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CURSO DE MEDICINA. Trabalho de Conclusão de Curso Resumos

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Academic year: 2021

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CURSO DE MEDICINA

Trabalho de Conclusão de Curso

Resumos

2020.2

COORDENADORA DO CURSO:

Prof.ª Ana Verônica Mascarenhas Batista

(2)

TEMA: VALOR PROGNÓSTICO DO PONTO ÓTIMO CARDIORRESPIRATÓRIO EM PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CRÔNICA

ALUNO (A): ALEXANDRE MEIRA PAZELLI

ORIENTADOR (A): PROF. LUIZ EDUARDO FONTELES RITT

RESUMO

Introdução: O Ponto Ótimo Cardiorrespiratório é uma variável submáxima, obtida no teste cardiopulmonar de esforço, que reflete a melhor integração dos sistemas Cardiovascular e Respiratório. Apesar de existirem estudos que investiguem a relação dessa variável com a mortalidade geral, não existem estudos relacionando-o com o prognóstico na Insuficiência Cardíaca Crônica (ICC). Objetivos: Avaliar o valor prognóstico do Ponto Ótimo Cardiorrespiratório em pacientes com Insuficiência Cardíaca Crônica. Determinar o melhor ponto de corte para o POC para prognóstico em ICC. Métodos: Coorte prospectiva de pacientes com ICC submetidos ao Teste Cardiopulmonar de Esforço. Pacientes foram seguidos por ocorrência de Morte, Transplante Cardíaco e Hospitalização relacionadas a Insuficiência Cardíaca (IC), durante o período de 6 meses, 1 ano e 2 anos. Resultados: 105 pacientes seguidos por 17±9 meses, idade média 60 ± 13 anos sendo 81% do sexo masculino e em sua maioria portadores de cardiopatia isquêmica (53%). A classe NYHA 2 foi a mais comum, com 41 pacientes (39,4 %). O VO2 pico médio foi de 18,6± 6,4 mL.Kg-1.min -1, o VE/VCO

2 slope médio de 38 ± 9 e a mediana do POC foi de 24,5 IIC (22 – 28,3). A taxa global de eventos combinados foi de 22%. Não houve diferença na taxa de eventos nos grupos com POC > ou = ou < que 24,5 (18,9% vs 25%, respectivamente p = 0,44) assim como não houve diferença quando aplicado análise de sobrevida de Kaplan-meier (log rank p = 0,19). Conclusão: Nesse grupo de pacientes com ICC não se observou associação do POC com prognóstico.

Palavras-chave: Ponto Ótimo Cardiorrespiratório, Insuficiência Cardíaca Crônica, Prognóstico.

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TEMA: PREVALÊNCIA DE LESÕES MUSCULOESQUELÉTICAS EM LUTADORES DE JIU-JÍTSU: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

ALUNO (A): ANA MARTA PEREIRA MEDRADO FARIA ORIENTADOR (A): PROF. CLARCSON PLÁCIDO CO- ORIENTADOR(A): PROFª. MARY GOMES

RESUMO

Introdução: Tendo em vista a grande quantidade de atletas praticantes de Jiu-Jítsu que já tiveram ao menos uma lesão decorrente desse esporte, pesquisa-se sobre a prevalência de lesões musculoesqueléticas, a fim de testar a hipótese de que a prática de Jiu-Jítsu está associada com uma maior ocorrência dessas. Objetivo: Verificar a prevalência de lesões musculoesqueléticas em praticantes de Jiu-Jítsu; descrever quais os segmentos anatômicos são mais acometidos e verificar se a prática de Jiu-Jítsu é um fator independente para a ocorrência de lesões musculoesqueléticas. Metodologia: Trata-se de uma revisão sistemática, que tomou como referência o protocolo Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analysis (PRISMA), nos Portais de Periódicos da BVS (Biblioteca Virtual em Saúde) e CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior). Foram incluídos estudos epidemiológicos observacionais que avaliaram a prevalência de lesões ortopédicas em atletas praticantes de Jiu-Jítsu, no período de 2009 a 2020. Resultados: Foram selecionados 4 artigos dos 174 achados inicialmente, os quais apresentaram como resultados o joelho sendo o segmento anatômico mais acometido nos atletas lesados. Além disso, referente ao sexo, nível de luta e idade do lutador, o sexo masculino, os atletas iniciantes de faixa branca e azul, e aquele entre a segunda e a terceira década de vida foram os mais acometidos. No entanto, com relação ao tempo de prática, não foi observada prevalência de nenhum período. Conclusão: Nessa revisão sistemática foi observado que há uma alta prevalência da ocorrência de lesões musculoesqueléticas em lutadores de Jiu-Jítsu, não sendo possível verificar se a ocorrência dessas é inerente à luta, considerando que não foram encontrados estudos de coorte durante a busca. No entanto, foi possível observar que o segmento anatômico mais acometido é o joelho e a prevalência varia de acordo com certas variáveis, sendo mais comuns em atletas do sexo masculino, em níveis iniciantes e entre os 20 e 30 anos.

Palavras-chave: Ferimentos e lesões, Traumatismos em atletas, Artes marciais, Jiu-Jítsu.

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TEMA: O IMPACTO DA PANDEMIA DO COVID-19 NAS INTERNAÇÕES POR ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL NO SUS-BAHIA: ESTUDO COMPARATIVO DO PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2019 E DE 2020

ALUNO (A): ANDRÉ HIDEO FERREIRA TANIMOTO ORIENTADOR (A): PROF MURILO SANTOS DE SOUZA

RESUMO

Introdução: O acidente vascular cerebral (AVC) é a segunda principal causa de morte em

todo o mundo, correspondendo a cerca de 5,7 milhões de mortes no ano de 2016. No Brasil, o AVC está em segundo lugar nas causas de óbitos e corresponde a primeira causa de incapacidade, o que gera uma enorme repercussão social e econômica. A nova cepa do coronavírus, além dos sintomas respiratórios, está sendo associada a manifestações neurológicas, que variam de apresentações leves como dor de cabeça, até complicações graves, como convulsões e AVC. Mesmo com essa possível associação, desde o início da pandemia vários centros notificaram uma diminuição no número de pacientes que dão entrada nas emergências com AVC agudo, além de um atraso no primeiro atendimento a esses pacientes, especialmente os mais graves. Dessa forma, é importante entender a influência da pandemia nos atendimentos e internações por AVC no estado da Bahia, para ajudar no planejamento de políticas e ações visando garantir o acesso à assistência hospitalar e tratamento ideal do acidente vascular cerebral agudo. Objetivos: Verificar o impacto da pandemia do COVID-19 sobre as internações por Acidente Vascular Cerebral (isquêmico ou hemorrágico) no Sistema Único de Saúde (SUS) no estado da Bahia (BA), comparando o primeiro trimestre de 2019 e de 2020. Métodos: Trata-se de um estudo observacional, tipo corte transversal, descritivo, com a utilização de dados secundários de domínio público retirados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) disponíveis por meio da plataforma do Departamento de Informática do SUS (DATASUS). Foram analisados os casos de internamento hospitalar para tratamento do acidente vascular cerebral de pacientes residentes no estado da Bahia nos três primeiros meses de 2019 e 2020. As variáveis analisadas nesse estudo foram internações, média de permanência, óbitos e taxa de mortalidade. Foi utilizado o programa Microsoft Office Excel para processamento e análise dos dados. Os dados foram apresentados em números absolutos e relativos. Resultados: O número total de internações para tratamento de acidente vascular cerebral no SUS-BA no primeiro trimestre de 2020 foi de 3805, o que representa um aumento de 3,4% em relação à 2019. Já o número de óbitos teve aumento de 0,2% e a taxa de mortalidade teve diminuição de 3,1% em relação ao ano anterior. Em relação ao tempo médio de internação desses pacientes, houve um aumento de 2,0% no primeiro trimestre de 2020. Conclusão: Nesse estudo foi observado um aumento no número de internações por AVC no sistema público de saúde do estado da Bahia durante o primeiro trimestre de 2020, concomitante a uma redução na taxa de mortalidade desses pacientes e um aumento do tempo médio de internação.

