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CIRCULAR 035/2011 Paranaguá, 30 de junho de Assunto: CONVENÇÕES COLETIVAS DE TRABALHO E TERMO ADITIVO

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Sindicato dos Operadores Portuários

do Estado do Paraná

Av. Arthur de Abreu, 29 – 5º. andar – salas 1, 2 e 3 – Ed. Palácio do Café Fone:(41) 3422.8000–Fax: (41) 3423.2834 Paranaguá - PR

E-mail: sindop@sindop.org.br - www.sindop.org.br

CIRCULAR 035/2011

Paranaguá, 30 de junho de 2011.

Aos

Associados do SINDOP

Assunto:

CONVENÇÕES COLETIVAS DE TRABALHO E TERMO ADITIVO

Prezados Senhores,

Para o conhecimento de Vossas Senhorias, anexamos ao presente as

Convenções Coletivas de Trabalho firmadas com os Sindicatos dos

ARRUMADORES e dos CONSERTADORES, bem como o 5º. Termo Aditivo à

CCT dos ESTIVADORES.

Atenciosamente,

SINDOP

Esta e demais Circulares do SINDOP e outros documentos de interesse dos operadores portuários estão à disposição no web-site www.sindop.org.br

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MINUTA DA CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO 2011/2013

Convenentes: SINDICATO DOS CONSERTADORES DE CARGA E DESCARGA NOS PORTOS DO ESTADO DO PARANÁ, entidade sindical com sede na R. Princesa Isabel, 754, Paranaguá/PR, CEP 83.203-480, inscrita no CNPJ sob o nº 79.625.331/0001-77, neste ato representado por seu Presidente, Sr. Cristian Cesar de Oliveira, inscrito no CPF sob o nº 017.053.319-04 e SINDOP – SINDICATO DOS OPERADORES PORTUÁRIOS DO ESTADO DO PARANÁ, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas sob o número 95.751.350/0001-04, estabelecido na Rua Avenida Arthur de Abreu, 29 - 5° andar, salas 1, 2 e 3 - Centro - 83203-210, Paranaguá, PR neste ato representado pelo seu Presidente Edson Cezar Aguiar, inscrito no cadastro de Pessoas Físicas sob o número 166.923.069-49.

Cláusula 1ª – OBJETIVO E FINALIDADE

O presente instrumento de natureza normativa e eficácia coletiva tem por objetivo e finalidade o estabelecimento de regras disciplinadoras das relações de trabalho, nos termos das Leis 8.630/93 e 9719/98, entre os Operadores Portuários e os trabalhadores portuários avulsos, da atividade dos Consertadores, representados pelo Sindicato dos Trabalhadores convenente e observada a Convenção 137 da OIT. Este instrumento coletivo de trabalho é resultado de negociação das condições de trabalho como um todo, sendo as concessões feitas em determinados aspectos compensadas em outros. Trata de matéria legal pertinente a essas relações e tem caráter unitário, uniforme, obrigacional, sinalagmático e comutativo entre as partes, no que diz respeito às suas cláusulas.

Assim posto, a anulação, exclusão, alteração ou mutilação de qualquer de suas cláusulas implicará no cancelamento de todo o acordo.

O comprometimento dos convenentes na observância dessa disposição se fundamenta na Constituição Federal, artigo 7º, inciso XXVI, que consagra o reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho.

Parágrafo único. Para fins deste instrumento, considera-se conserto de carga o reparo e restauração das embalagens de mercadorias, nas operações de carregamento e descarga de embarcações, reembalagem, marcação, remarcação, carimbagem, etiquetagem, abertura de volumes para vistoria e posterior recomposição, na conformidade do que dispõe o inciso IV do § 3º do artigo 57 da Lei 8.630/93.

Cláusula 2ª – VIGÊNCIA

A presente Convenção Coletiva de Trabalho terá vigência a partir da sua assinatura, até 28 de fevereiro de 2013.

Parágrafo Único. Em março de 2012 as partes deverão negociar as cláusulas econômicas.

Cláusula 3ª – DATA BASE

As partes convencionam que a data-base da categoria dos Consertadores passa a ser o dia 1º de março de cada ano.

Parágrafo Único. A data base acordada poderá ser alterada via termo aditivo. Cláusula 4ª – ABRANGÊNCIA

A presente Convenção Coletiva de Trabalho abrange todas as operações portuárias realizadas no âmbito das representações sindicais convenentes.

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Cláusula 5ª – SALÁRIOS, TAXAS E EQUIPES

Os salários, taxas e equipes dos Consertadores previstos no anexo I, foram objeto de negociação coletiva e, com natureza e eficácia de transação, zeram e quitam todas as eventuais perdas salariais até a data da assinatura do presente instrumento normativo , inclusive aquelas derivadas da navegação de cabotagem, MERCOSUL e de longo curso. Os valores pactuados são os constantes do Anexo I, que faz parte integrante desta Convenção.

Parágrafo Primeiro. Os valores constantes do Anexo I serão acrescidos de 18,18% pagos a título de repouso semanal remunerado, calculados sobre domingos e feriados, tendo em vista a singularidade da prestação laboral entre as partes, bem como, em respeito ao artigo 3º da Lei 605/49, cujo pagamento se dará a cada dia trabalhado sobre a remuneração percebida pela jornada trabalhada.

Parágrafo Segundo. As partes acordam que os valores de pagamento para as mercadorias movimentadas no Porto de Paranaguá, oriundas ou provenientes de Navegação de Cabotagem e dos países do MERCOSUL serão equivalentes a 80% dos valores praticados e previstos no Anexo I.

Parágrafo Terceiro. As equipes que estão previstas no Anexo I, que faz parte integrante desta Convenção, foram objeto de negociação coletiva e com natureza e eficácia de transação.

Parágrafo Quarto. Será considerado como de efetivo serviço o tempo em que o trabalhador requisitado permanecer à disposição do Operador Portuário, sendo garantido ao menos o percebimento do salário-dia, acrescido dos valores devidos conforme função, período ou dia, salvo quando dispensado do trabalho.

Parágrafo Quinto. Durante a vigência desta Convenção, as partes poderão adotar, em Termo Aditivo ou em Acordo Coletivo, regras para disciplinar vínculo empregatício previsto no artigo 26 combinado com seu parágrafo único, da Lei 8.630/93, sem prejuízo da representação ampla das entidades signatárias, prevista em lei e na Constituição Federal e de acordo com a Cláusula Quarta deste instrumento.

Cláusula 6ª – CONSERTADOR CHEFE

Toda atividade de conserto de carga em cada embarcação, principal ou auxiliar, será dirigido simultaneamente por um único Consertador Chefe.

Parágrafo Primeiro. O Consertador Chefe atenderá as equipes de conserto em uma embarcação e poderá atuar como consertador de reforço em 01 (um) terno, se necessário.

Parágrafo Segundo. A remuneração do Consertador Chefe é de 1,5 (uma e meia) quotas dos salários descritos no Anexo I.

Cláusula 7ª – QUANTITATIVO DE TRABALHADORES

Para a agilização dos serviços, o Operador Portuário poderá a seu critério e expensas, aumentar o quantitativo de trabalhadores engajados na tarefa de conserto, sem que isto gere alteração nos termos deste instrumento.

Cláusula 8ª – FUNÇÕES

As funções próprias dos trabalhadores para o desenvolvimento dos serviços de conserto de carga são:

I – Consertador Chefe; II – Consertador Lingada;

III – Consertador de Terra (requisição facultativa); IV – Consertador de Reforço (requisição facultativa). Cláusula 9ª – PAGAMENTO DE SALÁRIOS

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O pagamento dos salários dos trabalhadores consertadores será feito por meio do OGMO/PGUÁ, de acordo com a Lei, todas às quartas-feiras subsequentes à semana de realização de serviços, por crédito bancário individual.

Cláusula 10ª – COMPROVANTES DE PAGAMENTOS

O OGMO/PGUÁ fornecerá comprovantes de pagamento de salário ao trabalhador, sempre que houver pagamento, com discriminação das importâncias pagas, descontos efetuados, nomes dos respectivos navios e dos operadores portuários correspondentes.

Cláusula 11ª – TRABALHO

O regime de trabalho do trabalhador portuário avulso é distinto daquele do trabalhador comum, porque sua contratação é sempre ad hoc, a curtíssimo prazo, visto que a relação jurídica se inicia com a aceitação da escalação e termina ao final do turno de 06 horas. O vinculo contratual se dá diretamente entre o trabalhador avulso e a empresa tomadora de serviços, de maneira que, a cada contratação, exsurge uma nova relação independente da anterior. Este vínculo tem duração de seis horas. Não há o que se falar em jornada de trabalho.

