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Procedimentos para elaboração de um projeto transdisciplinar utilizando o laboratório de informática

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Academic year: 2021

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(1)ii. Ernani José Schneider. PROCEDIMENTOS PARA ELABORAÇÃO DE UM PROJETO TRANSDISCIPLINAR UTILIZANDO O LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA.. Esta dissertação foi julgada e aprovada para a Obtenção do título de Mestre em Engenharia de Produção no Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção da Universidade Federal de Santa Catarina Florianópolis, 18 de outubro de 2001. Prof. Ricardo Miranda Barcia, Ph D. Coordenador do Curso BANCA EXAMINADORA. _______________________________________ Prof. Álvaro Guilhermo Rojas Lezana, Dr. Orientador _______________________________________ Prof. Rogério Cid Bastos, Dr. _______________________________________ Prof. Luiz Fernando J. Maia, Dr. _______________________________________ Profa. Ana Lucia A. de O. Zandomeneghi, Ms.

(2) iii. A minha esposa Marizoli pelo amor e apoio constante. A meus filhos Nelso Neto, Ernani Jr. e Mayara A meus pais.

(3) iv. Agradecimentos À Universidade Federal de Santa Catarina, Ao orientador Prof. Álvaro Rojas Lezana, pelo acompanhamento competente Ao Prof. Lucio Botelho, pelo incentivo A Secretaria Estadual da Educação e Desporto Aos Prof. do Curso de Pós-Graduação Aos colegas dos trabalhos A Ana Lucia A. de O. Zandomeneghi, pelo auxilio A E. E. B. Paulo Zimmermann A Osnildo Regueira, pela companhia a minha família Aos que diretamente contribuíram para a realização desta pesquisa..

(4) v. “Os grandes educadores atraem não só pelas suas idéias, mas pelo contato pessoal. Dentro ou fora da aula chamam a atenção. Há sempre algo de surpreendente, diferente no que dizem, nas relações que estabelecem, na sua forma de olhar, na forma de comunicar-se. São um poço inesgotável de descobertas”. José Manuel Moran.

(5) vi. Sumário Lista de figuras ............................................................................................... p.vii Lista de quadros.............................................................................................. p.ix Lista de tabelas ................................................................................................p.x Lista de reduções ............................................................................................ p.xi Resumo .......................................................................................................... p.xii Abstract ......................................................................................................... p.xiii 1. . INTRODUÇÃO........................................................................................... p.1 1.1. Questões norteadoras ......................................................................... p.6 1.2. Hipótese .............................................................................................. p.6 1.3. Objetivo geral ...................................................................................... p.6 1.4. Objetivos específicos........................................................................... p.7 1.5. Metodologia ......................................................................................... p.7 1.6. Estrutura da dissertação...................................................................... p.9 2. ESCOLA E TRANSDISCIPLINARIDADE................................................. p.11 2.1. Da escola real à escola informatizada............................................... p.11 2.2. Da fragmentação a transdisciplinaridade .......................................... p.21 2.3. Utilização de projetos ........................................................................ p.30 3. NOVAS TECNOLOGIAS.......................................................................... p.36 3.1. Introdução da informática na educação – justificativas ..................... p.36 3.2. Modos de utilização do computador na educação............................. p.40 3.3. O professor e a utilização da informática .......................................... p.45 4. PROCEDIMENTOS PARA ELABORAÇÃO DE UM PROJETO TRANSDISCIPLINAR UTILIZANDO O LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA.................................................................................. p.47 4.1. Fluxograma........................................................................................ p.47 4.2. Caracterização da unidade escolar ................................................... p.48 4.3. Definições.......................................................................................... p.49 4.4. Metodologia ....................................................................................... p.50 4.5. Procedimentos para viabilização do projeto ...................................... p.51 4.6. Período de execução......................................................................... p.53 4.7. Planejamento das atividades............................................................. p.53 4.7.1. Dos professores....................................................................... p.54 4.7.2. Dos alunos ............................................................................... p.54 4.7.3. De pesquisa ............................................................................. p.55 4.8. Avaliações ......................................................................................... p.56 5. ESTUDO DE CASO UTILIZANDO PROCEDIMENTOS PARA ELABORAÇÃO DE UM PROJETO TRANSDISCIPLINAR UTILIZANDO O LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA.................................................................................. p.58 5.1. Caracterização da unidade escolar ................................................... p.58 5.1.1. Aspecto social.......................................................................... p.59 5.1.2. Aspecto técnico........................................................................ p.61 5.1.3. Aspecto econômico.................................................................. p.62 5.1.4. Aspecto físico........................................................................... p.62 5.1.5. Aspecto organizacional............................................................ p.64.

(6) vii. 5.2. Definições.......................................................................................... p.65 5.2.1. Definições iniciais (justificativas e objetivos)............................ p.65 5.2.2. Recursos materiais .................................................................. p.67 5.2.3. Recursos financeiros ............................................................... p.67 5.2.4. Laboratório de informática ....................................................... p.68 5.2.4.1. Formas de utilização do laboratório .............................. p.68 5.2.4.2. Configuração técnica .................................................... p.69 5.2.4.3. Layout ........................................................................... p.69 5.2.5. Envolvidos no projeto............................................................... p.70 5.2.5.1. Professores participantes.............................................. p.70 5.2.5.2. Turmas participantes..................................................... p.71 5.2.5.3. Alunos participantes ...................................................... p.72 5.3. Metodologia ....................................................................................... p.73 5.3.1. Revisão bibliográfica................................................................ p.73 5.3.2. Fundamentação teórica ........................................................... p.73 5.3.3. Escolha da metodologia........................................................... p.73 5.3.4. Pesquisas ................................................................................ p.74 5.3.5. Desenvolvimento das atividades.............................................. p.74 5.3.6. Apresentação........................................................................... p.75 5.4. Procedimentos para viabilização do projeto ...................................... p.75 5.4.1. Elaboração do projeto.............................................................. p.75 5.4.2. Apresentação do projeto.......................................................... p.75 5.4.3. Solicitações.............................................................................. p.76 5.4.4. Definição das atividades .......................................................... p.76 5.4.5. Escolhas .................................................................................. p.77 5.4.6. Execução ................................................................................. p.77 5.4.7. Apresentação dos trabalhos efetivados ................................... p.77 5.5. Período de execução......................................................................... p.78 5.5.1. Tempo...................................................................................... p.78 5.5.2. Período .................................................................................... p.78 5.5.3. Número de aulas...................................................................... p.78 5.5.4. Locais ...................................................................................... p.78 5.6. Planejamento das atividades............................................................. p.79 5.6.1. Atividades desenvolvidas pelo professor ................................. p.79 5.6.2. Atividades desenvolvidas pelo aluno ....................................... p.80 5.6.3. Atividades de pesquisa ............................................................ p.82 5.7. Avaliações ......................................................................................... p.85 5.7.1. Resultados positivos obtidos ................................................... p.86 5.7.2. Resultados a serem alcançados .............................................. p.89 5.7.3. Possibilidades a serem conquistadas ...................................... p.89 5.7.4. Problemas encontrados ........................................................... p.90 6. CONCLUSÕES........................................................................................ p.92 6.1. Limitações ......................................................................................... p.94 6.2. Recomendações................................................................................ p.94 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA................................................................... p.96 ANEXOS ..................................................................................................... p.104 Carta da transdisciplinaridade................................................................ p.104.

