanni XXIV?

Boff – Viviamo tempi di grande mediocrità in tutte le aree della

cultura mondiale, nella politica, nel pensiero e anche nella teolo-gia. Tempi così sono tempi di paura, di ripetizione, di repressione a qualsiasi accenno di creatività. Purtroppo la Chiesa Cattolica at-tuale vive un’arretratezza simile, che viene rivelata dall’integrali-smo, dai chiari tratti del fondamentalismo nella sua dottrina e di mancanza generalizzata di coraggio per affrontare con intelligenza e audacia le attuali sfi de, che sono gravi. Ciò che ci salva è la fede nel fatto che Dio è presente nel Giardino degli Ulivi e, specialmen-te, sulla Croce. Dopo, ci sarà sempre un Tabor e una Risurrezione. Bisogna aspettare i momenti dello Spirito.

(Endnotes)

1 Trad.:

Ecologia: grido della Terra, grido dei poveri

2 Trad. titoli dei libri: Globalizzazione, nuova era dell’Umanità, Etos Mondiale, Etica della Vita, Dall’iceberg all’Arca di Noè, Virtù per un altro mondo possibile.

‘Il

pericolo

è così grande

che possiamo

decimare la specie

umana e ferire

profondamente

la biosfera’

Texto original em português traduzido por Cristiana Cocco Ronaldo Brandão 6 CO M U N I T À IT A L I A N A / SE T E M B R O 2 0 0 5 SE T E M B R O 2 0 0 5 / CO M U N I T À IT A L I A N A 7

(5)

P

ietro Mancini, 56 anni, ex dirigente di Autonomia Operaia, è stato arrestato lo scorso 22 giugno nel quartiere di Botafogo (Rio de Janeiro) dalla polizia brasiliana su segnalazione del-l’Interpol italiana. L’ex-sindacalista, condannato in contumacia nel `94 a 21 anni di reclusione, fu accusato per rapina, banda armata e concorso nell’omicidio del brigadiere Antonio Custrà del 1977.

La sua attività sindacale inizia nella seconda metà degli anni set-tanta quando, ancora giovanissimo, entra a far parte del sindacato dei Lavoratori Metalmeccanici (FLM) di Milano. Nel 1978 decide di uscire dall’Italia proprio perché critico delle forme violente che certi settori del movimento avevano assunto. Nel 1980 arriva in Brasile, si sposa e vi si stabilisce. Dopo la cattura, si è anche parlato di “situazione Kafkiana” poiché Mancini in questi 25 anni non si è mai nascosto e non ha mai rinnegato la propria identità. In questa intervista in esclusiva a Comu-nitàItaliana, espone i fatti, secondo la propria versione, avvenuti in quelli che furono chiamati gli “anni di piombo”.

Comunità Italiana - Ci puoi raccontare i fatti che, negli anni settanta in Italia, ti hanno portato a vivere questo momento?

Mancini - Dopo il liceo classico, a Varese, sono diventato uno dei leader

della contestazione globale all’Università di Trento. Mi sono trovato in uno dei punti più caldi e più accesi di tutto il movimento universitario di quell’epoca. Li è avvenuta una prima maturazione non soltanto nella con-testazione contro il sistema universitario, ma, più in generale verso tutto il sistema politico. I sindacati di Milano in quel tempo, anche loro in tra-sformazione, mi hanno contrattato per essere funzionario dirigente della la FLM (Federazione Lavoratori Metalmeccanici). Sono stato leader sinda-cale per circa sei anni. Dal ‘69-‘70 al ‘75-‘76. Questi erano anni in cui sono avvenute delle trasformazioni sociali molto profonde in Italia. C’è stata una crisi verticale del clima politico e dei partiti. Tutto era messo in di-scussione, dal sistema di rappresentatività di questi partiti a quello dello stesso sindacato. Nacquero molte organizzazioni dal basso, sia all’interno del movimento studentesco che di quello sindacale. Tutte cercavano forme organizzative completamente originali e nuove rispetto al sistema politico in atto. Come dirigente sindacale io ebbi molte opportunità di incontrarmi con tutto quello che avveniva dentro e fuori dalla fabbrica.