Desta forma, caso o trabalhador se habilite para trabalhar em dois períodos consecutivos, e ou períodos intercalados, e seja escalado em face da excepcionalidade, ainda que em relação ao mesmo operador, não há que se falar em intervalo INTRAJORNADA, visto que as relações jurídicas formadas por um e outro contrato são independentes.

Todo e qualquer período em que o trabalhador portuário avulso não for escalado jamais será considerado como período de intervalo, uma vez que as relações jurídicas são independentes uma da outra, começam com a escalação para aquele turno e terminam 06 horas depois.

O trabalho será em turnos de seis (06) horas. Os turnos de trabalho serão os seguintes: das 07h00m às 13h00m, das 13h00m às 19h00m, das 19h00m à 01h00m do dia seguinte e da 01h00m às 07h00m.

Convencionam as partes que por questões de costume na área portuária o dia para o trabalho portuário avulso tem inicio às 07 horas da manhã e término às 06h59min do dia seguinte. Assim, para o trabalho portuário avulso, a título de exemplificação, o dia 1º de março teve início às 07 horas da manhã do dia 1º de março e término no dia 2 de março, às 06h59min minutos. O salário do TPA bem como os adicionais, deverão ser calculados com base neste costume.

Parágrafo Primeiro. O intervalo de 15 minutos previsto nos parágrafos 1° e 2° do Artigo 71 da CLT dar-se-á a partir da 3ª (terceira) hora e, sempre que possível, por rodízio, de forma a não paralisar a operação.

Parágrafo Segundo. Em razão da peculiaridade do trabalho portuário avulso e especificamente dentro dos limites de validade e abrangência do presente instrumento normativo, fica pactuado que somente serão consideradas como horas extras as horas excedentes à sexta, quando preenchidas, simultaneamente, duas condições: I – o trabalho for realizado para o mesmo operador e II – a respectiva solicitação ao OGMO for realizada pelo operador, no uso de seu poder diretivo, em relação a trabalhador específico. O adicional então devido será de 50%.

Parágrafo Terceiro. Em razão da peculiaridade do trabalho portuário avulso e especificamente dentro dos limites de validade e abrangência do presente instrumento normativo, fica pactuado que se o trabalhador se habilitar e for escalado, em turno intercalado, entre o 1º e 4º turnos, com intervalo de 11 horas até o início do 1º turno subsequente, não será considerada como hora extra e nem como intervalo interjornada

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suprimido. Este trabalho ocorrerá apenas com a aquiescência do trabalhador, visto que, para tanto, ele deverá espontaneamente comparecer e habilitar-se para o trabalho.

Parágrafo Quarto. Especificamente dentro dos limites de validade e abrangência do presente instrumento, fica acordado que nos casos de dobra de turno não há que se falar em intervalo interjornada, tendo em vista que cada engajamento feito pelo trabalhador corresponde uma relação jurídica de trabalho distinta.

Parágrafo Quinto. Ao teor da OJ 61 da SDI-1 do C. TST, no calculo das eventuais horas extras, somente será observado o salário básico percebido, excluídos quaisquer outros adicionais, como, v.g., adicional de risco e de produtividade.

Parágrafo Sexto. Os consertadores poderão ser escalados para jornadas de trabalho sem o cumprimento do intervalo de 11h00m entre jornadas, de conformidade com o estabelecido no art. 8º da Lei nº. 9719/98, excepcionalmente, quando houver falta de mão de obra habilitada (que se apresentou ao trabalho e passou o cartão) para realização da operação portuária, sem que isto caracterize labor extraordinário.

Parágrafo Sétimo. As partes convenentes declaram expressamente que se eventualmente o número de engajamentos com intervalo inferior a 11 horas superar em 10% do total de engajamentos, deverá ser informado ao CONSELHO DE SUPERVISÃO.

Cláusula 12ª – ADICIONAL NOTURNO

Para os trabalhos nos turnos das 19h00m à 01h00m do dia seguinte e da 01h00m às 07h00m, haverá um acréscimo de 50%, pago a título de adicional noturno, que incidirá sobre os valores constantes do Anexo I.

Cláusula 13ª – INCENTIVO DE TRABALHO AOS DOMINGOS E FERIADOS

O trabalho nos turnos das 07h00m às 13h00m e das 13h00m às 19h00m dos domingos, será acrescido de 66%, sobre os valores constantes no Anexo I. O trabalho em feriados será acrescido de adicional de 100%, sobre os valores constantes no Anexo I.

Cláusula 14ª – ADICIONAIS

As múltiplas e diferentes condições a seguir exemplificativamente descritas em que se realiza a operação portuária foram consideradas nos salários e taxas pactuados constantes no Anexo I: a existência de insalubridade, penosidade, periculosidade, risco, desconforto térmico, poeira, chuvas e outras. A atual sistemática remuneratória apenas dá continuidade a sistemática executada há décadas, onde estavam inclusas todas as parcelas que compõe a remuneração do trabalhador portuário avulso. Assim, os valores decorrentes desses benefícios, previstos em legislação, estão integralmente considerados nos salários e taxas ora pactuados para todos os fins de direito, descabendo qualquer pleito no sentido de sua percepção isolada. A partir da assinatura do presente instrumento permanecerá o registro de parcela devida a este titulo, que consta nos comprovantes de pagamento de forma discriminada, no percentual de 40% do valor do salário taxa dia x produção, ou salário dia, constante do anexo I, conforme o caso, sob a rubrica adicional de insalubridade.

Parágrafo Único. Fica convencionado que os todos os adicionais devidos aos trabalhadores portuários avulsos consertadores estão previstos neste instrumento. Os demais adicionais, bem como os de continuação anteriormente praticados foram extintos ou compensados nas taxas ora pactuadas.

Cláusula 15ª – ADICIONAL NOTURNO AOS DOMINGOS E FERIADOS

Aos domingos e feriados o adicional noturno previsto na cláusula 12ª deste instrumento será calculado sobre os adicionais previstos na cláusula 13ª, também deste instrumento, mais o repouso semanal remunerado previsto no parágrafo primeiro da cláusula 5ª desta Convenção.

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Cláusula 16ª – SALÁRIO DIA

O salário dia será devido na hipótese de a produção do período não atingir tal montante. Os salários dias estão previstos no Anexo I, e também já foram calculados incluindo todas as condições de trabalho em que se realiza a operação, conforme cláusula anterior. Neste caso também haverá discriminação nos comprovantes de pagamento, quando os valores devidos serão pagos sob a rubrica de “adicional de insalubridade”, equivalente a 40% do salário devido.

Cláusula 17ª – REQUISIÇÃO DE MÃO-DE-OBRA

A requisição das equipes de trabalhadores será feita pelo Operador Portuário ao OGMO/PGUÁ, que escalará os trabalhadores em sistema de rodízio, conforme regras de escalação previstas neste instrumento.

Cláusula 18ª – DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO

Os valores devidos aos trabalhadores a titulo de décimo terceiro salário serão depositados nos termos da lei 9719/98, em conta corrente individual vinculada. O levantamento de tais valores continuará sendo realizado conforme autorização DRT/PR, até que haja a regulamentação pelo executivo.

Cláusula 19ª – FÉRIAS

O regime de contratação do trabalhador avulso é distinto do trabalhador comum, já que sua contratação é sempre ad hoc, a curtíssimo prazo, visto que a relação jurídica se inicia com a escalação e termina ao final da jornada de 06 horas. O vínculo contratual se dá diretamente entre o trabalhador avulso e a empresa tomadora de serviços, de maneira que, a cada contratação, exsurge uma nova relação independente da anterior. Este vínculo tem a duração de 06 horas, conforme já previsto na cláusula 6ª deste instrumento.

Por trabalhar em sistema de rodízio, o trabalhador portuário avulso trabalha para vários operadores portuários (tomadores de serviço), portanto não é vinculado a ou empregado de nenhum especificamente.

O OGMO não é empregador conforme preceitua o artigo 20 da Lei 8.630/93.

A escalação do trabalhador portuário avulso depende de prévia e espontânea habilitação. Assim, pode o trabalhador portuário avulso decidir em que dia e horário irá se apresentar ao trabalho, cumprida as normas existentes.

O Órgão Gestor de Mão-de-Obra não tem poder para determinar que trabalhadores portuários avulsos permaneçam afastados da escala de trabalho e em gozo de férias.

