• Nenhum resultado encontrado

A motonáutica, sendo um desporto náutico, tinha a componente mecânica, como aliás o seu nome indica. Os vários tipos de embarcações quando em competição, oferecem um espectáculo de movimento e emotividade, aliada à beleza que cativa não só nos praticantes, como todos os espectadores.

Em 1964, com as águas do rio Tejo a beijar as margens da vila de Salvaterra de Magos, a vasta zona de águas da Barragem de Magos, motivaram a criada no Clube Desportivo Salvaterrense, de uma secção de motonáutica – SECUDARIA MAGOS. Com a existência desta secção, estavam lançadas as bases para o grande impulso que esta modalidade, veio a ter em Salvaterra, ombreando com o0 melhor que se fazia em todo o país.

Os obreiros da Secudaria Magos, foram Mário Maymone Madeira, Armando Duarte Miranda, Manuel da Silva Valente, os irmãos Raposo (José e Manuel João) e os irmãos Ramalho, do Cartaxo.

Homens dotados de uma dinâmica invulgar, depressa conseguiram conjugar esforços em desenvolver novos métodos na motonáutica.

A fama foi tal ordem, que nos meios afectos à modalidade, chegaram a apelidar a Secudaria Magos, de “Universidade da Motonáutica”.

Para tanto muito contribuíram, para o prestigio da equipa, Mário Maymone, Guilherme Gonçalves, Ruy Noronha, António Vaz Gomes, e a família Raposo (composta por: José e Manuel João e os filhos deste: Conceição Raposo, Fátima Raposo Lecas Raposo e Janito Raposo). Este conjunto de pilotos,

depressa passaram, a ser muito respeitados em todas as provas e campeonatos em que estavam presentes. Assim, atestavam o volumoso conjunto de prémios, ganhos quer a nível individual, quer colectivamente. Em 1975, entrou em “crise”, com as incidências da revolução de Abril que se manifestava por todo o país e os factos dos elevados custos do conjunto barco/motor e combustíveis.

A Secudaria Magos, nunca mais teve qualquer ocasião para voltar às provas, entrando em inactividade.

***

VI

ANDEBOL

Nem sempre é fácil determinar com precisão as origens dos vários desportos que no séc. XX, atraíram praticantes e espectadores. Está neste caso o Andebol, considerado uma das mais jovens modalidades existentes.

Nos últimos anos do séc.XIX, praticava-se no Porto um jogo muito parecido, conhecido por”Malheiral”, pois fora criado pelo prof. de educação física, Porfírio Malheiro

No entanto já antiga Grécia, se pratica jogos com a mão, muito semelhantes ao actual Andebol. Nos tempos modernos, Alemanha, Checoslováquia, Bélgica e Uruguai, foram os primeiros na sua pratica, mas na vertente de onze jogadores

O Uruguai, reclama a paternidade do Andebol, ali chamado de “Balon”, no entanto quando do primeiro conflito mundial (1914-18), o seu jogo de Andebol passou a ser conhecido, sempre na variante de onze jogadores, assemelhando-se ao futebol, com as mesmas balizas, idêntica colocação no terreno, e com as mesmas regras, além do equipamento ser semelhante.

A variante de “Andebol de Sete”, foi criada nos países como a Suécia e Dinamarca, onde devido aos rigores do inverno, se tornava impossível praticar este desporto em campos ao ar livre.

Um dia foi escolhido um espaço fechado (Pavilhão) mais pequeno, o que obrigou a uma diminuição do número de jogadores por equipa em campo.

