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PESQUISA SÁUDE, BEM-ESTAR E PRODUTIVIDADE NOS ESCRITÓRIOS BRASILEIROS COM PARCERIA:

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Academic year: 2021

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PESQUISA

SÁUDE,

BEM-ESTAR E

PRODUTIVIDADE

NOS

ESCRITÓRIOS

BRASILEIROS

COM PARCERIA:

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O World Green Building Council (World GBC) publicou o relatório denominado Health, Wellbeing & Productivity in Offices: the Next Chapter for Green Buildings em setembro de 2014, o qual apontou as relações contundentes de como o ambiente de um escritório causa impacto significativo na saúde, bem-estar e produtividade das pessoas que o ocupam. Em janeiro de 2015, o Green Building Council Brasil formou uma equipe de pesquisadores voluntários formada por uma profissional arquiteta LEED AP, Eleonora Zioni, o engenheiro pesquisador MSc, Jose Eduardo Modica, coordenado pela arquiteta LEED GA, Maíra Macedo. Este trabalho de Pesquisa contou com a parceria do Laboratório de Conforto do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), por meio dos profissionais Dr. Fulvio Vittorino, arquiteta Ms. Adriana Britto e Dr. Marcelo Aquilino

para pesquisar a Saúde, Bem-estar e Produtividade nos escritórios brasileiros.

Após três anos completos de pesquisa, as conclusões a seguir são baseadas em casos reais de escritórios em São Paulo.

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O Conforto Térmico foi percebido como o fator de maior importância (83% dos ocupantes indicaram ser muito importante) para melhoria e conservação da sua saúde, seguido por Iluminação (79%) e Qualidade do ar e Ventilação (76%).

Em uma empresa, mais de 61% das pessoas sentiram-se distraídas ou irritadas com o ruído das pessoas conversando no escritório e as medições do ambiente interno reforçam esta conclusão em 9 ocasiões.

76,7% de pessoas declararam estar satisfeitas com o seu local de trabalho e entorno.

Os resultados indicam a importância do monitoramento da qualidade do ambiente interno durante a operação de edifícios. Quando acompanhado de ações corretivas, caso necessário, pode melhorar a sensação de conforto e o bem-estar dos ocupantes, refletindo em ganhos de produtividade e receita nas organizações.

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Descrição do trabalho

A compreensão da relação entre as pessoas e seus locais de trabalho é importante para o desenvolvimento de edifícios mais saudáveis e sustentáveis, aspectos valorizados pelos investidores, projetistas e ocupantes.

Observamos que o ambiente interno é capaz de influenciar o bem-estar dos trabalhadores, um conceito psicológico impactado fortemente pelos aspectos subjetivos, como a satisfação com a vida e felicidade geral. Tais preocupações, particularmente em grandes escritórios de negócios, já levou a consideráveis investimentos, criando assim um novo mercado com novas oportunidades. No entanto, o problema surge quando se tenta determinar e avaliar as métricas e indicadores de ambientes interiores necessárias ao bem-estar dos trabalhadores.

Considerando que os salários e benefícios são responsáveis, normalmente, por 90% das despesas de uma organização, o acréscimo na produtividade dos

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PESQUISA SAÚDE E BEM-ESTAR

funcionários traz mais benefícios do que reduções de custos fixos como água e energia, e ainda eventuais custos de construção ou de ocupação de ambientes internos são compensados e superados.

Esta pesquisa teve como objetivo realizar uma avaliação do bem-estar nos escritórios, além da avaliação do desempenho dos sistemas e equipamentos instalados nos ambientes, através da aplicação do método perceptivo e físico. A avaliação subjetiva foi realizada por questionário e incluiu as seguintes categorias: Qualidade do Ar interno e Ventilação; Conforto Térmico; Iluminação; Ruído e Acústica; Biofilia e Visibilidade; Layout e Ocupação dos Espaços; Localização e Acessos; e Facilidades e Percepções. Dentro de cada uma destas categorias foram realizadas perguntas aos ocupantes com a finalidade de averiguar o seu grau de satisfação e a importância com a categoria em questão.