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TEMA: ASSOCIAÇÃO ENTRE QUALIDADE DE SONO, PRIVAÇÃO DE SONO E DESEMPENHO ACADÊMICO EM ESTUDANTES DE GRADUAÇÃO: UMA

REVISÃO SISTEMÁTICA

ALUNO (A): ANDRÉ SENNA ARAÚJO BRITO ORIENTADOR (A): PROF.ª IZA CRISTINA SALLES

RESUMO

Introdução: Sono ruim, seja por diminuição de qualidade ou quantidade, é capaz de prejudicar atenção, humor, memória e saúde geral. A prevalência de má qualidade e privação de sono é alta entre estudantes de graduação e, tendo em mente os efeitos deletérios de dormir mal, é previsto que essa condição esteja associada ao desempenho acadêmico dessa população. Objetivo: Avaliar associação entre qualidade de sono, privação de sono e desempenho acadêmico em estudantes de graduação. Método: Este trabalho é uma revisão sistemática guiada pelas recomendações do PRISMA, utilizando as bases de dados Pubmed CENTRAL, Pubmed, Scopus e Web of Science. Foram incluídos estudos que avaliaram a qualidade do sono de estudantes de graduação pelo Pittsburgh Sleep Quality Index (PSQI) e a relacionaram com o desempenho acadêmico por meio da nota média (grade point average, GPA). A qualidade metodológica dos trabalhos fora verificada com base no protocolo STROBE e os dados foram extraídos com um formulário de coleta pré-definido. Resultados: Dos 1037 artigos encontrados nas bases de dados eletrônicas, 8 atendiam integralmente aos critérios de inclusão e exclusão pré-estabelecidos e análise de qualidade, sendo incluídos nesta revisão. Verificou-se relação entre qualidade de sono e desempenho acadêmico em 87.5% dos estudos. Conclusão: Há associação entre qualidade do sono e desempenho acadêmico em estudantes de graduação. Relação com a duração do sono, porém, não foi observada.

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TEMA: TEMPO PARA ANTICOAGULAÇÃO PLENA EM PACIENTES PÓS AVCI: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

ALUNO (A): ANDRÉ VICTOR ABREU DE AZEVEDO AROUCA ORIENTADOR (A): PROF.º RAMON DE ALMEIDA KRUSCHEWSKY

RESUMO

Introdução: O AVC (acidente vascular cerebral) consiste num déficit neurológico focal súbito com duração maior que 15-20 minutos com enorme morbimortalidade. O AVCi (acidente vascular cerebral isquêmico), com maior prevalência, responde por cerca de 80% das doenças cerebrovasculares, com fatores de risco, em sua maioria, modificáveis. A maioria dos AVCis são causados por um coágulo que bloqueia o fluxo de sangue de um vaso sanguíneo para o cérebro. Fármacos como os anticoagulantes são uma maneira de evitar desfechos ruins desse tipo de evento. O principal problema da terapia anticoagulante, entretanto, é o risco de sangramento. Dessa forma, é necessário avaliar de que forma a terapia anticoagulante deve ser aplicada para obter melhores resultados. Objetivos: Determinar o tempo ideal para início da anticoagulação plena em pacientes pós AVCi agudo. Métodos: Trata-se de uma revisão sistemática da literatura para entender melhor acerca do tempo de início de terapia anticoagulante. Será feita uma busca pelo autor e orientador do trabalho nas fontes de dados eletrônicas MEDLINE/PubMed, por meio da combinação de descritores, incluindo termos do Medical Subject Headings (MeSH) e dos Descritores em Ciências da Saúde (DeCs). Resultados: Foram selecionados 12 estudos para esta revisão sistemática, após avalição com os critérios de elegibilidade de 329 artigos em duas etapas, primeiro apenas com título e resumo lidos, e segundo com leitura do texto na íntegra. Em seguida, foram selecionados 9 estudos para análise quantitativa em metanálise com o critério de disponibilidade de resultados numéricos. Dos 9 estudos, 8 foram coortes ou estudos retrospectivos e 1 foi um estudo descritivo com banco de dados.

Palavras-chave: Acidente Vascular Cerebral, Anticoagulantes, Acidente Vascular Cerebral Isquêmico, Heparina, Varfarina, Tempo.

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TEMA: TUBERCULOSE, DOENÇA MENTAL E ALCOOLISMO: PREVALÊNCIA E IMPACTO NO DESFECHO DO TRATAMENTO

ALUNO (A): ARACELLES ALVARENGA MEDRADO ORIENTADOR (A): PROF.ª ELIANA DIAS MATOS

RESUMO

Introdução: A tuberculose (TB) constitui um importante problema de saúde pública globalmente e o Brasil é um dos 30 países com maior carga da doença no mundo. A TB associada às comorbidades alcoolismo e/ou doença mental tem impactos negativos nos desfechos do tratamento. Objetivo: Avaliar o impacto das comorbidades alcoolismo e doença mental no desfecho do tratamento de pacientes com tuberculose no Brasil entre 2009 e 2019. Métodos: Estudo transversal descritivo com dados secundários de livre acesso coletados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) acessíveis através da plataforma do DATASUS. Foram incluídos no estudo os casos notificados de tuberculose associados às comorbidades alcoolismo e/ou doença mental. Na análise estatística para comparar os grupos de pacientes com desfecho favorável (cura) e desfecho desfavorável (óbito, abandono, falência de tratamento, transferência, mudança de esquema e TB-Droga Resistente) foi utilizado teste qui quadrado, e valor de p<0,05 foi considerado estatisticamente significante. Como medida de associação, utilizou-se o Risco Relativo (RR). Resultados: Foram notificados 963.833 casos de TB no período, dos quais havia dados sobre alcoolismo para 881.349casos e dados sobre doença mental em 874.636. As prevalências dessas comorbidades foram, respectivamente, 18,38% e 2,56%. No grupo TB/alcoolismo houve maior prevalência de alcoolismo no sexo masculino (23,59% versus 7,19%; p<0,001), ocorrendo o mesmo no grupo TB/doença mental. Tanto no grupo que referiu alcoolismo como no de doença mental, a maioria dos pacientes possuía entre 25 a 54 anos de idade. Observou-se uma associação estatisticamente significante entre alcoolismo e desfecho desfavorável de tratamento (RR: 1,64; IC 95%: 1,63-1,65; p<0,001). Também foi observada uma associação estatisticamente significante entre doença mental e desfecho desfavorável de tratamento (RR: 1,31; IC 95%: 1,29-1,34; p<0,001). Conclusão: A prevalência de alcoolismo entre pacientes com tuberculose foi mais elevada que a de doença mental no grupo avaliado. O sexo masculino é o mais acometido por ambas comorbidades. O grupo que referiu alcoolismo apresentou 64% mais chance de desfecho desfavorável comparado com os não alcoolistas. A doença mental também se associou com risco aumentada de desfecho desfavorável.

Palavras-chave: Tuberculose. Alcoolismo. Transtornos Mentais. Prevalência. Comorbidade.

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TEMA: PREVALÊNCIA DE DISTÚRBIOS DO SONO EM IDOSOS ALUNO (A): AUGUSTO MARIANNO FERREIRA SANTOS

ORIENTADOR (A): PROFª. IZA CRISTINA SALLES

RESUMO

Introdução: Os idosos sofrem alterações no padrão de sono, como a diminuição do tempo total de sono e o aumento da duração de sono mais superficial, que favorecem o aparecimento de despertares noturnos, fragmentação do sono e distúrbios do sono. Objetivo: Avaliar a prevalência de distúrbios do sono em pacientes com idade maior ou igual a 65 anos num laboratório do sono. Metodologia: Trata-se de um estudo do tipo corte transversal. Amostra do estudo: foram avaliados indivíduos que procuraram um laboratório do sono em Salvador (BA). Critérios de inclusão: pacientes que responderam questionários com perguntas a respeito das características do sono, aplicados entre 2014 e outubro de 2018 em indivíduos com idade maior ou igual a 65 anos que procuraram um laboratório do sono. Critérios de exclusão: prontuários com dados incompletos. Este projeto foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa. Resultados: Essa amostra foi constituída de 115 pacientes, correspondendo a 13,2% do total de pacientes, com média de idade = 72,5±6,3 anos, sexo feminino = 53%, IMC = 27,7±6,9 kg/m², Escala de Epworth = 8,5 (6–15), horário que vai dormir = 22:15±1:43 h, horário que acorda = 5:51±1:31 h, tempo total de sono = 7:30±1:48 h. Os distúrbios relacionados ao sono mais frequentes foram: ronco (89,6%), insônia (47,8%), movimentação das pernas durante o sono (46,1%) e apneia assistida (44,3%). As prevalências da maioria dos distúrbios não apresentaram diferença entre os sexos. As mulheres apresentaram maior dificuldade para dormir, ao serem comparadas com os homens (62,3% vs. 31,5%; p<0,001), assim como ocorreu em relação às dores no corpo (67,2% vs. 40,7%; p=0,004), respectivamente. Os homens apresentaram maior frequência de sonolência excessiva diurna do que as mulheres (46,3% vs. 16,4%; p<0,001), além de maior frequência de fala durante o sono (24,1% vs. 6,6%; p<0,016). Conclusão: Ao avaliar pacientes de um laboratório do sono, 13,2% corresponderam a indivíduos com idade maior ou igual a 65 anos, os quais apresentaram elevada prevalência de distúrbio respiratório do sono e insônia. Isso indica que idosos são frequentemente acometidos por esses distúrbios, evidenciando a relevância e necessidade de investigação diagnóstica.

