• Nenhum resultado encontrado

História do Clube Desportivo Salvaterrense

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "História do Clube Desportivo Salvaterrense"

Copied!
89
0
0

Texto

(1)

CLUBE DESPORTIVO

SALVATERRENSE

A SUA HISTÓRIA…!

**

José Gameiro

(José Rodrigues Gameiro)

(2)

Os Homens,

Os Desportos,

A História…!

******

CLUBE DESPORTIVO

SALVATERRENSE

(3)

INDICE:

I – FUTEBOL ……….. Pág. 5 II - A Origem do Clube Desportivo

Salvaterrense ……….. Pág. 6 III – Columbofilia ………. Pág. 23 IV – Ciclismo ……… Pág. 25 V – Motonáutica ……… Pág. 29 VI - Andebol ……….. Pág. 32 VII – Voleibol ………. Pág. 46 VIII – Judo ……… Pág. 51 XIX – Trampolins ……….. Pág. 58 XX - Hóquei em Patins ……… Pág. 63 XXI – Pesca Desportiva ………. Pág. 68 XXII – Atletismo ………Pág. 73

(4)

Tipo de Livro: On-line Autor: Gameiro, José Data: 2010

Editor: Gameiro, José Rodrigues Morada: Bº Pinhal da Vila – Rua Padre Cruz, Lote 49 Localidade: Salvaterra de Magos Código Postal: 2120 – 059 Telem. 918 905 704

Fax: 263 505 494

Titulo: Clube Desportivo Salvaterrense A Sua História

(5)

PREÂMBULO

O presente livro tem como único fim reunir documentos e informações, que ao longo de mais 30 anos, recolhemos e, algumas vezes foram utilizados em trabalhos publicados na comunicação social. Julgamos que aqui poderá estar um valioso contributo para quem queira fazer um estudo mais aprofundado das modalidades desportivas que se implementaram em Salvaterra de Magos, como o futebol que vem do já longínquo ano de 1926.

Nalguns casos a recolha de informações que fizemos, foram fruto de entrevistas, até porque não existiam muitos documentos em arquivo. Muitas pessoas que contactamos por volta do início de 1980, tinham pertencido às equipas que aqui nasciam e acabam, depois de alguns meses de atritos Numa dessas recolhas, acarreámos um grupo de antigos praticantes de futebol daquela época de 1926, que juntámos no estabelecimento do barbeiro, Alexandre Varanda da Cunha. O contraditório entre eles, foi grande sobre o mesmo assunto, até porque já tinham passado muitos anos e, as memórias já não “guardavam” o que parecia importante de tão pequenos acontecimentos, para o conhecimento das gerações seguintes. Os acontecimentos aqui contados nas páginas a seguir, são uma mais valia para a “história” do Clube Desportivo Salvaterrense– C.D.S., muitas foram ouvidas, outras vividas pelo autor, têm os seus inconvenientes, pois falta-lhes o rigor, pois não tiverem a confirmação

(6)

documental. Para os leitores, especialmente aqueles que as queiram ter como ponto de partida para qualquer trabalho de investigação, a que queiram meter ombros, aqui e agora não é tarde pedimos alguma benevolência pela insuficiência conseguida.

Cabe aqui agradecer e enaltecer a forma carinhosa, dos já falecidos Alexandre Varanda da Cunha e Manuel Gonçalves Júnior, pelo modo como nos apoiaram sempre que precisamos da sua ajuda, viveram apaixonadamente o glorioso Salvaterrense. Alexandre Cunha, que foi na sua época, um dinâmico dirigente do Clube Desportivo Salvaterrense – C.D.S., tendo até desenhado e pintado o emblema da colectividade, onde se vê uma bola de futebol tendo como fundo uma roda de bicicleta, desporto de grandes ídolos que arrebatava multidões em Portugal naqueles tempos.

Ao Prof. Fernando Rita Assunção, que tendo dado o seu contributo ao aparecimento da prática do Andebol, em Salvaterra de Magos, como seu jogador e treinador, nos facultou muitas informações sobre este desporto. Em 1997, este livro encontrava-se pronto para uma edição em papel, mas por motivos vários só agora encontrei oportunidade de o publicar em on-line, sendo feitas as necessárias adaptações, incluindo as fotos.

Ano: 2010

José Gameiro

(José Rodrigues Gameiro)

(7)

UMA OPINIÃO AMIGA

Tal como o autor pretendia o presente trabalho é um documento de recolha de informações, com o fito de esboçar os contornos da história do desporto em Salvaterra de Magos. Não ambicionou de modo

algum reunir todos os factos e explanar

exaustivamente todas as situações, porque acredito tal não seria facilmente atingível e, este trabalho tardaria a ser publicado, com os prejuízos daí decorrentes para o desporto e a comunidade locais. José Rodrigues Gameiro, ou José Gameiro, como é conhecido no seio da imprensa escrita, porque assim assina os seus textos, deu mais uma vez o primeiro passo e teve a coragem de se expor a todos os que este livro lerem, convicto de que estes apontamentos longe de serem um produto acabado são, no entanto, pioneiros nesta temática.

Não se esqueça, que ao longo dos tempos a evolução das diversas modalidades desportivas, desde o futebol, aos trampolins, passando pela

motonáutica, ciclismo, columbofilia, pesca

desportiva, hóquei em patins, judo, voleibol, atletismo, andebol e ornitofilia, tiveram boa recepção em Salvaterra de Magos.

O autor, não se alonga em julgamentos de valor sempre relativos, polémicos e propiciadores de discórdia, privilegiando a narração de episódios e acontecimentos históricos, ilustrando-os sempre

(8)

que isso lhe foi possível com fotografias, e referenciando de modo simples os que deram o seu contributo em prol do desporto nesta terra-atletas, seccionistas, dirigentes e instituições.

Trata-se de uma publicação de fácil leitura e de consulta imediata, que podendo ser falível num ou noutro aspecto, função do maior ou menor cuidado na recolha, não deixa de no seu conjunto representar um salto qualitativo na prossecução do objectivo de compilação e divulgação da história do desporto em Salvaterra de Magos.

Como nota final, que certamente comprovarão com a leitura desta obra, foi (é) ao Clube Desportivo (C.D.S.), que se fica a dever grande parte das “historias” de sucesso (e insucesso). Assim os Homens de hoje queiram continuar a fazer historia…Salvaterra de Magos merece-o !

Obrigado José Gameiro !

Hélder Esménio

(antigo Presidente da Direcção do C.D.S.)

(9)

I

FUTEBOL

Os chineses no séc. III a.C., chamavam ao jogo da bola “tsu-chu”, uma forma de adestrarem a força física dos seus soldados. A prática dos jogos também foi muito usada na antiga Grécia, chamados de “Olímpicos”, em honra dos deuses. Várias modalidades eram então praticadas, desde o lançamento do dardo, passando pela luta corpo-a-corpo, como as corridas a pé, onde a destreza e a resistência física do homem eram postas à prova, daí nasceu o atletismo. Na chamada era moderna, o homem tendo oportunidade de ocupar os seus tempos livres, foi inventando outros jogos, como foi o futebol, no século XIX.

Nos colégios da aristocracia inglesa, adaptou-se o jogo da bola, num passatempo com regras, para isso houve reuniões que segundo alguns autores, começaram em Outubro de 1863 e terminaram dois meses depois. Sendo restrito à sua classe, depressa se tornou num espectáculo que se “alastrou” passando a chamar-se futebol, tendo havido um torneio em 1872. Em poucos anos absorveu o entusiasmo de multidões em todo o mundo, sendo agora apelidado de desporto-rei, tal a sua dinâmica como espectáculo.

(10)

Os portugueses também foram “contagiados” por esta nova modalidade desportiva, no final do século XIX, em 1888, trazido de Cambridge, pelos irmãos Pinto Bastos.

II

A ORIGEM DO CLUBE DESPORTIVO SALVATERRENSE

Naquele já longínquo ano de 1925, existiam em Salvaterra de Magos duas equipas de futebol.

O Operário, composto por operários, como: António Pinheiro, Nazário, Júlio Lino, Emílio Mendes, Benigno Gonçalves, Fernando Luiz das Neves (o Ciranda), Alberto Leandro, Sebastião Cabaço.

O Rural; onde jogavam os trabalhadores do campo, Raul Pega, Manuel Borrego, Manuel Carlota, Manuel José Figueiredo e Sebastião Nabiço, entre outros.

