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FACULDADE IETEC. Wanderson Leandro de Oliveira SIMULAÇÃO DE SECAGEM DE MILHO EM CAMADA ESTACIONÁRIA POR MEIO DE MODELAGEM COMPUTACIONAL

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FACULDADE IETEC

Wanderson Leandro de Oliveira

SIMULAÇÃO DE SECAGEM DE MILHO EM CAMADA ESTACIONÁRIA POR MEIO DE MODELAGEM COMPUTACIONAL

(2)

SIMULAÇÃO DE SECAGEM DE MILHO EM CAMADA ESTACIONÁRIA POR MEIO DE MODELAGEM COMPUTACIONAL

Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado da Faculdade Ietec, como requisito parcial à obtenção do título de Mestre em Engenharia e Gestão de Processos e Sistemas.

Área de concentração: Engenharia e Gestão de Processos e Sistemas

Linha de pesquisa: Engenharia de Processos e Sistemas

Orientador: Prof. José Helvécio Martins Faculdade Ietec

Belo Horizonte Faculdade Ietec

(3)

Oliveira, Wanderson Leandro de.

O48s Simulação de secagem de milho em camada estacionária por meio de modelagem computacional / Wanderson Leandro de Oliveira. - Belo Horizonte, 2017.

107 f., enc.

Orientador: José Helvécio Martins.

Dissertação (mestrado) – Faculdade Ietec.

Bibliografia: f. 86-87

1. Grãos de cereais. 2. Modelo de secagem. 3. Simulação. 4. Camada fixa. I. Martins, José Helvécio. II. Faculdade Ietec. Mestrado em Engenharia e Gestão de Processos e Sistemas. III. Título.

(4)
(5)

Dedico este trabalho a Deus, que me permitiu chegar até aqui.

Aos meus pais que com muita dificuldade me transmitiram valores essenciais para minha vida. (In Memoriam).

(6)

AGRADECIMENTOS

A finalização desse trabalho, alcançada com grande esforço, foi conquistada com o apoio de pessoas extremamente especiais, pelo que deixo aqui manifestada a minha gratidão.

Agradeço à Deus por suprir todas as minhas necessidades e clarear minhas ideias, essencialmente nos momentos mais difíceis.

Aos meus pais, Paulo Antônio de Oliveira e Estelina Leandro de Oliveira, por todo o cuidado, incentivo e amor verdadeiro.

Agradeço imensamente ao professor, orientador e amigo, Dr. José Helvécio Martins, cujo apoio, clareza e eficiência dos ensinamentos foram fundamentais para o desenvolvimento do presente trabalho.

Ao professor e amigo Dr. Mauri Fortes, pelo apoio e os ensinamentos em vários momentos da minha caminhada no desenvolvimento desse trabalho.

À professora Dra. Wanyr Romero, pelos ensinamentos e apoio nos momentos finais da conclusão desse trabalho.

Ao professor Dr. Rafael Pinheiro Amantéa, pela amizade e pelos ensinamentos e solução de dúvidas sobre equações diferenciais.

À minha esposa Juliana A. Gomes Oliveira, minha amada, minha amiga e minha maior incentivadora. Sou grato pelas diversas noites que passou acordada comigo, sempre me dizendo que daria tudo certo.

Aos meus irmãos, Estefânia Leandro de Oliveira e David Leandro de Oliveira, pelo carinho e amor incondicional.

Agradeço também ao caríssimo Professor Dr. Marcos Gonçalves Rios, que foi meu primeiro professor de programação, que sempre me incentivou a seguir em frente. Impossível deixar de mencionar meus amigos Glauber e José Ronaldo, pelo apoio e amizade que levarei para vida inteira.

(7)

"Se você acha que educação é cara, experimente a ignorância."

(8)

RESUMO

Secagem é um processo frequentemente usado para preservar a qualidade de grãos e de produtos alimentares, quando são armazenados por um longo tempo, em comparação com outros métodos de preservação, pois é um processo mais barato e de fácil operação. O processo de secagem consiste em remover uma determinada quantidade de água contida no produto, neste caso grãos de milho, até que o seu teor de água atinja um valor adequado para que o produto possa ser armazenado por longos períodos, preservando suas características para consumo. O processo de secagem consome uma grande quantidade de energia, por isso é interessante que seja analisado para avaliar as condições para melhorar o processo. Nas atuais condições de mercado altamente competitivo, perguntas sobre a taxa de secagem, custo, qualidade e tecnologia, podem levar a dúvidas sobre a eficiência do processo de secagem. A remoção da água do grão deve ser feita até que seu conteúdo de água atinja um nível tal que o produto esteja em equilíbrio com o ar ambiente onde serão armazenados e deve ser executada de forma a preservar a aparência, qualidade nutricional, no caso de grãos, e a viabilidade, no caso de sementes. No presente trabalho foi desenvolvido um sistema computacional baseado no modelo de secagem em camada fixa desenvolvido na Michigan State University. Para desenvolvimento do sistema, foi utilizado programação em MATLAB, para simulação do processo de secagem em camada estacionária e o modelo foi testado utilizando dados de secagem de milho. Os resultados simulados foram comparados com dados experimentais obtidos da literatura. Depois de testes e validação do modelo, vários cenários de secagem foram simulados, e foi realizada uma análise de sensibilidade dos parâmetros de secagem para verificar quais parâmetros seriam mais sensíveis, visando à otimização das condições de operação do processo de secagem.

Palavras-chave: Grãos de cereais; modelo de secagem; simulação; camada fixa;

(9)

ABSTRACT

Drying is a process frequently used to preserve the quality of grain and food products, when they are stored for a long time, compared with other methods of preservation, because it is a process less expensive and of easy operation. Drying is the removal of a given amount of water contained in the product, in this case maize, until its moisture content reaches a suitable value so that the product be suitable to be stored for long periods, preserving its characteristics for consumption. The drying process consumes a large amount of energy, so it is interesting to realize its analysis to assess the conditions to improve the process. In the current highly competitive market conditions, questions about the drying rate, cost, quality and technology, can lead to doubts about the efficiency of the drying process. The removal of water from the grain must be made until its moisture content reaches such a level that the product is in equilibrium with the ambient air where it will be stored, and must be performed in order to preserve the appearance and nutritional quality, in the case of grains, and viability, in the case of seed. In the present work a computational system, based on fixed-bed drying model developed at Michigan State University, was developed. The development and implementation of the system were realized by using programming in MATLAB. The model was tested and validated using experimental drying data of maize obtained from the literature. These data were used as a reference for the simulation tests. After testing and validation of the model, various drying scenarios were simulated, and a sensitivity analysis of the drying parameters was carried out to check what parameters would be more sensitive, aiming at the optimization of the operating conditions of the drying process.

(10)

LISTA DE FIGURAS

Figura Título Pg.

Figura 1 – Classificação das diferentes modalidades de secagem e tipos de secadores de grãos

18

Figura 2 – Representação da movimentação da água no interior de um produto higroscópico-capilar-poroso durante o processo de secagem

20

Figura 3 – Curva típica de secagem de produto biológico durante os períodos de secagem com taxa constante e com taxa decrescente

22

Figura 4 – Secagem de grãos de cereais durante o período com taxa decrescente

24

Figura 5 – Representação esquemática do volume de controle utilizado no desenvolvimento do modelo de secagem em camada fixa

33

Figura 6 – Processo de divisão da massa de grãos em camadas finas imaginárias

42

Figura 7 – Fluxograma básico do programa computacional desenvolvido 45 Figura 8 – Curvas de secagem, simulada e experimental, para

temperatura, umidade relativa e velocidade do ar de secagem de 37,8oC, 33,34% e 0,26 m/s, respectivamente, e teor de água inicial dos grãos igual a 0,363 b.s.