Diante das peculiaridades, as partes convencionam que a liberação dos valores referentes às férias dos trabalhadores representados pelo Sindicato obreiro convenente será feita no dia 10 do mês subseqüente, nos termos do que estabelece ATA firmada pela Delegacia Regional do Trabalho (DRT), em 06 de janeiro de 1999, até a regulamentação prevista na Lei 9.719/98, ou ainda, na forma prevista neste instrumento, caso opte o trabalhador em usufruir do descanso anual.

Com a finalidade de proporcionar aos trabalhadores portuários avulsos um descanso anual de no mínimo 15 dias consecutivos, que será usufruído de acordo com a vontade individual, pactuam as partes o que segue:

a) Cabe ao trabalhador optar se deseja engajar-se ao trabalho ou não, bem como ainda indicar o quantitativo de dias e o período em que usufruirá o descanso anual previsto nesta cláusula, observado o período mínimo de 15 dias;

b) O estabelecimento de um descanso anual para os trabalhadores, na presente cláusula, dá plena e geral quitação sobre os valores porventura devidos no passado quanto

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ao gozo e pagamento da dobra de férias, visto que as partes acordam que não se aplica ao trabalhador portuário avulso o contido no artigo 137 da CLT, em face das peculiaridades do trabalho portuário avulso;

c) Ao OGMO cabe somente respeitar e gerir os regramentos estabelecidos pelos convenientes quanto ao gozo do descanso anual;

d) Convencionam que a partir da assinatura da presente, todo trabalhador poderá usufruir do descanso anual, sendo que para tanto o trabalhador deverá informar com antecedência de até 30 (trinta) dias a data em que usufruirá as férias desejadas, por escrito, ao OGMO;

e) Convencionam que na mesma ocasião indicada no parágrafo anterior, o trabalhador deverá informar o modo como deseja receber os valores devidos a título de férias. O trabalhador poderá receber mensalmente, conforme já é praticado aos trabalhadores portuários avulsos (caput) ou por ocasião do gozo do descanso anual;

f) Convencionam que em um mesmo período, somente 1/12 do total dos trabalhadores representados pelo sindicato obreiro poderá usufruir ao descanso anual, sendo priorizados os que primeiro comunicarem ao OGMO. Caso se verifique tratar de período de baixa movimentação, o OGMO poderá aceitar que contingente maior que 1/12 goze do descanso ao mesmo tempo.

Cláusula 20ª – PARTICIPAÇÃO NO OGMO

Fica assegurada a participação dos trabalhadores portuários avulsos no Conselho de Supervisão e na Comissão Paritária do OGMO/PGUÁ, nos termos da Lei 8.630/93.

Cláusula 21ª – DEVERES DOS TRABALHADORES

a) Comparecer no horário e local designado para o trabalho;

b) Não abandonar o trabalho ou ausentar-se dele sem autorização de seu superior hierárquico;

c) Zelar pelo bom uso dos equipamentos e da carga a ser manipulada; d) Participar dos cursos de formação e aperfeiçoamento profissional; e) Cumprir e fazer cumprir as ordens dadas pelos Operadores Portuários;

f) Tratar com respeito e lealdade seus superiores hierárquicos, companheiros de trabalho, os subordinados, pessoa com as quais se relacionam no trabalho e as autoridades portuárias;

g) Apresentar-se ao trabalho munido de identidade funcional;

h) Não andar armado nem fazer uso de bebidas alcoólicas ou substâncias entorpecentes, quando em serviço ou nas instalações portuárias, local de escalação e na sede do Sindicato;

i) Acatar as instruções de seus superiores e manter os locais de trabalho e nos pontos de escala ambiente de disciplina, respeito e higiene;

j) Cooperar com as Autoridades portuárias e sindicais sempre que houver solicitação para esse fim;

k) Prestar serviços quando designado, sob a pena de afastamento da escala de rodízio, de acordo com as decisões da Comissão Paritária;

l) Usar e zelar pelos EPIs que lhes forem fornecidos, utilizando-os durante toda a duração do trabalho e substituindo-os quando danificados ou expirado seu prazo de validade;

m) Zelar pelo cumprimento da frequência mínima, bem como de todas as disposições da presente Convenção Coletiva de Trabalho, sob pena de encaminhamento à Comissão Paritária.

Parágrafo Primeiro. A violação dos deveres elencados nesta cláusula será apreciada pela comissão paritária, assegurando ao TPA o direito a ampla defesa e contraditório.

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Parágrafo Segundo. As penalidades aplicadas serão em conformidade ao regimento Interno da Comissão Paritária de que trata o artigo 23 da lei nº 8630/93, mais precisamente o artigo 13 daquele Regimento.

Cláusula 22ª – DEVERES DOS OPERADORES PORTUÁRIOS

a) Prestar ao Sindicato, quando formalmente solicitadas, todas as informações necessárias ou convenientes ao adequado desenvolvimento das relações de trabalho;

b) Não fazer nem mandar fazer qualquer serviço pertinente a este instrumento, utilizando trabalhador não amparado por Convenção Coletiva ou pelas Leis 8.630/93 e 9.719/98;

c) Quitar em tempo hábil, na forma da lei, a remuneração e demais valores devidos aos trabalhadores.

Cláusula 23ª – CANCELAMENTO DO CADASTRO/REGISTRO O Consertador terá seu registro ou cadastro extinto por:

I – Aposentadoria ou morte;

II – Cancelamento, que poderá ocorrer por iniciativa própria, por incentivo ao desligamento, ou por cometimento de falta mediante procedimento em que lhe seja assegurada ampla defesa, junto à Comissão Paritária.

Cláusula 24ª – INOVAÇÃO TECNOLÓGICA

Caso haja ou tenha havido (ainda sem o ajuste necessário) avanço tecnológico nos métodos de embalagens e acondicionamento de mercadorias e/ou de movimentação das cargas, as disposições concernentes às questões econômicas (taxas, equipes e salários) serão negociadas entre o operador portuário interessado e o sindicato obreiro.

Parágrafo Primeiro. O operador portuário enquadrado no caput desta cláusula manifestará, por escrito, através do SINDOP, seu desejo de negociar.

Parágrafo Segundo. O Sindicato obreiro deverá necessariamente negociar com o operador portuário interessado, de acordo com as condições estabelecidas no parágrafo anterior.

Parágrafo Terceiro. Caso, em 60 (sessenta) dias, seja frustrada a negociação, as partes (operador portuário e sindicato obreiro) recorrerão à arbitragem.

Parágrafo Quarto. O árbitro será escolhido de comum acordo e terá 30 dias para divulgação do laudo arbitral. O laudo arbitral, no tocante a seu mérito, terá efeito de decisão judicial transitada em julgado, não cabendo recurso a nenhuma das partes.

Cláusula 25ª – MELHORIAS CONTÍNUAS DAS TÉCNICAS E FERRAMENTAS DE TRABALHO PELA TECONOLOGIA DA INFORMAÇÃO

Os operadores portuários poderão, a seu critério e a qualquer tempo, alterar os métodos, técnicas e ferramentas de trabalho a fim de melhorar as condições de trabalho e otimizar o controle e o fluxo das suas operações, atendendo as solicitações de seus clientes e acompanhando os avanços da tecnologia da informação.

Cláusula 26ª – EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

Os equipamentos de proteção individual serão fornecidos pelo OGMO/PGUÁ, diretamente ao trabalhador, nos termos da Norma Regulamentadora (NR) nº 29 do Ministério do Trabalho.

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O OGMO/PGUÁ poderá firmar convênios com órgãos públicos, governos de municípios, Estados e Federal, sindicatos e instituições de formação profissional para viabilizar a formação e treinamento profissional dos trabalhadores.

Cláusula 28ª – MULTIFUNCIONALIDADE

Todas as questões relativas a multifuncionalidade serão disciplinadas por meio de contratos coletivos de trabalho específicos.

Cláusula 29ª – RENDIÇÃO

A rendição dos trabalhadores será feita no local da prestação do serviço. Cláusula 30ª – FUNDO SOCIAL

Os operadores portuários, exclusivamente durante a vigência do presente instrumento coletivo de trabalho, pagarão fundo social mensal no valor correspondente a 3,2% (três vírgula dois por cento) do MMO, em favor do Sindicato dos Consertadores, através do OGMO/PGUÁ. A respectiva liberação será feita até o 5º dia do mês subsequente ao apurado.