Os jogos disputavam-se num espaço térreo cedido pela casa agrícola Oliveira e Sousa, no Massapez. A Quinta-feira, dia de descanso semanal na vila e povoações vizinhas, era aproveitado para alguns jogos da bola, como então se dizia. Era um dia que convinha aos jogadores convidados, pois estes ao domingo participavam nos encontros das suas equipas, sedeadas em Lisboa.

(11)

A rivalidade instalada entre os dois grupos, o Operário e o Rural, depressa deu origem ao desaparecimento de ambos e, apareceu uma nova equipa; o RURAL PEQUENO, onde foram aproveitados alguns já com provas dadas e deram nas vistas; Luiz Figueiredo e Joaquim dos Santos (Tanganho). Este último como Keeper.

Aos mais jovens do desaparecido Operário, juntaram-se outros, e nasceu o ESTRELA FUTEBOL CLUBE, e nele jogaram António Cabaço (Chadote),

Armando Cabaço ( Armando leitão), João Nunes de Oliveira (João da Companhia), João Miguel (Capadão) e, alguns que entretanto tinham deixado de alinhar pelo Rural Pequeno.

Em 1926, depressa o Estrela, ganhou fama de boa equipa, que nos encontros com equipas de terras vizinhas, ia somando vitórias, até porque contava com a colaboração de António Roquette, Mário Pita, Gustavo Teixeira e Victor Silva, jogadores que vestiam a camisola da selecção nacional. O jogador do Benfica, Victor Silva, mais tarde convidado também para treinador do C.D.S., vinha uma vez por semana orientar os treinos, onde já imperava a disciplina e técnica nos jogos praticados.

Foi durante a sua orientação que apareceram os irmãos, Mac-Brid Fernandes e José Fernandes, este conhecido por José Morais.

(12)
(13)
(14)

Segundo apuramos nas entrevistas que conseguimos, em 1980, para publicar no já desaparecido jornal “Aurora do Ribatejo”, era unânime os elogios, feitos aos dois irmãos, que ficaram como “ídolos” na história do futebol em Salvaterra de Magos.

A equipa do Estrela Futebol Clube, depois de conhecer a fama, depressa entrou em declínio. O grupo de amigos que compunham o Estrela, tinham a sede social, instalada na casa do director Augusto da Luz, na rua Machado Santos.

.

À noite na parede da moradia, era colocada uma pequena caixa de madeira, envidraçada, com uma vela no interior, servindo de reclamo do clube.

O entusiasmo dos adeptos do futebol em Salvaterra, era tanto, que motivou a que muitos jovens da terra, constituíssem uma nova equipa com o nome de “OPERÁRIO”, a que se seguiu “Os ZEBRAS”.

Um torneio, foi organizado na vila, nele inscreveram-se; o Marítimo, o Rural, os Morcegos, o Sempre-Aparece, o Coração, e o já consagrado Estrela. Numa destas equipas, jogava o “Manel Sarol”, que dava azo a um espectador dizer: Um a cada e dois ao Sirol.

(15)

A disputa de uma taça, durou algumas semanas, e nas várias equipas, deram nas vistas; Joaquim Cunha, Mário Antão, Joaquim Moliço, Mário Caramelo, Francisco Magalhães e Eurico Borrego, além de muitos outros que a memória dos homens esqueceu.

Ainda o torneio esta a meio a “guerra” instalou-se e, os agrupamentos depressa desapareceram, ficando mais uma vez apenas o já velhinho Estrela. Em 1938, existia em Salvaterra de Magos, apenas uma associação recreativa, o Grémio Artístico Salvaterrense, cuja fundação vinha do dia de reis, do ano de 1925.

Esta colectividade tinha a sua sede na Trav. do Forno de Vidro, e tinha apenas como associados, homens com profissões, como: Carpinteiros, Ferreiros, Escriturários, Pedreiros, Padeiros e Empregados de Balcão.

Aos conhecidos, como artesãos, onde se incluíam; Carpinteiros de carros, Sapateiros, Funileiros e Trabalhadores Rurais, eram-lhes vedada a condição de sócio, apenas podiam usar as suas instalações em dias de bailes. As regalias sociais, restringia-se a uma mesa de Ping-Pong e uma outra de Bilhar. Em 1947, por proposta do sócio, Sílvio Augusto Cabaço, então presidente da direcção, numa assembleia-geral, é aceite a extinção do Grémio, dando lugar ao CLUBE DESPORTIVO SALVATERRENSE.- C.D.S.

(16)
(17)

O Estrela Futebol Clube, foi convidado a integrar esta nova colectividade, com a sua equipa de futebol, tendo a finalidade de começar a participar em jogos oficiais.

Na necessidade de um emblema para o C.D.S., encarregaram-se de o fazer, os dirigentes José Quitério e Alexandre Varanda da Cunha, este cuja habilidade era notória na pintura, que completava com o gosto pela fotografia. Os responsáveis tinham deliberado que teria como fundo, uma roda de bicicleta, uma novidade na época, em muitos clubes, até porque existia a rivalidade no ciclismo – Trindade e Nicolau.

Em 27 de Abril de 1947, a equipa do Clube Desportivo Salvaterrense, fez a sua apresentação pública, na vila, num jogo amigável com o Desportivo da Azambuja, tendo vencido os visitantes por 2-0.

Na equipa alinharam, Chico Néu, Joaquim Cunha, Joaquim Moliço, Mac-Brid, João Tavares, José Luís Borrego, João Raposo, João Pratas (Carocho), Jaime Quitério, Alfredo Magalhães, Victor Damásio, Mário Caramelo e José Luís das Neves. Marcaram os golos; José Luís Borrego e João Raposo.

Na retribuição que o clube, fez à Azambuja, em 11 de Junho, o entusiasmo foi de tal monta, que

(18)

foram alugados alguns barcos para os acompanhantes, que aproveitaram para um passeio fluvial, sendo o almoço no sitio das “Obras Novas”, junto à vila visitada.

O jogo, realizou-se de tarde, e o Salvaterrense, perdeu por 5-4, tendo alinhado; Chico Néu, Joaquim Cunha, José Raposo, João Tavares, Mac-Brid, Mário Caramelo, José Luís Borrego, José Luís das Neves, João Raposo, Jaime Quitério e Alfredo Magalhães. Foram suplentes: Francisco Varela, Victor Damásio e João Inácio. Marcaram os golos do C.D.S., José Luís Borrego (1), José Raposo (2) e, Alfredo Magalhães (1). Foi treinador o Dr. Inácio Nazaré., notário instalado na vila.

Naquele tempo, para a prática do futebol era usado um terreno, por detrás do muro do hospital, próximo da praça de toiros. Ali a equipa do C.D.S., fez alguns jogos com o fito de entrar em provas oficiais, reforçando-se com jogadores, vindo de Muge (Cadete) e José Ferreira (Valada). Nestes encontros de preparação, a equipa saiu sempre vitoriosa, passando a ser uma equipa respeitada pelas equipas das terras vizinhas. Em 1950, disputou pela primeira vez uma prova oficial – o Campeonato Regional de Santarém.

(19)
(20)
(21)

Segundo algumas informações que registámos, a derrota frente ao Sport Lisboa e Cartaxo, em 24 de Setembro, acumulado com outras que se lhe sucederam, a equipa obteve uma posição muito modesta no torneio. Para formar a equipa, foi necessário pedir aos jogadores mais antigos, que aceitassem, outros como: Joaquim Moliço, José Carlos Hipólito e João Luís Damásio.

Em 1952, participa na Taça do Ribatejo, com uma equipa composta com jogadores da terra e, chega ao final da primeira volta, no cima da tabela. O entusiasmo entra nas decisões directivas do clube e, começa a recrutar reforços em clubes de Lisboa. O mal-estar “instala-se” na equipa e, vem reflectir-se nos resultados da segunda volta, no final a sua posição na prova fica seriamente afectada, com algumas dívidas acumuladas.

Uma crise instala-se, quer na direcção, quer nos jogadores, que vão representar outros clubes vizinhos.

Os anos passaram, a prática de futebol, no C.D.S. de Salvaterra de Magos, deixa de existir, servindo o seu recinto de jogos para instalar a Feira Anual da vila. Em 1957, um grupo de associados toma em mãos o rumo do clube, e reorganiza a secção de futebol, procura um novo recinto desportivo e encontra na câmara municipal, sob a presidência de

(22)

José Luís Seabra Ferreira Roquette, a resposta, para as suas aspirações.

