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Prontidão e resposta para derramamentos de óleo: uma introdução

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para derramamentos

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© IPIECA-IOGP 2015 Todos os direitos reservados.

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Relatório 520 da IOGP

Data de publicação: 2015

Aviso de isenção

Embora tenhamos realizado todos os esforços para garantir a precisão das informações contidas na presente publicação, nem a IPIECA, a IOGP ou nenhum de seus membros anteriores, atuais ou futuros garante sua precisão ou irá, independentemente de negligência nossa ou deles, assumir responsabilidade por nenhum uso previsível ou imprevisível dessa publicação. Consequentemente, tal uso é feito sob risco próprio do leitor com base que qualquer utilização pelo leitor constitui um acordo com os termos do aviso de isenção. As informações contidas na presente publicação não buscam constituir orientação profissional dos diversos colaboradores e nem a IPIECA, a IOGP nem seus membros aceitam qualquer responsabilidade pelas consequências ou o uso indevido de tal documentação. O presente documento pode fornecer orientação complementar aos requisitos da legislação local. No entanto, nada no presente documento visa substituir, alterar, prevalecer sobre ou de outra forma se desviar de tais requisitos. No caso de qualquer conflito ou contradição entre as provisões do presente

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para derramamentos

de óleo: uma introdução

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Essa publicação faz parte da série Guia de boas práticas da IPIECA-IOGP, que resume as visões atuais sobre boas práticas para diversos temas de prontidão e resposta de derramamentos de óleo.

A série visa ajudar a alinhar atividades e práticas de indústria, informar partes interessadas e atuar como uma ferramenta de comunicação para promover conscientização e educação.

A série atualiza e substitui a bem estabelecida 'Série de relatórios de derramamento de óleo' da IPIECA publicada entre 1990 e 2008. Ela trata de temas que são amplamente aplicáveis aos setores de exploração e produção, além de atividades de envio e transporte.

As revisões estão sendo realizadas pelo projeto de indústria em conjunto (JIP) de resposta a derramamentos de petróleo da IOGP-IPIECA. O JIP foi criado em 2011 a fim de implementar oportunidades de aprendizado com relação a prontidão e resposta a derramamentos de óleo após o incidente de controle de poço no Golfo do México ocorrido em 2010.

A série de relatórios originais da IPIECA será progressivamente substituída após a publicação dos diversos títulos nessa nova série Guia de boas práticas durante 2014 e 2015.

Observação sobre boas práticas

O termo 'boas práticas', no contexto de um projeto de indústria em conjunto (JIP), é uma declaração de diretrizes, práticas e procedimentos reconhecidos internacionalmente que permitem que a indústria de petróleo e gás tenha um desempenho aceitável quando o assunto é saúde, segurança e meio ambiente. As boas práticas para um determinado tópico mudarão ao longo do tempo diante de avanços de tecnologia, experiência prática e compreensão científica, além das mudanças nos ambientes político e social

(5)

Índice

Prefácio

2

Introdução

4

Prefácio 4 Objetivo 5 Organização 6

Princípios essenciais para uma resposta de sucesso 6

Prontidão 6

Resposta 6

Restauração 6

Princípios essenciais para

uma resposta de sucesso

7

Sistema de gestão de incidentes 7

Prontidão e resposta em níveis 8

Envolvimento de partes interessadas - 9 alinhamento, integração e tomada de decisões

Análise de benefício ambiental líquido 10 Consciência sobre a situação, objetivos alinhados 11 e estratégia de resposta

Prontidão

12

Planejamento de contingência 12

Mapeamento de sensibilidade para uma 13

resposta a derramamentos de óleo 13

Treinamento de resposta a derramamentos 13 de óleo

Exercícios de derramamento de óleo 13

Resposta

14

Saúde e segurança de profissionais de resposta 14

a derramamentos de óleo 14

Controle da fonte 14

Vigilância, modelagem e visualização 15

Técnicas de resposta

16

Tipos de equipamento e técnicas 16

a serem empregadas

As vantagens e as desvantagens de cada técnica 16 de resposta a derramamentos de óleo

Dispersantes: aplicação na superfície 17

Dispersantes: aplicação submarina 17

Contenção e recolhimento no mar 17

Queima in-situ 18

Avaliação da costa (SCAT) 18

Limpeza da costa 18

Respostas em terra 19

Gerenciamento de resíduos 19

Fauna oleada 19

Recuperação

20

Impactos ambientais marinhos 21

Impactos ambientais costeiros 21

(6)

Prefácio

A indústria de petróleo e gás reconhece que derramamentos podem ter sérias consequências ecológicas e socioeconômicas e são potencialmente perigosos para trabalhadores e a comunidade como um todo. Esforços significativos são realizados para projetar operações e empregar procedimentos a fim de evitar que derramamentos ocorram em primeiro plano e melhorar a eficácia e a celeridade das operações de limpeza no caso de um incidente. A indústria incorpora constantemente novas pesquisas, entendimentos e lições aprendidas para melhorar a prevenção de derramamentos e, como resultado, o número de grandes incidentes de derramamento (normalmente definidos como derramamentos de óleo superiores a 700 toneladas) de atividades de transporte e relacionadas foi reduzido em mais de dez vezes desde a década de 70 até os dias atuais (Figura 1).

Introdução

Figura 1: Número de grandes derramamentos de petróleo (superiores a 700 toneladas) de petroleiros, 1970 a 2014

2010-14: 1,8 derramamento

-por ano em média 2000-09:

3,4 derramamentos -por ano em média 1990-99:

7,7 derramamentos -por ano em média 1980-89:

9,4 derramamentos -por ano em média 1970-79:

24,5 derramamentos -por ano em média

n ú m e ro d e d e rr a m a m e n to s

Em um evento improvável de um derramamento, a principal meta da indústria é minimizar seu impacto sobre as pessoas, o meio ambiente e as comunidades. Isso é feito ao garantir uma resposta bem planejada, rápida e eficaz. Embora os objetivos de resposta variem dependendo das circunstâncias específicas do derramamento, há certos objetivos básicos que vão pautar qualquer resposta, os quais podem ser resumidos da seguinte forma:

l resguardar a segurança e a saúde das pessoas, tanto dos profissionais de resposta quanto das comunidades;

l interromper a fonte de derramamento o mais rápido possível;

l minimizar o impacto ao meio ambiente e à comunidade;

l minimizar o risco do óleo chegar à costa em situações de incidentes offshore; e

l minimizar o risco do óleo chegar a cursos d'água ou lençóis freáticos em situações onshore.