(7) viii. Lista de figuras. Figura 1: Interações com o computador e os elementos sociais................... p.19 Figura 2: Complementaridade ....................................................................... p.29 Figura 3: Fluxograma do projeto ................................................................... p.48 Figura 4: Fluxograma da caracterização da unidade escolar ........................ p.49 Figura 5: Fluxograma das definições ............................................................ p.50 Figura 6: Fluxograma da metodologia........................................................... p.51 Figura 7: Fluxograma dos procedimentos ..................................................... p.52 Figura 8: Fluxograma do período de execução ............................................. p.53 Figura 9: Fluxograma das atividades ............................................................ p.54 Figura 10: Fluxograma das avaliações.......................................................... p.57.

(8) ix. Lista de quadros. Quadro 1: Compreendendo o que mudou..................................................... p.13 Quadro 2: Visões contrastantes de instrução e construção .......................... p.14 Quadro 3: Possíveis funções do computador no ensino ............................... p.44.

(9) x. Lista de tabelas. Tabela 1: Divisão por séries e números de alunos da E. E. B. Paulo Zimmermann .......................................................... p.60 Tabela 2: Espaço físico ................................................................................ p.63.

(10) xi. Lista de reduções. ACT = admitido em caráter temporário APAE = Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais APP = Associação de Pais e Professores CAC = comunicação assistida por computador CAI = Instrução assistida por computador CAP = desempenho assistido por computador CD = compact disk CIRET = Centro Internacional de Pesquisas e Estudos Transdisciplinares DST = doenças sexualmente transmissíveis E. E. B. P. Z. = Escola de Ensino Básico Paulo Zimmermann ex: = exemplo LIE = laboratório de informática MEC = Ministério da Educação e Cultura NTE = Núcleo de Tecnologia Educacional p. = página PPP = plano político pedagógico PROCOMP = empresa vencedora da licitação ProInfo = programa nacional de informática educativa SED = Secretaria de Estado da Educação e Desporto SENAI = Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial SESI = Serviço Social da Indústria TIC = tecnologias da comunicação e da informação TV = televisor U. E. = unidade de ensino UNESCO = Organização das Nações Unidas para Educação, a Ciência e a Cultura.

(11) xii. Resumo. SCHNEIDER, Ernani José. Procedimentos para elaboração de um projeto transdisciplinar utilizando o laboratório de informática. Florianópolis, 2001. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) – Programa de Pósgraduação em Engenharia de Produção, UFSC, 2001.. O presente estudo viabiliza procedimentos, através do fluxograma e do delineamento das etapas desse, para elaboração de projetos transdisciplinares na utilização dos laboratórios de informática em uso efetivo e em implantação em escolas do país. Está referenciando a escola “real” e a escola “informatizada” buscando traçar um paralelo entre essas. Enfoca a transdisciplinaridade, da fragmentação a busca da totalidade, trazendo a abordagem de projetos no sentido de explicitar o que ele é e em que ele pode auxiliar na modificação do processo de ensino aprendizagem. Retrata as novas tecnologias, principalmente a informática, enfocando suas possibilidades de uso dentro da educação, traçando os objetivos e justificativas a eles imposta pelos órgãos vinculados. Apresenta um estudo, utilizando os procedimentos como referência para elaboração de um projeto transdisciplinar, mostrando os resultados a que se chegou.. Palavras chaves: Transdisciplinaridade, Novas Tecnologias e Laboratório de Informática..

(12) xiii. Abstract SCHNEIDER, Ernani José. Procedures for elaboration of a trandisciplinar project using the computer laboratory. Florianópolis, 2001. Essay (master’s in Production Engeneering) – Post Graduation Program in Production Engeneering, UFSC, 2001.. The present study makes procedures happen, through the flowgram and the delineation of this stages, to elaboration of trandisciplinar projects in the use of computer laboratory in an effective way and by introducing in schools of the country. This refers to the “real” school and the “computerized” school trying to draw a parallel between these two. It focus the trandisciplinarity of the fragmantation in surch of the totality, bringing the approach of the projects in what concerns expliciting what it is and in what it can help at the modification of learning/teaching process. It shows the new technologies, mainly the computer science, focusing its possibilities of the use inside the education, drawing the goals and justifications imposed to them by the linked organs. It shows a study, using the procedures as reference to creation of a trandisciplinar project, showing the results that it came into.. Key-words: Trandisciplinarity, New Tecnologies and Computer Lab..

(13) 1. CAPÍTULO I 1. INTRODUÇÃO Na sociedade contemporânea e mais precisamente nas duas últimas décadas,. inúmeras. transformações. aconteceram. motivadas. pelo. desenvolvimento tecnológico. As tecnologias estão modificando a maneira de viver, de se divertir, de informar, de trabalhar, de pensar, e de aprender a aprender, afetando todas as pessoas envolvidas no processo de ensino aprendizagem, sem ter algumas vezes, consciência disto. Vive-se um processo irreversível de desenvolvimento tecnológico, trazendo consigo mudanças na vida em sociedade e nas formas de trabalho humano. A sociedade vai usufruindo tecnologia a medida em que as necessidades das atividades requerem o uso de recursos tecnológicos e da disponibilidade deles no mercado. “Cada vez mais a linguagem cultural inclui o uso de diversos recursos tecnológicos para produzir processos comunicativos, utilizando-se diferentes códigos de significação (novas maneiras de se expressar e se relacionar)”. Brasil (1998, p. 135) As mudanças no processo de comunicação e produção do conhecimento geram transformação na consciência individual, na percepção de mundo, nos valores e nas formas de atuação social. É. importante. lembrar. que. se. multiplicam. os. instrumentos. de. comunicação a cada instante, e é enorme a quantidade de informação. “Além dos meios gráficos, inúmeros meios audiovisuais e multimídia disponibilizam.

(14) 2. dados e informações, permitindo novas formas de comunicação”. Brasil (1998, p.135) Outro ponto a ser observado é o fato que informação em quantidade, não quer dizer necessariamente informação de qualidade. O uso adequado das tecnologias disponíveis representa a manutenção e a transformação das relações sociais políticas e econômicas em nossa sociedade. Nos dias atuais faz-se necessário o questionamento de paradigmas e estar habilitado para lidar com as mudanças na forma de produzir, armazenar e transmitir o conhecimento que dão origem a novas formas de pensar, aprender e fazer. “Os primeiros computadores apareceram há trinta anos, a rede de Internet foi criada a dez e neste momento estamos esperando reunir e utilizar o computador, a TV e a recepção por cabo, se tratando de inovações recentes sem a devida noção se sua presença nas escolas é boa e também não é difícil prognosticar que sua presença e influencia vão aumentar rapidamente e irão produzir uma autentica revolução nos modos de ensinar comparados ao que representou a invenção da escrita no começo da história e o que produziu a introdução da imprensa e a difusão dos livros no começo da época moderna”. (Siguan, 1998 p. 3) Pode-se dizer que com referência ao mercado de trabalho, surgiram novas funções, desapareceram outras, gerando o desemprego em alguns setores e criando outros novos com especialidades bem diferentes, o que levará alterações no perfil do trabalhador, bem como das formas de aquisição e.