52

Figura 9 – Comparação das curvas de secagem, simulada e experimental, para temperatura, umidade relativa e velocidade do ar de secagem de 37,8oC, 33,34% e 0,26 m/s, respectivamente, e teor de água inicial dos grãos igual a 0,363 b.s.

52

Figura 10 – Curvas de secagem, simulada e experimental, para temperatura, umidade relativa e velocidade do ar de secagem de 37,8 oC, 33,34% e 0,54 m/s, respectivamente, e teor de água inicial dos grãos igual a 0,363 b.s.

53

Figura 11 – Comparação das curvas de secagem, simulada e experimental, para temperatura, umidade relativa e velocidade do ar de secagem de 37,8 oC, 33,34% e 0,54 m/s, respectivamente, e teor de água inicial dos grãos igual a 0,363 b.s.

(11)

Figura 12 – Curvas de secagem, simulada e experimental, para temperatura, umidade relativa e velocidade do ar de secagem de 65,6 oC, 8,51% e 0,26 m/s, respectivamente, e teor de água inicial dos grãos igual a 0,363 b.s.

54

Figura 13 – Comparação das curvas de secagem, simulada e experimental, para temperatura, umidade relativa e velocidade do ar de secagem de 65,6 oC, 8,51% e 0,26 m/s, respectivamente, e teor de água inicial dos grãos igual a 0,363 b.s.

54

Figura 14 – Curvas de secagem, simulada e experimental, para temperatura, umidade relativa e velocidade do ar de secagem de 65,6 oC, 8,51% e 0,54 m/s, respectivamente, e teor de água inicial dos grãos igual a 0,363 b.s.

55

Figura 15 – Comparação das curvas de secagem, simulada e experimental, para temperatura, umidade relativa e velocidade do ar de secagem de 65,6 oC, 8,51% e 0,54 m/s, respectivamente, e teor de água inicial dos grãos igual a 0,363 b.s.

55

Figura 16 – Curvas de secagem, simulada e experimental, para temperatura, umidade relativa e velocidade do ar de secagem de 93,3oC, 2,75% e 0,26 m/s, respectivamente, e teor de água inicial dos grãos igual a 0,363 b.s.

56

Figura 17 – Comparação das curvas de secagem, simulada e experimental, para temperatura, umidade relativa e velocidade do ar de secagem de 93,3 oC, 2,75% e 0,26 m/s, respectivamente, e teor de água inicial dos grãos igual a 0,363 b.s.

56

Figura 18 – Curvas de secagem, simulada e experimental, para temperatura, umidade relativa e velocidade do ar de secagem de 93,3oC, 2,75% e 0,54 m/s, respectivamente, e teor de água inicial dos grãos igual a 0,363 b.s.

57

Figura 19 – Comparação das curvas de secagem, simulada e experimental, para temperatura, umidade relativa e velocidade do ar de secagem de 93,3oC, 2,75% e 0,54 m/s, respectivamente, e teor de água inicial dos grãos igual a 0,363 b.s.

57

Figura 20 – Curvas de secagem, simulada e experimental, para temperatura, umidade relativa e velocidade do ar de secagem de 118,3oC, 1,16% e 0,26 m/s, respectivamente, e teor de água inicial dos grãos igual a 0,363 b.s.

(12)

Figura 21 – Comparação das curvas de secagem, simulada e experimental, para temperatura, umidade relativa e velocidade do ar de secagem de 118,3oC, 2,75% e 0,26 m/s, respectivamente, e teor de água inicial dos grãos igual a 0,363 b.s.

58

Figura 22 – Curvas de secagem, simulada e experimental, para temperatura, umidade relativa e velociade do ar de secagem de 118,3oC, 1,16% e 0,54 m/s, respectivamente, e teor de água inicial dos grãos igual a 0,363 b.s.

59

Figura 23 – Comparação das curvas de secagem, simulada e experimental, para temperatura, umidade relativa e velocidade do ar de secagem de 118,3oC, 2,75% e 0,54 m/s, respectivamente, e teor de água inicial dos grãos igual a 0,363 b.s.

59

Figura 24 – Curvas de secagem simuladas, para temperatura, umidade relativa e velocidade do ar de secagem de 37,8oC, 33,34% e 0,26 m/s, respectivamente, e teor de água inicial dos grãos igual a 0,363 b.s.

60

Figura 25 – Variação da temperatura do ar ao longo da camada de grãos, para temperatura, umidade relativa e velocidade do ar de secagem de 37,8oC, 33,34% e 0,26 m/s, respectivamente, e teor de água inicial dos grãos igual a 0,363 b.s.

62

Figura 26 – Variação da temperatura dos grãos ao longo do tempo, para temperatura, umidade relativa e velocidade do ar de secagem de 37,8oC, 33,34% e 0,26 m/s, respectivamente, e teor de água inicial dos grãos igual a 0,363 b.s.

63

Figura 27 – Variação da temperatura do ar e dos grãos durante o processo de secagem, para temperatura, umidade relativa e velocidade do ar de secagem de 37,8oC, 33,34% e 0,26 m/s, respectivamente, e teor de água inicial dos grãos igual a 0,363 b.s.

64

Figura 28 – Variação da umidade absoluta do ar durante o processo de secagem, para temperatura, umidade relativa e velocidade do ar de secagem de 37,8oC, 33,34% e 0,26 m/s, respectivamente, e teor de água inicial dos grãos igual a 0,363 b.s.

66

Figura 29 – Variação da umidade absoluta do ar em função do tempo de secagem, para temperatura, umidade relativa e velocidade do ar de secagem de 37,8oC, 33,34% e 0,26 m/s, respectivamente, e teor de água inicial dos grãos igual a 0,363 b.s.

(13)

Figura 30 – Efeito da temperatura do ar sobre a taxa de secagem, para velocidade do ar de 0,10 m/s teor de água inicial dos grãos igual a 0,363 b.s.

70

Figura 31 – Efeito da temperatura do ar sobre a taxa de secagem, para velocidade do ar de 0,20 m/s e teor de água inicial dos grãos igual a 0,363 b.s.

71

Figura 32 – Efeito da temperatura do ar sobre a taxa de secagem, para velocidade do ar de 0,30 m/s e teor de água inicial dos grãos igual a 0,363 b.s.

72

Figura 33 – Efeito da temperatura do ar sobre a taxa de secagem, para velocidade do ar de 0,40 m/s e teor de água inicial dos grãos igual a 0,363 b.s.

73

Figura 34 – Efeito da temperatura do ar sobre a taxa de secagem, para velocidade do ar de 0,50 m/s e teor de água inicial dos grãos igual a 0,363 b.s.

74

Figura 35 – Efeito da velocidade do ar sobre a taxa de secagem, para temperatura do ar de 40°C e teor de água inicial dos grãos igual a 0,363 b.s.

75

Figura 36 – Efeito da velocidade do ar sobre a taxa de secagem, para temperatura do ar de 50°C e teor de água inicial dos grãos igual a 0,363 b.s.

76

Figura 37 – Efeito da velocidade do ar sobre a taxa de secagem, para temperatura do ar de 60°C e teor de água inicial dos grãos igual a 0,363 b.s.

76

Figura 38 – Efeito da velocidade do ar sobre a taxa de secagem, para temperatura do ar de 70°C e teor de água inicial dos grãos igual a 0,363 b.s.

77

Figura 39 – Efeito da velocidade do ar sobre a taxa de secagem, para temperatura do ar de 80°C e teor de água inicial dos grãos igual a 0,363 b.s.

77

Figura 40 – Variação da temperatura do ar de secagem ao longo da camada espessa de grãos, para velocidade do fluxo de ar igual a 0,10 m/s e teor de água inicial do produto igual a 0,363 b.s.

