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REGULAMENTO DE GESTÃO

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REGULAMENTO DE GESTÃO

FUNDO DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO FECHADO

SANTA CASA 2004 (em liquidação)

(30/12/2014)

A autorização do fundo significa que a CMVM considera a sua constituição conforme a legislação aplicável, mas não envolve da sua parte qualquer garantia ou responsabilidade quanto à suficiência, veracidade, objectividade ou actualidade da informação prestada pela entidade gestora neste regulamento de gestão, nem qualquer juízo sobre a qualidade dos valores que integram o património do fundo.

CAPÍTULO I

Informações Gerais sobre o Fundo, a Sociedade Gestora e outras entidades Artigo 1º.

Denominação e Natureza

1. O Fundo de Investimento Imobiliário Fechado SANTA CASA 2004, doravante designado

“Fundo”, é um fundo imobiliário fechado, constituído por subscrição particular, de acordo com a legislação aplicável, formado por um conjunto de valores pertencentes a uma pluralidade de pessoas, singulares ou colectivas.

2. O Fundo regula a sua actividade pela legislação em vigor para os fundos de investimento imobiliários portugueses e pelo seu Regulamento de Gestão.

Artigo 2º

Data da Autorização, Constituição e Duração

1. O Fundo foi constituído em 26 de Novembro de 2004, tendo a sua constituição sido autorizada pela CMVM por deliberação de 31/05/04.

2. O Fundo é constituído pelo período inicial de oito anos, contados a partir da data da sua constituição, prorrogável por períodos subsequentes de cinco anos desde que os participantes deliberem nesse sentido.A constituição do fundo deu-se em 26 de Novembro de 2004.No término deste período o Fundo foi prorrogado por um período adicional de 5 anos, conforme deliberado pela Assembleia de Participantes.

3. Por deliberação de 11/12/2014 e 15/12/2014, a participante única deliberou a liquidação do Fundo, tendo esta decisão sido formalmente comunicada à Sociedade Gestora no dia 30 de Dezembro de 2014.

Artigo 3º.

Sociedade Gestora

1. A administração, gestão e representação do Fundo compete, por mandato dos participantes, à Fund Box – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A., com sede em Lisboa, na Rua Tomás Ribeiro, 111, 1050 -228 Lisboa, com o capital social de trezentos e setenta e cinco mil euros, doravante designada “Sociedade Gestora”.

2. A Sociedade Gestora foi constituída em 6 de Julho de 1992.

3. O Fundo é administrado por conta dos participantes, com o objectivo da maximização dos valores das participações.

Artigo 4º

Membros dos Órgãos Sociais

1. Os membros dos órgãos sociais da Sociedade Gestora são os seguintes:

a) Mesa da Assembleia Geral: Dr. João Manuel Pereira de Lima de Freitas e Costa (Presidente), e Dra. Ana Margarida de Sá Gonçalves Antunes (Secretário).

b) Conselho de Administração: Dr. Álvaro Manuel Ricardo Nunes (Presidente), Dr. Joaquim Miguel Calado Cortes de Meirelles (Administrador Delegado), Dr. Carlos de Sottomayor Vaz Antunes (Presidente da Comissão de Auditoria), Prof. Dra. Clementina Maria Dâmaso de Jesus Silva Barroso (Vogal da Comissão de Auditoria), Prof. Doutora Clara Patrícia Costa Raposo (Vogal da Comissão de Auditoria), Sir John Thompson (Vogal), Engº.

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Manuel Monteiro de Andrade (Administrador Delegado), Dra. Carmen Rodrigues dos Santos (Vogal) e Dra. Ana Maria de Almeida (Vogal).

c) Fiscal Único: Caiano Pereira, António e José Reimão, SROC nº38, com sede na Rua de São Domingos de Benfica, nº33, rés-do-chão, em Lisboa, representada pelo Dr. Luís Pedro Pinto Caiano Pereira, ROC nº 842 (efectivo) e Dr. Carlos Pedro Machado de Sousa Góis, ROC nº 597 (suplente).

2. No âmbito da sua actividade, a Sociedade Gestora tem sob gestão os fundos de investimento imobiliários denominados “Santa Casa 2004”, “Portuguese Prime Property Box – FIIF ”,“Fundo de investimento imobiliário fechado Fundor”, “Fundo de investimento imobiliário fechado Portugal Retail Europark Fund”, “Fundo de investimento imobiliário fechado Viriatus”, “Galleon Capital Partners”, “Sertorius”,

“Lusitânia (em liquidação),“ImoGenesis” (em liquidação), “Fundo Especial de Investimento Imobiliário Fechado Imoreserve”, “Quinta da Ombria – Fundo Especial Fechado de Investimento Imobiliário”, “Ulysses”, os fundos especiais de investimento imobiliário fechado em reabilitação urbana “Coimbra Viva I” e “First Oporto Urban Regeneration Fund (em liquidação)” e a “Nexponor – Sociedade de Investimento Imobiliário de Capital Fixo – SICAFI S.A.”, melhor descritos no Mapa A.

Artigo 5º

Principais funções exercidas pelos membros do Conselho de Administração fora da Sociedade Gestora

As principais funções exercidas pelos membros do Conselho de Administração fora da Sociedade Gestora são as seguintes:

a) Dr. Carlos de Sottomayor Vaz Antunes: Presidente de Famigeste, SGPS, SA e de Famigeste SCR, SA;

b) Dra. Ana Maria de Almeida – Vogal do Conselho de Administração da APOR;

c) Sir John Thompson – Managing Director de Rockspring Iberia, SL;

d) Prof. Dra. Clementina Maria Dâmaso de Jesus Silva Barroso – Professora Associada Convidada do ISCTE Business School;

e) Prof. Doutora Clara Patrícia Costa Raposo – Professora Catedrática do Instituto Superior de Economia e Gestão.