(15) 3. utilização do conhecimento além da necessidade de possuir iniciativa, flexibilidade mental, atitude crítica, competência técnica, capacidade de criar soluções frente às novas formas de informação e de acesso, e a educação poderá contribuir na medida em que acompanhar os processos de mudança. A velocidade da produção do conhecimento e a quantidade de informações no mundo de hoje impõe novas tendências para a vida em sociedade, pois é necessário que a humanidade aprenda a conviver com a provisoriedade, com as incertezas, com o imprevisto e com a novidade, desenvolvendo a capacidade de aprender continuamente, ou seja, a capacidade de analisar, refletir, tomar consciência do que já se sabe, transformar o seu conhecimento, processar novas informações e a partir daí produzir novo conhecimento contribuindo para a formação de um indivíduo ativo, agente criador de novas formas e habilidades. “Conhecer e saber usar as novas tecnologias implica a aprendizagem de procedimentos para utilizá-las e, principalmente, de habilidades relacionadas ao tratamento da informação”. Brasil (1998, p. 139) É necessário reflexão para que a tecnologia possa de fato contribuir para a formação de indivíduos competentes, críticos, conscientes e preparados para a realidade em que vivem. “Se entendemos a escola como um local de construção do conhecimento e de socialização do saber; como um ambiente de discussão, troca de experiências e de elaboração de uma nova sociedade, é fundamental que a utilização dos recursos tecnológicos seja. amplamente. discutida. e. elaborada. conjuntamente. com. a.

(16) 4. comunidade escolar, ou seja, que não fique restrita às decisões e recomendações de outros”. (Brasil, p. 140) O poder público e a escola devem contribuir para que a formação do indivíduo alcance plenamente sua cidadania, participando do processo de transformação e construção da realidade de nossa sociedade aberta a incorporar novos hábitos, comportamentos percepções e demandas, como também é necessário desenvolver as habilidades para utilizar os instrumentos de sua cultura, principalmente com a utilização adequada das tecnologias da comunicação, especialmente a informática. “É evidente que a revolução informática no ensino tropeça em muitas dificuldades, e a primeira é o desconhecimento e a falta de familiaridade dos professores com estas técnicas”. (Siguan, 1998 p. 5). Em tempos passados o professor detinha maior conhecimento da técnica do que seus alunos, e hoje é freqüente que alguns alunos detenham maior familiaridade com as novas técnicas ou estão mais abertos para recebe-las. Para Froés (1998, p. 63): “Não se trata, portanto, de fazer do professor um especialista em informática, mas de criar condições que se aproprie, dentro do processo de construção de sua competência, gradativamente, das formas de utilização dos referidos recursos informatizados: somente uma tal apropriação da tal tecnologia pelos educadores poderá gerar novas possibilidades de sua utilização educacional”. Deve-se conceber a prática da sala de aula através da utilização dos recursos tecnológicos disponíveis como: livro didático, giz e quadro, televisão,.

(17) 5. calculadora, rádio, videocassete, filmadora, máquina fotográfica, gravador, computador... “A tecnologia deve ser utilizada na escola para ampliar as opções de ação didática, com o objetivo de criar ambientes de ensino e aprendizagem que favoreçam a postura crítica, a curiosidade, a observação e análise, a troca de idéias, de forma que o aluno possa ter autonomia no seu processo de aprendizagem, buscando e ampliando conhecimentos”. Brasil (1998, p.156) A tecnologia deve servir para enriquecer o ambiente educacional, e não é possível pensar num modelo único para a incorporação de recursos tecnológicos na educação, pois são necessárias propostas que atendam os interesses de cada região ou comunidade. “O computador, em particular, permite novas formas de trabalho, possibilitando a criação de ambientes de aprendizagem em que os alunos possam pesquisar, fazer antecipações e simulações, confirmar idéias prévias, experimentar, criar soluções e construir novas formas de representação mental”. Brasil (1998, p. 141) Deve-se debater, portanto, constantemente a implantação de políticas, estratégias e formas de implantação, para o desenvolvimento e disseminação de propostas de trabalhos utilizando os meios eletrônicos de informação e os meios de comunicação. “A incorporação de computadores no ensino não deve ser apenas a informatização dos processos de ensino já existentes, pois não se trata de aula com ‘efeitos especiais’. O computador permite criar ambientes de.

(18) 6. aprendizagem que fazem surgir novas formas de pensar e aprender...”. Brasil (1998, p. 147) Assim, esse trabalho, buscará atender parte dos anseios dos professores no que tange a utilização das novas tecnologias e em especial o uso do computador, e com isto desobstruir barreiras existentes na utilização dos “laboratórios de informática”.. 1.1.. QUESTÕES NORTEADORAS. As questões norteadoras da pesquisa são as seguintes: − Qual a forma de utilização dos laboratórios de informática? − Quais as possibilidades de utilização desses laboratórios? − Que modificações serão necessárias em função da forma e das possibilidades de utilização?. 1.2.. HIPÓTESE. A hipótese deste trabalho de pesquisa é: “Os. procedimentos. para. elaboração. de. um. projeto. transdisciplinar utilizando os laboratórios de informática como um meio para a construção do conhecimento levará a melhor utilização desses”.. 1.3. −. OBJETIVO GERAL Propor. procedimentos. para. elaboração. de. um. Projeto. Transdisciplinar, utilizando o laboratório de informática como um.

(19) 7. meio para a construção do conhecimento em Unidades de Ensino médio.. 1.4. −. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Buscar através da Metodologia Transdisciplinar, uma nova forma de trabalhar na educação.. −. Levantar os usos da informática na escola;. −. Integrar o laboratório de informática ao conhecimento tecnológico que o professor dispõe, disciplinas curriculares, professores, alunos, escola e sociedade;. −. Utilizar temas ligados ao cotidiano do aluno seja no mundo do trabalho, no mundo da educação ou na própria vida, para a construção do seu conhecimento através de projetos;. −. Analisar de forma parcial o processo de ensino-aprendizagem;. −. Buscar a melhoria da qualidade do processo de ensinoaprendizagem;. −. Diversificar as formas de construção da aprendizagem e do conhecimento;. 1.5.. METODOLOGIA. Constitui a metodologia deste trabalho segundo Silva & Mendes (2000, p. 20): −. Revisão de literatura, análise e compilação para abordagem do tema escolhido;.

(20) 8. −. Análise do estudo de caso, dos documentos de viabilização, de implementação e resultados do projeto.. Dos pontos de vista: −. Quanto à Natureza: Pesquisa Aplicada – por gerar novos conhecimentos, para aplicação prática, e auxiliar em um problema específico;. −. Quanto à Abordagem: Pesquisa Qualitativa – por buscar subjetivamente a interpretação dos fenômenos, buscando no ambiente natural à descrição indutiva do processo de aplicação do projeto e seus significados;. −. Quanto aos Objetivos: Pesquisa exploratória – por envolver levantamento bibliográfico e análise de um estudo de caso;. −. Os procedimentos técnicos: Pesquisa Bibliográfica/Estudo de Caso – por ser elaborada através de material publicado em livros, artigos, periódicos e na Internet, envolvendo estudo de um projeto permitindo seu conhecimento;. −. De Método Dialético Fenomenológico – por buscar a descrição tal como ela é, a interpretação dinâmica e de totalidade, não desconsiderando o contexto social, político e econômico..

