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UMA ABORDAGEM ONTOLÓGICA ACERCA DA REIFICAÇÃO NO CAPITALISMO TARDIO

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UMA ABORDAGEM ONTOLÓGICA ACERCA DA REIFICAÇÃO NO CAPITALISMO TARDIO

Maria Isabel Correia da Silva

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Resumo: Este artigo traz à tona o debate acerca da alienação e sua forma específica de se expressar no capitalismo tardio (reificação), cujos fundamentos ontológicos se encontram na sociabilidade capitalista marcada predominantemente por relações sociais alienadas. Apreende-se a reificação como um modo de ser particular da alienação nesta sociedade com sua gênese no fetiche da mercadoria, processo que resulta numa valorização do mundo dos homens, na qual se verifica a produção da riqueza material, por um lado, e da miséria material e espiritual do trabalhador por outro.

Palavras-chave: Ontologia, ser social, capitalismo tardio, alienação, reificação.

Abstract: This article entents to bring to ligt the debata abot the alienation and it´s specific form to express itself in the leate capitalism, reification. In order to base the discussion, its necesseny to rescue the debata about the gronds of the social bung, and how expresses itself nowadays, ie, in a form of sociabilidy monked predo minantly by alienated social relations. Therefore, I seek to apprehend the reification os a particular elianation way ef being en the capitalist society, of which genesis is the goods fetish, a process that results in a valuation of the wond of things ponallel to a desvaluation of the world of

men, which make possible checked out the production of the material wealth, in one spiritual misery, in the other side.

Key words: Ontology, be social, late capitalism, alienation, reification.

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Graduanda. Universidade Federal de Alagoas. E-mail: isabelcorreia123@yahoo.com.br

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I. INTRODUÇÃO

Desenvolve-se neste texto uma reflexão sobre a reificação no capitalismo tardio. Iniciaremos pela apreensão de Nicolas Tertulian sobre o pensamento de Georg Lukács no que se refere às categorias que compõem a totalidade social e da distinção que Lukács estabelece entre objetivação e exteriorização, reificação inocente e reificação estranhante. A seguir explora-se a compreensão de José Paulo Netto sobre a reificação como uma nova especificidade da alienação no capitalismo tardio marcado pela universalização do fetichismo da mercadoria, donde uma totalidade social marcada por relações sociais mistificadas.

II. OS FUNDAMENTOS DO SER SOCIAL

A Ontologia do Ser Social do filósofo húngaro Georg Lukács traz uma reconstrução do verdadeiro pensamento de Marx a fim de resgatar as categorias que compõem a totalidade social. É nessa Ontologia que, pela vez primeira, expõe um estudo sistemático da crítica ao neopositivismo. Essa reação contra tal pensamento dá-se pelo fato de entender que o referido pensamento camufla as contradições existentes no tecido social e apresenta a sociedade como um todo harmônico, em uma busca incessante de manipulação dos indivíduos.

Nicolas Tertulian (1996), afirma que na visão de Lukács a chave de uma correta compreensão da vida social está na relação entre teleologia e causalidade. A partir da análise dessas duas categorias considera ser impossível haver qualquer confusão entre vida natural e social, já que na pr imeira tem-se a existência da causalidade pura, ou seja, natural e a segunda é constituída pela causalidade posta por atos teleológicos, os quais são responsáveis pela produção e reprodução social. É na relação indissolúvel entre teleologia e causalidade que Lukács demonstra:

(...) tanto o caráter de irredutibilidade do mundo dos valores, que é produto da consciência 'ponente' (os fins nunca são apenas epifenômenos da causalidade natural) como o necessário enraizamento dos valores na rede das cadeias causais, objetivas e subjetivas. (TERTULIAN, 1996, p. 63).