F e d e ra çã o I n te rn a ci o n a l d e P o lu iç ã o d e D o n o s d e P e tr o le ir o s (I n te rn a ti o n a l T a n k e r O w n e rs P o ll u ti o n F e d e ra ti o n , I T O P F ), 2 0 1 5 ( w w w .it o p f. co m )

(7)

Objetivo

O presente documento apresenta um resumo dos componentes essenciais de uma estrutura eficaz de prontidão, resposta e restauração em caso de derramamentos de óleo. Ele descreve os princípios básicos que são usados pela indústria para pautar a estrutura e que seguem a série de 'Guias de boas práticas' (GPGs) da IPIECA-IOGP sobre prontidão e resposta de derramamentos de óleo. São fornecidos hiperlinks por todo o documento, destacados em azul, que direcionam você para cada GPG respectivo, além de outras fontes relevantes, para obter informações mais detalhadas.

A série Guia de boas práticas da IPIECA-IOGP resume as visões atuais sobre boas práticas para diversos temas de prontidão e resposta de derramamentos de petróleo. A série visa alinhar atividades e práticas de indústria, informar partes interessadas e atua como uma ferramenta de comunicação para promover conscientização e educação.

O material também está disponível nos sites da IPIECA e da IOGP, em www.ipieca.orge

(8)

Organização

O presente documento é organizado seguindo quatro componentes primários:

l Princípios essenciais para uma resposta de sucesso;

l Prontidão;

l Resposta; e

l Restauração.

Princípios essenciais para uma resposta de sucesso

Antes de discutir as diferentes estratégias e atividades de prontidão, resposta e restauração, é importante compreender os fundamentos que são essenciais para uma resposta bemsucedida. Entre esses

fundamentos, existe um sistema eficaz de gestão de incidentes (IMS) em vigor, juntamente com um robusto programa de envolvimento de partes interessadas para garantir que a comunidade afetada pelo derramamento de óleo apoie as estratégias e táticas que a indústria planeja implementar caso um derramamento ocorra. Uma boa compreensão da comunidade afetada pelo derramamento de óleo sobre o conceito de prontidão e resposta em níveisjuntamente com o processo de avaliação de benefício ambiental líquido (NEBA) e a necessidade de um bom processo de tomada de decisões também são pilares essenciais para uma resposta de sucesso.

Prontidão

Além dos fundamentos mencionados acima, um programa de prontidão de derramamento eficaz deve ser colocado em vigor para garantir que as empresas estejam corretamente preparadas para responder a possíveis situações de derramamento de óleo, incluindo uma descarga drástica. Programas de prontidão normalmente incluem, entre outros, um amplo plano de contingência de derramamentos de petróleo (OSCP) e um programa eficaz de treinamentoe exercícios, juntamente com a implementação do conceito de resposta em níveis.

Resposta

A próxima etapa na estrutura é responder a um derramamento de óleo caso ocorra. Em primeiro lugar o mais importante é garantir a proteção da saúde e da segurançados profissionais de resposta, mas esse componente também trata das diversas opções de resposta para avaliar e tratar de derramamento de óleo offshore e onshore, além de gerenciamento de resíduos, proteção ambiental, fauna oleadae outros.

Restauração

Depois que a fase de emergência de uma resposta a derramamentos é concluída, medidas normalmente precisarão ser adotadas para avaliar os possíveis impactos ao ambiente e realizar as atividades de restauraçãoassociadas ou compensar os impactos.

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Uma resposta bemsucedida a derramamentos de óleo define o cerne de um conjunto de boas práticas. Esses são os pilares de uma estrutura eficaz de prontidão a derramamentos de óleo; eles são defendidos pela indústria e são fundamentais para minimizar o potencial de danos à comunidade e ao meio ambiente. Essas boas práticas essenciais começam com compreender que, mesmo com um sólido foco em prevenção, ainda há possibilidade de incidentes de derramamento de óleo ocorrerem. Dessa forma, os operadores devem contar com planos de contingência executáveis e eficazes, capazes de manter uma resposta para até e incluindo uma liberação ou descarga drástica.

Sistema de gestão de incidentes

A gestão eficaz de incidentes exige a capacidade de estabelecer comando e controle das respostas de atividade - isso é, transferir a gerência da resposta do modo reativo inicial para onde o escopo do incidente é compreendido, medidas de resposta apropriadas sejam tomadas coerentes com as estratégias de resposta e onde a consequência do incidente seja guiada por um conjunto claro de objetivos para proteger pessoas e o meio ambiente. O sistema de gestão de incidentes (IMS) define e padroniza os processos e a estrutura organizacional de gestão para possibilitar a integração plena das diversas organizações envolvidas enquanto promove a coordenação e a gestão corretas de incidentes. A figura 2 ilustra uma estrutura típica de gestão de incidentes. No entanto, há variações em cada país.

Os princípios de IMS foram desenvolvidos na década de 70 por serviços de combate a incêndio como um método de gestão para esclarecer relações de comando e fazer uso eficaz de cooperação e auxílio mútuos para incidentes de grande escala envolvendo múltiplas autoridades. Embora originalmente desenvolvidos para combater incêndios, o conceito de IMS é agora aplicado a muitos outros eventos ou incidentes de emergência, incluindo derramamentos de óleo.

A experiência mostrou o valor de unificar e integrar funções de resposta a incidentes em uma

organização única, gerenciada e apoiada por uma estrutura de comando e processos de suporte, e com uma clara 'linha de visão' entre comando e campo. A organização de resposta a incidentes alcança maior sucesso quando os seguintes princípios essenciais são aplicados:

l uso de uma organização única e integrada para gerenciar a resposta;

l organização por função, como, por exemplo, comando, operações, planejamento, logística

e financeiro

Princípios essenciais para uma resposta de sucesso

Comando interessadas externasContato com partes

Seção de Operações Seção de Planejamento Seção de Logística Seção de Administraçãoe Finanças

(10)

l estabelecer relações de subordinação hierárquicas claras; e

l manter a organização modular, dimensionável e de porte apropriado.