Em Portugal, o Andebol de onze, foi introduzido no Porto pelo cidadão alemão, Armando Tshopp, em 1922, tendo tido a sua primeira apresentação oficial em 31 de Janeiro de 1931, na cidade do Porto. Ainda nesse ano foi formada a Associação de Andebol de Lisboa , seguindo-se a do Porto no ano seguinte. A Federação Portuguesa de Andebol, foi fundada em 1 de Maio de 1938, está filiada na Internacional Handball Federation, criada em 1927. Enquanto a modalidade com sete jogadores, foi iniciada no nosso país, por um outro cidadão alemão, Henrique Fiest, no ano de 1949, que organizou o 1º Torneio Oficial da modalidade, na vila de Cascais, no verão desse ano. Foi apresentada nos jogos Olímpicos de Berlim de 1936, com a equipa alemã, a primeira campeão olímpica. O primeiro campeonato do mundo de Andebol de Sete, foi disputado, em 1938, onde a Alemanha obteve o 1º lugar.

No entanto só a partir de 1954, as competições de andebol de sete, passaram a ter uma regularidade internacional, onde equipas portuguesas participavam.

O Andebol em Salvaterra de Magos

Esta modalidade desportiva, foi introduzida em Salvaterra de Magos, na época 1967/68, pelo prof. Fernando Rita Assunção, que tinha sido praticante no Sport Lisboa e Benfica, de imediato recebeu o apoio da direcção da Casa do Povo, pois esta em construção um Pavilhão, que servia em pleno esta modalidade, ao longo dos anos teve duas fases na sua existência.

1ª Fase

Para uma participação nos campeonatos promovidos pela F.N.A.T. – Federação Nacional para Alegria no Trabalho, só a Casa do Povo estava em condições de o fazer, tendo Fernando Assunção assumido a responsabilidade de Orientador/Técnico principal, além de jogador.

Com esta decisão, respondeu ao convite de um grupo de jovens, que vieram a serem praticantes da modalidade e integraram a equiipa salvaterrense.

Foram disputados jogos nas épocas 1967/68 a 1974/75. tendo sido seu orientador nestas duas últimas, João Cadório Ferreira Lino. Durante estes anos esteve presente e conquistou lugares:

1967/68 - 2º lugar na Zona Sul do Distrito de Santarém;

1968/69 - Campeão do Distrito de Santarém e a inauguração do Pavilhão Gimnodesportivo da vila; 1969/70 - Campeão do Distrito de Santarém e participação em Setembro de 1970, nos III jogos Desportivos do Trabalho, sagrando-se Vice- Campeão da Taça de Ouro dos Campeões de Andebol;

1970/71 - Campeão do Distrito de Santarém; 1971/72 - Vice-Campeão do Distrito de Santarém; 1972/73 - Vice-Campeão do Distrito de Santarém, Campeão da Zona Sul do país, conquistando o lugar de Vice-Campeão Nacional;

1973/74 - Campeão do Distrito de Santarém; 1974/75 – Campeão do Distrito de Santarém.

2ª Fase

Com tantos títulos alcançados, os responsáveis pela modalidade entenderam dar novo rumo ao Andebol de Salvaterra, assim optaram pela competição federada, mais exigente para os anseios dos próprios jogadores.

Continuando com a colaboração de Júlio Lopes André e João Maximino, homens da primeira hora, na época de 1977/78, passou a representar uma secção de Andebol no Clube Desportivo Salvaterrense, começando logo a longa caminhada para a conquista do êxito.

Na época de 1975/76, sob a orientação de João Manuel Cadório Ferreira Lino, a secção do C.D.S. inscreve-se na Federação Portuguesa de Andebol e prepara-se disputar as várias provas do calendário oficial. Três anos depois em 1978, tem no seu palmarés; três títulos de Campeão Distrital. Na época de 1978/19, deixa os distritais e integra-se na 2ª divisão nacional e como estreante conquista o titulo de Campeão Nacional - 1ª fase, Zona Sul. A equipa era composta pelos jogadores; Valentim, Fernando Assunção, Francisco Piçarra, José João Duarte, Arménio Andrade, João Cabaço Lino, João Maximino, Rui Magalhães, Joaquim Dias, José Cadório Lino, Luís Borrego e Carlos Mendes, disputou o campeonato nacional da 2ª divisão, onde esteve até 1982/1983, altura em que passou à primeira, por ter obtido o primeiro lugar na Zona Sul e classificando-se como Vice-Campeão Nacional da categoria. Continuando na rota dos êxitos, foi ininterruptamente campeão distrital de Santarém, nas épocas desportivas que decorreram de 1977/78 a 1981/82.