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TEMA: ASSOCIAÇÃO ENTRE FATORES DE RISCO E PROGNÓSTICO DA SÍNDROME CORONARIANA AGUDA

ALUNO (A): BEATRIZ MALBOUISSON MENEZES ORIENTADOR (A): PROF.º MÁRIO DE SEIXAS ROCHA

RESUMO

Introdução: As Síndromes Coronarianas Agudas (SCA) são as principais causas de morte no Brasil e no mundo e estão associadas a diversos fatores de risco da Doença Arterial Coronariana, os quais podem afetar o prognóstico dos pacientes. Objetivos: Analisar a associação dos fatores de risco da doença arterial coronariana no prognóstico da SCA. Métodos: Estudo de coorte retrospectivo em pacientes admitidos na Unidade Coronariana de um hospital privado terceirizado em Salvador, Bahia. A coleta de dados foi realizada através do prontuário eletrônico a partir dos registros médicos. As variáveis independentes de interesse selecionadas foram: diabetes mellitus (DM), hipertensão arterial sistêmica (HAS), dislipidemia, tabagismo, doença arterial periférica e história familiar de coronariopatia. Para análise estatística dos dados foi utilizado o teste qui-quadrado (χ2) de Pearson pelo programa SPSS (v. 20.0) e assumia p < 0,05 como significativo. Houve aprovação pelo Comitê de Ética e Pesquisa (CEP) local. Resultados: Foram coletados dados de 137 pacientes em uma amostra de conveniência. A idade média foi de 72 ± 13 anos. Dos pacientes, 53 (39%) eram homens. A prevalência encontrada na amostra estudada foi: 118 (86%) dos pacientes com hipertensão, 62 (45%) com diabetes, 66 (48%) com dislipidemia, 22 (16%) dos pacientes eram tabagistas, 14 (10%) possuíam doença arterial periférica e 14 (10%) possuíam história familiar de coronariopatia. Os pacientes foram separados em dois grupos, o primeiro sem múltiplos fatores de risco (SEM MFR) (n = 87), constituído por pacientes que possuíam até 2 fatores de risco e o segundo com múltiplos fatores de risco (COM MFR) (n = 50), constituído por pacientes que possuíam três ou mais fatores de risco. Foi avaliada a relação dos grupos com um desfecho composto por morte, recorrência de isquemia, infarto ou reinfarto, sangramentos, acidente vascular encefálico, choque cardiogênico e complicações mecânicas (comunicação intraventricular, insuficiência mitral e ruptura miocárdica). O desfecho composto foi observado em 23 (47,9%) dos pacientes SEM MFR, e 25 (52,1%) dos pacientes COM MFR (p = 0,005). O desfecho de morte isoladamente foi observado em 1 (1,1%) paciente SEM MFR e em 4 (8%) pacientes COM MFR (p = 0,04). Complicações mecânicas foram observadas em 16 (18,4%) dos pacientes SEM MFR e em 18 (36%) dos pacientes COM MFR (p = 0,022). Conclusões: Nessa população estudada foi verificado que HAS, DM e dislipidemia foram os fatores de risco de maior ocorrência. Além disso, a presença de múltiplos fatores de risco em vítimas de SCA está correlacionada a desfechos combinados e morte isoladamente com significância estatística.

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TEMA: SOROPREVALÊNCIA DOS VÍRUS ZIKA, DENGUE E CHIKUGUNYA EM UMA COMUNIDADE RURAL DO ESTADO DA BAHIA

ALUNO (A): BERNARDO GRATIVAL GOUVEA COSTA

ORIENTADOR (A): PROF.ª ISADORA CRISTINA DE SIQUEIRA

RESUMO

Trata-se de um Corte transversal em que 433 participantes foram recrutados em duas localidades, uma rural e outra periurbana pertencentes ao município do Conde-Ba que dista 170 km de Salvador-Conde-Ba. Foi realizado um estudo de soroprevalência para Zika, Dengue e Chikungunya e aplicou-se questionários com posterior entrada dos dados realizadas através do software REDCap 6.14.0 - © 2016 Vanderbilt University. Amostras de sangue foram coletadas para realizar a detecção dos anticorpos IgG anti-DENV, antiCHIKV e anti-ZIKV pela técnica de Imunoensaio Enzimático (ELISA) com a utilização de kits comerciais. Os participantes da zona rural apresentaram uma mediana de idade de 23 anos e um intervalo interquartílico de 14-42 anos, e na zona periurbana 34 anos com intervalo interquartílico de 18-47 anos. Quanto á escolaridade, 167 (62%) dos participantes da população rural possuem Ensino médio completo, em contrapartida, 69 (43%) dos participantes da região periurbana possuem Ensino médio completo. Foi detectado Anticorpos IgG para ZIKV, DENV e CHIKV, em 4,5%, 26,5% e 0,7% dos participantes da zona rural, respectivamente e em 41,2%, 72.7% e 10,9% dos participantes da zona periurbana. A exposição prévia para as arboviroses na população periurbana avaliada é similar aos grandes centros urbanos. Entretanto, na localidade rural estudada provavelmente, ainda não houve a circulação de ZIKV e CHIKV, assim a localidade rural estudada apresenta a maioria dos indivíduos suscetíveis a futuras epidemias.

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TEMA: AVALIAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO ENTRE DOENÇA CELÍACA E CONSTIPAÇÃO NA INFÂNCIA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

ALUNO (A): BIA GIULIA FACCHINI OLIVEIRA COSTA

ORIENTADOR (A): DRA. ANA PAULA DE SOUZA LOBO MACHADO

RESUMO

Introdução: A constipação crônica é uma queixa frequente nos ambulatórios pediátricos e muitas vezes são feitos desgastantes exames nas crianças para descobrir sua etiologia. Tendo em vista a alta prevalência de constipação na população pediátrica e sua descrição como manifestação atípica e frequente da DC, torna-se importante conhecer a associação destas condições, avaliando-se a frequência desta relação e a ocorrência de melhora clínica da constipação com a instituição do tratamento para a doença celíaca. Assim sendo, o reconhecimento da associação entre constipação e DC pode contribuir para o diagnóstico mais precoce da doença, prevenir custos desnecessários, no que tange à investigação e tratamento, bem como evitar uso prolongado de medicamentos laxantes. Objetivos: Descrever a associação entre doença celíaca e constipação crônica na população pediátrica. Métodos: Foi realizada uma revisão sistemática da literatura disponível nas bases de dados do PubMed e da Biblioteca Virtual em Saúde (Biblioteca Cochrane, LILACS, IBECS e SciELO). A constipação foi definida, nesse estudo, de acordo com os critérios de Roma III. Para o diagnóstico de DC foram incluídos estudos com soroprevalência e/ou biópsia intestinal. A qualidade dos estudos foi avaliada através dos critérios STROBE (Strengthening the Reporting of Observational Studies in Epidemiology). Resultados: As buscas realizadas nas bases de dados resultaram em 104 artigos. A partir dos critérios de inclusão, foram selecionados 5 estudos, sendo que destes, apenas 1 não alcançou a pontuação de corte pelos os critérios STROBE. A maioria dos estudos mostrou soroprevalêbcia elevada de DC (3/4) entre os pacientes constipados, entretanto apenas em metade dos artigos houve prevalência aumentada de DC quando o diagnóstico foi confirmado por biópsia. Conclusão: Essa revisão sistemática não demonstrou associação entre constipação e a doença celíaca, porém são poucos os estudos que avaliaram essa relação. O presente estudo avaliou como sendo benéfico o rastreio da DC em pacientes constipados resistentes ao tratamento com laxantes.