Cláusula 31ª – DESCONTOS EM FAVOR DO SINDICATO

O OGMO/PGUÁ realizará descontos no pagamento dos trabalhadores, relativos a convênios realizados pelo sindicato convenente, mediante expressa autorização da assembleia, especialmente convocada para este fim. Os descontos relativos a vales realizados pelo sindicato aos seus associados serão realizados no pagamento desde que haja expressa autorização do trabalhador. As contribuições devidas aos trabalhadores serão realizadas mediante apresentação das atas das assembleias que as instituíram.

Parágrafo Único. O OGMO/PGUÁ procederá em favor do SINDICATO, semanalmente, de acordo com a prática usual, desconto incidente sobre a remuneração de cada trabalhador abrangido pelo presente instrumento, a título de DAS, conforme já restou deliberado em assembleia específica.

Cláusula 32ª – ADITAMENTO

Sempre que as partes entenderem necessário, será elaborado novo acordo que, em forma de termo aditivo, será incorporado à presente convenção.

Cláusula 33ª – ARBITRAGEM

As partes poderão recorrer à arbitragem para solução de conflitos decorrentes deste instrumento normativo.

Parágrafo Único. Caso as partes decidam pela arbitragem o árbitro será escolhido de comum acordo e terá 30 dias para divulgação do laudo arbitral. O laudo arbitral terá efeito de decisão judicial transitada em julgado, não cabendo recurso a nenhuma das partes.

Cláusula 34ª – DAS EXCEÇÕES

Qualquer situação não prevista neste acordo obrigará necessariamente as partes a voltar negociar, para solução do problema.

Cláusula 35ª – REVISÃO

A presente Convenção Coletiva de Trabalho será revisada e renegociada em todas as suas cláusulas, a partir de 60 dias (sessenta dias) antes do seu término.

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Cláusula 36ª – DA APLICAÇÃO DA PRESENTE FRENTE AOS ACORDOS COLETIVOS EXISTENTES

Prevalecem os termos econômicos dos acordos coletivos firmados entre operadores portuários e o Sindicato Obreiro, sobre esta, não importando se mais ou menos favoráveis aos trabalhadores, pois decorrentes da livre negociação. Os termos desta Convenção se aplicarão apenas se a empresa e o Sindicato dos Consertadores, que têm acordo em vigor, formalmente e em conjunto, assim optarem. Para tanto, deverão comunicar ao SINDOP a rescisão formal do acordo coletivo e a intenção de adotar a presente convenção como instrumento coletivo aplicável. O SINDOP imediatamente comunicará ao OGMO/PGUÁ tal manifestação

Parágrafo primeiro. Havendo manifestação em conjunto dos operadores portuários e do Sindicato dos Consertadores para adotar este instrumento como aquele efetivamente válido entre as partes, e não havendo, ainda, pacto sobre a mercadoria a ser movimentada no Anexo I, as partes providenciarão a inclusão das condições econômicas da mercadoria (equipe, salários e taxas) por meio de termo aditivo.

Parágrafo segundo. Havendo manifestação em conjunto dos operadores portuários e do Sindicato dos Consertadores para adotar este instrumento como aquele efetivamente válido entre as partes, e havendo previsão de condições econômicas da mercadoria (equipe, salários e taxas) em valores inferiores àqueles descritos no Anexo I passará a ser adotada, para todas as operações e em favor de todos os Operadores Portuários, os menores valores.

Cláusula 37ª – INSCRIÇÃO NO OGMO

Os trabalhadores com vínculo empregatício com os Operadores Portuários e que não tenham sido cedidos pelo OGMO/PGUÁ não terão direito a inscrição no OGMO/PGUÁ.

Cláusula 38ª – REGRAS DE ESCALAÇÃO

Adotam as partes, como forma de disciplinar o fornecimento de mão de obra, as seguintes regras de escalação, cujos estudos preliminares foram feitos em conjunto com o OGMO/PGUÁ.

Cláusula 39ª - CONDIÇÕES PARA ESCALAÇÃO

A escalação para o trabalho referente às requisições será realizada pelo OGMO/PGUÁ, que disponibilizará as requisições dos períodos a serem escalados, com antecedência de 30 (trinta) minutos para cada chamada, com o objetivo de dar conhecimento aos Consertadores do quadro geral de requisições.

Parágrafo Primeiro – O OGMO/PGUÁ informará, através de meio adequado, todas as funções possíveis de serem desempenhadas para o preenchimento das requisições feitas, de forma a facultar, quando da habilitação, a escolha em qual(is) função(ões) se colocará em condições de ser escalado, por período.

Parágrafo Segundo - O meio utilizado pelo OGMO/PGUÁ deverá possibilitar ao TPA Consertador a habilitação em mais de uma função, caso as requisições feitas possibilitem, bem como permitir-lhe a definição da prioridade de engajamento, por período.

Parágrafo Terceiro - Observada a prioridade definida pelo TPA e feito o engajamento, as demais habilitações ficam automaticamente canceladas para aquele período.

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Parágrafo Quarto – O OGMO/PGUÁ disponibilizará, durante o período de habilitação, por meio apropriado disponível no momento, relação de todos TPA’S Consertadores habilitados e para qual função se habilitou.

Parágrafo Quinto – O OGMO/PGUÁ disponibilizará relatório ao final de cada chamada/período, ordenando os grupos de TPAs com 12 horas de descanso, 06 horas de descanso e 0 (zero) hora de descanso, de forma a permitir ao TPA verificar a sua posição na escala.

Parágrafo Sexto - O OGMO permitirá que as habilitações sejam feitas com antecedência de 12 horas antes de cada período.

Parágrafo Sétimo - Aos domingos e feriados o encerramento das habilitações se dará às 06h30m.

Parágrafo Oitavo – A suspensão das requisições de serviço poderá ser feita 15 (quinze) minutos antes do início da escala de trabalho, perante o OGMO/Paranaguá, inclusive aos sábados, domingos e feriados.

Cláusula 40ª - ORDEM DE ESCALAÇÃO

O OGMO/PGUÁ, relativamente às requisições feitas pela EMPRESA, observará a seguinte ordem de escalação:

a) CHEFIA DAS FAINAS DE ESCALA ESPECIAL; b) LINGADAS DAS FAINAS DE ESCALA ESPECIAL; c) CHEFE DAS FAINAS DE ESCALA COMUM; d) LINGADA DAS FAINAS DE ESCALA COMUM.

Cláusula 41ª - DA SEQUÊNCIA DE ELABORAÇÃO DA ESCALA DE SERVIÇO Obedecendo a Ordem prevista na Cláusula 39ª, a escala de rodízio dos Trabalhadores abrangidos por este instrumento se dará utilizando, de segunda a sábado: a) 01 Ponteiro Diurno e 01 Ponteiro Noturno para função de Chefe de Faina

Especial;

b) 01 Ponteiro Diurno e 01 Ponteiro Noturno para função de Lingada de Faina Especial;

c) 01 Ponteiro Diurno e 01 Ponteiro Noturno para função Chefe de Faina Comum e;

d) 01 Ponteiro Diurno e 01 Ponteiro Noturno para função de Lingada de Faina Comum.

Parágrafo Primeiro: Em Domingos e Feriados, também observada a ordem da Cláusula 39ª, será utilizado apenas 01 ponteiro específico para o período diurno e noturno.

Cláusula 42ª - FUNÇÕES/FAINAS A SEREM ESCALADAS

O OGMO promoverá a escalação decorrente das requisições observando a seguinte ordem de funções/fainas, as quais estão discriminadas no Anexo I e serão organizadas por ordem de atracação:

A - As Escalas Especiais são constituídas pelas seguintes Fainas: 107, 108, 109, 110, 111, 116, 117 e 133;

(12)

B - As Escalas Comuns são constituídas pelas seguintes fainas: 101, 102, 103, 105, 106, 114, 115, 131, 152 e sacaria/Shiploader;

C - Dentre as escalas Comuns, terá prioridade na escalação a Faina 131. Observação: Fundeio e Re-atracação considera-se nova atracação.

Parágrafo Único - As composições dos grupos e respectivos ranqueamentos previstos nesta Cláusula, bem como a aplicação dos ponteiros descritos na Cláusula antecedente, poderão ser alterados mediante expediente dirigido ao OGMO/PGUÁ.

Cláusula 43ª – DA COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA

Fica Instituída a Comissão de Conciliação Prévia prevista na lei 9958/2000 formada pelo SINDICATO DOS CONSERTADORES e pelo SINDOP no âmbito de suas representações e bases territoriais. A Comissão é organismo autônomo em relação às entidades sindicais e empresas, não possuindo personalidade jurídica própria, regendo-se pelas normas ora instituídas.