Para Lukács existem em linhas gerais dois tipos de posições

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teleológicas, uma que tem como âmbito a satisfação das necessidades imediatas indispensáveis à vida humana e cujo objeto é a natureza, e aquelas cujo objeto é a consciência dos indivíduos, no sentido de fazê-los agir de uma dada maneira. A ênfase nos vários tipos de posições teleológicas caminha no sentido de confirmar que a sociedade é constituída por vários complexos, ou nas expressões do filósofo húngaro, trata-se de "um complexo de complexos", que apesar de estarem interligados na dinâmica social, têm sua especificidade e irredutibilidade em relação ao outro.

Segundo Tertulian, a parte mais importante da Ontologia do Ser Social é dedicada ao que ele chama de filosofia da subjetividade com base em pressupostos Marxianos. Nela Lukács distingue objetivação e exteriorização, reificação inocente e reificação estranhante, estas últimas como formas específicas de alienação operantes no cotidiano. Foi através desse estudo que o filósofo definiu a alienação como sendo a contradição entre desenvolvimento das capacidades e o desenvolvimento das personalidades. Se as relações sociais no interior de dada sociedade não permitem que o desenvolvimento (das capacidades e personalidades) seja concomitante, os indivíduos que compõem esta sociedade tornam-se parte alienada da mesma.

É com base em tais fundamentos que o filósofo húngaro pontua a consciência transformável como pertencente aos indivíduos que não conseguem ter uma visão da totalidade social, não compreendendo assim os nexos causais da realidade; tais indivíduos não enxergam para além do que está posto, ficando apenas no plano da imediaticidade. Pontua ainda, que é devido a essa condição que se torna necessária a presença das religiões. Desse modo, Tertulian identifica a alienação em Lukács como categoria objetiva do ser social que age no plano da subjetividade propiciando a contradição entre o desenvolvimento das capacidades humanas e o desenvolvimento das personalidades e produzindo um processo de desumanização. É uma categoria negativa no processo de objetivação social. Lessa, diz que: "A esses momentos de negatividade que constituem obstáculos sociogenéricos ao devir humano dos homens, Lukács denomina, após Marx, de alienação" (LESSA, 2007, p. 125).

Efetivamente Lukács distingue diferentes tipos de alienação, aquelas

propriamente econômicas cuja base se encontra no fetichismo da mercadoria,

alienando o trabalhador do processo e do produto do trabalho, na qual se encontra a

verdadeira reificação, denominada de estranhante. Ela se desenvolve a partir da

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forma mercadoria que em Lukács se relaciona diretamente com a análise de Marx sobre o trabalho abstrato como trabalho indistinto do qual é abstraído qualquer determinação.

Desse modo, a reificação estranhante se constitui efetivamente no capitalismo como modo peculiar de alienação. Além dessa Lukács identifica outras alienações cujo principal veículo reside nas ideologias em sua ação sobre as individualidades sociais influindo para que o desenvolvimento das pessoas não aconteça no mesmo plano de igualdade do desenvolvimento das capacidades humanas produtivas. Conforme foi visto por Holanda, o filósofo apreende na realidade a essência concreta da alienação, pois

Lukács afirma trata-se de fenômenos exclusivamente histórico-sociais, cuja constituição nada tem a ver com uma "condition humaine" geral e menos ainda possui uma "universalidade cósmica". Antes, se desenvolvem através da história humana sendo, por isso, fenômenos concretos que surgem em sociedades concretas, portadoras de indivíduos concretos e a partir de sua base material concreta. (HOLANDA, 2001, p.47).

Feitas essas considerações percebemos que a alienação em sentido ontológico tem caráter histórico-social e a reificação estranhante, enquanto momento particular da alienação, surge no capitalismo quando o trabalho se torna mercadoria. Na sequência refletiremos sobre a interpretação do fenômeno da reificação como fenômeno típico do capitalismo tardio visto por José Paulo Netto.

