• Nenhum resultado encontrado

Reminha. e o violino mágico

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Reminha. e o violino mágico"

Copied!
8
0
0

Texto

(1)

ninguém o visse e sentou-se na janela do quarto de Ricardo. Pôs um daqueles sorrisos que só as crianças sabem fazer. Ricardo também sorriu. Falaram então numa linguagem que os adultos não

entenderam. Fizeram de conta que inventaram gotas mágicas capazes de fazer crescer rapidamente os meninos.

Naquele momento Ricardo fez de conta que era adulto. Deixou colocar as gotas. E como todos os meninos da sua idade imitou o pai. Inventou uma cimeira e resolveu discursar. Falou de Paz e de direitos humanos. Falou de desprotegidos. Falou da fome e do egoísmo dos homens. Falou da natureza e de muitas outras coisas que os adultos esquecem todos os dias. Disse verdades

maravilhosas. Gotinhas ouvia Ricardo e pensava na força que a magia pode ter no espírito de uma criança.

… O presidente sorriu como uma criança. Depois pegou num caderno do Ruca e escreveu os tópicos de Ricardo para a sua

próxima cimeira.

Na cimeira o presidente falou de paz e direitos humanos

...fim

Reminha

(2)

Reminha era uma esquilinha muito bonita e muito sensível. Quando era criança gostava muito de brincar na floresta com os esquilos da sua idade. Faziam muitos jogos e cantavam lindas canções infantis.

Desde pequenina que Reminha tinha uma paixão especial pela música. Ao contrário dos outros esquilinhos ela sempre gostara de música clássica. Gostava especialmente de tocar violino, e todos os animais que a ouviam se encantavam com tanto talento. Dizia-se na floresta que o seu nome fora uma daquelas premonições com que a vida brinda os predestinados.

Reminha era uma esquilinha

muito bonita

Num dos seus aniversários o professor Pautinhas decidiu

oferecer-lhe um violino. Não podia ser um violino qualquer; Reminha tocava tão bem que o violino tinha de ser especial. Por isso o

professor decidiu meter mão à obra e ele próprio construiu o violino para Reminha. Arranjou tabuinhas de uma madeira especial e com tirinhas de pele de cobra fez as quatro cordas. Depois construiu com madeira o arco para friccionar as cordas do violino.

Reminha tinha uma paixão especial

pela música

O professor Pautinhas construiu um violino para oferecer a Reminha

(3)

Reminha era uma esquilinha muito bonita e muito sensível. Quando era criança gostava muito de brincar na floresta com os esquilos da sua idade. Faziam muitos jogos e cantavam lindas canções infantis.

Desde pequenina que Reminha tinha uma paixão especial pela música. Ao contrário dos outros esquilinhos ela sempre gostara de música clássica. Gostava especialmente de tocar violino, e todos os animais que a ouviam se encantavam com tanto talento. Dizia-se na floresta que o seu nome fora uma daquelas premonições com que a vida brinda os predestinados.

Reminha era uma esquilinha

muito bonita

Num dos seus aniversários o professor Pautinhas decidiu

oferecer-lhe um violino. Não podia ser um violino qualquer; Reminha tocava tão bem que o violino tinha de ser especial. Por isso o

professor decidiu meter mão à obra e ele próprio construiu o violino para Reminha. Arranjou tabuinhas de uma madeira especial e com tirinhas de pele de cobra fez as quatro cordas. Depois construiu com madeira o arco para friccionar as cordas do violino.

Reminha tinha uma paixão especial

pela música

O professor Pautinhas construiu um violino para oferecer a Reminha

(4)

Reminha adorou aquele presente. Prometeu que iria ser uma aluna excelente. E cumpriu. Estudou e treinou tanto que acabou por se transformar na melhor violinista da floresta. Numa noite em que tocava na floresta, Reminha conheceu um esquilo muito bonito e simpático, chamado Jotinha, que tocava clarinete. Dizem que a música aproxima os esquilos. Na verdade entre cada duas músicas, sempre que Reminha trocava olhares com Jotinha ambos coravam. Ela baixava depois os olhitos envergonhada e ele sorria feliz com a expressão dela.

Apaixonaram-se e foram viver para uma árvore muito bonita. Era uma árvore com uma copa redonda e larga, que durante as tardes produzia uma sombra aprazível onde os esquilinhos dormiam a sesta. Em volta da árvore havia um grande relvado de um verde muito viçoso que em algumas zonas era interrompido por tufos de flores de muitas cores.

Jotinha era um esquilo muito bonito e simpático

que tocava clarinete

Numa bela manhã de Janeiro Reminha sentiu-se diferente e suspeitou que ia ser mamã. Contou a Jotinha a excelente notícia e decidiram consultar o médico da floresta para que nada faltasse aos bebés. Souberam então que iam ter dois esquilinhos daí a um mês, que é o tempo normal para nasceram os esquilos.

Os dias que se seguiram foram de muita felicidade.

Imaginavam como seria bom ficarem a ver os seus filhotes brincar e saltar na relva. Nesta felicidade fizeram lindas canções que tocaram por toda a floresta.