A Misericórdia local completa as pretensões disponibilizando um espaço para o campo de futebol nos terrenos da antiga “Horta do Loureiro”. As obras começaram com grande entusiasmo, mas ali existia um grande posto de alta tensão de energia eléctrica, que levou a demoradas “demarches” com a empresa Hidro Eléctrica Alto Alentejo – H..E.A..A., que tinha um escritório em

Almeirim. Entretanto um conjunto de jovens, vai

treinando e, fazendo alguns encontros, sob o comando do director, Manuel Gonçalves (Manuel Pechincha). Os bons resultados alcançados são um prenúncio de se ter alcançado uma nova equipa para o Salvaterrense, mas ficou-se por aí.

(23)

Os anos foram passando, os jogadores com certo jeito para a prática deste desporto, foram conquistados por equipas de terras vizinhas, entre eles; Alfredo Bernardino, Manuel Paulo, João Manuel Vasco, Lourenço Rato, Manuel Conceição Vieira e Luís Fernandes Gonçalves (Luís Planga). Mais tarde, apareceu uma outra leva de jovens como: Mário Marques, José Manuel Santana Vasco, João Mendes, António Bernardo (Nelito), Porfírio Bernadino (Mac), João Fernandes Damásio (Bão), Rui Monteiro, Nelson Ferreira, Luís Fernandes (Sapatão), José Nunes (José Béu), Faiante e João Manuel Ferreira (Ratão), etc.

Destes, alguns chegaram a representar clubes de nomeada no panorama do futebol português, como o Benfica e Leiria.

Em 1975, com a ajuda da câmara municipal, as infra-estruturas do recinto desportivo, ficaram fechadas com um muro em volta e em 1960, uma direcção com, Sérgio Filipe Andrade, João Morais Alexandre e Leonardo Ramalho Cardoso, procedeu-se a obras de grande vulto na procedeu-sede do clube.

Em 1964, na sede, um antigo edifício de rés/chão, logo foi projectado um primeiro andar, com um vasto salão com 420 m2, para festas e reuniões dos associados e, pequenas dependências de apoio, às outras secções

(24)

desportivas. O piso debaixo, na entrada, passou a ter uma grande sala com um pequeno bar

Na época, foi considerado um dos melhores edifícios para sede dos clubes desportivos, existentes no distrito de Santarém.

Finalmente, na época 1973/74, o Clube Desportivo Salvaterrense, entrou sem interrupções, nos calendários regionais do Distrito de Santarém, estava Sérgio Filipe Andrade, na presidência da direcção. Nesse tempo, participou na II divisão distrital, de Santarém, conquistou o título, sem derrotas.

Ainda com o executivo de Filipe Andrade, são iniciadas obras de conservação no espaço desportivo do Campo do Loureiro, que se prolongaram por mais três anos.

Na época 1977/78, o C.D.S, terminou o campeonato distrital, na 7ª posição da classificação e, em 1980/81, obteve a 2ª posição, que lhe deu oportunidade de participar na Taça de Portugal, tendo sido eliminado em Peniche, depois de passar algumas eliminatórias.

Em 1982/83, desceu de categoria para a II divisão, do campeonato distrital de Santarém, mas na época seguinte (1983/84), alcançou o 2º lugar e foi finalista da Taça do Ribatejo. Ainda neste tempo,

(25)
(26)

um dirigente, Valdemar Facha, teve um grande desempenho, pois dedicou-se ao Salvaterrense, de alma e coração, continuando com a nova direcção constituída por; Manuel Fernandes Travessa, Jaime Fontes, Orlando Andrade, Dr. José Cadório Lino, José Manuel Santana Vasco, Manuel F.G. Guedes e Jorge Manuel Silva Henriques.

Num trabalho de grande envergadura e empenho, fizeram-se obras de conservação no edifício da sede do clube e, foi modernizado todo o sistema administrativo e financeiro.

Com as finanças do clube controladas, foi feita a aquisição de um pequeno autocarro, já com muitos kms de estrada.

Antes de terminarem o seu mandato foi comemorado o 60º aniversário da colectividade, dando a conhecer as várias secções desportivas em programa festivo, os cerca de 300 atletas, em actividade na colectividade Salvaterriana.

No grande espaço (salão) que existia no primeiro andar da sede, realizavam-se espectáculos de variedades, e muitos colóquios como um curso de árbitros, dirigido por antigo árbitro, Manuel Lousada, que foi muito frequentado.

(27)

III

SECÇÃO DE COLUMBOFILIA

Data de 1932, o inicio da pratica da columbofilia em Salvaterra de Magos. Documentos existentes na Sociedade Columbófila Salvaterrense, remetem-nos para o conhecimento da existência em Salvaterra de Magos, de uma Delegação Columbófila do Centro de Portugal (Lisboa).

Naquele tempo, eram praticantes desta modalidade os columbófilos; Carlos Sabino Paim, de Benavente, João Figueiredo Tomás, de Coruche, Victor Caratão, de Benavente, Domingos Teodoro, de Muge, Lúcio David, de Muge, João Rico Raio, de Benavente. Com pombais em Salvaterra, existiam José Vicente da Costa Ramalho, Jacinto Lopes Magalhães, António Mendes dos Santos e Fernando de Sousa Marques, Rafael Roquette, Fernando Luiz das Neves, Gonzaga Ribeiro e Manuel Gonçalves Júnior de parceria com seu irmão Benigno Gonçalves.

Era o grande impulsionador desta actividade desportiva, José Vicente Costa Ramalho, chegando um seu carro a transportar os cestos de verga, com os pombos daqueles praticantes à estação de Muge, para uma viagem de comboio até Lisboa.

(28)

Sendo uma actividade desportiva bem “cimentada” em Portugal, passou a ser reconhecida oficialmente através do DL Nº 36.767 de 28.02.1948, onde o pombo-correio, tem lugar de notoriedade na sua protecção. As dificuldades encontradas, com a colectividade de apoio, em

Lisboa, levou a que em 10 de Dezembro de 1949, fosse criada uma secção columbófila, no C.D.S., para isso tiveram papel de relevo, Engº Carlos da Costa Freire, Jacinto Lopes Magalhães, Joaquim Damásio, João Ferreira Vasco, entre outros.

Em 19 de Janeiro de 1951 (acta nº 2), foi realizada uma assembleia-geral, que levou ao aparecimento da Sociedade Columbófila Salvaterrense. Em 8 de Outubro de 1952, já com escritura pública e estatutos, desvincula-se de secção do Clube Desportivo Salvaterrense.

(29)

IV

CICLISMO

Este fascinante desporto, em que o homem dominando a máquina, faz um conjunto de desenvolvimento atlético saudável para o ser humano. Sabe-se que a bicicleta, esse simpático veiculo, já fez cem anos desde o dia em que depois de vários aperfeiçoamentos e, nomes, levou o francês, Ernesto Michaux, em 1865, a chamar-lhe velocípede. Realmente foi naquele ano que publicamente foi apresentado como um meio de locomoção, porque deixava de ser necessário para andar, de se pôr os pés no chão.

Por volta de 1933, Portugal, viveu grandes entusiasmos, com a prática do ciclismo, o povo chegou a ter os seus ídolos, os “despiques” entre Nicolau e Trindade, lembravam o início da volta à França, em 1903.

Não sendo o ciclismo, uma prática desportiva em Salvaterra de Magos, teve nos anos 30, do séc. XX, grandes entusiastas como Joaquim Pinto Figueiredo (Joaquim Tarau) e Fernando Vieira Andrade (Fernando Tapada), tendo o primeiro entrado na volta a Portugal, representando o Clube Campo de Ourique (Lisboa).

(30)

Partindo da capital do país, em direcção ao Algarve, subiu a serra do Caldeirão, e numa das etapas, com destino a Évora, num dos vários controlos que a prova tinha, chegou atrasado e teve de abandonar a corrida.

A sua desistência, foi uma frustração, pois muitos conterrâneos esperavam-no na Praça do Geraldes.

(31)

Manuel Militão Leal, nascido em Marinhais, representou o clube “Os Belenenses “, em 1933, classificou-se na volta a Portugal, na 4ª posição, no ano seguinte quedou-se na 34ª posição.

Muitos anos mais tarde, também daquela freguesia, Manuel Simões “O Pechites”, vestindo a camisola do Benfica, conseguiu posições classificativas de registo na prova nacional, tal como João Abalada, representando o Sporting, que também teve classificações de destaque em provas realizadas em Festas Populares.

