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Instituto da Conservação da Natureza Direcção de Serviços da Conservação da Natureza Divisão de Espécies Protegidas

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Instituto da Conservação da Natureza

Direcção de Serviços da Conservação da Natureza Divisão de Espécies Protegidas

R R e e la l at t ó ó ri r io o s s ob o br r e e

In I nc cê ê nd n d i i os o s R Ru ur ra ai i s s n na a

Re R ed d e e N Na ac ci i o o na n a l l d de e Á Á r r ea e a s s P P r r ot o t e e g g i i d d a a s s e e na n a R Re ed d e e N N a a t t ur u ra a 2 20 0 00 0 0

2 2 0 0 0 0 5 5

Lisboa, Fevereiro 2006

Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional

(2)

F Fi ic ch ha a T Té éc cn ni ic ca a

Tratamento dos Dados Sandra Carreira1

José Carlos Figueiredo (DEP/DSCN)

Concepção do Relatório Susana Brígido1

José Carlos Figueiredo (DEP/DSCN)

Recolha de Dados

Interlocutores para os Assuntos Florestais, nas Áreas Protegidas

António Aparício, Jaime Ferreira, António Cosme, José Carlos Figueiredo (DEP/DSCN)

Divisão de Espécies Protegidas

Direcção de Serviços de Conservação da Natureza

Instituto da Conservação da Natureza

1 Engª. Florestal

(3)

Índice

1 Introdução...4

2 A actuação do ICN ao nível da prevenção, vigilância, detecção e 1ª intervenção nos incêndios rurais ...5

2.1Plano de actuação do ICN em 2005...5

A. Áreas Protegidas...5

Objectivo Principal ...5

B. Outras Áreas Classificadas ...6

Objectivo Principal ...6

3 Os Incêndios Rurais na RNAP, em 2005 ... 7

3.1Número de Incêndios e Área Ardida desde 1992...9

3.2Número de Incêndios e Área Ardida, em APCN em 2005... 11

3.3Distribuição Mensal do Número de Incêndios e da Área Ardida... 12

3.4Número de Incêndios e Área Ardida, por Área Protegida... 16

3.5Número de Incêndios e Área Ardida por Classe de Área Ardida... 19

3.6Área Ardida por Tipo de Ocupação do Solo ... 22

3.7Número de Incêndios por Período de Ocorrência ... 26

3.8Número de Incêndios por Tipo de Causa ... 27

3.9Número de Incêndios por Tipo de Meios Utilizados na Detecção e 1ª Intervenção ... 28

3.10 Número de Incêndios com Reacendimento e Rescaldo ... 29

4 Os Incêndios na Rede Natura 2000... 30

Área ardida na Rede Natura 2000 ... 30

5 Conclusões ... 31

6 Bibliografia... 32

7 Anexos ... 33

AnexoI Valores Naturais e Áreas Ardidas em 2005, no Parque Natural do Alvão. ... 34

Anexo II Valores Naturais e Áreas Ardidas em 2005, no Parque Natural da Serra da Estrela. ... 38

(4)

1 1 In I nt tr ro od d uç u çã ão o

O ICN desenvolve para a Rede Nacional de Áreas Protegidas2 (RNAP) estratégias de acção com o objectivo de promover a compatibilização entre o desenvolvimento socioeconómico e a conservação da Natureza e da diversidade biológica, ao serviço da qualidade de vida das populações e das gerações futuras.

Os incêndios florestais são um dos factores responsáveis pela alteração dos valores ecológicos e económicos, pela degradação da paisagem e dos ecossistemas florestais nacionais. Na RNAP, o número de incêndios e de área ardida tem sofrido um aumento considerável desde 1992, com uma área média ardida de 10 418 ha/ano, tendo atingido a situação extreme em 2003, com 28 273 ha de área ardida, cerca de 1/4 da área total ardida nestes últimos 14 anos.

Desde 1992, que esta instituição compila informação sobre os incêndios rurais na RNAP através da elaboração periódica de “Relatórios anuais sobre Incêndios Florestais na RNAP”, para a qual a colaboração das Áreas Protegidas é fundamental na obtenção de resultados fiáveis e credíveis. Esta análise contínua e anual permite acompanhar a evolução do fenómeno e criar bases para definição de estratégias para acções de prevenção, vigilância, detecção e 1ª intervenção em incêndios florestais.

No presente relatório faz-se uma análise dos níveis de actuação do ICN na prevenção, na vigilância, na detecção e na 1ª intervenção nos incêndios rurais na RNAP, dos impactos deste fenómeno durante o ano de 2005 na RNAP, bem como uma análise comparativa com os últimos 14 anos, e ainda o impacto dos incêndios na Rede Natura 2000, através de dados cedidos pela Direcção Geral dos Recursos Florestais.

2 A RNAP ocupa actualmente cerca de 638 617 ha terrestres que se distribuem por: 1 Parque Nacional, 13 Parques Naturais, 9 Reservas Naturais, 2 Paisagens Protegidas, 4 Paisagens Protegidas de Interesse Regional, 8 Sítios Classificados e 4 Monumentos Naturais;

(5)

2 2 A A ac a ct tu ua aç çã ão o do d o I IC CN N ao a o ní n ív ve el l da d a pr p re ev ve en nç çã ão o, , vi v ig gi il lâ ân nc ci ia a, , de d et te ec cç çã ão o e e 1 1ª ª i in nt te er rv ve en nç çã ão o n no os s i in nc cê ên nd di io os s r r ur u r ai a is s

33

O Instituto da Conservação da Natureza (ICN), como responsável pela gestão das Áreas Protegidas de interesse nacional, define periodicamente estratégias, nomeadamente, de prevenção, vigilância, detecção e 1ª intervenção em incêndios florestais, cujo principal objectivo é a conservação da natureza e da biodiversidade.