Parágrafo Único. As regras, normas de funcionamento e atribuições da Comissão de Conciliação Prévia estão descritas no Anexo II deste instrumento normativo.

Cláusula 44ª – APLICAÇÃO DA SENTENÇA ARBITRAL NOS CONFLITOS INDIVIDUAIS

Conforme aprovação das assembleias das categorias representadas pelas partes convenentes pactua-se pela aplicação da sentença arbitral firmada em 30 de setembro de 2009 pelo árbitro Dr. Gelson de Azevedo nos conflitos individuais porventura existentes e naqueles que vierem a existir.

Cláusula 45ª – MULTA

Havendo qualquer infração aos termos constantes desta Convenção Coletiva de Trabalho, será aplicada a multa, nos seguintes termos:

I – Em caso de infração por parte do TPA, será cobrado R$13,60 por infração, pago ao operador portuário prejudicado;

II – Em caso infração por parte do Operador Portuário será cobrado R$27,20 por infração, pago ao Sindicato da Categoria.

Cláusula 46ª – FORO

Fica eleito o foro da cidade de Paranaguá/PR, para dirimir conflitos oriundos da presente Convenção Coletiva de Trabalho.

As partes firmam a presente em 2 vias de igual teor, sendo uma destinada a cada um dos convenientes. Procederão ainda o arquivamento do presente instrumento perante a Delegacia Regional do Trabalho.

Paranaguá, 08 de junho de 2011.

SINDICATO DOS CONSERTADORES DE CARGA E DESCARGA NOS PORTOS DO ESTADO DO PARANÁ

(13)
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ANEXO 1

COMPOSIÇÃO DE EQUIPE MÍNIMA OBRIGATÓRIA Mercadoria/Faina Consertador

Chefe Consertador Lingada

SACARIA 01 por navio Para 01 terno de estiva – 01 Consertador Para 02 ternos de estiva – 02 Consertadores Para 03 ou + ternos de estiva – 03 Consertadores CONTAINER

FLEXÍVEL 01 por navio Para 01 terno de estiva – 01 Consertador Para 02 ou + ternos de estiva – 02 Consertadores ALGODÃO 01 por navio Para 01 terno de estiva – 01 Consertador

Para 02 ou + ternos de estiva – 02 Consertadores CARGA GERAL 01 por navio Para 01 terno de estiva – 01 Consertador

Para 02 ou + ternos de estiva – 02 Consertadores CARGA

FRIGORIFICADA 01 por navio

Para 01 terno de estiva – 01 Consertador Para 02 ternos de estiva – 02 Consertadores

Para 03 ou + ternos de estiva – 03 Consertadores ROLL ON / ROLL OFF 01 por navio Para 01 terno de estiva – 01 Consertador Para 02 ou + ternos de estiva – 02 Consertadores

CELULOSE 01 por navio Para 01 terno de estiva – 01 Consertador

Para 02 ou + ternos de estiva – 02 Consertadores

As equipes acima indicadas para o trabalho de Sacaria tem requisição obrigatória nas operações convencionais e/ou com o uso de shiploaders

REMUNERAÇÃO – TABELA DE SALÁRIO PERÍODO

MERCADORIAS SALÁRIO

01 SACARIA R$ 58,34

101 – Solta

R$ 58,34

102 – Gêneros Alimentícios R$ 58,34

103 – Unificada – Outras Mercadorias R$ 58,34

02 CONTAINER FLEXÍVEL

105 – Big Bag R$ 52,51

03 ALGODÃO

106 – Algodão R$ 52,51

107 – Volume Indivisível

Peso Unitário maior que 1.000kg R$ 141,70

04 CARGA GERAL

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110 – Bobina de Papel R$ 141,70 111 – Bobina de Papel Unificada pré Lingada R$ 141,70

05 CONGELADO

114 – Paletizado R$ 58,34

115 – Solto R$ 52,51

06 ROLL ON / ROLL OFF

116 – Madeira (Unificada ou Carga Geral) R$ 141,70

117 – Bobina de Papel R$ 141,70

(16)
(17)

CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO 2011/2013

Convenentes: Sindicato dos Arrumadores e Trabalhadores Portuários Avulsos nos Serviços de Capatazia nos Portos de Paranaguá e Pontal do Paraná - SINDACAPP, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas sob o número 80.294.770/0001-23, estabelecido na Rua Manoel Bonifácio, 2438, Paranaguá, PR, neste ato representado pelo seu Presidente Marcos Maurício Rodrigues, inscrito no Cadastro de Pessoas Físicas sob o número 740.099.669-04 e SINDOP – Sindicato dos Operadores Portuários do Estado do Paraná, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas sob o número 95.751.350/0001-04, estabelecido na Rua Avenida Arthur de Abreu, 29 - 5° andar, salas 1, 2 e 3 - Centro - 83203-210, Paranaguá, PR neste ato representado pelo seu Presidente Edson Cezar Aguiar, inscrito no cadastro de Pessoas Físicas sob o número 166.923.069-49.

Cláusula 1ª – OBJETIVO E FINALIDADE

O presente instrumento de natureza normativa e eficácia coletiva tem por objetivo e finalidade o estabelecimento de regras disciplinadoras das relações de trabalho avulso, nos termos das Leis

8.630/93 e 9719/98, entre os Operadores Portuários e os

trabalhadores portuários avulsos, da atividade dos Arrumadores, representados pelo Sindicato dos Trabalhadores convenente e observada a Convenção 137 da OIT. Este instrumento coletivo de trabalho é resultado de negociação das condições de trabalho como um todo, sendo as concessões feitas em determinados aspectos compensadas em outros. Trata de matéria legal pertinente a essas

relações e tem caráter unitário, uniforme, obrigacional,

sinalagmático e comutativo entre as partes, no que diz respeito às suas cláusulas.

Assim posto, a anulação, exclusão, alteração ou mutilação de qualquer de suas cláusulas implicará no cancelamento de todo o acordo.

O comprometimento dos convenentes na observância dessa disposição se fundamenta na Constituição Federal, artigo 7º, inciso XXVI, que consagra o reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho.

Parágrafo único. Para fins deste instrumento, considera-se atividade dos Arrumadores a movimentação de mercadorias nas

instalações de uso público, compreendendo o recebimento,

conferência, transporte interno, abertura de volumes para a conferência aduaneira, manipulação, arrumação e entrega, bem como o carregamento e descarga de embarcações, quando efetuados por

aparelhamento portuário; e demais serviços correlatos, na

conformidade do que dispõe o inciso I do § 3º do artigo 57 da Lei 8.630/93.

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Cláusula 2ª – VIGÊNCIA

A presente Convenção Coletiva de Trabalho terá a partir da assinatura do presente instrumento até 28 de fevereiro de 2013.

Parágrafo Único. Em março de 2012 as partes deverão negociar as cláusulas econômicas.

Cláusula 3ª – DATA BASE

As partes convencionam que a data-base da categoria dos Arrumadores passa a ser o dia 1º de março de cada ano.

Parágrafo Único. A data base acordada poderá ser alterada via termo aditivo.

Cláusula 4ª – ABRANGÊNCIA

A presente Convenção Coletiva de Trabalho abrange todas as operações portuárias realizadas no âmbito das representações sindicais convenentes.

Cláusula 5ª – SALÁRIOS, TAXAS E EQUIPES

Os salários, taxas e equipes dos trabalhadores arrumadores previstos no anexo I, foram objeto de negociação coletiva e, com natureza e eficácia de transação, zeram e quitam todas as eventuais perdas salariais até a data da assinatura do presente instrumento, inclusive aquelas derivadas da navegação de cabotagem, MERCOSUL e de longo curso. Os valores pactuados são os constantes do Anexo I, que faz parte integrante desta Convenção.

Parágrafo Primeiro. Os valores constantes do Anexo I serão

acrescidos de 18,18% pagos a título de repouso semanal

remunerado, calculados sobre domingos e feriados, tendo em vista a singularidade da prestação laboral entre as partes, bem como, em respeito ao artigo 3º da Lei 605/49, cujo pagamento se dará a cada dia trabalhado sobre a remuneração percebida pela jornada trabalhada.

Parágrafo Segundo. As partes acordam que os valores de

pagamento para as mercadorias movimentadas no Porto de

Paranaguá, oriundas ou provenientes de Navegação de Cabotagem e dos países do MERCOSUL serão equivalentes a 80% dos valores praticados e previstos no Anexo I.