Em 1983/84, disputou o campeonato nacional da 1ª divisão, classificando-se para a primeira fase de apuramento da Divisão de Honra. Na segunda fase, ficou em 2º lugar. Na fase final, obteve º 3º lugar, o jogo disputou-se em Sines.

Estiveram presentes: o Desportivo de Portugal – Porto (1º), Sporting Clube de Portugal (2º) Desportivo Salvaterrense (3º), Futebol Clube do Porto (4º), Vitória de Setúbal (5º), Marítimo – Funchal (6º). O CDS, conquistou também o prémio fair-play.

Entretanto, com os títulos alcançados, esteve sempre presente na Taça de Portugal, tendo na época 1978/79, passado para os quartos de final, recebendo o Sporting Clube de Portugal, no seu pavilhão, em Salvaterra de Magos, perdeu por 29 - 25 pontos.

Preparando-se para o futuro, formou duas categorias – Juvenis e Juniores:

O conjunto juvenil, composto pelos praticantes, João Aleluia, António Figueiredo, José Alberto Sousa, Vítor Cabaço e João Carlos Cardoso, apresentou-se no campeonato de 1976/77, tendo ganho o 2º lugar na Taça da Associação de Andebol de Lisboa.

A equipa de Juniores, participou no campeonato de 1977/78, obtendo sempre a nível distrital de Santarém, até 1983/84, o título de campeão.

Num torneio da categoria de Juvenis, disputado em Terámo (Itália), onde estiveram presentes oito selecções.

A equipa portuguesa, foi representado pela regional de Santarém, tendo alguns jogadores do C.D.S. Preparando-se para o futuro, formou três categorias; Iniciados, Juvenis e Juniores.

Em Iniciados (masculinos) começou com uma equipa no ano de 1977, conseguindo logo nessa época (1977/78), no primeiro encontro nacional da respectiva categoria, disputado em Coimbra, o 3º lugar entre 63 equipas participantes. Nas épocas seguintes; 1978/79, 1979/80, 1980/81 e 1981/82, é campeã distrital.

De 1979 a 1985, deu à selecção distrital de Santarém, a maioria dos jogadores seleccionados para a disputa de encontros nacionais inter- selecções.

Uma outra categoria, apareceu nas suas escolas, os Infantis, no ano de 1982, e na época 1982/83 participa no primeiro campeonato distrital da respectiva categoria e sagra-se logo campeã. Participa no primeiro encontro nacional disputado em Coimbra, entre 44 equipas inscritas, conquista o 3º lugar do torneio. Na época seguinte 1979/80, venceu o primeiro campeão distrital da Associação

de Andebol de Santarém, tendo ainda nessa época contribuída com a maioria dos jogadores seleccionados na equipa distrital.

A equipa de Juniores, participou no campeonato de 1977/78, obtendo sempre a nível distrital de Santarém, até 1983/84, o título de campeão. Num torneio da categoria de Juvenis, disputado em Terámo (Itália), onde estiveram presentes oito selecções. Na selecção Portuguesa, representada pela regional de Santarém, integrava alguns jogadores do Salvaterrense; José Rocha e Melo e João Santa Bárbara.

A equipa principal do C.D.S., ao longo dos anos vinha mantendo uma regularidade, obtendo consecutivamente até à época de 1983/84, o título de campeão, perdendo a supremacia na época de 1984/85, quedando-se no 3º lugar da tabela classificativa.

O Andebol Feminino

Devido ao contágio dos êxitos alcançados pelas equipas masculinas, logo um grupo de meninas se apresentou, desejando entrar na categoria, estávamos na época de 1978/79. Durante alguns anos participaram em diversos campeonatos distritais.

Com a saída de alguma praticantes, a equipa desmembrou-se deixando-se de praticar esta categoria.