O GPG de sistema de gestão de incidentesapresenta elementos comuns de um IMS para partes interessadas que podem ser chamadas para trabalhar em conjunto a fim de fornecer experiência específica, assistência ou recursos de resposta durante um incidente de emergência.

Prontidão e resposta em níveis

O princípio de prontidão e resposta em níveis é reconhecido como a base segundo a qual é elaborada uma robusta estrutura de resposta e prontidão de derramamento de óleo. Ele estabelece a capacidade que pode ser escalada e encaminhada para a área. Isso reduz a obtenção desnecessária de estoque global em grandes quantidades de recursos de resposta, mas ainda atende a uma sólida resposta através da integração de capacidades local, regional e global. A estrutura de três níveis estabelecida permite que o planejador descreva como, uma resposta eficaz a qualquer derramamento de óleo, será fornecida, ou seja, de pequenos derramamentos operacionais até vazamentos drásticos no mar ou em terra. Desenvolvida na década de 80, a abordagem de prontidão e resposta em níveis classifica capacidades de resposta e garante que os recursos apropriados estejam acessíveis a uma instalação ou região no caso de um derramamento. Esses princípios permitem que os profissionais de resposta planejem o encaminhamento de recursos de resposta regionais e globais no improvável evento de um grande derramamento.

As classificações em níveis são amplamente definidas da seguinte maneira:

Nível 1: Capacidade necessária para lidar com um derramamento local e/ou fornecer uma

resposta inicial.

Nível 2: Capacidade regional necessária para complementar uma resposta de nível 1,

incluindo equipamentos gerais e ferramentas e serviços especializados.

Nível 3: Recursos globais necessários para derramamentos que exigem uma resposta adicional significativa devido ao porte do incidente, sua complexidade ou possível impacto. É importante reconhecer que, embora o nível e o porte do derramamento sejam relevantes para a classificação de nível, outros fatores também desempenham um papel importante, como recursos ambientais em risco, acessibilidade sazonal e distanciamento geográfico. Por essa razão, os níveis não devem ser definidos de forma quantitativa, uma vez que há diversas variáveis em um derramamento (por exemplo, tipo de petróleo, cenário ambiental, condições climáticas, governança local, etc.) para calcular o valor e a quantidade de recursos exigidos por um determinado volume de petróleo derramado. O GPG de prontidão e resposta em níveisapresenta uma visão atualizada do tema, partindo de um modelo simples baseado em escalas (requisito de recursos) até uma abordagem mais detalhada onde experiência e ferramentas específicas são acessadas e utilizadas onde forem benéficas. Usando um sistema recém-desenvolvido que identifica quinze categorias de planejamento de resposta, a estrutura proporciona um mecanismo para que o planejador identifique como os elementos individuais de capacidade podem ser encaminhados para o cenário de resposta de operações. Isso é um reflexo dos avanços em tecnologia, comunicações, logística e a experiência necessários para mobilizar rapidamente o kit de ferramentas de resposta adequado para o local de um incidente.

(11)

Envolvimento de partes interessadas - alinhamento, integração

e tomada de decisões

Para o sucesso de um esforço de resposta, é essencial a necessidade de garantir que as expectativas e prioridades de todas as partes interessadas estejam alinhadas desde o início. Isso incentiva todas as diversas partes a trabalharem juntas efetivamente rumo a uma meta comum. Entre as partes interessadas, podem estar empresas de petróleo, interesses de envio, agências do governo e comunidades locais. As prioridades para a resposta de derramamentos vão variar inevitavelmente de acordo com as

circunstâncias individuais do derramamento, mas, no geral, o objetivo será impedir danos a ecossistemas sensíveis e à saúde, segurança e propriedades de pessoas, além de manter a vitalidade e a

sustentabilidade das indústrias de turismo e outras comerciais e comunitárias essenciais, como a de pesca. A celeridade é um elemento essencial em uma resposta eficaz de derramamentos de óleo, uma vez que os incidentes são muitas vezes eventos que evoluem e se espalham rapidamente na superfície da água. Uma hora perdida no início da resposta é igual a dias perdidos posteriormente no processo, e os impactos de um derramamento podem aumentar

exponencialmente devido a atrasos que ocorrem no início de uma resposta. Por essa razão, é de interesse de todos promover uma resposta rápida e eficaz através de cooperação efetiva entre governo, indústria e partes interessadas. Isso se converte em ações práticas que podem incluir:

l organização e procedimentos claros de

resposta a emergência;

l garantir o fluxo de informações objetivas do local do derramamento;

l disponibilidade de técnicas pré-autorizadas no kit de ferramentas de resposta;

l tomada de decisões apolítica; e

l a capacidade de mobilizar e implantar recursos

de reposta.

A cooperação e a rápida tomada de decisões pela equipe de gestão de incidentes, usando o IMS reconhecido, vão ditar a eficácia da resposta e são necessárias para que essas ações práticas possam ser implementadas, sendo que todas as partes precisam seguir o mantra de 'informar, consultar e ouvir'. O envolvimento de partes interessadas no processo de planejamento de contingência fornece a base para a tomada de decisões de sucesso. Uma abordagem pautada por uma análise de benefício ambiental líquido (NEBA) identifica ferramentas de resposta adequadas, sendo que seu uso será preferencialmente pré-aprovado pelas partes interessadas e refletido nos planos que foram exercitados corretamente.

Abaixo: uma série de documentos 'Giance/Scan' demonstrando os diversos aspectos de uma estrutura eficaz de resposta e prontidão de derramamentos de petróleo no site do 'Projeto de resposta a derramamentos de óleo'da IPIECA-IOGP.

N

OSSOINIMIGOCOMUMÉADISPERSÃODOÓLEODERRAMADO

ESEUIMPACTOEMNOSSOSVALORESCOMPARTILHADOS

-

PROTEGÊ

-

LOSÉUMACORRIDACONTRAOTEMPO

.