C.I. – Qual era il tuo rapporto con le altre organizzazioni di base? Mancini – Avevo contatti con molte organizzazioni, tra cui Autonomia

Operaia. Questa fu un’organizzazione specifi ca di un nuovo corpo sociale italiano: degli operai, degli studenti e dei lavoratori inseriti nel mercato marginale come quello nero. Si venivano ad esprimere forme di contesta-zione e di lotta non tradizionali del movimento classico operaio, ma più acquisite dal movimento studentesco come manifestazioni e occupazioni, oltre che agli scioperi. In questo contesto vi fu una reazione molto violen-ta da parte dello Sviolen-tato e di alcuni corpi dello Sviolen-tato come le organizzazio-ni fasciste e para-militari, che crearono una vera e propria strategia della tensione. Da una parte vi era tutto questo fermento sociale estremamente sovversivo e rivoluzionario per costituzione; dall’altra parte vi erano ri-sposte di carattere terroristico con le bombe ai treni, alle banche e stragi, oggi ancora totalmente impunite, che crearono una situazione diffi cile in cui lo Stato sopravviveva dentro questi contrasti. Nella funzione di leader dei sindacati FLM ho partecipato ad alcuni momenti di questa organizza-zione. Ma mai ad organizzazioni clandestine o dedicate alla lotta armata, come sono state le BR o altre organizzazioni simili. Non solo, ma la linea ideologica a cui noi ci ispiravamo era contro questo tipo di

comportamen-to che per noi rappresentava anche una forma di castrazione delle esperienze più sincere e spon-tanee della base operaio-studentesca.

C.I. – Quali sono i capi d’accusa che hanno portato alla condanna del 1994?

Mancini - Sono tre tipi di accuse che nel

de-correre degli ultimi 20 anni del secolo scorso si sono accumulate. Il primo capo di accusa riguar-da la cosidetta associazione sovversiva di banriguar-da armata. Sono accusato di aver partecipato e di essere dirigente dell’organizzazione Autonomia Operaia che praticava azioni con aspetti di ille-galità. Si trattava per esempio di appropriazio-ni nei supermercati o forme di lotta in fabbrica particolarmente violente come sabotaggi. Era-no in realtà manifestazioni molto epidermiche e molto diffuse nel panorama di lotta di quei tempi. Abbiamo attraversato dal 1972, con l’oc-cupazione delle fabbriche, anni di contestazione estrema che hanno modifi cato sia la struttura interna delle fabbriche, che quella dello Stato. In tale contesto un gruppo di reati sono per aver partecipato a questo tipo di avvenimenti.

C.I. – Qual è l’accusa più pesante delle tre? Mancini - Secondo reato che spicca un po’ di

più è quello della morte del brigadiere Antoni-no Custrà durante una manifestazione a MilaAntoni-no nel ‘77. Ci fu un corteo, se non ricordo male, contro il trattamento carcerario, o qualcosa di questo tipo. Una volta che il corteo arrivò vici-no a San Vittore, (carcere milanese n.d.r) si in-contrò con un plotone della polizia. Io ricordo che stavo in fondo a questo corteo, insieme ad altri leader e responsabili della manifestazione. Neanche mi resi conto di quello che stava suc-cedendo. Vidi di lontano che scoppiarono degli scontri tra i poliziotti e un gruppo di persone che presero la testa del corteo. Ci fu una spara-toria, gas lacrimogeni ecc. In questo contesto morì un poliziotto. L’accusa che mi fu attribui-ta è di essere uno degli organizzatori di questo corteo e quindi uno dei responsabili di tutto quello che vi succedette.

C.I. – E l’ultima accusa riguarda la tua parte-cipazione al giornale “Rosso”?

