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SEMINÁRIO DESIGUALDADE REGIONAL E AS POLÍTICAS PÚBLICAS Saúde Pública-Região Centro-Oeste. Dais Rocha e Bruno Andrade

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SEMINÁRIO DESIGUALDADE

REGIONAL E AS POLÍTICAS PÚBLICAS

Saúde Pública-Região Centro-Oeste

São Bernardo, 06 de agosto de 2015

(2)

Plano da Apresentação

• Reconhecendo as Iniquidades Regionais

• Regionalização do SUS e o tema Ciência,

Tecnologia & Inovação em Saúde-CT&IS

• Estudo de Caso:

O processo de indução

às

pesquisas

em

Doenças

Negligenciadas-DNs

• Considerações Finais

(3)

Reconhecendo Iniquidades

Regionais

De onde olho?

• 1994-2001 Formação de pós-graduação strictu sensu

Faculdade de Saúde Pública/USP

• 2003-2005 Consultora e/ou parecerista do Ministério da

Saúde

• 2005-2010 Inserção em estudos multicêntricos e redes de

pesquisas

• 2011-2015 Integrante do Grupo Temático de Promoção da

Saúde e Desenvolvimento Sustentável –ABRASCO e pesquisa

sobre equidade em saúde

(4)

Reconhecendo Iniquidades

Regionais

População da Região CO: 14.993.194.

Nº Municípios: 467 (2013)

Densidade Demográfica: 9,3 hab./km²

Analfabetismo: 6,5% (2013)

Mortalidade infantil (por mil): 16 (2012)

Considerando escolaridade mãe (2009) 36,8

(0-3anos) a 9,3 (12 anos e+) Brasil: 33,3 a

14,8

Renda Média Domiciliar/ano escolaridade:

R$ 667 em 0-3 anos a R$ 3.166 em 15anos+

Brasil R$526-R$ 2.818

Morbimortalidade da Região CO:

Homem : Doenças do Aparelho Circulatório

Causas Externas

Neoplasias

Mulher : Doenças do Aparelho Circulatório

Neoplasias

Doenças do Aparelho Respiratório

Fonte: Portal DSSS/2012 e MS/2014

(5)

Reconhecendo Iniquidades Regionais

Como superar as iniqüidades nas modalidades de financiamento dos

municípios pelos Ministérios?

1. Captação dos recursos dos editais governamentais das agendas

sociais no Brasil

“As áreas onde se concentram as agendas sociais [Agenda 21; DLIS

e Cidade Saudável], região sul e sudeste são as regiões do Brasil

mais desenvolvidas onde não seria absolutamente necessário que

se concentrassem esforços e recursos do governo, do ponto de

vista da epidemiologia, ‘fatores protetores’ da saúde e qualidade

de vida.”

(WESTPHAL et al 2009, p. 67)

“ (...) a literatura já reitera, que o círculo da

pobreza se reproduz, mesmo quando há uma

intenção do poder público de enfrentá-la.”

(WESTPHAL et al 2009, p. 68)

(6)

Como superar as iniqüidades nas modalidades de financiamento dos

municípios pelo Ministério da Saúde?

1. Captação dos recursos dos editais da Política Nacional de

Promoção da Saúde-PNPS

De 2006 a 2012: Projetos em 1300

municípios

para

prevenção

da

violência e cultura de paz

(MALTA et al 2014)

(7)

Regionalização do SUS e CT&IS

“Conjugar o fomento à pesquisa em saúde às

necessidades do Sistema Único de Saúde e às

demandas

da

população

implica

operar

transformações tanto no sistema de CTI&S como no

sistema nacional de saúde, legitimando a Política

Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde

como parte integrante da Política Nacional de Saúde”.

(8)

Regionalização do SUS e CT&IS

Apesar dos avanços dos últimos dez 10 anos, a

proposta de regionalização do SUS permaneceu focada

na organização das redes assistenciais, excluindo o

tema da CT& I/S

• Ausência do termo CT& I/S no Pacto pela Saúde

(2007)

• Citado no Decreto nº 7508/2011 Mapa da Saúde das

Regiões

• Ausência nos COAPS

(9)

(SANTOS, 2009. p. 764)

Tabela. Distribuição geográfica (estados da Federação) dos pesquisadores com

bolsa de produtividade científica no CNPq no triênio 2004-2006

RJ+ SP = 61,29%

Regionalização do SUS e CT&IS

Como superar as iniqüidades nas modalidades de financiamento das

pesquisas?