A EFICÁCIAEACELERIDADEDERESPOSTASÃOAUMENTADASATRAVÉSDE:

• COMPARTILHAMENTODEINFORMAÇÕESOBJETIVAS

• PRÉ-APROVAÇÃODEFERRAMENTASDERESPOSTA

• TOMADADEDECISÕESRÁPIDAEISENTA

• MOBILIZAÇÃODECAPACIDADESDERESPOSTA

C

OOPERAÇÃOPARA

R

ESPOSTAS

E

FICAZES

P

ARAUMARESPOSTADEDERRAMAMENTOSDEÓLEOEFICAZ

,

PRECISAMOSPROATIVAMENTEDECOOPERAÇÃOCOMGOVERNOSE

COMUNIDADESLOCAIS

,

QUEÉCOMPOSTADE

:

• LINHASABERTASDECOMUNICAÇÃO

• TOMADADEDECISÕESTRANSPARENTE

• POLÍTICASCLARASCOMRELAÇÃOA TÉCNICASDERESPOSTA

• EXPECTATIVASREALISTASSOBRE ARESPOSTA

COMUNIDADE

GOVERNO

INDÚSTRIA

Figura 3: Trechos dos documentos de 'varredura/Scan' da IPIECA-IOGP sobre

(12)

A Convenção Internacional sobre Prontidão, Resposta e Cooperação de Poluição por Petróleo de 1990 (Convenção OPRC ) é um instrumento internacional que foi assinado por diversos governos. Ela estabelece um compromisso de trabalhar de forma cooperativa com outros países e com as indústrias de petróleo, transporte e portos para garantir um sistema de resposta nacional e adequado para derramamentos de petróleo. Ela também estipula requisitos de relatórios e planejamento e incentiva o desenvolvimento de ambos acordos bilaterais e multilaterais. Os requisitos previstos pela Convenção OPRC são alinhados com os princípios da resposta eficaz descrita nesse documento.

O documento atual adota o conceito de envolvimento das partes interessadas e fornece informações complementares para a discussão acima; outros GPGs sobre NEBA e planejamento de contingência de derramamento de petróleo também incorpora aspectos do engajamento das partes interessadas.

Análise de benefício ambiental líquido

A análise de benefício ambiental líquido (NEBA) é um processo usado para garantir que os impactos de derramamentos de óleo em pessoas e no meio ambiente sejam minimizados. Ela envolve

consideração e julgamento para comparar as prováveis consequências do uso de diferentes técnicas de resposta a derramamentos de óleo. O processo pode ser liderado por planejadores experientes mas incentiva a participação do governo, indústria e comunidades locais. A NEBA fornece uma base científica sólida para compreender e confirmar julgamentos de valor entre diferentes recursos ecológicos e socioeconômicos. As vantagens e as desvantagens das diferentes técnicas de resposta precisam ser comparadas umas com as outras e com a limpeza natural para determinar que abordagem resultará no menor dano possível ao meio ambiente e à comunidade local. Isso normalmente envolve as etapas mostradas na tabela 1 e o ideal é que seja realizado antes de um derramamento de óleo como uma parte fundamental do planejamento de contingência.

Tabela 1 Exemplo das principais etapas normalmente realizadas como parte do processo de NEBA

Etapa de NEBA Descrição

Avaliar dados

Pode-se considerar onde há probabilidade de derramamento de óleo e chances de derivar sob a influência de correntes e do vento; há diversos modelos de trajetória de derramamento de petróleo que corroboram essa tese. Também é útil saber como o petróleo vai 'desgastar' a medida em que deriva. Prever as

consequências

Avaliação do que provavelmente será afetado pelo óleo derramado se nenhuma resposta for realizada. Isso pode incluir ambos recursos ecológicos e

socioeconômicos e áreas com valor cultural ou histórico. Variações sazonais podem precisar ser levadas em conta.

Equilibrar concessões

A eficiência e a viabilidade do kit de ferramentas de resposta devem ser analisadas no contexto das situações representativas. Isso cobre as técnicas de resposta, as praticidades de seu uso e quanto óleo elas podem recuperar ou tratar. Se áreas em ameaça incluírem habitat costeiros sensíveis a petróleo, o papel da resposta de derramamento de petróleo no mar é prevenir ou limitar que o petróleo derramado alcance essas áreas. Experiências anteriores podem ajudar a avaliar que técnicas de resposta de derramamento de petróleo provavelmente serão eficazes. Considerações pragmáticas devem formar uma parte importante do processo de NEBA conforme aplicado a todas as técnicas de resposta viáveis.

Selecione as melhores opções

O resultado do processo de NEBA é a seleção de uma ou mais técnicas de resposta que irão minimizar os impactos gerais de um possível derramamento no ambiente e promover a rápida recuperação e restauração da área afetada. A capacidade em níveis é então estabelecida com base nas necessidades identificadas.

(13)

A NEBA também pode ser usada depois de um derramamento de óleo para facilitar a tomada de decisões urgentes sobre como minimizar os impactos ambientais e socioeconômicos. O GPG de NEBAexplica como o processo leva em conta as circunstâncias do derramamento, as praticidades da resposta de limpeza, os impactos relativos das opções de resposta e limpeza e o processo pelo qual julgamentos são feitos sobre a importância relativa de fatores sociais, econômicos e ambientais.

Consciência sobre a situação, objetivos alinhados e estratégia de resposta

A comunicação de três vias é essencial para uma resposta bemsucedida e inclui o desenvolvimento de pontos pré-estabelecidos de contato para indústria, governo e a comunidade como parte do processo de preparo. Uma visão comum da situação ('consciência sobre a situação') usando ferramentas de vigilância, modelagem e visualização como formadoras para um 'contexto operacional comum' vão garantir que todas as partes operem sob a mesma perspectiva. Isso, juntamente com boa compreensão das principais preocupações de cada parte, objetivos maiores e prioridades, vai facilitar o alinhamento e a transparência da tomada de decisões durante a resposta para que todas as partes sejam

corresponsáveis sobre as escolhas feitas e possam apoiá-las. Embora um GPG não tenha sido preparado especificamente para descrever esse aspecto do derramamento de óleo, a consciência de situação é amplamente tratada através dos GPGs de detecção remotae observação aéreadiscutidos na seção

(14)

Planejamento de contingência

O planejamento de contingência de derramamento de óleo é o processo de desenvolver uma capacidade de resposta adequada a derramamentos que esteja em conformidade com a estrutura normativa local e apropriada segundo os riscos de derramamento de óleo de uma organização ou instalação. Os processos de planejamento de resposta e avaliação de risco de derramamento de óleo permitem a identificação de, além de planejamento e provisionamento adequado para, situações de todos os portes e complexidades. Incorporados nesses processos estão os princípios de prontidão em níveis e a resposta discutida na página 8 do presente documento.