22..11 PlPlaannoo ddee aaccttuuaaççããoo ddoo IICNCN emem 22000055

O ICN, em 2004, criou uma Estrutura de Coordenação Nacional com vista a agilizar a definição e implementação da estratégia de prevenção, vigilância, detecção e 1ª intervenção em incêndios florestais na RNAP. Em 2005, o plano de actuação do ICN teve como objectivos:

Objectivo Geral

Diminuir a área ardida

Em articulação com as restantes instituições e organizações a actuação do ICN, em matéria de incêndios, assenta em dois níveis:

A. A . Á Ár re ea a s s P Pr ro ot te eg gi id da as s

ObObjejeccttiivvoo PPrriinncciippaall

Diminuição da área ardida nas Áreas Protegidas, em especial nas Áreas Prioritárias para Conservação da Natureza, contemplando os seguintes objectivos estratégicos:

3 DGF, 2001. Incêndio rural - Incêndio que atingiu uma zona florestal, agrícola ou de inculto. Exclui todos os terrenos considerados urbanos ou industrais. Não existe qualquer limitação na dimensão;

(6)

Redução das ignições

Pretende-se reduzir o número de incêndios de origem humana actuando sobre as principais causas de deflagração dos incêndios, designadamente as ligadas ao uso do fogo (queimadas, queima de lixo, lançamento de foguetes, fogueiras, etc), acidentais (máquinas, equipamentos, etc) e estruturais.

Redução dos impactos

Pretende-se reduzir a vulnerabilidade das áreas criticas face à deflagração de incêndios florestais, através de medidas de ordenamento e gestão florestal (obstar a propagação dos incêndios) e criando condições e mecanismos de alerta e resposta rápida e eficiente.

Monitorização e restauração de áreas ardidas

Pretende-se restaurar as áreas de elevado valor ambiental percorridas por incêndios florestais, estabelecendo mecanismos de monitorização e implementando medidas e acções de contenção do solo e recuperação do coberto vegetal.

B. B . O Ou ut tr ra as s Á Ár re ea as s C Cl la as ss si if fi ic ca ad da as s

OObbjjeeccttiivvoo PPrriinncciippaall

Diminuição da área ardida noutras Áreas Classificadas

O Estado Português conforme decorre da “Directiva Habitats” publicou a Lista Nacional de Sítios, assim como ao abrigo da “Directiva Aves” declarou Zonas de Protecção Especial para a avifauna. Estas áreas constituem cerca de 22% do território nacional, onde cerca de 1/3 é ocupado pelas Áreas Protegidas. O ICN é a entidade responsável pela manutenção num estado de conservação favorável dos habitas e espécies destas áreas. Assim, constituindo os incêndios rurais uma importante ameaça à Conservação da Natureza, e face ás actuais

(7)

disponibilidades materiais e humanas do ICN, considera-se ser de levar a cabo as seguintes medidas:

- Plano de sensibilização e informação, a elaborar centralmente, incluindo a elaboração de um folheto que deverá ser diferenciado dos folhetos da DGRF (especifico para os temas da conservação da natureza) e cuja distribuição deverá incluir a população das AC (população escolar, juntas de freguesia, outras).

- Planos de Vigilância e Fiscalização, incentivando a dinamização destes planos em sede das Comissões Municipais de Defesa da Floresta Contra Incêndios.

- Participação activa na elaboração dos PROF’s que incluem Áreas Classificadas.

- Planos de monitorização, identificação e acompanhamento dos processos associados aos incêndios florestais responsáveis pela degradação dos habitats e ameaça às espécies.

3 3 Os O s I In nc cê ên nd d io i os s R Ru ur r ai a is s n na a R R NA N AP P, , e em m 2 20 00 05 5

A DEP/DSCN, actualmente, coordena, uniformiza, analisa e divulga a informação mensal4 e anual sobre os incêndios rurais nas Áreas Protegidas5 e em outras áreas que se encontram sob gestão do ICN (513 ha): Reserva Botânica do Cambarinho, Mata Nacional das Dunas de Vila Real de S.to António e Mata Nacional de Vale de Canas.

Os interlocutores para os assuntos florestais das AP’s recolhem, durante todo o ano, um conjunto de elementos sobre cada incêndio rural que ocorre dentro dos limites da sua Área Protegida e no final do ano compilam essa informação na Ficha para o Relatório Anual de Incêndios Rurais.

4 Apenas durante «Período crítico» de 1 de Julho a 30 de Setembro, durante o qual vigoram medidas especiais de prevenção contra incêndios florestais, por força de circunstâncias meteorológicas excepcionais, este período pode ser alterado por portaria do Ministro da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas – alínea f) do Artº 3º do Dec.-Lei nº156/2004 de 30/06;

5 Nas AP’s onde este fenómeno não tem expressão a intervenção é pontual. Por ex. na Reserva Natural das Berlengas, nos Monumentos Naturais, Sítios Classificados;

(8)

A informação compilada por cada AP pode ter origem via: 1) CDOS/CPD6; 2) recolha interna; 3) ambas. As AP’s maioritariamente recolhem informação junto do CDOS/CPD e depois validam esta informação, quer através de dados que tenham sido recolhidos pela AP durante a intervenção no incêndio, quer através de confirmação de dados à posteriori. No entanto existem AP’s que, pela escassez de recursos e/ou pela grande incidência deste fenómeno, só validam os elementos do CCO/CCS acima de uma determinada área.

No presente relatório é de salientar a baixa percentagem de elementos “sem registo” sobre as características individuais de cada incêndio, permitindo assim uma análise mais coerente e completa das possíveis tendências e/ou padrões de ocorrência e propagação dos incêndios florestais. Para algumas características dos incêndios, a percentagem de elementos “sem registo” é elevada, nomeadamente, o tipo de causa, o tipo de detecção, a existência de rescaldo e de reacendimento. Este tipo de informação está intimamente dependente dos dados disponibilizados pelos CDOS/CPD.