Nascidos na Glória do Ribatejo, Roberto Valentim Peixe, participou em algumas voltas a Portugal, ao serviço do Benfica e mais tarde do Salgueiros, bem como Inácio Monteiro Nunes, que vestiu a camisola do Benfica. Em Salvaterra, José Rafael de Oliveira, Manuel Cipriano, António Freitas Lopes, Agostinho Neves Henriques e Emílio Coelho., davam mostras de grande apego à modalidade

No ano de 1961, Humberto Fernandes, com oficina de bicicletas na vila, era um seu entusiasta, conseguiu a criação de uma secção de ciclismo no Clube Desportivo Salvaterrense, com cinco atletas inscritos na Associação de Ciclismo do Sul

Eram eles; Mário Leal, Daniel Carvalho, Alfredo Xavier, José Gameiro e José Damásio. Dois deles singraram, Mário Leal e Daniel Carvalho, vestiram

(32)

as camisolas do Vilafranquense e do Benfica respectivamente.

Grande entusiasmo, o deste punhado de jovens praticantes, mas foi curto, até porque as despesas, de inscrições e deslocação em provas, compra e manutenção das bicicletas, oneravam os seus parcos recursos. Acabou no C.D.S., a secção de ciclismo em 1962, e nos anos seguintes não mais

houve motivação para a criação e pratica desta prática desportiva em Salvaterra de Magos.

Alguns dos veteranos, tal como: Emílio Coelho e José Rafael de Oliveira e João André, vieram anos mais tarde a criar uma associação de cicloturismo.

(33)

V

MOTONÁUTICA

A motonáutica, sendo um desporto náutico, tinha a componente mecânica, como aliás o seu nome indica. Os vários tipos de embarcações quando em competição, oferecem um espectáculo de movimento e emotividade, aliada à beleza que cativa não só nos praticantes, como todos os espectadores.

Em 1964, com as águas do rio Tejo a beijar as margens da vila de Salvaterra de Magos, a vasta zona de águas da Barragem de Magos, motivaram a criada no Clube Desportivo Salvaterrense, de uma secção de motonáutica – SECUDARIA MAGOS. Com a existência desta secção, estavam lançadas as bases para o grande impulso que esta modalidade, veio a ter em Salvaterra, ombreando com o0 melhor que se fazia em todo o país.

Os obreiros da Secudaria Magos, foram Mário Maymone Madeira, Armando Duarte Miranda, Manuel da Silva Valente, os irmãos Raposo (José e Manuel João) e os irmãos Ramalho, do Cartaxo.

(34)

Homens dotados de uma dinâmica invulgar, depressa conseguiram conjugar esforços em desenvolver novos métodos na motonáutica.

A fama foi tal ordem, que nos meios afectos à modalidade, chegaram a apelidar a Secudaria Magos, de “Universidade da Motonáutica”.

Para tanto muito contribuíram, para o prestigio da equipa, Mário Maymone, Guilherme Gonçalves, Ruy Noronha, António Vaz Gomes, e a família Raposo (composta por: José e Manuel João e os filhos deste: Conceição Raposo, Fátima Raposo Lecas Raposo e Janito Raposo). Este conjunto de pilotos,

(35)

depressa passaram, a ser muito respeitados em todas as provas e campeonatos em que estavam presentes. Assim, atestavam o volumoso conjunto de prémios, ganhos quer a nível individual, quer colectivamente. Em 1975, entrou em “crise”, com as incidências da revolução de Abril que se manifestava por todo o país e os factos dos elevados custos do conjunto barco/motor e combustíveis.

A Secudaria Magos, nunca mais teve qualquer ocasião para voltar às provas, entrando em inactividade.

***

(36)

VI

ANDEBOL

Nem sempre é fácil determinar com precisão as origens dos vários desportos que no séc. XX, atraíram praticantes e espectadores. Está neste caso o Andebol, considerado uma das mais jovens modalidades existentes.

Nos últimos anos do séc.XIX, praticava-se no Porto um jogo muito parecido, conhecido por”Malheiral”, pois fora criado pelo prof. de educação física, Porfírio Malheiro

No entanto já antiga Grécia, se pratica jogos com a mão, muito semelhantes ao actual Andebol. Nos tempos modernos, Alemanha, Checoslováquia, Bélgica e Uruguai, foram os primeiros na sua pratica, mas na vertente de onze jogadores

O Uruguai, reclama a paternidade do Andebol, ali chamado de “Balon”, no entanto quando do primeiro conflito mundial (1914-18), o seu jogo de Andebol passou a ser conhecido, sempre na variante de onze jogadores, assemelhando-se ao futebol, com as mesmas balizas, idêntica colocação no terreno, e com as mesmas regras, além do equipamento ser semelhante.

(37)

A variante de “Andebol de Sete”, foi criada nos países como a Suécia e Dinamarca, onde devido aos rigores do inverno, se tornava impossível praticar este desporto em campos ao ar livre.

Um dia foi escolhido um espaço fechado (Pavilhão) mais pequeno, o que obrigou a uma diminuição do número de jogadores por equipa em campo.

Em Portugal, o Andebol de onze, foi introduzido no Porto pelo cidadão alemão, Armando Tshopp, em 1922, tendo tido a sua primeira apresentação oficial em 31 de Janeiro de 1931, na cidade do Porto. Ainda nesse ano foi formada a Associação de Andebol de Lisboa , seguindo-se a do Porto no ano seguinte. A Federação Portuguesa de Andebol, foi fundada em 1 de Maio de 1938, está filiada na Internacional Handball Federation, criada em 1927. Enquanto a modalidade com sete jogadores, foi iniciada no nosso país, por um outro cidadão alemão, Henrique Fiest, no ano de 1949, que organizou o 1º Torneio Oficial da modalidade, na vila de Cascais, no verão desse ano. Foi apresentada nos jogos Olímpicos de Berlim de 1936, com a equipa alemã, a primeira campeão olímpica. O primeiro campeonato do mundo de Andebol de Sete, foi disputado, em 1938, onde a Alemanha obteve o 1º lugar.

(38)

No entanto só a partir de 1954, as competições de andebol de sete, passaram a ter uma regularidade internacional, onde equipas portuguesas participavam.

O Andebol em Salvaterra de Magos

Esta modalidade desportiva, foi introduzida em Salvaterra de Magos, na época 1967/68, pelo prof. Fernando Rita Assunção, que tinha sido praticante no Sport Lisboa e Benfica, de imediato recebeu o apoio da direcção da Casa do Povo, pois esta em construção um Pavilhão, que servia em pleno esta modalidade, ao longo dos anos teve duas fases na sua existência.

1ª Fase

Para uma participação nos campeonatos promovidos pela F.N.A.T. – Federação Nacional para Alegria no Trabalho, só a Casa do Povo estava em condições de o fazer, tendo Fernando Assunção assumido a responsabilidade de Orientador/Técnico principal, além de jogador.

Com esta decisão, respondeu ao convite de um grupo de jovens, que vieram a serem praticantes da modalidade e integraram a equiipa salvaterrense.

(39)
(40)

(41)

Foram disputados jogos nas épocas 1967/68 a 1974/75. tendo sido seu orientador nestas duas últimas, João Cadório Ferreira Lino. Durante estes anos esteve presente e conquistou lugares:

1967/68 - 2º lugar na Zona Sul do Distrito de Santarém;

1968/69 - Campeão do Distrito de Santarém e a inauguração do Pavilhão Gimnodesportivo da vila; 1969/70 - Campeão do Distrito de Santarém e participação em Setembro de 1970, nos III jogos Desportivos do Trabalho, sagrando-se Vice-Campeão da Taça de Ouro dos Campeões de Andebol;

1970/71 - Campeão do Distrito de Santarém; 1971/72 - Vice-Campeão do Distrito de Santarém; 1972/73 - Vice-Campeão do Distrito de Santarém, Campeão da Zona Sul do país, conquistando o lugar de Vice-Campeão Nacional;

1973/74 - Campeão do Distrito de Santarém; 1974/75 – Campeão do Distrito de Santarém.

2ª Fase

Com tantos títulos alcançados, os responsáveis pela modalidade entenderam dar novo rumo ao Andebol de Salvaterra, assim optaram pela competição federada, mais exigente para os anseios dos próprios jogadores.