O questionário foi aplicado para os ocupantes de oito escritórios certificados LEED (Leadership in Energy and Environmental Design) na categoria CI (Commercial Interiors), localizados no estado de São Paulo. A distribuição foi feita via web, de forma confidencial, separadamente por edifício e enviada ao Gestor, representante do RH ou de Facilities de cada uma das empresas, o qual ficou responsável por realizar a distribuição interna para os ocupantes do escritório que levaram aproximadamente 11 minutos para responder a pesquisa.

Para o desenvolvimento do questionário, foram realizadas pesquisas bibliográficas bem

como discussões com

profissionais da área que fizeram estudos similares incluindo: IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), Skanska da Inglaterra, Universidade de Los Andes, Departamento de Psicologia da USP e GBC da Colômbia. Utilizou-se para avaliação a escala de Likert, as normas ISO e ASHRAE.

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O questionário consistiu em coletar, de forma anônima, respostas para verificar a percepção dos ocupantes com relação aos fatores da edificação, tais como: qualidade do ar e ventilação, conforto térmico, iluminação, qualidade acústica, ocupação de espaços e ergonomia, áreas verdes e vistas, aspecto e percepções, localização e transporte e facilidade e conveniências.

Além das respostas coletadas sobre os fatores da edificação que podem impactar o bem-estar também foram levantados dados pessoais, incluindo: gênero, idade, regime de trabalho, turno, localização da estação de trabalho e tempo de trabalho na companhia.

Com relação à qualidade do ar e ventilação, foram avaliados: ventilação, umidade do ar, controle

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O Conforto Térmico foi percebido como o fator de maior importância (83% dos ocupantes indicaram ser muito importante) para melhoria e conservação da sua saúde, seguido por Iluminação (79%) e Qualidade do ar e Ventilação (76%).

Em uma empresa, mais de 61% das pessoas sentiram-se distraídas ou irritadas com o ruído das pessoas conversando no escritório e as medições do ambiente interno reforçam esta conclusão em 9 ocasiões.

76,7% de pessoas declararam estar satisfeitas com o seu local de trabalho e entorno.

Os resultados indicam a importância do monitoramento da qualidade do ambiente interno durante a operação de edifícios. Quando acompanhado de ações corretivas, caso necessário, pode melhorar a sensação de conforto e o bem-estar dos ocupantes, refletindo em ganhos de produtividade e receita nas organizações.

PESQUISA SAÚDE E BEM-ESTAR

individual de ventilação, velocidade de circulação do ar, desconforto devido a jato de ar localizado e ar parado e odores desagradáveis, bem como o nível de satisfação do ocupante.

A avaliação do conforto térmico teve como objetivo verificar: sensação térmica no verão e inverno, período do dia em que há desconforto térmico, sensação de frio ou calor em determinado período do dia e nível de satisfação em relação às condições térmicas do ambiente de trabalho.

Do fator Iluminação, foram avaliados aproveitamento da iluminação natural, controle da iluminação natural ou artificial pelo usuário, quantidade da iluminação (pouca ou em excesso), avaliação e satisfação do usuário.

Sobre a qualidade acústica, foram verificados ruídos provenientes de equipamentos internos (impressoras, telefones, teclados e computadores),

vibração (incluindo

ar-condicionado), colegas, ruídos oriundos do ambiente externo ao edifício, avaliação e satisfação do usuário com res

peito ao nível de ruído. No fator ocupação dos espaços e ergonomia, analisaram-se: privacidade na estação de trabalho; densidade de pessoas no escritório; dores nas mãos, costas, pernas, pescoço, braços e indisposição; existência de áreas para o usuário dar telefonemas; descanso; conforto e informações sobre a cadeira; possibilidade de regulagem da tela do computador; se o ocupante passa a maior parte do dia sentado ou em pé; suficiência do espaço para execução das atividades; e nível de satisfação do usuário.

