• Nenhum resultado encontrado

ATA DA 16ª REUNIÃO DA CÂMARA CONSULTIVA DA CLEARING DE ATIVOS 05/08/2004

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "ATA DA 16ª REUNIÃO DA CÂMARA CONSULTIVA DA CLEARING DE ATIVOS 05/08/2004"

Copied!
7
0
0

Texto

(1)

ATA DA 16ª REUNIÃO DA CÂMARA CONSULTIVA DA

CLEARING DE ATIVOS

05/08/2004

O Presidente da BM&F, Sr. Manoel Felix Cintra Neto, iniciou a reunião agradecendo a presença de todos (lista de presença anexa).

O Sr. Presidente lembrou que a Clearing de Ativos foi criada para atender as necessidades do mercado. Afirmou que a Clearing de Ativos está operando com uma média diária de R$ 17 bilhões e que no dia 17/08 iniciará o novo período de análise dos “market-makers”. Afirmou que o sucesso da Clearing de Ativos é resultado de uma série de ações, destacando o fundamental papel da Câmara Consultiva no processo de desenho operacional e de implantação da Clearing de Ativos.

Na seqüência, convidou o Sr. João César de Queiroz Tourinho para continuar como Presidente da Câmara Consultiva da Clearing de Ativos, na gestão a encerrar-se em 31.3.2005, passando-lhe a palavra.

O Sr. Tourinho agradeceu e aceitou o convite, comentando em seguida sobre a relevância do mercado de títulos públicos, que qualificou como um mercado “adormecido”, com enorme potencial de crescimento, e a importância das Clearings da BM&F nesse processo. O Sr. Tourinho convidou o Sr. José Flávio Ferreira Ramos para continuar como Vice-Presidente e o Sr. Luis Gustavo da Matta Machado como Coordenador e Secretário Executivo. Ambos aceitaram, tendo o Sr. José Flávio salientado a importância da participação de todos nesta 2ª fase da Câmara Consultiva da Clearing de Ativos. Em seguida, o Sr. Tourinho deu seqüência à reunião, conforme a pauta.

1) Apreciação da ata da décima quinta reunião ordinária

Submetida à apreciação, a minuta de ata da 15a. reunião ordinária da Câmara Consultiva foi aprovada sem ressalvas.

2) Calendário das reuniões para 2004/2005

Foi definido o calendário das reuniões para 2004/2005, como segue, sendo provisórias as datas relativas ao próximo ano, que poderão ser remarcadas em função das datas que forem estabelecidas para as reuniões do COPOM:

- 23/09/2004; - 28/10/2004; - 25/11/2004; - 20/01/2005; - 24/02/2005; e - 31/03/2005.

(2)

3) Relato do Comitê de Contabilidade, Tributação e Assuntos Jurídicos

O Sr. Sérgio Santos, Coordenador do Comitê de Contabilidade, Tributação e Assuntos Jurídicos, informou que segue pendente de resposta do Banco Central a carta solicitando esclarecimentos adicionais quanto à regulamentação estabelecida sobre as operações compromissadas genéricas. O Banco Central, segundo informações obtidas, emitirá, em breve, Circular a respeito. Informou, ainda, que foram encaminhadas ao Banco Central duas propostas de esquema contábil para as operações de empréstimo de títulos. O BACEN se propôs a analisá-las e acredita-se que em breve editará Circular sobre o assunto.

Relatou que o BACEN está estudando a exigência de capital (“Basiléia”), com referência às operações a termo, em face de pleito apresentado pela BM&F.

O Sr. Luis Gustavo informou que a BM&F tem mantido freqüente contato com o BACEN a respeito dessas questões pendentes.

4) Cronograma da etapa II

O Sr. Luis Gustavo, após mencionar os aspectos positivos e negativos da entrada em funcionamento da Clearing em duas etapas, apresentou sugestão no sentido de a 2a. etapa da Clearing ser implementada em fases.

Apresentou, então, proposta contemplando três fases, por grupo de “produtos”, segundo entendia pudesse ser a pr ioridade do mercado, como segue:

1. Compromissadas Específicas Dm/DN; Compromissadas Genéricas; e

Migração;

2. Associação a redesconto e a liquidação de leilão; Realocação parcial; e

Registro e negociação de ordens de múltiplos clientes; e 3. Serviço de Empréstimo de Títulos – SET; e

Integração entre Clearings da BM&F

O Sr. Tourinho mencionou que em tal análise deve ser considerada a importância de se ampliar os participantes dos negócios no Sisbex, atualmente quase que exclusivamente restrito aos bancos.

Ao longo dos debates, ficou decidido que a “Associação ao redesconto” deveria ser trazida ao primeiro grupo, passando-se as “Compromissadas Genéricas” para o segundo.