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TEMA: INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDO COM SUPRADISNIVELAMENTO DO SEGMENTO ST EM PACIENTES JOVENS: PERFIL DE RISCO,

ELETROCARDIOGRÁFICO, CLÍNICO E DESFECHOS ALUNO (A): BRENO CAIRES NORA SOUTO

ORIENTADOR (A): DR. GILSON SOARES FEITOSA FILHO

RESUMO

Introdução: O infarto agudo do miocárdio (IAM), é um relevante problema de saúde pública, manifestando altas taxas de incidência e mortalidade. Dentre suas várias apresentações, o Infarto Agudo do Miocárdio com Supradesnivelamento do Segmento ST (IAMCSST) é a mais grave. Objetivos: Descrever e analisar a mortalidade, os fatores de risco e apresentação clínica de pacientes acometidos por IAMCSST, conforme a faixa etária. Metodologia: Trata-se de estudo descritivo e analítico com pacientes com >18 anos; diagnosticados com IAMCSST tipo I, atendidos pelo sistema de urgência/emergência de Salvador-Bahia em 2019 e que foram inseridos no estudo denominado Pesquisa Soteropolitana do Infarto Agudo do Miocárdio com Supradesnivelamento do Segmento ST (PERSISST). A análise dos dados foi dividida conforme a faixa etária dos pacientes, Grupo A (jovens): <45 anos e Grupo B (não jovens): >45 anos. As variáveis do estudo são: sexo; fatores de risco (hipertensão, diabetes, dislipidemia, histórico familiar de doença arterial coronariana e tabagismo); presença de pelo menos um fator de risco versus nenhum fator de risco; parede eletrocardiográfica acometida pelo IAM (anterior, inferior e lateral alta); Killip de admissão e máximo (I/II e III/IV); escore GRACE (baixo, intermediário e alto risco) e evolução (alta hospitalar e óbito intra-hospitalar). Foram utilizados para verificação de diferenças estatisticamente significantes o Teste qui-quadrado ou o Teste Exato de Fisher. Resultados: Foram incluídos no estudo, 476 pacientes. Destes, 36 (7,6%) eram do Grupo A e 440 (92,4%) do Grupo B. Quando analisado a presença de IAM sem nenhum fator de risco, o resultado demonstrou (28,6% vs 5,1%, p<0,001). Em relação aos fatores de risco, hipertensão (44,4% vs 77,3%, p<0,001); diabetes (25% vs 38,4%, p=0,110); dislipidemia (17,1% vs 34,5%, p=0,036); história familiar de doença arterial coronariana (26,5% vs 28,8%, p=0,774) e tabagismo (23,5% vs 27,6%, p=0,609). Em relação ao sexo, a análise dos

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pacientes masculinos demonstrou (69,4% vs 59,8%, p=0,254). No caso da parede eletrocardiográfica, a parede anterior foi a mais prevalente nos dois grupos (61,1% vs 52,4%, p=0,595). Nas características clínicas do IAM, a análise do Killip de admissão III/IV demonstrou (2,8% vs 2,5%, p=1,000) e do Killip máximo III/IV (12,1% vs 14,6%, p=1,000). O Escore GRACE baixo foi mais presente no Grupo A (90,6% vs 70,2%, p=0,044) e em relação a mortalidade (8,8% vs 18,8%, p=0,148). Conclusão: Neste estudo, o IAM em <45 anos apresentou maior prevalência do Escore GRACE de baixo risco, entretanto, apesar de menor taxa de mortalidade nos jovens, esse valor não foi significativo. Ademais, o Grupo A se caracterizou por menor prevalência de hipertensão e de dislipidemia e maior prevalência de IAM sem fatores de riscos, em comparação com a população não jovem.

Palavras-Chave: Infarto Agudo do Miocárdio. Mortalidade. Fatores de risco. Faixa etária.

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TEMA: ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DO COLÍRIO DE ATROPINA NA MIOPIA EM CRIANÇAS: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

ALUNO (A): BRUNO BONFIM DA SILVEIRA

ORIENTADOR (A): PROF.ª DAYSE CURY DE ALMEIDA OLIVEIRA

RESUMO

Introdução: A miopia é um distúrbio refrativo que atinge milhões de pessoas ao redor no mundo, provocada principalmente pela formação da imagem antes da retina, levando a uma piora da qualidade visual e complicações oculares. Objetivos: O presente estudo buscou investigar a influência do colírio de atropina na miopia em crianças em idade escolar. Métodos: Foi realizada a revisão sistemática da literatura, utilizando-se os descritores “Myopia” AND “Atropine”, AND “Children”, nas bases de dados do PubMed Central, Biblioteca Virtual em Saúde e MEDLINE, incluindo-se artigos que apresentaram o uso do colírio, nas crianças miópicas de idade escolar (6 a 18 anos), sem outra doença ocular prévia, publicados em qualquer época, nos idiomas de inglês e português, além da inclusão dos estudos de ensaio clínico randomizado e observacionais. Foram excluídos os trabalhos que diferiram dos idiomas, com amostra fora da faixa etária, e que não se adequassem aos tipos de estudos selecionados. Resultados: Dos 254 artigos identificados, vinte e cinco foram incluídos para análise, totalizando quatro mil e noventa participantes com amostra dividida em ambos os sexos. Houve influência benéfica ao uso do colírio de atropina na diminuição da progressão da miopia em crianças asiáticas e não asiáticas, em altas e baixas concentrações da medicação. 68% dos estudos trouxeram efeitos adversos, sendo o mais prevalente a fotofobia e a visão turva. Conclusão: A intervenção do colírio deve ser realizada para prevenir os impactos negativos da progressão da miopia nas crianças, evitando demais complicações oculares durante a vida adulta e senil.

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TEMA: CAUSAS E O CURSO CLÍNICO DA INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA AGUDA GRAVE ADMITIDA EM AMBIENTE DE TERAPIA INTENSIVA E PECULIARIDADES NO MANEJO: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

ALUNO (A): BRUNO CALAZANS LIMA ORIENTADOR (A): DRA. LIANA CODES

RESUMO

Introdução: A Insuficiência Hepática Aguda Grave (IHAG) corresponde a uma importante causa de admissão em unidade de terapia intensiva mundialmente. É definida através da presença de injúria hepática aguda associada a encefalopatia hepática (EH) e INR (international normalized ratio) ≥ 1,5 em pacientes sem cirrose ou doença hepática prévia. Apesar dos avanços da medicina e de maiores possibilidades de realização do transplante hepático (TH), a mortalidade dos pacientes permanece elevada (40-80%). Objetivos: Descrever as causas e o curso clínico da IHAG em ambiente de terapia intensiva, evidenciando suas peculiaridades no manejo. Metodologia: Trata-se de uma revisão sistemática de literatura, a qual foi realizada através da busca por artigos disponíveis na base de dados eletrônica PubMed e Portal Capes. Os critérios de inclusão foram estudos de coorte e trabalhos publicados no período entre os anos de 2010 e 2020. Por outro lado, os critérios de exclusão foram temas não condizentes com o objetivo do presente estudo, além de trabalhos realizadas com população com idade inferior a 16 anos, trabalhos realizados fora do ambiente de terapia intensiva e estudos realizados em animais. Resultados: No PubMed, foi encontrado um total de 15 artigos. Seguindo os critérios de busca pré-definidos, após a primeira triagem, 11 artigos foram excluídos. Foram obtidos, então, na seleção final, 4 artigos. No Portal CAPES, foi obtido um total de 164 artigos. Após a primeira triagem, foram excluídos 156 artigos (95,1%) por não apresentarem compatibilidade com o tema ou quaisquer outros dos critérios de exclusão citados. Foram obtidos, então, na seleção final, 8 artigos. Dos 12 artigos selecionados, 2 estavam duplicados, resultando ao final da seleção dos estudos em 10 artigos (5,5%) de um total de 179.

Palavras-chaves: hepatite grave, hepatite fulminante, insuficiência hepática aguda, curso clínico, transplante hepático, unidade de terapia intensiva.