(42)

Continuando com a colaboração de Júlio Lopes André e João Maximino, homens da primeira hora, na época de 1977/78, passou a representar uma secção de Andebol no Clube Desportivo Salvaterrense, começando logo a longa caminhada para a conquista do êxito.

Na época de 1975/76, sob a orientação de João Manuel Cadório Ferreira Lino, a secção do C.D.S. inscreve-se na Federação Portuguesa de Andebol e prepara-se disputar as várias provas do calendário oficial. Três anos depois em 1978, tem no seu palmarés; três títulos de Campeão Distrital. Na época de 1978/19, deixa os distritais e integra-se na 2ª divisão nacional e como estreante conquista o titulo de Campeão Nacional - 1ª fase, Zona Sul. A equipa era composta pelos jogadores; Valentim, Fernando Assunção, Francisco Piçarra, José João Duarte, Arménio Andrade, João Cabaço Lino, João Maximino, Rui Magalhães, Joaquim Dias, José Cadório Lino, Luís Borrego e Carlos Mendes, disputou o campeonato nacional da 2ª divisão, onde esteve até 1982/1983, altura em que passou à primeira, por ter obtido o primeiro lugar na Zona Sul e classificando-se como Vice-Campeão Nacional da categoria. Continuando na rota dos êxitos, foi ininterruptamente campeão distrital de Santarém, nas épocas desportivas que decorreram de 1977/78 a 1981/82.

(43)

Em 1983/84, disputou o campeonato nacional da 1ª divisão, classificando-se para a primeira fase de apuramento da Divisão de Honra. Na segunda fase, ficou em 2º lugar. Na fase final, obteve º 3º lugar, o jogo disputou-se em Sines.

Estiveram presentes: o Desportivo de Portugal – Porto (1º), Sporting Clube de Portugal (2º) Desportivo Salvaterrense (3º), Futebol Clube do Porto (4º), Vitória de Setúbal (5º), Marítimo – Funchal (6º). O CDS, conquistou também o prémio fair-play.

Entretanto, com os títulos alcançados, esteve sempre presente na Taça de Portugal, tendo na época 1978/79, passado para os quartos de final, recebendo o Sporting Clube de Portugal, no seu pavilhão, em Salvaterra de Magos, perdeu por 29 -25 pontos.

Preparando-se para o futuro, formou duas categorias – Juvenis e Juniores:

O conjunto juvenil, composto pelos praticantes, João Aleluia, António Figueiredo, José Alberto Sousa, Vítor Cabaço e João Carlos Cardoso, apresentou-se no campeonato de 1976/77, tendo ganho o 2º lugar na Taça da Associação de Andebol de Lisboa.

(44)

A equipa de Juniores, participou no campeonato de 1977/78, obtendo sempre a nível distrital de Santarém, até 1983/84, o título de campeão.

Num torneio da categoria de Juvenis, disputado em Terámo (Itália), onde estiveram presentes oito selecções.

A equipa portuguesa, foi representado pela regional de Santarém, tendo alguns jogadores do C.D.S. Preparando-se para o futuro, formou três categorias; Iniciados, Juvenis e Juniores.

Em Iniciados (masculinos) começou com uma equipa no ano de 1977, conseguindo logo nessa época (1977/78), no primeiro encontro nacional da respectiva categoria, disputado em Coimbra, o 3º lugar entre 63 equipas participantes. Nas épocas seguintes; 1978/79, 1979/80, 1980/81 e 1981/82, é campeã distrital.

De 1979 a 1985, deu à selecção distrital de Santarém, a maioria dos jogadores seleccionados para a disputa de encontros nacionais inter-selecções.

Uma outra categoria, apareceu nas suas escolas, os Infantis, no ano de 1982, e na época 1982/83 participa no primeiro campeonato distrital da respectiva categoria e sagra-se logo campeã. Participa no primeiro encontro nacional disputado em Coimbra, entre 44 equipas inscritas, conquista o 3º lugar do torneio. Na época seguinte 1979/80, venceu o primeiro campeão distrital da Associação

(45)

de Andebol de Santarém, tendo ainda nessa época contribuída com a maioria dos jogadores seleccionados na equipa distrital.

A equipa de Juniores, participou no campeonato de 1977/78, obtendo sempre a nível distrital de Santarém, até 1983/84, o título de campeão. Num torneio da categoria de Juvenis, disputado em Terámo (Itália), onde estiveram presentes oito selecções. Na selecção Portuguesa, representada pela regional de Santarém, integrava alguns jogadores do Salvaterrense; José Rocha e Melo e João Santa Bárbara.

A equipa principal do C.D.S., ao longo dos anos vinha mantendo uma regularidade, obtendo consecutivamente até à época de 1983/84, o título de campeão, perdendo a supremacia na época de 1984/85, quedando-se no 3º lugar da tabela classificativa.

O Andebol Feminino

Devido ao contágio dos êxitos alcançados pelas equipas masculinas, logo um grupo de meninas se apresentou, desejando entrar na categoria, estávamos na época de 1978/79. Durante alguns anos participaram em diversos campeonatos distritais.

(46)

Com a saída de alguma praticantes, a equipa desmembrou-se deixando-se de praticar esta categoria.

A Recompensa

No ano de 1985, mais uma vez os atletas salvaterrianos, viram coroado de êxito o seu empenho na prática do andebol, foram chamados à selecção nacional de seniores, João Santa Bárbara, Vítor Cabaço e António Figueiredo. Dando boa conta das responsabilidades exigidas, foram cobiçados pelas grandes clubes da modalidade, culminando as transferências de João Carlos Cardoso e Júlio Piçarra para o Belenenses, mais tarde juntou-se-lhes Vítor Cabaço. João Santa Bárbara, foi para o Académico da Encarnação e António Figueiredo, rumou até Braga.

No decorrer das suas carreiras desportivas, estes jogadores vieram a representar muitos outros clubes, tendo até vestido várias vezes a camisola da selecção nacional.

Registo

O Andebol em Salvaterra de Magos, só foi possível manter-se durante anos a fio, e em grande plano, devido à grande “carolice” de um grupo de grandes adeptos da modalidade, pois tiram ao seu

(47)

merecido bem estar com a família, muitas horas de repouso, aqui ficam alguns dos seus nomes:

Fernando Rira Assunção. José Cadório Lino, Luís Borrego, Francisco Piçarra, João Albuquerque, José Gomes Travessa, Jorge Andrade, António Figueiredo (pai), Álvaro Magalhães, Vidaúl Cabaço, Joaquim Carlos Pereira,

Paulo Caniço, José Monteiro de Sousa, José Manuel Cabaço, João Aleluia (Picota), João Ramiro de Sousa, José Alberto de Sousa (Bé), Luís Sequeira Rodrigues, António Lemos, Cassiano

(48)

Gameiro, Sérgio Silva, António Raquel, Arménio Andrade, Manuel Grilo, Dora Cipriano e Manuela Marques.

Em Julho de 1992, numa louvável iniciativa apoiada pela Câmara municipal, o Clube Desportivo Salvaterrense, realizou um torneio de Andebol com a finalidade de prestar uma homenagem aos atletas da modalidade de Andebol, que ainda se mantinham em actividade: Vítor Cabaço, Júlio Piçarra, António Figueiredo e João Santa Bárbara. A cerimónia foi aproveitada para homenagear também, o Prof. Fernando Assunção e João Cadório Lino, pelos serviços prestados ao andebol local.

No ano seguinte, Janeiro de 1993, aproveitando a homenagem, que teve por cenário a cidade de Santarém, em que o governo concedeu a medalha de mérito desportivo ao atleta; João Santa Bárbara, o C.D.S., na pessoa do seu presidente Engº Hélder Esménio, fez a entrega do diploma de “Sócio Honorário” da colectividade de Salvaterra de Magos, galardão concedido em reunião da Direcção.

(49)

Despacho Governamental, que concedeu a medalha a João Manuel Santa Bárbara dos

Santos

Considerando a excepcional carreira de João Manuel Santa Bárbara dos santos, como praticante de andebol;

Tendo em atenção que é considerado o atleta mais internacional na modalidade de andebol;

Considerando que representou a selecção nacional por 108 vezes, tendo sido capitão dela por49 vezes; Considerando que, ao lado

destes números, assumiu

sempre uma postura ética; Considerando que foi várias

vezes distinguido com o

prémio de melhor guarda-redes e melhor jogador.

Determina-se: É concedida a João Manuel Santa Bárbara dos Santos a medalha de mérito desportivo, nos termos dos art.s 3º e 6º do Decreto-Lei 55/86, de 15 de Março.