6 Centro Distrital de Operações de Socorro/ Centro de Prevenção e Detecção, do Ministério da Administração Interna e do Ministério da Agricultura, respectivamente, que coordena e centraliza regionalmente toda a informação sobre incêndios florestais durante a época de incêndios;

(9)

3

3..11 NúNúmmeerroo ddee IInnccêênnddiiooss77 ee ÁÁrreeaa AArrddiiddaa88dedessddee 11999922

Como se pode observar pelo gráfico 1 e tabela 1, o número de incêndios e de área ardida tem sofrido um aumento considerável desde 1992. Segundo, Vélez, 2001, a tendência crescente da área ardida e do número de ocorrências de incêndios florestais são explicadas, pelo menos em parte, por factores sócio-económicos ligados ao meio rural.

Ano9 Área Ardida (ha) nº incêndios

1992 2 411,00 224

1993 5 875,90 186

1994 6 425,51 304

199510 9 782,17 344

1996 6 732,14 449

1997 1 555,10 464

199811 13 232,37 1097

1999 4 368,16 713

200012 15 348,86 1022

2001 13 522,01 944

2002 11 437,27 695

2003 28 272,90 604

2004 6 458,10 552

200513 20 432,44 701

Total 145 853,93 8299

Média anual últimos 14 anos 10 418,14 593 Média anual últimos 10 anos 12 135,94 724 Média anual últimos 5 anos 16 024,54 699

Tabela 1 – Evolução do nº de incêndios e da área ardida, na RNAP Nacional e outras áreas sob gestão do ICN, de 1992 a 2005

7 Nº total de incêndios (incêndios florestais, agrícolas) ocorridos dentro dos limites da AP;

8 Área (ha) total ardida dentro dos limites da AP;

9 Desde 1992 foram criadas quatro novas Áreas Protegidas (PNVG, PNDI, PNTI e RNLSAS) que traduziu um aumento de cerca de 183 453 ha sob gestão do ICN;

10 O PNVG foi criado em 1995, Decreto Regulamentar n.º 28/95 de 18 de Novembro;

11 O PNDI foi criado em 1998, Decreto Regulamentar n.º 8/98 de 11 de Maio;

12 O PNTI e a RNLSAS foram criados em 2000, respectivamente pelo Decreto Regulamentar n.º 9/2000 de 18 de Agosto e Decreto Regulamentar n.º 10/2000 de 22 de Agosto;

13 A APPLE foi reclassificada pelo Decreto Regulamentar nº 6/2005 de 21 de Julho, passou a designar-se por Parque Natural do Litoral Norte;

Os valores máximos de ocorrências de incêndios rurais foram atingidos nos anos de 2000, 2003 e 2005. Os anos mais recentes pareciam indicar uma ligeira tendência de descida, que não se confirmou em 2005, onde se registaram valores elevados.

(10)

Os valores máximos de área ardida foram atingidos nos anos de 2003, 2005, e 2000. Durante o ano de 2005 arderam 20 432,44 ha, em 701 incêndios rurais, valor de área ardida bastante superior à média anual obtida para os últimos 14 anos (10 418,14 ha). A nível nacional e segundo os dados disponibilizados pela DGRF através do documento, “Incêndios florestais relatório 2005” a área florestal ardida totalizou 325 226 ha. Comparando estes dados com os valores da RNAP, conclui-se que ardeu 3,19% da área da RNAP, um valor médio inferior à percentagem da área, na totalidade do território nacional, 3,65%.

Evolução do Número de Incêndios e da Área Ardida na RNAP, de 1992 a 2005

0 5000 10000 15000 20000 25000 30000

1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005

Anos

hectares (ha)

0 200 400 600 800 1000 1200

nº inndios

Área Ardida (ha) nº incêndios

Gráfico 1 – Evolução do número de incêndios e da área ardida, na RNAP Nacional e outras áreas sob gestão do ICN, de 1992 a 2005

Média flutuante pelo período de 5 anos da evolução do nº de incêndios e da área ardida na RNAP, de 1992 a 2005

0 2500 5000 7500 10000 12500 15000 17500

1992/1996 1993/1997

1994/1998 1995/1999

1996/2000 1997/2001

1998/2002 1999/2003

2000/2004 2001/2005

hectares (ha)

0 200 400 600 800 1000

nº inndios

Área Ardida (ha) nº incêndios

Gráfico 2 – Médias Flutuantes por períodos de 5 anos da evolução do número de incêndios e da área ardida, na RNAP Nacional e outras áreas sob gestão do ICN, de 1992 a 2005

(11)

3

3..22 NúNúmmeerroo ddee IInnccêênnddiiooss ee ÁÁrreeaa AArrddiiddaa,, eemm AAPPCCNN eemm 20200055

A discriminação da informação sobre o número de incêndios e a área ardida ocorridos em Áreas Prioritárias para a Conservação da Natureza14 (APCN) iniciou-se em 2001, e em 2005 arderam 7 100,92 ha.

nº incêndios em APCN área ardida em APCN Área

Protegida 2005 2005 (%) média (01-04)

2005

(ha) 2005 (%) média (01-04) (ha)