A Recompensa

No ano de 1985, mais uma vez os atletas salvaterrianos, viram coroado de êxito o seu empenho na prática do andebol, foram chamados à selecção nacional de seniores, João Santa Bárbara, Vítor Cabaço e António Figueiredo. Dando boa conta das responsabilidades exigidas, foram cobiçados pelas grandes clubes da modalidade, culminando as transferências de João Carlos Cardoso e Júlio Piçarra para o Belenenses, mais tarde juntou-se-lhes Vítor Cabaço. João Santa Bárbara, foi para o Académico da Encarnação e António Figueiredo, rumou até Braga.

No decorrer das suas carreiras desportivas, estes jogadores vieram a representar muitos outros clubes, tendo até vestido várias vezes a camisola da selecção nacional.

Registo

O Andebol em Salvaterra de Magos, só foi possível manter-se durante anos a fio, e em grande plano, devido à grande “carolice” de um grupo de grandes adeptos da modalidade, pois tiram ao seu

merecido bem estar com a família, muitas horas de repouso, aqui ficam alguns dos seus nomes:

Fernando Rira Assunção. José Cadório Lino, Luís Borrego, Francisco Piçarra, João Albuquerque, José Gomes Travessa, Jorge Andrade, António Figueiredo (pai), Álvaro Magalhães, Vidaúl Cabaço, Joaquim Carlos Pereira,

Paulo Caniço, José Monteiro de Sousa, José Manuel Cabaço, João Aleluia (Picota), João Ramiro de Sousa, José Alberto de Sousa (Bé), Luís Sequeira Rodrigues, António Lemos, Cassiano

Gameiro, Sérgio Silva, António Raquel, Arménio Andrade, Manuel Grilo, Dora Cipriano e Manuela Marques.

Em Julho de 1992, numa louvável iniciativa apoiada pela Câmara municipal, o Clube Desportivo Salvaterrense, realizou um torneio de Andebol com a finalidade de prestar uma homenagem aos atletas da modalidade de Andebol, que ainda se mantinham em actividade: Vítor Cabaço, Júlio Piçarra, António Figueiredo e João Santa Bárbara. A cerimónia foi aproveitada para homenagear também, o Prof. Fernando Assunção e João Cadório Lino, pelos serviços prestados ao andebol local.

No ano seguinte, Janeiro de 1993, aproveitando a homenagem, que teve por cenário a cidade de Santarém, em que o governo concedeu a medalha de mérito desportivo ao atleta; João Santa Bárbara, o C.D.S., na pessoa do seu presidente Engº Hélder Esménio, fez a entrega do diploma de “Sócio Honorário” da colectividade de Salvaterra de Magos, galardão concedido em reunião da Direcção.

Despacho Governamental, que concedeu a medalha a João Manuel Santa Bárbara dos

Santos

Considerando a excepcional carreira de João Manuel Santa Bárbara dos santos, como praticante de andebol;

Tendo em atenção que é considerado o atleta mais internacional na modalidade de andebol;

Considerando que representou a selecção nacional por 108 vezes, tendo sido capitão dela por49 vezes; Considerando que, ao lado

destes números, assumiu

sempre uma postura ética; Considerando que foi várias

vezes distinguido com o

prémio de melhor guarda- redes e melhor jogador.

Determina-se: É concedida a João Manuel Santa Bárbara dos Santos a medalha de mérito desportivo, nos termos dos art.s 3º e 6º do Decreto-Lei 55/86, de 15 de Março.

8 de Janeiro de 1993 – O Ministro da Educação a) António Fernando Couto dos Santos

VII

VOLEIBOL

Esta modalidade desportiva começou a praticar- se no Clube Desportivo Salvaterrense, na época de 1974/75. Dependendo de uma secção daquela colectividade, teve vida acidentada.

O seccionista e principal responsável, Manuel Maria Martinho “arrastou” atrás de si, um punhado de jovens que queriam praticar a modalidade, entre eles destacavam-se os irmãos Luís Miguel e Joaquim Manuel Carreira Moço.