Uma explicação completa sobre os processos de prontidão e planejamento de contingência é fornecida nos GPGs relevantes; no entanto, os seguintes elementos críticos sempre devem ser levados em conta:

l O pilar da prontidão de resposta é a própria capacidade de responder; isso não é medido

exclusivamente por estoques de equipamento, mas também engloba profissionais, equipamentos, organizações, procedimentos, logística, treinamento, exercícios e análises.

l É essencial compreender o nível de risco, incluindo identificar o destino e a trajetória do óleo, além das principais sensibilidades ecológicas e socioeconômicas que possam estar ameaçadas em situações de planejamento realistas.

l Desenvolver planos de contingência robustos e detalhados para situações até e incluindo situações drásticas cabíveis, com a capacidade de encaminhar a capacidade identificada através de níveis conforme necessário e sem barreiras.

l Trabalhar com as agências reguladoras e a comunidade para obter pré-autorizações para as técnicas

de resposta preferidas, sejam o uso de dispersantes, o potencial de queima controlada (in-situ), unidades de proteção costeiras, etc.

l Garantir que estratégias de comunicação estejam em vigor e que os principais contatos comunitários, normativos e outras partes interessadas sejam identificados e consultados no processo de

planejamento de contingência.

l Planejar para gerenciar e integrar ofertas externas de assistência que possam envolver capacidade adicional que não é central para os planos de contingência.

Por fim, os planos de contingência devem ser preparados para englobar os conceitos acima e também deve incluir componentes executáveis detalhados que possam ser traduzidos para uma capacidade física de resposta de derramamentos. No entanto, independentemente de quão sólido seja o plano, para garantir a capacidade ideal ele também deve incorporar:

l treinamento;

l exercícios;

l um processo de avaliação contínua;

l acesso a ambos profissionais treinados e equipamentos adequados; e

l os meios logísticos para mobilizar, apoiar e manter uma resposta.

O GPG de planejamento de contingênciafornece orientação sobre o processo de planejamento para possíveis derramamentos de petróleo dentro ou na água após uma liberação acidental de óleo para um ambiente marinho ou aquático, ocorra ele durante o processamento, transporte, produção ou estocagem de produtos de petróleo.

(15)

Mapeamento de sensibilidade para uma resposta a derramamentos

de óleo

Mapas de sensibilidade devem ser preparados como parte do processo de prontidão ou planejamento de contingência. Eles devem ser projetados de forma a repassar as informações essenciais para àqueles que vão responder aos derramamentos de petróleo identificando as unidades de recursos costeiros e áreas ambientalmente sensíveis. A produção desses mapas envolve compilar informações sobre recursos e decidir que diretrizes para resposta de petróleo devem ser incluídas. Os usos variam de proteção e limpeza costeira prática específica para a unidade e planejamento estratégico para grandes áreas remotas.

O GPG de mapeamento de sensibilidadeexplica os processos para compilar esses mapas e as diferenças entre os mapas estratégicos e de sensibilidade tática e fornece orientação sobre como executar um projeto de mapeamento de sensibilidade.

Treinamento de resposta a derramamentos de óleo

O treinamento para profissionais de resposta é uma pré-condição essencial para uma resposta eficaz a derramamentos de óleo que exige funcionários que compreendam e estejam aptos para desempenhar diversas funções de gestão de incidentes e resposta de emergência. O objetivo do treinamento de derramamento de óleo é garantir que esses profissionais sejam identificados e tenham oportunidades apropriadas para aprender e manter habilidades e conhecimento relevantes. O GPG de treinamento de derramamento de óleoapresenta um processo composto por etapas, conhecido como 'ciclo de

treinamento', para auxiliar organizações e indivíduos a alcançar esse objetivo. Esse documento está vinculado e é cruzado com o GPG complementar sobre exercícios de derramamento de petróleo (consulte abaixo).

Exercícios de derramamento de óleo

O GPG de exercícios de derramamento de óleo

proporciona orientação sobre como desenvolver um programa de exercícios adequado para atender aos requisitos de treinamento para derramamentos de uma organização ou instalação associados com exploração e produção, transporte de óleo por terra ou água, ou a operação de instalações de estocagem de petróleo e terminais marinhos. Essa orientação é voltada para os profissionais responsáveis por garantir que planos de contingência de derramamento sejam praticados e verificados

(16)

O processo de resposta a derramamentos de óleo normalmente procede segundo essas linhas:

l Mobilização inicial: após uma verificação de um derramamento e avaliação de segurança inicial,

os profissionais de resposta vão mobilizar imediatamente toda a capacidade inicial e analisar o porte do evento e seu potencial de impacto.

l Confirmar técnicas de resposta: os profissionais de resposta então combinam o derramamento real

com a situação de planejamento mais parecida. Depois de combinado, as técnicas de resposta pré-planejadas complementares têm sua adequabilidade confirmada e são implementadas.

l Organizar a resposta: organizar a resposta exige obter os recursos apropriados para possibilitar

o padrão de indústria de reação excessiva prudente. Isso também inclui o acionamento e

implementação de um sistema de gestão de incidentes em uma escala que atenda às necessidades do incidente em potencial.

l Encaminhar recursos: a capacidade é mobilizada de forma sequenciada, com encaminhamento

de recursos pré-identificados externos adequados a medida em que o derramamento evolui e os profissionais de resposta compreendem o que é necessário.

l Ajuste segundo a realidade: a eficácia de técnicas e condições de incidentes são avaliadas e ajustadas

ao longo da resposta.

l Resposta contínua: a resposta continuará até um ponto final definido ser alcançado, no qual o tempo

de restauração terá início.

Observe que, após a mobilização inicial, o processo é muitas vezes cíclico. Com base no período operacional (normalmente de 24 horas), pode haver um processo contínuo de 'planejar, fazer, reavaliar e adaptar'

Saúde e segurança de profissionais de resposta a derramamentos de óleo

Quando um derramamento de óleo ocorre, a questão de saúde e segurança, tanto para o público quanto para os profissionais de segurança, é uma consideração séria. É reconhecido que questões de saúde e segurança são gerenciadas de diferentes maneiras em todo o mundo, com regimes prescritivos altamente regulados que legislam sobre ações em alguns países e sistemas de baseados em riscos em outros. O GPG de saúde e segurança de profissionais de respostase concentra em identificar as principais questões quando um derramamento de óleo ocorre, seu nível de gravidade e as etapas práticas que devem ser realizadas para minimizar o impacto do derramamento sobre a segurança e a segurança daqueles que estão envolvidos em sua resposta. Embora esse documento seja voltado principalmente para tratar de derramamentos de óleo na água, ele também pode ter aplicação no caso de um evento de derramamento em terra.

