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AULA 00 CPC 00 (R1) Estrutura Conceitual

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Academic year: 2021

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(1)

Contabilidade Geral p/ ICMS GO

CPC 00 (R1) – Estrutura Conceitual

Professor

Marco Diniz

www.ricardoalexandre.com.br

Auditor Fiscal

AULA 00

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(2)

Olá amigos (as), tudo bem?

Sejam muito bem-vindos ao Portal Ricardo Alexandre – Cursos On Line, sem dúvida, o melhor preparatório para concursos do Brasil!

Pessoal, no mês de janeiro/2018, no dia 31, foi publicado no portal da SEFAZ GO que o órgão recebeu autorização do governador Marconi Perillo para realização do certame para provimento dos cargos efetivos de Auditor Fiscal. Estão previstas 30 vagas mais cadastro de reservas. Há grande expectativa de que o edital seja publicado ainda no primeiro semestre de 2018!

Assim, é com grande satisfação que apresento o Curso de Contabilidade Geral para Auditor-Fiscal da Secretaria da Fazenda do Estado de Goiás - 2018 (Teoria e Questões).

Sobre o professor

Meu nome é Marco Diniz, sou Analista Contábil na Ebserh, aprovado em 3º lugar. Atualmente exerço a função de Chefe da Unidade de Contabilidade Fiscal. Sou formado em Ciências Contábeis pela Universidade da Amazônia - Unama (1999) e Pós-graduado em Contabilidade Pública e Responsabilidade Fiscal-Uninter. Possuo experiência de mais de 8 anos na área contábil em multinacional, incluindo Grupo Vale. Sou professor colaborador no site Tec Concursos e no Portal Ricardo Alexandre – Cursos On Line. Como concursando, obtive algumas aprovações tais como: Técnico Judiciário no TRT 8ª PA/AP 2016; Companhia Docas do Rio Grande do Norte 2014 - 3º/contador; UFRA (PA) 2011 - 9º/contador; DPU 2010 - 3º/contador; INCRA 2010 - 10º/contador; IDEFLOR (PA) 2009 - 4º/contador; IBGE (1996) - Apoio Técnico Administrativo. Também fui reprovado em outros: INSS 2011; DNPM 2010.

Sobre o curso

Trata-se de um curso bastante completo e dinâmico, voltado tanto para os iniciantes como para os concursandos que já vêm se preparando e desejam revisar os temas e atualizar o conhecimento.

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uma apresentação teórica - de forma objetiva e didática sem deixar de abordar pontos indispensáveis da matéria – intercalada com a resolução de exercícios (como ainda não foi definida a banca, utilizaremos questões das bancas mais tradicionais como FCC, FGV, ESAF, CESPE e outras).

Utilizaremos esquemas e tabelas para uma melhor absorção do conteúdo, facilitando o aprendizado e as revisões. Além disso, resolveremos mais de 600 questões para aliar a teoria a muita prática e para que você possa ganhar pontos acima da média, diferenciando-se dos outros candidatos!

Vejamos, então, as características principais do curso:  conteúdo atualizado;

 teoria aliada à prática por meio de várias questões comentadas;  objetividade e foco total naquilo que é mais exigido na área fiscal;  Resolução de mais de 600 questões;

 Uso de esquemas e tabelas, facilitando o aprendizado e as revisões;  fórum de dúvidas;

 Atualização gratuita, caso o edital seja alterado; Sobre a carreira/remuneração

O último concurso para ICMS GO ocorreu em 2004 e foi organizado pela UEG (Universidade Estadual de Goiás). A remuneração inicial, já incluindo os benefícios previstos em lei, pode chegar a R$ 20.000,00 e a final de carreira R$ 30.000,00. É, sem dúvida, um dos cargos mais bem remunerados do serviço público brasileiro!

Fazendo as contas para ser aprovado/informações

Dentro dos concursos da chamada área fiscal, encontramos o concurso de Auditor Fiscal da SEFAZ-GO. A boa notícia é que quase nenhum aprovado nessa área tira mais de 80% como nota final, seja qual for o concurso da área fiscal.

Por exemplo, no concurso para auditor ICMS/SP de 2013, com pouco mais de 67% foi possível a aprovação. Já no concurso para Auditor da Receita Federal (2014): O último convocado conseguiu um aproveitamento de 73,8% dos pontos e apenas 8% dos convocados conseguiram um aproveitamento superior a 80%.

Portanto, pessoal, esqueçam a concorrência! Na verdade, o seu maior concorrente é você mesmo!

Pense nisso: A nota para se tornar Auditor-Fiscal da SEFAZ-GO gira em torno de sete, não precisa tirar nove ou dez!!

Finalizando a apresentação

A avaliação dos nossos alunos tem sido muito positiva. Para ilustrar, seguem algumas mensagens recebidas:

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Com esse enfoque começo este curso cada vez mais motivado em transmitir os conhecimentos necessários para sua aprovação! Tenho certeza que com esforço e dedicação você alcançará seu objetivo!

Como motivação, trago algumas frases:

"Consulte não a seus medos, mas a suas esperanças e sonhos. Pense não sobre suas frustrações, mas sobre seu potencial não usado. Preocupe-se não com o que você tentou e falhou, mas com aquilo que ainda é possível a você fazer." (Papa João XXIII) “Todos os seus sonhos podem se tornar realidade se você tem coragem para persegui-los. ” (Walt Disney)

“Comece de onde você está. Use o que você tiver. Faça o que você puder. ” (Arthur Ashe)

"A transformação pessoal requer substituição de velhos hábitos por novos."

(W.A Peterson)

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Como ainda não temos a banca definida, vamos trabalhar com uma ementa atual da área fiscal, as aulas serão assim divididas:

AULA CONTEÚDO DATA

Aula 00 Estrutura Conceitual (CPC 00) 27/02/18

Aula 01 Noções Iniciais: Conceito/Finalidade/Objeto/Funções/Campo de Aplicação

/Técnicas Contábeis/Componentes Patrimoniais/Equação fundamental 05/03/18 Aula 02 Contas/Atos e Fatos Contábeis/Partidas Dobradas/lançamento contábil: fórmulas e retificação/Livros contábeis e fiscais/Insubsistências X

Superveniências/Balancete de Verificação 05/03/18 Aula 03 Lançamento contábil / plano de contas 07/03/18

Aula 04 Operações com Mercadorias 10/03/18

Aula 05 Lei 6.404/76 e suas alterações. Demonstrações contábeis pela legislação societária, pelos princípios da contabilidade e pronunciamentos contábeis do

CPC. Balanço Patrimonial. Ativo. 10/03/18

Aula 06 Balanço Patrimonial. Passivo e Patrimônio líquido 12/03/18

Aula 07 Critérios de avaliação do ativo e do passivo 24/03/18

Aula 08 Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes 01/04/18 Aula 09 Ativo Imobilizado / Ativo Intangível / Redução ao Valor Recuperável 07/04/18

Aula 10 Participações Societárias / Propriedade para Investimento 14/04/18

Aula 11 Demonstração do Resultado do Exercício e Demonstração do Resultado Abrangente

20/04/18

Aula 12 Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados / Demonstração das

Mutações do Patrimônio Líquido / Demonstração do Valor Adicionado 27/04/18

Aula 13 Demonstração do Fluxo de Caixa 30/04/18

Aula 14 Arrendamento Mercantil / Ativo Não Circulante mantido para Venda e

Operação Descontinuada 02/05/18

Aula 15 Mensuração a Valor Justo / Subvenção e Assistência Governamentais/Análise

das Demonstrações 06/05/18

Aula 16 Simulado 06/05/18

É isso pessoal! Sejam todos bem-vindos! Vamos iniciar nossa aula 00, todos preparados?