(21) 9. 1.6.. ESTRUTURA DA DISSERTAÇÃO. O presente trabalho está estruturado em sete capítulos, dos quais, dois são dedicados ao levantamento bibliográfico e outros dois são dedicados ao estudo de caso, como explicitado abaixo: −. O capítulo um (I) introduz o tema, abordando a problemática e a utilização do tema, as questões norteadoras, a hipótese, os objetivos gerais e específicos, a metodologia e a estruturação do tema;. −. No capítulo dois (II) Escola e Transdisciplinaridade, referencia-se a escola “Real” e a escola “Informatizada” buscando traçar um paralelo entre essas. Enfoca-se a transdisciplinaridade, da fragmentação a busca da totalidade. Traz-se a abordagem de Projetos no sentido de explicitar o que ele é e em que ele pode auxiliar na modificação do processo de ensino aprendizagem.. −. O capítulo três (III) enfoca as Novas Tecnologias, principalmente a informática, objeto de trabalho do projeto, enfocando suas possibilidades de uso dentro da educação, traçando os objetivos e justificativas a eles imposta pelos órgãos vinculados.. −. No capítulo quatro (IV) tem-se uma proposta de procedimentos para a elaboração de um projeto transdisciplinar. E através do fluxograma e do delineamento das etapas desse busca-se caracterizar os passos pelos quais deve-se passar para atingir os objetivos..

(22) 10. −. O capítulo cinco(V) apresenta o estudo de caso, utilizando os procedimentos como referencia para elaboração de um projeto transdisciplinar, mostrando os resultados a que se chegou nesse.. −. Nos capítulos seis (VI) e sete (VII) são apresentados às conclusões, recomendações, a bibliografia consultada, e o anexo respectivamente..

(23) 11. CAPÍTULO II 2.. ESCOLA E TRANSDISCIPLINARIDADE Num passado distante o ser unitário vivia presente em todos os. aspectos, hoje se tem um ser fragmentado em partes, e desejando recompô-lo unitariamente, levar-se-ia um bom tempo. Há que ressaltar a necessidade urgente de unir esforços neste sentido, buscando pela unidade disciplinar e escolar que se chegue a tal resultado.. 2.1.. DA ESCOLA REAL À ESCOLA INFORMATIZADA. Inicia-se o século XXI como se estivesse iniciando no século IXX ou XX, sem mudanças, ou até com alguns retrocessos significativos na educação, muitos pedagogos e pensadores deixaram suas contribuições, mas a escola continua reproduzindo, outros tantos projetos foram lançados e a forma de executá-los ainda leva resquícios do passado. Hoje, da mesma forma que há muito tempo atrás, a escola, reflete a seguinte fotografia: Carteiras, quadro negro, giz, professores e alunos. Nada se modificou apesar de muitos esforços. “Se você fechar os olhos e imaginar uma sala de aula, há grandes chances de que você irá ver um adulto em pé na frente da sala que contem mais ou menos 30 alunos sentados em fileiras retas de carteiras escolares” (Sandholtz, 1997, p. 27), alunos ouvindo o professor e levantando a mão para poderem se pronunciar. “... a educação contemporânea privilegia, em geral, essa concepção individualista e mecanicista, que se apóia em uma visão tecno-.

(24) 12. econômica, numa realidade fechada, de exclusão e de marginalização, que. é. praticada. pela. economia,. pela. sociedade. e. também,. estranhamente, pelas pessoas para consigo mesmas”. Mello (2001, p. 1) Segundo Fichtner (1998, p. 25) a escola tem dificuldades para atingir seus objetivos atuais, mesmo os mais fundamentais, como o domínio da leitura e. do. raciocínio,. pois. necessário. é,. portanto,. reavaliar. a. escola,. fundamentalmente a postura dos professores. Professores que na lida diária com o aluno incorporem ao processo de ensino, o desenvolvimento do novo, de forma construtiva para a construção do cidadão. Para Kenski (2000, p. 1): “... é assustador o desamparo em que se encontram os professores de muitas escolas, principalmente das redes públicas. Em geral, falta-lhes a infra-estrutura básica para a manutenção das atividades cotidianas em sala de aula”. Metz (1988) citado por Sandholtz (1997, p. 27) refere-se a esta escola, citada acima, como a “escola real”, utiliza-se essa mesma referencia nesse trabalho. “A escola real existe não apenas em nossas mentes, mas é, de fato, o que a maioria de nossos filhos encontram cinco dias por semana em suas escolas”. (Sandholtz, 1997, p.27). O modo de ensinar precisa urgentemente de uma guinada, demonstra-se abaixo um quadro de Alencar & Prado (2000, p.15) onde esse compara o que era e o que deve ser a escola e seus aspectos..

(25) 13. Quadro nº 01 - Compreendendo o que mudou Na escola. Era. E deve ser. O conteúdo. Um fim em si mesmo. Um meio para desenvolver competências. O conhecimento. Fragmentado, disciplinas, enciclopédico, cumulativo.. O currículo. Fracionado, estático, organizado Em rede, dinâmico, organizado por áreas por disciplinas. de conhecimento e temas geradores.. A sala de aula. Espaço de transmissão recepção do saber. Toda atividade. Padronizada rotineira. dividido por Interdisciplinar, contextualizado, privilegia de caráter a construção de conceitos e a criação do memorizador e sentido.. e Local de reflexão e de situações de aprendizagem Centrada em projetos e resolução de problemas. O papel do professor Transmissor do conhecimento. Facilitador da aprendizagem, mediador do conhecimento.. A avaliação. Formativa, busca avaliar as competências adquiridas.. Classificatória e excludente. Fonte: Alencar & Prado (2000, p.15). Sabendo-se que escola informatizada não é aquela que possui o seu laboratório, mas aquela que em tendo este, utiliza-o de forma a abranger integralmente, professores, alunos e disciplinas, transformando cada momento em um único, desenvolvendo atividades transdisciplinares, demonstramos no quadro abaixo, Sandholtz et alii (1999, p. 30) as modificações necessárias passando da instrução para a construção dos conhecimentos:.

(26) 14. Quadro nº 02 – Visões contrastantes de Instrução e Construção Instrução Atividade em sala de aula Papel do professor Papel do aluno Ênfase institucional Conceito de conhecimento Demonstração de êxito Avaliação Uso da tecnologia. Centrada no professor Didática Contador de fatos Sempre o especialista Ouvinte Sempre o aprendiz Fatos Memorização Acúmulo de fatos Quantidade De acordo com a norma Itens de múltipla escolha Exercícios de repetição prática. Construção Centrada no aluno Interativa Colaborador Às vezes o aprendiz Colaborador Às vezes o especialista Relações Indagação e invenção Transformação de fatos Qualidade da compreensão De acordo com o critério Pastas e desempenhos e Comunicação, colaboração, acesso á informação e expressão.. Fonte: Sandholtz et alii (1999, p. 30). Entende-se neste caso por instrução, aulas expositivas, exercícios de repetição e prática, introdução de conceitos ou habilidades, o reforço de ações repetitivas e através dela atingir de forma mais rápida determinado conteúdo em determinado tempo e por construção a estratégia para criar habilidades e conceitos para resolução de problemas, onde o aluno deve ter participação efetiva em todo processo educacional. “...na medida em que os professores tenham consciência da concepção de aprendizagem que possuem, não se limitando, desta forma, às metodologias do tipo instrução programada, ensaio e erro, máquinas de aprender sozinho; que reforçam apenas a concepção behaviorista, tecnicista e positivista, ou ainda na mistificação da máquina como única forma eficiente de aprendizagem.” (Zardo, 1998 p. 235).