Parágrafo Terceiro. As equipes que estão previstas no Anexo I, que faz parte integrante desta Convenção, foram objeto de negociação coletiva e com natureza e eficácia de transação.

Parágrafo Quarto. A remuneração dos trabalhadores será efetuada por taxas de produção e na hipótese do montante das taxas de produção não alcançar o valor do salário-dia, será garantido aos trabalhadores esse valor.

Parágrafo Quinto. Será considerado como de efetivo serviço o tempo em que o trabalhador requisitado permanecer à disposição do Operador Portuário, sendo garantido ao menos o percebimento do salário-dia, acrescido dos valores devidos conforme função, período ou dia, salvo quando dispensado do trabalho.

(19)

Parágrafo Sexto. Durante a vigência desta Convenção, as partes poderão adotar, em Termo Aditivo ou em Acordo Coletivo, regras para disciplinar vínculo empregatício previsto no artigo 26 combinado com seu parágrafo único, da Lei 8.630/93, sem prejuízo da representação ampla das entidades signatárias, prevista em lei e na Constituição Federal e de acordo com a Cláusula Quarta deste instrumento.

Cláusula 6ª – OPERADORES DE EMPILHADEIRA E DE PÁ CARREGADEIRA

Caso seja do interesse do operador portuário, este poderá requisitar ao OGMO/PGUÁ operadores de empilhadeira e de pá carregadeira, devidamente treinados. A requisição é livre e será efetuada de acordo com a necessidade do operador portuário.

Parágrafo Primeiro. A remuneração para a função de Operador de Empilhadeira é:

a) 1.0 cota da equipe de maior produção se o trabalho ocorrer no costado para operação de empilhadeira de pequeno porte;

b) 1.0 cota da equipe de maior produção se o trabalho ocorrer no costado para operação de empilhadeira de grande porte;

c) salário dia fixo de R$ 44,80 (quarenta e quatro reais e oitenta centavos) se o trabalho ocorrer nos pátios e armazéns.

Parágrafo Segundo. A remuneração para a função de Operador de Pá Carregadeira será feita através de salário dia fixo de R$ 65,94 (sessenta e cinco reais e noventa e quatro centavos).

Cláusula 7ª – PAGAMENTO DE SALÁRIOS

O pagamento dos salários dos trabalhadores arrumadores será feito por meio do OGMO/PGUÁ, de acordo com a Lei, todas às quartas-feiras subsequentes à semana de realização de serviços, por crédito bancário individual.

Cláusula 8ª – COMPROVANTES DE PAGAMENTOS

O OGMO/PGUÁ fornecerá comprovantes de pagamento de salário ao trabalhador, sempre que houver pagamento, com discriminação das importâncias pagas, descontos efetuados, nomes dos respectivos navios e dos operadores portuários correspondentes.

Cláusula 9ª – TRABALHO

O regime de trabalho do trabalhador portuário avulso é distinto daquele do trabalhador comum, porque sua contratação é sempre ad ho c, a curtíssimo prazo, visto que a relação jurídica se inicia com a aceitação da escalação e termina ao final do turno de 06 horas. O vinculo contratual se dá diretamente entre o trabalhador avulso e a empresa tomadora de serviços, de maneira que, a cada contratação, exsurge uma nova relação independente da anterior. Este vínculo

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tem duração de seis horas. Não há o que se falar em jornada de trabalho.

Desta forma, caso o trabalhador se habilite para trabalhar em dois períodos consecutivos, e ou períodos intercalados, e seja escalado em face da excepcionalidade, ainda que em relação ao mesmo operador, não há que se falar em intervalo INTERJORNADA e INTRAJORNADA (intervalo superior a 2 horas), visto que as relações jurídicas formadas por um e outro contrato são independentes.

Todo e qualquer período em que o trabalhador portuário avulso não for escalado jamais será considerado como período de intervalo, uma vez que as relações jurídicas são independentes uma da outra, começam com a escalação para aquele turno e terminam 06 horas depois.

O trabalho será em turnos de seis (06) horas. Os turnos de trabalho serão os seguintes: das 07h00m às 13h00m, das 13h00m às 19h00m, das 19h00m à 01h00m do dia seguinte e da 01h00m às 07h00m.

Convencionam as partes que por questões de costume na área portuária o dia para o trabalho portuário avulso tem inicio às 07 horas da manhã e término às 06h59min do dia seguinte. Assim, para o trabalho portuário avulso, a título de exemplificação, o dia 1º de março teve início às 07 horas da manhã do dia 1º de março e término no dia 2 de março, às 06h59min minutos. O salário do TPA bem como os adicionais, deverão ser calculados com base neste costume.

Parágrafo Primeiro. O intervalo de 15 minutos previsto nos parágrafos 1° e 2° do Artigo 71 da CLT dar-se-á a partir da 3ª (terceira) hora e, sempre que possível, por rodízio, de forma a não paralisar a operação.

Parágrafo Segundo. Em razão da peculiaridade do trabalho portuário avulso e especificamente dentro dos limites de validade e abrangência do presente instrumento normativo, fica pactuado que somente serão consideradas como horas extras as horas excedentes à sexta, quando preenchidas, simultaneamente, duas condições: I – o trabalho for realizado para o mesmo operador e II – a respectiva solicitação ao OGMO for realizada pelo operador, no uso de seu poder diretivo, em relação a trabalhador específico. O adicional então devido será de 50%.

Parágrafo Terceiro. Em razão da peculiaridade do trabalho portuário avulso e especificamente dentro dos limites de validade e abrangência do presente instrumento normativo, fica pactuado que se o trabalhador se habilitar e for escalado, em turno intercalado, entre o 1º e 4º turnos, com intervalo de 11 horas até o início do 1º turno subsequente, não será considerada como hora extra e nem como intervalo interjornada suprimido. Este trabalho ocorrerá apenas

(21)

com a aquiescência do trabalhador, visto que, para tanto, ele deverá espontaneamente comparecer e habilitar-se para o trabalho.

Parágrafo Quarto. Especificamente dentro dos limites de validade e abrangência do presente instrumento, fica acordado que nos casos de dobra de turno não há que se falar em intervalo interjornada, tendo em vista que cada engajamento feito pelo trabalhador corresponde uma relação jurídica de trabalho distinta.

Parágrafo Quinto. Ao teor da OJ 61 da SDI-1 do C. TST, no calculo das eventuais horas extras, somente será observado o salário básico percebido, excluídos quaisquer outros adicionais, como, v.g., adicional de risco e de produtividade.

Parágrafo Sexto. Os arrumadores poderão ser escalados para jornadas de trabalho sem o cumprimento do intervalo de 11h00m entre jornadas, de conformidade com o estabelecido no art. 8º da Lei nº. 9719/98, excepcionalmente, quando houver falta de mão de obra habilitada (que se apresentou ao trabalho e passou o cartão) para realização da operação portuária, sem que isto caracterize labor extraordinário.

Parágrafo Sétimo. As partes convenentes declaram

expressamente que se eventualmente o número de engajamentos com intervalo inferior a 11 horas superar em 10% do total de engajamentos, deverá ser informado ao CONSELHO DE SUPERVISÃO.

Cláusula 10ª – ADICIONAL NOTURNO

Para os trabalhos nos turnos das 19h00m à 01h00m do dia seguinte e da 01h00m às 07h00m, haverá um acréscimo de 50%, pago a título de adicional noturno, que incidirá sobre os valores constantes do Anexo I.

Cláusula 11ª – INCENTIVO DE TRABALHO AOS DOMINGOS E FERIADOS

O trabalho nos turnos das 07h00m às 13h00m e das 13h00m às 19h00m dos domingos, será acrescido de 20%, sobre os valores constantes no Anexo I. O trabalho em feriados será acrescido de adicional de 100%, sobre os valores constantes no Anexo I.

Cláusula 12ª – ADICIONAIS

As múltiplas e diferentes condições a seguir

exemplificativamente descritas em que se realiza a operação portuária foram consideradas nos salários e taxas pactuados constantes no Anexo I: a existência de insalubridade, penosidade, periculosidade, risco, desconforto térmico, poeira, chuvas e outras.

A atual sistemática remuneratória apenas dá continuidade a sistemática executada há décadas, onde estavam inclusas todas as parcelas que compõe a remuneração do trabalhador portuário avulso. Assim, os valores decorrentes desses benefícios, previstos

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em legislação, estão integralmente considerados nos salários e taxas ora pactuados para todos os fins de direito, descabendo qualquer pleito no sentido de sua percepção isolada.

