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Palavras-chave: gênero, diversidade, formação profissional, projeto ético-político.

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DISCIPLINA DE GÊNERO, DIVERSIDADE SEXUAL E RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS: reflexões sobre a obrigatoriedade e a qualidade de sua

oferta na formação profissional em Serviço Social

Amanda Ferreira Marcelino1

Daraci Rosa dos Santos2

Larissa Eduarda dos Santos3

Murilo Braga Pinheiro6

Resumo: O trabalho reflete acerca da disciplina de gênero, diversidade sexual e relações étnico-raciais no curso de Serviço Social e sobre a qualificação docente para ministrar o conteúdo. Surge das reflexões do movimento estudantil, relacionando-se às diretrizes curriculares, às normas, diretrizes e posicionamentos políticos do conjunto CFESS/CRESS, da ABEPSS e da ENESSO. Utiliza a pesquisa bibliográfica para o debate e análise da questão, indicando a importância do aperfeiçoamento da docência para a materialidade do Projeto Ético- Político da profissão.

Palavras-chave: gênero, diversidade, formação profissional, projeto ético-político.

1. INTRODUÇÃO

O artigo discute sobre a disciplina de gênero, diversidade sexual e relações étnico-raciais nos cursos de graduação em Serviço Social e a qualidade da docência para o desenvolvimento da temática em sala de aula. A ideia surgiu da participação de alguns/mas dos/as autores/as no EPESS/2018 (Encontro Paranaense dos Estudantes de Serviço Social) em que se evidenciou, nos debates, o fato de que nem todas as IES (Instituições de Ensino Superior) ofertam a disciplina de gênero, diversidade sexual e relações étnico-raciais e/ou, quando o fazem nem sempre é com a qualidade docente requerida.

Utiliza-se neste artigo a pesquisa bibliográfica para dialogar brevemente acerca dos conceitos de gênero,ética e direitos humanos e a questão da oferta qualificada desta temática enquanto disciplina integrante da formação em

1

Amanda Ferreira Marcelino - Estudante de Graduação - Faculdade de Tecnologia de Curitiba - FATEC –PR - E-mail: amandafmar@hotmail.com

2

Daraci Rosa dos Santos - Professor com formação em Serviço Social - Faculdade de Tecnologia de Curitiba - FATEC - PR

3

Larissa Eduarda dos Santos - Estudante de Graduação - Faculdade de Tecnologia de Curitiba - FATEC -PR

4

Luiz Fernando Nunes Ferreira dos Santos - Estudante de Graduação - Faculdade de Tecnologia de Curitiba - FATEC - PR

5

Tamíres Caroline de Oliveira - Professor com formação em Serviço Social - Faculdade de Tecnologia de Curitiba - FATEC -PR

6

Murilo Braga Pinheiro - Estudante de Graduação - Faculdade de Tecnologia de Curitiba - FATEC -PR

Luiz Fernando Nunes Ferreira dos Santos4

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Serviço Social, a partir dos preceitos normativos, legais e políticos que fundamentam a profissão.

Pretende-se, portanto, incidir no debate sobre sua relevância na grade curricular como disciplina obrigatória e específica, bem como sobre o compromisso com o constante aprimoramento intelectual para ministrar a disciplina.

2 Gênero, diversidade e relações étnico-raciais na Formação Profissional em Serviço Social: disciplina formativa e qualidade na docência.

A totalidade da vida social presente entrecorta-se por ações públicas e privadas, de banalização da violência e de práticas reconhecidamente fascistas, para além do conservadorismo. Exige radicalidade na defesa intransigente dos direitos humanos, em todas as esferas da vida, em especial nos espaços sociocupacionais dos/as assistentes sociais, onde a profissão também expressa o seu conservadorismo que comparece desde os primórdios da formação profissional, no Brasil e que, segundo Boschetti (2015 p.1) permeia o exercício profissional, concorre e busca minar a hegemonia do Projeto Ético-Político do Serviço Social.