A maior prioridade estabelecida para a associação ao redesconto decorre de sua importância para que as instituições intermediárias possam trazer, à liquidação por intermédio da Clearing, operações por conta de investidores institucionais que realizem, sem impacto em seu fluxo de caixa.

(3)

Foi esclarecido, ainda, ao longo dos debates, que o modelo operacional da Clearing, em diversos aspectos, foi desenvolvido em conjunto com o BACEN, de modo a conferir facilidades aos participantes, permitindo, por exemplo, a transferência de títulos do SELIC para a Clearing e vice-versa, vinculados, sempre que for o caso, a resultados da janela de liquidação.

Muitas dessas facilidades exigiram alterações em sistemas do BACEN e em criação de mensagens específicas, do que são exemplos a migração das compromissadas e a associação a redesconto e a leilão, itens que já foram, inclusive, testados entre a Clearing e o BACEN, e que serão oferecidos ao mercado conforme o cronograma que vier a ser estabelecido para a implementação da fase 2.

O Sr. José Antonio Eirado, Diretor da Área de Sistemas da BM&F, comentou sobre o estágio de desenvolvimento dos itens da etapa 2, da Câmara de Ativos.

O Sr. Eirado, em resposta a comentário do Sr. Tourinho quanto à importância de se obter o maior envolvimento possível das instituições no desenvolvimento da etapa 2, propôs, tendo sido aprovado, retomar as reuniões do Comitê de Tecnologia da Câmara Consultiva da Clearing de Ativos e as reuniões deste com representantes do Comitê de Tecnologia da Febraban (CNAB).

O Sr. Tourinho recomendou que na reunião do Comitê de Tecnologia sejam sugeridos pela BM&F os prazos de conclusão de cada uma das fases e, após a definição dos prazos pelos membros do Comitê, o cronograma seja submetido ao CNAB da Febraban, a exemplo do adotado para a 1a etapa da Clearing de Ativos.

Foi mencionada, ainda, a urgência na adoção de definições regulamentares, tendo sido sugerida visita ao BACEN, oportunidade em que o representante do Tesouro Nacional colocou-se à disposição para comparecer a tal reunião.

5) Modelagem dos Participantes com Liquidação Centralizada (PLCs)

O Sr. Luis Gustavo comentou sobre a modelagem adotada para os PLCs e o fato de ainda não se verificar a participação dos fundos de investimento nas operações liquidadas por intermédio da Clearing.

Relatou as dificuldades que vêm sendo enfrentadas, a saber, resumidamente:

a) Impossibilidade de os administradores identificarem, em tempo hábil para a alocação do risco, o PLC responsável pela operação;

b) Restrições regulamentares, que impedem tratamento diferenciado, pelos administradores, entre fundos sob sua responsabilidade, no tocante à execução de ordens.

O Sr. Tourinho mencionou as diversas alternativas que se buscou ao longo do tempo e os aspectos que dificultam cada qual, do que é exemplo a idéia do PLC “master”. Concluiu que, embora aparentemente não haja solução para o problema ou modelo alternativo, os

(4)

investidores institucionais.

O Sr. Carlos Otero comentou os esforços realizados pela BM&F e pela Câmara Consultiva da Clearing de Ativos para obter desenho adequado e mencionou que há comissão na ANBID também analisando eventual alternativa.

O Sr. Tourinho reiterou que se está à disposição para analisar outras propostas e realizar esforço conjunto em prol da indústria de fundos, registrando que a Câmara Consultiva e a BM&F ficarão no aguardo de proposta concreta da ANBID.

Questionado quanto ao nível de garantias exigido para operar, o Sr. Luis Gustavo mencionou que estão depositadas na Clearing garantias em títulos públicos em valor da ordem de R$ 400 milhões e que no dia em que se negociou R$ 45 bilhões, o pico de utilização dessas garantias foi inferior a R$ 300 milhões.

6) Sisbex-Registro – Inclusão das operações na avaliação para PLC e anonimato

O Sr. Luis Gustavo apresentou resumo das alterações nos Ofícios Circulares nºs 060 e 061, que serão submetidas ao Conselho de Administração da BM&F, consoante as minutas distribuídas. Tais Ofícios Circulares tratam dos critérios de seleção das instituições credenciadas ao anonimato e dos PLCs. O Sr. Luis Gustavo destacou, após mencionar alterações redacionais adotadas para o aperfeiçoamento e o melhor entendimento dos textos:

a) Dilação, por 90 dias, da primeira etapa de avaliação dos PLCs, justificada pelas dificuldades anter iormente mencionadas;

b) Inclusão das operações de intermediação no Sisbex-Registro no cômputo das notas, de modo que as instituições não credenciadas a operar sob código de anonimato, ao utilizarem os serviços dos brokers em operações de balcão a serem liquidadas por intermédio da Clearing , assim como os PLCs em operações similares, tenham tais operações computadas. A restrição colocada na primeira avaliação periódica visava estimular o mercado eletrônico, embora se soubesse que dificultaria a atuação dos brokers; e

c) Manutenção do prazo de avaliação trimestral, previsto para as duas primeiras avaliações dos PNAs, também a partir da terceira, em vez de a partir da terceira a avaliação ser semestral; e

d) Fixação da periodicidade trimestral para a avaliação dos PLCs.

