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Variedades tradicionais de pomóideas: do conhecimento à valoração pelos consumidores portugueses

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Financiamento:

Variedades tradicionais de pomóideas:

do conhecimento à valoração pelos

consumidores portugueses

SEMINÁRIO

RECUPERAÇÃO E PRESERVAÇÃO DE VARIEDADES

TRADICIONAIS DE FRUTEIRAS

frutitec / hortitec

Exposalão, Batalha| 20.02.2014

Moreira, J.; Dinis, I.; Simões, O.

Botelho, A.; Pinto, L.; Gomes, L.

jmoreira@esac.pt

(2)

ENQUADRAMENTO

Intensificação e

massificação da produção

Expansão de um quadro de referência

valorizador das produções locais, com

preocupações ambientais e patrimoniais

Nova abordagem à conservação do património genético!

O conhecimento do mercado e o desenvolvimento de estratégias de conservação

contribuem para a preservação de um vasto e riquíssimo património de elevado interesse

agronómico e económico, nomeadamente no que respeita ao melhoramento genético

(resistência a pragas e doenças, novos gostos e aromas, etc.), à valorização territorial,

(3)

ENQUADRAMENTO

Projecto 740 Projecto PTDC/EGE-ECO/114091/2009

2004

2014

?

Conhecimento e consumo de variedades tradicionais de variedades tradicionais de pomoídeas Valoração de variedades tradicionais de frutas e legumes

Estudos centrados no consumo

Pesquisa de dados estatísticos, inquéritos de rua, provas

organolépticas

Provas organolépticas +

Economia experimental (avaliação contingente e leilões experimentais)

(4)

CONHECIMENTO E CONSUMO

235 inquéritos de rua Áreas de consumo Porto Coimbra Lisboa Áreas de produção Viseu Oeste Metodologia Alguns resultados…

2

1

3

Maçã

Laranja

Pêra

… das maçãs!

Golden Delicious + consumida

Bravo é a mais consumida das regionais

11% - 25 inquiridos

Outras variedades regionais

3% - 6 inquiridos

… das peras!

Rocha + consumida

64% - 150 inquiridos

Outras variedades regionais

6% - 14 inquiridos

a)

a) Fonte: GPPAA, 2004

71% prefere fruta produzida em PT,

independentemente da variedade

48% compram, maioritariamente, em

super/hipermercados

(5)

CONHECIMENTO E CONSUMO

0 20 40 60 80 100

Porto Coim bra Vis eu Oeste Lis boa

Bravo de Es molfe Canavial Camoesa

0 20 40 60 80 100

Porto Coimbra Vis eu Oes te Lis boa

Cas a Nova de Alcobaça Es pelho Malápio

0 20 40 60 80 100

Porto Coim bra Vis eu Oeste Lis boa

Pardo Lindo Pipo de Basto Porta da Loja

0 20 40 60 80 100

Porto Coimbra Viseu Oeste Lisboa

Riscadinha de Palmela S. João/S. Tiago Três-ao-prato

b)

b) Foto: Arminda Lopes

(6)

CONHECIMENTO E CONSUMO

0 20 40 60 80 100

Oporto Coimbra Viseu West Region Lisbon

Amêndoa Amorim Baguim

0 20 40 60 80 100

Oporto Coimbra Viseu West Region Lisbon

Cabaça Carapinheira Joaquina

0 20 40 60 80 100

Oporto Coimbra Viseu West Region Lisbon

Marmela Marquesinha Passa de Viseu

0 20 40 60 80 100

Oporto Coimbra Viseu West Region Lisbon

Pérola Rocha Sete cotovelos

c)

(7)

FACTORES DETERMINANTES DA ESCOLHA

0 20 40 60 80 100

Aspecto Sabor Preço Origem Variedade Tratamentos

Químicos

Tamanho

(8)

GOSTO E DISPOSIÇÃO A PAGAR

9 variedades: 3 estrangeiras, 6 regionais, produzidas em MPB e convencional; Golden Delicious; Starking e Querina;

Malápio da Serra; Maçã Pedra; Tromba de Boi; Bravo; Pêro Pipo e Malápio Pequeno (Jadão); Avaliação do aspecto, sabor, aroma e textura e procediam à DP (1€/Kg), com conhecimento de toda a informação sobre a respectiva maçã, para evitar sobreavaliação de determinada característica;

231 participantes, > 16 anos de idade;

52% de mulheres;

50% AML;