A formação profissional hoje é dominada por estratégias mercadológicas de retroalimentação do capital, que em tempos de crise estrutural adota práticas que vem na contramão das diretrizes curriculares e das conquistas históricas da profissão e da sociedade.

Sobre a classe trabalhadora se expressam as manifestações da Questão Social, através de preconceitos, discriminações, violências e violações de direitos por questão de classe social, sexo, gênero, identidade e orientação sexual, raça-etnia, o que exige uma formação crítica e capaz de colaborar na elevação da cidadania, na democratização do acesso aos direitos e na eliminação de todas as formas de preconceito, incentivando o respeito à diversidade, à participação de grupos socialmente discriminados e à discussão das diferenças (CFESS, 2012).

A partir de um dos importantes princípios da formação profissional - o “Rigoroso trato teórico, histórico e metodológico da realidade social e do Serviço Social, que possibilite a compreensão dos problemas e desafios com

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os quais o profissional se defronta no universo da produção; e reprodução da vida social” - (ABEPSS, p. 6, 1996) entende-se fundamental aqui discutir conceitos e categorias teóricas que permitam a necessária relação entre gênero, formação e exercício profissional, numa perspectiva histórica e de totalidade.

Assim, passa-se a abordar: gênero, diversidade sexual, relações étnico- raciais, ética e direitos humanos, a fim de estabelecer seus nexos e fundamentar a importância de que tais conteúdos sejam incorporados no processo de trabalho profissional, que é a docência, como indissociáveis e imprescindíveis para dar consistência à disciplina de gênero e diversidade, enquanto parte estruturante do curso de Serviço Social, não apenas como matéria eletiva.

A categoria histórica e de análise – gênero ou relações sociais de sexo6

– é central para o entendimento sobre diversidade, sendo ambos os conceitos intimamente relacionados e cruciais para o Serviço Social, visto que este atua na dinâmica da sociedade capitalista, estruturada na relação indissociável gênero/raça/classe, trazendo uma gama infinita de elementos da diversidade.

Gênero é uma categoria neutra, que por si só não assume hierarquia entre homens e mulheres, por isso é necessário compreendê-la no contexto sociohistórico da sociabilidade do capital e do sistema patriarcal. As diversas teorias feministas e suas correntes analisam a categoria gênero sobre várias óticas, sendo uma opção metodológica neste trabalho concordar com Safiotti de que gênero representa:

(...) Símbolos culturais evocadores de representações, conceitos normativos; grade de interpretação de significados, organizações e

6

Não se pretende, neste artigo, travar debate teórico sobre a conceituação das relações sociais de sexo ou de gênero, por isso utilizaremos a categoria Gênero, por compreender que ela se mostra mais palpável para o debate acerca da formação profissional. Contudo, convém destacar que teorias feministas materialistas da França, tem utilizado a categoria relações sociais de sexo, com a qual compactuamos, uma vez que permite analisar a desigualdade entre homens e mulheres na relação da divisão sexual do trabalho, das relações sociais e seus antagonismos, da compreensão que sexo também é um construto social: “a categoria relações sociais de sexo acentua o fato de que as relações entre homens e mulheres constituem uma relação social permeada por conflitos, hierarquias e antagonismos correspondentes às relações de exploração e opressão, o que nos possibilita compreender que as relações sociais de sexo não são questões isoladas ou meramente individualizadas entre homens e mulheres, mas relações sociais estruturantes, consubstanciadas e coextensivas aos conflitos de classe e ‘raça’”. (CISNE, 2015, p. 19).

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instituições sociais; identidade subjetiva, divisões e atribuições assimétricas de características e potencialidades; uma gramática sexual, regulando não só as relações homem/mulher, mas também homem/homem e mulher/mulher; construção social do masculino e do feminino. (SAFIOTTI, 2004, p. 45).