Com respeito ao aspecto de áreas verdes e vistas, foram avaliados: sensação do ocupante em relação à existência ou à falta de plantas e vasos de flores no escritório; visibilidade de árvores, áreas verdes, jardins e céu através da janela; nível de satisfação do usuário em relação a este aspecto.

As questões sobre os aspectos e percepções envolveram: limpeza e organização do espaço, sensação do ocupante em relação às formas, cores e texturas das

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paredes e pisos do escritório e o nível de satisfação do usuário em relação a esta categoria.

Em relação ao fator transporte, avaliaram-se o meio de transporte utilizado para a locomoção ao trabalho, a distância percorrida pelo usuário desde a sua residência ao transporte público, opção de fornecimento de transporte complementar pelo empregador, se o usuário não possui alternativa a não ser dirigir ao local de trabalho, a duração de deslocamento da residência ao local de trabalho, stress do usuário devido ao deslocamento e nível de satisfação do usuário em relação ao transporte.

Por fim, dentro do fator facilidades e conveniências avaliaram-se a existência de estacionamento de automóvel e moto no local de trabalho, local para armazenamento de bicicleta, existência de copa ou refeitório no escritório, existência de restaurantes, creches, parques ou praças nas proximidades ao local de trabalho e o nível de satisfação do ocupante relacionado ao fator facilidades e conveniências.

Para as análises desta pesquisa, foi feito um recorte considerando apenas as empresas que tiveram acima de vinte respondentes, de forma a evitar as amostras tendenciosas, o que em termos de numeros correspondeu a 400 pessoas de quatro empresas. As empresas participantes receberam um diagnóstico da percepção dos ocupantes que poderá ser utilizado como base para a implementação de melhorias no espaço físico.

A avaliação dos resultados do método perceptivo possibilitou identificar, em todas as empresas avaliadas, que o fator acústica era o de maior insatisfação dos

ocupantes. Com esta

constatação, o IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) realizou as medições físicas do fator acústico em três das empresas analisadas.

As medições foram realizadas utilizando-se de equipamentos apropriados e posicionados de forma estratégica em diversos pontos de forma a mensurar o nível de pressão sonora durante

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O questionário foi aplicado para os ocupantes de oito escritórios certificados LEED (Leadership in Energy and Environmental Design) na categoria CI (Commercial Interiors), localizados no estado de São Paulo. A distribuição foi feita via web, de forma confidencial, separadamente por edifício e enviada ao Gestor, representante do RH ou de Facilities de cada uma das empresas, o qual ficou responsável por realizar a distribuição interna para os ocupantes do escritório que levaram aproximadamente 11 minutos para responder a pesquisa.

Para o desenvolvimento do questionário, foram realizadas pesquisas bibliográficas bem

como discussões com

profissionais da área que fizeram estudos similares incluindo: IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), Skanska da Inglaterra, Universidade de Los Andes, Departamento de Psicologia da USP e GBC da Colômbia. Utilizou-se para avaliação a escala de Likert, as normas ISO e ASHRAE.

PESQUISA SAÚDE E BEM-ESTAR

um dia útil típico, aproximadamente, das 9h às 15h. Dois medidores de pressão sonora foram instalados para medir o desempenho acústico do escritório. Um equipamento foi mantido fixo em um ponto principal considerado crítico em termos de exposição ao ruído gerado internamente, e outros equipamentos foram alocados em vários pontos de escritório, incluindo áreas de espaços de reunião e salas coletivas, dentro de medidas de cinco minutos de duração.

Em relação ao conforto térmico foram realizadas medições de temperatura do ar interna e externa, velocidade do ar, umidade e temperatura radiante média com auxílio de vários instrumentos e da câmera térmica.

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3- Em uma empresa, mais de 61% das pessoas sentiram-se distraídas ou irritadas com o ruído das pessoas conversando no escritório. A falta da capacidade de controlar o ambiente físico, traduzida na prática em poder alterar a temperatura, o nível de iluminação, ligar ou desligar a lâmpada, abrir a janela, conversar com privacidade ou evitar ruídos, é uma fonte geradora de stress nas pessoas. A sensação de conforto, segurança e tranquilidade gera o bem-estar nos seres humanos.