A partir da assinatura do presente instrumento permanecerá o registro de parcela devida a este titulo, que constará nos comprovantes de pagamento de forma discriminada, no percentual de 40% do valor do salário taxa dia x produção, ou salário dia, constante do anexo I, conforme o caso, sob a rubrica “adicional de insalubridade”.

Parágrafo Único. Fica convencionado que os todos os adicionais devidos aos trabalhadores portuários avulsos arrumadores estão previstos neste instrumento. Os demais adicionais, bem como os de

continuação anteriormente praticados foram extintos ou

compensados nas taxas ora pactuadas.

Cláusula 13ª – ADICIONAL NOTURNO AOS DOMINGOS E FERIADOS

Aos domingos o adicional noturno previsto na cláusula 10ª deste instrumento será calculado sobre os adicionais previstos na cláusula 11ª, também deste instrumento.

Cláusula 14ª – SALÁRIO DIA

O salário dia será devido na hipótese de a produção do período não atingir tal montante. Os salários dias estão previstos no Anexo I, e também já foram calculados incluindo todas as condições de trabalho em que se realiza a operação, conforme cláusula anterior. Neste caso também haverá discriminação nos comprovantes de pagamento, quando os valores devidos serão pagos sob a rubrica de “adicional de insalubridade”, equivalente a 40% do salário devido.

Cláusula 15ª – REQUISIÇÃO DE MÃO-DE-OBRA

A requisição das equipes de trabalhadores será feita pelo Operador Portuário ao OGMO/PGUÁ, que escalará os trabalhadores em sistema de rodízio.

Cláusula 16ª – INGRESSO NO CADASTRO E NO REGISTRO O ingresso no cadastro do OGMO/PGUÁ far-se-á conforme a legislação vigente, sendo que, para aplicação das normas legais, será criada uma comissão composta por representantes dos trabalhadores e do OGMO/PGUÁ, a qual determinará critérios para a execução do procedimento. As partes acordam em estabelecer as seguintes regras para a Transferência do Cadastro para o Registro.

O OGMO promoverá para o registro dos arrumadores

cadastrados por processo de seleção das vagas estabelecidas pelo Conselho de Supervisão, de acordo com as normas abaixo:

I – O OGMO divulgará edital contendo o local de inscrição, o período de inscrição, os documentos necessários e as exigências que serão feitas aos candidatos. O período de inscrição será de cinco dias úteis. O processo de seleção ocorrerá em três etapas:

(23)

1) Inscrição com apresentação dos documentos exigidos e comprovação de alfabetização;

2) Exame de saúde e aptidão física;

3) Exame de assiduidade através de levantamento de horas trabalhadas.

Para inscrição, o trabalhador deverá comparecer ao OGMO dentro do período estabelecido pelo edital e preencher ficha de inscrição, apresentando os seguintes documentos:

a) Cópia da Carteira de Cadastro no OGMO; b) Cópia da Carteira de Identidade;

c) Cópia do Título de Eleitor e comprovantes de votação das últimas eleições;

d) Certidão Negativa Policial e Judicial, das Justiças Federal e Estadual.

II – Somente poderá participar do processo de seleção o Arrumador cadastrado que:

a) Tiver idade mínima de 18 anos; b) For alfabetizado;

c) Não for aposentado;

d) Não tiver registro no OGMO como trabalhador portuário avulso;

e) Não tiver punição aplicada pela Comissão Paritária.

III – O OGMO estabelecerá local e hora em que cada candidato deve apresentar-se para os exames de saúde e aptidão física. Ficam dispensados aqueles que já tiverem se submetidos aos referidos exames pelo OGMO nos últimos 12 meses. Essa prova terá caráter eliminatório.

IV – Os candidatos aprovados pelos critérios acima, serão avaliados pelos seguintes critérios:

a) Número de horas trabalhadas nos últimos 12 meses

anteriores à avaliação;

b) Para trabalhadores que tenham outra atividade profissional remunerada, haverá um redutor de 30% no número de horas trabalhadas referentes ao item "a";

c) O desempate obedecerá à seguinte ordem de critérios:

número de horas em cursos de aprimoramento e

especialização; idade, tendo preferência o trabalhador mais idoso; e estado civil, com preferência para os casados com maior número de filhos.

Obs.: No que se refere ao item "c", serão considerados os cursos realizados pelo OGMO/PGUÁ, e no período anterior a existência deste, serão considerados os cursos realizados pela DTM.

Para os trabalhadores que vierem a ser afastados por motivo de acidente de trabalho, doença ou que estejam a serviço do Sindicato (Obreiro), o período aquisitivo para o computo de horas trabalhadas será dos doze meses anteriores ao afastamento.

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As partes convencionam que a liberação dos valores referentes ao 13º salário dos trabalhadores avulsos representados pelo Sindicato obreiro convenente será feita no dia 10 do mês subseqüente, nos termos do que estabelece ATA firmada pela Delegacia Regional do Trabalho (DRT), em 06 de janeiro de 1999, até a regulamentação prevista na Lei 9.719/98.

Cláusula 18ª – FÉRIAS

O regime de contratação do trabalhador avulso é distinto do trabalhador comum, já que sua contratação é sempre ad hoc, a curtíssimo prazo, visto que a relação jurídica se inicia com a escalação e termina ao final da jornada de 06 horas. O vínculo contratual se dá diretamente entre o trabalhador avulso e a empresa tomadora de serviços, de maneira que, a cada contratação, exsurge uma nova relação independente da anterior. Este vínculo tem a duração de 06 horas, conforme já previsto na cláusula 9ª deste instrumento.

Por trabalhar em sistema de rodízio, o trabalhador portuário avulso trabalha para vários operadores portuários (tomadores de serviço), portanto não é vinculado a ou empregado de nenhum especificamente.

O OGMO não é empregador conforme preceitua o artigo 20 da Lei 8.630/93.

A escalação do trabalhador portuário avulso depende de prévia e espontânea habilitação. Assim, pode o trabalhador portuário avulso decidir em que dia e horário irá se apresentar ao trabalho, cumprida as normas existentes.

O Órgão Gestor de Mão-de-Obra não tem poder para determinar que trabalhadores portuários avulsos permaneçam afastados da escala de trabalho e em gozo de férias.

Diante das peculiaridades, as partes convencionam que a liberação dos valores referentes às férias dos trabalhadores representados pelo Sindicato obreiro convenente será feita no dia 10 do mês subseqüente, nos termos do que estabelece ATA firmada pela Delegacia Regional do Trabalho (DRT), em 06 de janeiro de 1.999, até a regulamentação prevista na Lei 9.719/98, ou ainda, na forma prevista neste instrumento, caso opte o trabalhador em usufruir do descanso anual.

Com a finalidade de proporcionar aos trabalhadores portuários avulsos um descanso anual de no mínimo 15 dias consecutivos, que será usufruído de acordo com a vontade individual, pactuam as partes o que segue:

a) Cabe ao trabalhador optar se deseja engajar-se ao trabalho ou não, bem como ainda indicar o quantitativo de dias e o período em que usufruirá o descanso anual previsto nesta cláusula, observado o período mínimo de 15 dias;

b) O estabelecimento de um descanso anual para os

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os valores porventura devidos no passado quanto ao gozo e pagamento da dobra de férias, visto que as partes acordam que não se aplica ao trabalhador portuário avulso o contido no artigo 137 da CLT, em face das peculiaridades do trabalho portuário avulso;

c) Ao OGMO cabe somente respeitar e gerir os regramentos estabelecidos pelos convenientes quanto ao gozo do descanso anual;

d) Convencionam que a partir da assinatura da presente, todo trabalhador poderá usufruir do descanso anual, sendo que para tanto o trabalhador deverá informar com antecedência de até 30 (trinta) dias a data em que usufruirá as férias desejadas, por escrito, ao OGMO;

e) Convencionam que na mesma ocasião indicada no parágrafo anterior, o trabalhador deverá informar o modo como deseja receber os valores devidos a título de férias. O trabalhador poderá receber mensalmente, conforme já é praticado aos trabalhadores portuários avulsos (caput) ou por ocasião do gozo do descanso anual;

f) Convencionam que em um mesmo período, somente 1/12 do total dos trabalhadores representados pelo sindicato obreiro poderá usufruir ao descanso anual, sendo priorizados os que primeiro comunicarem ao OGMO. Caso se verifique tratar de período de baixa movimentação, o OGMO poderá aceitar que contingente maior que 1/12 goze do descanso ao mesmo tempo.