8 de Janeiro de 1993 – O Ministro da Educação a) António Fernando Couto dos Santos

(50)

VII

VOLEIBOL

Esta modalidade desportiva começou a praticar-se no Clube Desportivo Salvaterrenpraticar-se, na época de 1974/75. Dependendo de uma secção daquela colectividade, teve vida acidentada.

O seccionista e principal responsável, Manuel Maria Martinho “arrastou” atrás de si, um punhado de jovens que queriam praticar a modalidade, entre eles destacavam-se os irmãos Luís Miguel e Joaquim Manuel Carreira Moço.

As dificuldades existentes à época, estava-se em pleno período revolucionário de Abril de 1974, levou logo no seu inicio a algumas desistências e a continuação no salvaterrense durou pouco tempo. Manuel Martinho, ou Manuel Maria, como era mais conhecido, era um grande entusiasta desta modalidade, não desistiu e em 1977, fundou um clube o “VOLEY CLUBE DE SALVATERRA”, que teve a adesão dos atletas que estavam no Salvaterense, no grupo registava-se a presença de onze raparigas.

Nesse ano o Voley Clube, participou no campeonato nacional, nas categorias de Juniores e Iniciados (classe feminina). Na época seguinte, o grupo foi registado oficialmente, no dia 6 de Outubro de 1978, tendo a sua sede provisória num antigo edifício, junto à Igreja da vila.

(51)

Os sócios na sua generalidade, tinham idades inferiores a 20 anos de idade, sendo todos praticantes da modalidade e representando o clube salvaterriano. A sua primeira direcção, foi composta por: Manuel Maria Martinho, (Presidente), José Diocleciano da Silva Pedro (Secretário) José Bento Roquette da Rocha e Melo (Tesoureiro), Paulo Rui Simplício Caneco Moreira dos Santos (1º Vogal), Vicente Roberto Fonseca Murjal (2º Vogal), cargos que exerceram até Março de 1980.

Ainda no ano de 1978, o Voley Clube de Salvaterra, participou no campeonato de Iniciados, Juvenis (Feminino) e Seniores (Masculino), e em 1979, manteve-se em actividade, apenas duas clasmanteve-ses (Iniciados Feminino e Seniores Masculino.

Em 1979, devido ao numero de praticantes levou à formação de uma outra classe, de Seniores Feminino, cuja participação em campeonatos iniciou-se no ano seguinte, obtendo o lugar de campeã – campeonato regional de Voleibol e o 3º no campeonato nacional. As deslocações, e estadias tomavam-se muito onerosas para tão pobre colectividade, que vivia das receitas dos sócios/atletas. No entanto o entusiasmo era enorme e adquiriram um velho autocarro, que a “rapaziada” baptizou de “Passanha”, devido à sua configuração. Foi nessa viatura, que os atletas do Voley Clube, fazia as suas deslocações nos pais e no estrangeiro.

(52)
(53)

As avarias eram constantes, os custos insuportáveis na sua reparação, mesmo assim estiveram presentes no campeonato regional de Lisboa (feminino).- Época 1981, e volta a ficar no 1º lugar da classificação. No campeonato nacional, obtêm o titulo de Vice-campeã. Com tal êxitos alcançados, o entusiasmo sobe ao rubro, e motiva os jovens da terra a entrarem no clube e serem seus praticantes. Nos treinos, viam crianças dos 7 aos 14 anos de idade, sendo usado o Pavilhão do INATEL (Casa do Povo) da vila.

As visitas ao estrangeiro, conseguiram um frutuoso intercambiam, que culminou em 1982, recebendo uma equipa feminina da Noruega, que aqui permaneceu durante 15 dias, participando num torneio da modalidade, organizado num ápice.

Em 1982, a equipa feminina, participa no campeonato regional de Lisboa, chegando ao fim no 2º lugar classificativo. Devido às boas actuações das atletas, Ana Teresa Ferreira da Silva e Teresa Roquette Rocha e Melo, são chamadas a vestir a camisola da selecção nacional, categoria de Juvenis.

Numa deslocação ao estrangeiro, em representação da selecção nacional, Mónica Antão e Alexandra Marçal Correia, foram consideradas as melhores no estágio, da categoria Iniciados Feminino. Nos anos de 1982 e 1983, o Voley Clube de Salvaterra, teve a honra de ver duas das suas atletas a jogarem nos EUA, foram elas; Teresa Rocha e Melo e Alexandra Marçal Correia, que estando na situação de bolseiras, vieram a receber

(54)

rasgados elogios, pelas suas actuações, nos periódicos daquele pais. Na época 1984/85, o Voley Clube, conta com várias equipas a participarem em diversas provas de carácter regional e nacional.

Nesta situação, a colectividade tem em actividade um elevado numero de praticantes, nas categorias; 2 equipas femininas (Juniores e Iniciados) e 1 no escalão Sénior (Masculino) e 1 equipa Juvenil 8Masculino). Em 1985, as crianças do Voley Clube, participam numa competição realizada em Lisboa.

As deslocações e estadias eram agora comparticipadas pelos pais dos jovens, não deixando as reparações do velho autocarro de ser um grave problema nas contas da colectividade. Assim e devido à sua grande actividade no campo desportivo e cultural, junto das camadas jovens, recebeu algum apoio da câmara e Junta da Freguesia. Em 1990, recebe também um subsidio da Direcção-Geral dos Desportos, que juntando ao valor das receitas dos sócios, não compensa a despesa levada a cabo. Assim, o Voley Clube de Salvaterra, encerrou a sua actividade desportiva, neste ano.

****

(55)

VIII

JUDO

Esta modalidade é uma arte marcial japonesa, vem do antigo Jiu-Jitsu. Segundo alguns autores A palavra judo já decomposta significa: Juagilidade, Suavidade, Não resistência.. Portanto a via da não resistência. O Judo como modalidade desportiva é o caminho que ajuda a levar a vida equilibrada, utilizando um método de educação física e mental, baseado numa disciplina de combate com as mãos nuas. A directriz que rege estes combates é a não resistência, ceder à força do adversário. Para desequilibrar, controlar, vencer, qualquer confronto com um mínimo de esforço. O fundador desta arte marcial, foi o mestre Jigoro Kano, que começou a leccioná-la em 1882, no Japão.

Em Portugal, após algumas tentativas para introduzir esta modalidade desportiva saíram frustrada em virtude de ser vista como uma prática violenta. Assim, só deu os primeiros passos com carácter assíduo, cerca de 25 anos depois, com a chegada ao nosso pais do mestre Kyoshi Kobayashi, actualmente 8º Dan. Sendo uma modalidade nova em Portugal, a sua divulgação e aprendizagem foi lenta e gradual.

(56)

O Judo, é uma modalidade onde o atleta pretende projectar o opositor sobre as costas, além de utilizar imobilizações (de 30 segundos), estrangulamentos e luxações. Estas últimas provocam o abandono do adversário. Sendo uma modalidade Olímpica, o Judo divide-se em escalões etários e de peso.

No distrito de Santarém, a Associação de Judo, foi fundada no dia 9 de Maio de 1978. A introdução desta modalidade desportiva em Salvaterra de Magos, deveu-se ao Judoca, Júlio Marcelino, que tendo sido praticante em França, veio imbuído de grande entusiasmo para o ensinar à juventude de Salvaterra. Estava-se no ano de 1981.

Júlio Marcelino, começou por treinar dois miúdos, os irmãos Lopes, para que nos locais escolares se pudesse difundir e entusiasmar as crianças.

Assim aconteceu, e rapidamente se conseguiu um grupo de jovens que passar a treinar sob a sua orientação. Os treinos realizavam-se no velho edifício, sede do Voley Clube de Salvaterra.

Meses depois, verificando-se que o local já não se adaptava às necessidades de tanta procura desta arte marcial, optou-se pelo salão nobre do edifício dos bombeiros locais, entretanto o grupo já reunia 70 praticantes.