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TEMA: LESÃO RENAL AGUDA EM PACIENTES IDOSOS ATENDIDOS EM UNIDADE DE EMERGÊNCIA DE HOSPITAL DE REFERÊNCIA NO ESTADO DA BAHIA

ALUNO (A): CAIO BORGES DIAS

ORIENTADOR (A): PROF.ª MARIA BRANDÃO TAVARES

RESUMO

Introdução: A lesão renal aguda (LRA) é um dos principais motivos de internação, mortalidade e custos hospitalares em todo o mundo, sendo dividida em LRA hospitalar (LRA-H), sendo esta desenvolvida durante a hospitalização, e LRA adquirida na comunidade (LRA-AC) presente no momento da admissão. Com a perda da função renal ao longo dos anos e a presença de comorbidades associadas, os idosos constituem uma população mais vulnerável a piores desfechos na morbimortalidade em decorrência dessa doença. Objetivos: Avaliar os fatores associados à morbimortalidade na LRA- AC e na LRA-H em pacientes idosos atendidos em unidade de emergência dentro de um hospital referência em Salvador. Métodos: Trata-se de uma coorte retrospectiva com base na análise de 79 prontuários eletrônicos, no qual foram incluídos pacientes com idade superior a 65 anos atendidos no Hospital do Subúrbio em Salvador entre 01/01/2018 até 31/12/2018 e que tiveram diagnóstico de LRA. Foram excluídos pacientes sem exames laboratoriais, portadores de doença renal crônica em estágio final e pacientes com menos de 24h de permanência hospitalar. Foram avaliados os perfis epidemiológicos, clínicos e laboratoriais, além dos desfechos clínicos. Resultados: A média de idade dos pacientes idosos atendidos foi de 76,8 7,1 anos, com maior porcentagem do sexo masculino, com 48 indivíduos (60,8%). A LRA-AC, com 59 casos, foi mais prevalente em comparação a LRA-H, que correspondeu a 20 casos (74,7% vs. 25,3%). A etiologia pré-renal foi mais encontrada na LRA-AC, com 21 casos (42%), enquanto a necrose tubular aguda foi mais vista na LRA-H, com 14 casos (73,4%). Além disso, 18 pacientes (90%) na LRA-H morreram em decorrência da doença, diferentemente da LRA-AC, com 28 mortes (47,5%). Pacientes com LRA-H tiveram piores índices de alta hospitalar, com 2 pacientes (10%) e recuperação renal em 6 indivíduos (30%), diferentemente da LRA-AC, com 29 pacientes com alta hospitalar (49,2%) e 33 pacientes com recuperação renal (55,9%). Conclusão: A LRA-AC correspondeu pela maioria dos perfis atendidos nesse estudo e está relacionado a um melhor prognóstico quando comparado com a LRA-H, que está intimamente ligada a uma maior taxa de mortalidade e a piores desfechos clínicos.

Palavras-chave: Lesão renal aguda, LRA adquirida na comunidade, LRA hospitalar, Idosos.

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TEMA: O IMPACTO DE MIGRAR PARA CURSAR FACULDADE NA SAÚDE MENTAL E QUALIDADE DE VIDA DOS ESTUDANTES DE MEDICINA ALUNO (A): CAMILA DE CASTRO SIQUEIRA

ORIENTADOR (A): PROF.º GUSTAVO CARNEIRO GOMES LEAL

RESUMO

Introdução: A elevada prevalência de sintomas ansiosos e depressivos em estudantes de medicina pode interferir negativamente em sua qualidade de vida. Entretanto, há poucos estudos avaliando a relação da alta prevalência desses sintomas com afastamento do núcleo familiar. Objetivo: Investigar a prevalência de sintomas ansiosos e depressivos entre estudantes de medicina que estudam na mesma cidade em que já moravam (não-migrantes) e os que necessitaram migrar de cidade para cursar (migrantes), além de avaliar prejuízo da qualidade de vida. Método: Estudo observacional tipo transversal conduzido em 2020, envolvendo uma amostra de 49 estudantes que responderam às questões sociodemográficas, o questionário Self-Reporting Questionnaire-20 (SRQ-20) e WHOQOL-BREF. Para análise estatística, utilizou-se o Software Estatístico SPSS versão 20.0 e Excel® versão 2016. Foram realizadas análises descritivas e utilizado o teste-t de studant para variáveis continuas e qui-quadrado para variáveis categóricas. Resultados: A média de pontos positivos no SRQ-20 foi 7,43 em migrantes e 7,86 em não migrantes, não se observou diferenças estatisticamente significativas na variável migrante (p=0,77). Após a análise, obteve-se uma correlação negativa significativa entre os scores de sintomas ansiosos/depressivos (SRQ-20) e de qualidade de vida (WHOQOL-BREF). A prevalência de transtornos mentais comuns foi de 50% em estudantes migrantes e 54,2% em estudantes não migrantes, sem diferença estatística entre os grupos. Conclusão: O status de ser migrante ao cursar a faculdade não se associou com maiores índices de sintomas psiquiátricos ou de piora da qualidade de vida. Os resultados demostraram nos dois grupos elevada prevalência de TMC e a importância de direcionar ações de prevenção e enfrentamento ao cuidado com a saúde mental dos estudantes de medicina, objetivando o aprimoramento da formação profissional e pessoal.

Palavras-chave: Estudantes de medicina, Transtorno psiquiátrico, Qualidade de vida, Migração.

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TEMA: INFLUÊNCIA DO DEFEITO HERNIÁRIO NAS COMPLICAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS EM PACIENTES SUBMETIDOS À CORREÇÃO DE HÉRNIA INCISIONAL EM SERVIÇO ESPECIALIZADO DE PAREDE ABDOMINAL ALUNO (A): CAROLINA MARTÍNEZ DE SANT’ANNA

ORIENTADOR (A): PROF.º LEONARDO ARAÚJO CARNEIRO DA CUNHA

RESUMO

Introdução: O termo “hérnia incisional” (HI) refere-se ao surgimento de uma falha de

cicatrização na parede abdominal associada a uma incisão prévia1. Dentre as complicações

mais frequentes associadas ao reparo de hérnia ventral, estão as ocorrências de sítio cirúrgico (OSC). As evidências atuais quanto à associação entre largura dos defeitos de HI com OSC e outras complicações pós-operatórias são contraditórias. Também não há consenso sobre quais os pontos de corte entre os casos, com objetivo de melhor agrupá-los, sendo a grande maioria dos valores escolhidos arbitrariamente. Objetivos: Avaliar a associação entre o tamanho do defeito de HI com OSC e outras complicações pós-operatórias, tempo de internação hospitalar e variáveis intra-operatórias. Metodologia: Coorte retrospectiva unicêntrica com 90 pacientes submetidos à cirurgia para correção de HI, entre 2016 e 2019, no Hospital Geral Ernesto Simões Filho em Salvador, Bahia. A largura do defeito da hérnia foi medida por fita métrica no intra-operatório. Os pacientes foram divididos em 2 grupos de acordo com a largura do defeito da hérnia:  10 e < 10 cm. As variáveis intra-operatórias analisadas foram tempo operatório (em minutos), tipo de anestesia, uso de dreno, técnica de separação de componentes e localização da tela. As variáveis pós-operatórias analisadas foram tempo de internação hospitalar (em dias), OSC (infecção de sítio cirúrgico, seroma, hematoma, deiscência de sutura abdominal, fístula enterocutânea), complicações clínicas (síndrome compartimental abdominal, pneumonia, complicações cardiológicas) reoperação, Clavien-Dindo e morbidade total. Para avaliar a associação entre o tamanho da hérnia e as variáveis categóricas estudadas foi utilizado o teste do qui-quadrado. Para avaliar a associação entre o tamanho da hérnia e as variáveis contínuas estudadas foi utilizado o teste T não-pareado. Resultados: Não foi encontrada associação significante entre nenhum desfecho pós-operatório e o tamanho da HI, utilizando o ponto de corte de 10 cm. Por outro lado, houve significativa associação entre o tamanho da HI e todas as variáveis intra-operatórias. Conclusão: O presente estudo não encontrou associação entre tamanho do defeito herniário e tempo médio de internação e outras complicações levando em conta grupos com largura ≥ 10 e < 10 cm. No entanto, não é

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possível concluir que o tamanho não influencia essas variáveis, pelas limitações do estudo e a dificuldade de comparação entre a literatura atual. Por outro lado, foi possível concluir que há associação significativa entre tamanho do defeito da hérnia e variáveis intra-operatórias, reforçando dados trazidos pela literatura.