III. REIFICAÇÃO: FUNDAMENTOS DA POSITIVIDADE CAPITALISTA

José Paulo Netto (1981) compreende que, ao iniciar seus estudos acerca dos fundamentos da alienação, Marx extrai uma característica inerente à sociedade capitalista que emana dessa engrenagem central - o trabalhador. Marx entende que o produto produzido pelo trabalhador dele é expropriado, ou seja, quando mais produz mais pobre torna-se. Netto argumenta que, nesta forma de sociabilidade o homem se degenera, no processo de objetivação o ser genérico não se realiza enquanto tal, ele se anula. Nesse sentido Marx trabalha com duas modalidades de atividades prática do ser genérico consciente.

( . . . ) a a t i v i d a d e p r á t i c a p o s i t i v a , q u e é m a n i f e s t a ç ã o d e v i d a

(Lebensäusserung), e a atividade prática negativa, que é alienação de vida

(Lebenstäusserung); fazendo-o, ele distinguir nitidamente ---e contra Hegel -

-- objetivação de alienação: a objetivação é a forma necessária do ser

genérico no mundo enquanto ser prático e social, o homem só se mantém

como tal pelas suas objetivações, pelo conjunto das suas ações, pela sua

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atividade prática, enfim; já a alienação é uma forma específica e condicionada de objetivação. O trabalho que constitui aquela atividade prática negativa é um trabalho unidimensional: reduz-se à dimensão da lucratividade, produção de valores de troca, mercadorias. E não só produz mercadorias em geral: produzindo-as, produz-se a si mesmo e ao produtor como mercadorias. Trata-se de uma forma histórica do trabalho --- o trabalho alienado.(NETTO,1981 p. 46/47).

Na compreensão de Netto, Marx distingue a categoria objetivação da categoria alienação, contrapondo-se, desta forma, ao pensamento hegeliano. Fala que a objetivação se faz necessária desde quando o ser natural através dos saltos ontológicos, ou seja, do afastamento das barreiras naturais tornou-se um ser social, enquanto a alienação configura-se como uma característica que a objetivação pode expressar em determinadas condições históricas, neste caso especifico, o capitalismo.

Dentro desse contexto surge o trabalho alienado já que o homem concretiza suas objetivações a partir do trabalho e na atual forma de sociabilidade o homem não se reconhece no produto final.

No âmbito do trabalho alienado o indivíduo não se reconhece no que produz, sendo assim não se realiza enquanto gênero-humano. O produto nesse processo ganha uma autonomia em relação ao seu produtor. Netto afirma que, "o operário se encontra face ao produto do seu trabalho como numa relação com um objeto autônomo" (MARX, apud NETTO, ibidem, p. 58). Sendo assim o trabalhador passa por um duplo processo de alienação, a alienação do próprio objeto e a alienação da atividade do trabalho, (alienação do trabalhador e alienação em si).

O autor ainda acrescenta que, ao considerar o homem um ser composto por atividades práticas sociais, e a práxis a totalidade dos seus atos, Marx situa a problemática da alienação em bases prático-sociais, ou seja, econômico-sociais.

Sendo assim Netto expõe a peculiaridade da reificação enquanto uma forma particular de alienação forjada no capitalismo tardio:

(...) as formulações sobre a problemática do fetichismo apresentam determinações histórico-econômicas que falecem no trato da alienação:

referem-se a um fenômeno peculiar e agarram a sua especificidade --- não é mais a alienação do homem moderno, abstratamente contraposto ao homem da polis grega; o que elas denotam é a expressão característica da alienação típica engendrada pelo capitalismo, a reificação. (NETTO, Ibidem, p.61)

Estão na propriedade privada os fundamentos da alienação e é dela que é

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extraído esse conceito. É a partir da propriedade privada que são expostas todas as categorias da economia política, as três categorias que estão presentes nos Manuscritos de 1844 "à divisão social do trabalho (expressão político-econômica

do caráter social do trabalho alienado), a troca e, especialmente, o dinheiro, que se lhe afigura a força alienada da própria sociedade". (Idem, ibidem, p. 58)

Sem a teoria da alienação se tornaria impossível pensar a problemática do fetichismo, pois o mesmo constitui-se enquanto especificidade emanada pela alienação em dada condição histórica, nesse caso peculiar ao capitalismo tardio. Sendo assim acrescenta q ue a alienação conf ig ura -se em um

"complexo simultaneamente de causalidade e resultados histórico -sociais, desenvolvem-se quando os agentes sociais particulares não conseguem discernir e reconhecer nas formas sociais, o conteúdo e o efeito da sua ação e intervenção" (Idem, ibidem, p. 74).