PNPG 6 2,93 40,75 40,00 0,56 189,3

PNM 96 46,83 11 1365,92 19,24 330,2

PNAL 14 6,83 12,25 1734,00 24,42 83,6

PNSE 4 1,95 4,5 2264,00 31,88 427,0

PNSAC17 1 0,49 16,75 1182,00 16,65 1101,7

PNAR17 0 0,00 0 0,00 0,00 98,8

PNSSM 25 12,20 3,75 150,00 2,11 1063,8

PNSC17 50 24,39 8,25 76,00 1,07 29,0

PNRF 0 0,00 0,5 0,00 0,00 93,3

PNVG 0 0,00 0 0,00 0,00 144,9

PNDI 3 1,46 31 251,00 3,53 336,4

RNSM 0 0,00 0 0,00 0,00 3,1

RNET 0 0,00 0,25 0,00 0,00 0,7

RNPB 0 0,00 1 0,00 0,00 3,3

PPAFCC 3 1,46 0,75 0,003 0,00 0,1

PNLN 1 0,49 0 1,00 0,01 0,0

RNPA 2 0,98 0 37,00 0,52 0,0

TOTAL 205 100,00 130,75 7100,92 100,00 3905,2

Tabela 2 - Área ardida e nº de incêndios em Area Prioritária para a Conservação da Natureza, 2005

Área Ardida (ha) em Área Prioritária para a Conservação da Natureza (APCN), 2005

PNPG 40,00 RNPA

37,00 PNDI

251,00 PNSC

76,00 PNSSM

150,00

PNSAC 1182,00

PNM 1365,92 PNSE

2264,00

PNAL 1734,00

Gráfico 3 - Área ardida em Area Prioritária para a Conservação da Natureza, 2005

14 As áreas prioritárias em termos de conservação da natureza identificam-se com ”Áreas Prioritárias para a Conservação da Natureza” ou “Áreas de Ambiente Natural”, no caso de existir Plano de Ordenamento. Estas áreas encontram-se delimitadas nas

“Cartas de Prioridade de Intervenção em Incêndios Florestais” de cada AP.

(12)

No PNSE a área ardida em APCN foi 32% da área total ardida no PNSE (2264,00 ha).

No PNAL a área ardida em APCN foi 25% da área total ardida no PNAL (1734,00 ha).

No PNM a área ardida em APCN foi 20% da área total ardida no PNM (1365,92 ha).

No PNSAC a área ardida em APCN foi 17% da área total ardida no PNSAC (1182,00 ha).

Dado que a recolha dos valores relativos á área ardida em APCN tem um historial pequeno a comparação inter-anual destes valores não é suficientemente sólida para permitir tirar conclusões relativamente a uma tendência.

33..33 DiDissttrriibbuuiiççããoo MMeennssaall ddoo NNúúmmeerroo ddee IInnccêênnddiiooss ee ddaa ÁrÁreeaa AArrddiiddaa

Neste ponto faz-se a análise mensal da distribuição do nº de incêndios e da área ardida do conjunto total das AP’s - gráfico 3 e tabela 3 - e evidenciam-se as AP’s mais atingidas pelos incêndios, por mês – gráfico 4 e 5.

Área Ardida nº incêndios

Mês 2005 (ha)

2005 (%)

Média (00-04) (ha)

área ardida15 (ha)

2005

2005 (%)

Média (00-04)

incêndios

16

Jan. 433,49 2,12 30,83 402,67 33 4,71 5 28

Fev. 770,86 3,77 99,58 671,28 79 11,27 26 53

Mar. 766,97 3,75 735,84 31,13 65 9,27 37 28

Abr. 30,56 0,15 65,02 -34,47 16 2,28 20 -4

Maio 24,01 0,12 35,70 -11,68 27 3,85 16 11

Jun. 1083,03 5,30 736,65 346,38 86 12,27 57 29

Jul. 7692,57 37,65 2690,58 5001,99 124 17,69 138 -14 Ago. 8915,97 43,64 7828,99 1086,98 170 24,25 182 -12 Set. 267,37 1,31 2225,30 -1957,93 68 9,70 176 -108

Out. 226,73 1,11 168,12 58,62 25 3,57 28 -3

Nov. 5,81 0,03 94,48 -88,67 3 0,43 14 -11

Dez. 215,06 1,05 76,75 138,31 5 0,71 15 -10

S/ reg. 0,00 0,00 219,98 -219,98 0 0,00 50 -50

Total 20432,44 100,00 15007,81 5424,63 701,00 100,00 763 -62

Tabela 3 – Evolução mensal do nº de incêndios e da área ardida, total e percentual, e respectivas médias (00-04)

15 área ardida = área ardida em 2005 – área média ardida 2000-2004

16 nº incêndios = nº incêndios em 2005 – nº médio incêndios 2000-2004

(13)

Gráfico 4- Evolução mensal do nº de incêndios e da área ardida

Da análise do gráfico 4, 5 e 6 e da tabela 3 verificou-se que no ano de 2005:

1. Nos meses de Julho e Agosto ardeu cerca de 81% de área total ardida e registaram-se cerca de 42% do número total de incêndios.

• no mês de Julho a área ardida (7 692,57 ha) foi muito superior à média dos últimos 5 anos, ∆ área ardida = 2 690,58 ha, assim como a percentagem de área ardida neste mês (37,7 %) relativamente ao total foi muito superior á percentagem média de área ardida em Junho nos últimos 5 anos.

• A área ardida em Fevereiro (770,83 ha) foi muito superior à média dos últimos 5 anos para este mês (99,58 ha). Para estes valores contribuíram o PNM e o PNPG.

Evolução mensal do nº de incêndios e da área ardida, 2005, e respectivas médias

0,0 1000,0 2000,0 3000,0 4000,0 5000,0 6000,0 7000,0 8000,0 9000,0 10000,0

Jan Fev Mar Abr Maio Jun Jul Ag. Set Out Nov Dez s/reg

hectares (ha)

0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200

nº inndios

área ardida (ha) 2005 área média ardida (ha) 00/04 nº de incêndios 2005 nº médio de fogos 00/04

(14)

Distribuição da área ardida (ha) mensal, por Área Protegida 2005

384,00

172,00

479,00 6421,00

213,00 1695,00

3595,00 1490,11

0,0 500,0 1000,0 1500,0 2000,0 2500,0 3000,0 3500,0 4000,0 4500,0 5000,0 5500,0 6000,0 6500,0 7000,0 7500,0 8000,0 8500,0 9000,0

Jan Fev Mar Abr Maio Jun Jul Ag. Set Out Nov Dez s/reg

RNPA RNDSJ PNLN PPAFCC RNSM PNTI PNDI PNVG PNSC PNSACV PNSSM PNAR/RNES PNSAC PNSE PNAL PNM PNPG

Gráfico 5 - Distribuição mensal da área ardida, por Área Protegida

• O valor máximo de área ardida registou-se em Agosto, 8915,97 ha, que corresponde a 43,64% da área total ardida durante 2005. O PNSE foi a Área Protegida que mais contribui para o valor de Agosto com 40% de área ardida neste mês. Em Julho 83% dos 6421 ha de área ardida dizem respeito também ao PNSE.