As dificuldades existentes à época, estava-se em pleno período revolucionário de Abril de 1974, levou logo no seu inicio a algumas desistências e a continuação no salvaterrense durou pouco tempo. Manuel Martinho, ou Manuel Maria, como era mais conhecido, era um grande entusiasta desta modalidade, não desistiu e em 1977, fundou um clube o “VOLEY CLUBE DE SALVATERRA”, que teve a adesão dos atletas que estavam no Salvaterense, no grupo registava-se a presença de onze raparigas.

Nesse ano o Voley Clube, participou no campeonato nacional, nas categorias de Juniores e Iniciados (classe feminina). Na época seguinte, o grupo foi registado oficialmente, no dia 6 de Outubro de 1978, tendo a sua sede provisória num antigo edifício, junto à Igreja da vila.

Os sócios na sua generalidade, tinham idades inferiores a 20 anos de idade, sendo todos praticantes da modalidade e representando o clube salvaterriano. A sua primeira direcção, foi composta por: Manuel Maria Martinho, (Presidente), José Diocleciano da Silva Pedro (Secretário) José Bento Roquette da Rocha e Melo (Tesoureiro), Paulo Rui Simplício Caneco Moreira dos Santos (1º Vogal), Vicente Roberto Fonseca Murjal (2º Vogal), cargos que exerceram até Março de 1980.

Ainda no ano de 1978, o Voley Clube de Salvaterra, participou no campeonato de Iniciados, Juvenis (Feminino) e Seniores (Masculino), e em 1979, manteve- se em actividade, apenas duas classes (Iniciados Feminino e Seniores Masculino.

Em 1979, devido ao numero de praticantes levou à formação de uma outra classe, de Seniores Feminino, cuja participação em campeonatos iniciou-se no ano seguinte, obtendo o lugar de campeã – campeonato regional de Voleibol e o 3º no campeonato nacional. As deslocações, e estadias tomavam-se muito onerosas para tão pobre colectividade, que vivia das receitas dos sócios/atletas. No entanto o entusiasmo era enorme e adquiriram um velho autocarro, que a “rapaziada” baptizou de “Passanha”, devido à sua configuração. Foi nessa viatura, que os atletas do Voley Clube, fazia as suas deslocações nos pais e no estrangeiro.

As avarias eram constantes, os custos insuportáveis na sua reparação, mesmo assim estiveram presentes no campeonato regional de Lisboa (feminino).- Época 1981, e volta a ficar no 1º lugar da classificação. No campeonato nacional, obtêm o titulo de Vice-campeã. Com tal êxitos alcançados, o entusiasmo sobe ao rubro, e motiva os jovens da terra a entrarem no clube e serem seus praticantes. Nos treinos, viam crianças dos 7 aos 14 anos de idade, sendo usado o Pavilhão do INATEL (Casa do Povo) da vila.

As visitas ao estrangeiro, conseguiram um frutuoso intercambiam, que culminou em 1982, recebendo uma equipa feminina da Noruega, que aqui permaneceu durante 15 dias, participando num torneio da modalidade, organizado num ápice.

Em 1982, a equipa feminina, participa no campeonato regional de Lisboa, chegando ao fim no 2º lugar classificativo. Devido às boas actuações das atletas, Ana Teresa Ferreira da Silva e Teresa Roquette Rocha e Melo, são chamadas a vestir a camisola da selecção nacional, categoria de Juvenis.

Numa deslocação ao estrangeiro, em representação da selecção nacional, Mónica Antão e Alexandra Marçal Correia, foram consideradas as melhores no estágio, da categoria Iniciados Feminino. Nos anos de 1982 e 1983, o Voley Clube de Salvaterra, teve a honra de ver duas das suas atletas a jogarem nos EUA, foram elas; Teresa Rocha e Melo e Alexandra Marçal Correia, que estando na situação de bolseiras, vieram a receber

rasgados elogios, pelas suas actuações, nos periódicos daquele pais. Na época 1984/85, o Voley Clube, conta com várias equipas a participarem em diversas provas de carácter regional e nacional.