Netto, assim expõe que a alienação tem sua emergência nas sociedades onde há apropriação da riqueza produzida. Fala ainda que a alienação pode se manifestar das mais variadas formas, tal categoria configura-se, então, diferente de fetichismo, pois não está diretamente ligada à produção, mas em termos amplos é conseqüência dela. Desta forma, há processos alienatórios que incidem diretamente na esfera da subjetividade, ou seja, que não está diretamente ligado a coisas.

Diferentemente, o fetichismo constitui-se em um processo alienante emanado diretamente do processo de produção. O autor ainda lembra que diferente das formas arcaicas de alienação, o fetichismo é uma especificidade nova de alienação inerente à sociedade burguesa constituída, ou seja, o capitalismo tardio.

Os processos alienantes que surgiram antes da sociedade burguesa estavam diretamente ligados a relação do homem com a natureza, esses processos tinham por base o baixo grau de desenvolvimento das forças produtivas donde decorria a sacralização da realidade e assim o misticismo como uma forma de se expressar mais primitiva da alienação. Constituída a sociedade burguesa esses processos foram sendo superados, pois o desenvolvimento das forças produtivas impõe a desantropomorfização do real, sendo assim a sociedade burguesa se constitui "visceralmente profana e laica".

Desta forma: "O que equivale a dizer: nesta sociedade, a matriz, a estrutura, a

funcionalidade e a significação dos processos alienantes e das representações

alienadas (logo, das relações sociais mistificadas) são de caráter estritamente

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social" (Idem, ibidem, p. 79).

É espantoso assimilar que o capitalismo na sua fase de expansão, ainda que agressivo, não se compara ao seu estágio maduro (constituído). Neste estágio predomina a universalização do fetichismo além de outras espécies de alienações, que em seu conjunto preenchem todas as esferas da vida social, desde o campo profissional até os mínimos detalhes que compõem as particularidades de cada indivíduo, sendo assim ocupa todas as esferas da totalidade social.

Alienação, ou seja, "caos imediato" está diretamente ligado ao âmbito social, nada têm de natural, além de não estabelecer nenhuma ligação com as antigas formas de alienação. Netto busca esclarecer que "este traço [é] pertinente só ao capitalismo tardio --- esta factualidade (do) social --, as formulações marxianas sobre o fetichismo podem dissolver a aparência caótica e revelar a sua oculta ordenação"

(Idem, ibidem, p. 83/84).

As formulações acerca do fetichismo permitem esclarecer o mistério que envolve a mercadoria, desmistificando o caráter imediato que a mesma impõe a objetividade. Trata-se de uma teoria que desmistifica e derruba a compreensão de que as coisas (fatos, fenômenos sociais) podem ser explicadas a partir delas mesmas. Todas as esferas da vida social, na sociedade burguesa constituída, estão preenchidas por formas alienantes e alienadas. Isto se dá pelo fato de que, no capitalismo tardio, a forma mercadoria além de ser a geradora do fenômeno fetichismo é a peça chave nesse estágio de sociabilidade. Este fenômeno peculiar à sociedade burguesa constituída tende a homogeneizar o tecido social, ou seja, anula as contradições entre capital e trabalho, articulando assim, neste âmbito, o consenso que corresponde aos processos alienantes.

O autor fala que, a positividade (fetichismo) se faz necessária para a manutenção funcional do capitalismo tardio, ela está presente em todos os processos

alienantes envolvidos pela reificação e interferem na vida (comportament o) dos indivíduos no sentido de moldá-los ao seu favor da melhor maneia possível.