78

Figura 41 – Variação da temperatura do ar de secagem ao longo da camada espessa de grãos, para velocidade do fluxo de ar igual a 0,20 m/s e teor de água inicial do produto igual a 0,363 b.s.

79

Figura 42 – Variação da temperatura do ar de secagem ao longo da camada espessa de grãos, para velocidade do fluxo de ar igual a 0,30 m/s e teor de água inicial do produto igual a 0,363 b.s.

(14)

Figura 43 – Variação da temperatura do ar de secagem ao longo da camada espessa de grãos, para velocidade do fluxo de ar igual a 0,40 m/s e teor de água inicial do produto igual a 0,363 b.s.

80

Figura 44 – Variação da temperatura do ar de secagem ao longo da camada espessa de grãos, para velocidade do fluxo de ar igual a 0,50 m/s e teor de água inicial do produto igual a 0,363 b.s.

(15)

LISTA DE TABELAS

Tabela Título Pg.

Tabela 1 – Condições utilizadas nos testes experimentais de secagem em camada fina de milho híbrido, variedade FBR73 MO17, safra de 1986, para obtenção da curva de secagem

50

Tabela 2 – Variação da umidade relativa do ar intergranular durante o processo de secagem, para temperatura, umidade relativa e velocidade do ar de secagem de 37,8oC, 33,34% e 0,26 m/s, respectivamente, e teor de água inicial dos grãos igual a 0,363 b.s.

65

Tabela 3 – Resultados da análise estatística, para temperatura, umidade relativa e velocidade do ar de secagem iguais a 37,8oC, 33,34% e 0,26 m/s, respectivamente, e teor de água inicial dos grãos igual a 0,363 b.s.

68

Tabela 4 – Tempo de secagem em função da temperatura do ar, para velocidade do ar de secagem igual a 0,10 m/s e teor de água inicial dos grãos igual a 0,363 b.s.

70

Tabela 5 – Tempo de secagem em função da temperatura do ar, para velocidade do ar de secagem igual a 0,20 m/s e teor de água inicial dos grãos igual a 0,363 b.s.

71

Tabela 6 – Tempo de secagem em função da temperatura do ar, para velocidade do ar de secagem igual a 0,30 m/s e teor de água inicial dos grãos igual a 0,363 b.s.

72

Tabela 7 – Tempo de secagem em função da temperatura do ar, para velocidade do ar de secagem igual a 0,40 m/s e teor de água inicial dos grãos igual a 0,363 b.s.

73

Tabela 8 – Tempo de secagem em função da temperatura do ar, para velocidade do ar de secagem igual a 0,50 m/s e teor de água inicial dos grãos igual a 0,363 b.s.

74

(16)

LISTA DE SIGLAS

Sigla Descrição

M Teor de água do produto (média), base seca, kg kg; r

M Razão do teor de água do produto, adimensional;

t Tempo, s;

A Área superficial de uma partícula (grão), 2 m ;

a Área superficial específica (média) dos grãos, 2 3

m m

;

R Constante de gás ideal, J kg K

; T Temperatura do fluido (ar), K ou C;

 Temperatura do produto (grão), K ou C; P Pressão, Pa;

fg

h

Calor latente de vaporização da água do produto, /J kg ; ii

K Coeficientes fenomenológicos,; i = 1, ..., 3; ij

K Coeficientes de acoplamento,; j = 1, ..., 3, j ≠ i; k Constante de secagem, 1 s

b Parâmetro empírico da equação de Page. r Distância radial ou coordenada espacial, m;

D

h Coeficiente de transferência de massa por convecção, kg / m s

2 ;

T Temperatura do ar de secagem, K ou C;

 Temperatura do produto (grão), K ou C;

W Umidade absoluta do ar (quantidade de vapor de água contida em um quilograma de ar seco), kg kg;

x Coordenada espacial (posição na camada de grãos), m;

h Coeficiente de transferência de calor por convecção, J s m K

 2

; G Fluxo de massa, kg s m

 2

;

c Calor específico, J kg K

;

Massa específica, 3

(17)

Viscosidade, kg h m

;

, , ,

a b

 

Constantes empíricas. mr

D Desvio médio relativo, %; pe

E Erro padrão da estimativa; me

E Erro máximo da estimativa;

j

y

Dados experimentais ou de referências;

ˆ

j

y

Dados estimados ou simulados;

n Número de observações ou tamanho da amostra; D Coeficiente de difusão, 2

m s ; V Volume do produto, m3; X Razão adimensional.

Subscritos

0 Estado inicial ou equivalente; e Estado de equilíbrio;

a Referente a ar abs Absoluto;

p Referente a produto;

v Referente a vapor de água; w Referente a água;

bm Referente a bulbo molhado; sup Superficial;

(18)

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 16

2 OBJETIVOS ... 19

3 REVISÃO DE LITERATURA ... 20

3.1 ANÁLISE FUNDAMENTAL DO PROCESSO DE SECAGEM ... 19

3.1.1 SECAGEM DE UM ÚNICO GRÃO ... 21

3.1.2 PROCESSO DE SECAGEM EM CAMADA ESPESSA ... 29

3.1.3 SOLUÇÃO E VALIDAÇÃO DO MODELO DE SECAGEM EM CAMADA ESPESSA ... 37

3.2 ANÁLISE DE SENSIBILIDADE E OTIMIZAÇÃO DO PROCESSO DE SECAGEM ... 38

4 METODOLOGIA ... 41

4.1 ANÁLISE FUNDAMENTAL DO PROCESSO DE SIMULAÇÃO DE SECAGEM ... 39

4.2 MODELAGEM DO PROCESSO DE SECAGEM EM CAMADA ESPESSA ... 41

4.2.1 DISCRETIZAÇÃO DAS EQUAÇÕES DE SECAGEM ... 43

4.2.2 SOLUÇÃO DO MODELO DE SECAGEM MSU EM CAMADA ESTACIONÁRIA ... ...45

4.3 VALIDAÇÃO DO MODELO DE SECAGEM MSU EM CAMADA ESTACIONÁRIA ... 44

4.4 OTIMIZAÇÃO DO PROCESSO DE SECAGEM EM CAMADA ESTACIONÁRIA ... 44

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO ... 48

5.1 PROGRAMA COMPUTACIONAL PARA SIMULAÇÃO DO PROCESSO DE SECAGEM...46

5.2 ANÁLISE DO PROCESSO DE SECAGEM ... 47

5.2.1 ANÁLISE DO PROCESSO DE SECAGEM EM CAMADA FINA ... 49

5.2.2 ANÁLISE DO PROCESSO DE SECAGEM EM CAMADA ESPESSA ... 58

5.2.3 ANÁLISE ESTATÍSTICA DOS DADOS DE SECAGEM EM CAMADA FINA ... 67

5.3.1 EFEITO DA TEMPERATURA DO AR DE SOBRE TAXA DE SECAGEM... ... ...49

5.3.2 EFEITO DA VELOCIDADE DO AR SOBRE A TAXA DE SECAGEM ... 73

5.3.3 EFEITO DA VELOCIDADE DO AR SOBRE A VARIAÇÃO DA TEMPERATURA ATRAVÉS DA CAMADA DE GRÃOS NOS INSTANTES INICIAIS DO PROCESSO DE SECAGEM .... 73

6 CONCLUSÕES ... 82

REFERÊNCIAS ... 83

APÊNDICES ... 85

APÊNDICE A – TEORIA DE LUIKOV: PROCESSO DE TRANSFERÊNCIA DE MASSA EM MEIOS CAPILARES-POROSOS ... 86

APÊNDICE B – SOLUÇÕES DA EQUAÇÃO DE SECAGEM DE LUIKOV ... 88

APÊNDICE C – EQUAÇÕES DE SECAGEM SEMITEÓRICAS ... 90

APÊNDICE D – COEFICIENTES DE DIFUSÃO E CONSTANTES DE SECAGEM ... 91

APÊNDICE E – DISCUSSÃO SOBRE AS EQUAÇÕES DE SECAGEM ... 92

(19)

1 INTRODUÇÃO

A secagem é uma operação unitária importante para preservação dos produtos agrícolas. Em geral, refere-se à remoção da umidade de um material. Essa remoção pode prolongar o prazo de validade dos produtos e reduzir os custos de transporte e armazenamento. Secagem é um dos processos mais importantes nas operações industriais com consumo de energia intenso (RANJABARAN et al., 2014).

