PROJETO DE ARTICULAÇÃO HORIZONTAL DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR AGRUPAMENTO DE ESCOLAS PROFESSOR ABEL SALAZAR
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Era uma vez um peixinho azul muito pequenino, que nadava
no fundo do mar e tinha muita fome, procurou a mãe e o pai, não
os encontrou, não desistiu, continuou à procura por todo o lado,
procurou nos buracos das rochas, debaixo da areia, foi quando viu
um tubarão.
-Ah, um tubarão! Que medo, é tão grande! E escondeu-se no meio das conchas prateadas que se amontoavam no meio da areia e de algumas plantas, e o tubarão foi-se embora.
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Entretanto continuou à procura dos pais, passou pelas casas dos seus amigos, mas não viu ninguém. Estava triste e só! Não desistiu, e continuou à procura, nadando, nadando, por entre as algas verdes, e foi aí que encontrou a mãe, que não o via há algum tempo.
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- Oh mãe, estou tão contente já há muito que não te via!
- Olá filho, estava tão preocupada contigo!
- Sabes mãe, eu encontrei um tubarão, fiquei tão assustado que tive que me esconder.
- Onde está o pai? Estou com tantas saudades dele! Disse o peixinho azul.
-Olha filho, tenho uma triste notícia para te dar, o pai, quando andava à procura de comida teve um acidente!
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- Então, mas o que aconteceu? Perguntou o peixinho azul.
- O teu pai ficou preso numa rede de pesca, e ao tentar sair ficou magoado numa barbatana e levaram-no para o hospital.
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O peixinho azul decidiu ir ao hospital para ver o seu pai. Pelo caminho encontrou os seus amiguinhos: o cavalo-marinho, o caranguejo, a estrela-do-mar, o polvo e outros peixinhos.
Peixinho Azul! Peixinho Azul! – Disseram os seus amiguinhos. Vem, vem ver o que descobrimos no fundo do mar.
Vamos, Vamos. – Diziam os seus amiguinhos sempre a nadar. Mas, o que foi que descobriram? – Perguntou o
peixinho Azul muito curioso.
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Quando chegaram perto o peixinho Azul disse muito admirado:
- Oh! É um barco velho. Quem viverá nele? Já foram perto do barco? O que terá lá dentro? Não, não fomos. Estávamos à tua espera. – Disseram os seus amiguinhos.
Nesse momento aproximaram-se do barco, devagar, devagarinho e espreitaram, com muito cuidado, para dentro do barco. Foi quando viram uma linda sereia de cabelos loiros e compridos que cantava ao mesmo tempo que guardava um pequeno tesouro.
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Esta linda Sereia estava escondida nas ruínas daquele barco de piratas. Era muito bonita. Tinha o cabelo longo e doirado, os olhos eram grandes e azuis, como o peixinho Azul. Ela cantava músicas estranhas e quando via alguém ficava muito assustada.
Os peixes olharam muito admirados e exclamavam:
- Que menina linda aqui no fundo do mar!
- Oh, mas …. Não é
uma menina. Tem um rabo de peixe. Até parece uma barbatana como a nossa!
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- Andava a passear por entre as algas deste mar tão lindo quando senti uma onda gigante. Olhei para trás e vi um monstro marinho. Era muito grande. Vinha com a boca aberta e via-se uns dentes muito afiados. Tremi de medo e nadei…. Nadei até que encontrei este barco. Escondi-me e o monstro procurou, procurou… até que desistiu e foi embora.
A Sereia, receosa, respondeu:
- Deve ser aquele tubarão que eu vi! Disse o peixinho.
- Sabem o que encontrei neste barco? - Disse a Sereia – Um tesouro! - Um tesouro? Numa Arca? Uau! Vamos abrir? O que terá lá dentro? Um mapa? Um tesouro? – disseram todos.
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Eu ando à procura de um mapa! - Disse o peixinho azul.
-Será que o encontraste Sereia? A minha mãe disse-me que o meu pai está no hospital, na gruta dos búzios, mas para lá chegar precisava de seguir as pistas que estão num mapa
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-Podes ajudar-me? - Disse o peixinho.
-Claro que eu te posso ajudar! Todos juntos vamos descobrir o teu mapa. - Disse a Sereia.
-Porque não abres a arca? - Disse o peixinho muito impaciente. -Abre! - Disseram todos.
-Queria partilhar esta aventura com alguém, querem fazer esta descoberta comigo? -Disse a sereia
Ansiosos todos aceitaram.
O peixe-serra que era corajoso, com os seus dentes afiados serrou a arca, mas ela não abriu.
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O polvo que era muito forte meteu os seus tentáculos em vários lados da arca ao mesmo tempo.
O cavalo-marinho cheio de coragem deu-lhe um coice. O caranguejo usou as suas tenazes como se fossem um abre-latas.
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A estrela-do-mar também quis ajudar e procurou buraquinhos na arca onde pudesse enfiar os seus tentáculos, mas… a arca continuou fechada, ninguém a conseguiu abrir…
Então o peixinho azul disse assim aos seus amigos:
- Talvez esta arca seja mágica. Algumas arcas podem ser mágicas. Só se poderá abrir com umas palavras mágicas.
Tive uma ideia: vamos colocar-nos todos em fila e cada um diz umas palavras mágicas – disse a sereia.
O primeiro foi o peixinho azul:
Abracadabra, abracazul Está aqui o peixinho azul.
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O segundo foi o a estrela-do-mar: -Abre-te arca, a estrela vai-te iluminar e a sereia vai cantar.
O terceiro foi o caranguejo: -abre-te arca da gruta da sereia, que é tão bonita e brinca na areia.
O quarto foi o polvo:
- Abracadabra, sopa de conchas e de ovo Eu sou o amigo polvo.
O quinto foi o cavalo-marinho: Abracadabra, abre devagarinho, Eu sou o cavalo-marinho, amigo do peixinho. O sexto foi o peixe-serra:
- Abracadabra, por cima do nariz, o peixe azul ficará feliz.
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E no fim disseram todos em coro: Abre-te arca, ninguém te faz mal, Abre-te arca para irmos ao hospital.
Então a arca fez um barulho estranho e abriu. O peixe azul pegou no mapa e a arca fechou-se. Foram todos ao hospital, a sereia também foi.
No mapa tinha muitas setas e números para eles seguirem e também tinha a primeira letra do hospital, o H.
Quando lá chegaram o peixinho azul deu muitos beijos e abraços ao pai e ficou feliz para sempre.
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Considerando a literatura infantil como a arte de criar e recriar histórias, as nossas crianças tiveram a oportunidade de viajar no mundo da imaginação, dos sonhos e da fantasia. A partir da frase: Era uma vez um peixinho azul…as personagens mágicas surgiram e despertaram a curiosidade e o encantamento das crianças. Assim nasceu o conto redondo que, ao longo do ano, passo a passo, foi construído por todas as crianças que integram os Jardins-de-infância do nosso agrupamento de escolas.
Autores e ilustradores:
Crianças dos Jardins de Infância de : Poças -Airão Santa Maria,
Roupeire -Airão S. João, Calçada – Vermil, Casais-Brito. Educadoras: Alice Maria, Joaquina Barbosa, Maria da Conceição,
Maria das Dores, Maria de Fátima,
Maria José, Maria Teresa.