Deste modo, as formulações marxianas a respeito do fetichismo "deixam de

ser pertinentes a mistérios singulares" para se tornar um método a respeito desse

mistério que é imanente ao capitalismo tardio. Além de se tornar uma teoria do

fetichismo que envolve o ser social com sua imediaticidade, "transforma-se em uma

teoria das relações reificadas e das suas manifestações anímicas -- passam a ser

uma teoria da positividade capitalista" (Idem, ibidem, p. 89).

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IV. CONCLUSÃO

Diante do que foi exposto, é importante ressaltar que o estatuto teórico conceitual do fetichismo, traz consigo uma indispensável análise e relação das obras de juventude e maturidade de Marx, além de suas conexões com a original teoria da alienação e do fetichismo. Desta forma, esta "operação crítica pode resultar uma hipótese de trabalho: a de que as formulações sobre o fetichismo, que supõem necessariamente uma teoria da alienação, contêm uma teoria setorial da positividade capitalista" (NETTO, ibidem, pg.37)

É de fundamental importância o "contexto particular em que tais proposições são enunciadas: o estudo marxiano da mercadoria 'célula econômica' da sociedade burguesa" (Idem, ibidem, p. 39). Foi o estudo da mercadoria que, como fala Netto, mais exigiu de Marx e permitiu ao mesmo compreender como a mercadoria ganha forma e se configura enquanto tal, concluindo que a sua base é composta pelo trabalho dúplice.

A mercadoria é a pedra fundamental da teoria de Marx, a mesma é a célula econômica apreendida por Marx no processo de abstração. O processo de abstração da mercadoria permite a Marx apreender a essência da sociedade de classes e em especial a sociedade capitalista. Ao apreender a essência, ou sej a, os fundamentos históricos que determinam a sociedade burguesa, a partir das duas categorias que compõem o trabalho dúplice, que se constitui enquanto forma final na expressão mercadoria, Marx questiona-se, "por que a produção mercantil dominante, instaurando-se sobre fundamentos puramente sociais, obscurece e escamoteia estes mesmo fundamentos" (Idem, ibidem, p.40). Desta forma, responde que a produção da sociedade burguesa mostra o caráter social do trabalho, como sendo algo particular e único das sociedades dos homens, de modo que obscurece e camufla o produto produzido, impondo assim a mercadoria um caráter a - social. Netto acrescenta que é na busca pela formulação desta resposta que Marx constrói o problema do fetichismo.

Por isso, compreendemos que é insuficiente apenas no plano das

idéias suprir o processo de mistificação, pois o fetichismo encontra suas

bases nas condições objetivas. As formulações acerca do fetichismo permitem

esclarecer o mistério que envolve a mercadoria desmistificando o caráter imediato

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que a mesma impõe a objetividade. Esta é uma teoria que desmistifica e derruba a compreensão de que as coisas (fatos, fenômenos sociais) podem ser explicadas a partir delas mesmas.

Cabe ainda destacar, em conformidade com Netto que, alguns filósofos cometem o equívoco de não distinguir alienação de fetichismo devido à estreita relação existente entre ambas. Sendo assim Netto acrescenta que: "Não se trata, no entanto, de dissolver a teoria da alienação na teoria do fetichismo ou de substituir aquela por esta; a problemática do fetichismo é um aspecto da problemática mais abrangente da alienação" (Idem, ibidem, p.68). Neste sentido, o autor identifica o fetichismo como um momento particular da alienação.

V. REFERÊNCIAS

HOLANDA. M. N. A. Lukács e o estranhamento na contemporaneidade. In Serviço Social, trabalho e direitos sociais. Maceió, EDUFAL, 2001.

LESSA. S. Para compreender a ontologia de Lukács. 3.ed. Ijuí, Unijuí, 2007.

NETTO, J. P. Capitalismo e Reificação. Livraria Editora. Ciências Humanas, São Paulo 1981.

TERTULIAN, N. Uma Apresentação à Ontologia do Ser Social, de Lukács. Revista

Crítica Marxista n 03 1996.

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