Rendimentos líquidos médios entre os 1000 e

os 2000 EUR mensais;

70% com ensino secundário/superior;

60% com alguma experiência rural 



 Enviesamento… Lisboa, FIL, evento sobre inovação…, em finais

de Novembro de 2007;

Avaliar o efeito da característica “variedade tradicional” na disposição a pagar;

Prova organoléptica com avaliação contingente (método de declaração de preferência);

(9)

2 3 4 5 A B C D E F G H I A v a lia ç ã o ( 0 -5 V a l. ) Sabor 2 3 4 5 A B C D E F G H I A v a lia ç ã o ( 0 -5 V a l. ) Aroma 12 13 14 15 16 17 A B C D E F G H I A v a lia ç ã o ( 0 -2 0 V a l. ) Avaliação Global 0 0.4 0.8 1.2 1.6 2 A B C D E F G H I P re ç o ( € /K g ) Disponibilidade a pagar

A – Malápio da Serra | B – Maçã Pedra | C – Golden Delicious| D – Tromba de Boi | E – Starking| F – Bravo

G – Querina | H – Pêro Pipo| I – Malápio Pequeno (Jadão)

???

G

O

S

T

O

E

D

A

P

(

R

e

su

lt

a

d

o

s

F

IL

)

2 3 4 5 A B C D E F G H I A v a lia ç ã o ( 0 -5 V a l. ) Aspecto 2.00 3.00 4.00 5.00 A B C D E F G H I A v a lia ç ã o ( 0 -5 V a l. ) Textura

(10)

GOSTO E DISPOSIÇÃO A PAGAR

As características organolépticas têm forte relevância estatística na DP, sendo o aspecto e o

sabor factores determinantes;

A característica tradicional tem forte peso na DP. Os consumidores estão dispostos a pagar, ceteris paribus, 6% a mais por uma variedade tradicional em relação a outras, ainda que produzidas em Portugal;

O sistema produtivo e o factor extinção têm pouco peso na DP;

Em virtude dos parâmetros analisados, as variedades Bravo, Tromba de Boi, Pêro Pipo e

Malápio da Serra registaram boa aceitação pelos consumidores.

d) Bravo e) Malápio da Serra f) Pêro Pipo

(11)

Financiamento Proponentes

Equipa de Investigação

ESAC | CERNAS – Isabel Dinis (Coordenadora); Orlando Simões e Jorge Moreira UM | NIMA – Anabela Botelho (Investigadora Responsável) , Lígia Pinto, Lina Gomes Objectivo central

Compreender a reacção dos consumidores de frutas e legumes à introdução de variedades tradicionais e, em particular, determinar o prémio que estão DAP por diversos atributos das frutas e legumes, particularmente o atributo “variedade tradicional”.

PROJECTO PTDC/EGE-ECO/114091/2009

Aplicação de metodologias de economia experimental na avaliação da disposição a

pagar dos consumidores por variedades tradicionais de frutas e legumes

(12)

Métodos hipotéticos, como avaliação contingente e escolha

discreta (preferências declaradas) e mercados experimentais

(leilões) (preferências reveladas).

Como pressupõem conhecimento do que está a ser avaliado… combinam-se provas organolépticas +

metodologias de economia experimental.

Por outro lado, para perceber se as metodologias funcionam e se podem ser executadas em qualquer contexto, as

experiências decorreram em contexto de loja e,

posteriormente, as variedades foram colocadas à venda.

EXPERIÊNCIAS EM LOJA

(13)

METODOLOGIA

Contexto de loja

AMP Coimbra AML

2 tratamentos hipotéticos (com informação e sem informação) 1 tratamento real

Quase 1000 inquéritos válidos Maçã – 504 X (2 ensaios) Pêra – 353 X (Tomate – 115 X) Prova Eliciação DAP Informação Eliciação DAP Arrependimento Possibilidade de compra Leilão Compra Não compra

M

o

d

e

lo

tr

a

ta

m

e

n

to

r

e

a

l

Prova Eliciação DAP Possibilidade de compra Info Não info

Info Não info

M

o

d

e

lo

tr

a

ta

m

e

n

to

s

h

ip

o

ti

co

s

(14)