(57)

Em 1982, já devidamente treinados, os judocas salvaterrenses, fizeram a sua primeira deslocação para competirem na Marinha Grande, integrados num torneio, na categoria do 2º escalão (13/14 anos) – 45 Kgs. Estiveram presentes: José Santos e João Bobezes. Ali atestaram os ensinamentos

recebidos e o seu valor, conquistando o 1º e 3º lugar respectivamente. Na classe de Juvenis Feminino, Sónia Carvalho (44 Kgs) e Nádia Pardal (60 Kgs), formando uma dupla, conquistaram o 1º

(58)

lugar. Os bombeiros de Salvaterra, passaram a ser a instituição representada pelos judocas, tendo participado no dia 24 de Abril de 1983, no Torneio “Aniversário da Zona Centro”, participaram com atletas de Leiria e Santarém, e outros vindos do distrito de Coimbra. Os judocas de Salvaterra, obtiveram as seguintes classificações:

* 1º Escalão Masculino:

1º Sérgio Pardal (34Kgs) – Medalha de Ouro 3º Luís Rosa (38 Kgs) – Medalha de Bronze * 2º Escalão Masculino:

1º Hugo Pardal (60 Kgs) – Medalha de Ouro

3º Nicolau Gonçalves (50 Kgs) -Medalha de Bronze * Feminino:

2º Sónia Carvalho (44 Kgs) – Medalha de Prata

Logo a seguir no Campeonato de Juvenis, realizado em Coimbra, em 11 de Junho e integrado nos chamados “Jogos de Portugal” os judocas dos bombeiros, mais uma vez marcaram boa presença, obtendo as classificações seguintes:

* 1º Escalão – Masculino:

Sérgio Pardal (34 Kgs) – Campeão Nacional * 1º Escalão – Feminino:

Paula Barbara (48 Kgs) – 3º Lugar * 2º Escalão Masculino:

João Bobezes (55 Kgs) – Campeão Nacional Hugo Pardal (60 Kgs) - Campeão Nacional * 2º Escalão Feminino:

(59)

Nádia Pardal (60 Kgs) – Campeã Nacional

Neste campeonato, três irmãos obtiveram o título de campeões nacionais, caso raro em qualquer modalidade desportivo, onde a competição é individual.

As dificuldades no espaço de treino avolumam-se, pois já não é compatível com os dias de ensaio da banda de música, e o treinador, Júlio Marcelino opta por encontrar em Benavente condições , onde os atletas se deslocam duas vezes por semana, nas instalações do CUAB, tendo já a seu cargo 40 judocas No ano de 1984, a direcção do Clube Desportivo Salvaterrense – C.D.S. , fica receptiva à criação de uma secção de Judo na colectividade. Nesse espaço de tempo. alguns atletas deixam de praticar a modalidade, e apenas 29 se apresentam para treinos, participando em algumas provas.

No dia 18 de Março, para o Campeonato Distrital de Santarém, realizado no Entroncamento, obtêm as classificações seguintes:

* 1º Escalão:

Mário Madeira (34 Kgs) – Campeão Distrital - Medalha de Ouro)

(60)

Sérgio Pardal (40 Kgs) – Campeão Distrital -Medalha de Ouro

Numa outra competição, o Torneio Zona Centro (Coimbra, Leiria, Viseu e Santarém), realizado na cidade de Leiria, em 15 de Abril de 1984, os jovens judocas do C.D.S., conseguem as seguintes classificações:

* 1º Escalão Juvenil

Mário Madeira (34 Kgs) – 2º Lugar (Medalha de Prata)

* 2º Escalão

Sérgio Pardal (40 Kgs) – 1º Lugar (Medalha de Ouro)

Luís Rosa (45 Kgs) - 3º Lugar (Medalha de Bronze) Paulo Bárbara (55 Kgs) – 3º Lugar (Medalha de Bronze).

Em Maio, realizou-se o Campeonato Nacional de Juvenis, em Campo de Ourique (Lisboa). Os judocas de Salvaterra, conseguiram um brilhante 3º lugar individual, por intermédio de Sérgio Pardal (45 Kgs). Este mesmo atleta, no Campeonato Nacional de Esperanças, conquistou o 2º lugar na sua categoria.

A Câmara Municipal de Salvaterra de Magos, em virtude dos resultados já obtidos pelos judocas da terra, acedeu ao pedido da concessão de um pequeno subsidio para que a equipa se desloca-se

(61)

a Esposende, onde foi participar no estágio para e num torneio internacional e Judo. Mais uma vez o judoca , Hugo Pardal, esteve em evidencia e obteve o titulo de internacional. Como envergava as cores do Salvaterrense, conquistou para Salvaterra de Magos o 1º premio na categoria de Seniores (78 Kgs), sagrando-se Campeão Absoluto (Medalha de Ouro).

Júlio Marcelino, como antigo judoca com bases numa formação, em França, e treinador da juventude da terra, sempre desejou ter um comportamento de acordo com as exigências da modalidade, mas sentindo que a sua “Carolice”, ao longo de três anos, estava a ser desaproveitada, com muitos prejuízos para a modalidade como para os jovens atletas, pois via-se desamparado, com poucas ou nenhumas ajudas.

Os jovens judocas muitas vezes, tinham de “mendigar” as chaves da porta que dava acesso ao local dos treinos, acabaram por abandonar a modalidade. Com um punhado de praticantes, Júlio Marcelino, recebeu um convite para desenvolver este desporto na vila de Marinhais. Em 1985 foi de abalada, o Judo como prática desportiva, “morreu” em Salvaterra de Magos.

(62)

XIX

TRAMPOLINS

A modalidade de Trampolins aparece nos estados Unidos da América, no dobrar do séc. XX, após ter andando a reboque de outras várias modalidades desportivas. Foram sua referência, a ginástica, o pára-quedismo, os saltos para a água, e um mais tarde no treino militar especial e nos astronautas, assim rezam alguns escritos sobre a sua origem.

Chegou a Portugal, na década dos anos 60, através da Academia Militar. Época em que foram adquiridos os primeiros acessórios de apoio, aos grandes clubes de ginástica na altura; Sporting Clube de Portugal, Ginásio Clube Português e Lisboa Ginásio Clube.

Criada a Federação Portuguesa de Ginástica, os Trampolins depressa passou a ser uma modalidade de grande procura, especialmente nas camadas mais jovens, que se iniciavam na Ginástica.

Por esse motivo e devido à necessidade de alicerçar uma identidade própria e funcionamento autónomo, criou-se em 1992, a Federação Portuguesa de Trampolins e Desportos Aerocrobáticos.

(63)

A modalidade Instalou-se Salvaterra de Magos, depois de algumas tentativas de introdução da prática dos Mini-Trampolins, através dos Prof.s António Lopes e Joaquim Raposo, na altura a leccionarem, na Escola Secundária da vila.

As actividades de Trampolins, com carácter de treino regular e a apontar para a prática competitiva, foi através das classes da Câmara Municipal de Salvaterra de Magos e dos Núcleos de Trampolins da então Escola C+S de Salvaterra.

Face à qualidade do trabalho desenvolvido e ao entusiasmo sempre crescente junto da população jovem do concelho, criou-se uma secção, desta modalidade no Clube Desportivo Salvaterrense – C.D.S., para uma maior possibilidade de alguns praticantes poderem participar nas provas do calendário oficial de competição.

Decorria o ano de 1991, e três atletas participaram no Campeonato Distrital e no Campeonato Nacional. As suas modestas classificações foram as seguintes: Cristina Kentiz, 9º lugar e João Santos, 25º em Iniciados, Sérgio Patrício, 17º lugar em Seniores B.

(64)

No ano seguinte 1992, sete atletas conseguiram o seu apuramento para o Campeonato Nacional, mas agora com resultados de grande valia: Christina Kenitz, 1º lugar (Campeã Nacional de Iniciados), Sérgio Patrício (Campeão Nacional de Seniores B), Amadeu Neves, 4º lugar em Infantis, Sara Cardoso, 4º lugar em Seniores B, tendo passado à categoria internacional. Vários títulos distritais tinham sido já conquistados nesse ano. No ano de 1993, já com a secção do C.D.S, devidamente organizada, os Trampolins conquistaram de novo vários títulos de destaque a nível distrital e nacional. Com o entusiasmo que se fazia sentir entre os adeptos da modalidade, realizou-se em Salvaterra de magos, nos dias 5 e 6 de Junho o Campeonato Distrital de Mini-Trampolins. Os destaques de nível nacional nas competições de 1993, foram os seguintes:

Em Duplo-Tampolim, a equipa Sénior B Masculina, composta por Sérgio Patrício, Carlos Oliveira, Paulo Marques e Bruno Paulo, sagrou-se Campeã Nacional.