Ao longo dos debates, decidiu-se por estabelecer que as operações de intermediação do Sisbex-Registro seriam incluídas no cômputo das notas, entretanto com pontuação 50% inferior às demais, de modo a se evitar migração indesejada de operações para o Sisbex-Registro.

Decidiu-se, ainda, recomendar que a ponderação adotada para fins de pontuação seja diferenciada também conforme a duration e o volume emitido dos títulos. Para a definição dessa ponderação diferenciada, o Sr. Marcelo Salgado, coordenador do Comitê de Produtos e Negócios, deve apresentar proposta a ser discutida com os Srs. Eduardo (Pactual), Geraldo (Votorantim) e Otávio (HSBC), sob a coordenação do Sr. José Flávio.

(5)

7) Custos – estudo preliminar

O Sr. Sérgio Santos apresentou os princípios que nortearam o estabelecimento do modelo de apuração dos emolumentos e da taxa operacional da Clearing de Ativos, que foram o de recuperação do investimento em sete anos, cobertura dos custos operacionais, estímulo a maiores volumes, redução do custo da s operações day trade, estímulo a negócios com títulos mais longos e isenção de taxas e emolumentos para os brokers nas operações de intermediação.

Os cálculos foram fixados segundo conceitos trazidos dos modelos adotados nas Clearings de Derivativos e de Câmbio, tais como:

a) Considerar o prazo dos títulos negociados (a exemplo do adotado em derivativos, quanto ao prazo dos contratos), com o estabelecimento de prazos máximos no cálculo (105 dias úteis para os emolumentos e 42 dias úteis para a taxa operaciona l, como em derivativos);

b) Fixar desconto de 35% para as operações day trade (derivativos);

c) Estabelecer taxa operacional na proporção de 25% da taxa dos emolumentos (derivativos);

d) Adotar critério de “empilhamento”, com a redução da taxa de incidência conforme o crescimento do volume total das operações (câmbio).

Sr. Edemir Pinto, Diretor Geral da BM&F, comentou que no dia 10/08 acontecerá a reunião do Conselho de Administração da BM&F. Registrou que levará a essa reunião proposta quanto aos emolumentos da Clearing de Ativos, pois a isenção de custos se encerra em 13/08.

Mencionou a experiência quando da fixação dos custos da Clearing de Câmbio, quando foi contratada a empresa KPMG, que fez todo o trabalho de apuração do custo da Clearing e de análise do prazo de retorno do investimento. Registrou ter sido adotado para a Clearing de Ativos a mesma metodologia que a KPMG adotou para a Clearing de Câmbio.

Lembrou, a propósito, que, na Clearing de Câmbio, o prazo de retorno do investimento, inicialmente estabelecido para três anos, foi estendido para cinco, tendo o Conselho de Administração fixado, ao final, o prazo de sete anos, o qual seria igualmente adotado para a Clearing de Ativos.

Registrou que a devolução de emolumentos aos participantes, para ressarci-los dos investimentos realizados na Centralclearing, não estão sendo incluídos na apuração do custo mensal da Clearing de Ativos, o que, na prática, corresponde a se estender, de sete para dez anos, o prazo de retorno do investimento.

Ressaltou não ser objetivo da BM&F obter lucro com suas Clearings, indicando que na planilha apresentada aos participantes demonstram-se os custos mensais da Clearing de Ativos e a recuperação dos investimentos realizados.

Comentou ter sido adotado para a proposta de emolumentos o volume médio diário de operações entre R$ 7 bilhões e R$ 10 bilhões, lembrando que, considerando o período desde a implantação, em que o custo é zero, o volume médio diário é de R$ 16 bilhões. Na seqüência, o Sr. Edemir comentou a planilha de custos apresentada aos participantes, onde são detalhadas as despesas operacionais diretas e indiretas das fases de investimentos e operacional.

(6)

milhões, não estavam considerados os investimentos da segunda etapa da Clearing , estimados em valor entre R$ 10 milhões e R$ 12 milhões.

Mencionou terem sido desprezadas, nas despesas diretas e indiretas da fase operacional, outros itens, além de ter incluído as despesas com software no item “investimentos”, com retorno em sete anos, em vez de as incluir no item “depreciação”, que considera apenas os equipamentos.