Artigo 6º.

Funções da Sociedade Gestora

1. Como responsável pela administração do Fundo e sua legal representante, compete à Sociedade Gestora adquirir, construir, arrendar, transaccionar e valorizar bens imóveis, e comprar, vender, subscrever, trocar ou reportar quaisquer valores mobiliários, salvas as restrições impostas por lei e por este Regulamento, e bem assim praticar os demais actos necessários à correcta administração e desenvolvimento do Fundo.

2. Em observância da política de investimento estabelecida, a Sociedade Gestora seleccionará os valores que devem constituir o Fundo e efectuará ou dará instruções ao depositário para que este efectue as operações adequadas com tal política.

3. Em particular, compete à Sociedade Gestora:

a. Celebrar os negócios jurídicos e realizar todas as operações necessárias à execução da política de investimentos prevista no regulamento de gestão e exercer os direitos directa ou indirectamente relacionados com os valores do Fundo;

b. Efectuar as operações adequadas à execução da política de distribuição dos resultados prevista no regulamento de gestão do Fundo;

c. Emitir, em ligação com a Entidade Depositária, as unidades de participação e autorizar o seu reembolso;

d. Determinar o valor patrimonial das unidades de participação;

e. Manter em ordem a escrita do Fundo;

f. Dar cumprimento aos deveres de informação estabelecidos por lei ou pelo regulamento de gestão.

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4. No exercício das suas atribuições, a Sociedade Gestora observará os condicionalismos legais em vigor, nomeadamente os que se referem às operações especialmente vedadas, e adoptará a prudência requerida para defesa e promoção do Fundo e dos participantes.

Artigo 7º.

Entidade Depositária e respectivas funções

1. A Caixa Geral de Depósitos, S.A., com sede na Avenida João XXI, 63, em Lisboa, adiante designada simplesmente por Entidade Depositária, desempenhará as funções de Entidade Depositária, nos termos das disposições contratuais acordadas com a Sociedade Gestora competindo-lhe especialmente:

a. Receber em depósito ou inscrever em registo os valores mobiliários do Fundo, consoante sejam titulados ou escriturais;

b. Efectuar todas as operações de compra e venda de títulos, de cobrança de juros e dividendos por eles produzidos e as relativas ao exercício dos direitos de subscrição e opção;

c. Aceitar e satisfazer os pedidos de subscrição, inscrevendo na conta de títulos dos participantes, contra o efectivo recebimento da importância correspondente ao preço de emissão, as unidades de participação subscritas;

d. Ter em dia a relação cronológica de todas as operações realizadas e elaborar trimestralmente o inventário discriminado dos valores do Fundo;

e. Assumir uma função de vigilância e garantir perante os participantes o cumprimento do Regulamento de Gestão do Fundo, especialmente no que se refere à política de investimentos;

f. Assegurar que a emissão, o reembolso e a anulação das unidades de participação sejam efectuados de acordo com a lei e o Regulamento de Gestão;

g. Assegurar que o cálculo do valor das unidades de participação se efectue de acordo com a lei e o Regulamento de Gestão;

h. Executar as instruções da Sociedade Gestora, salvo se forem contrárias à lei ou ao Regulamento de Gestão;

i. Assegurar que, nas operações relativas aos valores que integram o Fundo, a contrapartida lhe seja entregue nos prazos conformes à prática do mercado;

j. Assegurar que os rendimentos do Fundo sejam aplicados em conformidade com a lei e o Regulamento de Gestão.

2. As relações entre a Entidade Depositária e a Sociedade Gestora serão regidas pelo contrato a que se refere o artigo 14º do Decreto-Lei nº 60/2002, de 20 de Março.

Artigo 8º.

Responsabilidade Solidária

1. A Sociedade Gestora e a Entidade Depositária respondem solidariamente pelo cumprimento das obrigações contraídas nos termos da lei e do presente Regulamento.

2. O recurso por parte da Sociedade Gestora a serviços de terceiras entidades não afecta a responsabilidade prevista no número 1 do presente artigo.

Artigo 9º

Entidades Colocadoras

1. As unidades de participação poderão ser subscritas nas instalações da Sociedade Gestora e da Entidade Depositária.

2. Na colocação das unidades de participação, a Sociedade Gestora recorrerá igualmente aos serviços do Caixa-Banco de Investimento, S.A., com sede em Lisboa, na Rua Barata Salgueiro, 33.

3. As relações entre a entidade colocadora identificada no número anterior e a Sociedade Gestora serão regidas pelo contrato a que se refere o artigo 17º do Decreto-Lei nº 60/2002, de 20 de Março.