Grande abraço, Prof. Marco Diniz

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Sumário

1 COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS ... 8

1.1 Origem ... 8 1.2 Criação e Objetivo ... 8 1.3 Características Básicas ... 8 1.4 Estrutura ... 9 2 CPC 00 - PARTE I... 12 2.1 Introdução ... 12 2.2 Começando... ... 13 2.3 Demonstrações Contábeis ... 13

2.3.1 Usuários Externos em Geral ... 14

2.3.2 Usuário Externo Primário ... 14

2.3.3 Usuário Interno ... 15

2.3.4 Exemplos de Decisões ... 15

2.3.5 Governos, Órgãos Reguladores ou Autoridades Tributárias ... 15

2.3.6 Informações de Outras Fontes ... 16

2.3.7 Valor da Entidade ... 16

2.3.8 Informação Contábil-Financeira Útil ... 16

2.4 Características Qualitativas da Informação ... 17

3 CPC 00 – PARTE II ... 23

3.1 Premissa Subjacente (Continuidade) ... 23

3.2 Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido; Receitas e Despesas ... 23

3.3 Reconhecimento dos Elementos das DCs ... 27

3.3.1 Reconhecimento de Ativos ... 28

3.3.2 Reconhecimento de Passivos... 28

3.3.3 Reconhecimento de Receitas ... 29

3.3.3 Reconhecimento de Despesas ... 29

3.4 Mensuração dos Elementos das DCs ... 30

3.5 Conceito de Capital e Manutenção de Capital ... 34

4 CPC 00 – PARTE III ... 37

5 ANOTAÇÕES ... 40

5.1 Acompanhamento do Aluno ... 40

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6.1 Questões FCC ... 41 6.2 Questões FGV ... 47 6.3 Questões da ESAF ... 51 6.4 Questões CESPE ... 56 6.5 Questões FBC ... 59 6.6 Questões VUNESP ... 61 6.7 Questões CONSULPLAN ... 63 6.8 Questões COMPERVE ... 63 6.9 Questões UFG ... 65 6.10 Questões CESGRANRIO ... 65 7 LISTA DE GABARITO ... 67

7.1 Gabarito Parte 01 (Teoria e Questões) ... 67

7.2 Gabarito Parte 02 (Questões Comentadas) ... 67

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1

Comitê de Pronunciamentos Contábeis

Começando nossa aula 00, vamos conhecer um pouco sobre o Comitê de Pronunciamentos Contábeis. Destaco que as informações aqui relacionadas foram coletadas diretamente no endereço: http://www.cpc.org.br/CPC/CPC/Conheca-CPC.

1.1 Origem

O Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) foi idealizado a partir da união de esforços e comunhão de objetivos das seguintes entidades:

 ABRASCA;

 APIMEC NACIONAL;

 BOVESPA;

 Conselho Federal de Contabilidade;

 FIPECAFI; e

 IBRACON.

Em função das necessidades de:

1. convergência internacional das normas contábeis (redução de custo de elaboração de relatórios contábeis, redução de riscos e custo nas análises e decisões, redução de custo de capital);

2. centralização na emissão de normas dessa natureza (no Brasil, diversas entidades o fazem);

3. representação e processo democráticos na produção dessas informações (produtores da informação contábil, auditor, usuário, intermediário, academia, governo).

1.2 Criação e Objetivo

Criado pela Resolução CFC nº 1.055/05, o CPC tem como objetivo "o estudo, o preparo e a emissão de Pronunciamentos Técnicos sobre procedimentos de Contabilidade e a divulgação de informações dessa natureza, para permitir a emissão de normas pela entidade reguladora brasileira, visando à centralização e uniformização do seu processo de produção, levando sempre em conta a convergência da Contabilidade Brasileira aos padrões internacionais".

1.3 Características Básicas

 O CPC é totalmente autônomo das entidades representadas, deliberando por 2/3 de seus membros;

 O Conselho Federal de Contabilidade fornece a estrutura necessária;

 As seis entidades compõem o CPC, mas outras poderão vir a ser convidadas futuramente;

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 Os membros do CPC, dois por entidade, na maioria Contadores, não auferem remuneração.

Além dos 12 membros atuais, serão sempre convidados a participar representantes dos seguintes órgãos:

 Banco Central do Brasil;

 Comissão de Valores Mobiliários (CVM);

 Secretaria da Receita Federal;

 Superintendência de Seguros Privados (SUSEP).

Outras entidades ou especialistas poderão ser convidados. Poderão ser formadas Comissões e Grupos de Trabalho para temas específicos.

Produtos do CPC:

 Pronunciamentos Técnicos;

 Orientações; e

 Interpretações.

Os Pronunciamentos Técnicos serão obrigatoriamente submetidos a audiências públicas. As Orientações e Interpretações poderão, também, sofrer esse processo.

1.4 Estrutura

Assembleia dos Presidentes das Entidades

 elegem os membros do CPC (representantes das seis entidades), com mandatos de quatro anos (exceto metade dos primeiros membros, com dois anos);

 podem, por 3/4 de seus membros, indicar outros membros do CPC;

 podem alterar o Regimento Interno do CPC. Quatro Coordenadorias:  de Operações;  de Relações Institucionais;  de Relações Internacionais;  Técnica. Composição do Comitê

Entidades - Membro Convidados

ABRASCA BACEN

APIMEC NACIONAL CVM

BM&FBOVESPA S.A. SRF

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IBRACON FIPECAFI

Outras entidades ou especialistas poderão ser convidados. Poderão ser formadas Comissões e Grupos de Trabalho para temas específicos.

Vamos ver como esse assunto já foi cobrado!

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO

01 - (CESPE/FUB/Contador/2015) O Conselho Federal de Contabilidade (CFC) integra o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), logo os pronunciamentos do CPC têm aplicabilidade imediata para todos os profissionais supervisionados pelo CFC. R: Errado. Para ter essa aplicabilidade informada pela questão, o CFC deve editar uma resolução aprovando uma norma específica (chamada de NBC TG – Norma Brasileira de Contabilidade Técnica Geral). Pessoal, cada instituição reguladora (exemplo: CFC, BACEN, CVM, ANEEL, etc) tem que editar uma norma específica para aprovar o pronunciamento no âmbito da sua atividade reguladora. Somente após a edição dessa norma é que o pronunciamento passa a ter aplicabilidade no âmbito normativo da respectiva entidade reguladora. Entendido?

Gabarito: Errado.

02 - (IADES/CEITEC S.A/Analista/2016/Adaptada) Acerca do Comitê de pronunciamentos Contábeis (CPC), julgue o item.

Trata-se de um órgão público subordinado à Comissão de Valores Mobiliários. R: Vimos que o CPC é totalmente autônomo das entidades representadas. Gabarito: Errado.

03 - (IADES/CEITEC S.A/Analista/2016/Adaptada) Acerca do Comitê de pronunciamentos Contábeis (CPC), julgue o item.

Desde a respectiva criação, em 2005, além dos pronunciamentos técnicos, o CPC passou a emitir as resoluções do Conselho Federal de Contabilidade (CFC).

R: Os Produtos do CPC são: Pronunciamentos Técnicos; Orientações; e Interpretações. As resoluções do CFC são emitidas pelo próprio CFC (e não pelo CPC).

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04 - (IADES/CEITEC S.A/Analista/2016/Adaptada) Acerca do Comitê de pronunciamentos Contábeis (CPC), julgue o item.

O CPC tem prerrogativas legais, portanto a aplicação das próprias normas é obrigatória. R: O CPC não possui prerrogativas legais. Cada instituição reguladora (exemplo: CFC, BACEN, CVM, ANEEL, etc) tem que editar uma norma específica para aprovar o pronunciamento no âmbito da sua atividade reguladora. Somente após a edição

dessa norma é que o pronunciamento passa a ter aplicabilidade no âmbito normativo da respectiva entidade reguladora.