Como os processos de secagem são grandes consumidores de energia eles devem ser avaliados sob o ponto de vista econômico e da engenharia. Nas condições de mercados altamente agressivos, questões ligadas à velocidade e custo de secagem, qualidade e tecnologia necessárias exigem definições mais precisas de eficiência de secagem (FORTES e FERREIRA, 2004). Neste aspecto, os gastos com pesquisa e desenvolvimento (P&D) teve um crescimento quase exponencial associado ao processo de secagem de produtos agrícolas numa escala global (MUJUMDAR, 2007).

A secagem deve ser realizada em condições tais que sejam preservadas a aparência e a qualidade nutritiva dos grãos. No caso de os grãos ser destinados para sementes, o poder germinativo e o vigor também devem ser preservados (SARAIVA, 2007). A importância da secagem de produtos agrícolas pode ser resumida, principalmente, nos seguintes itens:

 Permite antecipar a colheita, disponibilizando a área para novos cultivos;  Minimiza as perdas do produto no campo;

 Permite armazenagem por períodos mais longos, sem o risco de deterioração do produto;

 O poder germinativo das sementes é mantido por longos períodos;  Impede o desenvolvimento de microrganismos e insetos.

(20)

Quando produtos biológicos, inclusive grãos de cereais, são secos em grandes quantidades (ou em lotes) ao invés de partículas individuais, eles irão apresentar, inicialmente, um período de secagem com taxa constante.

Por causa da diferença entre o comportamento da secagem de grãos individuais e de uma camada de grãos, é necessário dividir a discussão do processo em duas partes: (1) secagem de um grão individual e (2) secagem de grãos em camada espessa. Estes tópicos serão discutidos na seção de revisão de literatura.

A análise do processo de secagem de um único grão é essencial para compreender todos os mecanismos de transporte envolvidos no processo e aplicá-lo à análise da secagem em uma camada fina de grãos, a fim de obter a curva que descreve a taxa de secagem.

A curva de secagem é necessária para completar a formulação da modelagem matemática do processo de secagem em camada espessa, que representa o processo de secagem de uma massa de produtos.

Existem várias formas de realizar a secagem de produtos agrícolas. A secagem pode ser realizada de forma natural ou artificial. A secagem natural utiliza a radiação solar para aumentar o potencial de secagem do ar. No Brasil, esta tem sido empregada para a secagem de café em terreiros e de cacau em barcaças, como também por pequenos agricultores na secagem de milho, arroz e feijão em terreiros (SILVA, 2004).

A secagem artificial consiste em utilizar de artifícios para acelerar o processo, por meio do aquecimento do ar para aumentar o seu potencial de secagem. Para isto, utilizam-se utilizam-secadores com diferentes configurações e características. O estudo dos diferentes tipos de secadores não é objetivo deste trabalho, entretanto, para exemplificar, uma classificação das diferentes modalidades de secagem e tipos de secadores é resumida na Figura 1.

(21)

simulando vários cenários e condições de secagem, com o objetivo de otimizar o processo industrial de secagem.

Figura 1 - Classificação das diferentes modalidades de secagem e tipos de secadores de grãos.

Fonte: Elaborado pelo AUTOR, 2017.

A otimização do processo industrial de secagem deve levar em consideração os seguintes aspectos (AMANTÉA, 2013):

a) O produto e suas características associadas à secagem e a qualidade final desejada do produto.

b) Conhecimento do processo de secagem do produto e possibilidade de modelagem.

c) O tipo de secador (por exemplo: concorrente, contracorrente, fluxo cruzado, convectivo, radiativo, entre outros.).

d) O tipo de energia a ser utilizado (elétrica, bomba de calor, solar, ar ambiente, biomassa, carvão mineral, etc.,).

e) O tempo de residência do produto. f) Qualidade do produto final.

g) Considerações ambientais e de sustentabilidade.

(22)

2 OBJETIVOS

Abordagem conceitual do processo de secagem e desenvolvimento de um programa computacional para simulação do processo de secagem em camada espessa estacionária, com foco na análise de sensibilidade dos parâmetros do modelo, visando a otimização das condições do processo de secagem.

Para alcançar esses objetivos propuseram-se:

 Apresentar uma abordagem conceitual do processo de secagem.

 Desenvolver e testar um programa computacional, codificado em MATLAB, para simulação do processo de secagem de grãos em camada espessa estacionária, utilizando o modelo desenvolvido na Universidade Estadual de Michigan (Modelo MSU).

(23)

3 REVISÃO DE LITERATURA

Para facilitar a compreensão do texto, esta seção foi estruturada em quatro partes, de acordo com os objetivos do trabalho: (1) Análise fundamental do processo de secagem, (2) O processo de secagem em camada espessa, (3) O processo de validação de modelos de secagem e (4) Análise de sensibilidade e otimização do processo de secagem.

3.1 Análise fundamental do processo de secagem

Secagem é um processo de transferência simultânea de calor e massa. O calor é necessário para evaporar a água removida da superfície do produto que está sendo secado pelo meio externo que promove a secagem, normalmente o ar. Este processo está representado, esquematicamente, na Figura 2.

Figura 2 – Representação da movimentação da água no interior de um produto higroscópico-capilar-poroso durante o processo de secagem.

Fonte: Adaptado de BARBOSA DE LIMA et al., 2016.

(24)

A análise do processo de secagem de um único grão é essencial para compreender todos os mecanismos de transporte envolvidos no processo e aplicá-lo à análise da secagem em uma camada fina de grãos, a fim de obter a curva que expressa a taxa de secagem.

A curva de secagem é necessária para completar a formulação da modelagem matemática do processo de secagem em camada espessa, que representa o processo de secagem em escala real. Os fundamentos do processo de secagem são discutidos nas próximas seções.

3.1.1 Secagem de um único grão

 Período de secagem com taxa constante

A taxa de secagem de produtos biológicos com teor inicial de água acima de 70 a 75%, base úmida, durante o período inicial de secagem, é uma função de três parâmetros de secagem externos: (1) velocidade do ar, (2) temperatura do ar, e (3) umidade do ar. Então, se as condições do ambiente forem constantes, a taxa de secagem também será constante.

Taxa de secagem constante pode ser observada em produtos para os quais a resistência interna ao transporte de água (umidade) é muito menor do que a resistência externa para remoção do vapor de água da superfície do produto, conforme ilustrado na Figura 3

A taxa de secagem constante de um produto biológico pode ser aproximada por meio da análise do termômetro de bulbo molhado, cujo resultado é uma expressão que fornece a taxa de perda de água para produtos biológicos durante o período de secagem com taxa constante, descrita pela Equação 1.

(25)

em que

M = Teor de água (médio), base seca, kg kg; t = Tempo, s;

D

h = Coeficiente de transferência de massa por convecção, kg s m

 2

; A = Área superficial de uma partícula (um grão), 2

m ; v

R = Constante de gás para o vapor de água, J kg K

; abs

T = Temperatura absoluta, K ; vbm

P = Pressão de vapor saturado na temperatura de bulbo molhado, Pa; v

P = Pressão de vapor no ambiente externo (fluxo livre), Pa; fg

h = Calor latente de vaporização da água do produto, /J kg ; T = Temperatura do ambiente externo, K ;

bm

T = Temperatura de bulbo molhado, K .

