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Toda metodologia deve considerar:

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FRAGOSO, Suely; RECUERO, Raquel; AMARAL, Adriana.1 Métodos de pesquisa para

internet. Porto Alegre: Sulina, 2011.

|Resenha de André Dala Possa.

Como fazer? Como aplicar? Como pensar? … a pesquisa com as complexas questões que envolvem objetos relacionados à Internet?

- Metodologia não é uma área de consensos;

- Não existem percursos metodológicos prontos. Cada escolha supõe riscos e limites. - O sucesso da pesquisa está no embate bem orientado com autores diversos. Assumir cegamente uma corrente é abrir mão da proposta dialógica.

- Em internet, há de se considerar seu caráter mutável e efêmero.

- Há uma armadilha, de modismo e de fascínio pelo tema que é contemporâneo e emergente.

- Dialogar com outras áreas, na interpretação dos resultados.

- Considerar as subjetividades e perspectivas culturais, de modo a ampliar a profundidade de análise; Bases filosóficas - Positivismo - Racionalismo crítico - Estruturalismo - Dialética - Funcionalismo

Toda metodologia deve considerar:

1.

Bases filosóficas;

2.

Métodos

3.

Modalidades de pesquisa;

4.

Procedimentos metodológicos;

5.

Técnicas e instrumentos.

(2)

- Fenomenologia - Sistêmico

Métodos

- Dedutivo: parte-se do conhecimento para o desconhecido.

- Indutivo: parte-se do desconhecido para o conhecimento. Do específico para o geral. A partir de evidências acerca do objeto de estudos, formulam-se teorias.

- Hipotético-dedutivo: parte do pressuposto de que o conhecimento relativo a teorias não é universal. Fazendo-se necessário, então, que hipóteses sejam formuladas e testadas, através do método de dedução, com o objetivo de mostrar a falseabilidade teórica dessas teorias. Ou seja, as teorias podem ser refutadas.

(3)

Modalidades de pesquisa

Principais: Etnográfica; Participante; Estudo de caso; Pesquisa-ação.

Secundárias (quanto à natureza e aos procedimentos): Documental; Bibliográfica; de Campo; Experimental.

Secundárias (quanto aos objetivos): Exploratória; Descritiva; Analítica. Procedimentos metodológicos:

Elementos e passos necessários ao desenvolvimento da modalidade de pesquisa selecionada para a investigação do objeto em estudo.

• Variáveis: tudo o que diz respeito ao que eu irei apresentar. • Local da pesquisa: o contexto, o ambiente. Virtual (?) • Sujeitos: quem irá fornecer informações/dados. • Processo de coleta: quantitativo, qualitativo. Técnicas e instrumentos: • Observação; • Entrevistas; • Questionários; • Formulário; • Testes; • Análise de conteúdo; • História de vida; • Opinião pública;

Parte I - Perspectivas da pesquisa empírica Capítulo - “Panorama dos estudos de internet” Capítulo - “Construção de amostras”

Capítulo - “Teoria fundamentada”

Parte II – Apropriações metodológicas Capítulo - “Estudos de redes sociais” Capítulo - “Análise de hiperlinks” Capítulo - “Abordagens etnográficas”

O livro aqui resenhado aborda principalmente a pesquisa etnográfica em ambientes de Internet. Destaca-se que o livro foi escrito coletivamente, pela Internet. Uma característica semelhante a proposta do CCVAP.

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Questões centrais que são exploradas na obra:

1) Historicamente, manter o rigor científico das pesquisas já é um desafio, uma preocupação das ciências sociais e humanas. Frente à Internet, esse dilema se agrava porque há maior complexidade, está “aberta” e em constante processo de mudança.

2) Inicialmente, os estudos de Internet dividiram-se em: (a) o hype acerca do surgimento da própria internet; b) a polarização: real versus virtual, online versus off-line, interações síncronas versus assíncronas; e, c) o entendimento da internet como esfera autônoma, distinta do real, o ciberespaço.

3) O avanço pós anos de 1990 deu-se exatamente nos estudos do objeto “Internet” inserido no cotidiano, não mais como algo externo a ele.