Após terem conquistado 9 título de Campeões Distritais no Campeonato que decorreu em Salvaterra, três atletas sagraram-se Campeões Nacionais, foram eles: Amadeu Neves, 1º em Infantis masculinos, Christina Knitz, 1º em Juniores

(65)

femininos e Sara Cardoso, 1º em Juniores A ( Categoria Internacional).

De destacar ainda a passagem à categoria internacional do atleta Sérgio Patrício, Vice-Campeão Nacional, e o titulo de Vice-Campeões Nacionais por equipas, conquistado pelos atletas

seniores B, Sérgio Patrício, Paulo Oliveira, Paulo Marques e Bruno Paulo. O atleta Infantil, João Delgado subiu igualmente ao pódio para receber o 3º lugar classificativo.

Ainda naquele ano de 1993, alguns dos atletas salvaterrianos, devido à categoria demonstrada,

(66)

participaram nos trabalhos de preparação, com vista ao Campeonato do Mundo da respectiva modalidade. Com os êxitos mostrados, novas adesões aos Trampolins se verifica entre as camadas jovens da população.

A Câmara Municipal, colaborou mais uma vez, e disponibilizou um edifício que adaptado a pavilhão/ginásio, veio concretizar uma lacuna existe. A Comissão de apoio a esta modalidade começa a sonhar com a construção de um novo Pavilhão Desportivo a construir na zona desportiva da vila.

Os seus mais representativos devido aos resultados alcançados, Amadeu Neves, Christina Kenitz e Mariana Cardoso, acabam por serem convocados e representar Portugal, no Campeonato do Mundo por Idades, que se realizou no Canadá, em 1996.

***

(67)

XX

HOQUEI EM PATINS

O Hóquei em patins é uma das modalidades desportivas descobertas pelos ingleses. Vibrante, viril, com velocidades estonteantes onde a preparação física obriga a treinos intensos para um constante apuramento da forma e da técnica do atleta. Os português bem cedo começaram a praticar este desporto, e em 1949 já eram Campeões Mundiais. A sua “queda” para a prática desta modalidade desportiva depressa os fez subir aos primeiros lugares do ranking mundial da modalidade.

Durante anos, foram invencíveis, dando uma ou vez lugar aos hoquistas espanhóis.

Toda a população portuguesa, mesmo aquela que nunca vira um encontro deste desporto, não deixava de estar em grupo com o ouvido junto da telefonia (rádio), a ouvir os emocionantes relatos que transmitiam as peripécias dos jogos. Estes aparelhos no dobrar do séc. XX, eram escassos e grande custo, muitas vezes só as Tabernas as possuíam. Os mais idosos, ainda se recordam do locutor desportivo, Artur Agostinho, entre outros.

(68)

Os títulos conquistados pela selecção portuguesa, levou que por todo o país a juventude pretendesse a andar sobre patins, muitos ringues foram improvisados. Em Salvaterra de Magos, Joaquim Lopes, gerente do Café Ribatejano, homem de vistas largas, logo se apressou a construir um com chão em cimento, a juventude daquela época ainda fez uns ensaios, mas ficou-se por aí.

Os anos passaram, o hóquei em patins apareceu na vila de Salvaterra, em sequencia de existir no recente Parque Infantil, um pequeno espaço, delimitado para a pratica do futebol, tinha o pavimento em cimento.

(69)

Estava-se no ano de 1976, um grupo de jovens inicia a aprendizagem de andar sob patins, foram apoiados por alguns antigos praticantes da modalidade. Uma secção, foi aberta no Clube Desportivo Salvaterrense, C.D.S. Depois de vários e intensos treinos, uma equipa foi constituída, e estava em condições de participar nas competições oficiais.

Um festival foi promovido, nesse ano e convidaram a equipa do Vilafranquense, foi goleada por 12-3.

Os jovens hoquistas de Salvaterra, não desanimaram, e em Outubro concretizou-se a filiação na Associação de Patinagem de Santarém, O dirigente Nelson Caleiro, deu um grande contributo na remoção da carga burocrática e a inscrição estava formalizada para participarem no Torneio de Abertura daquela Associação.

No sorteio, a equipa do C.D.S, jogou com a consagrada equipa de Torres Novas, e foi derrotada por 12-0. No conjunto de Salvaterra, jogaram; Luís Silva, Carlos Cantador, Jorge Castanheira, José Adão, Manuel Maria, Amadeu Silva e Manuel Pedro.

Logo a seguir defronta e perde o jogo com, U.F. Entroncamento, a derrota foi por 13.1, alinharam: Luís Silva, João Carlos (capitão), Ramalho, Jorge Castanheira, José Gabriel Adão. Foram suplentes:

(70)

Manuel Pedro, Amadeu Neves (1 golo) e Carlos Cantador

Na época de 1977, procedeu-se à reorganização da equipa, onde o antigo praticante Mário Duarte, acedeu a orientar os jovens atletas salvaterrenses. Nessa época, jogou para a Taça de Portugal, no ringue de Salvaterra, a prestigiada equipa do Sport Lisboa e Benfica, eliminou o conjunto do C.D.S.. Os seccionistas mais ousados, estavam convencidos que poderiam ir mais além na modalidade, em reunião foi tomada a decisão pela contratação de alguns jogadores de Vila Franca. Nos jogos que decorreram as esperanças depositadas nos novos reforços não corresponderam Nos treinos comportavam-se a gosto de todos, o público acorria em grande número e aplaudia. O treinador Mário Duarte, entendeu afastar-se, deixando assim campo aberto para outras decisões. Na época seguinte, 1978, tomou conta da equipa, um outro antigo praticante, Fernando Conde, que tinha sido colega de Mário Duarte, no Rianchense.

Todo o conjunto mostrava-se confiante, os jogadores treinavam-se duas vezes por semana, os responsáveis não faltavam com o seu apoio, mesmo confrontados diariamente com os

(71)

problemas financeiros. Estes eram de difícil resolução até para custear a época desportiva que estava à porta, o desânimo instalou-se, a equipa desfaz-se, acabando com a modalidade de hóquei em patins em Salvaterra de Magos.

***

(72)

XXI

PESCA DESPORTIVA

Desde a pré-história, o ser humano sempre teve necessidade de se instalar junto aos cursos de água. Os rios, e ribeiras, eram os mais procurados, veja-se o caso do Tejo e Ribeira de Mugem, onde ali ainda se encontram vestígios da sua presença. O homem moderno, para além de necessitar de viver da pesca, para a sua subsistência e dos seus, também procura a calma que o curso dos rios lhes dá, para se descontrair do stress, que a sociedade actual lhe impõe como forma de viver.

A pesca desportiva, quer individual, quer em grupo, formando equipa, tem nos clubes grande apoio para a competição.

Nos meados do séc. XX, raro era o domingo, que houvesse uma competição, no Paul de Magos, reunindo muitas dezenas de praticantes. O peixe, que era muito, depois de pescado e pesado, era distribuído pela população de Salvaterra de Magos, realizando a seguir um almoço de confraternização e distribuição de prémios nos restaurantes da vila. Tempos houve que um grupo desta forma de pescar, procurou na Sociedade Columbófila

Referências

Documentos relacionados

Nesse sentido ver: http://economia.ig.com.br/mercados/2013-04-22/kroton-e-anhanguera-educacional-firmam- acordo-de-associacao-e-acoes-disparam.html. Acesso realizado em 12 set..

JOÃO MANUEL PINHO LOPES RAMIRO JOSÉ Bº S JOÃO A

Eva Oller Ibars Fernando Branco Fernando Stucchi Francisco Virtuoso Helena Cruz Hugo Corres Hugo Costa Humberto Varum Joan Ramon Casas João Almeida João Appleton

Neste trabalho, através de um estudo de caso - um projeto de expansão de uma indústria metalúrgica -, focalizaremos a análise económico-financeira como um

1) Descritores botânicos, fenológicos e agronômicos da cultura do arroz. 2) Manejo da cultura do arroz. 5) Métodos de melhoramento de espécies autógamas. 6) Métodos de

Fermentões: Nuno Faria, Diogo Machado e João Nunes; Xico: Francisco Magalhães, Nuno Oliveira, Pe- dro Roque, Ricardo Panta Ferreira, Rui Jorge Ferreira, José João Fernandes e

Carlos de Souza Fernandes. Elpidio Joaquim Afftnrso. João Miguel Vitaca. - João Pereira da Cruz Joaquim José do Rego. José Francisco Mendonça Manoel Ângelo Andrade Manoel

José Augusto Silveira de Andrade Júnior.. João