A determinação é uma doutrina bíblica pouco usada nas igrejas, devido a falta de
conhecimento e falta de ousadia para aplicá-la. A teologia da prosperidade é a que mais usa a determinação, porém, muitos teólogos da prosperidade apelam de forma a
despertar muito mais o senso de ganância, do que a fé em busca da vitória em nome de Jesus. Determinar é marcar uma data, definir um tempo, ordenar, fixar um prazo, exigir. Mas exigir de quem? Para entender um pouco mais sobre a doutrina da determinação, vamos analisar duas passagens do Novo Testamento, em que Jesus Cristo operou milagres a partir da determinação.
A outra referência que quero destacar está em três evangelhos: Mt 9:22; Mc 5:29 e Lc 8:48. Trata-se da cura da mulher que sofria de uma hemorragia fazia 12 anos. Neste caso, a vontade de receber a benção foi determinante da parte da mulher. Ela se dirigiu até Jesus, creu que Ele a curraria, tocou-lhe e recebeu o milagre instantâneo. A mulher enfrentou uma limitação imposta de que não teria a dignidade de aproximar de Jesus. Essa doença era considerada impura; tirava dela o direito de cidadania. Mas essa
mulher não se limitou, creu, desafiou os inimigos, que nesse caso eram os homens que a impediam de chegar até a fonte da benção. A determinação dela foi a fonte
motivadora para ser abençoada. Jesus lhe respondeu: “Filha, a tua fé te salvou; vai-te
em paz” . A fé determinante é
suficiente para a realização do milagre.
Em Mt 21:19, após pedir um fruto da figueira e esta não produziu, Jesus a amaldiçou de uma forma determinante: “Nunca mais nasça fruto de ti! E a figueira secou
imediatamente” . Observe que mais uma vez prevaleceu a determinação. A frase dita por Jesus foi enfática:
nunca mais !
Com base na vida ministerial de Jesus e dos apóstolos da Igreja primitiva, podemos observar e crer que temos direito a bênção. Ainda em Mt 21, agora no versículo 22, Jesus orienta aos discípulos que testemunharam a morte da figueira, que: “tudo que pedirdes em oração, crendo, recebereis”
. Quando aplicamos a fé determinante, a resposta é imediata.
Mas a quem determinaremos? Esta é a maior dúvida cristã. Muitos cristãos, orientados erroneamente, colocam Deus contra a parede e exigem Dele. É como se Deus estivesse retendo a benção do crente. Não é verdade. A vontade divina é que sejamos livres e libertos de todos os males (Mt 6:13). Deus é abençoador e nunca amaldiçoador aos que o temem. O apóstolo Paulo quando escreve aos Romanos ensina a determinação da fé. Ele diz: “E não vos conformeis com este século, mas transformais-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” . E a perfeita vontade de Deus é não sejamos acomodados, mas que nos movamos contra as ciladas do inimigo. Não se conformar com essa situação é ter a certeza de que o quadro atual, lastimável ou deteriorante na vida de um crente, não é a vontade de Deus, e sim uma vontade do inimigo. Portanto, determinar ao diabo que saia de nós, ou que libere a nossa benção. A nossa ordem deve ser dada ao diabo, pois é ele quem traz e segura o mal em nós. Tipo assim: doença eu te repreendo em nome de Jesus! Saia de minha vida ou da vida dessa pessoa agora, em nome de Jesus! Não cabe a nós dar ordens a Deus, mas sim cumprir as Suas ordens. E a ordem divina na oração é que determinamos contra o mal. Devemos exigir; dar ordens; determinar ao inimigo que libere a nossa bênção.
O crente precisa saber que a vontade de Deus é a nossa libertação. Observe na Bíblia Sagrada quantas vezes Deus derrama benção sobre o seu povo. De Gêneses a
Apocalipse são inúmeras bênçãos. Os teólogos da teologia da prosperidade numeram mais de 30 mil promessas de bênçãos dentro da Bíblia. Significa que Deus quer um povo livre e adorador. Um povo cheio do Espírito Santo e cheio de testemunhos de maravilhas.
Uma outra questão a ser observada é a conhecer a vontade de Deus e estar no plano de ser abençoado. O milagre vai acontecer na vida daqueles que tenham fé e seguem os caminhos do Pai, através do cumprimento da Palavra. Quando abrimos a Bíblia ou ouvimos uma leitura bíblica, precisamos tomar posse da Palavra revelada e praticá-la em nossa vida. Deus nos quer santo e reto. Assim, estaremos alcançando as suas promessas. Em Ex 15: 26 é o próprio Deus quem diz: “Se ouvires atento a voz do
Senhor , teu Deus, e fizeres o que
é reto diante
dos seus olhos, e
deres ouvido aos seus mandamentos , e
guardares todos os seus estatutos
, nenhuma enfermidade virá sobre ti, das que enviei sobre os egípcios; pois eu sou o Senhor, que te sara”
. Jó 8:5-6diz:
“Mas, se tu buscares a Deus e ao Todo-Poderoso pedires misericórdia, se fores puro e reto, ele, sem demora, despertará em teu favor e restaurará a justiça da tua morada” .
Quando cumprimos a Palavra de Deus; aplicamos uma vida reta conforme a vontade de Deus; estamos na posição de merecedores das bênçãos. Nesse caso, pode determinar que a benção será mesmo instantânea. Quando confessamos os nossos pecados, também estamos no ponto de determinar sobre a nossa vida; estaremos assim com autoridade celestial. O pecado nos tira o direito e nos limita diante do inimigo, mas quando o nosso pecado é confesso a Deus, em nome de Jesus Cristo o perdão é liberado, e junto com o perdão nos vem o direito de ser abençoado.
Quando observamos os atos dos apóstolos da Igreja primitiva, podemos crer que também usaram da doutrina da determinação para ministrar milagres. Paulo quando estava em missão em Icônio, atuou com autoridade. Isso é; com determinação. At 14:3 diz: Entretanto, demoraram-se ali muito tempo, falando ousadamente no Senhor, o qual confirmava
a palavra da sua graça, concedendo
que, por mão deles, se fizessem sinais e prodígios”.
Esteja debaixo da paz do Senhor, livra-te de todo pecado, adore ao Senhor, e determine contra o mal. Por:
Rev. Solano de S. Ferreira
Porto Velho (RO), 28/06/2009