Só que muito antes do tempo previsto Reminha sentiu que os bebés iam nascer; apressaram-se a correr na direcção do

Hospital-árvore da floresta, onde ficava a Maternidade.

Viviam numa árvore rodeada de um grande relvado… com lindas flores

Reminha e Jotinha correram para a maternidade

(5)

Reminha adorou aquele presente. Prometeu que iria ser uma aluna excelente. E cumpriu. Estudou e treinou tanto que acabou por se transformar na melhor violinista da floresta. Numa noite em que tocava na floresta, Reminha conheceu um esquilo muito bonito e simpático, chamado Jotinha, que tocava clarinete. Dizem que a música aproxima os esquilos. Na verdade entre cada duas músicas, sempre que Reminha trocava olhares com Jotinha ambos coravam. Ela baixava depois os olhitos envergonhada e ele sorria feliz com a expressão dela.

Apaixonaram-se e foram viver para uma árvore muito bonita. Era uma árvore com uma copa redonda e larga, que durante as tardes produzia uma sombra aprazível onde os esquilinhos dormiam a sesta. Em volta da árvore havia um grande relvado de um verde muito viçoso que em algumas zonas era interrompido por tufos de flores de muitas cores.

Jotinha era um esquilo muito bonito e simpático

que tocava clarinete

Numa bela manhã de Janeiro Reminha sentiu-se diferente e suspeitou que ia ser mamã. Contou a Jotinha a excelente notícia e decidiram consultar o médico da floresta para que nada faltasse aos bebés. Souberam então que iam ter dois esquilinhos daí a um mês, que é o tempo normal para nasceram os esquilos.

Os dias que se seguiram foram de muita felicidade.

Imaginavam como seria bom ficarem a ver os seus filhotes brincar e saltar na relva. Nesta felicidade fizeram lindas canções que tocaram por toda a floresta.

Só que muito antes do tempo previsto Reminha sentiu que os bebés iam nascer; apressaram-se a correr na direcção do

Hospital-árvore da floresta, onde ficava a Maternidade.

Viviam numa árvore rodeada de um grande relvado… com lindas flores

Reminha e Jotinha correram para a maternidade

(6)

Nasceram dois esquilinhos tão pequeninos que cabiam os dois na pata da mãe. Como eram muito prematuros não respiravam bem e por isso precisaram de muito oxigénio. Foram então levados para uma árvore muito especial. As folhas desta árvore incubadora não libertavam o oxigénio para atmosfera. Ao contrário das árvores normais, o oxigénio produzido nas folhas movia-se para o interior dos ramos e dali era levado para uma cavidade no tronco da árvore. Foi nessa cavidade que os dois manos cresceram durante duas

semanas.

Os bebés eram tão pequeninos que cabiam na pata da mãe

O Dr. Nadinho, médico chefe da árvore incubadora, avisou logo que por causa da prematuridade e do oxigénio os olhos dos bebés corriam sérios riscos. Tinha razão o médico. Um dos bebés teve que ser tratado a uma doença chamada Retinopatia da Prematuridade. O tratamento foi feito com um laser próprio para as doenças da retina e tudo correu muito bem.

Quando o tratamento não é feito correctamente no momento certo, os bebés ficam cegos para o resto da vida. Felizmente a

árvore-maternidade daquela floresta funcionava bem e possuía todos os aparelhos necessários para que os esquilinhos fossem bem tratados.

Finalmente chegou o dia em que os bebés puderam sair da árvore incubadora e respirar sozinhos. Mais uns dias e poderiam ir para casa. No entanto teriam de ser muito bem vigiados. Os olhos dos prematuros por exemplo podem ter problemas no futuro e por isso tem que ir ao Oftalmologista com regularidade nos primeiros anos de vida.

Finalmente numa linda manhã de Primavera foram para casa. Reminha e Jotinha estavam tão felizes que nessa noite resolveram fazer um concerto para partilhar essa felicidade com todos os amigos da floresta.

Habitualmente tocavam numa árvore auditório onde o som fica mais bonito; mas nessa noite resolveram tocar mesmo ao ar livre para que todos pudessem ouvir.

À medida que se ouviram os primeiros sons do violino de Reminha começaram a chegar os animais da floresta. Os primeiros foram os pássaros porque são mais rápidos. Vieram pássaros de todas as cores e tamanhos. Rapidamente formaram um tecto que mais parecia o tecto de um auditório. Chegaram depois todos os outros animais, que ficaram silenciosos perante a maravilha do som que ecoava na floresta. Reminha sempre tocara maravilhosamente, mas esta noite estava tão inspirada que tocava como Euterpe - a Deusa da música. Tocava tão bem que a Lua se retirou por momentos; apareceu logo depois com um vestido prateado que

…nessa noite resolveram tocar mesmo ao ar livre para

que todos pudessem ouvir… os pássaros foram os primeiros a chegar…

(7)

Nasceram dois esquilinhos tão pequeninos que cabiam os dois na pata da mãe. Como eram muito prematuros não respiravam bem e por isso precisaram de muito oxigénio. Foram então levados para uma árvore muito especial. As folhas desta árvore incubadora não libertavam o oxigénio para atmosfera. Ao contrário das árvores normais, o oxigénio produzido nas folhas movia-se para o interior dos ramos e dali era levado para uma cavidade no tronco da árvore. Foi nessa cavidade que os dois manos cresceram durante duas

semanas.