(27) 15. Fichtner (1998 p. 24) diz que muitas vezes ouve-se a proposta de que se deve melhorar a escola, e melhorar significa já mudar algo de tal maneira que isso possa cumprir os seus objetivos e as suas finalidades. Neste caso os objetivos e finalidades são conhecidos e assegurados. Necessita-se uma visão de futuro, onde se inclua, sociedade, informações, alunos, professores e projetos de trabalho, na busca de soluções. Perrenoud. (2000,. p.. 11). citando. Meirieu. (1989),. observa. as. competências que devem conduzir a uma nova forma de ensinar: −. Prática Reflexiva;. −. Profissionalização;. −. Trabalho em Equipe;. −. Trabalho por Projetos;. −. Autonomia;. −. Responsabilidade Crescente;. −. Pedagogias Diferenciadas;. −. Centralização Sobre os Dispositivos e Sobre as Situações de Aprendizagem;. −. Sensibilidade à Relação com o Saber e com a Lei.. Há o entendimento e necessidade de que se introduza os laboratórios de informática nas escolas para modificá-las e auxiliar na modernização da educação, com isso entende-se que o processo pedagógico deve ser modificado conjuntamente..

(28) 16. Baseado no referencial de competências adotado em Genebra (1996) Perrenoud (2000, p.14) enumera as 10 competências, que entende como sendo aquelas que emergem atualmente com relação à prática do professor: 1.. Organizar e dirigir situações de aprendizagem;. 2.. Administrar a progressão das aprendizagens;. 3.. Conceber e fazer evoluir os dispositivos de diferenciação;. 4.. Envolver os alunos em suas aprendizagens e em seu trabalho;. 5.. Trabalhar em equipe;. 6.. Participar da administração da escola;. 7.. Informar e envolver os pais;. 8.. Utilizar novas tecnologias;. 9.. Enfrentar os deveres e os dilemas éticos da profissão;. 10.. Administrar sua própria formação contínua.. Nesta perspectiva, diz Zardo (1998 p. 236), os computadores (laboratórios de informática educativa - LIE) representam mais uma ferramenta de suporte e apoio ao trabalho pedagógico do professor. Para atingir a finalidade descrita por Zardo acima, estabeleceu-se certos procedimentos como: -. Análise do material (software) existente quanto à concepção teóricofilosófica, metodologia e recursos gráficos e sonoros empregados pelo mesmo, para definir sua aplicabilidade ou não no laboratório de informática educacional (LIE);. -. Elaboração de material pedagógico que sirva como apoio e orientação ao trabalho do professor;.

(29) 17. -. Orientação a professores e alunos quanto ao uso dos equipamentos e desenvolvimento das aulas no LIE;. -. Avaliação do projeto LIE em reuniões pedagógicas e conselhos de classe;. -. Compreensão do que o LIE não é um apêndice, mas sim parte integrante da escola e, como tal, deve estar contemplado no plano político pedagógico e planejamento do professor.. No entremeio a estas atividades, no laboratório, o professor solicita as justificativas numa atitude mediadora, desafiadora fazendo com que os alunos auxiliem-se, apropriando-se do conhecimento trazendo-os a uma reflexão sobre as formas de pensar ou desenvolver uma atividade para que filtrem as informações coletadas, acontecendo tudo de forma coletiva. “Formar para as novas tecnologias é formar o julgamento, o senso crítico, o pensamento hipotético e dedutivo, as faculdades de observação e pesquisa, a imaginação, a capacidade de memorizar e classificar, a leitura e a análise de textos e de imagens, a representação de redes de procedimentos e de estratégias de comunicação”. Perrenoud (2000, p. 128). Com a introdução do Projeto Político Pedagógico na Escola, sua estruturação como entidade responsável pelo seu trabalho, a escola se torna capaz de superar dificuldades antes inimagináveis e nada poderia ser mais trágico do que inserir computadores em uma sala ou laboratório se mais nada fosse modificado..

(30) 18. Ao desejar formar as crianças com os referenciais destacados por Perrenoud, anteriormente descritos, onde se deve formar para as novas tecnologias e com a introdução do Plano Político Pedagógico na escola, devese observar o que diz Froés (2001, p. 3) no que se torna indispensável: -. Apoiar os professores no trato dos novos instrumentos, dando condições para que estes se apropriem nas suas utilização;. -. Desenvolver atividades que permitam a discussão da melhor forma de. empregar. os. recursos. informatizados,. analisando. as. características de cada disciplina, e o interesse de cada professor; -. Associar essas atividades ao cotidiano de cada professor, praticando a necessária interação entre as diversas disciplinas e os referidos recursos informatizados;. -. Conhecer e discutir experiências anteriores, apoiando a análise e a decisão de cada professor e da própria escola.. A tecnologia por si só não mudará a educação o que refletirá diferentemente é sua forma de utilização, voltada para criar ambientes nos quais as tecnologias são usadas na construção do conhecimento para a comunicação e a cooperação, repensando o processo educacional, seus fundamentos para a prática do dia a dia. Hoje a multimídia invade os cenários de vida dos alunos, espetáculo de luz e som muito sofisticado, amanhã a realidade virtual permitirá experiências deslumbrantes permitindo ao aluno que este seja roteirista, diretor e ator deste espetáculo..

(31) 19. “... não se poderia pensar hoje uma pedagogia e uma dialética do texto sem estar consciente das transformações a que a informática submete as práticas de leitura e escrita. ... não se poderia pensar uma pedagogia e uma didática da pesquisa documental sem avaliar a evolução dos recursos e dos modos de acesso”. Perrenoud (2000, p. 139) Deverá haver sempre nesse processo evolutivo uma experiência construída e reconstruída, através de interações com o meio, mas as atividades práticas por si só não levam a uma experiência significativa ou aprendizado construtivo se estas não estiverem conectadas e orientadas para as vivências dos momentos atuais. Valente (2001, p. 4) mostra através da figura abaixo, a interação com o computador e os elementos sociais que permeiam e a suportam.. Figura 1 – Interações com o computador e os elementos sociais. Fonte: http://divertire.com.br/artigos/valente2.htm.

(32) 20. Essas interações e os elementos sociais fazem o processo evolutivo ser desencadeado a medida em que temos abstração, reflexão e depuração com aprendizagem e mudança de pensamento e de práticas. Perrenoud (2000, p. 156), cita as mudanças nas práticas pedagógicas, impondo-lhes lentidão, mas com profundidade, e essas levarão a uma escola menos real e mais informatizada: − Baseadas em objetivos de nível taxonômico cada vez mais elevado, por exemplo, aprender a aprender, a raciocinar, a comunicar; − Visa cada vez mais freqüentemente a construir competências, para além dos conhecimentos que mobilizam; − Recorre mais aos métodos ativos e aos princípios da escola nova, às pedagogias alicerçadas no projeto, no contrato, na cooperação; − Manifesta maior respeito ao aluno, por sua lógica, seu ritmo, suas necessidades, seus direitos; − Valoriza a cooperação entre alunos e propõem-lhes atividades que exigem uma forma de partilha, uma divisão de trabalho, uma negociação; − Considera cada vez menos a reprovação escolar como uma fatalidade e evoluem no sentido de apoio pedagógico e da diferenciação do ensino como discriminação positiva contínua e preventiva; − Interage cada vez mais com outros profissionais, inseridos em uma cooperação profissional regular, até mesmo, como uma verdadeira equipe pedagógica;.