• O valor máximo do nº de incêndios registou-se em Agosto, 170 incêndios, que corresponde a 24,25% do nº total de incêndios durante 2005.

(15)

• O número de incêndios ocorridos em Setembro (68) foi consideravelmente mais baixo que a média dos últimos 5 anos para este mês.

• O número de incêndios ocorridos em Fevereiro (79) e Março (65) foram consideravelmente mais elevados que a média dos últimos 5 anos para estes meses, respectivamente 26 e 27.

• A Área Protegida onde ocorreu o maior número de incêndios foi o PNSE com 216 incêndios, 30% do nº total de incêndios, a que corresponde 56% da área total ardida em 2005.

Distribuição do nº de incêndios mensal, por Área Protegida 2005

5 15

49 4 22

28

19 10

16

12

11 17

19

26

6 11

36 42

39

18

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150 160 170 180

Jan Fev

Mar Abr

Maio Jun Jul Ag.

Set Out

Nov Dez

s/reg

nº inndios

RNPA RNDSJ PNLN PPAFCC RNSM PNTI PNDI PNVG PNSC PNSACV PNSSM PNAR/RNES PNSAC PNSE PNAL PNM PNPG

Gráfico 6 - Distribuição do número de incêndios por Área Protegida

(16)

3

3..44 NúNúmmeerroo ddee IInncêcênnddiiooss ee ÁÁrreeaa AArrddiiddaa,, ppoorr ÁÁrreeaa PPrrootteeggiiddaa

Na tabela 4 e no gráfico 7, faz-se uma análise comparativa do n.º de incêndios e da área ardida, entre o ano de 2005 e os valores médios anuais para os últimos 13 anos (1992, 1º ano em que existem registos sistemáticos, a 2004).

Na RNAP houve um acréscimo quer do número de incêndios (∆ nº incêndios= 119) quer da área ardida (∆ área ardida = 10 789,00 ha) relativamente à média anual dos últimos 13 anos.

nº incêndios área ardida

Área Protegida

Área da AP

(ha) 2005 2005 (%)

média (92-04)

incêndios17

2005 (ha)

2005 (%)

média (92-04) (ha)

área ardida18 (ha)

PNPG 69 592,50 98 13,98 77 21 1043,00 5,10 741 302

PNM 74 544,62 106 15,12 100 6 2024,47 9,91 1491 533

PNAL 7 202,66 14 2,00 17 -3 1734,00 8,49 157 1577

PNSE 99 478,05 216 30,81 160 56 11452,00 56,05 3619 7833

PNSAC 38 392,53 24 3,42 21 3 2030,67 9,94 791 1240

PNAR 11 054,74 7 1,00 5 2 230,10 1,13 101 129

PNSSM 56 058,87 69 9,84 23 46 621,56 3,04 829 -207

PNSACV 60 485,05 11 1,57 14 -3 317,00 1,55 518 -201

PNSC 14 450,85 80 11,41 78 2 87,72 0,43 111 -23

PNRF 17 900,92 0 0,00 2 -2 0,00 0,00 33 -33

PNVG19 69 669,30 14 2,00 23 -9 96,70 0,47 484 -387

PNDI 87 011,26 47 6,70 110 -63 697,10 3,41 1396 -699

PNTI 23 728,05 1 0,14 3 -2 17,44 0,09 163 -146

RNSM 16 158,66 2 0,29 2 0 37,00 0,18 97 -60

RNET 9 846,48 0 0,00 0 0 0,00 0,00 0 0

RNPB 817,62 0 0,00 0 0 0,00 0,00 1 -1

RNES 17 206,06 0 0,00 0 0 0,00 0,00 0,06 -0,06

RNDSJ 733,52 1 0,14 0 1 2,00 0,01 15 -13

RNPA 586,76 2 0,29 0 2 37,00 0,18 0 37

RNLSAS 3 123,39 0 0,00 3 -3 0,00 0,00 1 -1

PPSA 373,40 0 0,00 0 0 0,00 0,00 5 -5

PPAFCC 1 551,50 8 1,14 4 4 3,64 0,02 9 -6

PNLN 1 316,64 1 0,14 0 1 1,00 0,00 0 1

TOTAL 681 283,45 701 100,00 582 119 20432,44 100,00 9644 10789 Tabela 4 - Número de incêndios e área ardida por Área Protegida

17 ∆ nº incêndios = nº incêndios 2005 - nº médio incêndios 92/04;

18 ∆ área ardida = área ardida 2005 - área média ardida 92/04;

19 Só após o tratamento de toda a informação, foi-nos remetida uma actualização do número de incêndios (39), do PNVG, razão pela qual não foram contemplados neste relatório.