(10)

Como superar as iniqüidades na pós-gradução?

74,6% dos programas de pós-graduações localizam-se

nas regiões Sul (19,6%) e Sudeste (

66%

e 55%)

 71,4% (20/28) dos cursos na área da Saúde Coletiva

localizam-se nessas mesmas regiões.

Daqueles que se localizam nas regiões Nordeste-NE ou

Centro-Oeste-CO, 75,0% receberam nota três, contra

40,0% dos localizados nas regiões Sul ou Sudeste.

(*NUNES, FERRETO, BARROS

2010

; KEER-PONTES et al 2005, p 87; )

(11)

Como superar as iniquidades dos grupos de pesquisa?

43,9% dos

grupos de pesquisa

estão no Sudeste (sendo SP 20,6%

e RJ 11,7%) e 22,4 no Sul. Houve um incremento significativo na

região

NE (20,4)

, mas o percentual nas regiões CO

(7,5%)

e N (5,8)

ainda é limitado.

Na região CO: DF tem 2,3%, GO 1,9%, MS 1,8%, MT 1,5 do total

do Brasil.

(CNPq, 10º Censo Diretório Grupos de Pesquisa 2014)

Regionalização do SUS e CT&IS

Dos

grupos que realizam pesquisa em saúde no país

, 49% na

região Sudeste, 23% na região Sul, 17% na NE,

6% na CO

e 5% na N.

Entre 2002 e 2010, o Sudeste abrigou 38% do

total dos projetos

e

59% do

total de recursos

em relação às outras regiões do país. Em

seguida, Sul e NE com um padrão semelhante 16% e 17%

respectivamente. Mas,

as regiões N e CO apresentaram o mesmo

padrão quanto ao % de recursos recebidos (4% cada) e projetos

apoiados (8% cada)

.

(ALBUQUERQUE 2012, p 187-188; )

(12)

Dentre os problemas persistem: concentração dos programas na

região sudeste, desigualdade na qualidade,

problemas de absorção

dos titulados e errático investimento em cooperação internacional

.

(ABRASCO, 2015)

Como superar as iniqüidades na pós-graduação?

Regionalização do SUS e CT&IS

“O corte de 75% da CAPES também inviabilizará a participação de

membros

externos

aos

próprios

programas

nas

bancas,

comprometendo a qualidade desta atividade. Tal fato

agravará as

desigualdades regionais e intra-regionais,

uma vez que programas

localizados nas grandes capitais do sudeste terão melhores facilidades

para organizar bancas com membros externos sem despesas com

passagens e diárias.”

(13)

Estudo de Caso

Estratégias da PNCTIS na questão regional segundo eixo

Descentralização

Incorporação de

Interesses e Vocações

Regionais

DIMINUIÇÃO DAS DESIGUALDADES

REGIONAIS

Fortalecimento da pós-graduação em saúde

nas regiões N, NE e CO

Definição de critérios regionais

para destinação dos recursos

financeiros em CT&IS

Garantir aporte de recursos para IES e

pesquisa nas regiões N, NE e CO

Ampliar o aporte de recursos para IES e

pesquisa para as regiões N, NE e CO

Ampliar os recursos nos editais referentes ao

Acordo Multilateral Amazônico de CT&IS

Articulação interinstitucional entre centros

de pesquisa regionais

Difusão ampla de avanços científicos e

tecnológicos

(14)

Estudo de Caso

Política Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde (PNCTIS)

Agenda Nacional de Prioridades de Pesquisa em Saúde (ANPPS)

DNs como prioridade.

Esquistossomose

Leishmaniose tegumentar e visceral

Doença de Chagas

Dengue

Malária

Tuberculose

Hanseníase

Editais de apoio à pesquisa

principal indutor à pesquisa das DNs

tica Nacional de Ciência, Tecnologia e

Inovação

O processo de indução às pesquisas em Doenças

Negligenciadas

(15)

Estudo de Caso

Editais de 2006, 2008 e 2012: construídos a partir da visão dos pesquisadores

com maior número de publicação na área, em sua maioria, provenientes de

instituições da região Sudeste;

Público alvo dos editais: doutores de instituições de pesquisa nacionais;

Objetivo do Edital DNs 2006:

...implementação e avaliação de ações públicas voltadas para melhoria das

condições de saúde da população brasileira

e para a superação de desigualdades

regionais e socioeconômicas.