(33) 21. − Tornam-se mais dependentes das tecnologias audiovisuais e informáticas e utilizam-nas mais; − Atribui maior importância à pesquisa, a saberes estabelecidos fora de uma experiência prática, através de outros métodos. Entende-se da mesma forma que Fróes (2001, p. 7), que os “...computadores não apenas ajudam a aprender, eles interferem na aprendizagem, criando novas formas de aprender...” e a cada modificação destes, a cada criação nova, outras construções da aprendizagem se fazem, criando relações cognitivas ainda não previstas e instáveis para novas estabilizações e instabilizações sucessivas. Juntando a necessidade de repensar a escola, a necessidade de se ter em auxílio as mais modernas tecnologias, deve-se incorporar uma “nova metodologia” apoiada em projetos, tema que se aborda a seguir.. 2.2. DA FRAGMENTAÇÃO A TRANSDISCIPLINARIDADE Abandona-se o homem total, tem-se ao homem compartimentado (no trabalho, na escola, em casa, na igreja...), papéis que são representados em cada momento do nosso cotidiano, busca-se o aperfeiçoamento por partes, definindo-se que este é o ideal. O homem se fez máquina, mecanizando suas rotinas e seu trabalho, esquecendo-se que seu trabalho, vida e seu ser são um único elemento neste cosmo. Perde-se a beleza, o encantamento da integralidade e reduziu-se o homem à pobreza das partes..

(34) 22. Tem-se uma fragmentação enorme no homem e em suas relações observada por Weil (1993, p. 16) em três (3) níveis: 1.. No Nível do Ser: a.. Separação do Sujeito e o Objeto;. b. Separação entre o Conhecedor, Conhecimento e Conhecido. 2.. 3.. No Nível do Sujeito: a.. Divide o “Homo Sapiens” do “Homo Faber”;. b.. O Pensador e o Ativo;. No nível do Conhecimento: a.. O Conhecimento Puro e as Tecnologias;. b.. Conhecimento pelo Conhecimento e o Conhecimento de. Métodos e Técnicas de Ação. A fragmentação ocorreu igualmente na educação onde o número de disciplinas aumentou tanto que se tornou necessário a transdisciplinaridade. E essa, busca reunir em um conjunto mais abrangente as disciplinas, correlacionando-as, visto que se parecem em sua natureza. G. Michaud, citado por Weil (1993, p. 33), define os termos ligados às disciplinas da seguinte forma: − Disciplinar: conjunto específico de conhecimentos; − Multidisciplinar: justaposição de diversas disciplinas, às vezes sem relação aparente; − Pluridisciplinar:. justaposição. de. disciplinas. conhecimentos mais ou menos aparente;. diversas,. com.

(35) 23. − Interdisciplinar:. interações. existentes. entre. duas. ou. várias. disciplinas, num esforço de comunicação e de procura de um ponto comum; − Transdisciplinar: efetivação de um ponto axiomático comum a um conjunto de disciplinas, buscando o encontro e transposição dos pontos em comum. “A transdisciplinaridade propõe uma nova teoria do conhecimento e talvez ela possa ser o campo ou um dos campos epistemológicos nos quais a Pedagogia da Alternância deleite suas raízes“ Sommerman (2001, p. 1). Este considera a transdisciplinaridade como “Método Transdisciplinar”. A visão transdisciplinar advém da civilização Greco-Judaica-Cristã. Na filosofia, há 2.600, anos os pré-socráticos, a partir do conceito de phisis, tinham a concepção unitiva da transdisciplinaridade. Tales, Demócrito e Heráclito afirmavam o tema da unidade, não dissociando a ciência da filosofia, nem a arte da mística. Wail (1993, p. 30) cita Basarab Nicolescu, para afirmar que o termo “transdisciplinar” foi utilizado pela primeira vez por Jean Piaget em 1970, quando do encontro sobre interdisciplinaridade, promovido pela Organização da Comunidade Européia (OCDE), posteriormente Jantsch (1972) e Morin (1972) entre outros versam sobre o tema. Piaget define então: “Enfim, na etapa das relações interdisciplinares, pode-se esperar que se suceda uma fase superior que seria ‘transdisciplinar’, a qual não se contentaria em atingir interações ou reciprocidades entre pesquisas.

(36) 24. especializadas, mas situaria tais ligações no interior de um sistema total, sem fronteiras estáveis entre as disciplinas”. Transdisciplinaridade. deve. ser,. e. é,. um. passo. além. da. interdisciplinaridade, um avanço qualitativo em busca da união das disciplinas da integração e da inclusão do homem ao mundo que o cerca. A Declaração de Veneza (1986), promovida pela UNESCO, “Ciências e as Fronteiras do Conhecimento: Prólogo do nosso Passado Cultural”, patrocinado pelo Fórum Sobre Ciência e Cultura, e elaborado por cientistas, filósofos, artistas e representantes das tradições espirituais, é um marco histórico na direção da transdisciplinaridade. Em 1991, em Paris, organizado pela UNESCO, realiza-se o congresso “Ciência e Tradição: Perspectivas Transdisciplinares para o século XXI”, resultou no considerado segundo documento da transdisciplinaridade (Ciência e Tradição). O Primeiro Congresso Mundial da Transdisciplinaridade em 1994, organizado. pelo. Centro. Internacional. de. Pesquisas. e. Estudos. Transdisciplinares (CIRET), sediado em Paris, com parceria da UNESCO, acontece na cidade de Arrábida, Portugal, resultando na “Carta da Transdisciplinaridade” (anexo), documento norteador de todo trabalho posterior sobre transdisciplinaridade. Em. 1997. foi. realizado. o. Segundo. Congresso. Mundial. da. Transdisciplinaridade, também organizado pelo CIRET e pela UNESCO na cidade de Locarno, do qual resultou o documento “A Síntese do Congresso de Locarno”..

(37) 25. Como. resultado. destes. dois. congressos. mundiais. da. transdisciplinaridade Sommerman (2001, p. 4) cita os setes eixos básicos da evolução transdisciplinar na educação: 1.. A educação intercultural e transcultural;. 2.. O diálogo entre arte e ciência;. 3.. A educação inter-religiosa e transreligiosa;. 4.. A integração da revolução informática na educação;. 5.. A educação transpolítica;. 6.. A educação transdisciplinar;. 7.. A relação transdisciplinar: os educadores, os educandos e as. instituições, e, a sua metodologia subjacente. O mesmo autor cita os três pilares do pensamento transdisciplinar: 1.. A Complexidade;. 2.. O Terceiro Incluído;. 3.. Os Diferentes Níveis de realidade.. O termo transdisciplinar representa a tentativa e talvez a possibilidade de sair da fragmentação das disciplinas e do conhecimento humano. “... encontro de várias áreas do conhecimento de uma axiomática comum, ou princípios comuns. subjacentes”. (Crema. 1993,. p.132).. Significa. transcender. a. disciplinaridade necessitando o entendimento da origem, função e limitações dos desafios contemporâneos da disciplinaridade moderna. Para G. Michaud, “axiomática comum a um conjunto de disciplinas” e para Ernest Jantsch apud Wail (1993, p. 31) “é o reconhecimento da interdependência de todos os aspectos da realidade. ...e a conseqüência normal da síntese dialética...”.