Artigo 10º

Peritos avaliadores

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1. As avaliações dos activos imobiliários que integram a carteira do Fundo são efectuadas pelos seguintes peritos avaliadores independentes, contratados para o efeito pela Sociedade Gestora:

a. J.Curvelo, Lda., com sede em Azeitão, na Rua Dr. Mário de Sá Carneiro, 3;

b. J. G. Ribeiro, Lda, com sede na Av. Conselheiro Ferreira Lobo, 33-B - loja 2760-033 Caxias

c. Aguirre Newman Portugal – Mediação Imobiliária, Unipessoal, Lda., com sede na Rua Castilho, 13D, 7º, em Lisboa;

d. PVW – Price, Value and Worth, Avaliação Imobiliária, Lda, com sede na Praça Duque de Saldanha, 1, 8ºC, em Lisboa.

e. Rockvalue Consulting Portugal, Lda , com sede na Avª 5 de Outubro, nº 204 - 3.º C 1050- 065 LISBOA

f. CB Richard Ellis - Consultoria e Avaliação de Imóveis Unipessoal, Lda, com sede na Rua Carlos Alberto Mota Pinto, 17 - 10.º B em Lisboa

g. Jones Lang Lasalle (Portugal) – Sociedade de Avaliações Imobiliárias, Unipessoal, Lda., com sede na Avenida Duque de Ávila, nº.20, 2º, em Lisboa

h. Worx Consultoria, Lda., com sede no Campo Pequeno, 48, 4º Esq., em Lisboa

i. Prime Yield – Consultoria e Avaliação Imobiliária, Lda., com sede na Avenida António Serpa, nº.3 D, em Lisboa

2. Atento o melhor interesse dos participantes, a Sociedade Gestora pode substituir os peritos avaliadores identificados na alínea anterior por outros de reputação profissional comparável, após prévia autorização da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.

Artigo 11º

Revisor Oficial de Contas

1. O Fundo é auditado pela Baptista da Costa & Associados, SROC, com sede no Campo Grande, 380, Lote 3CK, piso 0, letra F, em Lisboa.

2. Atento o melhor interesse dos participantes, a Sociedade Gestora pode substituir o revisor oficial de contas identificado na alínea anterior por outro de reputação profissional comparável, após prévia autorização da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.

CAPÍTULO II

Política de investimento do património do Fundo e política de rendimentos

Artigo 12º.

Objectivo e Política de Investimentos

1. O objectivo do Fundo consiste em regenerar e valorizar o património em que vier a investir, e que será seleccionado a partir do património imobiliário da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, através da gestão activa da sua carteira de valores imobiliários, nos termos e segundo as regras previstas no artigo 13º. deste Regulamento.

2. Da carteira de valores imobiliários do Fundo farão parte prédios urbanos na área metropolitana de Lisboa, preferencialmente destinados ao mercado de arrendamento, sem prejuízo da opção por outras utilizações, atento o melhor interesse dos participantes.

3. Acessoriamente, e sempre que tal se revele necessário para a prossecução do seu objectivo e concretização da sua política de investimentos, o Fundo poderá adquirir imóveis a proprietários distintos da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

4. Não obstante o objectivo do Fundo, o valor das unidades de participação pode aumentar ou diminuir, de acordo com a evolução do valor dos activos que integrem, a cada momento, o património do Fundo.

Artigo 13º.

Composição do Fundo

1. A carteira de valores do Fundo será constituída de acordo com as normas legais e regulamentares, designadamente os valores imobiliários não podem representar menos de 80% do valor líquido global do Fundo, podendo o remanescente ser investido em numerário, depósitos bancários, certificados de depósito, unidades de participação de fundos de tesouraria e valores mobiliários emitidos ou garantidos por um Estado membro da União

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Europeia com prazo de vencimento residual inferior a 12 meses ou outros valores que venham a ser definidos pela CMVM.

2. A percentagem referida no nº. 1 será respeitada no prazo máximo de dois anos a contar da data da constituição do Fundo.

3. Para efeitos do cálculo do valor da carteira do Fundo, os imóveis são relevados pelo seu valor venal, ou seja, o preço que poderia provavelmente ser obtido por cada bem, se fosse vendido, em condições normais de mercado, no momento da avaliação.

4. A Sociedade Gestora poderá contrair empréstimos por conta do Fundo até ao limite de 30% do valor do activo total do Fundo.

Artigo 14º.

Avaliação de Imóveis

1. As aquisições de bens imóveis para o Fundo e as respectivas alienações devem ser precedidas dos pareceres de, pelo menos, dois peritos independentes, nomeados de comum acordo entre a Sociedade Gestora e a Entidade Depositária.

2. O imóveis devem ser avaliados, nos termos do número anterior, com uma periodicidade mínima de dois anos e sempre que ocorram, na percepção da Sociedade Gestora, circunstâncias susceptíveis de induzir alterações significativas no valor dos imóveis.

3. Os imóveis acabados são valorizados no intervalo compreendido entre o respectivo valor de aquisição e a média simples dos valores fixados nas avaliações periciais.

4. Os imóveis eventualmente adquiridos em regime de compropriedade são inscritos no activo do Fundo na proporção da parte por este adquirida, respeitando a regra constante no número anterior.

Artigo 15º.

Remuneração da Sociedade Gestora

1. Pelo exercício da sua actividade, a Sociedade Gestora cobrará uma comissão de gestão anual composta por duas parcelas, a saber:

a. Componente Fixa: uma comissão nominal anual de 0,50 % (zero vírgula cinquenta por cento), calculada diariamente, cobrada trimestralmente e incidindo sobre a média aritmética simples dos valores líquidos globais diários do Fundo no trimestre a que respeita;

b. Componente de Desempenho: corresponderá a uma comissão de 10% (dez por cento) a ser aplicada, em cada ano, à rentabilidade anual do Fundo (entende-se por rentabilidade anual, a percentagem da diferença entre o resultado líquido obtido no exercício “n” e o resultado líquido do exercício “n-1”), que seja superior a 8% (oito por cento), e será calculada e cobrada no primeiro dia útil do período anual seguinte àquele que a respeite.

2. Para efeitos de cálculo da Componente Variável da comissão de gestão os períodos anuais a considerar correspondem aos anos civis, com excepção do último período de duração do Fundo, em que será considerado o período decorrido desde o início do ano até à sua liquidação, sendo aquela comissão calculada com anualização da rentabilidade do Fundo verificada no ano incompleto em causa.