Ademais, ressaltou que as despesas de R$ 24 milhões, relativas ao acordo com a Bovespa/CBLC, estão sendo consideradas como fruto de decisão de interesse institucional e, portanto, não foram incluídas no cômputo dos investimentos da Clearing de Ativos, não pesando, portanto, na apuração do custo mensal estimado.

Mencionou, ainda, que entre 5% e 7% dos emolumentos serão destinados a fundo para a realização de investimentos futuros.

Por fim, destacou que, adotados os critérios descritos, tem-se o custo anual de R$ 14.216 mil, com o custo mensal da Clearing correspondendo a R$ 1.184 mil.

O Sr. Luis Gustavo acrescentou que o emolumento médio da Clearing de Ativos corresponderá a R$ 6,00 por R$ 1 milhão operado, o que o situará em valor entre os correspondentes números das Clearings de Câmbio e de Derivativos.

O Sr. Sérgio Pereira acrescentou que a cobrança e o recolhimento ocorrem sempre no dia útil seguinte à operação, cobrando-se tanto do vendedor quanto do comprador, ficando o broker isento das taxas nas operações de intermediação. Ressaltou, também, que nas operações compromissadas serão cobrados emolumentos apenas na operação de ida, com custo bastante inferior aos R$ 6/R$ 1 milhão.

Os participantes solicitaram que a planilha lhes fosse encaminhada por e-mail, para que a analisem em detalhes e apresentem ao Sr. José Flávio, até a terça -feira, dia 10.8, suas sugestões.

8) Outros assuntos

O Sr. Luis Gustavo mencionou o documento distribuído, que apresenta a evolução da Clearing de Ativos no período maio-junho/2004, destacando que os volumes atingidos superaram as expectativas. Destacou que isso deve ser creditado não só à isenção de emolumentos e à competição pelo direito ao código de anonimato, mas também às vantagens da associação de um sistema eletrônico de negociação a uma Clearing, tais como:

a) Ofertas de negócio atingem a todo o mercado;

b) Possibilidade de realização de operações de forma segura com qualquer participante, sem a necessidade de análise de risco de crédito bilateral, pois há uma contraparte central;

c) Possibilidade de realização de operações a descoberto; e

d) Menor exigência de liquidez e simplificações operacionais, dada a liquidação das operações pelo resultado compensado.

(7)

Mencionou, a propósito, que seria exigida estrutura muito maior dos participantes para liquidar, uma a uma, as 1.215 operações realizadas, por exemplo, no dia 21.6.2004, ou aquelas que levaram ao volume recorde de R$ 45,2 bilhões verificado no dia 2.8.2004. Destacou, ainda, que a isenção de emolumentos efetivamente permite que, motivados, ainda, pela disputa pelo direito ao código de anonimato, sejam realizadas pelos participantes operações de compra e, em seqüência, de venda do mesmo lote de títulos a um mesmo preço. Isso, com efeito, eleva artificialmente o volume de operações. Entretanto, deve-se ter presente que ao atuar dessa forma, o participante corre o risco de variação de preço do ativo entre as operações e, portanto, assume os riscos dessa estratégia, além de que beneficia os demais participantes, por dar liquidez ao mercado.

Ressaltou, por fim, ser comum a existência de inúmeras ofertas de compra e de venda, com diferença de 1 ponto base entre si, para centenas de milhares de títulos.

Referências

Documentos relacionados

Avaliação técnico-econômica do processo de obtenção de extrato de cúrcuma utilizando CO 2 supercrítico e estudo da distribuição de temperatura no leito durante a

Obedecendo ao cronograma de aulas semanais do calendário letivo escolar da instituição de ensino, para ambas as turmas selecionadas, houve igualmente quatro horas/aula

A disponibilização de recursos digitais em acesso aberto e a forma como os mesmos são acessados devem constituir motivo de reflexão no âmbito da pertinência e do valor

José Arno Appolo do Amaral, Prefeito Municipal, no uso de suas atribuições legais e de acordo com o Processo nº 2808/2020 da Secretaria Municipal de

Sobretudo recentemente, nessas publicações, as sugestões de ativi- dade e a indicação de meios para a condução da aprendizagem dão ênfase às práticas de sala de aula. Os

Objetivo: Identificar critérios de seleção para a rizotomia dorsal seletiva (RDS) na paralisia cerebral (PC), analisar os instrumentos de avaliação e descrever as características

Lista de preços Novembro 2015 Fitness-Outdoor (IVA 23%).. FITNESS

os atores darão início à missão do projeto: escrever um espetáculo para levar até as aldeias moçambicanas para que a população local possa aprender a usufruir e confiar