(38) 26. Transdisciplinaridade é um modo de conhecimento, é uma compreensão de processos, é uma ampliação da visão do mundo e uma aventura de espírito, para Mello (2001, p. 2), ela continua ainda, é uma nova atitude, uma maneira de ser diante do saber. Deverá haver uma desterritorialização das disciplinas, com muitas trocas, desmoronando as fronteiras entre si. Para Morin, citado por Weil (1993, p. 33), não existe um princípio unitário de todos os conhecimentos, mas estes buscam a complementação, que ao mesmo tempo separa e sócia. Sommerman (2001, p. 2) fundamenta em cinco, às necessidades da transdisciplinaridade: −. Para contrapor-se às sucessivas rupturas epistemológicas pelas quais o Ocidente passou desde o século XIII;. −. Para contrapor-se à redução cada vez maior do real e do sujeito;. −. Para contrapor-se à fragmentação cada vez maior do saber;. −. Para levar em conta os dados da ciência contemporânea (física quântica, biologia, genética, neurologia...);. −. Para reencontrar a unidade do conhecimento.. Weil (1993, p. 34) resume o pensamento de Piaget, Jantsch, Morin, Michaud, Yearbook of World Problems na Human Potential, UNESCO, Nicolescu, entre outros, colocando os pontos em comum de suas contribuições originais:.

(39) 27. 1. Transdisciplinaridade resulta do encontro de várias disciplinas do conhecimento, em torno de uma axiomática comum. Axiomas são princípios ou paradigmas subjacentes a estas disciplinas; 2. O encontro interdisciplinar, entre duas ou várias disciplinas, favorece a transdisciplinaridade; 3. Transdisciplinaridade é considerada como resposta à solução da crise de fragmentação da epistemologia, com objetivo reparador dos danos e ameaças à vida deste planeta; 4. Existência de vários tipos de transdisciplinaridade, falando-se, portanto em transdisciplinaridade. 5. Existe a possibilidade de uma transdisciplinaridade geral que consistiria em encontrar uma axiomática comum entre ciência, arte, filosofia e tradições sapienciais. Pode-se dizer, segundo a Universidade Holística Internacional de Brasília, citada por Crema (1993, p. 132) que a transdisciplinaridade está dividida em duas: − Transdisciplinaridade Parcial: conjugação de um número limitado de áreas ou disciplinas; − Transdisciplinaridade Geral: envolve uma axiomática comum entre ciência, filosofia, arte e tradição de sabedoria. Para uma efetiva pesquisa transdisciplinar Weil (1993, p. 69) afirma e enumera aperfeiçoamentos metodológicos de pesquisa necessários para esta em três planos:.

(40) 28. 1. Elaborar princípios de trabalho para as equipes interdisciplinares [princípio lingüístico, psicossociológicos, psicológicos (cognitivos, afetivos e conotativos), metodológicos e transdisciplinares]; 2. Formar as equipes interdisciplinares para uma atuação de alta qualidade visando a transdisciplinaridade (estudo, formação interrelacional e acompanhamento); 3. Definir as axiomáticas transdisciplinares dentro do novo paradigma holístico; Crema (1993, p.140) afirma que transcender as disciplinas de modo algum significa negá-las, e que o enfoque transdisciplinar não é contra a especialização, reconhecendo sua necessidade e importância, na realidade o que se quer é à busca do especialista ao todo que o envolve sem negá-lo buscando a complementaridade, o trabalho em equipe e a convivência com a diversidade. “Complementaridade”, termo usado por Bohr, possui a virtude inclusiva do. método. analítico. e. do. sintético,. da. interdisciplinaridade. e. da. transdisciplinaridade. Permanecendo na interdisciplinaridade não se chegará ao todo, portanto deverá ser complementada pela transdisciplinaridade. Crema (1993, p. 153) representa a afirmação de complementaridade, através de uma figura, “... onde o símbolo do infinito (∞) conecta dinâmica e heuristicamente os pólos, viabilizando a vinculação e superação da polaridade”..

(41) 29. Figura 2 - Complementaridade. MÉTODO ANALÍTICO. ∞. MÉTODO SINTÉTICO. Fonte: Crema (1993, p. 153). “A abordagem transdisciplinar exige atuação conjugada, no indivíduo e na equipe, do analista e do sintetista, o que abre caminho para um metamétodo imprescindível quando se quer lograr uma visão de inteireza” Crema (1993 p. 154). Nicolescu, citado por Crema (1993, p. 155), diz que a abordagem transdisciplinar jamais poderá ser realizada por uma pessoa só, sendo necessário reunir diversas competências e diferentes domínios, sem estar preso a uma determinada ideologia, partido político ou poder econômico. As características necessárias ao indivíduo para participar de uma equipe transdisciplinar são citadas por Crema (1993, p. 155) como: −. Abertura e Inclusividade;. −. Humildade;. −. Supremacia;. −. Convivência com a Diferença (suportar as frustrações e persistência);. −. Respeito..

(42) 30. Para Sommerman (2001, p. 6), quando a transdisciplinaridade fala em transcultura, transnação e transreligião, “...propõe que cada cultura, cada nação e cada religião mergulhem cada vez mais em si mesmas, com respeito pelas outras, mas preservando a sua identidade, pois desse modo os princípios comuns que estão por trás da diversidade emergirão. Podendo emergir então o verdadeiro diálogo, o verdadeiro respeito, a verdadeira paz.” Desta forma: “...urge o desenvolvimento de uma proposta transdisciplinar que vise, em última instância, um conhecimento reconectado à dimensão amorosa, possibilitando uma atitude de solidariedade frente ao bem comum”. (Crema,1993, p. 142). Pode-se vislumbrar que a transdisciplinaridade, como uma nova metodologia de trabalho, em um futuro muito próximo, poderá auxiliar na transformação da sociedade e, em especial, á educação, mesmo essa estando em início de estudos e aplicações.. 2.3. UTILIZAÇÃO DE PROJETOS No entender de Vieira (2001) apud Dewey (1897) educação é um processo de vida e não uma preparação para a vida, e a escola deve representar a vida presente, tão real e vital para o aluno, como a que ele vive, o entendimento então é de que a forma de trabalhar também deve ser repensada e modificada. A busca desta forma de trabalhar levará o ser humano a um grande objetivo, que é o de educar as gerações vindouras com maior objetividade e facilidade..

(43) 31. Os seres humanos são capazes de dar valor, refletir e interagir nas formas de ação, frente aos desafios impostos pelo meio e por nós mesmos, emergindo o ato de planejar, de fazer projetos. O planejamento foi e será sempre, um ato ou necessidade em todas as atividades humanas, tornando-se imprescindível, dado à complexidade dos problemas culturais, sociais, políticos e econômicos das sociedades em virtude do que as escolas e professores buscam nestes, o desenvolvimento de seus trabalhos. Para que aconteça o planejamento é necessário diretrizes norteadoras, como o projeto pedagógico, segundo Moretto (1997) citado por Vieira (2001, p. 1), projeto pedagógico é um: “conjunto de princípios orientados que vai dizer cotidianamente, como dar identidade ao seu trabalho.” Para Vieira (2001, p. 1) um projeto pedagógico contempla várias faces, e possui três dimensões: − Dimensão Política: que explicita o lugar que a educação formal imagina e pensa ocupar dentro da sociedade e que seus alunos deverão ocupar; − Dimensão Econômica: em virtude da globalização; − Dimensão de Aprendizagem: em virtude da dedução das formas de ensino. Do planejamento surge o projeto, a esse se associam às idéias, os professores, os alunos e a escola, modificando-se o processo de ensino aprendizagem..