3. À componente fixa da comissão de gestão aplica-se um valor mínimo anual de €250.000,00 (duzentos e cinquenta mil euros).

4. A comissão de gestão, na soma das suas duas componentes, não excederá o valor anual correspondente a 3% (três por cento) do Valor Líquido Global do Fundo, calculado sobre a média aritmética simples dos valores líquidos globais diários do Fundo no ano a que respeita

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Artigo 16º.

Remuneração da Entidade Depositária

Pelo exercício da sua actividade, a Entidade Depositária cobrará anualmente uma comissão de depositário de 0.5‰ (zero vírgula cinco por mil), com o valor mínimo de €10.000,00 (dez mil euros), calculada diariamente sobre a média aritmética simples dos valores líquidos globais diários do Fundo no semestre a que respeita, e cobrada duas vezes por ano, no primeiro dia útil após o semestre a que respeita.

Artigo 17º.

Encargos do Fundo

Constituirão encargos do Fundo, para além da comissão de gestão e da comissão de depositário:

1. Todas as despesas relacionadas com a construção, compra, manutenção, arrendamento e venda de imóveis, nomeadamente:

a. Elaboração de projectos, fiscalização de obras, licenças e outros custos inerentes à construção, renovação de propriedades e promoção imobiliária;

b. Despesas notariais, registrais e com obtenção de certidões devidas pelo Fundo;

c. Quaisquer impostos ou taxas devidos pelo Fundo;

d. Todas as custas judiciais referentes a processos em que o Fundo, na sua qualidade de proprietário esteja envolvido, assim como as despesas de honorários ou avenças de advogados e solicitadores;

e. Comissão de mediação imobiliária, se a ela houver lugar;

f. Todos os encargos com a realização de manutenção e/ou benfeitorias nos bens do Fundo incluindo as diversas taxas e impostos que existam ou venham a existir e que sejam devidos pelo Fundo;

g. Despesas com prémios de seguro dos imóveis do Fundo.

2. Despesas referentes a estudos, projectos e avaliações realizadas por conta do Fundo a bens da sua carteira ou a imóveis em estudo, que venham a ser adquiridos para o Fundo;

3. Quaisquer publicações obrigatórias realizadas por conta do Fundo;

4. Campanhas publicitárias realizadas com o objectivo de promoção dos bens do Fundo;

5. Todas as despesas de compra e venda de valores por conta do Fundo, nomeadamente:

a. Despesas de transferências;

b. Despesas com conversões cambiais;

c. Despesas com transacções no mercado de capitais;

d. Despesas com transacções no mercado monetário.

6. Encargos com o Revisor Oficial de Contas do Fundo;

7. Encargos relacionados com a admissão à cotação em Bolsa de Valores ou listagem em mercado registado;

8. Outros encargos devidamente documentados, que sejam realizados no cumprimento de obrigações legais do Fundo;

9. Constitui também encargo do Fundo a taxa de supervisão actualmente em vigor para ser entregue à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, calculada sobre o valor líquido global do Fundo correspondente ao último dia útil do mês.

Artigo 18º.

Política de Rendimentos

1. O Fundo caracteriza-se pela distribuição integral dos rendimentos do Fundo, com uma periodicidade anual.

2. Os rendimentos a distribuir pelo Fundo são os que resultem dos proveitos, líquidos das mais e menos valias potenciais, deduzidos os encargos que o Fundo suportar nos termos deste Regulamento de Gestão.

CAPÍTULO III

Unidades de participação e condições de subscrição e resgate Artigo 19º.

Capital

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1. Cada participante no Fundo é titular de quotas-partes dos valores que o integram, designadas unidades de participação.

2. As unidades de participação são nominativas e desmaterializadas.

3. O capital do Fundo é de 50.000.000 Euros (cinquenta milhões de Euros), representado por 10.000.000 de unidades de participação com o valor unitário de 5 Euros.

4. Caso a subscrição não atinja o montante total do capital, o mesmo considera-se reduzido para o montante do capital efectivamente subscrito.

5. Sempre que a defesa dos interesses dos participantes o justifique, poderá a Sociedade Gestora, ouvida a Assembleia de Participantes, deliberar pelo aumento ou redução do capital, respectivos montantes e prazos de realização, bem como o valor de subscrição das novas unidades de participação, tendo em atenção o valor patrimonial do Fundo.

6. As deliberações de alteração do Regulamento de Gestão do Fundo definidas nos termos do número anterior deverão obter aprovação por parte da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.

Artigo 20º.

Aquisição da Qualidade de Participante do Fundo

1. A qualidade de participante do Fundo adquire-se mediante a aceitação, pela Entidade Depositária, de um boletim de subscrição devidamente preenchido, assinado pelo interessado ou seu representante, no qual conste:

a. A identificação do proponente;

b. A indicação do montante de subscrição a realizar;

c. Declaração de aceitação dos termos e condições do presente Regulamento de Gestão;

d. Os termos do mandato conferido à Sociedade Gestora para administração do Fundo, por força do disposto no nº. 2 do artigo 24º. do Decreto-Lei nº. 60/02, de 20 de Março.

2. Logo que apreciadas pela Entidade Depositária as condições objectivas para a subscrição, designadamente o pagamento da importância correspondente ao preço da emissão, esta decidirá, no mesmo dia útil ou no dia útil seguinte, quanto à sua aceitação.

3. O número mínimo de unidades de participação a subscrever é o correspondente ao montante de 500.000 Euros.

4. Existe uma comissão de subscrição de 0,4% (zero vírgula quatro por cento), a acrescer ao valor das unidades de participação subscritas.