Gabarito: Errado.

05 - (IADES/CEITEC S.A/Analista/2016/Adaptada) Acerca do Comitê de pronunciamentos Contábeis (CPC), julgue o item.

Trata-se de uma entidade de direito privado subordinada ao International Accounting Standards Board (IASB).

R: Realmente é uma entidade de direito privado. Porém, o CPC é totalmente autônomo.

Gabarito: Errado.

06 - (IADES/CEITEC S.A/Analista/2016/Adaptada) Acerca do Comitê de pronunciamentos Contábeis (CPC), julgue o item.

Os pronunciamentos técnicos emitidos pelo CPC subsidiam a emissão de normas que permitem a convergência da Contabilidade Brasileira com os padrões internacionais. R: Uma das necessidades que deram origem ao CPC foi a necessidade de convergência internacional das normas contábeis (redução de custo de elaboração de relatórios contábeis, redução de riscos e custo nas análises e decisões, redução de custo de capital). Nesse sentido, os pronunciamentos técnicos emitidos pelo CPC subsidiam a emissão de normas que permitem a convergência da Contabilidade Brasileira com os padrões internacionais.

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2

CPC 00 - Parte I

2.1 Introdução

Pessoal, começo dizendo logo o seguinte: a Estrutura Conceitual (CPC 00) é um dos Pronunciamentos mais cobrados em concursos públicos!

E daí professor?

Simplesmente, você NÃO pode JAMAIS ir fazer uma prova de contabilidade geral sem dominar esse Pronunciamento. OK!?

Mas afinal, o que a Estrutura Conceitual aborda ? Vejamos! Basicamente, temos no CPC 00 (R1) :

 o objetivo da elaboração e divulgação de relatório contábil-financeiro;  as características qualitativas da informação contábil-financeira útil;

 a definição, o reconhecimento e a mensuração dos elementos a partir dos quais as demonstrações contábeis são elaboradas; e

 os conceitos de capital e de manutenção de capital.

Vamos estudar esses tópicos de forma objetiva visando acertar as questões do seu concurso! Beleza!?

Meu aluno (a), visando tornar a leitura mais leve, eu vou utilizar alguns termos reduzidos conforme esquematizado no quadro abaixo. Se você tiver dúvida, volte aqui e reveja as definições.

Termos da Estrutura Conceitual Termo reduzido usado na aula “relatórios contábil-financeiros de propósito

geral” Demonstrações contábeis, relatórios ou simplesmente DCs, “Estrutura Conceitual Para Elaboração e

Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro” CPC 00 “características qualitativas da informação

contábil-financeira útil.” Características qualitativas

(13)

2.2 Começando...

Encontramos na Estrutura Conceitual a seguinte orientação:

Esta Estrutura Conceitual

não é uma norma propriamente dita

e, portanto,

não define

normas ou procedimentos para qualquer questão particular sobre

aspectos de mensuração ou divulgação. Nada nesta Estrutura Conceitual

substitui qualquer norma, interpretação ou comunicado técnico.

Pode haver um número limitado de casos em que seja observado um

conflito

entre esta Estrutura Conceitual e uma norma, uma interpretação ou um

comunicado técnico.

Nesses casos

, as exigências da

norma

, da

interpretação

ou do

comunicado técnico específicos devem prevalecer

sobre esta Estrutura Conceitual.

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO

7 - (CESPE/TRE-RJ/Analista/2012) A estrutura conceitual estabelecida pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis não constitui uma norma propriamente dita nem define normas ou procedimentos de qualquer espécie.

R: Conforme acabamos de ver, a Estrutura Conceitual não é uma norma propriamente dita e, portanto, não define normas ou procedimentos para qualquer questão particular sobre aspectos de mensuração ou divulgação.

Gabarito: Certo.

8 - (CESPE/TCE-RO/Contador/2013) No caso de conflito entre a estrutura conceitual e um pronunciamento técnico do CPC, o disposto na estrutura conceitual deve ter prevalência sobre as exigências do pronunciamento técnico.

R: Errado, né pessoal!? Nesses casos de conflito, as exigências da norma, da interpretação ou do comunicado técnico específicos devem prevalecer sobre a Estrutura Conceitual.

Gabarito: Errado.

2.3 Demonstrações Contábeis

As DCs fornecem informações acerca da posição patrimonial e financeira da entidade que reporta a informação. Também fornecem informações sobre os efeitos de transações e outros eventos que alteram os recursos econômicos. Ambos os tipos de informação fornecem dados de entrada úteis para decisões ligadas ao fornecimento de recursos para a entidade.

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2.3.1 Usuários Externos em Geral

As demonstrações contábeis são elaboradas e apresentadas para usuários externos em geral, tendo em vista suas finalidades distintas e necessidades diversas.

As DCs objetivam fornecer informações que sejam úteis na tomada de decisões econômicas e avaliações por parte dos usuários em geral, não tendo o propósito de atender finalidade ou necessidade específica de determinados grupos de usuários.

2.3.2 Usuário Externo Primário

O CPC 00 informa que as DCs se destinam primariamente, aos seguintes usuários externos, sem hierarquia de prioridade:

 Investidores (atuais e potenciais)

 Credores por empréstimos (financiadores) Outros Credores

Pessoal, atenção aqui!

Segundo o CPC 00, as DCs são destinadas a usuários externos em geral (exemplo: governo, bancos, fornecedores, etc).

Porém, essa mesma norma deixa claro que três grupos de usuários externos devem ser olhados com “mais carinho” pela entidade. São chamados de usuários primários (Investidores/Financiadores/Outros Credores).

E por que professor, olhar com “mais carinho” para esses usuários?

Simples, pessoal! São eles que injetam dinheiro na empresa e só investirão se tiverem certeza de que ela poderá garantir a integridade de seus capitais. É por isso que para eles tem que ser preparo um bom conjunto de informações.

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2.3.3 Usuário Interno

Leve para sua prova que não é aos usuários internos que as DCs se destinam. Isso não impede o usuário interno de usar as informações das DCs.

2.3.4 Exemplos de Decisões

Os usuários utilizam as DCs para tomar várias decisões. Segundo o CPC 00, são exemplos de decisões:

Decidir quando comprar, manter ou vender instrumentos patrimoniais; Avaliar a administração da entidade;

Avaliar a capacidade de a entidade pagar seus empregados e proporcionar-lhes benefícios;

Avaliar a segurança quanto à recuperação dos recursos financeiros emprestados à entidade;

Determinar políticas tributárias;

Determinar a distribuição de lucros e dividendos; Elaborar e usar estatísticas da renda nacional;

Regulamentar as atividades das entidades.

2.3.5 Governos, Órgãos Reguladores ou Autoridades Tributárias

Governos, órgãos reguladores ou autoridades tributárias, podem determinar exigências para atender a seus próprios interesses. Porém, essas exigências devem ser atendidas em relatórios separados, pois não podem afetar as demonstrações contábeis, que devem ser elaboradas segundo os ditames do CPC 00.

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2.3.6 Informações de Outras Fontes

As demonstrações não atendem e não podem atender a todas as informações de que investidores, credores por empréstimo e outros credores, existentes e em potencial, necessitam. Esses usuários precisam considerar informação pertinente de outras fontes, como, por exemplo, condições econômicas gerais e expectativas, eventos políticos e clima político, e perspectivas e panorama para a indústria e para a entidade.

2.3.7 Valor da Entidade

As DCs não são elaboradas para se chegar ao valor da entidade que reporta a informação; a rigor, fornecem informação para auxiliar investidores, credores por empréstimo e outros credores, existentes e em potencial, a estimarem o valor da entidade que reporta a informação.