Mancini – Si, la terza imputazione è quella

re-lativa al giornale “Rosso”. Un giornale di sini-stra che era forse il giornale più importante di questa nuova organizzazione, ovvero Autonomia Operaia. Si trattava di un periodico, una rivi-sta di avanguardia rivoluzionaria che cercava di interpretare tutti questi movimenti, come com-mentare la problematica della lotta armata e del potere. Fu giudicata in se stessa come una orga-nizzazione terrorista, una banda armata. Ma era un giornale con tanto di direttore responsabile, di giornalisti. L’accusa è di appartenenza a que-sto giornale.

C.I. - Vi è stata da parte dell’Italia la richiesta di estradizione?

Mancini - Si, io sono qui per questo. Tra

l’al-tro, non sono prigioniero, ma in custodia. Que-sto proprio perché l’Italia ha richieQue-sto la mia estradizione al Brasile. Ora questa richiesta de-ve essere motivata e articolata affi nché il Bra-sile la possa analizzare e decidere se concedere l’estradizione. La cosa importante da sottolinea-re è che io sto vivendo questa contraddizione e questa situazione paradossale perché l’Italia è uno dei pochi paesi al mondo che non è riuscito

a dare una sintesi politica e giuridica a questo processo degli anni Settanta attraverso un isti-tuto come l’amnistia o l’indulto; cosa che è stata comune in altri paesi. Manca cioè la capacità, la maturità di fare il punto sulla situazione storica e dire che quei fatti rappresentavano un momen-to importante per mettere un punmomen-to fi nale, come è successo per esempio in Brasile con l’istituto dell’amnistia. Tale istituto è spesso sinonimo di trasparenza. Il fatto stesso che si prescrivino, giustifi chino o collochino nel passato certi

av-venimenti, obbligano le parti, i protagonisti a dire quello che è successo.

C.I. - Hai parlato del Brasile. Qui le cose so-no state in parte risolte, appunto con l’amni-stia e con l’indulto.

Mancini - In Brasile queste misure hanno risolto

defi nitivamente tutte le contraddizioni di quegli anni ed hanno permesso che quella generazione partecipasse attivamente alla formazione dello Stato Democratico. In fondo è questo l’obiettivo più importante di una società, ovvero capire ma anche recuperare e riciclare tutte le sue “punte” di contraddizioni e renderle partecipi alla costitu-zione della società e dello Stato organizzato. Qui, come vedi stiamo parlando di ex-militanti e guer-riglieri degli anni Settanta che sono ministri, go-vernatori, presidenti di partiti, deputati ecc. Cioè niente si butta via in una società che voglia capi-re e capi-recuperacapi-re le qualità che hanno portato alla formazione del proprio passato. Questa è la cosa più triste quando si rivede la storia dell’Italia.

Qual è la tua aspettativa riguardo all’estra-dizione?

Mancini - Io mi sento molto tranquillo in

re-lazione a questo. Perchè i miei crimini sono assolutamente politici. Ho partecipato a certi movimenti con carattere assolutamente politi-co. L’Italia non è abituata ad analizzare le cose da questo punto di vista. Per l’Italia vi è il cri-mine o il perdono. Cioè ancora non ha raggiunto la maturità giuridica. Non ammette che possa esistere il crimine politico come il dissenso. Ma altri paesi sì. Il Brasile è molto chiaro, sia nel-la costituzione, sia nello statuto degli stranieri: nessuno può essere estraditato per motivi poli-tici. Di fatto abbiamo avuto altri tre casi prece-denti al mio: quello di Pasquale Valitutti, Achille Lollo e di Luciano Pessina. Nei tre casi l’estradi-zione fu negata per 11 a zero dal Supremo Tri-bunale Federale.

C.I. – Stai quindi aspettando nel centro di cu-stodia che il STF rigetti la richiesta di estra-dizione per poter tornare a casa?