Parcela mínima de 30% do valor global do edital destinada,

necessariamente,

a

projetos desenvolvidos por pesquisadores vinculados a instituições de pesquisa

sediadas nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste,

caso haja projetos

qualificados .

(Editais DNs/MS, 2006;2008;

2012).

O processo de indução às pesquisas em Doenças

Negligenciadas

(16)

Estudo de Caso

(17)

Estudo de Caso

(18)

Estudo de Caso

O processo de indução às pesquisas em Doenças Negligenciadas

Tipo de Instituição Região SE NE CO S N Total Instituto de Pesquisa 17 3 0 0 4 24 Ensino Superior 26 12 3 8 2 51 Hospital de ensino 0 0 0 0 0 0 Serviço de Saúde 0 0 0 0 1 1

Outras organizações sem fins lucrativos (ONG, OSCIP etc.) 0 0 0 0 0 0

Total 43 15 3 8 7 76

Distribuição das instituições contempladas no Edital de apoio à pesquisa para

doenças negligenciadas por regiões do país no ano de 2012

(19)

• Aprofundar a

compreensão e a produção de evidências

sobre os

reflexos da incipiência dos programas de pós graduação em saúde

coletiva (1º Doutorado 2013) e baixo incremento dos grupos de

pesquisa na região CO.

Diminuir a distância

estabelecida entre a produção do

conhecimento, resultados da pesquisa e a sua aplicabilidade como

elemento norteador tanto na construção de políticas públicas quanto

nas ações voltadas para atenção à saúde.

•Implementar mecanismos para garantir aporte de recursos

para IES

e pesquisa e tradução do conhecimento nas regiões N e CO previstos

na PNCTIS.

•As agendas regionais de CT&IS devem favorecer a

visibilidade

dos

conhecimentos e tecnologias produzidas locorregionalmente e o

enfrentamento das iniquidades reproduzidas e acentuadas

pelos

serviços e políticas de saúde pública.

(20)

•ABRASCO. Comissao de Pós Gradução sobre Cortes 75% CAPES.. Disponível:

http://www.abrasco.org.br/site/2015/07/nota-sobre-os-cortes-orcamentarios-nos-programas-de-pos-graduacao/

Acesso: 03/08/2015

ALBUQUERQUE, MV Política nacional de CT& I em saúe e a regionalização do SUS: diálogos possíveis. In: VIANA, ALD; IBANEZ, N; BOSQUAT, A. A saúde, desenvolvimento, ciência, tecnologia e inovação. São Paulo: Hucitec, 2012. p.174-202.

ANDRADE, BLA A produção do conhecimento em doenças negligenciadas no Brasil: uma análise bioética dos dispositivos normativos e da atuação dos pesquisadores brasileiros. 2015. Doutorado. Brasília: Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade de Brasília, 2015.

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http://lattes.cnpq.br/web/dgp/por-regiao Acesso: 05/08/2015.

KEER-PONTES,L.R.S et al Uma reflexão sobre o processo de avaliação das pós-graduações brasileiras com ênfase na área de saúde coletiva. PHYSIS: Rev. Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, 15(1):87, 2005.

MINAYO, M.C.S. Pós-graduação em Saúde Coletiva de 1997 a 2007: desafios, avanços e tendências. Ciência

& Saúde Coletiva, 15(4):1897-1907, 2010

NUNES,ED; FERRETO, LE; BARROS, NF A pós-graduação em Saúde Coletiva no Brasil: trajetória. Ciência &

Saúde Coletiva, 15(4):1923-1934, 2010

OBSERVATÓRIO DE INIQUIDADE EM SAÚDE. Portal DSS Lista de indicadores 2012. Disponível:

http://dssbr.org/site/2012/03/lista-de-indicadores-todos/#a-Obs-Ind-SS Acesso: 05/07/2015 SANTOS, S. et al. Physis Revista de Saúde Coletiva, RJ, 19 ( 3 ): 764, 2009

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