5. O período de subscrição decorrerá entre 4 de Outubro e 30 de Novembro de 2004.

6. A liquidação financeira terá lugar até ao terceiro dia útil seguinte ao termo do período de subscrição.

7. Sem prejuízo do disposto no nº. 1 do presente artigo, a qualidade de participante do Fundo adquire-se também pela aquisição de unidades de participação em mercado secundário.

Artigo 21º.

Aumento de capital

1. A Assembleia de Participantes pode deliberar, nos termos legais, o aumento ou redução do capital do Fundo, bem como os respectivos termos, montantes e prazos de realização, e o modo e o valor de subscrição e reembolso das unidades de participação, tendo em atenção o valor patrimonial do Fundo.

2. O capital do Fundo pode ser aumentado mediante subscrição particular, reservada aos participantes, salvo deliberação da Assembleia de Participantes em contrário, para o valor correspondente a um determinado número de unidades de participação previamente fixado.

3. Os participantes terão, em qualquer caso, direito de preferência na subscrição das unidades de participação.

4. A subscrição ou reembolso das unidades de participação no âmbito de um aumento ou de uma redução de capital poderá ser feita em espécie, mediante deliberação da Assembleia de Participantes.

5. A liquidação financeira das operações de aumento ou redução de capital que a impliquem é feita no termo do período aplicável, ou no dia útil seguinte se aquele não corresponder a um dia útil.

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6. Num aumento de capital, caso a subscrição não atinja o montante total do capital, aplica-se o disposto no número 4º do artigo 19º.

7. Não existe comissão de subscrição ou de reembolso nas subscrições ou reembolsos de unidades de participação decorrentes de aumentos ou reduções de capital.

8. As deliberações de alteração do Regulamento de Gestão do Fundo no sentido de aumento ou redução do capital do Fundo deverão ser comunicadas previamente à CMVM.

Artigo 22º.

Titularidade do Fundo e Autonomia do seu Património

1. O Fundo pertence à pluralidade dos titulares de unidades de participação emitidas.

2. O património do Fundo é autónomo, e como tal não responde pelas dívidas dos participantes ou da Sociedade Gestora.

Artigo 23º.

Valor das Unidades de Participação

1. O valor inicial unitário das unidades de participação é de 5 euros.

2. A Sociedade Gestora calculará o valor da unidade de participação reportando-se às 17 horas de cada dia útil, de acordo com as normas legalmente estabelecidas e com os critérios contabilísticos e financeiros geralmente aceites.

3. O valor líquido global do Fundo é apurado deduzindo à soma dos valores que o integram, avaliados de acordo com as normas legalmente estabelecidas, a importância dos encargos efectivos ou pendentes.

4. O câmbio a utilizar na conversão dos activos do Fundo, expressos em moeda estrangeira, será o câmbio de divisas do dia a que se refere a valorização, divulgado a título indicativo pelo Banco de Portugal.

5. Para efeitos de cálculo do valor da unidade de participação, o valor dos imóveis corresponde ao seu valor venal, ou seja, o preço que poderia ser obtido por cada bem, se fosse vendido, em condições normais de mercado, no momento da avaliação.

CAPÍTULO IV

Direitos e obrigações dos participantes

Artigo 24º.

Direitos e Obrigações dos Participantes

1. O Fundo é constituído no regime de compropriedade dos participantes, sendo cada um deles titular de quota-parte dos valores que o integram, denominadas unidades de participação.

2. O mandato para a administração do Fundo pela Sociedade Gestora é conferido através da simples subscrição das unidades de participação, mantém-se inalterado enquanto essa participação perdurar, e igualmente implica a aceitação do presente Regulamento de Gestão.

3. As unidades de participação conferem aos seus titulares os seguintes direitos:

a. À percepção, em caso de liquidação e partilha do Fundo, de parte do produto da respectiva liquidação proporcional ao número de unidades de participação de que sejam titulares;

b. À informação sobre o Fundo, designadamente aos elementos de informação periódica e detalhada acerca do património e da vida do Fundo, através do relatório da sua actividade elaborado nos termos da lei e anualmente disponível nos escritórios da Sociedade Gestora e da Entidade Depositária.

c. Aos benefícios fiscais que a legislação em vigor conceda aos participantes de fundos de investimento imobiliário;

d. O reembolso do valor correspondente às unidades de participação de que sejam titulares no momento da eventual liquidação do Fundo.

4. Caso seja deliberada, nos termos do nº2 do artigo 2º, a prorrogação do prazo de duração do Fundo, os participantes que tenham votado contra a referida prorrogação e que pretendam reembolsar as respectivas participações deverão comunicar tal intenção à Sociedade Gestora mediante carta registada com aviso de recepção no prazo máximo de 15 (quinze) dias a contar da data de realização da Assembleia de Participantes relevante para o efeito.

5. Para efeitos de satisfação dos pedidos de reembolso que lhe sejam formulados, o valor das unidades de participação cujo reembolso seja solicitado será calculado, à data da apresentação

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do pedido, nos termos do artigo 22º do presente Regulamento de Gestão e multiplicado pelo número de unidades de participação cujo reembolso tenha sido solicitada, devendo a respectiva contrapartida financeira ser liquidada no prazo máximo de um ano a contar da data de realização da Assembleia de Participantes relevante para o efeito, não sendo devida qualquer comissão de reembolso.

6. O preenchimento e assinatura do boletim de subscrição por parte de cada um dos participantes, bem como a aquisição de unidades de participação em mercado secundário, pressupõe e implica a aceitação plena e sem reservas dos termos e condições do presente Regulamento de Gestão.