Palavras-chave: Hérnia incisional, Reparo de hérnia ventral, Tamanho da hérnia, Largura

da hérnia, Ocorrência de sítio cirúrgico, Infecção de sítio cirúrgico, Complicações pós-operatórias, Técnica de separação de componentes, Tempo operatório.

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TEMA: OCORRÊNCIA DE INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA CRÔNICA AGUDIZADA E O CURSO CLÍNICO DURANTE A INTERNAÇÃO DE PACIENTES CIRRÓTICOS ADMITIDOS EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

ALUNO (A): CAROLINA PEDREIRA ESTEVE ORIENTADOR (A): DRA LIANA CODES

CO-ORIENTADOR: DR. PAULO BITTENCOURT

RESUMO

Introdução: A insuficiência hepática crônica agudizada foi definida pelo estudo CANONIC como uma descompensação de uma doença hepática crônica associada com falência orgânica com elevada mortalidade à curto prazo. Métodos: Foram incluídos 168 pacientes nesse estudo, e seus dados foram coletados através dos seus prontuários do Hospital Português para avaliar a evolução dessa doença. A partir desses dados, os pacientes cirróticos foram classificados com ou sem IHCA e estadiados de acordo com sua gravidade através do escore CLIF-C OF. Também foram avaliados escores prognósticos como APACHE II, MELDNa, Child-Pug e Critérios de West Haven; além dos exames laboratoriais e outros fatores que possam interferir na evolução crítica do paciente portador dessa condição clínica. Resultados: 43,5% dos pacientes cirróticos apresentaram algum grau de insuficiência hepática crônica agudizada na admissão, desses paciente 79,5% foram a óbito em ambiente intrahospitalar. Além disso, houve uma elevação considerável de fatores prognósticos como na contagem de leucócitos e hiperbilirrubinemia indicando a presença de falência hepática, que foram evidenciados como dados significativos na evolução clínica do paciente. Conclusão: O estudo afirmou a elevada mortalidade dos pacientes com insuficiência hepática crônica agudizada, bem como sua incidência significativa entre os pacientes cirróticos, trazendo a importância de um reconhecimento precoce e efetivo para a sobrevida do paciente.

Palavras-chave: Insuficiência Hepática Crônica Agudizada; Cirrose; Mortalidade elevada; Escores Prognósticos.

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TEMA: AVALIAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO ENTRE DOENÇA CELÍACA E ELEVAÇÃO DE AMINOTRANSFERASES: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

ALUNO (A): CLARA PELETEIRO ROTONDANO LONGO

ORIENTADOR (A): DRA. ANA PAULA DE SOUZA LOBO MACHADO

RESUMO

Introdução: A doença celíaca (DC) é tipicamente caracterizada por atrofia vilositária da mucosa do intestino delgado e má absorção de nutrientes. Em indivíduos geneticamente susceptíveis, as manifestações são desencadeadas após ingestão glúten. Possui um quadro clínico amplamente variável e, atualmente, o estabelecimento de uma dieta sem glúten é a única terapêutica atualmente eficaz na DC. Objetivos: Analisar a associação entre doença celíaca e a elevação das aminotransferases. Metodologia: Trata-se de uma Revisão Sistemática que utilizou a metodologia sistematizada a partir do protocolo PRISMA, e que foi realizada nas bases de dados do PubMed e da Biblioteca Virtual em Saúde (LILACS, IBECS, MEDLINE, SciELO, Biblioteca Cochrane). Resultados: As buscas realizadas nas bases de dados resultaram em 190 artigos e 1 artigo pela busca manual, culminando em 191 estudos. A partir dos critérios de inclusão, foram selecionados 15 estudos, sendo que destes, quatro não alcançaram a pontuação de corte pelos os critérios STROBE, resultando em 11 estudos incluídos na revisão sistemática. Dez estudos avaliaram a frequência de hipertransaminasemia entre pacientes celíacos, sendo que todos encontraram alta prevalência desta condição, variando de 9,3% a 40,6%. Um estudo pesquisou a ocorrência de DC entre pacientes com elevação de aminotransferases, tendo sido evidenciada prevalência de 9%. Após a instituição de dieta isenta de glúten, a grande maioria dos pacientes com DC e hipertransaminasemia evoluiu com normalização dos exames. Conclusão: A presente revisão sistemática conseguiu mostrar uma forte associação entre doença celíaca e hipertransaminesemia criptogênica. Houve normalização das dosagens das enzimas hepáticas com a instituição da terapêutica para a doença celíaca. Diante dos dados analisados, parece justificável e recomenda-se a realização de testes diagnósticos para doença celíaca em pacientes com hipertransaminesemia.

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TEMA: PREDITORES PARA FALHA DO TRATAMENTO COM

ELETROESTIMULAÇÃO TRANSCUTÂNEA PARASSACRAL EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM DISFUNÇÃO VÉSICO-INTESTINAL

ALUNO (A): CLÍSTENE LIMA FIGUEREDO

ORIENTADOR (A): DR. UBIRAJARA DE OLIVEIRA BARROSO JÚNIOR CO-ORIENTADORA: DRA GLÍCIA ABREU

RESUMO

Introdução: A eletroestimulação transcutânea parassacral (PTENS) surgiu como um tratamento promissor em crianças com disfunção intestinal e vesical (BBD), sem efeitos colaterais diretos. No entanto, as características clínicas associadas aos desfechos nesse grupo de pacientes ainda precisam ser estabelecidas. Objetivo: Avaliar os potenciais preditores de pior desfecho em crianças com disfunção vésico-intestinal (DVI). Desenho do estudo: Este foi um estudo retrospectivo de crianças e adolescentes com idade entre 5 e 17 anos com diagnóstico de DVI. Todos os pacientes foram submetidos a três sessões de eletroterapias transcutânea parassacral de 20 minutos / semana em um total de vinte sessões. Os sintomas do trato urinário inferior (STUI) foram avaliados por questionário estruturado, pontuação de sintomas miccionais disfuncionais (DVSS) e escala visual analógica. A constipação funcional foi avaliada pelos critérios de Roma IV. Os potenciais fatores preditivos avaliados foram idade, incontinência diurna, noctúria, história de infecção do trato urinário, presença de enurese noturna, pré-tratamento com DVSS e polaciúria. Resultados: Cinqüenta e dois pacientes foram incluídos no estudo. A média de idade (± desvio padrão) foi de 7,8 ± 2,7 anos e 59,6% eram do sexo feminino. Após o tratamento com PTENS, a resolução completa do STUI foi alcançada em 40,4% dos casos e houve uma melhora da constipação funcional em 67,3% das criânças. De todos os fatores avaliados, apenas a identificação de ITU prévia esteve associado à um pior desfecho do tratamento da constipação. Conclusão: O presente estudo demonstrou que o TENS parassacral é efetivo no tratamento da disfunção vésico-intestinal e que ter história de ITU foi o único fator associado à um pior desfecho do tratamento da constipação.

Palavras-Chave: Disfunção do trato urinário inferior, Crianças, Constipação, Eletroestimulação transcutânea parasacral, Disfunção vésico-intestinal.

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TEMA: VALOR PROGNÓSTICO DO TESTE DO DEGRAU DE 6 MINUTOS (TD6) EM PACIENTES CARDIOPATAS

ALUNO (A): DANIEL AMOEDO DA COSTA PINTO

ORIENTADOR (A): PROF. LUIZ EDUARDO FONTELES RITT

RESUMO

Introdução: A capacidade funcional (CF) é fator independente de prognóstico em portadores de doenças cardiovasculares (DCV). O Teste cardiopulmonar de exercício (TCPE) é o padrão-ouro para avaliação da CF. Entretanto, demanda custo, aparelhos específicos e profissional especializado para sua realização. Uma alternativa ao TCPE é o teste de caminhada de 6 minutos, porém requer espaço amplo para ser realizado. Nesse contexto o teste do degrau de 6 minutos (TD6) pode ser uma alternativa simples, reprodutível e de fácil execução. Em cardiopatas mostrou uma boa correlação com o VO2 pico, porém, a literatura carece de estudos de correlação prognóstica nesta população. Objetivo: Determinar o valor prognóstico do TD6 em pacientes cardiopatas e avaliar o melhor ponto de corte prognóstico para o TD6 em pacientes com DCV. Métodos: coorte prospectiva de pacientes submetidos ao TD6 seguidos por 1 ano para a ocorrência de eventos combinados (morte, transplante ou hospitalização). Pacientes foram divididos pela mediana do resultado do TD6 e a ocorrência do desfecho combinado foi comparada entre os grupos. Um valor de p < 0,05 foi adotado como padrão significante para todas as análises. Resultados: Foram incluídos um total de 88 pacientes, com média de idade 64 ± 17 anos, 73% do sexo masculino, 79% com doença arterial coronariana e 54% insuficiência cardíaca. A mediana e intervalo interquartil para o VO2 pico foi de 15,6 (8,5 – 41) ml.kg-1.min-1 e mediana para o TD6 de 86 (5 – 171) degraus. A taxa de eventos foi maior no grupo que atingiu < 86 degraus (32,5% versus 15,5%, p < 0,05). Conclusão: uma menor performance no teste do degrau de 6 minutos associou-se a pior prognóstico em pacientes portadores de DCV.