Mancini – Sì, ma il problema e la cosa noiosa

è che, come tutti i processi internazionali, sono

Il passato che

Politica

rigurgita

Giordano Iapalucci

‘L’Italia è uno dei

pochi paesi al

mondo che non è

riuscito a dare una

sintesi politica e

giuridica a questo

processo degli

anni settanta’

Fermento sindacale durante una manifestazione degli anni Settanta

Ernane D. Assumpção

Ernane D. Assumpção

Divulgação

(6)

O público se deleitou com obras de cerca de 500 artistas

Politica

uante volte abbiamo ascoltato alla tv, pubblicità di automobili, la cui maggior caratteristica pubblicizzata è il loro esse-re “fl ex”? Molte! Si tratta di una parola, relativamente nuova nel mondo dell’au-tomobilismo civile. Ma come succede per molti beni legati alla ricerca e all’alta tecnologia il suo tempo di vita sembra già essere agli sgoccioli. Ma andiamo piano. È forse meglio spiegare prima cosa sia mai questo “oggetto del desiderio” delle case automo-bilistiche legate al mercato sud-americano.

Responsabile di questa innovazione legata ai motori a scoppio è la Magneti Marelli, azienda italiana che in Brasile ha già compiuto 27 an-ni. Come racconta il presidente della MM-Brasil (controle motor), Silverio Bonfi glioli:

– La storia della Marelli nel paese sudameri-cano inizia nel 1978, a San Paolo, Avenida In-terlagos, quando fu comprata una impresa del gruppo Vasconcellos che produceva carburatori. Nel 1986 ci siamo trasferiti a Campinas, Horto-landia, dove a tutt’oggi esiste la nostra fi liale brasiliana – precisa Bonfi glioli.

Attualmente, la multinazionale italiana, ol-tre ad essere presente in America Latina con 9 stabilimenti, 1 in Argentina (Cordoba) e ben 8 in Brasile, investe circa il 9% del fatturato annuo, sia nei centri di ricerca e sviluppo (in Brasile ne esistono 3), veri cuori palpitanti e chiavi d’en-trata nel mercato globale del XXI secolo, sia in mezzi produttivi e linee di produzione. Il fattu-rato del 2004 ammonta a circa 4 miliardi di euro e per il 2005 è previsto un aumento del 13%.

In Sud-America occupa circa 5.600 lavora-tori, i quali lavorano in sei grandi linee di busi-ness. Queste vanno dallo sviluppo di motori ad iniezione elettronica alla realizzazione di proiet-tori e fanali posteriori, dalla costruzione di so-spensioni e ammortizzatori a quella di sistemi di scarico, fi no alla realizzazione di quadri di bordo (elettronica distribuita sul veicolo). Anche chi non è un attento osservatore non sarà

sicura-mente sfuggito il “fagiolino” blu sul musetto della Ferrari di Formula Uno. Il settore delle competizioni sportive in cui la Marelli investe una importante quota del proprio fatturato an-nuale ha come meta fi nale quella di attualizzare, magari dopo qualche anno, le tecnologie per il consumo civile. Un esempio pratico è il cambio elettronico che fu montato per la prima volta su una F1 nel ’95 e del quale oggi sono equipag-giate alcuni modelli di Fiat Panda. La fonte di innovazione è di fatto la F1 e le competizioni sportive vengono utilizzate come trampolino di lancio per prodotti e tecnologia.

Nel 2003, la MM ha messo sul mercato i

siste-mi fl ex (bicombustibili). I centri di ricerca, formati

quasi completamente da soli ingegneri brasiliani, hanno impiegato 5 anni tra ricerca e sviluppo. Il primo pezzo è andato in produzione il 23 marzo 2003 su una vettura Wolksvagen con un progetto sviluppato interamente in Brasile. La scelta, in tal senso, è dovuta a due ragioni. La prima riguarda il minor costo rispetto a quelli europei; il secon-do perché il paese sudamericano ha in mano una importante matrice energetica rinnovabile che nei prossimi decenni potrà fare la differenza: l’alcol.