Os bebés eram tão pequeninos que cabiam na pata da mãe

O Dr. Nadinho, médico chefe da árvore incubadora, avisou logo que por causa da prematuridade e do oxigénio os olhos dos bebés corriam sérios riscos. Tinha razão o médico. Um dos bebés teve que ser tratado a uma doença chamada Retinopatia da Prematuridade. O tratamento foi feito com um laser próprio para as doenças da retina e tudo correu muito bem.

Quando o tratamento não é feito correctamente no momento certo, os bebés ficam cegos para o resto da vida. Felizmente a

árvore-maternidade daquela floresta funcionava bem e possuía todos os aparelhos necessários para que os esquilinhos fossem bem tratados.

Finalmente chegou o dia em que os bebés puderam sair da árvore incubadora e respirar sozinhos. Mais uns dias e poderiam ir para casa. No entanto teriam de ser muito bem vigiados. Os olhos dos prematuros por exemplo podem ter problemas no futuro e por isso tem que ir ao Oftalmologista com regularidade nos primeiros anos de vida.

Finalmente numa linda manhã de Primavera foram para casa. Reminha e Jotinha estavam tão felizes que nessa noite resolveram fazer um concerto para partilhar essa felicidade com todos os amigos da floresta.

Habitualmente tocavam numa árvore auditório onde o som fica mais bonito; mas nessa noite resolveram tocar mesmo ao ar livre para que todos pudessem ouvir.

À medida que se ouviram os primeiros sons do violino de Reminha começaram a chegar os animais da floresta. Os primeiros foram os pássaros porque são mais rápidos. Vieram pássaros de todas as cores e tamanhos. Rapidamente formaram um tecto que mais parecia o tecto de um auditório. Chegaram depois todos os outros animais, que ficaram silenciosos perante a maravilha do som que ecoava na floresta. Reminha sempre tocara maravilhosamente, mas esta noite estava tão inspirada que tocava como Euterpe - a Deusa da música. Tocava tão bem que a Lua se retirou por momentos; apareceu logo depois com um vestido prateado que

…nessa noite resolveram tocar mesmo ao ar livre para

que todos pudessem ouvir… os pássaros foram os primeiros a chegar…

(8)

tornava a noite ainda mais linda. O Sol espantado com o som de fundo correu do outro lado do mundo e juntou-se ao cenário. Ficou noite e dia, havia sol e luar ao mesmo tempo e ninguém se dava conta disso. Os rios a pedido dos peixes mudaram o seu curso e vieram ouvir o concerto maravilha. O próprio mar alongou as suas ondas e veio participar; nele vinham sereias lindas que trouxeram búzios para os bebés; deixaram desejos de grande felicidade. Finalmente chegaram as nuvens. Traziam um brilho que não é próprio de nuvem; eram como o Sol ou como a Lua mas em forma de nuvem. Estava ali toda a natureza. Ao mesmo tempo era

Primavera e Outono, Verão e Inverno. A música de Reminha e

Jotinha e o cenário que a natureza criou eram tão belos que os anjos resolveram cantar e …Deus estava presente em toda aquela

natureza.

Dizem os esquilos historiadores que esta foi a verdadeira arca de Noé

Dizem os esquilos historiadores que esta

foi a verdadeira arca de Noé…

Referências

Documentos relacionados

O Museu Digital dos Ex-votos, projeto acadêmico que objetiva apresentar os ex- votos do Brasil, não terá, evidentemente, a mesma dinâmica da sala de milagres, mas em

nhece a pretensão de Aristóteles de que haja uma ligação direta entre o dictum de omni et nullo e a validade dos silogismos perfeitos, mas a julga improcedente. Um dos

Mova a alavanca de acionamento para frente para elevação e depois para traz para descida do garfo certificando se o mesmo encontrasse normal.. Depois desta inspeção, se não

Equipamentos de emergência imediatamente acessíveis, com instruções de utilização. Assegurar-se que os lava- olhos e os chuveiros de segurança estejam próximos ao local de

Tal será possível através do fornecimento de evidências de que a relação entre educação inclusiva e inclusão social é pertinente para a qualidade dos recursos de

Completado este horário (09h do dia 24 de fevereiro), a organização encerra os revezamentos e fecha a área de troca, não sendo mais permitida a entrada de nenhum atleta

No caso de falta de limpeza e higiene podem formar-se bactérias, algas e fungos na água... Em todo o caso, recomendamos que os seguintes intervalos de limpeza sejam respeitados. •

17 CORTE IDH. Caso Castañeda Gutman vs.. restrição ao lançamento de uma candidatura a cargo político pode demandar o enfrentamento de temas de ordem histórica, social e política