Figura 3 - Curva típica de secagem de produto biológico durante os períodos de secagem com taxa constante e com taxa decrescente.

Fonte: Adaptado de BROOKER et al., 1992.

(26)

das formas anômalas dos produtos biológicos. Além disto, a temperatura na superfície do produto é, geralmente, maior do que a temperatura de bulbo molhado, T , e bm portanto a pressão de vapor é maior do que Pvbm (BROOKER et al., 1992).

O teor de água no qual a taxa de secagem de um produto muda de constante para decrescente é denominado de teor de água crítico do produto que está sendo secado. O teor de água crítico de um produto depende de suas características, tais como forma e tamanho, e também das condições de secagem.

Grãos de cereais não apresentam período de secagem com taxa constante, a menos que eles sejam colhidos em um estágio muito imaturo ou tenha água condensada ou chovido sobre sua superfície. Entretanto, vários outros produtos agrícolas, tais como batata e beterraba, apresentam comportamento de secagem com taxa constante quando submetidos à desidratação em condições de ambiente constantes.

Devido à importância limitada da secagem de grãos de cereais com taxa constante, este tópico não será discutido neste trabalho, além deste ponto.

 Período de secagem com taxa decrescente

Diferentemente do período de secagem com taxa constante, durante o período de secagem com taxa decrescente a superfície do produto que está secando não está coberta por uma camada fina de água, porque a resistência interna ao transporte de água se torna maior do que a resistência externa.

Quando o teor de água de um produto encontra-se abaixo do ponto crítico, o potencial motriz do processo de secagem, Pv Pv, decresce simultaneamente com a taxa de secagem. Também aparece um gradiente de teor de água no interior do produto e sua temperatura aumenta para um valor acima da temperatura de bulbo molhado.

(27)

da secagem. Curvas típicas de secagem e taxa de secagem para grãos de cereais são apresentadas na Figura 4.

Figura 4 - Secagem de grãos de cereais durante o período com taxa decrescente.

Fonte: Adaptado de BROOKER et al., 1992.

A predição da taxa de secagem de um produto biológico durante o período com taxa decrescente é mais complicada do que durante o período com taxa constante. Durante o período com taxa decrescente, além dos mecanismos externos de transferência de calor e massa por convecção, devem ser considerados também na análise os mecanismos de transferência de calor e massa por difusão no interior do produto.

Várias teorias têm sido propostas para predição do comportamento da secagem de grãos de cereais no período de secagem com taxa decrescente, mas somente as relações empíricas e semiteóricas têm provado utilidade prática para os projetistas de secadores.

 Equações de secagem teóricas

Vários mecanismos físicos têm sido propostos para descrever o processo de transferência de massa em meios capilares-porosos, tais com grãos de cereais, os quais são descritos, simplificadamente, a seguir.

(28)

2) Difusão Líquida – Movimento de líquido devido a diferenças de concentração de umidade no interior do produto.

3) Difusão Superficial – Movimento de líquido devido à difusão de umidade sobre as superfícies dos poros no interior do produto.

4) Difusão de Vapor – Movimento de vapor devido a diferenças de concentração de umidade no interior do produto.

5) Difusão Térmica – Movimento de vapor devido a diferenças de temperatura no interior do produto.

6) Fluxo Hidrodinâmico – Movimento de água e de vapor devido a diferenças de pressão total no interior do produto.

Um dos modelos matemáticos mais completos para descrever o processo de secagem de produtos capilares-porosos, tais como grãos de cereais, foi desenvolvido por Luikov em 1966 (BROOKER et al., 1992), com base nos mecanismos físicos supracitados. As equações do modelo de Luikov para transferência de massa em produtos capilares-porosos constituem um sistema de equações diferenciais parciais, descrito pelas Equações 2, 3 e 4.

2 2 2 11 12 13 M K M K K P t          (2) 2 2 2 21 22 23 K M K K P t          (3) 2 2 2 31 32 33 P K M K K P t          (4) em que

(29)

O acoplamento resulta dos efeitos combinados dos gradientes de teor de água, temperatura e pressão total sobre o teor de água, energia e a transferência total de massa. Embora o modelo de Luikov seja bastante genérico, ainda não tem sido completamente aplicado para grãos de cereais, porque os coeficientes de transferência fenomenológicos para grãos de cereais ainda são pouco conhecidos.

Nas circunstâncias em que ocorrem a secagem artificial de grãos, as equações de secagem de Luikov podem ser simplificadas (ver Apêndice A), resultando na seguinte expressão: 2 11 M K M t     (5)

Como há um consenso de que o fluxo de massa (água) no interior de um grão ocorre por difusão (de líquido e/ou vapor), o coeficiente de transferência K passa a ser 11 chamado de D, o coeficiente de difusão. Várias soluções da Equação 5 já foram utilizadas por diversos pesquisadores para predição do comportamento de secagem de grãos de cereais (Apêndice B).

 Equações de secagem semiteóricas

Devido às limitações apresentadas pelas equações teóricas, as equações semiteóricas ou semiempíricas ganharam importância significativa e têm sido usadas com sucesso ao longo dos anos (Apêndice C).

 Coeficientes de difusão e constantes de secagem

(30)

 Equações de Secagem Empíricas

As equações de secagem puramente teóricas, com base nas soluções da Equação 5 (ver Apêndice B), normalmente, não descrevem adequadamente as curvas de secagem de grãos e cereais, principalmente nos instantes iniciais do processo, quando o processo de secagem ocorre a taxas mais elevadas. Os valores da razão do teor de água, M , nos instantes iniciais da secagem, quando estimados usando as r essas equações, são significativamente muito menores do que os valores reais, portanto, não correspondem à realidade.

Devido às várias limitações de aplicação das equações de secagem puramente teóricas e/ou semiteóricas, diversas equações empíricas têm sido ajustadas a dados experimentais de secagem de produtos agrícolas e utilizadas com sucesso por diversos pesquisadores ao longo dos anos. Uma das equações empíricas (ou semiteóricas com coeficientes empíricos) que tem sido utilizada com sucesso ao longo dos anos para predizer a taxa de secagem de grãos e cereais, principalmente, foi apresentada por Page em 1949 (BOORKER et al., 1992), como uma modificação da lei de resfriamento de Newton, conforme descrita pela Equação 6.

0 b e r e M M M exp( k t ) M M      (6) em que

M = Teor de água do produto no instante t (base seca), kg kg; 0

M = Teor de água inicial do produto (base seca), kg kg; e

M = Teor de água de equilíbrio (local) do produto (base seca), kg kg; t = Tempo de secagem, s ;

k = Constante de secagem (dependente do produto e das condições de secagem), 1 s;

(31)

A constante de secagem, k, e o parâmetro empírico, b, da Equação 6, para grãos de milho em geral, podem ser estimados em função da temperatura do produto, , e da umidade relativa de equilíbrio local,  , do ar intergranular, usando as Equações 7 e 8, respectivamente (MISRA; BROOKER, 1980).

2 3

k3,47 10  2,87 10   (7)

3

b0,543,24 10   (8)

Equações para estimação dos valores dos parâmetros empíricos das equações de secagem, apresentadas por vários autores, podem ser encontradas na literatura para vários produtos (MARTINS, 1988).

 Discussão das equações de secagem

Nenhuma das equações de secagem do tipo difusão, ou empírica, apresentadas representa o processo de secagem de grãos de cereais precisamente em toda a faixa de variação do teor de água do produto. Existem três razões pelas quais as equações de secagem baseadas na teoria da difusão não expressam, com precisão, o comportamento da secagem de grãos (BROOKER et al., 1992), como descritas a seguir.