(17)

Distribuição do nº de incêndios e da área ardida por Área Protegida, relativamente à média dos últimos 13 anos (92/04)

0,0 1000,0 2000,0 3000,0 4000,0 5000,0 6000,0 7000,0 8000,0 9000,0 10000,0 11000,0 12000,0

hectares (ha)

0 50 100 150 200 250

nº inndios

área ardida 2005 área média ardida 92/04 nº de incêndios 2005 nº médio incêndios 92/04 Gráfico 7 - Distribuição da área ardida (ha) e do nº de incêndios por Área Protegida

Da análise da tabela 4 e do gráfico 7, verifica-se que

• Pela 1ª vez desde que há registos sistemáticos, desde 1992, ocorreu um incêndio na RNPA. Este incêndio atingiu 37 ha.

• Principalmente como resultado de um único incêndio (1398.4 ha) ocorrido em Agosto no PNAL a área ardida nesta AP, em 2005, foi cerca de 11 vezes superior à média dos últimos 14 anos.

• Relativamente a outras A.P. e comparando a área ardida em 2005, com a média ardida nos últimos 14 anos, estes valores aumentaram no PNSE 3,2 vezes, no PNSAC 2,5 vezes e no PNAR 2,3 vezes.

• Comparando o número de incêndios em 2005, com a média do número de incêndios nos últimos 14 anos, estes valores diminuíram no PNVG 60%, no PNDI 44,7% e no PNTI 33%.

• Em 2005 não se registaram incêndios nas seguintes AP’s: RNET, RNES, RNPB, RNLSAS; PNRF, PPSA.

• Arderam 20 432,44 ha na RNAP e as AP’s mais atingidas foram, por ordem decrescente:

1. o PNSE com 11 452,00 ha (56% da área total ardida).

2. o PNSAC com 2 030,67 ha (9,94% da área total ardida).

3. o PNM com 2 024,47 ha (9,91% da área total ardida).

• Registaram-se 701 incêndios de incêndios florestais na RNAP e as AP’s mais atingidas foram, por ordem decrescente:

(18)

1. o PNSE com 216 incêndios (30,81% do n.º total de incêndios) 2. o PNM com 106 incêndios (15,12% do n.º total de incêndios) 3. o PNPG com 98 incêndios (13,98% do n.º total de incêndios)

As AP’s que são mais problemáticas em termos de ocorrência e propagação de incêndios rurais têm algumas características em comum: AP de grande dimensão com ocupação florestal e de matos/incultos significativa, zonas que se tem verificado fenómenos de migração da população, que provoca um abandono das propriedades e de práticas tradicionais de uso da terra que evitavam acumulação de combustíveis em grandes áreas continuas. São zonas em que o aumento da pressão do meio urbano e agrícola sobre os espaços silvestres (renovação de pastagens, zonas recreativos e de lazer, etc.) levam a uma maior probabilidade de descuidos e negligência

3.4.1 Número de Incêndios e Área Ardida, em áreas sob gestão do ICN que não Áreas Protegidas

O ICN tem sob sua jurisdição áreas que se não situam dentro dos limites da RNAP, e que pelas suas particularidades, merecem alguma atenção no que diz respeito à prevenção, vigilância, detecção e 1ª intervenção em incêndios florestais, nomeadamente na Mata Nacional de Vale Canas20 (MNVC), na Mata Nacional das Dunas de Vila Real de Santo António e Castro Marim21 (MNDVRSACM) e na Reserva Botânica do Cambarinho22 (RBC).

Durante o ano de 2005 apenas a MNVC teve registo de ocorrências: registou-se um incêndio em Agosto, a área ardida foi de 14ha, ou seja quase a totalidade desta Mata Nacional.

20 Despacho Conjunto MPAT/MAPA de 20 de Agosto de 1986;

21 Despacho Conjunto MPAT/MAPA de 20 de Agosto de 1986;

22 Dec.-Lei nº364/71 de 25 de Agosto;

(19)

3

3..55 NúNúmmeerroo ddee IInncêcênnddiiooss ee ÁÁrreeaa AArrddiiddaa ppoorr ClClaassssee ddee ÁÁrreeaa AArrddiiddaa

Neste ponto analisa-se: i) a distribuição do número de incêndios e da área ardida por classes de área; ii) comparativamente os valores obtidos em 2005 e a média anual dos últimos 5 anos; iii) a distribuição por classe de área por AP.

Distribuição do nº de incêndios e da área ardida, por classe de área, e respectivas médias 2005

0,00 2000,00 4000,00 6000,00 8000,00 10000,00 12000,00 14000,00 16000,00 18000,00

]0,1] ]1,5] ]5,20] ]20,100] >100 S/registo

hectares (ha)

0 50 100 150 200 250 300 350 400 450

nº inndios

área ardida 2005 área média ardida 00/04 nº de incêndios 2005 nº médio de incêndios 00/04 Gráfico 8 - Distribuição do nº de incêndios e da área ardida, por classe de área

nº incêndios área ardida

Classe

(ha) 2005 2005 (%)

Média (00-04)

incêndios 2005 (ha) 2005 (%) Média (00-04)

área ardida (ha)

]0,1] 409 59,4 416 -6,60 105,49 0,5 158,88 -53,39

]1,5] 140 20,3 139 0,60 315,56 1,5 374,17 -58,61

]5,20] 58 8,4 59 -0,60 530,69 2,6 608,35 -77,66

]20,100] 45 6,5 32 12,80 2221,61 10,9 1421,04 800,57

>100 26 3,8 22 4,00 17081,85 83,9 11465,20 5616,65

S/registo 23 3,3 75 -65,00 177,24 0,9 396,15 -300,61

Total 701 100,0 763 -75,20 20432,44 100,0 15005,81 5344,93 Tabela 5 - Nº de incêndios e área ardida, por classe de área

(20)

Da análise do gráfico 8 e da tabela 5 verifica-se que:

1. A percentagem área ardida sem referência de dimensão corresponde a cerca de 0,9% da área total ardida e do nº de incêndios a cerca de 3,3 %;

2. Cerca de 95% da área ardida (19 303,46 ha) ocorreram em 71 incêndios com área superior a 20 ha e correspondem apenas a 10% do n.º total de incêndios registados;