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO

9 - (CESPE/DPU/Contador/2016) Os relatórios contábil-financeiros de propósitos gerais não são os instrumentos que atendem a todas as informações de que os usuários externos — investidores, credores por empréstimos e outros credores, existentes e em potencial — necessitam.

R: Correto. As demonstrações não atendem e não podem atender a todas as informações de que investidores, credores por empréstimo e outros credores, existentes e em potencial, necessitam. Esses usuários precisam considerar informação pertinente de outras fontes, como, por exemplo, condições econômicas gerais.

Gabarito: Certo.

10 – (CESPE/TRE-MS/Técnico/2013/Adaptada) Julgue o item de acordo com o pronunciamento conceitual básico (R1) do Comitê de Pronunciamentos Contábeis. Os relatórios contábil-financeiros de propósito geral devem ser elaborados para se chegar ao valor da entidade que reporta a informação.

R: Conforme estamos estudando, as DCs não são elaboradas para se chegar ao valor da entidade; a rigor, fornecem informação para auxiliar investidores a estimarem o valor da entidade que reporta a informação.

Gabarito: Errado.

2.3.8 Informação Contábil-Financeira Útil

A informação deve ser útil para os usuários. Para ser útil, a informação deve possuir as características fundamentais de relevância e de representação fidedigna. A utilidade da informação requer obrigatoriamente relevância e representação fidedigna. A presença das demais características pode melhorar a utilidade da

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informação, mas não tem o poder de torná-la útil se uma das duas fundamentais estiver ausente.

Vamos avançar!!

2.4 Características Qualitativas da Informação

Encontramos no CPC 00 dois grupos de características qualitativas: Características qualitativas fundamentais

Características qualitativas de melhoria

Acompanhe o esquema abaixo:

FUNDAMENTAIS

Relevância Informação contábil-financeira relevante é aquela capaz de fazer diferença nas decisões que possam ser tomadas pelos usuários.

Representação Fidedigna Para ser representação perfeitamente fidedigna, a realidade retratada precisa ter três atributos. Ela tem que ser completa, neutra e livre de erro.

De MELHORIA

Comparabilidade Permite que os usuários identifiquem e compreendam similaridades dos itens e diferenças entre eles.

Compreensibilidade Classificar, caracterizar e apresentar a informação com clareza e concisão torna-a compreensível.

Verificabilidade Ajuda a assegurar aos usuários que a informação representa fidedignamente o fenômeno econômico que se propõe representar.

Tempestividade Significa ter informação disponível para tomadores de decisão a tempo de poder influenciá-los em suas decisões.

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO

11 - (FGV/ISS Niterói/Auditor Tributário/2015) Os administradores da Distribuidora de Energia Elétrica Lambda S.A comunicaram aos auditores independentes

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da companhia, durante a auditoria das demonstrações contábeis relativas ao exercício de X1, sua intenção de reconhecer como ativo o direito ao aumento de tarifas de X2 para fazer frente ao aumento de seus custos não gerenciáveis durante X1.

Dentre os argumentos apresentados pelos administradores da companhia aos auditores para convencê-los da adequação dessa política contábil, é consistente com uma característica qualitativa fundamental da informação contábil-financeira útil, tal qual definido pela Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro, o de que essa política:

a) facilitaria o entendimento do regime tarifário ao qual a companhia está sujeita. b) aumentaria a previsibilidade dos resultados da companhia.

c) é passível de verificação pelas autoridades tributárias e reguladoras.

d) é adotada pelas distribuidoras de energia dos principais mercados de capitais do mundo.

e) anteciparia a divulgação de informações sobre os reajustes tarifárias da companhia. R: A questão quer uma resposta que seja consistente com uma característica qualitativa “FUNDAMENTAL”! Quais são essas características? As características qualitativas fundamentais são Relevância e Representação Fidedigna! Temos também as características de melhoria que são comparabilidade, verificabilidade, tempestividade e compreensibilidade. Acompanhe o quadro abaixo:

Argumento Característica qualitativa

associada Motivo

a) facilitaria o entendimento do regime tarifário ao qual a companhia está sujeita

Compreensibilidade

(melhoria) Facilitar o entendimento torna a informação compreensível

b) aumentaria a previsibilidade dos resultados da companhia

Relevância

(fundamental) Resultado cada vez mais previsível é capaz de fazer diferença na decisão do usuário em investir ou não em determinada empresa. c) é passível de verificação

pelas autoridades tributárias e reguladoras

Verificabilidade

(melhoria) Se é passível de verificação por autoridades, então ajuda a assegurar ao usuário que a informação é fidedigna

d) é adotada pelas distribuidoras de energia dos principais mercados de capitais do mundo.

Comparabilidade (melhoria)

Sendo adotada por outras distribuidoras, deixa a informação mais útil, pois poderá ser compara com informação similar de outras entidades.

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e) anteciparia a divulgação de informações sobre os reajustes tarifárias da companhia

Tempestividade

(melhoria) Antecipar influenciar os tomadores de informação pode decisão. Informação mais antiga é a que tem menos utilidade.

Diante do exposto, a correta é letra B (Característica fundamental: Relevância). Gabarito: letra B

Continuando a aula...

Para que a informação contábil-financeira seja capaz de fazer diferença nas decisões ela deve ter valor preditivo, valor confirmatório ou ambos.

Valor preditivo

tem valor preditivo se puder ser utilizada como dado de entrada em processos empregados pelos usuários para predizer futuros resultados.

Valor

confirmatório tem valor confirmatório se retroalimentar (servir de feedback) avaliações prévias (confirmá-las ou alterá-las) Pessoal, esses conceitos (preditivo e confirmatório) são avaliados pelo usuário (e não pela entidade)! Por exemplo, na hora de fazer uma estimativa futura, o usuário aplica uma informação de valor preditivo; no momento de verificar se sua previsão estava correta, o usuário utiliza a informação confirmatória. Entendido ?

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO

12 - (CONSULPLAN/TRF 2ª/Analista/2017) A Resolução CFC nº 74/2011 apresenta, entre outros, os conceitos das características qualitativas da informação contábil-financeira útil; uma destas características é a relevância. Sobre esta característica, a Resolução afirma que uma informação, para ser relevante, deve ter valor preditivo, valor confirmatório ou ambos. De acordo com a Resolução CFC nº 1.374/2011, a informação contábil-financeira tem valor preditivo se

a) Somente for uma predição ou uma projeção. b) For confirmada pela informação confirmatória.

c) Retroalimentar – servir de feedback – avaliações prévias (confirmá-las ou alterá-las). d) Puder ser utilizada como dado de entrada em processos empregados pelos usuários para predizer futuros resultados.

R: A informação contábil-financeira tem valor preditivo se puder ser utilizada pelos usuários para predizer futuros resultados.

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Continuando...

Segundo a Estrutura Conceitual, a materialidade é um aspecto da relevância, vejamos:

“A informação é material se a sua omissão ou sua divulgação distorcida

(misstating) puder influenciar decisões que os usuários tomam com base na informação contábil-financeira acerca de entidade específica que reporta a informação. Em outras palavras, a materialidade é um aspecto de relevância (...)”

Pessoal, a materialidade deve ser analisada no contexto de uma entidade em particular, pois o que pode ser material para uma empresa pode não ser para outra. Assim, por exemplo, uma diferença no caixa de R$ 50,00 pode ser relevante (material) para um pequeno comerciante, mas será insignificante para uma grande loja de varejo. O CPC 00 também discorre que para ser representação perfeitamente fidedigna, a realidade retratada precisa ter três atributos. Ela tem que ser completa, neutra e livre de erro.

O retrato da realidade econômica completo deve incluir toda a informação necessária para que o usuário compreenda o fenômeno sendo retratado, incluindo todas as descrições e explicações necessárias.

Um retrato neutro da realidade econômica é desprovido de viés na seleção ou na apresentação da informação contábil-financeira.