1) Escolha imprópria de condições de contorno na resolução das equações; 2) Suposição incorreta de que o coeficiente de difusão, D, e a constante de

secagem, k, são independentes do teor de água; 3) Utilização inadequada da geometria do grão.

As condições iniciais e de contorno, normalmente assumidas, na solução da equação de difusão são:

 

, 0 0

M r M , em t0 (início da secagem) (9)

 

0, e

(32)

A condição de contorno expressa pela Equação 10 assume que o teor de água do grão na superfície atinge, instantaneamente, o teor de água de equilíbrio, o que não corresponde ao processo real. É mais adequado resolver a equação de difusão usando uma condição de contorno do tipo convectiva:

0 sup D e r r

M

D

h

M

M

r

(11) em que

r = Distância radial do centro à superfície do produto, m; D

h = Coeficiente de transferência de massa por convecção, kg / m s

2 ;

sup

M = Teor de água na superfície do produto (base seca), kg kg.

Como o valor do coeficiente h é finito, o teor de água do produto na superfície do D grão não atinge, instantaneamente, o equilíbrio no início do processo de secagem. Uma discussão mais detalhada sobre as equações de secagem encontra-se no Apêndice E.

3.1.2 Processo de secagem em camada espessa

A secagem de um grão individualmente, ou de uma camada fina de grãos, não causa alterações significativas nas condições do ar em suas vizinhanças. Entretanto, quando uma massa de grãos é colocada dentro de um secador, formando uma camada espessa, as condições psicrométricas do ar que passa através desta camada são modificadas.

(33)

Um modelo matemático completo que possa simular o processo de secagem de uma camada espessa de grãos deve conter equações que calculem todas as variações de temperatura e umidade, tanto para o produto como para o ar (BROOKER et al., 1992; VILELA, 1977).

A importância prática da secagem de grãos em camada fina é, por outro lado, limitada porque, raramente, os grãos são secos em camada fina. Quase sempre, os grãos são secos em camada espessa, estacionária ou em movimento (BROOKER et al., 1992).

A primeira tentativa importante de modelagem do processo de secagem de grãos em camada espessa foi feita por Hukill em 1954, embora o primeiro estudo significativo, com base nas leis de transferências de calor e massa, tenha sido publicado por Van Arsdell em 1955 (BAKKER-ARKEMA et al., 1974).

O trabalho de Van Arsdell não teve possibilidade de ser utilizado por falta de recursos computacionais, devido à inexistência de computadores com capacidade de processamento adequada naquela época.

O primeiro estudo moderno sobre secagem de grãos, usando computador para resolver equações do modelo matemático, foi publicado por Boyce (VILELA, 1977), que usou um modelo semi-empírico para a predição da taxa de secagem, mas os resultados simulados não tiveram concordância com os dados experimentais.

Posteriormente, Boyce apresentou um modelo mais fundamental, com base nas leis de transferência de calor e massa, mas não obteve sucesso, novamente, devido mais à falta de parâmetros básicos do que ao modelo matemático apresentado (VILELA, 1977).

 Suposições e simplificações

(34)

modelagem do processo é desenvolvido para um único grão ou para uma camada fina de grãos.

A modelagem do processo de secagem é desenvolvida considerando cada tipo de sistema de secagem separadamente. Existem, basicamente, quatro tipos fundamentais de sistema de secagem (secadores): (i) camada fixa, (ii) fluxos cruzados, (iii) fluxos concorrentes e (iv) fluxos contracorrentes. Estes tipos de secadores já foram discutidos na seção de introdução.

Os modelos matemáticos de secagem de grãos com base nas leis de transferência de calor e massa levam a sistemas de equações diferenciais bastante complexos, que somente podem ser resolvidos utilizando computadores com alta capacidade de processamento.

Na modelagem do processo de secagem, as seguintes suposições simplificadoras, geralmente, são feitas no desenvolvimento das equações diferenciais que compõem o modelo:

1. A diminuição de volume da camada de grãos é desprezível durante o processo de secagem.

2. Os gradientes de temperatura dentro dos grãos individuais são desprezíveis. 3. A transferência de calor por condução entre os grãos é desprezível.

4. O fluxo de ar e do grão é do tipo pistão e constante.

5. As taxas de variação da temperatura e da umidade absoluta do ar com o tempo, T t   e W t 

 , são desprezíveis em comparação com as taxas de variação da temperatura e da umidade absoluta do ar com a espessura da camada de grãos,

T x   e W x   , respectivamente.

6. As paredes da câmara de secagem são adiabáticas, com capacidade calorífica desprezível.

(35)

8. A equação de secagem de um único grão, ou de uma camada fina grãos, e a equação do teor de água de equilíbrio do produto são disponíveis com precisão adequada.

9. A evaporação da água na superfície dos grãos ocorre à temperatura do ar de secagem.

A primeira hipótese é suspeita porque, durante o processo de secagem, o volume de uma camada de grãos diminui, resultando em uma diminuição da sua espessura. Esta diminuição não é significativa para secadores de fluxo contínuo. O efeito do encolhimento na simulação de secagem em camada estacionária em silos, ajustando o passo de profundidade na integração numérica, tem sido considerado por vários pesquisadores.

As suposições de 2 a 9 são válidas para análises dos diferentes sistemas de secagem de grãos, desde que estejam disponíveis equações precisas de secagem em camada fina e do teor de água de equilíbrio para o grão (BROOKER et al., 1992). Nesta dissertação, foi analisado somente o sistema de secagem em camada estacionária, desenvolvido na Universidade Estadual de Michigan, denominado de modelo MSU (Michigan State University).

 Modelo de secagem em camada estacionária

(36)

Figura 5 - Representação esquemática do volume de controle utilizado no desenvolvimento do modelo de secagem em camada fixa.

Fonte: Elaborado pelo AUTOR, 2017.

Os balanços de energia e de massa são escritos para o volume diferencial, S dx, localizado em uma posição arbitrária de uma camada fixa de grãos (Figura 5). Existem quatro incógnitas neste modelo: M , teor de água médio do grão; W , razão de umidade do ar (umidade absoluta); T , temperatura do ar; e , temperatura do grão. Portanto, são dois balanços de energia e dois balanços de massa que resultam em quatro equações diferenciais parciais acopladas.

 Balanço de energia para o ar

A quantidade de energia transferida por convecção é igual à diferença entre a entalpia do ar que entra no volume de controle, S dx, e a entalpia que sai dele, mais a variação da entalpia do ar em relação ao tempo nos espaços vazios da camada de grãos. De acordo com a suposição 5 (item 3.2.1) a variação no tempo é desprezível (BROOKER

et al.,1992). Portanto, a expressão que descreve a variação da entalpia do ar é

simplificada e pode ser escrita conforme a Equação 12.

(37)

W = Umidade absoluta do ar (quantidade de vapor de água contida em um quilograma de ar seco), kg kg;

x = Posição na camada de grãos, m;

h = Coeficiente de transferência de calor convectivo,

2

J s m K  ; a = Área superficial específica (média) dos grãos, 2 3

m m

;

a

G = Fluxo de ar, kg s m

 2

; a

c = Calor específico do ar, J kg K

; v

c = Calor específico do vapor d’água, J kg K

.  Balanço de energia para o grão

A quantidade de energia transferida por convecção do ar para os grãos na camada é igual à soma das entalpias necessárias para o aquecimento dos grãos, para evaporação da água da superfície dos grãos, e para aquecer o vapor resultante deste processo. Em qualquer instante t, a variação de entalpia dos grãos no volume S dx é descrita em função da taxa de variação da temperatura dos grãos, conforme Equação 13.

fg

v

a p p v p p v h c T h a W T G t c c M c c M x               (13) em que t = Tempo, s ; fg

h = Calor latente de vaporização da água do produto, /J kg ; p

= Massa específica do produto, 3 / kg m ; p

c

= Calor específico do produto, J kg K

;

w

c

= Calor específico do vapor d’água, J kg K

.