3. Cerca de 84% da área total ardida (17082 ha) ocorreram em 26 incêndios com área superior a 100 ha (3,8 %).

4. Cerca de 59% do número total de incêndios com área inferior a 1 ha (409 incêndios) correspondeu a 0,5% (105,49 ha) de área total ardida, ou seja, a percentagem do nº de fogachos (incêndios cuja área ardida é inferior a 1 ha) é, em geral, bastante elevada e corresponde a valores de área ardida muito baixos;

Distribuição do nº de incêndios por Classe de Área, por Área Protegida, 2005

31 40

14 11

38 21

30 14

167

26 6

10 7 56

62

0 50 100 150 200 250 300 350 400 450

]0,1] ]1,5] ]5,20] ]20,100] >100 s/ registo Classe de área (ha)

nº inndios

RNPA RNDSJ PNLN PPAFCC RNSM PNTI PNDI PNVG PNSC PNSACV PNSSM PNAR/RNES PNSAC PNSE PNAL PNM PNPG

Gráfico 9 - Distribuição do nº de incêndios por classe de área ardida, por Área Protegida

(21)

Da análise dos gráfico 9 e 10 verifica-se que:

• As AP onde ocorreram incêndios com área ardida superior a 100 ha foram: PNSE (11836 ha), PNSAC (1770 ha), o PNAL (1398 ha), PNM (1194 ha), PNDI (653 ha), PNSSM (474 ha), PNPG (309 ha), PNAR (228 ha) e PNSACV (220 ha).

Distribuição da área ardida por Classe de Área, por Área Protegida, 2005

1194,27 1398,40 10836,00

1769,91

0,0 2000,0 4000,0 6000,0 8000,0 10000,0 12000,0 14000,0 16000,0 18000,0

]0,1] ]1,5] ]5,20] ]20,100] >100 s/ registo Classe de área (ha)

hectares (ha)

RNPA RNDSJ PNLN PPAFCC RNSM PNTI PNDI PNVG PNSC PNSACV PNSSM PNAR/RNES PNSAC PNSE PNAL PNM PNPG

Gráfico 10 - Distribuição da área ardida por classe de área, por Área Protegida

(22)

3

3..66 ÁrÁreeaa AArrddiiddaa ppoorr TTiippoo ddee OOccuuppaaççããoo ddoo SSoolloo

Os critérios estabelecidos para o levantamento da informação sobre o tipo de ocupação do solo ardida tem por base a adopção da codificação contemplada na edição conjunta da Direcção Geral das Florestas e do Serviço Nacional de Bombeiros “Classificação de incêndios florestais - manual do utilizador” (Carvalho et al., 2001).

Durante o ano de 2005, cerca de 93,36% (19076,01ha) e 2,75% (562,23 ha) da área total ardida era, respectivamente, Área Florestal23 (Área arborizada24 + Incultos25) e Área Agrícola26. A área ardida sem registo de tipo de ocupação florestal em 2005 representa cerca de 3,89% da área total ardida (20 432,44 ha).

Área Ardida Tipo de

Ocupação do

Solo 2005 (ha) 2005(%)

Média (00-04) (ha)

Agrícola 562,23 2,75 618,83

Florestal 19076,01 93,36 10649,83

s/registo 794,20 3,89 2129,68

Total 20432,44 100,00 13388,19

Tabela 6 - Distribuição da área ardida por tipo de ocupação de solo

Distribuição da área ardida (ha) por tipo de ocupação de solo, 2005

Agrícola 562,2 s/registo

794,2

Florestal 19076,0

23 Carvalho et al., 2001. Incêndio Rural Florestal – Incêndio que atingiu uma área florestal; Área Florestal – área que se apresenta Arborizada ou Inculta;

24 Carvalho et al., 2001. Área arborizada – Área com espécies arbóreas florestais, desde que estas apresentem um grau de coberto igual ou superior a 10% e ocupem uma área igual ou maior a 0,5 ha;

25 Carvalho et al., 2001. Inculto – Terreno coberto com lenhosas ou herbáceas de porte arbustivo (mato) de origem natural, que não tem utilização agrícola nem está arborizado, podendo, contudo, apresentar alguma vegetação de porte arbóreo mas cujo grau de coberto seja inferior a 10%

26 Carvalho et al., 2001. Incêndio Rural Agrícola – Incêndio que atinge uma área de silvado, restolho, pousio, pastagem ou outras áreas agrícolas.;

Gráfico 11 - Distribuição da área ardida por tipo de ocupação de solo

(23)

3.6.1 Incêndios Florestais

O tipo de ocupação da área florestal mais atingido na RNAP, em 2005, foi:

Os incultos, com 11 439 ha, a que corresponde 60% da área ardida;

Os povoamentos mistos27, com 3 472,7 ha, o que corresponde a 18,2% da área florestal ardida;

Os povoamentos de pinheiro-bravo (Pinus pinaster Ait.) que arderam 2785,59 ha, cerca de 14,6% da área ardida total e;

Os povoamentos de eucalipto que arderam 559,30 ha, cerca de 2,93% da área florestal ardida.