Representação fidedigna não significa exatidão em todos os aspectos. Um retrato da realidade econômica livre de erros significa que não há erros ou omissões no fenômeno retratado, e que o processo utilizado, para produzir a informação reportada, foi selecionado e foi aplicado livre de erros.

Acrescento que a primazia da “essência sobre a forma” e “confiabilidade” também são aspectos da representação fidedigna.

Representação Fidedigna Completa Toda informação necessária

Neutra Desprovida de viés na seleção ou na apresentação da informação Livre de Erros Não há erros ou omissões no fenômeno retratado

Aspectos: “essência sobre a forma e “confiabilidade”

Nos termos da Estrutura Conceitual, comparabilidade, verificabilidade, tempestividade e compreensibilidade são características qualitativas que melhoram a utilidade da informação que é relevante e que é representada com fidedignidade. As características qualitativas de melhoria podem também auxiliar a determinar qual de duas alternativas que sejam consideradas equivalentes em termos de relevância e fidedignidade de representação deve ser usada para retratar um fenômeno.

(21)

Consistência, embora esteja relacionada com a comparabilidade, não significa o mesmo.

Consistência refere-se ao uso dos mesmos métodos para os mesmos itens, tanto de um período para outro considerando a mesma entidade que reporta a informação, quanto para um único período entre entidades.

Comparabilidade é o objetivo; a consistência auxilia a alcançar esse objetivo.

A exclusão do relatório de informações sobre fenômenos complexos não é admitida, por torná-los distorcidos.

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO

13 - (CESPE/TRE-MS/Técnico/2013) De acordo com o pronunciamento conceitual básico (R1), do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, as características qualitativas fundamentais da informação contábil-financeira útil são

a) confiabilidade e representação fidedigna. b) confiabilidade e tempestividade.

c) relevância e confiabilidade.

d) relevância e representação fidedigna. e) comparabilidade e confiabilidade.

R: E aí pessoal, qual é o gabarito? Características qualitativas fundamentais são 2: relevância e representação fidedigna. Destaco que “confiabilidade” não é mais característica qualitativa; passou a ser aspecto da “representação fidedigna”.

Gabarito: letra D

14 - (FBC/Exame de Suficiência CFC/Bacharel/2015.1) Assinale a opção que apresenta as Características Qualitativas de Melhoria.

a) comparabilidade, verificabilidade, tempestividade e compreensibilidade. b) compreensibilidade, relevância, confiabilidade e comparabilidade.

c) relevância, materialidade, comparabilidade e compreensibilidade. d) tempestividade, confiabilidade, relevância e comparabilidade.

R: Acabamos de ver que as Características Qualitativas de Melhoria são: comparabilidade, verificabilidade, tempestividade e compreensibilidade.

Gabarito: letra A

15 – (CESPE/Correios/Contador/2011) A fim de viabilizar a compreensão das demonstrações pelo gestor e demais usuários da informação contábil, deve-se evitar

(22)

ou mesmo excluir, das demonstrações contábeis, as informações de elevada complexidade.

R: A exclusão do relatório de informações sobre fenômenos complexos não é admitida, por torná-los distorcidos.

Gabarito: Errado.

16 – (VUNESP/SP-Urbanismo/Analista/2014) De acordo com o Pronunciamento Conceitual Básico do CPC, os relatórios contábil-financeiros representam um fenômeno econômico em palavras e números. Para ser útil, a informação contábil-financeira não só tem que representar um fenômeno relevante, mas tem também que representar com fidedignidade o fenômeno a que se propõe representar. Para ser representação perfeitamente fidedigna, a realidade retratada precisa ter três atributos. Portanto, ela tem que ser

a) completa, neutra e livre de erro. b) completa, tempestiva e monitorada.

c) imparcial, transparente e livre de erro e fraude. d) competente, descritiva e neutra.

R: Os três atributos são: completa, neutra e livre de erro. Gabarito: letra A

(23)

3

CPC 00 – Parte II

3.1 Premissa Subjacente (Continuidade)

As demonstrações contábeis normalmente são elaboradas tendo como premissa que a entidade está em atividade (going concern assumption) e irá manter-se em operação por um futuro previsível. Desse modo, parte-se do pressuposto de que a entidade não tem a intenção, nem tampouco a necessidade, de entrar em processo de liquidação ou de reduzir materialmente a escala de suas operações.

Para o CPC 00, as DCs devem ser elaboradas com base na “continuidade” da entidade.

Se houver expectativa de descontinuar as operações, as DCs podem ser feitas em

bases diferentes e, nesse caso, a base de elaboração utilizada deve ser divulgada.

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO

17 - (COMPERVE/MPE-RN/Contador/2017) O Pronunciamento Conceitual Básico (R1), que define a Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro, tem apenas uma premissa subjacente, a partir da qual são emanadas todas as normas contábeis aplicadas no Brasil. Essa premissa é a da

a) continuidade. b) competência. c) oportunidade. d) materialidade.

R: Conforme foi estudado, a premissa subjacente é continuidade. Gabarito: Letra A

3.2

Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido; Receitas e Despesas

Pessoal, temos 2 grupos de elementos das DCs.

Os elementos relacionados à mensuração da posição patrimonial e financeira são: Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido.

Os elementos relacionados à mensuração do desempenho (na DRE) são: Receitas e as Despesas.

(24)

Vamos começar pelos elementos da posição patrimonial e financeira. Vamos nessa !

ATIVO

Conceito: É um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se espera que resultem futuros benefícios econômicos para a entidade.

Futuro benefício econômico: potencial de contribuição, seja direta ou indiretamente, para o fluxo de caixa ou equivalente de caixa da entidade.

Os ativos podem dar origem a benefício econômico quando são:

 usados na produção de estoques ou serviços vendidos pela entidade;  trocados por outros ativos;

 usados para reduzir um passivo;

 distribuídos aos proprietários da entidade.

Recurso controlado: o benefício futuro deve ser controlado pela entidade (não precisa ter a propriedade para ser considerado ativo, basta o controle).

Resultado de eventos passados: o ativo é resultado de evento já ocorrido. Outros aspectos:

 A forma física não é essencial para existência do ativo;

 Segredos industriais e conhecimentos (know-how) podem ser considerados ativos se atenderem à definição de ativo;

 A intenção de adquirir estoques (transações do futuro), por si só, não atende à definição de ativo;

 Em regra, há uma forte associação entre incorrer em gastos e gerar ativos. Porém, podemos ter gastos que não resultem em ativos; por outro lado, a ausência de gasto não impede que um item satisfaça à definição de ativo.

(25)

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO

18 - (CESPE/AFT/2013) Em relação ao patrimônio, julgue o item subsequente. Créditos incobráveis e estoques de medicamentos vencidos não representam ativos. R: E aí pessoal, certo ou errado? Certo! Ativo é um recurso controlado pela entidade do qual se espera que resultem futuros benefícios econômicos para entidade. Créditos incobráveis e medicamentos vencidos não possuem a capacidade de gerar benefícios econômicos.

Gabarito: Certo.

19 - (VUNESP/Pref. SJC-SP/Auditor/2015) A Estrutura Conceitual da Contabilidade, aprovada pelo Pronunciamento Técnico 00 do CPC, define-o como um recurso controlado pela entidade, decorrente do resultado de eventos passados, e do qual se espera que fluam futuros benefícios econômicos para a entidade. A Estrutura está se referindo ao a) Ativo. b) Passivo. c) Resultado Abrangente. d) Resultado do Exercício. e) Patrimônio Líquido.

R: Acabamos de ver o conceito de Ativo. Gabarito: Letra A

PASSIVO

Conceito: É uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos já ocorridos, cuja liquidação se espera que resulte em saída de recursos capazes de gerar benefícios econômicos.