– Il progetto fl ex si basa su una tecnologia che è un grandissimo modello matematico. Viene cal-colata la percentuale di alcol nel serbatoio in un

rapporto benzina/alcol che può essere 0 di alcol e 100 di benzina oppure qualsiasi percentuale fi no ad arrivare anche a 100 di alcol e 0 di benzina – di-chiara il presidente Bonfi glioli durante l’intervista. Oggi il 70% dei veicoli che utlizzano motori

fl ex matricolati in Brasile sono con sistemi

inie-zione MM, mentre il 100% di veicoli chiamti

popu-lar, ovvero le cilindrate 1000 adottano tutti

tec-nologia MM. Ma come è stato accennato all’inizio la voglia di ricerca e sviluppo della Magneti Marelli non si è appagato con il grande successo del mo-tore fl ex. Questo è, infatti, un primo passo di una catena molto piu lunga in cui è necessario vedere questo progetto in una evoluzione molto più pro-fonda rispetto a quello che è poi il risultato attua-le. Il prossimo, come ha svelato il presidente della MM-Brasil (controle motor), è quello di riuscire ad avere un unico tipo di motore montato sulle vetture per tutto il sudamerica, che possa essere utlizzato dal messico alla Patagonia.

La risposta a questo sogno che tra qualche tempo diventerà realtà è il motore tetrafl ex in cui ci si potrà “divertire” a mescolare a seconda delle necessità: benzina pura (carburante utiliz-zato in Argentina, Cile e Uruguay), a benzina con parte di alcool (miscela tipica del Brasile), ad alcool puro e/o gas naturale.

Il tetra verrà lanciato tra la fi ne 2005 e ini-zio 2006. Con questa nuova tecnologia sarà an-che possibile eliminare l’attuale serbatoio sup-plementare dove è necessario un livello minimo di benzina per la partenza a freddo. Questo si-stema non è stato pensato solo per veicoli di al-ta gamma, ma anche per il veicolo popolare con motore di piccola cilindrata.

– Abbiamo cosi fatto un unico veicolo per tut-to il Sudamerica come esiste nel mercatut-to comune europeo in cui sono mantenute le prestazioni del veicolo in termini di potenza e di emissioni ridot-te. Saranno ridotti sia il costo per Km/percorso del 46% e le emissioni di Co2 del 18% – ha dichiarato con grande soddisfazione Bonfi glioli.

Motori

quattro volte

Bonfiglioli: Il tetra verrà lanciato tra la fine 2005 e inizio 2006

Giordano Iapalucci

Economia

‘Abbiamo fatto

un unico veicolo

per tutto il

Sudamerica’

S

ILVERIO

B

ONFIGLIOLI

Q

processi lunghi; più che complicati sono lunghi. Le possibilità dell’Italia di ottenere l’estradizio-ne sono poche, e questo lo ha sempre saputo. La cosa più importante su cui insisto è che il cri-mine è politico, non voglio che l’estradizione sia negata per caratteri tecnici. Mi interessa che sia ancora una volta una sentenza politica, chiara da un punto di vista politico e che faccia capire all’Italia che i tempi sono cambiati. Ma purtrop-po c’è il problema dei tempi e anche dei grandi danni che queste cose provocano.

C.I. – Parli da un punto di vista mediatico? Mancini – No, non mediatico. La stampa e la

solidarietà sono cosi alte e attente che, devo dire, hanno addirittura aiutato a capire meglio chi io sia e a riscattare certe pagine della storia. Quindi questo non mi sta pregiudicando, al con-trario. Ma dal punto di vista del lavoro sì. Perché io sono un imprenditore, sono direttore di una impresa con i suoi clienti e i suoi conti da paga-re. Questi nessuno me li ripaga.

C.I. – Com’è che sei arrivato in Brasile? Mancini - Io sono arrivato passando per altri

paesi. Prima addirittura sono stato negli Sta-ti UniSta-ti, in Oriente e in ArgenSta-tina. In realtà dall´Italia sono andato via nel ’78 e nel Brasile sono arrivato nel 1980. I fatti per i quali sono stato processato sono del ‘76. Ma i processi ini-ziano verso l’ ’82-’83. La condanna defi nitiva è del ’94 ed avviene quindi molti anni dopo che sono uscito dall’Italia. Tutto questo è stato per me una sorpresa, perché quando sono uscito dall’Italia non solo non avevo una condanna, ma neanche una previsione di una possibile condanna. In tutti questi 25 anni non mi sono mai nascosto e non ho neanche avuto ragio-ne di nascondermi perché ho vissuto sempre legalmente. Ho montato con mia moglie una impresa di produzione per la televisione e ci-nema molto conosciuta, ho avuto una fi glia qui in Brasile ed ho sempre vissuto nella zona sud agli stessi indirizzi.