4- Com relação a este dado significativo, medições de som foram realizadas em duas empresas participantes para uma conclusão profunda e assertiva.

1- O nível de satisfação de uma forma geral é de 76,7% de pessoas satisfeitas com o seu local de trabalho e o entorno.

2- O conforto térmico foi percebido pelos trabalhadores como o fator mais importante para a melhoria e conservação da saúde no ambiente do escritório (83% dos ocupantes indicaram ser muito importante), seguido por Iluminação (79%) e Qualidade do ar e Ventilação (76%). Quando perguntados se sentiam algum desconforto durante o dia, 38% respoderam que sentiam frio, ou calor durante todo o dia.

Resultados da Avaliação Subjetiva

Importância para melhoria/conservação da saúde

Muito importante Importante Pouco importante Sem importância

Conforto térmico Iluminação Qualidade do ar e ventilação Espaços e ergonomia Nível de ruído Transporte Facilidade e conveniências Áreas verdes Texturas e revestimento 20% 40% 60% 80% 100% *Foto Ilustrativa

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LeqA LeqA* Limite aceitável NR 17

As medições de níveis de pressão sonora excederam pontualmente o limite recomendável pela norma NR-17 em 9 ocasiões durante o período de medição das 9 até 15hs, como podemos verificar no gráfico abaixo.

É desafiador equilibrar a necessidade de concentração e privacidade com o desejo de proporcionar um espaço aberto que facilite a comunicação e a interação do pessoal.

Resultado das medições de acústica do ambiente interno

5- A temperatura do ar medida em duas das empresas pesquisadas variou entre 23° C e 25°C, em conformidade com a

PESQUISA SAÚDE E BEM-ESTAR

ABNT NBR 16401:2008 e o Ministério do Trabalho NR 7, bem

como com as normas

internacionais ISO 7730:2005, ASHRAE Standard 111 e ASHRAE 55:2010. Entretanto a sensação térmica não depende apenas da temperatura do ar, mas também da velocidade do ar, umidade do ar e da temperatura radiante. Como podemos observar no gráfico a seguir da medição feita em 145 pontos do escritório entre 14 e 15 horas, existem alguns locais com baixa velocidade do ar.

Resultados das medições de temperatura e velocidade do ar Horário de almoço Velocidade do ar Próx. saída de ar cond. Temperatura do ar

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O Conforto térmico foi considerado o fator mais importante para melhorar a conservação da saúde dos ocupantes. O resultado da combinação dos fatores psicológicos pessoais e atributos físicos como temperatura, velocidade do ar, umidade e

temperatura radiante

proporcionam a sensação de conforto.

A qualidade acústica foi

apontada como muito

importante para a satisfação dos ocupantes. Uma boa acústica é um elemento crucial que influencia a satisfação e a produtividade no escritório. A acústica é considerada em ferramentas de classificação de certificação como LEED e WELL. O conforto acústico é importante para influenciar a percepção de satisfação, é difícil mensurar o impacto desde fator para o bem-estar dos ocupantes sem considerar a influência da qualidade do ar interno,

ventilação e o conforto térmico. O ambiente interno do escritório deve ser flexível visando satisfazer os vários usuários com um projeto que contemple a orientação solar correta do edifício, ventilação natural e sombreamentos; combinado à tecnologia de sistemas de ar condicionado, automação e controle da temperatura e também com incentivo ao comportamento consciente das pessoas usando roupas apropriadas e controlando os sistemas disponíveis.

O Green Building Council Brasil e empresas associadas pretendem estimular o avanço de projetos sustentáveis e ambientes de escritórios que considerem o conforto térmico, a iluminação, a qualidade do ar e a acústica focando na satisfação dos usuários.

Acompanhe as apresentações feitas nos Congressos Greenbuilding Brasil 2015, 2016 e 2017.

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GREEN BUILDING COUNCIL BRASIL 2018

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