Cláusula 19ª – PARTICIPAÇÃO NO OGMO

Fica assegurada a participação dos trabalhadores portuários avulsos no Conselho de Supervisão e na Comissão Paritária do OGMO/PGUÁ, nos termos da Lei 8.630/93.

Cláusula 20ª – DEVERES DOS TRABALHADORES

a) Comparecer no horário e local designado para o trabalho; b) Não abandonar o trabalho ou ausentar-se dele sem autorização de seu superior hierárquico;

c) Zelar pelo bom uso dos equipamentos e da carga a ser manipulada;

d) Participar dos cursos de formação e aperfeiçoamento profissional;

e) Cumprir e fazer cumprir as ordens dadas pelos Operadores Portuários;

f) Tratar com respeito e lealdade seus superiores hierárquicos, companheiros de trabalho, os subordinados, pessoa com as quais se relacionam no trabalho e as autoridades portuárias;

g) Apresentar-se ao trabalho munido de identidade funcional; h) Não andar armado nem fazer uso de bebidas alcoólicas ou substâncias entorpecentes, quando em serviço ou nas instalações portuárias, local de escalação e na sede do Sindicato;

i) Acatar as instruções de seus superiores e manter os locais de trabalho e nos pontos de escala ambiente de disciplina, respeito e higiene;

j) Cooperar com as Autoridades portuárias e sindicais sempre que houver solicitação para esse fim;

(26)

k) Prestar serviços quando designado, sob a pena de

afastamento da escala de rodízio, de acordo com as decisões da Comissão Paritária;

l) Usar e zelar pelos EPIs que lhes forem fornecidos, utilizando-os durante toda a duração do trabalho e substituindo-utilizando-os quando danificados ou expirado seu prazo de validade;

m) Zelar pelo cumprimento da frequência mínima, bem como de todas as disposições da presente Convenção Coletiva de Trabalho, sob pena de encaminhamento à Comissão Paritária.

Parágrafo Primeiro. A violação dos deveres elencados nesta cláusula será apreciada pela comissão paritária, assegurando ao TPA o direito a ampla defesa e contraditório.

Parágrafo Segundo. As penalidades aplicadas serão em conformidade ao regimento Interno da Comissão Paritária de que trata o artigo 23 da lei nº 8630/93, mais precisamente o artigo 13 daquele Regimento.

Cláusula 21ª – DEVERES DOS OPERADORES PORTUÁRIOS a) Prestar ao Sindicato, quando formalmente solicitadas, todas

as informações necessárias ou convenientes ao adequado

desenvolvimento das relações de trabalho;

b) Não fazer nem mandar fazer qualquer serviço pertinente a

este instrumento, utilizando trabalhador não amparado por

Convenção Coletiva ou pelas Leis 8.630/93 e 9.719/98;

c) Quitar em tempo hábil, na forma da lei, a remuneração e demais valores devidos aos trabalhadores.

Cláusula 22ª – CANCELAMENTO DO CADASTRO/REGISTRO O Arrumador terá seu registro ou cadastro extinto por:

I – Aposentadoria ou morte;

II – Cancelamento, que poderá ocorrer por iniciativa própria, por incentivo ao desligamento, ou por cometimento de falta mediante procedimento em que lhe seja assegurada ampla defesa, junto à Comissão Paritária.

Cláusula 23ª – INOVAÇÃO TECNOLÓGICA

Caso haja ou tenha havido (ainda sem o ajuste necessário) avanço tecnológico nos métodos de embalagens e acondicionamento de mercadorias e/ou de movimentação das cargas, as disposições concernentes às questões econômicas (taxas, equipes e salários) serão negociadas entre o operador portuário interessado e o sindicato obreiro.

Parágrafo Primeiro. O operador portuário enquadrado no caput desta cláusula manifestará, por escrito, através do SINDOP, seu desejo de negociar.

Parágrafo Segundo. O Sindicato obreiro deverá

necessariamente negociar com o operador portuário interessado, de acordo com as condições estabelecidas no parágrafo anterior.

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Parágrafo Terceiro. Caso, em 60 (sessenta) dias, seja frustrada a negociação, as partes (operador portuário e sindicato obreiro) recorrerão à arbitragem.

Parágrafo Quarto. O árbitro será escolhido de comum acordo e terá 30 dias para divulgação do laudo arbitral. O laudo arbitral, no tocante a seu mérito, terá efeito de decisão judicial transitada em julgado, não cabendo recurso a nenhuma das partes.

Cláusula 24ª – MELHORIAS CONTÍNUAS DAS TÉCNICAS E

FERRAMENTAS DE TRABALHO PELA TECONOLOGIA DA

INFORMAÇÃO

Os operadores portuários poderão, a seu critério e a qualquer tempo, alterar os métodos, técnicas e ferramentas de trabalho a fim de melhorar as condições de trabalho e otimizar o controle e o fluxo das suas operações, atendendo as solicitações de seus clientes e acompanhando os avanços da tecnologia da informação, deixando desde já esclarecido que o teor dessa clausula não implica em alteração nas equipes e condições de remuneração.

Cláusula 25ª – EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL Os equipamentos de proteção individual serão fornecidos pelo OGMO/PGUÁ, diretamente ao trabalhador, nos termos da Norma Regulamentadora (NR) nº 29 do Ministério do Trabalho.

Cláusula 26ª – CURSOS DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL

O OGMO/PGUÁ poderá firmar convênios com órgãos públicos, governos de municípios, Estados e Federal, sindicatos e instituições de formação profissional para viabilizar a formação e treinamento profissional dos trabalhadores.

Cláusula 27ª – MULTIFUNCIONALIDADE

Todas as questões relativas a multifuncionalidade serão disciplinadas por meio de contratos coletivos de trabalho específicos.

Cláusula 28ª – RENDIÇÃO

A rendição dos trabalhadores será feita no local da prestação do serviço.

Cláusula 29ª – FUNDO SOCIAL

Os operadores portuários, exclusivamente durante a vigência do presente instrumento coletivo de trabalho, pagarão fundo social mensal no valor correspondente a 3,2% (três vírgula dois por cento) do MMO, em favor do Sindicato dos Arrumadores, através do OGMO/PGUÁ. A respectiva liberação será feita até o 5º dia do mês subsequente ao apurado, exceção feita ao TCP.

Cláusula 30ª – FUNDOS DE ADMINISTRAÇÃO

Os operadores portuários, exclusivamente durante o período de 8 (oito) meses, pagarão fundo administração mensal no valor

(28)

correspondente a 1,3% (um virgula três por cento) do MMO, em favor do Sindicato dos Arrumadores, através do OGMO/PGUÁ. A respectiva liberação será feita até o 5º dia do mês subsequente ao apurado, exceção feita ao TCP.

Cláusula 31ª – DESCONTOS EM FAVOR DO SINDICATO

TRABALHADORES AVULSOS

O OGMO/PGUÁ realizará descontos no pagamento dos

trabalhadores avulsos, relativos a convênios realizados pelo sindicato

convenente, mediante expressa autorização da assembléia,

especialmente convocada para este fim. Os descontos relativos a vales realizados pelo sindicato aos seus associados serão realizados no pagamento desde que haja expressa autorização do trabalhador.

As contribuições devidas aos trabalhadores serão realizadas

mediante apresentação das atas das assembleias que as instituíram. Parágrafo Primeiro. O OGMO/PGUÁ procederá em favor do SINDICATO, semanalmente, de acordo com a prática usual, desconto incidente sobre a remuneração de cada trabalhador avulso abrangido pelo presente instrumento, a título de DAS, conforme determina o Estatuto de Entidade obreira.

Cláusula 32ª – MULTA

Havendo qualquer infração aos termos constantes desta Convenção Coletiva de Trabalho, será aplicada a multa, nos seguintes termos:

I – Em caso de infração por parte do TPA, será cobrado R$13,60 por infração, pago ao operador portuário prejudicado;

II – Em caso infração por parte do Operador Portuário será cobrado R$27,20 por infração, pago ao Sindicato da Categoria.

Cláusula 33ª – ADITAMENTO

Sempre que as partes entenderem necessário, será elaborado novo acordo que, em forma de termo aditivo, será incorporado à presente convenção.

Cláusula 34ª – ARBITRAGEM

As partes poderão recorrer à arbitragem para solução de conflitos decorrentes deste instrumento normativo.

Parágrafo Único. Caso as partes decidam pela arbitragem o árbitro será escolhido de comum acordo e terá 30 dias para divulgação do laudo arbitral. O laudo arbitral terá efeito de decisão judicial transitada em julgado, não cabendo recurso a nenhuma das partes.

Referências

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