Obrigação presente (atual): A intenção da entidade de adquirir ativos no futuro não dá origem, por si só, a uma obrigação presente. A obrigação surge quando o ativo é entregue (ou contratos de aquisição são assinados).

Resultado de evento passado: Imagine a seguinte situação. No final do mês, a entidade contabiliza a folha de pagamentos e com isso surge no Passivo uma obrigação representada pela conta “Salários a Pagar”. Essa obrigação é derivada de eventos passados? Sim, pois os funcionários já prestaram o serviço.

Liquidação se espera que resulte em desembolso: Por exemplo, se espera saída de recursos para liquidação da folha de salários.

Outros aspectos:

 A liquidação pode ocorrer de diversas maneiras: pagamento em caixa, transferência de outros ativos, prestação de serviços, substituição da obrigação por outra, conversão da obrigação em item do patrimônio líquido.

(26)

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO

20 - (VUNESP/Analista/2012) Uma característica essencial para a existência de passivo é

a) que a entidade tenha uma obrigação presente.

b) a decisão administrativa para adquirir ativos no futuro, mediante reuniões com fornecedores.

c) o recebimento de ativos. d) a divulgação da informação.

e) a decisão administrativa de política mercadológica ou de imagem de melhoria de produtos.

R: E aí turma, tranquilo! Obrigação presente. Gabarito: letra A

PATRIMÔNIO LÍQUIDO

O conceito de Patrimônio líquido no CPC 00

É o valor residual dos ativos da entidade depois de deduzidos todos os seus passivos.

RECEITAS

São aumentos nos benefícios econômicos durante o período contábil, sob a forma da entrada de recursos ou do aumento de ativos ou diminuição de passivos, que resultam em aumentos do patrimônio líquido, e que não estejam relacionados com a contribuição dos detentores dos instrumentos patrimoniais.

A definição de receita abrange tanto receitas propriamente ditas quanto ganhos.

A receita surge no curso das atividades usuais da entidade e é designada por uma variedade de nomes, tais como vendas, honorários, juros, dividendos, royalties, aluguéis.

Ganhos representam outros itens que se enquadram na definição de receita e podem ou não surgir no curso das atividades usuais da entidade. Em regra, os ganhos são reportados líquidos das respectivas despesas.

Não se preocupe neste momento em separar receita e ganho. Tenha em mente que essa diferenciação existe.

Alguns exemplos: Receitas de Vendas, Receita de Juros, Ganho na Venda de Ativo Imobilizado.

(27)

Receitas não realizadas também devem ser reconhecidas. São aquelas que já atenderam aos critérios para reconhecimento, mas ainda não se converteram em entrada de fluxo de caixa.

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO

21 - (CESPE/SESA-ES/Especialista/2011) Receitas são definidas como aumentos nos benefícios econômicos, durante o período contábil, que resultem em aumento do patrimônio líquido, sob a forma de entrada de recursos provenientes de aumento de ativos ou de diminuição de passivos ou, ainda, de aporte dos proprietários da empresa. R: O erro da questão está no final, pois o aporte dos proprietários da empresa não representa receita. O fundamento está na seguinte passagem do CPC 00: “e que não estejam relacionados com a contribuição dos detentores dos instrumentos patrimoniais”. Entendido pessoal?

Gabarito: Errado.

DESPESAS

São decréscimos nos benefícios econômicos durante o período contábil, sob a forma da saída de recursos ou da redução de ativos ou assunção de passivos, que resultam em decréscimo do patrimônio líquido, e que não estejam relacionados com distribuições aos detentores dos instrumentos patrimoniais.

A definição de despesas abrange tanto as perdas quanto as despesas propriamente ditas que surgem no curso das atividades usuais da entidade.

Perdas representam outros itens que se enquadram na definição de despesas e podem ou não surgir no curso das atividades usuais da entidade. Em regra, as perdas são reportadas líquidas das respectivas receitas.

São exemplos: Despesas de salários, Despesas de Aluguel, Perdas por Sinistros, Perna na Venda de Imobilizado.

Despesas não realizadas também devem ser reconhecidas. São aquelas que já atenderam aos critérios para reconhecimento, mas ainda não se converteram em saída de fluxo de caixa.

3.3

Reconhecimento dos Elementos das DCs

Segundo o CPC 00, reconhecimento é o processo que consiste na incorporação ao balanço patrimonial ou à demonstração do resultado de item que se enquadre na definição de elemento e que satisfaça os critérios de reconhecimento mencionados na Estrutura Conceitual.

(28)

Reconhecer é fazer o lançamento contábil, incorporando o item ao balanço patrimonial ou à demonstração do resultado. Envolve a descrição e mensuração de valor.

Um item que se enquadre na definição de um elemento deve ser reconhecido se: (a) for provável que algum benefício econômico futuro associado ao item flua para a entidade ou flua da entidade; e

(b) o item tiver custo ou valor que possa ser mensurado com confiabilidade.

ATENÇÃO:

Se a questão fornecer um percentual, devemos avaliar pela probabilidade. Segundo as normas vigentes de auditoria, evento provável é aquele cuja chance de ocorrer é maior do que a de não ocorrer. Logo, 51% de chance de ocorrer significa evento provável, e deve ser reconhecido.

O uso de estimativas não compromete a confiabilidade da mensuração. Uma estimativa razoável e neutra pode ser considerada confiável.

Um item que possui as características de elemento (ativo, passivo, patrimônio líquido, receita ou despesa), mas não atende aos critérios para reconhecimento pode, caso seja considerado relevante, ter sua divulgação requerida em notas explicativas, em material explicativo ou em quadros suplementares.

3.3.1 Reconhecimento de Ativos

Um ativo deve ser reconhecido no balanço patrimonial quando for provável que benefícios econômicos futuros dele provenientes fluirão para a entidade e seu custo ou valor puder ser mensurado com confiabilidade.

Um ativo não deve ser reconhecido no balanço patrimonial quando os gastos incorridos não proporcionarem a expectativa provável de geração de benefícios econômicos para a entidade além do período contábil corrente. Ao invés disso, tal transação deve ser reconhecida como despesa na demonstração do resultado.

3.3.2 Reconhecimento de Passivos

Um passivo deve ser reconhecido no balanço patrimonial quando for provável que uma saída de recursos detentores de benefícios econômicos seja exigida em liquidação de obrigação presente e o valor pelo qual essa liquidação se dará puder ser mensurado com confiabilidade.

(29)

3.3.3 Reconhecimento de Receitas

A receita deve ser reconhecida na demonstração do resultado quando resultar em

aumento nos benefícios econômicos futuros relacionado com aumento de ativo ou com diminuição de passivo, e puder ser mensurado com confiabilidade.

Isso significa, na prática, que o reconhecimento da receita ocorre simultaneamente com o reconhecimento do aumento nos ativos ou da diminuição nos passivos (por exemplo, o aumento líquido nos ativos originado da venda de bens e serviços ou o decréscimo do passivo originado do perdão de dívida a ser paga).

3.3.3 Reconhecimento de Despesas

As despesas devem ser reconhecidas na demonstração do resultado quando resultarem em decréscimo nos benefícios econômicos futuros, relacionado com o decréscimo de um ativo ou o aumento de um passivo, e puder ser mensurado com confiabilidade.

Isso significa, na prática, que o reconhecimento da despesa ocorre simultaneamente com o reconhecimento de aumento nos passivos ou de diminuição nos ativos (por exemplo, a alocação por competência de obrigações trabalhistas ou da depreciação de equipamento).

ATENÇÃO:

As despesas devem ser reconhecidas na demonstração do resultado com base na associação direta entre elas e os correspondentes itens de receita. Esse processo, usualmente chamado de confrontação entre despesas e receitas (regime de competência), envolve o reconhecimento simultâneo ou combinado das receitas e despesas que resultem diretamente ou conjuntamente das mesmas transações ou outros eventos.