Combinação Disposição

*

Esquerda Direita

A Morettini Carapinheira

B Morettini Pérola

C Clapp’s Favourite Carapinheira

D Clapp’s Favourite Pérola

E Carapinheira Morettini

F Carapinheira Clapp’s Favourite

G Pérola Morettini

H Pérola Clapp’s Favourite

I General Leclerc Rocha

J Rocha General Leclerc

Combinação Disposição

*

Esquerda Direita A Golden Delicious Malápio da Serra

B Golden Delicious Pêro Pipo

C Golden Delicious Bravo

D Starking Malápio da Serra

E Starking Pêro Pipo

F Starking Bravo

G Fuji Malápio da Serra

H Fuji Pêro Pipo

I Fuji Bravo

J Malápio da Serra Golden Delicious

L Malápio da Serra Starking

M Malápio da Serra Fuji

N Pêro Pipo Golden Delicious

O Pêro Pipo Starking

P Pêro Pipo Fuji

Q Bravo Golden Delicious

R Bravo Starking

S Bravo Fuji

(15)

ALGUNS RESULTADOS (maçãs)

Tratamento hipotético – a previsão da DAP média da variedade tradicional não é estatisticamente

diferente da previsão da DAP média da variedade estrangeira.

Tratamento real – prevê-se que os participantes estejam dispostos a pagar preços

estatisticamente mais elevados pelas variedades estrangeiras do que pelas tradicionais

???)  ANÁLISE DO 2.º ENSAIO EM CURSO

O sabor é um factor significativo na previsão do valor da DAP para variedades nacionais e estrangeiras, assim como as restantes características organolépticas.

Confusão entre origem da fruta e origem da variedade.

Na amostra em questão as variedades estrangeiras foram preferidas, no sentido em que os consumidores demonstraram estar dispostos a pagar mais por elas, na sequência de uma maior valorização das suas características.

(16)

EXPERIÊNCIA DE ESCOLHAS DISCRETAS

Dados

- 649 Inquéritos válidos realizados on-line - 15.596 observações (649 x 12)

- Grau de certeza médio da DAP – 7,63 (Escala de 0 a 10)

Atributos

- Textura (rija ou mole) - Sabor (ácida ou doce) - Tamanho (pequena, média ou grande)

- Cor (amarela, verde, vermelha)

- Origem (estrangeira ou tradicional portuguesa) - Preço (0,6 Eur/Kg; 0,9 Eur/Kg; 1,2 Eur/Kg; 1,5 Eur/Kg)

Maçã 1 Maçã 2

Textura Rija Mole

Sabor Ácida Doce

Cor Amarela Verde

Tamanho Média Média

Origem Variedade tradicional portuguesa (produzida em Portugal) Variedade Estrangeira (produzida em Portugal) Preço€/kg 1.2 0.9 Escolha   Delineamento experimental 12 conjuntos de escolha

(17)

ALGUNS RESULTADOS

Atributos com influência negativa na escolha

- Preços elevados

- Origem estrangeira da variedade

- Textura mole

- Sabor ácido

Preferência pelos calibres maiores

Preferência pela cor amarela

DAP

Em média, tendo em conta os resultados da estimação com os atributos das maçãs,

há uma disposição a pagar de 0,86 EUR por um kg de variedade de maçã nacional

(relativamente a 1 kg de variedade estrangeira). Cenário de maçã ideal!

Os indivíduos que atribuem maior utilidade às variedades tradicionais:

- Compram maiores quantidades de maçã

- São consumidores frequentes

- Geralmente reparam nas características do produto (embalagem/prateleira)

- Têm mais idade

(18)

EM SUMA

PROCURA

(Nichos de mercado + valorização da produção nacional e do ser tradicional +

aumento da capitação (TCMA 2%) + procura de produtos diferenciados contra a

massificação (aspecto e sabor diferenciados valorizados) + procura por alimentos

funcionais + fraco consumo de variedades regionais)

+

OFERTA

(Balança comercial deficitária + perspectiva de negócio face à alteração de gostos dos

consumidores + investigação na melhoria da rendibilidade das variedades tradicionais

+ sensibilização / promoção das variedades tradicionais junto do grande consumo,

aproveitando algum regionalismo e memória + existência de mecanismos de garantia

de origem e qualidade (DOP, IGP) + condições edafoclimáticas favoráveis à produção)

=

BOAS OPORTUNIDADES PARA AS VARIEDADES REGIONAIS

Evidências

(19)

Projecto PTDC/EGE-ECO/114091/2009

Aplicação de metodologias de economia experimental na avaliação da disposição a pagar dos consumidores por variedades tradicionais de frutas e legumes

Instituições promotoras: Financiamento:

Apoio:

OBRIGADO PELA ATENÇÃO

Referências

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