As relações entre homens e mulheres no contexto da sociedade capitalista-patriarcal determinou o estabelecimento de relações sociais desiguais, especialmente na divisão sexual do trabalho e de poder político, impondo às mulheres atribuições diferenciadas, hierarquizadas e desvalorizadas em relação às dos homens, cabendo as primeiras reservarem- se às tarefas de âmbito doméstico e reprodutivo do capital e a estes o domínio da cena pública, de poder e de decisão, da esfera produtiva.

Há uma naturalização dessas relações, norteadas pelas diferenças sociais entre homens e mulheres, caracterizada ao longo dos anos pelas desigualdades e suas decorrentes violências, acentuando a condição de inferioridade e transformando a mulher num ser frágil, submisso e vulnerável. Segundo Carloto (2001, p. 202) a existência de gêneros é a manifestação de uma desigual distribuição de responsabilidade na produção social da existência. A sociedade estabelece uma distribuição de responsabilidades que são alheias às vontades das pessoas, sendo que os critérios desta distribuição são sexistas, classistas e racistas. Trata-se de entender que a construção dos gêneros se dá através da dinâmica das relações sociais e são importantes para a manutenção da estrutura capitalista, havendo um lugar socialmente atribuído a cada um que determina como sobreviverá segundo sua classe, sexo e cor (CARLOTO, 2001 p. 201).

Na relação de gênero, compreendemos o contexto manifesto da diversidade, podendo-se dizer que se trata do diverso, do variado, do múltiplo e do diferente. Socialmente falando, é composta por grupos humanos diferenciados por suas características, tais como: raça, etnia, gênero e sexualidade. De acordo com Gomes “a diversidade, do ponto de vista cultural, pode ser entendida como a construção histórica, cultural e social das diferenças. Ela é construída no processo histórico-cultural, na adaptação do homem e da mulher ao meio social e no contexto das relações de poder” (GOMES, 2007, p.17).

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Na sociabilidade patriarcal-capitalista a diversidade humana e sexual não é desejável, tampouco o rompimento com a lógica heteronormativa, razão pela qual ocorrem preconceitos, discriminações e inúmeras violações da vida, com assassinatos bárbaros, naturalizados, banalizados, havendo uma relevância social para com o crescimento alarmante dos índices de violência contra as mulheres e extermínio de pessoas negras e LGBTI (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Intersex).

Indispensável se faz abordar a questão da ética e dos direitos humanos, pois que se trata, necessariamente, de ter na disciplina de gênero, diversidade e relações étnico-raciais um esteio que possibilite instrumentalizar profissionais para colaborar na superação de violências, na elevação da participação social e na promoção da igualdade de mais da metade da população brasileira - 51% de mulheres, entre as quais, as mulheres negras - que tem seus direitos negados e que sofrem apenas pelo fato de terem nascido com o sexo biológico feminino e a outra parte – 10% do segmento LGBTI - que sofre inúmeras violências e violações por serem “diferentes” do padrão social e culturalmente esperado, remetendo à imagem ou à negação do ser feminino.

A ética é entendida “como capacidade livre que não possui um lugar específico no interior da totalidade social, mas se realiza como uma modalidade de práxis, como mediação consciente entre o indivíduo e o gênero humano” (BRITES, 2012, p. 55) que pressupõe uma ação concreta e uma reflexão ética crítica:

( ) ética profissional é considerada um modo particular de vida ética (...), como a unidade indissociável de sua dimensão filosófica - base teórica da reflexão ética sobre os valores, princípios e modo de ser ético-morais construídos historicamente na totalidade social – do ethos profissional – que corresponde à consciência moral dos agentes profissionais vinculada à imagem social da profissão e as consequências ético-políticas das respostas profissionais e de sua dimensão normativa – o Código de Ética dos Assistentes Sociais - que traduz aquela compreensão filosófica sobre o ser social e os valores, indica deveres e direitos e prevê sanções”. (BRITES, 2012, p.55)