Controle da fonte

Uma parte importante de qualquer resposta a um incidente de derramamento de óleo é controlar de forma segura a origem do derramamento e impedir o fluxo adicional o quanto antes possível. Embora o controle de origem faça parte de planos para operações de embarcações, dutos, terminais e afins, é importante reconhecer o investimento significativo pela indústria no desenvolvimento e na provisão global de capacidade de controle de origem para a contenção de vazamentos em poços offshore. A contenção de vazamentos é o ato de instalar um dispositivo em um poço para impedir o fluxo não controlado de hidrocarbonetos. O dispositivo tem a capacidade de fechar um poço supondo que a própria tampa, o equipamento de fundo de poço e a boca de poço tenham a integridade de suportar as pressões de fechamento resultantes. A tampa normalmente é colocada na cabeça de poço existente através da qual os hidrocarbonetos estão escapando. Se necessário, a tampa também pode ser usada

Resposta

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como uma solução de contenção para direcionar hidrocarbonetos para a superfície para coleta enquanto o poço está sendo fechado. Embora isso esteja fora do escopo da série de GPGs atual, mais informações sobre esse tema podem ser obtidas em diversos sites, incluindo o Serviço de intervenção de poços submarinos(oferecido pela Oil Spill Response Limited), o Helix Well Containment Group (HWCG), o OSPRAG, a Marine Well Containment Company (MWCC)e outros.

Vigilância, modelagem e visualização

É importante que os profissionais de resposta, agências do governo e comunidades tenham uma clara compreensão sobre a situação de poluição, ações de resposta a caminho e o progresso feito para impedir ou mitigar possíveis impactos. A 'conscientização sobre a situação' é fornecida através de uma

combinação de operações de vigilância, modelagem preditiva e descrição e informes de diversos recursos e dados de resposta.

O Guia de boas práticas da IPIECA-IOGP sobre observação aérea de poluição por óleofornece orientação sobre a identificação e a observação de óleo derramado no mar. O documento explica os princípios do reconhecimento aéreo, além de como desenvolver um perfil de missão e estimar tipos de óleo,

densidades e quantidades por uma observação aérea. É fornecida orientação sobre como calcular deriva e preparar relatórios de poluição, além de orientar embarcações de resposta a partir de uma aeronave de observação.

A detecção remota por satélites é uma das diversas tecnologias que formam a estratégia de vigilância necessária para a resposta eficaz a derramamentos de óleo. As capacidades da tecnologia evoluiu significativamente ao longo das duas últimas décadas ao ponto onde a tecnologia agora atende as necessidades úteis da indústria em termos de amostragem especial e temporal e resposta pontual. Satélites podem ser operados independentemente de condições climáticas, logística política ou outras terrestres ou de espaço aéreo e são especialmente úteis e de bom custo-benefício para a cobertura sinótica de áreas amplas.

O Guia de boas práticas da IPIECA-IOGP sobre

detecção remota por satélitesfornece orientação sobre o papel operacional e estratégico e aplicação da detecção remota por satélite para resposta a derramamentos de petróleo. O guia trata de como montar uma equipe de resposta de detecção remota por satélite, a tecnologia envolvida, o processo de obter uma solicitação de imagem por satélite para proporcionar informações de tomada de decisões e os desafios, e as

oportunidades no futuro para a detecção remota por satélite dentro da estrutura de resposta a

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As vantagens e as desvantagens de cada técnica de resposta a derramamentos de óleo

Além dos prós e contras associados a cada técnica, nem todas as ferramentas e técnicas precisarão necessariamente serem apropriadas para uso em um determinado ambiente ou situação. A tabela 3 resume possíveis limitações, embora deva-se observar que essas são regras básicas e rápidas e que vão variar de acordo com as circunstâncias; por exemplo, embora a maioria dos derramamentos de petroleiros possa ser resolvida através do uso de dispersantes há algumas cargas (por exemplo, petróleo pesado) que não responderiam à aplicação de dispersante, especialmente em águas geladas. Essas informações fornecem um ponto de partida para considerar as opções de resposta e avaliar as concessões usando o processo de NEBA que inevitavelmente precisam ser feitas durante toda grande resposta.

Técnicas de resposta

Tipos de equipamento e técnicas a serem empregadas

As técnicas que são consideradas e identificadas na etapa de planejamento de situação são derivadas do kit de ferramentas de resposta. Essas ferramentas incluem processos naturais (ou seja, biodegradação), o uso de contenção e recuperação no mar, dispersantes químicos e queima controlada (in-situ) além de limpeza e proteção costeira. Essas ferramentas são resumidas abaixo com informações adicionais fornecidas para cada uma em subseções posteriores. A tabela 2 resume os prós e os possíveis contras de cada técnica.

Tabela 2 Os prós e os possíveis contras das diversas técnicas de resposta a derramamentos de petróleo

Técnica Benefícios Descrição

Dispersante Remove o petróleo de superfície que possa afetar a vida selvagem e impede que o petróleo se espalhe para o litoral; melhora a biodegradação natural do óleo e reduz vapores na superfície da água.

O óleo dispersado pode inicialmente afetar a vegetação e a vida selvagem presentes na coluna d'água local.

Recuperação mecânica

Remove o óleo com impacto ambiental mínimo.

A recuperação mecânica pode ser ineficiente, exigir um grande número de recursos e limitada por condições da água, chegando normalmente a no máximo 10 a 20% da recuperação do óleo.

Queima controlada (in-situ)

Remove grandes quantidades de óleo rapidamente por meio de queima controlada (in-situ).

A queima apresenta um possível risco de segurança e redução localizada na qualidade do ar; pode ser difícil recuperar resíduos queimados.

Remoção física

Restaura seletivamente o valor social e ambiental em locais específicos usando diversas ferramentas.

Métodos agressivos ou indevidos podem afetar ecossistemas e organismos individuais.

Processos naturais

Aproveita processos naturais para remoção de óleo, incluindo biodegradação e evite técnicas de limpeza intrusivas que possam afetar ainda mais o ambiente.