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TEMA: MUDANÇA CURRICULAR NO ENSINO MÉDICO: EFEITOS DA

INTRODUÇÃO DAS ARTES E DA MEDITAÇÃO NO PRIMEIRO ANO DO CURSO ALUNO (A): DANIELA FAGUNDES DOS SANTOS MOREIRA

ORIENTADOR (A): PROFª. IÊDA MARIA BARBOSA ALELUIA

RESUMO

Introdução: O ingresso na universidade é marcado por muitos processos de transição que podem produzir medo, ansiedade e stress – sendo capazes de repercutir negativamente na adaptação, no desempenho e na qualidade de vida dos acadêmicos. Uma vez que a medicina também reconhece construtos biopsicossociais e estéticos, a inserção de habilidades integrativas na educação médica sinaliza a preocupação em formar médicos humanizados, preparados para lidar consigo e com seus pacientes. Objetivo: Avaliar os efeitos da mudança curricular, com a introdução das artes e da meditação, para o desenvolvimento do autocuidado e humanização no processo de ensino-aprendizagem dos estudantes de medicina do segundo semestre da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública. Métodos: Trata-se de um estudo de corte transversal, de natureza observacional com abordagem quantitativa e qualitativa. A amostra da pesquisa são os alunos do 2º semestre do curso de Medicina da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública durante o período de 2020.1. A abordagem com os alunos foi realizada via e-mail, devido ao isolamento social secundário à pandemia da COVID-19. Os estudantes foram convidados a responder o questionário construído no google forms que buscou contemplar os objetivos do estudo de acordo com as referências encontradas na literatura. A análise quantitativa foi descritiva, realizada pelo programa IBM SPSS Statistics20.0. As variáveis numéricas foram analisadas seguindo as tendências central e de dispersão das variáveis conforme apropriado para a caracterização da casuística. A análise qualitativa foi realizada através da metodologia de análise do conteúdo segundo Bardin. Resultados: O questionário foi respondido por 44 alunos da amostra. Houve percepção dos efeitos da mudança curricular, para o desenvolvimento do autocuidado e humanização no processo de ensino-aprendizagem, além de grande impacto sobre a adaptação no ingresso à universidade. A análise das falas mostrou experiências significativas no decorrer do componente e sua repercussão, após a passagem pela disciplina. Conclusão: Conclui-se que o componente foi capaz de sensibilizar os alunos perante a importância de reservar momentos de autocuidado e equilibrar as atividades diárias com o lazer. Ademais, mostrou a necessidade de novas pesquisas que descrevam o impacto da inclusão das práticas integrativas no currículo médico.

Palavras chave: Educação médica, Currículo, Medicina nas artes, Meditação, Saúde do estudante.

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TEMA: AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE FUNCIONAL EM PACIENTES COM REPERCURSSÕES REUMÁTICAS PÓS AFECÇÃO POR CHIKUNGUNYA ALUNO (A): DANIELLE CAROLINA PIMENTA ALMEIDA DA SILVA

ORIENTADOR (A): PROF.ª VIVIANE MACHICADO

RESUMO

Introdução: cerca de 50% dos pacientes infectados pelo vírus da chikungunya evolui para a forma crônica da doença, cuja apresentação se dá normalmente por meio de manifestações reumáticas de caráter incapacitante e de acometimento similar à Artrite Reumatoide. Objetivo: no intuito de avaliar o grau de incapacidade funcional em pacientes com repercussões reumáticas pós afecção pela Chikungunya e, por sua vez, a influência na qualidade de vida dos pacientes, foi realizada a aplicação do questionário HAQ (HealthyAssessmentQuestionnaire) na Unidade ambulatorial de Reumatologia de um hospital de ensino, em Salvador, Bahia. Método: Trata-se de um estudo observacional descritivo de corte transversal que teve amostra de 112 pacientes. A análise estatística foi realizada através do Software Estatístico SPSS (Statistical Package for the Social Science – Chicago – IL, versão 20). Os resultados foram apresentados como mediana [intervalo], média (± DP) para variáveis quantitativas contínuas e número absoluto (n), percentuais (%) para variáves categóricas. Para todos os testes estatísticos foi considerado significante o valor de p<0,05. Resultados: foram avaliados 112 pacientes, em sua maioria mulheres (79%). Os grupos que evoluíram com mais alto grau de incapacidade foram aqueles entre a terceira e a sexta década de vida, mulheres e etnias negra e parda. Os resultados mostraram ainda que a dor, preferencialmente em extremidades e joelho, foi um sintoma prevalente em todos os indivíduos acometidos e possivelmente o fator de maior associação à incapacitação gerada pela doença. Para alívio dos sintomas, foram utilizados principalmente o corticoide e dipirona, sendo que o primeiro fora associado à uma menor pontuação no questionário HAQ, sugerindo melhor resultado terapêutico possivelmente secundário ao seu perfil anti-inflamatório. Conclusão: os pacientes que evoluem com as manifestações reumáticas da chikungunya tendem a apresentar grau de incapacidade funcional bastante expressivo, cujos mecanismos patológicos ainda são pouco conhecidos, o que corrobora para ausência de um tratamento específico para a doença e a necessidade de estudos posteriores.

Palavras-chave: Chikungunya, Artrite, Crônica., Incapacidade, Funcional, HAQ, Dor, Tratamento.

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TEMA: RACISMO NO ÂMBITO DA EDUCAÇÃO MÉDICA: UMA ANÁLISE DOCUMENTAL

ALUNO (A): DAVI JOSÉ DOS SANTOS MOREIRA ORIENTADOR (A): PROF.ª MÔNICA RAMOS DALTRO

CO-ORIENTADOR: PROF. LUÍS PAULO CARVALHO PIRES DE OLIVEIRA

RESUMO

Introdução: O racismo é evidenciado como uma teoria, fundada na crença da superioridade de certas raças humanas, que defende o direito de estas dominarem ou mesmo exterminarem as consideradas inferiores, proibindo o cruzamento da suposta raça superior com as inferiores, de acordo a teoria da hierarquia racial. O resultado do racismo é uma morte prematura de pessoas negras e de conhecimento sobre o mundo. As faculdades de medicina foram pioneiras no desenvolvimento das ideias de raça e supremacia racial. Contudo há uma escassez na literatura de estudos sobre o racismo âmbito da educação médica. Objetivo: Descrever o conhecimento circulante na Revista Brasileira de Educação Médica sobre o racismo e questões étnico raciais relacionadas à educação médica, no período de 2010 a 2020. Metodologia: Análise documental que investiga a presença de publicações referentes às questões étnico raciais e ao racismo na Revista Brasileira de Educação Médica –REBEM. Pesquisa de dados primários, desenho descritivo, retrospectivo e abordagem qualitativa. As buscas foram realizadas no site da revista e foram incluídos artigos que contemplassem os descritores: raça, racismo, étnico-racial e preconceito Resultados: Foram efetivadas a leitura de 920 títulos e resumos de artigos publicados na REBEM entre 2010 a 2020. Após as fases de seleção dos artigos e a leitura na integra dos artigos, nenhum apresentou como temática central o racismo no âmbito da medicina. Conclusão: Neste estudo, é evidenciado a inexistência de publicações sobre a questão e especificidade étnico-racial no âmbito da educação médica em uma das maiores revistas de educação médica da América Latina, Discute-se a relação entre essa ausência e os efeitos do silenciamento sobre a perpetuação do racismo.