C.I. – Perché la richiesta della giustizia italia-na arriva solo ora, secondo te?

Mancini – La risposta è una sola. Un

proces-so di fascistizzazione dell’Italia che ha portato piano piano a fascistizzare tutti gli istituti, an-che quelli più lontani, in Brasile, in India ecc. Ormai hanno cambiato anche l’ultimo usciere. Un’altra spiegazione può essere che in questo momento il governo, che mi pare nel suo cre-puscolo dovuto alla crisi economica gravissima in cui ha ridotto il popolo italiano, frustrato dal risultato elettorale delle ultime elezioni, usi questi ultimi fatti e elementi un poco come marketing. Tra le poche cose che gli rimango-no con qualche punta di riscontro nell’opinione pubblica vi è questa lotta che, teoricamente, il governo Berlusconi sta facendo al terrorismo. Per cui qualsiasi cosa che richiami anche va-gamente al tema può essere interessante in qualche modo. Però, se vanno a cercare quello che io ho fatto in tutti questi 25 anni, mi pare che l’operazione è piuttosto cinematografi ca. Proprio per rispondere alla sua domanda, l’altro giorno, leggendo Camilleri, ho trovato una frase che forse era adeguata alla circostanza e cioè: “si trova solo quello che si cerca”. In realtà non mi hanno mai cercato! Quello che mi ha stupi-to è quello di essere stastupi-to “trovastupi-to” così tanstupi-to

tempo dopo dagli episodi, circa 30 anni e sen-za che mi fossi mai nascosto. Al tal proposito ti voglio citare anche un episodio che penso faccia proprio onore a questa frase di Camilleri. Quando fu arrestato un altro compagno e amico carissi-mo che è Luciano Pessina, per il quale si fece un processo di estradizione circa 5-6 anni fa, Lucia-no viveva con me, nell’appartamento intestato a me. Quindi non si capisce perché non sia stata in quel momento la mia cattura.

C.I. - Ritieni quindi che l’aspetto politico abbia pesato in maniera decisiva sulla tua cattura? Mancini - Non vi è il minimo dubbio. I fatti per

i quali sono imputato sono fatti politici relativi al ciclo storico della fi ne anni Sessanta, inizio dei Settanta, contingenti ad un momento stori-politico particolare e molto importante, co-minciato nel 1968, non solo in Italia, ma anche nell’Europa intera.

C.I. - È vero che è stata presentata al presi-dente Lula una mozione per sensibilizzare la tua posizione? Hai avuto sentore a riguardo? Mancini - No, non so nulla di tutto questo. Non

mi risulta che sia stata fatta una richiesta al pre-sidente Lula. Anche perché la difesa che stiamo facendo non è legata ad appoggi di potere che sarebbero anche facilmente raggiungibili per il tipo di lavoro che ho svolto qui in Brasile. Ho

la-vorato in campagne politiche con la mia impre-sa. Ma non è vera questa informazione. E non mi farebbe piacere che il Supremo Tribunale fosse infl uenzato, sempre che lo si possa pensare, dal presidente o da un ministro ecc. Io sono con-vintissimo che la legge è già suffi ciente per ne-gare l’estradizione. La legge è chiarissima ed io non ho mai chiesto asilo politico perché la leg-ge già permetteva che per crimini politici non fossi estraditato. Quello su cui sto contando è la grande solidarietà e partecipazione dei parti-ti poliparti-tici, della gente. Vi sono molte iniziaparti-tive, tutte con grande successo. Vi sono state interro-gazioni parlamentari. Tutto questo dimostra che non vi è nessun preconcetto in Brasile rispetto a questi temi. Cosa che in Italia suscitano ancora brividi, rancori e scalpore. Qui trovo molta ma-turità, comprensione e appoggio.