4) Já nos anos de 2000, ganharam destaque a descrição e a apropriação dos objetos dentro de suas próprias dinâmicas, apropriações e lógicas. No Brasil, a pesquisa empírica se fortalece a partir da segunda metade dos anos 2000; antes disso as pesquisas eram mais filosóficas ou teórico-ensaísticas.

5) Amaral vai buscar em fontes seminais informações sobre as principais abordagens qualitativas da pesquisa sobre internet. Hine (2000) propõe que a internet, como objeto de estudo, pode ser pensada, tanto como cultura quanto como artefato cultural. Como cultura, ela seria um espaço, distinto do off-line, onde se estuda o contexto cultural dos fenômenos que ocorrem nas comunidades e/ou mundos virtuais, para saber o que as pessoas fazem quando estão on-line. Nesse aspecto, Boyd (2009) lembra que os grupos sociais atuais são definidos por meio de seus relacionamentos e de suas conexões. Como artefato cultural, estuda-se a inserção da tecnologia na vida cotidiana. A rede é tida como um elemento da cultura e não como uma entidade à parte. Dois temas fundadores dos estudos de internet derivam dessa visão: as comunidades virtuais (RHEINGOLD, 1997, RECUERO, 2005, entre outros) e as identidades on-line (TURKLE, 1997).

6) Na segunda parte da obra, Fragoso, Recuero & Amaral destacaram a pesquisa para Internet utilizando técnicas de coleta e análise estrutural com ênfase predominantemente quantitativa.

7) A aplicação da análise das redes sociais (ARS), caracterizada pelo diálogo entre as Ciências Sociais, a Matemática e a Computação, encontra-se ilustrada em um estudo de caso de fotologs brasileiros e auxilia na compreensão da dinâmica das interações entre usuários e da intensidade de seus laços.

8) O capítulo subsequente contempla a análise de hiperlinks e ressalta as contribuições de buscadores públicos e crawlers para um rastreamento mais eficiente de clusters, mapeamento de links, indexação de páginas, segmentação de nacionalidades em extensões e domínios, além de outras composições macroestruturais.

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9) Algumas ferramentas digitais e métodos já utilizados em suas análises: Objetos Alguns métodos apresentados na literatura Blogs Fotologs Videologs Moblogs Microblogs Análise de conteúdo Análise de discurso

Etnografia + ARS (Análise de Redes Sociais) Entrevistas Estudo de caso Observação participante Método biográfico Estatísticas Páginas pessoais Websites Análise de hyperlinks Etnografia Estudo de caso Análise de websfera Webometria

Portais Estudo de caso – Método GJOL1

Etnografia

Entrevistas em profundidade Análise documental

Mundos Virtuais Interacionalismo simbólico Etnografia Semiótica Análise documental Fóruns Chats Listas de discussão IRC

Pesquisa de opinião (survey) Observação participante Entrevista

Teoria fudamentada Sites de Redes Sociais ARS

Etnografia

ARS + Etnografia Grupo focal online

Entrevista em profundidade Análise de conversação Fonte: FRAGOSO, RECUERO e AMARAL (2011).

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Abordagens etnográficas (p. 167)

KUTSCHE, P. Field ethnography: a manhal for doing Cultural Anthropology. Upper Saddle Rive (NJ),1998, p. 152-206

McCURDY, D.W.; SPRADLEY, J.P.; SHANDY, D.J. The cultural experience. 2. Ed. Long Grove (IL): Waveland Press, 2005, p. 103-190.

Referências sugeridas FUNDAMENTOS

- TAYLOR, S. J. and BOGDAN, R. Introduction to qualitative research methods: a guidebook and resource. 3. Ed. New York: John Wiley, 1997, Cap 1 (p. 3-23).

- MERRIAM. S. B. Qualitative research and case study applications in education. San Francisco (CA) : Jossey-Bass. 1998., p. 3-25.