Ética e Direitos Humanos não são sinônimos, porém estão inter- relacionados no Serviço Social, porque são complementares e indissociáveis (RUIZ, p. 85, 2012). Para Ruiz (2012) é inegável a dimensão ética nas lutas por

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direitos, nas quais são disputados valores e princípios associados a determinado modelo de sociedade e concepção ideológica, sendo que o Serviço Social adota uma concepção, vinculada ao seu Projeto Ético-Político, sendo necessária a superação de duas visões:

A que associa direitos humanos naturalmente a concepções liberais e a que os esvazia de seu conteúdo de classe, fracionando-os por segmentos sociais vítimas de desigualdades históricas e sociais (...) há a necessidade de superar a concepção denominada reacionária de direitos humanos segundo a qual estes, para setores estatisticamente consideráveis da sociedade brasileira, ainda são associados à defesa de bandidos. (RUIZ, 2012, p. 87/88).

Portanto, conforme o autor entende-se ética e direitos humanos como permeando o processo de formação profissional, exigindo extrema competência no exercício da docência para construir mediações que permitam articular a relação particularidade / totalidade e historicidade. Destaca-se, ainda, que a relação entre Serviço Social e Gênero se encontra imbricada na gênese e na construção histórica da profissão no Brasil. O Serviço Social é uma profissão que surgiu na década de 1930, sob influência da igreja católica, a partir da ação social de mulheres, da Liga das Senhoras Católicas e da Associação das Senhoras Brasileiras (Cisne, 2015), sendo uma profissão majoritariamente feminina, que segundo dados do CFESS (2005), representa 97% da categoria profissional no país. Ainda, temos os dados do INEP - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira de 2016, que dão conta que o Serviço Social é o terceiro curso de graduação que mais tem mulheres, ficando atrás apenas dos cursos de Estéticas e Beleza e Pedagogia.

Essa predominância de mulheres na formação e trabalho profissional, precisa ser analisada à luz da categoria divisão sexual do trabalho, que segundo Kergoat (2009), articula princípios da hierarquização e separação:

Essa forma de divisão social do trabalho tem dois princípios organizadores: o da separação (existem trabalhos de homens e outros de mulheres) e o da hierarquização (um trabalho de homem “vale” mais do que um de mulher) (...). Esses princípios podem ser aplicados graças a um processo específico de legitimação – a ideologia naturalista –, que relega o gênero ao sexo biológico e reduz as práticas sociais a “papéis sociais” sexuados, os quais remetem ao destino natural da espécie. No sentido oposto, a teorização em

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termos de divisão sexual do trabalho afirma que as práticas sexuadas são construções sociais, elas mesmas resultado de relações sociais. (KERGOAT 2009, p. 67-68).

O Serviço Social constrói sua trajetória num campo majoritariamente feminino e insere-se na lógica da divisão sexual do trabalho, que além de ser desvalorizada economicamente, é uma profissão que carrega a marca histórica de reprodução dos papeis associados ao “feminino” – vocação, docilidade, sensibilidade (Cisne, 2015).

Nas décadas de 1970 a 1990, constrói-se e consolida-se o movimento de rupturas com o tradicionalismo profissional, unindo-se aos movimentos populares que se opunham às desigualdades criadas pelo sistema. Assim, a profissão estabelece o seu caráter sociopolítico, crítico e interventivo, o compromisso com a construção de uma nova ordem societária sem que haja preconceito ou discriminação por questões de classe, gênero, identidade de gênero, raça/etnia.

Assistentes Sociais atuam predominantemente em políticas públicas, necessitando obter capacidades relativas a todas as dimensões, especialmente, para a compreensão da realidade, relativas às dimensões teórico-metodológica e ético-política para sua inserção crítica nestes espaços. É necessário atuar compreendendo que a redução das desigualdades pela implementação das políticas públicas, deve ser “encarada de um ponto de vista de gênero, alterando relações de poder e o acesso a direitos em sua dimensão social e política” (GODINHO, p. 55, 2004), construindo reflexões e estratégias que permitam às mulheres, população negra e LGBTI usuárias dos serviços sociais criarem condições de enfrentamento à desigualdade.