Artigo 25º.

Assembleia de Participantes

1. Têm direito a participar na Assembleia de Participantes todos os detentores de unidades de participação do Fundo, cabendo a cada participante tantos votos quantas as unidades de participação que possuir.

2. Compete à Sociedade Gestora, por sua iniciativa ou a requerimento de participantes detentores de, pelo menos, 25% das unidades de participação em circulação, a convocação da Assembleia de Participantes mediante o envio de carta registada com aviso de recepção a cada um dos participantes com a antecedência mínima de 15 (quinze) dias em relação à data da respectiva realização.

3. Caso a Sociedade Gestora não proceda à convocação da Assembleia de Participantes no prazo de 5 (cinco) dias após a recepção do requerimento dos participantes referido no número anterior, estes poderão substituir-se àquela e proceder à respectiva convocação, nos termos do número anterior.

4. Em primeira convocatória, a Assembleia de Participantes poderá deliberar desde que estejam presentes ou representados participantes que detenham pelo menos 2/3 das unidades de participação do Fundo. Em segunda convocatória a Assembleia de Participantes deliberará qualquer que seja a o número de unidades de participação representado.

5. Sem prejuízo do disposto nos números precedentes, os participantes podem tomar deliberações unânimes por escrito e, bem assim, reunir-se em Assembleia de Participantes, sem observância de formalidades prévias, desde que todos estejam presentes e todos manifestem a vontade de que a Assembleia de Participantes se constitua e delibere sobre determinado assunto.

6. As deliberações serão tomadas quando aprovadas por maioria simples dos votos representados na Assembleia, sem prejuízo de outras maiorias exigidas nos termos da lei aplicável e neste Regulamento de Gestão.

7. Compete à Assembleia de Participantes, sem prejuízo das competências da Sociedade Gestora, pronunciar-se e deliberar sobre as seguintes matérias:

a. A modificação das comissões que constituem encargos do Fundo;

b. A modificação da política de investimento do Fundo;

c. A modificação da política de distribuição de resultados do Fundo;

d. O aumento e redução do capital do Fundo;

e. A prorrogação da duração do Fundo ou a sua transformação;

f. A substituição da Sociedade Gestora;

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g. Os termos e condições da liquidação do Fundo, nos termos da lei;

h. A substituição da Entidade Depositária;

i. A designação do representante dos participantes no Comité Consultivo previsto no nº25-A deste Regulamento de Gestão;

j. A admissão à cotação em bolsa de valores ou listagem em mercado registado do Fundo.

8. Caso, ao abrigo do disposto na alínea f) do n.º 7 do presente artigo e na alínea f) do n.º 1 do artigo 45º do Regime Jurídico dos Fundos de Investimento Imobiliário, os participantes reunidos em Assembleia de Participantes deliberem a substituição da Sociedade Gestora, deverá esta requerer à CMVM a sua substituição, no prazo de 5 (cinco) dias úteis a contar da data em que a Sociedade Gestora for notificada da correspondente deliberação dos participantes.

9. À Assembleia de Participantes aplica-se subsidiariamente o disposto na lei para as assembleias de accionistas das sociedades anónimas.

ARTIGO 25-A

Comité Consultivo

1. A O Fundo tem um Comité Consultivo, com carácter meramente consultivo, composto por um elemento designado pelos participantes reunidos em assembleia, em representação destes, e por dois elementos designados pela Sociedade Gestora.

2. O Comité Consultivo reunirá pelo menos uma vez por mês ou quando o membro designado pelos participantes o solicite e deliberará por maioria simples dos seus membros, desde que obtido o voto favorável do elemento designado pelos participantes, competindo as convocatórias das reuniões mensais à Sociedade Gestora, e as restantes ao membro designado pelos participantes, sendo todas as convocatórias enviadas através de carta registada.

3. Compete ao Comité Consultivo:

a) Acompanhar as actividades da Sociedade Gestora, nomeadamente a tomada de decisões quanto a investimentos e desinvestimentos relevantes do Fundo;

b) Pronunciar-se sobre os termos e condições da aquisição, venda, revenda, gestão, promoção e arrendamento de imóveis;

c) Pronunciar-se sobre a aquisição, gestão e venda de outros activos em que o Fundo possa investir, tais como participações sociais de sociedades imobiliárias e unidades de participação de outros fundos de investimento imobiliário;

d) Pronunciar-se sobre os termos e condições de elaboração e submissão a aprovação e licenciamento junto das entidades competentes, designadamente no que diz respeito a quaisquer projectos de arquitectura e de especialidades relativos aos projectos a desenvolver pelo Fundo e sobre as diligências a tomar tendentes à sua expedita aprovação e licenciamento;

e) Pronunciar-se sobre os termos e condições do desenvolvimento urbanístico de terrenos, nomeadamente sobre projectos de loteamento e obras de urbanização e sobre as diligências a tomar tendentes à sua expedita aprovação e licenciamento;

f) Pronunciar-se sobre os termos e condições de contratação de terceiros para a realização de projectos e das obras de construção ou de urbanização, designadamente manifestando-se sobre a identidade, os termos e condições da contratação dos serviços de projectos, técnicos, de fiscalização e coordenação das obras;

g) Pronunciar-se sobre os termos e condições da contratação de entidades consultoras e técnicos, bem como da contratação de terceiros para a comercialização dos bens

(11)

imóveis propriedade do Fundo, designadamente manifestando-se sobre a forma de comercialização por compra e venda ou arrendamento;

h) Pronunciar-se sobre os termos e condições da política de financiamentos do Fundo;

i) Pronunciar-se sobre a política de distribuição de dividendos face às oportunidades de investimento identificadas;

j) Acompanhar as operações de avaliação dos activos do Fundo e o cálculo do valor patrimonial das suas unidades de participação;

k) Pronunciar-se sobre quaisquer alterações ao Regulamento de Gestão, nomeadamente no que diz respeito à designação da Entidade Depositária, Entidades Colocadoras, Revisor Oficial de Contas e Peritos avaliadores.