OBSERVAÇÃO PARTICIPANTE

- TAYLOR, S. J. and BOGDAN, R. Introduction to qualitative research methods: a guidebook and resource. 3. Ed. New York: John Wiley, 1997, Cap. 2 e 3 (p. 24-86). ENTREVISTA EM PROFUNDIDADE E DESCOBRINDO MÉTODOS

- TAYLOR, S. J. and BOGDAN, R. Introduction to qualitative research methods: a guidebook and resource. 3. Ed. New York: John Wiley, 1997, Cap 4 e 5 (p. 87-133) ANÁLISE DOS DADOS

- TAYLOR, S. J. and BOGDAN, R. Introduction to qualitative research methods: a

guidebook and resource. 3. Ed. New York: John Wiley, 1997, Cap. 6 (p. 134-163).

- GIBBS, G. Análise de dados qualitativos. Coleção Pesquisa Qualitativa. São

Paulo:Ed. Bookman, 2008. Cap 1-4 (pg. 15-78).

- MILES, M. B.; HUBERMAN, A. M. Qualitative Data Analysis. 2. Ed. Thousand Oaks:

Sage, 1994, Cap. 4 (p. 50-89.

Sobre PROJETO DE PESQUISA

DESLANDES, S. F. A construção do projeto de pesquisa. Em: Minayo, M.C.S. Pesquisa social: teoria, método e criatividade. Petrópolis: Vozes, 1995, p. 31-50..

ECO, U. Como se faz uma tese. São Paulo: Ed Perspectiva, 1977.

VERGARA, S.C. Projetos e relatórios de pesquisa em Administração. 3. Ed. São Paulo: Atlas, 2000.

(7)

Para MELHORAR A REDAÇÃO

COIMBRA, O. O texto da reportagem impressa: um curso sobre sua estrutura. São Paulo: Ática, 1993.

ASSUMPÇÃO, M.E.O.; BOCCHINI, M.O. Para escrever bem. São Paulo: Manole, 2002.KOCH, I.V. A coesão textual. São Paulo: Contexto, 1989.

Para MELHORAR A CAPACIDADE DE ANÁLISE DE DADOS

MILES, M.B.; HUBERMAN, A.M. Qualitative data analysis. 2. Ed. Thousand Oaks (CA): Sage, 1994.

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

BERGER, P.L.; LUCKMANN, T. A construção social da realidade. 11a Ed. Petrópolis : Vozes, 1973.

De BRUYNE, P. et. al. Dinâmica da pesquisa em ciências sociais. 5a Ed. Rio de Janeiro : Francisco Alves, 1991.

COLEÇÃO PESQUISA QUALITATIVA.UWE FLICK. Bookman, Armed. 2009.

GLASSER, B.G. and STRAUSS. A.L. The discovery of grounded theory: Strategies for qualitative research. New York : Aldine de Gruyter, 1967.

HUGHES, J. A filosofia da pesquisa social. Rio de Janeiro : Zahr, 1980.

KNELLER, G. F. A ciência como atividade humana. Rio de Janeiro : Zahr, 1980. MASON, J. Qualitative researching. London : Sage, 1996.

MERRIAM. S. B. Qualitative research and case study applications in education. San Francisco (CA) : Jossey-Bass. 1998.

MORGAN, G. AND SMIRCICH, L. The case for qualitative research Academy of Management Review, v. 5, n. 4, 1980, pp. 491-500.

MORGAN, G. Paradigms, Metaphors, and Puzzle Solving in Organization Theory. Administrative Science Quarterly, v. 25, 1980, pp. 605-622.

SANDSTROM, K. L.; MARTIN, D. D. FINE, G. A. 2. Ed. Sybols, selves and social reality. Los Angeles: Roxbury Publishing Company, 2006.

SPRADLEY, J. P. Participante observation. Orlando: Harcourt Brace Jovanovich College Publishers, 1980.

(8)

SPRADLEY, J. P. The ethnographic interview. Belmont (CA) :Wadsworth, 1979.

STRAUSS, A. and CORBIN, J. Basics of qualitative research: Grounded theory procedures and techniquoes. London : Sage, 1990.

STRAUSS, A.L. Qualitative analysis for social scientists. Cambridge : Cambridge University Press, 1987.

TRIVIÑOS, A.N.S. Introdução à pesquisa qualitativa em ciências sociais. São Paulo : Atlas, 1992. Van MAANEN, J. Tales of the field: On writing ethnography. Chicago : The University of Chicago Press, 1988.

Referências

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