Tabela 7 - Distribuição da área florestal ardida Area Ardida

Tipo de Ocupação Florestal

2005 (ha) 2005(%)

Média (00-04) (ha)

Pb 2785,59 14,60 1243,55

Pm 64,98 0,34 870,57

Sb 11,10 0,06 53,26

Ec 559,30 2,93 94,03

Az 364,43 1,91 145,06

Qc 86,08 0,45 144,26

Rd 85,00 0,45 15,17

Fd 150,97 0,79 41,45

Pov. Misto 3472,70 18,20 5448,49

Área Arborizada

Outras 59,77 0,31 235,04

SUB-TOTAL (área arborizada) 7639,92 40,05 831,06 Inculto (mato) 11436,09 59,95 5817,20 TOTAL (Área arborizada +

incultos) 19076,01 100,00 3195,75

27 Carvalho et al., 2001. Povoamento Misto – Quando várias espécies em presença, nenhuma atinge os 75% de coberto, considerando-se espécie dominante a que é responsável pela maior parte do coberto;

(24)

Distribuição da área florestal ardida, por Área Protegida, 2005

1734,00

2238,00

7250,00

2029,00

0,0 2000,0 4000,0 6000,0 8000,0 10000,0 12000,0

Pb Pm Sb Ec Az Qc Rd Fd Pov. Misto Outras Inculto (mato)

Área Florestal

hectares (ha)

RNPA RNDSJ PNLN PPAFCC RNSM PNSC PNSACV PNSSM PNAR/RNES PNSAC PNSE PNAL PNM PNPG

Gráfico 12 - Distribuição da área florestal ardida por Área Protegida

Do gráfico 12 verifica-se que para o tipo de ocupação do solo inculto, foi mais atingido no PNSE com 7250 ha; o povoamento misto no PNSAC com 2029 ha e povoamentos de pinheiro bravo no PNSE com 2238 ha.

(25)

Ocupação do solo ardida por Áreas Protegidas 2005

0 2000 4000 6000 8000 10000 12000

hectares (ha)

Inculto (mato) 783,00 1221,52 1734,00 7250,00 6,00 0,00 287,63 0,00 0,00 0,00 69,94 21,00 0,00 63,00 0,00

Outras 0,00 0,00 0,00 32,00 0,00 0,00 0,00 1,00 0,00 3,57 0,00 0,00 0,00 23,20 0,00

Pov. Misto 193,00 0,00 0,00 1160,00 0,00 0,00 77,68 0,00 0,00 0,00 11,02 0,00 2,00 2029,00

Fd 0,00 37,47 0,00 111,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2,50 0,00 0,00 0,00

Rd 0,00 0,00 0,00 85,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Qc 33,00 39,58 0,00 31,00 5,00 0,00 0,50 0,00 0,00 0,00 0,00 4,00 0,00 6,00 0,00

Az 0,00 364,43 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Ec 0,00 0,00 0,00 5,00 300,00 0,00 211,50 0,00 37,00 0,00 2,00 0,00 0,00 3,80 0,00

Sb 0,00 8,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3,10 0,00

Pm 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 17,44 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04 0,00 0,00 15,00 0,00

Pb 34,50 348,47 0,00 2238,00 0,00 0,00 40,60 0,00 0,00 0,00 0,02 10,00 0,00 114,00 0,00

Outras 0 0,00 0,00 5,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,08 0,07 2,00 0,00 2,30 0,00

Pastagem 0 0,50 0,00 0,00 0,00 3,15 0,00 0,00 0,00 0,02 0,00 0,00 2,00

Pousio 0 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Restolho 0 4,50 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,08 0,00 0,00 0,00

Silvado 0 0,00 0,00 0,00 0,00 0,50 0,00 0,00 0,00 2,03 0,00 0,00 0,00

PNPG PNM PNAL PNSE PNSACV PNTI PNSSM PNLN RNPA PPAFCC PNSC RNSM RNDSJ PNAR/RNES PNSAC

Gráfico 13 - Tipo de ocupação do solo ardida por Área Protegida

(26)

33..77 NúNúmmeerroo ddee IInnccêênnddiiooss ppoorr PePerrííooddoo ddee OOccoorrrrêênncciiaa

A distribuição de incêndios por classes horárias, pode ser um indicador para planear os horários e o número de equipes de vigilância por período. Da análise do gráfico 14 e 15 e da tabela 8:

• o nº de incêndios sem registo de hora de eclosão do incêndio representa cerca de 14% do nº total de incêndios;

• a classe horária onde eclodiram um maior nº de incêndios foi entre as 18h e as 24h (176 incêndios), cerca de 25%, seguida do período entre as 15h e as 18h (152 incêndios), cerca de 21,7%;

Distribuição do nº de fogos por classe horária, 2005 ]24h,8h]

61 ]8h,12h]

85

]12h,15h]

131 ]18h,24h]

176

s/ registo 96

]15h,18h]

152

Gráfico 14 - Distribuição do nº de incêndios por classe horária

Nº de incêndios Período de

Ocorrência 2005 2005(%)

Média (00-04)

incêndios/

nº de horas do período

em 2005

]24h,8h] 61 8,7 59 8

]8h,12h] 85 12,1 58 21

]12h,15h] 131 18,7 113 44

]15h,18h] 152 21,7 129 51

]18h,24h] 176 25,1 130 29

s/ registo 96 13,7 257

TOTAL 701 100

Tabela 8 - Distribuição do nº de incêndios por classe horária

(27)

Distribuição do nº de incêndios por Classe Horária, por Área Protegida, 2005

11 12 21 18

5 10 36

14 27

24

26 23

21

47 62

57

11 9 6

17 14

18

7

18

14 17

23

4

15 7

9

12

24

0 20 40 60 80 100 120 140 160 180

]24, 8]

]8,12]

]12, 15]

]15, 18]

]18, 24]

s/registo

nº inndios

RNPA RNDSJ PNLN PPAFCC RNSM PNTI PNDI PNSC PNSSM PNAR/RNES PNSAC PNSE PNAL PNM PNPG

Gráfico 15 - Distribuição do n.º de incêndios por período de ocorrência, por Área Protegida

33..88 NúNúmmeerroo ddee IInnccêênnddiiooss ppoorr TiTippoo ddee CCaauussaa

A classificação do número de incêndios por tipo de causa tem por base a adopção das categorias oficiais das causas dos incêndios, constante no documento “Resumo da actividade do Corpo Nacional da Guarda Florestal na área dos incêndios florestais – 2002”, da DGF.

Referências

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