CAPÍTULO V

Divulgação de informação

Artigo 26º.

Informação sobre o valor da unidade de participação

A Sociedade Gestora fará publicar mensalmente, no Boletim de Cotações da Euronext Lisboa, num jornal de grande circulação ou no sistema de difusão da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários o valor da unidade de participação. Terminado o período de subscrição, esta publicação será efectuada mensalmente com referência ao último dia de cada mês, excepto se existir uma variação superior a 3% em relação à última publicação, caso em que o novo valor será publicado no dia útil subsequente àquela variação.

Artigo 27º.

Consulta da carteira do Fundo

Trimestralmente, com referência ao último dia do mês imediatamente anterior, a Sociedade Gestora fará publicar, no Boletim de Cotações da Euronext Lisboa, num jornal de grande circulação ou no sistema de difusão da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, a composição discriminada da carteira do Fundo, o respectivo valor líquido global e o número de unidades de participação em circulação, nos termos definidos pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.

CAPÍTULO VI Contas do Fundo

Artigo 28º.

Relatório e Contas Anuais

1. As contas do Fundo, bem como da Sociedade Gestora, encerram-se em 31 de Dezembro de cada ano, sendo publicadas no Boletim de Cotações da Euronext Lisboa nos quatro meses subsequentes àquela data, conjuntamente com o relatório, elaborado nos termos da lei, e com o parecer da entidade fiscalizadora das contas.

2. As contas serão submetidas a certificação legal, por Revisor Oficial de Contas, que se pronunciará sobre a avaliação efectuada pela Sociedade Gestora dos valores do Fundo.

3. A Sociedade Gestora elaborará ainda um relatório semestral que abrangerá os seis primeiros meses de actividade e que, de acordo com a lei, publicará nos dois meses subsequentes.

4. Os relatórios anual e semestral acima referidos estarão à disposição do público nas instalações da Sociedade Gestora, e da Entidade Depositária, sendo enviados sem encargos aos participantes que o requeiram.

CAPÍTULO VII

Condições de liquidação do Fundo

(12)

Artigo 29º.

Liquidação e Partilha

1. A Sociedade Gestora, na defesa dos interesses dos participantes, poderá decidir a liquidação e subsequente partilha do Fundo, nos termos deliberados em Assembleia de Participantes, devendo tal decisão ser comunicada à CMVM e divulgada no sistema de difusão da CMVM, contendo a indicação do prazo previsto para a conclusão do processo de liquidação.

2. Os participantes do Fundo, reunidos em Assembleia de Participantes, poderão deliberar a liquidação e partilha do Fundo, devendo a Sociedade Gestora agir como referido no número anterior.

3. Decidida, nos termos dos números anteriores, a liquidação do Fundo, a Sociedade Gestora, sem prejuízo do disposto no número 6, realizará o activo, pagará o passivo e distribuirá aos participantes, por meio da Entidade Depositária, o produto da liquidação, na proporção das unidades de participação detidas.

4. O reembolso das unidades de participação deverá ocorrer no prazo máximo de 1 (um) ano a contar da data de início da liquidação do Fundo, podendo a CMVM, em casos excepcionais e a pedido, devidamente fundamentado, da Sociedade Gestora, prorrogar este prazo.

5. Durante o período de liquidação, mantêm-se as obrigações de prestação de informação consagradas neste Regulamento, devendo ser enviada mensalmente à CMVM uma memória explicativa da evolução do processo de liquidação do Fundo.

6. Mediante deliberação unânime da Assembleia de Participantes, o reembolso das unidades de participação poderá ser feito em espécie.

7. O valor final de liquidação do Fundo é divulgado pela Sociedade Gestora no decurso dos 5 (cinco) dias subsequentes ao seu apuramento definitivo, devendo as contas de liquidação do Fundo ser enviadas à CMVM dentro do mesmo prazo.

8. A dissolução do Fundo será sempre justificada às autoridades competentes e precedida de uma auditoria completa às suas demonstrações financeiras, bem como de uma avaliação independente e actualizada do seu património.

CAPÍTULO VIII Regime fiscal

Artigo 30º Regime Fiscal

1. O regime fiscal do Fundo é o seguinte:

- Os bens imóveis encontram-se sujeitos a Imposto Municipal sobre Imóveis e Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis.

- Os rendimentos obtidos são tributados autonomamente à taxa de 25%, referente a IRC, sobre o montante líquido dos rendimentos prediais, sendo as aplicações financeiras tributadas a uma taxa de 28% com retenção na fonte, com excepção nas unidades de participação de fundos de tesouraria que são tributados a uma taxa de 25%.

- Os rendimentos prediais relativos à habitação social sujeita a regimes legais de custos controlados estão sujeitos a tributação à taxa de 15%.

- As mais-valias prediais estão sujeitas a uma taxa de 25%, referente a IRC, sobre metade do saldo positivo entre as mais e menos-valias.

(13)

- As mais-valias prediais relativas à habitação social sujeita a regimes legais de custos controlados estão sujeitas a tributação, autonomamente, à taxa de 10% sobre a diferença positiva entre as mais- valias e as menos-valias obtidas em cada ano.