A despesa também deve ser reconhecida na demonstração do resultado nos casos em que um passivo é incorrido sem o correspondente reconhecimento de ativo, como no caso de passivo decorrente de garantia de produto.

Vamos resolver algumas questões!

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO

22 - (FGV/Osasco/Fiscal Tributário/2014) Pelas práticas contábeis adotadas no Brasil, um ativo só pode ser reconhecido no balanço patrimonial quando:

(30)

a) for adquirido de outra pessoa jurídica ou física com negócios no país sede da empresa adquirente;

b) houver a transferência da posse e seu valor seja calculável com o máximo de confiabilidade possível;

c) houver um documento fiscal relacionado à arrecadação de tributos do Estado; d) for provável que gere caixa e seu custo seja mensurável;

e) a transação envolver duas partes independentes com o mesmo conhecimento sobre a negociação.

R: Nos termos do CPC 00, um item que se enquadre na definição de um elemento deve ser reconhecido se for provável que algum benefício econômico futuro associado ao item flua para a entidade ou flua da entidade e o item tiver custo ou valor que possa ser mensurado com confiabilidade. Diante do exposto, letra D correta.

Gabarito: letra D.

3.4

Mensuração dos Elementos das DCs

Segundo o CPC 00, mensuração é o processo que consiste em determinar os montantes monetários por meio dos quais os elementos das demonstrações contábeis devem ser reconhecidos e apresentados no balanço patrimonial e na demonstração do resultado. Esse processo envolve a seleção da base específica de mensuração.

Pessoal, esse assunto aqui é bem mais explorado que o anterior. Vejamos uma questão que cobrou esse conceito de mensuração!

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO

23 - (VUNESP/EMPLASA/Analista/2014) Segundo o Pronunciamento Técnico Contábil – CPC 00 R1, a mensuração dos elementos das demonstrações contábeis é o processo que consiste em

a) avaliar os montantes pagos em caixa ou equivalentes de caixa ou pelo valor justo dos recursos entregues para adquiri-los na data da aquisição.

b) determinar os montantes monetários por meio dos quais os elementos das demonstrações contábeis devem ser reconhecidos e apresentados no balanço patrimonial e na demonstração do resultado.

c) avaliar os montantes dos recursos recebidos em troca da obrigação ou, em algumas circunstâncias (como, por exemplo, imposto de renda), pelos montantes em caixa ou equivalentes de caixa, que se espera, serão necessários para liquidar o passivo no curso normal das operações.

d) determinar os montantes de liquidação, isto é, os montantes em caixa ou equivalentes de caixa, não descontados, que se espera, serão pagos para liquidar as correspondentes obrigações no curso normal das operações.

(31)

e) determinar se os ativos são mantidos pelo valor presente, descontados, dos fluxos futuros de entradas líquidas de caixa, que se espera, sejam gerados pelo item no curso normal das operações.

R: Vimos que mensuração é o processo que consiste em determinar os montantes monetários por meio dos quais os elementos das demonstrações contábeis devem ser reconhecidos e apresentados no balanço patrimonial e na demonstração do resultado. Gabarito: letra B.

Continuando

Pessoal, o conceito de mensuração dado pelo CPC 00 traz a seguinte passagem: “envolve a seleção da base específica de mensuração”.

Aí eu pergunto, quais são essas bases de mensuração? São elas:  Custo histórico

 Custo corrente  Valor realizável  Valor presente

A base de mensuração mais comumente adotada pelas entidades na elaboração de suas DCs é o custo histórico. Ele é normalmente combinado com as outras bases de mensuração.

Vejamos os conceitos de cada base de mensuração.

Custo Histórico

Os ativos são registrados pelos montantes pagos em caixa ou equivalentes de caixa ou pelo valor justo dos recursos entregues para adquiri-los na data da aquisição. Os passivos são registrados pelos montantes dos recursos recebidos em troca da obrigação ou, em algumas circunstâncias (como, por exemplo, imposto de renda), pelos montantes em caixa ou equivalentes de caixa se espera serão necessários para liquidar o passivo no curso normal das operações.

Custo Corrente

Os ativos são mantidos pelos montantes em caixa ou equivalentes de caixa que teriam de ser pagos se esses mesmos ativos ou ativos equivalentes fossem adquiridos na data do balanço. Os passivos são reconhecidos pelos

montantes em caixa ou equivalentes de caixa, não descontados, que se espera

(32)

seriam necessários para liquidar a obrigação na data do balanço.

Valor realizável (valor de realização ou de liquidação)

Os ativos são mantidos pelos montantes em caixa ou equivalentes de caixa que poderiam ser obtidos pela sua venda em forma ordenada. Os passivos são mantidos pelos seus montantes de liquidação, isto é, pelos montantes em caixa ou equivalentes de caixa, não descontados, que se espera serão pagos para liquidar as correspondentes obrigações no curso normal das operações.

Valor presente

Os ativos são mantidos pelo valor presente, descontado, dos fluxos futuros de entradas líquidas de caixa que se

espera seja gerado pelo item no curso normal das operações. Os passivos

são mantidos pelo valor presente,

descontado, dos fluxos futuros de saídas líquidas de caixa que se espera serão necessários para liquidar o passivo no curso normal das operações.

Mas professor, vou ter que decorar tudo isso? Não, meu aluno (a)!!

Preste atenção nas palavras em destaque. Elas são palavras-chaves que vão auxiliar (e muito) na resolução das questões!

Vamos fazer o seguinte....vamos montar um quadro-esquemático só com as palavras-chaves.

Com o estudo desse quadro, você não vai precisar decorar todas essas definições, mas tão-somente algumas palavras-chaves. Beleza!?

Base de

Mensuração Ativo Passivo

Custo

Histórico Montantes pagos/data da aquisição Montantes serão necessários para liquidar recebidos/montantes Custo

Corrente

(Custo de Reposição)

Montantes teriam de ser

pagos Montantes seriam necessários

Valor

Realizável Venda ordenada em forma Montantes de liquidação

(33)

Valor Justo Pode ser trocado em transações sem favorecimentos

Pode ser liquidado em transações sem favorecimento

Pessoal, inseri também o “Valor Justo”, pois é igualmente cobrado em concursos. Outro detalhe é que se aparecer na questão “custo de reposição”, entenda como Custo Corrente!

Vamos, então, resolver uma questão do CESPE!

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO

24 - (CESPE/STJ/Analista/2015) Em 15/7/2015, uma empresa adquiriu, à vista, mercadorias para revenda no valor unitário de R$ 7,00, contemplando todos os custos de aquisição. Em 31/7/2015, o preço de reposição unitário das referidas mercadorias havia alcançado o valor de R$ 7,80, ao passo que o preço de venda unitário estimado da mercadoria era R$ 12,50, e o gasto estimado necessário para a concretização da venda era R$ 1,50 por unidade. Em uma transação sem favorecimentos, cada uma dessas mercadorias poderia ser trocada no mercado pelo valor de R$ 12,50 no último dia do mês de julho de 2015.

Com base na situação hipotética apresentada, julgue o próximo item, considerando os princípios de contabilidade aprovados pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC). Em 31/7/2015, o valor justo de cada unidade da mercadoria adquirida era R$ 11,00.

R: Pessoal, quais são as palavras-chaves relacionadas ao Valor Justo? Vejamos! Em relação ao ativo: “Pode ser trocado em transações sem favorecimentos”; Em relação ao passivo: “Pode ser liquidado em transações sem favorecimento”. No comando da questão, temos algo parecido? SIM! Veja: “Em uma transação sem

favorecimentos, cada uma dessas mercadorias poderia ser trocada no mercado pelo

valor de R$ 12,50

Assim, a questão está errada, pois o valor justo é R$ 12,50 (e não R$ 11,00) Gabarito: Errado.