Evidencia-se uma importante tarefa para o Serviço Social, pois o projeto ético-político profissional demanda conhecimento aprofundado acerca da realidade que é dada também pela formação e pelo compromisso com o constante aprimoramento intelectual. Neste sentido, Lima (2014) reconhece que o Serviço Social tem como desafio e compromisso o aprofundamento teórico sobre gênero, diversidade sexual e questões étnico-raciais:

O Serviço Social — como profissão predominantemente feminina, com público usuário majoritariamente feminino e com ações voltadas

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para as expressões da questão social mediatizadas por questões de classe social, gênero, raça/etnia e orientação sexual — precisa, necessariamente, ter um processo de formação profissional que considere tais questões como fundamentais, e não simplesmente como discussões acessórias que não têm verdadeira centralidade no processo de formação profissional. (LIMA, 2014, p. 11).

O processo histórico do Serviço Social afirmou um projeto profissional emancipador e legitimou a categoria de assistentes sociais como profissionais críticos, criativos, propositivos, impondo desafios no campo da formação profissional, exigindo que os currículos incorporem o tema de gênero e diversidade sexual e étnico-racial.

Deve-se reconhecer a centralidade e a interseccionalidade da relação classe social/gênero/raça no projeto ético político profissional e garantir a inclusão de disciplina que trate do tema e da multiplicidade que o envolve como obrigatória, uma vez que apenas um debate transversal em outras disciplinas não dá conta da complexidade dessas temáticas. As diretrizes curriculares da ABEPSS (1996) não tratam da obrigatoriedade dessa disciplina, contudo, considerando os núcleos estruturantes dos cursos e as disciplinas básicas, é possível reconhece-la como indispensável à formação profissional.

3 Considerações Finais

A prática profissional encontra-se imersa num cotidiano em processo contínuo de mudanças e alterações políticas, econômicas e culturais, o que exige um olhar atento e um posicionamento frente à intensa e cada dia mais desumana reprodução da desigualdade social, de gênero e étnico-racial. Neste sentido, a formação profissional precisa voltar-se para o que a sociedade requisita no momento e investir na visão de totalidade, trazendo à cena os temas que permeiam a questão social e que, por conseguinte, são estruturantes do modo de produção capitalista, que é a relação indissociável classe/raça/gênero e, ao mesmo tempo, auxiliares no processo de produção e reprodução da sua sociabilidade desigual, violenta e preconceituosa.

Portanto, verifica-se a necessidade de transformar a disciplina de gênero e diversidade em matéria obrigatória, devendo seu conteúdo ser ministrado por profissional de Serviço Social. Embora o processo de precarização da formação superior nos atinja por diversos caminhos, faz-se necessário adotar

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estratégias de fortalecimento da profissão nos espaços formativos, para atuar na docência com a profundidade e a qualidade requerida. Tal disciplina deve orientar-se pela concepção ética de liberdade e autonomia dos indivíduos que interessa à classe trabalhadora, na perspectiva da emancipação humana, colaborando para a materialidade do projeto ético-político e dos princípios do código de ética da profissão, vislumbrando transpor a ordem do capital.

Frente às dificuldades formativas, às ameaças conservadoras, reacionárias e fascistas do tempo presente avalia-se a importância das instâncias representativas da categoria atuar em conjunto para construir uma proposta e ofertar formação continuada com foco na docência para a temática de gênero, diversidade e relações étnico-raciais, conforme preconiza o código de ética profissional no compromisso com o aprimoramento intelectual, para a construção de uma outra sociabilidade sem opressão e exploração por questão de classe, gênero e raça/etnia.

REFERÊNCIAS

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