C.I. – Com’ è il tuo rapporto con la politica italiana, mantieni relazioni con i vecchi com-pagni in Italia?

Mancini - Sì, certamente. In realtà la mia

ge-nerazione si è dispersa nel mondo. Io stesso mi allontanai dall’Italia per una questione

pu-ramente personale e di ripensamento di tutta l’esperienza che avevo avuto nell’organizzazio-ne di base, nell’organizzazio-nei sindacati ecc. per conoscere il mondo, nuovi orizzonti. Ma questo non è sta-to soltansta-to un mio percorso. In realtà è stasta-to quello di grande parte della mia generazione. Per cui questi amici e compagni con cui aveva-mo lottato insieme, magari sono dispersi negli Stati Uniti, in Francia, ecc. Vi è stata una glo-balizzazione territoriale del movimento. Non ho più molti grandi amici. Ce ne sono alcuni, ma in un ambito completamente diverso rispet-to a quello che ci aveva fatrispet-to conoscere. Vi è un legame, una storia, un ricordo, come una volontà di rivedersi che purtroppo per me non si può mettere in pratica. Ma non si tratta più di un legame di carattere militante; non se ne parla nemmeno. Più che altro affettivo.

C.I. - Hai mai pensato di continuare un’attivi-tà sindacale qui in Brasile?

Mancini – No. Come ho detto, quando sono

arri-vato qui in Brasile è stato perché ho tagliato, in un certo senso, con l’ideologia. Ho voluto cono-scere la vita da un punto di vista più personale e più legato all’esperienza del viaggio, della cultu-ra, dell’ecologia. Quegli anni sono stati piuttosto duri dal punto di vista personale. Avevamo sacfi cato tutto in nome della contestazione, della ri-voluzione e della utopia. Eravamo molto giovani. Abbiamo bruciato la nostra gioventù, anche se questo è stato una base solidissima per la nostra maturità. Lo rifarei di nuovo. Sono contento di aver partecipato ad un processo che mi ha reso cosciente di tante cose. Però è un processo che è fi nito come processo stesso. Alla fi ne degli anni Settanta già vi era soltanto il buio, morte, silen-zio e censura. Non c’è stato più niente di creati-vo. Per cui è stata una esperienza che ho tagliato e ne ho iniziato una nuova, completamente di-versa anche senza rigettare le radici. Però molto diversa da un punto di vista dell’obiettivo. Non era più lo Stato ma la natura, l’arte. Prima si trat-tava di conquistare il “cuore” dello Stato o cose del genere che sono assolutamente non vere. Non esiste questo cuore dello stato. Era il frutto della nostra coscienza in quel momento. Ho spostato il fuoco dell’obiettivo, pur continuando ad avere un compromesso sempre molto profondo con la veri-tà e la politica.

C.I. -Cosa ne pensi di questo momento della politica brasiliana?

Mancini - Sorpreso e disilluso come grande parte

dei brasiliani. Perché questo governo rappresen-tava l’idea di cambiamento, di riforma, di rivolu-zione. In una situazione come quella brasiliana, con contraddizioni profonde, purtroppo questo mega-scandalo rappresenta in certa forma una grande perdita di fi ducia e di sogno rispetto a questa possibilità. Vedo, però, che il Brasile ha ancora una volta questa grande capacità di dare quello che chiamano “a volta para cima”. Cioè di riuscire a metabolizzare le crisi. Non c’è, nono-stante la venuta a galla di tutte queste magagne, un potere del male o un potere del comando che ostruisce alla verità di venire a galla. E quando la verità viene a galla le istituzioni devono cambia-re e i partiti si devono rimettecambia-re in discussione. Per cui queste cose, secondo me, devono essere viste da un punto di vista dialettico e non come fallimento di un processo.

‘Ho trovato una

frase che forse

era adeguata alla

circostanza e cioè:

si trova solo quello

che si cerca’

P

IETRO

M

ANCINI

Il presidente della Magneti Marelli - Silverio Bonfiglioli

Fotos: Divulgação Magneti Marelli

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