(38)

 Balanço de massa para o ar

A quantidade de vapor de água transportado pelo ar para fora do volume de controle S dx, menos a quantidade transportada para dentro do volume é igual à taxa de variação da umidade do ar nos espaços vazios. Esta quantidade é igual à quantidade de água perdida pelos grãos no volume de controle, devido ao processo de secagem. Considerando a simplificação de acordo com a suposição 5 (item 3.2.1), obtém-se a taxa de variação da umidade do ar, conforme Equação 14.

p a W M x G t           (14)

 Balanço de massa para o grão

A taxa de variação no teor de água de um grão (ou de uma camada fina de grãos) é expressa por uma equação de secagem apropriada para o produto que está sendo secado. De acordo com as discussões apresentadas nas seções anteriores, as equações empíricas fornecem resultados melhores, quando adequadamente ajustadas para as faixas de condições de secagem consideradas. Neste trabalho foi utilizada a equação de Page como equação de camada fina, apresentada anteriormente (Equação 6), reescrita a seguir, na forma diferencial.

1

0 b b e

M

k b t

exp( k b t )(M

M )

t

   

  

(15)

(39)

 Condições de contorno

Para resolver numericamente qualquer um dos modelos de secagem de grãos, as condições iniciais e de contorno do grão e do ar tem que ser especificadas. As condições de contorno para o modelo de secagem em camada estacionária são definidas pelas seguintes expressões:

 

0 0

T ,t  ; T Temperatura do ar na entrada (em x0). (16a)

 

x,

0

0

 

; Temperatura inicial do grão (em t0). (16b)

 

0 0

W ,t W ; Razão de umidade do ar na entrada (em x0). (16c)

 

0 0

M x, M ; Teor de água inicial do grão (em t0). (16d)

 Equações para o cálculo do teor de água de equilíbrio

O conceito de teor de água de equilíbrio é fundamental para a análise do processo de secagem de grãos. O teor de água de equilíbrio determina o teor de água mínimo que um determinado grão pode atingir, quando estiver sendo secado sob determinadas condições de secagem. O teor de água de equilíbrio é depende da umidade relativa e da temperatura do ambiente onde ocorre o processo, bem como da espécie, variedade e estado de maturação do produto (BROOKER et al., 1992).

Vários modelos para o cálculo do teor de água de equilíbrio podem ser encontrados na literatura para os mais diversos tipos de grãos (exemplos: Thompson, 1967; Chung e Pfost, 1967; Pfost et al., 1976; Silva, 1978), com precisão satisfatória (BROOKER et

al., 1992).

(40)

recomendado a utilização da equação de Henderson modificada, conforme a Equação 17 (ASAE, 1988).

2 1 c e 1 3

ln 1

1

M

100

c T c

 

 

(17) em que e

M = Teor de água de equilíbrio, base seca, decimal;  = Umidade relativa do ar, decimal;

T = Temperatura do ar, C; 1

c

= Coeficiente empírico (c18 6541 10,  5); 2

c

= Coeficiente empírico (c21 8634, ); 3

c

= Coeficiente empírico (c349 810, ).

Uma comparação das curvas de equilíbrio higroscópico obtidas com quatro equações diferentes (CHEN; MOREY, 1988) mostrou que as equações de Henderson e de Chung-Pfost modificadas podem ser usadas para predizer o teor de água de equilíbrio para vários tipos de grãos ricos em amido, tal como o milho, e materiais fibrosos, com resultados satisfatórios. Por esta razão, a equação de Henderson modificada pode ser usada nesta pesquisa.

3.1.3 Solução e validação do modelo de secagem em camada espessa

Os modelos de simulação que descrevem o processo de secagem em secadores de camada estacionária, de fluxos cruzados, de fluxos concorrentes e de fluxos contracorrentes consistem, todos, de quatro equações diferenciais com quatro incógnitas (BROOKER et al., 1992), formando sistemas de equações diferenciais parciais acopladas.

(41)

Uma expressão que forneça resultados suficientemente precisos, para determinar as curvas de isotermas do teor de água de equilíbrio para o tipo de grão particular que está sendo secado, é fundamental. Também é necessário calcular a razão de umidade (umidade absoluta) do ar de secagem e verificar a possibilidade de ocorrência de condensação de vapor de água sobre a massa de grãos, dentre outras condições. Os três modelos para (1) o processo de secagem, (2) o teor de água de equilíbrio dos grãos, (3) e as relações entre o vapor de água e o ar seco são combinados para formar o modelo de simulação de um dos sistemas de secagem mencionados. Além disso, os valores de propriedades físicas do ar, dos grãos e da água precisam ser conhecidos.

O valor do coeficiente de transferência de calor por convecção, h, deve ser conhecido nas interfaces das camadas de grãos. Caso esta expressão para calcular este coeficiente não esteja disponível, um valor médio pode ser usado. Todavia, uma expressão matemática que pode ser usada para calcular o coeficiente de transferência de calor por convecção, h, nas interfaces das camadas de grãos, foi encontrada na literatura (BARKER, 1965), definida pelas Equações 18 e 19, e usada neste trabalho.

0

2

a b a a a

r G

h a c G

  

(18) a

T

  

(19) em que

h = Coeficiente de transferência de calor por convecção, kg / m s

2 ;

0

r = Raio equivalente da partícula, m; a

c = Calor especifico do ar, J kg K

; a

(42)

Valores dos coeficientes

a b

, ,

 

,

podem ser encontrados na literatura, conforme dados a seguir (BARKER, 1965), para as Equações 18 e 19 no Sistema Internacional de Unidades (SI).

Para a solução numérica dos modelos de secagem em camada espessa, a camada de grãos é dividida em várias camadas finas (de 3 a 5 cm de espessura), e as equações do modelo são resolvidas simultaneamente para cada camada. Portanto, a temperatura e o teor de água dos grãos podem ser consideradas uniformes em toda a camada e as propriedades físicas do ar e do produto podem ser assumidas constantes durante um curto período de tempo.

As principais fontes de erro entre os valores simulados e os dados reais são: (1) falta de precisão das equações de secagem de grãos em camada fina; (2) precisão insuficiente das equações das isotermas de equilíbrio higroscópico dos grãos para umidade relativa do ar acima de 90%; e (3) erros na medição dos parâmetros de entrada e do desempenho real dos secadores de grãos.

Embora a exata predição do desempenho de secador de grãos possa ser impossível, estudos comparativos de desempenho de diferentes tipos de secadores podem ser realizados e validados dentro de uma faixa de desvio aceitável. Este tipo de estudo pode ser realizado por meio de testes de simulação, o que demonstra a importância da simulação em projetos de secadores de grãos.

3.2 Análise de sensibilidade e otimização do processo de secagem

O aumento do custo da energia e sua questionável disponibilidade tendem a valorizar, cada vez mais, o planejamento das operações pós-colheita. A complexa interação entre os fatores que condicionam a secagem de grãos em altas temperaturas, aliadas às diversas alternativas de operação do processo dificultam a decisão sobre como planejar sua condução, compatibilizando consumo mínimo de energia e qualidade final do produto.

, ; , ; , ; ,

(43)

Nesse contexto, o aumento da velocidade e a difusão do uso de modelos computacionais nas aplicações agrícolas, conjuntamente com desenvolvimento de sistemas computacionais, a partir de algoritmos de otimização matemática, tem estimulado os pesquisadores a proporem soluções para redução de custos na secagem de grãos.