A remoção natural pode exigir mais tempo para retornar o ambiente ao seu estado antes do derramamento em comparação com outras técnicas de resposta.

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Tabela 3 Guia geral sobre a adequação de diferentes técnicas de resposta em uma variedade de circunstâncias

Dispersantes: aplicação de superfície

O uso de dispersante pode ser uma maneira eficaz de minimizar danos ecológicos e socioeconômicos gerais ao impedir que o óleo chegue a habitat costeiros e litorais e ao melhorar os processos de biodegradação natural que absorvem o óleo no meio ambiente. O Guia de boas práticas do IPIECA-IOGP sobre a aplicação em superfície de dispersantesexplica o que são dispersantes e como eles são aplicados em derramamentos de óleo na superfície do mar. Detalhes sobre as capacidades e as limitações dos dispersantes são apresentados, juntamente com destaques sobre a necessidade de regulação, as vantagens do pré-planejamento e autorização avançada, procedimentos operacionais e monitoramento durante seu uso.

Dispersantes: aplicação submarina

A recente evolução da injeção de dispersantes submarinos (SSDI) como uma ferramenta de resposta para possíveis liberações de poços em alto-mar é descrita no Guia de boas práticas sobre aplicação submarina de dispersantes. Isso inclui capacidades operacionais que foram desenvolvidas e como o plano de decisão para SSDI pode ser justificado por abordagens NEBA. Os recursos específicos descritos incluem a capacidade de montar operações contínuas em um grande conjunto de condições marítimas, além de abordagens para monitorar a eficácia e os efeitos de sua aplicação.

Contenção e recolhimento no mar

A recuperação e a contenção na água são a localização e a coleta de óleo na superfície da água. É usado equipamento para cercar e concentrar o óleo derramado (usando barragens ou barreiras flutuantes) na superfície do mar em uma espessura de superfície adequada, possibilitando a remoção

Situações de exemplo Descrição

Dispersantes Recuperação mecânica Queima in-situ Remoção física Processos naturais Liberação offshore Derramamento de petroleiro 3 3 3 7 3 Derramamento submarino 3 3 3 7 3 Derramamento fluindo

para área habitada 3 3 3 7 3

Liberação próxima à costa

Época de desova 7 3 3 7 3

Liberação onshore ou próxima da costa

Próximo a pântanos

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mecânica. O Guia de boas práticas da IPIECA-IOGP sobre contenção e recuperação na águaexplica como a recuperação e a contenção efetivas podem: reduzir o impacto em seres sensíveis na água, como pássaros, peixes e mamíferos; reduzir o impacto em áreas sensíveis no litoral, removendo o óleo flutuante no mar; reduzir a complexidade e a duração de uma resposta no litoral; e reduzir o volume de resíduos gerado por uma resposta ao impedir ou minimizar impactos ao litoral. O documento explora as razões pelas quais a contenção e a recuperação na água às vezes falham e as circunstâncias nas quais elas devem ou não ser consideradas.

Queima in-situ

A queima in-situ (ISB) é a ignição e a queima controlada de óleo derramado na, ou perto da, área onde houve o derramamento. A ISB é reconhecida como uma ferramenta de resposta viável para limpar derramamentos de óleo em água, terra e gelo. A ISB pode reduzir rapidamente o volume de óleo derramado, reduzindo significativamente assim a necessidade de coletar, estocar, transporte e descartar o óleo recuperado. A ISB também pode encurtar o tempo de resposta geral a um derramamento, auxiliando assim na proteção ambiental. O GPG de queima in-situ contém uma compilação das

informações com relação à queima in-situ de derramamentos de óleo. Isso inclui aspectos específicos do processo de queima e seus efeitos e informações práticas sobre os procedimentos a serem seguidos e equipamentos necessários para realizar as queimas in-situ.

Avaliação da costa (SCAT)

Apesar das melhores intenções de uma resposta em alto mar a um derramamento de óleo no mar ou em um rio, há chances de que pelo menos parte do óleo derramado acabe chegando ao litoral. Quando ocorre impacto ao litoral, ou quando há probabilidade disso ocorrer, a avaliação de litoral é um componente crítico do programa de resposta e proporciona informações essenciais para definir objetivos, prioridades, limitações e pontos de término para uma resposta litorânea eficaz. O GPG de avaliação de litoralexplica como um programa de avaliação de litoral eficaz apoia no processo de planejamento, tomada de decisões e implementação para uma resposta litorânea e como os principais componentes dos levantamentos litorâneos são integrados no estágios de geração de dados, tomada de decisões e implementação/encerramento de um programa de resposta litorânea.

Limpeza da costa

O Guia de boas práticas da IPIECA-IOGP sobre técnicas de limpeza de litoraldefine os fatores importantes a serem levados em conta ao avaliar a limpeza de um litoral atingido pelo óleo, incluindo as etapas a serem seguidas para gerenciar operações de limpeza de litoral. Os prós e os contras de algumas das técnicas usadas com maior frequência são discutidos, além de identificar em qual etapa no conjunto geral da operação uma determinada técnica terá maior chance de sucesso. Além disso, o documento examina a interação entre óleo disperso e diferentes tipos de litoral, sugerindo algumas possíveis abordagens para tratar dos desafios que essa abordagem pode apresentar.

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Respostas em terra

O GPG de resposta em terraapresenta uma visão geral de respostas de derramamento de óleo em terra e em ambientes aquáticos (rios e cursos de água doce, lagos e poços, pantanais e corpos d'água estuarinos e seus litorais e bancos associados), identificando semelhanças na resposta marinha e destacando questões únicas pertinentes aos derramamentos em terra. O documento trata da fase de resposta de incidentes em terra, onde ações são realizadas para garantir a segurança, minimizar a dispersão e ameaça imediata de um derramamento e implantar técnicas para limpar o óleo derramado em ambientes aquáticos. Ele não trata de derramamentos em ambientes terrestres e as possíveis ações corretivas que podem ser consideradas onde o óleo contaminou o solo subjacente ou os lençóis freáticos.