(44) 32. A utilização de projetos para Perrenoud (2000, p. 36) só acontece se os alunos aceitarem o projeto e se desejarem saber do conteúdo a ser abordado, mencionando os três dispositivos didáticos necessários: 1.. Motivação;. 2.. Relação com o saber;. 3.. Sentido da experiência e do trabalho escolar.. Quando da utilização de projetos, os alunos estarão sendo amplamente estimulados, o que não ocorre nas atividades longas e cansativas, nas aulas expositivas e baseadas em livros textos, auxiliando pouco no compartilhamento de recursos e na cooperação entre esses. Diz Perrenoud (2000, p. 128): “Se fosse preciso iniciar seriamente os alunos na informática, o caminho mais interessante seria inseri-la completamente nas diversas atividades intelectuais cujo domínio é visado, particularmente cada vez que as TIC liberam das tarefas longas e fastidiosas que desestimulam os alunos, tornando mais visíveis os procedimentos de tratamento ou as estruturas conceituais, ou permitindo que os alunos cooperem e compartilhem os recursos”. Os alunos deixam de ser meros receptores do conteúdo, participando ativamente da experiência educativa de construção de seu conhecimento, o que os levará a apropriação e desenvolvimento de suas potencialidades. Abrantes (1995, p. 62), citado por Vieira (2001), aponta características fundamentais do trabalho com projetos:.

(45) 33. − Um projeto é uma atividade intencional: o envolvimento dos alunos é uma característica chave do trabalho de projetos, o que pressupõe um objetivo que dá unidade e sentido às várias atividades, bem como um produto final que pode assumir formas muito variadas, mas procura responder ao objetivo inicial e reflete o trabalho realizado; − No projeto a responsabilidade e autonomia dos alunos são essenciais: os alunos são co-responsáveis pelo trabalho e pelas escolhas ao longo do desenvolvimento do projeto. Em geral desenvolvido em equipes, motivo pelo qual a cooperação está também quase sempre associada ao trabalho de projetos; − Autenticidade: característica fundamental do projeto, buscando um problema relevante aos alunos, não sendo apenas reprodução de conteúdos, nem dissociado da realidade; − O projeto envolve complexidade e resolução de problemas: o objetivo central do projeto constitui um problema ou uma fonte geradora de problemas, que exige uma atividade para sua realização; − Tem caráter faseado: percorre várias fases - escolha do objetivo central,. formulação. dos. problemas,. planejamento,. execução,. avaliação e divulgação dos trabalhos. “Aprende-se participando, vivenciando sentimentos, tomando atitudes diante dos fatos, escolhendo procedimentos para atingir determinados objetivos. Ensina-se não só pelas respostas dadas, mas principalmente.

(46) 34. pelas experiências proporcionadas, pelos problemas criados, pela ação desencadeada” Vieira (2001, p. 2). Para o desenvolvimento do trabalho com projetos Vieira (2001, p. 3) diz que são necessários três momentos, sem a necessidade de serem etapas estanques, a saber: − Problematização: ponto de partida, onde os alunos expressarão suas idéias, crenças e conhecimentos sobre o tema em questão. Ao professor cabe detectar o que o aluno já sabe, e o que ainda não sabe; − Desenvolvimento: criam-se as estratégias para buscar soluções às questões e hipóteses levantadas; − Síntese: às convicções iniciais são superadas e outras são substituídas, a aprendizagem passa a fazer parte dos esquemas de conhecimentos dos alunos e vão servir de base de conhecimento para os novos em outras situações de aprendizagem. Os projetos são processos contínuos que não podem ser reduzidos a uma lista de objetivos e etapas estanques. É uma postura que reflete uma concepção de conhecimento como produção coletiva, onde a experiência vivida e a produção cultural sistematizada se entrelaçam dando significado às aprendizagens construídas e reconstruídas a cada momento. Dá-se um sentido novo ao ato de aprender, onde cada necessidade de aprendizagem busque a solução de problemas que se nos apresentam no dia a dia, gerando situações de aprendizagens diversificadas e voltadas para a.

(47) 35. realidade vivida, possibilitando aos educadores o fazer pedagógico direcionado a construção da autonomia do indivíduo e do coletivo do grupo. Ao observar a escola “atual” vê-se a necessidade urgente de buscar autonomia e metodologias que de fato contribuam para o desenvolvimento de políticas educacionais relevantes, que viabilizem as mudanças urgentes e necessárias na comunidade, na escola e conseqüentemente nos professores e alunos. A. busca. constante. de. novas. metodologias. nos. leva. a. transdisciplinaridade, forma possível de reunir este emaranhado de disciplinas, conteúdos e métodos, com objetivos claros de unir o homem e a sua natureza, a escola e seu conteúdo, através de projetos voltados para os interesses dos alunos envolvidos, utilizando estas novas tecnologias que hoje chamam atenção de todos, assunto abordado no capítulo seguinte..

(48) 36. CAPÍTULO III 3. NOVAS TECNOLOGIAS As novas tecnologias, e em especial, a informática na educação, trazem mudanças significativas na forma de refletir, ordenar, organizar e de trabalhar do homem e da mulher, este capítulo busca justificar, observar os modos de utilização, a relação do professor e a utilização da informática, fundamento importante para esse trabalho.. 3.1. INTRODUÇÃO. DA. INFORMÁTICA. NA. EDUCAÇÃO. -. JUSTIFICATIVAS As novas tecnologias da informação e comunicação transformaram a maneira de comunicar, trabalhar, decidir e pensar. Difícil é distinguir as propostas claras, lúcidas e objetivas de utilização das novas tecnologias, das apenas comerciais. Perrenoud (2000, p. 126) cita os possíveis atropelos que se pode ter contato: − Vendedores de máquinas, de “softwares” ou de comunicação em busca de mercados, mas principalmente de influências; − Políticos preocupados em não perder a virada informática e telemática, prontos para medidas espetaculares, por menos fundamento que tenham; − Especialistas dos usos escolares das novas tecnologias, autores de “softwares” educativos, formadores em informática e outros “gurus.

(49) 37. da internet”, que procuram obter a adesão de todos à informática, nos moldes da fé e da conversão. Estas situações levam a um caminho que não interessa aos verdadeiros propósitos da educação, nem justificam um investimento de tal monta, muito menos irão atingir os propósitos de construção da aprendizagem. Moraes (1998, p. 9) expõe as razões que para ela justificam a dinamização do processo de informatização, através. dos aspectos que. seguem: 1. Democratizar o acesso à informação, como condição “sinequanon” a necessidade de sobrevivência, a sociedade está ligada aos indivíduos e a sua relação com as tecnologias da informação para resolução de problemas, como ferramenta na produção do conhecimento, investigação, construção, análise e divulgação do conhecimento, construindo um indivíduo mais capaz e criativo. 2. Reposicionamento. da. educação. diante. dos. novos. padrões. decorrentes dos avanços tecnológicos e científicos, de produtividade e competitividade, construindo uma formação básica sólida, preparando o indivíduo para um novo conhecimento requerido pelo cenário cibernético, informático e informacional. 3. Possibilidades de educação à distância e de educação continuada, influenciando profundamente nas escolas, no processo de utilização do tempo, produzindo uma aprendizagem colaborativa para um trabalho em equipe..

Referências

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