A análise de sensibilidade para o processo de secagem em camada estacionária pode ser realizada por meio de simulação de vários cenários, variando-se alguns parâmetros de interesse, mantendo os outros inalterados. A escolha dos cenários (condições de secagem) pode ser feita com base em dados encontrados na literatura, que servem como referência para comparações e possível otimização do processo (MARTINS, 1988).

(44)

4 METODOLOGIA

A simulação do processo de secagem depende do modelo matemático utilizado e do tipo de secador utilizado para secagem. Na literatura encontram-se alguns modelos matemáticos já testados, como, por exemplo, os modelos de Thompson, de Michigan, de Hukill e de Morey (BROOKER et al., 1992). Cada modelo possui suas particularidades, podendo ser utilizados para realizar simulações que possibilitem a otimização do processo de secagem, bem como a otimização e desenvolvimento de secadores mais eficientes.

No presente trabalho, foi utilizado o modelo de secagem de grãos em camada espessa estacionária desenvolvido por pesquisadores da Universidade Estadual de Michigan, Estados Unidos, denominado de modelo MSU (Michigan State University) (BROOKER

et al., 1992). Nas seções seguintes são apresentados os procedimentos para

implementação deste modelo.

4.1 Análise fundamental do processo de simulação de secagem

A modelagem do processo de secagem em camada espessa consiste, fundamentalmente, em dividir a massa de grãos em várias camadas finas imaginárias e resolver o modelo matemático para cada camada, sucessivamente, até completar a análise para todas as camadas.

A análise é realizada, repetidamente, para cada incremento de tempo, até que o processo de secagem seja finalizado. Este processo está ilustrado, esquematicamente, na Figura 6 e a sequência de procedimentos necessários para simulação do processo de secagem de grãos em camada espessa estacionária é apresentada a seguir.

1. Dividir a massa de grãos em várias camadas finas.

2. Dividir o tempo de secagem em incrementos de tempo pequenos.

(45)

então, o teor de água do grão na primeira camada depois de um incremento de tempo Δt.

4. A razão de umidade do ar quente na saída da camada fina é obtida por meio equações de equilíbrio de massa.

5. A temperatura do grão, θ, e a temperatura do ar, T, na saída da camada fina são obtidas pelas equações de equilíbrio térmico depois de cada incremento de tempo. 6. Para obter o teor de água e a temperatura do grão da segunda camada fina, e os parâmetros de entrada do ar quente na terceira camada de pois de um incremento de tempo, os parâmetros do ar quente na saída da primeira camada são considerados como condições de entrada na segunda camada. Então, os procedimentos de 3 ao 5 são repetidos e o processo é continua sendo executado em todas as camadas finas.

7. O tempo é incrementado e então os passos de 1 a 6 são repetidos até que o processo de secagem termine.

Figura 6 - Processo de divisão da massa de grãos em camadas finas imaginárias.

(46)

4.2 Modelagem do processo de secagem em camada espessa

Os modelos de secagem MSU caracterizam-se por serem descritos por equações diferenciais parciais e possuem vários parâmetros relativos ao produto e ao ar de secagem, permitindo análises de sensibilidade desses parâmetros (BROOKER et al., 1992).

O modelo de simulação de secagem em camada estacionária utilizado nesse trabalho é constituído, basicamente, pelas quatro equações diferenciais parciais apresentadas na seção de revisão de literatura (Equações 12, 13, 14 e 15). Estas quatro equações compõem o modelo MSU.

4.2.1 Discretização das equações de secagem

Para solução das equações do modelo de secagem MSU, foi utilizado o método de diferenças finitas progressivas tanto no espaço quanto no tempo para discretizar as quatro equações diferenciais do modelo. A discretização descrita a seguir foi baseada em Liu et al. (2015), tendo como equação de camada fina a equação de Page. Neste trabalho, para discretização das equações diferenciais parciais não foi considerada as diferenças finitas retroativas no espaço, para a temperatura do grão e do ar de secagem, conforme realizado por Liu et al. (2015).

 Balanço de energia para o ar

(47)

 Balanço de energia para produto

fg

v

a p p v p p v h c T ha W T G t c c M c c M x               (22)

               n n n n n n a j j fg v j j j j 1 n n j j 1 n n a p p p w j p p p w j h T θ h c T θ W W θ θ G Δt ρ c ρ c M ρ c ρ c M Δx (23)

 Balanço de massa para o ar

p a W M x G t           (24)               n n j j 1 p n n j j 1 a M M ρ W W Δx G Δt (25)

 Balanço massa para o produto

1

0 b b e M k b t exp( k b t )(M M ) t            (26)

1

1               n n b b n n j j j e M M k b t exp( k b t )(M M ) t (27)

Neste trabalho, foi usada a equação de Page ajustada para milho, variedade Jacques JX-52 (LI; MOREY, 1984), assumindo sua validade para a predição da taxa de secagem de milho híbrido, variedade FRB73

MO17, safra de 1987 (MARTINS, 1988), como base para validação do modelo computacional proposto.

As constantes de secagem, k, e o parâmetro empírico, b, da equação de Page usada neste trabalho foram estimados usando as Equações 28 e 29, respectivamente.

(48)

4.2.2 Solução do modelo de secagem MSU em camada estacionária

As equações que compõem o modelo foram discretizadas (Equações 21, 23, 25 e 27) usando diferenças finitas progressivas no espaço e no tempo (seção 4.2.1).

A implementação da solução do modelo de secagem, em camada espessa estacionária, foi realizada usando um programa computacional desenvolvido especialmente para solucionar este problema.

O programa foi escrito e implementado na plataforma de programação do MATLAB (versão Educacional), que foi escolhido devido à sua flexibilidade de programação e robustez na solução de problemas complexos.

Os procedimentos de programação seguiram a lógica esquematizada na Figura 6, seção 4.1, a sequência apresentada no fluxograma básico mostrado na Figura 7, e as facilidades contidas na linguagem de programação do MATLAB. Para testar o programa desenvolvido, foram utilizados dados experimentais e/ou estimados encontrados na literatura (MARTINS, 1988; BROOKER et al., 1992).

Figura 7 - Fluxograma do programa computacional desenvolvido.

(49)

4.3 Validação do modelo de secagem MSU em camada estacionária

A validação do modelo computacional desenvolvido foi realizada por meio de testes de simulação usando dados obtidos na literatura, que foram usados como referência, e comparando os resultados usando testes de correspondência e estimativas de desvios.

4.4 Otimização do processo de secagem em camada estacionária

Na matemática, a utilização do termo otimização, refere-se ao estudo de problemas em que se busca minimizar ou maximizar uma função por meio da escolha sistemática dos valores de variáveis reais ou inteiras dentro de um conjunto de soluções viáveis. Em problemas de Engenharia ou de outras ciências busca-se construir modelos matemáticos que representem os sistemas em estudo para, possivelmente, aplicar técnicas matemáticas para maximizar ou minimizar uma função previamente definida, denominada de função objetivo, a qual ao ser otimizada busca-se a solução ótima do sistema.

Neste trabalho não foram tratadas questões referentes à otimização matemática do processo de secagem de grãos e sim a otimização das condições operacionais do processo de secagem. Para isso, foram simulados vários cenários do processo de secagem em que foram verificadas a sensibilidade das variáveis velocidade do ar de secagem, temperatura do ar de secagem e tempo necessário para realizar a secagem dos grãos até atingir o teor de água em torno de 13% b.u. (ou 15% b.s).

(50)

Diante dessas dificuldades, neste trabalho, a otimização foi realizada por meio da análise e visualização de curvas de secagem. Essas curvas permitem a identificação do alcance das condições operacionais de temperatura do grão, temperatura do ar de secagem, velocidade do ar de secagem e tempo de secagem, o que pode corresponder ao ótimo para ambas as respostas.

Referências

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