Gerenciamento de resíduos

A resposta a um derramamento de óleo muitas vezes resulta na rápida geração e acúmulo de grandes quantidades de resíduos com óleo. óleo emulsificado e areias betuminosas, cascalho e detritos presos podem aumentar o volume de resíduo muitas vezes o volume de óleo originalmente derramado. Esse resíduo muitas vezes ultrapassa a capacidade da infraestrutura de gerenciamento de resíduos disponível, algo que pode desacelerar ou descontinuar temporariamente as operações de recuperação e limpeza de óleo. Como resultado, o gerenciamento de resíduos relacionados à resposta pode se tornar o aspecto mais

oneroso e demorado de um derramamento de óleo. O GPG de resíduos de derramamento de óleodefine

os princípios envolvidos em identificar e planejar o gerenciamento e a minimização dos diversos fluxos de resíduos listados acima. Resíduos de diversas fontes (derramamentos offshore e onshore em todo o mundo e operações a montante e a jusante em atividades de exploração e produção, processamento, refino, transporte e estocagem de óleo) são considerados.

Fauna oleada

O GPG de vida selvagem atingida pelo óleoproporciona uma visão geral dos principais conceitos e práticas sobre prontidão de resposta em caso do óleo chegar a organismos vivos e explica como se alcançar um nível superior de prontidão integrada. Esse documento também compartilha conhecimento e experiência acumulados no decorrer de muitos anos na resposta de derramamentos de óleo

combustível e cru em diversas décadas, oferecendo orientação sólida para gerenciar a captura, triagem, limpeza e reabilitação da fauna oleada após um derramamento. Muitas das mesmas técnicas, políticas e procedimentos operacionais podem ser aplicados

a derramamentos de outras substâncias químicas que são transportadas por navio, trem ou duto e que podem afetar animais selvagens. Esse documento também será útil para planejadores encarregados de se preparar para eventos que envolvam esses produtos e também pode ser usado como uma cartilha para profissionais cujo trabalho é desenvolver os planos de prontidão de vida selvagem atingida por petróleo da empresa ou país e que tenham apenas um conhecimento superficial sobre resposta com incidentes envolvendo vida selvagem.

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Embora distintas e separadas dos processos de prontidão e resposta, e exigindo inevitavelmente um tempo maior, a avaliação e a restauração de impacto desempenham um papel essencial após um derramamento. Em muitos casos, uma avaliação de impacto deve ser iniciada imediatamente após a descoberta de um derramamento para coletar dados efêmeros e muitas vezes continuará muito após a fase de resposta de emergência ser concluída. Os componentes de avaliação e restauração podem incluir:

l Impactos ambientais: impactos de derramamento de óleo sobre ecologia marinhae sobre litorais

podem ser significativos, especialmente nas primeiras etapas de um derramamento. Dessa forma, é importante compreender quais são os possíveis impactos para que o pré-planejamento adequado possa ser realizado a fim de iniciar rapidamente um programa de avaliação de impacto.

l Remediação: a remediaçãode derramamentos de óleo normalmente envolve a remoção ou o tratamento de óleo residual em áreas litorâneas ou terrestres após a fase de resposta de emergência ter sido concluída e faz a transição para a fase de projeto. Normalmente, a remediação só é necessária se houver impactos ambientais contínuos do óleo residual.

l Recuperação ambiental: a meta da restauração ambiental é restaurar o meio ambiente para às

condições anteriores ao derramamento por meio de atividades de restauração ou recuperação natural, como plantio de vegetação pantaneira, reposição de sedimentos, correção de habitat, etc.

l Recuperação de comunidades:compensaçãode impactos financeiros é uma forma de restauração de comunidade, juntamente com campanhas de publicidade para promover empresas locais, turismo e recriação, e o melhor acesso a áreas litorâneas recreativas.

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Impactos ambientais marinhos

O Guia de boas práticas da IPIECA-IOGP sobre os impactos de derramamentos de óleo sobre a ecologia marinhaproporciona uma visão geral sobre como os derramamentos de óleo podem afetar os recursos e funções ecológicos marinhos e quão rapidamente esses recursos e funções podem se recuperar. Ele descreve as propriedades de óleos minerais e processos físicos pelos quais os óleos derramados passam e que são relevantes para impactos ecológicos marinhos, fornece uma descrição geral dos mecanismos e fatores que normalmente afetam os impactos de derramamentos de óleo em recursos marinhos e suas taxas de recuperação, e descreve alguns dos impactos mais comuns que os

derramamentos de óleo tiveram sobre diferentes ecossistemas, com referência a determinados estudos de caso. O documento resume a boa prática atual em resposta a derramamentos e como ela foi projetada para maximizar o benefício ambiental líquido.

Impactos ambientais costeiros

O GPG da IPIECA-IOGP sobre os impactos de derramamentos de óleo sobre litoraisproporciona uma visão geral sobre como os derramamentos de óleo podem afetar os litorais estuarinos e marinhos e quão rapidamente eles podem se recuperar. O documento descreve o destino do óleo em diferentes litorais e as características que são relevantes ao impacto e à recuperação, juntamente com os impactos ecológicos do óleo em litorais. Ele explica a boa prática atual em limpeza de litorais e resume algumas das abordagens e requisitos fundamentais da avaliação de impacto.

Avaliação econômica e compensação

Apesar dos melhores esforços daqueles envolvidos em uma resposta, uma liberação de óleo tem o potencial de afetar propriedades e atrapalhar atividades comerciais, acarretando perdas econômicas.

O Guia de boas práticas da IPIECA-IOGP sobre avaliação econômica e compensaçãoleva em conta os

efeitos do óleo sobre setores de pesca e turismo, além daqueles em outras atividades comerciais, e identifica as fontes de capital que podem estar disponíveis para compensar tais danos. São explicados os esquemas de compensação e a legislação que permitem que pagamentos sejam explicados e os métodos pelos quais os vários tipos de danos econômicos podem ser quantificados e calculados pelos esquemas e os procedimentos necessários para envio de pedidos de indenização, incluindo indenizações sobre os custos de uma resposta, além de danos a propriedades e por perda econômica.

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coletiva de empresas e associações de petróleo e gás. Sua posição exclusiva dentro da indústria permite que seus membros respondam efetivamente às principais questões sociais e ambientais.

www.ipieca.org

a Comissão da Convenção para a Proteção do Meio Marinho do Atlântico Nordeste (OSPAR). De igual importância é o papel da IOGP em promulgar boas práticas, especialmente nas áreas de saúde, segurança, meio ambiente e responsabilidade social.

Referências

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