O regime fiscal aqui descrito não dispensa a consulta da legislação em vigor nem representa qualquer garantia que o mesmo se mantenha estável pelo período de investimento.

Artigo 31º

Regime fiscal do participante

1.Os rendimentos respeitantes a unidades de participação obtidos por sujeitos passivos de IRS, são isentos, na medida em que o próprio Fundo já foi tributado, desde que os rendimentos sejam obtidos fora do âmbito duma actividade comercial, industrial ou agrícola, podendo, no entanto, ser englobados, caso em que o imposto retido ou devido na esfera do próprio Fundo tem a natureza de imposto por conta.

2. No caso dos rendimentos respeitantes a unidades de participação obtidos por sujeitos de IRC ou IRS, no âmbito de uma actividade comercial, industrial ou agrícola, não sujeitos a retenção na fonte, sendo considerados como proveitos ou ganhos e o imposto retido ou devido na esfera do Fundo tem a natureza de imposto por conta.

3. No caso dos rendimentos respeitantes a unidades de participação ser obtido por entidades isentas de IRC, existe direito a restituição pela Sociedade Gestora por conta do Fundo, no montante do imposto retido ou devido, correspondente aos rendimentos das unidades de participação que detenham.

4. Os rendimentos respeitantes a unidades de participação obtidos por sujeitos passivos não residentes em território português estão isentos de IRS e de IRC.

CAPÍTULO IX Disposições finais

Artigo 32º.

Publicidade de Regulamento e Alterações

1. O presente Regulamento está disponível nas instalações da Sociedade Gestora, e da Entidade Depositária.

2. As alterações a este Regulamento carecem de autorização prévia da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, salvo nos casos e matérias em que essa autorização seja legalmente dispensável.

3. O Regulamento de Gestão do Fundo assim como as respectivas alterações são objecto de publicação no Boletim de Cotações da Euronext Lisboa

Artigo 33º.

Estipulação de Foro

Para as questões emergentes da execução ou interpretação deste Regulamento, bem como dos actos de gestão por ele enquadrados, é competente o Foro da Comarca de Lisboa, com expressa renúncia a qualquer outro.

Artigo 34º.

Impressão Obrigatória do Regulamento de Gestão e Posteriores Alterações

1. O presente Regulamento será obrigatoriamente reproduzido no verso das propostas de subscrição.

(14)

2. As alterações a este Regulamento carecem de aprovação da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários e da publicação no Boletim de Cotações da Euronext Lisboa, num jornal de grande circulação ou no sistema de difusão da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.

Mapa A - Fundos de Investimento geridos pela Sociedade Gestora

Denominação Tipo Política de investimento VLGF em euros (a 30-06-2014, em € milhões)

Nº participantes (a 30-06-2014) Santa Casa 2004 (*)

Fechado de subscrição particular

Regenerar e valorizar o património em que vier a investir,

e que será seleccionado a partir do património imobiliário da Santa Casa da Misericórdia de

Lisboa

46,8 1

Portuguese Prime Property Box

aquisição de prédios urbanos ou fracções autónomas para rendimento, destinados a comércio, serviços ou habitação.

15,6 1

Fundor aquisição de prédios urbanos

para revenda ou arrendamento para comércio, serviços ou habitação; desenvolvimento de

projectos de construção de edifícios para os aludidos fins

7,3 5

Galleon Capital Partners

aquisição de prédios urbanos para revenda ou arrendamento

para comércio, serviços ou habitação; desenvolvimento de

projectos de construção e reabilitação de edifícios para os

aludidos fins

5,2 1

Portugal Retail Europark Fund

15,1 1

Viriatus aquisição de retail parks em

Portugal

5,4 1

Lusitânia (*) 4,6 1

Imogenesis (*) Aquisição de prédios urbanos ou

fracções autónomas para rendimento, destinados a comércio, serviços ou habitação.

0,005 2

Sertorius Fechado especial de subscrição particular

Aquisição de prédios, urbanos ou rústicos, ou fracções autónomas para revenda ou arrendamento

para comércio, serviços ou habitação; desenvolvimento de

projectos de construção e reabilitação de edifícios para os

aludidos fins.

21,8 1

Ulysses aquisição de prédios urbanos ou

fracções autónomas para rendimento, destinados a comércio, serviços ou habitação.

0,4 1

(15)

Coimbra Viva I Desenvolvimento de projectos de construção e reabilitação de

edifícios para revenda ou arrendamento para comércio, serviços ou habitação localizados

no Centro Histórico de Coimbra

5,3 13

FOUR Fund (*) Desenvolvimento de projectos de

construção e reabilitação de edifícios para revenda ou arrendamento para comércio, serviços ou habitação localizados

no Centro Histórico do Porto

4,9 1

Quinta da Ombria Aquisição de prédios urbanos,

rústicos ou mistos localizados em Portugal, Algarve, nomeadamente no Concelho de Loulé e áreas

limítrofes

.

18,5 1

Imoreserve Desenvolvimento de projecto de

construção do empreendimento sito na Quinta do Lameiro em

Carcavelos

4,9 13

Olissipo Aquisição de prédios, urbanos ou

rústicos, ou fracções autónomas para revenda ou arrendamento

para comércio, serviços ou habitação

9,6 5

SICAFI Nexponor

Sociedade Especial de Investimento

Imobiliário

Aquisição de prédios urbanos ou fracções autónomas para uso de comércio e serviços, numa óptica

de produto imobiliário de rendimento e a aquisição de

terrenos urbanos com a finalidade de desenvolver projectos de construção e reabilitação de edifícios para revenda e/ou arrendamento.

65,1 203

Número total de fundos: 16

Valor total: 230,5

Referências

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