25 - (CESPE/STJ/Analista/2015) Em 15/7/2015, uma empresa adquiriu, à vista, mercadorias para revenda no valor unitário de R$ 7,00, contemplando todos os custos de aquisição. Em 31/7/2015, o preço de reposição unitário das referidas mercadorias havia alcançado o valor de R$ 7,80, ao passo que o preço de venda unitário estimado da mercadoria era R$ 12,50, e o gasto estimado necessário para a concretização da venda era R$ 1,50 por unidade. Em uma transação sem favorecimentos, cada uma dessas mercadorias poderia ser trocada no mercado pelo valor de R$ 12,50 no último dia do mês de julho de 2015.

(34)

Com base na situação hipotética apresentada, julgue o próximo item, considerando os princípios de contabilidade aprovados pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC). Em 31/7/2015, o custo corrente unitário das mercadorias adquiridas era R$ 7,80.

R: Pessoal, quais são as palavras-chaves relacionadas ao Custo Corrente? São: “Custo de Reposição”; “Montantes teriam de ser pagos” e “Montantes seriam necessários”. No comando da questão, temos algo parecido? SIM! Veja:” Em 31/7/2015, o preço de

reposição unitário das referidas mercadorias havia alcançado o valor de R$ 7,80

Portanto, questão correta, pois o custo corrente (custo de reposição) era R$ 7,80. Gabarito: Certo.

26 - (CESPE/STJ/Analista/2015) Em 15/7/2015, uma empresa adquiriu, à vista, mercadorias para revenda no valor unitário de R$ 7,00, contemplando todos os custos de aquisição. Em 31/7/2015, o preço de reposição unitário das referidas mercadorias havia alcançado o valor de R$ 7,80, ao passo que o preço de venda unitário estimado da mercadoria era R$ 12,50, e o gasto estimado necessário para a concretização da venda era R$ 1,50 por unidade. Em uma transação sem favorecimentos, cada uma dessas mercadorias poderia ser trocada no mercado pelo valor de R$ 12,50 no último dia do mês de julho de 2015.

Com base na situação hipotética apresentada, julgue o próximo item, considerando os princípios de contabilidade aprovados pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC). Em atendimento ao princípio do registro pelo valor original, que indica o custo histórico como a base de mensuração a ser utilizada para o registro inicial dos componentes patrimoniais, cada unidade da mercadoria adquirida deve ser reconhecida ao preço de R$ 7,00.

R: E aí pessoal, pegaram “o fio da meada”? A palavra-chave relacionada ao Custo Histórico é “Montantes pagos/data da aquisição”, correto? Na data da aquisição (15/07/15) o montante pago por unidade foi R$ 7,00.

Gabarito: Correto.

3.5

Conceito de Capital e Manutenção de Capital

Conceitos de Capital

Temos 2 conceitos de capital. São eles: Capital financeiro e Capital Físico

De acordo com o conceito de capital financeiro, tal como o dinheiro investido ou o seu poder de compra investido, o capital é sinônimo de ativos líquidos ou patrimônio líquido da entidade.

(35)

Segundo o conceito de capital físico, tal como capacidade operacional, o capital é considerado como a capacidade produtiva da entidade baseada, por exemplo, nas unidades de produção diária.

Conceitos de Capital

Financeiro ativos líquidos ou patrimônio líquido

Físico capacidade produtiva da entidade

A seleção do conceito de capital apropriado para a entidade deve estar baseada nas necessidades dos usuários das demonstrações contábeis.

O conceito de capital financeiro (ou monetário) é adotado pela maioria das entidades na elaboração de suas demonstrações contábeis.

Conceitos de Manutenção de Capital

Temos 2 conceitos de manutenção de capital:  Manutenção do Capital Financeiro

 Manutenção do Capital Físico

Manutenção do Capital Financeiro: De acordo com esse conceito, o lucro é considerado auferido somente se o montante financeiro (ou dinheiro) dos ativos líquidos no fim do período exceder o seu montante financeiro (ou dinheiro) no começo do período, depois de excluídas quaisquer distribuições aos proprietários e seus aportes de capital durante o período.

Manutenção do Capital Físico: De acordo com esse conceito, o lucro é considerado

auferido somente se a capacidade física produtiva (ou capacidade operacional) da entidade (ou os recursos ou fundos necessários para atingir essa capacidade) no fim

do período exceder a capacidade física produtiva no início do período, depois de excluídas quaisquer distribuições aos proprietários e seus aportes de capital durante o período.

O conceito de manutenção do capital físico requer a adoção do custo corrente como base de mensuração. O conceito de manutenção do capital financeiro, entretanto, não requer o uso de uma base específica de mensuração. A escolha da base conforme este conceito depende do tipo de capital financeiro que a entidade está procurando manter.

A principal diferença entre os dois conceitos de manutenção de capital está no tratamento dos efeitos das mudanças nos preços dos ativos e passivos da entidade.

(36)

Definição de

lucro mensuração Base de Efeito das Mudanças no preço Capital Financeiro Só há lucro se o montante financeiro for maior (mais dinheiro) Não requer

Valor do aumento que exceder a inflação é considerado como lucro, o resto vai para ajuste.

Capital Físico Só há lucro se a capacidade produtiva for maior Requer Custo Corrente

Valor do aumento não é lucro. Vai tudo para ajuste de manutenção de capital.

(37)

4

CPC 00 – Parte III

Meus amigos (as), inclui essa parte III aqui na nossa aula para falar dos princípios de contabilidade!

Vamos lá!

A recente revogação da Resolução CFC 750/93 não implica na extinção dos princípios contábeis no Brasil.

O professor Fábio Costa, da Fucape Business School, esclarece o seguinte:

“De maneira geral, podemos ver que todos os princípios mencionados na Resolução nº 750/1993 também estão na EC, com exceção do da prudência. O ‘de/para’ da Resolução nº 750/1993 é apresentado a seguir, com os respectivos parágrafos da Estrutura Conceitual entre parênteses: continuidade (4.1), oportunidade (QC12 e QC19), registro do valor original e outras bases de mensuração (4.54 a 4.56), competência (OB17 a OB20). Em relação ao princípio da entidade, a EC faz menção à “entidade que reporta a informação”. É importante destacar que uma versão revisada da EC deverá ser emitida em breve pelo International Accounting Standards Board (Iasb). A versão revisada dedicará um capítulo ao conceito de ‘entidade’ e deve reintroduzir o conceito de ‘prudência’, que não significa antecipar as ‘más notícias’ e postergar as ‘boas notícias’, mas, sim, exigir cautela em julgamentos sob condições de incerteza. “

Portanto, pessoal, atualmente, de forma geral, os princípios contábeis estão no CPC 00 e continuam válidos! Por exemplo, conforme detalhou o referido professor, o princípio da competência é encontrado nos itens OB17 a OB20 do CPC 00. OK!?

Vamos resolver umas questões!

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO

27 - (FGV/Oficial de Chancelaria/MRE/2016) A Alfa & Beta Ltda. é uma empresa familiar de médio porte gerida por dois irmãos em sucessão aos seus pais. Após assumirem a gestão, adotaram algumas medidas com o objetivo de facilitar o controle das transações que afetavam a situação patrimonial da empresa. Uma das medidas foi o registro de despesas pessoais dos sócios apenas quando do seu efetivo pagamento. Essa medida está em desacordo com o princípio do (a):

a) entidade; b) prudência; c) oportunidade; d) valor original; e) unidade de caixa.

R: Pelo princípio da entidade, o patrimônio dos sócios não se confunde com o da entidade. Pagar despesas pessoais dos sócios com recursos da empresa, fere o princípio da entidade.

Referências

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