Nesta situação, a colectividade tem em actividade um elevado numero de praticantes, nas categorias; 2 equipas femininas (Juniores e Iniciados) e 1 no escalão Sénior (Masculino) e 1 equipa Juvenil 8Masculino). Em 1985, as crianças do Voley Clube, participam numa competição realizada em Lisboa.

As deslocações e estadias eram agora comparticipadas pelos pais dos jovens, não deixando as reparações do velho autocarro de ser um grave problema nas contas da colectividade. Assim e devido à sua grande actividade no campo desportivo e cultural, junto das camadas jovens, recebeu algum apoio da câmara e Junta da Freguesia. Em 1990, recebe também um subsidio da Direcção-Geral dos Desportos, que juntando ao valor das receitas dos sócios, não compensa a despesa levada a cabo. Assim, o Voley Clube de Salvaterra, encerrou a sua actividade desportiva, neste ano.

****

VIII

JUDO

Esta modalidade é uma arte marcial japonesa, vem do antigo Jiu-Jitsu. Segundo alguns autores A palavra judo já decomposta significa: Juagilidade, Suavidade, Não resistência.. Portanto a via da não resistência. O Judo como modalidade desportiva é o caminho que ajuda a levar a vida equilibrada, utilizando um método de educação física e mental, baseado numa disciplina de combate com as mãos nuas. A directriz que rege estes combates é a não resistência, ceder à força do adversário. Para desequilibrar, controlar, vencer, qualquer confronto com um mínimo de esforço. O fundador desta arte marcial, foi o mestre Jigoro Kano, que começou a leccioná-la em 1882, no Japão.

Em Portugal, após algumas tentativas para introduzir esta modalidade desportiva saíram frustrada em virtude de ser vista como uma prática violenta. Assim, só deu os primeiros passos com carácter assíduo, cerca de 25 anos depois, com a chegada ao nosso pais do mestre Kyoshi Kobayashi, actualmente 8º Dan. Sendo uma modalidade nova em Portugal, a sua divulgação e aprendizagem foi lenta e gradual.

O Judo, é uma modalidade onde o atleta pretende projectar o opositor sobre as costas, além de utilizar imobilizações (de 30 segundos), estrangulamentos e luxações. Estas últimas provocam o abandono do adversário. Sendo uma modalidade Olímpica, o Judo divide-se em escalões etários e de peso.

No distrito de Santarém, a Associação de Judo, foi fundada no dia 9 de Maio de 1978. A introdução desta modalidade desportiva em Salvaterra de Magos, deveu-se ao Judoca, Júlio Marcelino, que tendo sido praticante em França, veio imbuído de grande entusiasmo para o ensinar à juventude de Salvaterra. Estava-se no ano de 1981.

Júlio Marcelino, começou por treinar dois miúdos, os irmãos Lopes, para que nos locais escolares se pudesse difundir e entusiasmar as crianças.

Assim aconteceu, e rapidamente se conseguiu um grupo de jovens que passar a treinar sob a sua orientação. Os treinos realizavam-se no velho edifício, sede do Voley Clube de Salvaterra.

Meses depois, verificando-se que o local já não se adaptava às necessidades de tanta procura desta arte marcial, optou-se pelo salão nobre do edifício dos bombeiros locais, entretanto o grupo já reunia 70 praticantes.

Em 1982, já devidamente treinados, os judocas salvaterrenses, fizeram a sua primeira deslocação para competirem na Marinha Grande, integrados num torneio, na categoria do 2º escalão (13/14 anos) – 45 Kgs. Estiveram presentes: José Santos e João Bobezes. Ali atestaram os ensinamentos

recebidos e o seu valor, conquistando o 1º e 3º lugar respectivamente. Na classe de Juvenis Feminino, Sónia Carvalho (44 Kgs) e Nádia Pardal (60 Kgs), formando uma dupla, conquistaram o 1º

No documento História do Clube Desportivo Salvaterrense (páginas 33-67)

Documentos relacionados