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TEMA: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS GESTANTES ADOLESCENTES COM E SEM ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL NO ESTADO DA BAHIA, BRASIL, NO PERÍODO DE 2014 A 2018

ALUNO (A): DÉBORA TINÔCO ARAÚJO

ORIENTADOR (A): MARIANA COELHO SILVEIRA

RESUMO

Introdução: A gravidez precoce é identificada como um problema de saúde pública à medida que limita as mães e é uma barreira para o desenvolvimento social e melhoria da qualidade de vida. Nesse sentido, a atenção pré-natal adequada é um fator que protege a mãe e o feto contra desfechos negativos. Todavia, estudos brasileiros indicam que gestantes adolescentes estão propensas a aderir mais tardiamente no pré-natal e comparecer a menos consultas do que as mais idosas, com pequena realização de exames complementares. Objetivo: Identificar as características sociais das gestantes com e sem assistência pré-natal em população entre 10 e 19 anos no estado da Bahia no período de 2014 a 2018. Metodologia: Estudo transversal analítico, considerando todas as adolescentes gestantes, cuja faixa etária compreendeu dos 10 anos aos 19 anos, as quais residiam na Bahia no período delimitado e que foram contabilizados no formulário eletrônico do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) presente no departamento de informática do Sistema Único de Saúde do Brasil (DATASUS). Resultados: Em relação à escolaridade e ao estado civil, foi identificado que possuir ensino fundamental incompleto e ser mulher solteira foram associados a uma maior chance de concluir o pré-natal inadequadamente. Além disso, as adolescentes entre 10 e 14 anos estiveram expostas a um risco 1,33 vezes maior de realizar acompanhamento pré-natal inadequado do que as gestantes com idade de 15 a 19 anos e apenas 17,19% das mães de raça/cor parda e preta obtiveram assistência médica adequada enquanto estava grávida. Conclusão: O presente estudo encontrou associação entre inadequação pré-natal e escolaridade menor do que 8 anos, estado civil solteira, idade entre 10 e 14 anos e Raça/cor parda e preta. O planejamento educacional e obstétrico, voltadas para as gestantes entre 10 e 19 anos, é uma das alternativas para transformar essa realidade.

Palavras-chave: Cuidado pré-natal. Gravidez na adolescência. Perfil epidemiológico.

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TEMA: BENEFÍCIOS DO EXERCÍCIO FÍSICO EM CRIANÇAS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

ALUNO (A): DOUGLAS AMORIM MIRANDA

ORIENTADOR (A): PROF.ª ERICK ANÍSIO NEVES CHAVES

RESUMO

Introdução: O Transtorno do Espectro Autista é caracterizado por uma série de problemas na comunicação social, além de comportamentos restritivos e repetitivos. É uma condição que se apresenta com maior clareza durante o segundo ano de vida. A manifestação do transtorno é bastante plural, dependendo da gravidade da condição, nível de desenvolvimento e a idade, por isso é chamado de espectro. Quanto ao tratamento, os principais objetivos são a melhora das interações sociais e da comunicação, buscando que essa criança no futuro consiga ter uma maior independência e qualidade de vida, através das intervenções psicossociais. Também há o tratamento farmacológico, entretanto, é utilizado para a melhora de sintomas específicos como: irritabilidade, mau humor, hiperatividade e desatenção. Uma das formas de tratamento para o TEA que tem sido estudada para pessoas diagnosticadas com TEA, é a prática de exercícios físicos. Considerando que o autismo leva a criança a um processo de desenvolvimento diferente das demais, que praticar exercícios físicos traz muitos aprimoramentos na qualidade de vida de uma pessoa, e a existência de poucas informações nas literaturas tradicionais, percebe-se a importância da realização despercebe-se estudo. Buscando avaliar os benefícios que o exercício físico traz para crianças com TEA. Metodologia: Trata-se de uma revisão sistemática com artigos do banco de dados PUBMED, utilizando os descritores “autism spectrum disorder” OR “autism spectrum disorders” OR “ASD” OR “autism” OR “infantile autism”; “children” OR “child”; “physical activity” OR “exercise” OR “physical exercise” OR “aerobic exercise” OR “sport” e “social interaction” OR “motor skills”. Foram incluídos artigos dos últimos 5 anos, de ensaios clínicos randomizados, realizados em crianças autistas entre 2 e 12 anos, utilizando o exercício físico como forma de terapia para o tratamento do TEA. A avaliação metodológica dos estudos foi feita através da ferramenta CONSORT. Resultados: Os três estudos analisados, com uma amostra total de 136 crianças, apresentaram que a prática de exercício físico possui influência significativa tanto nas interações sociais, bem como no comportamento motor. Entretanto importante ressaltar a baixa pontuação apresentada no CONSORT, sugerindo alto risco de viés. Conclusão: Há ausência de forte evidência. Portanto, para o exercício físico ser uma recomendação médica, e assim utilizado como terapia alternativa em crianças com TEA, é necessário estudos de maior qualidade científica, contendo baixo nível de vieses.

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TEMA: PERFIL LIQUÓRICO DE PROTEÍNAS RELACIONADAS À SINAPSE EM NEONATOS EXPOSTOS A INFECÇÃO PELO VÍRUS ZIKA DURANTE A VIDA FETAL

ALUNO (A): EDUARDO COSTA NASCIMENTO DE CARVALHO

ORIENTADOR (A): PROFª. CRISTIANA MARIA COSTA NASCIMENTO DE CARVALHO

RESUMO

Introdução: A infecção congênita pelo zika vírus (ZIKV) demonstrou ter um grande potencial de lesionar no Sistema Nervoso Central (SNC). A infecção pelo ZIKV está envolvida na interrupção da formação, maturação e plasticidade das sinapses. Contudo, nenhum estudo teve como objetivo investigar a relação entre a infecção congênita pelo ZIKV e o perfil de proteínas relacionadas à sinapse no líquido cefalorraquidiano (LCR). Metodologia: Identificamos 16 neonatos que foram submetidos à punção lombar (PL) no Laboratório de LCR em Salvador, Brasil, durante a epidemia de ZIKV cujas mães relataram sintomas clínicos da infecção pelo ZIKV durante a gestação, a PL foi realizada devido às características clínicas de infecções congênitas, e os exames laboratoriais para investigar outras infecções congênitas foram negativos. Oito (50%) casos nasceram com e 8 (50%) sem microcefalia. Em seguida, identificamos recém-nascidos submetidos à PL no mesmo laboratório e preencheram os critérios para serem controles: idade ≤4 dias, contagem de leucócitos no LCR ≤8 / mm3, proteína no LCR ≤132 mg / dl, contagem de leucócitos no LCR ≤1.000 / mm3, nenhuma doença do SNC, nenhuma infecção congênita, nem microcefalia. As proteínas do LCR foram medidas por Lumos Fusion Orbitrap por espectrometria de massa em Rotterdam, Holanda e comparadas como medianas (p25-p75). As proteínas relacionadas à sinapse entre neurônios foram pesquisadas na anotação Gene Ontology pela plataforma QuickGo e as categorias foram divididas e selecionadas da seguinte forma: Táxon - Homo Sapiens; Produtos genéticos - Proteínas; Termos GO - Sinapse de neurônio para neurônio; Aspectos - Componente celular. Em seguida, um conjunto de 653 proteínas foi gerado, das quais 16 também foram encontradas nas amostras de LCR. Resultados: 14 controles foram incluídos e avaliados devido a sepse (n = 6), sífilis materna (n = 5),

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convulsão, febre sem origem e infecção aguda por citomegalovírus materno (n = 1 cada). Sífilis congênita e infecção por citomegalovírus foram descartadas com segurança. A mediana (p25-p75) idade (dias) foi 2 (1-3) e 3 (1-4) entre casos e controles, respectivamente. De 16 proteínas relacionadas à sinapse, 10 tiveram mediana (p25-p75) diminuída de forma estatisticamente significante entre os casos em relação aos controles. Curiosamente, apenas uma proteína (Disintegrin and metalloproteinase domain-containing protein 22) teve a mediana reduzida de forma estatisticamente significante entre os casos com microcefalia em comparação com os casos sem microcefalia. Duas proteínas (Adhesion G protein-coupled receptor L1 e Disintegrin and metalloproteinase domaing-containing protein 22) foram diretamente correlacionadas com o perímetro cefálico: quanto menor o perímetro, menores são suas concentrações. Por outro lado, a distribuição da Proenkephalin-A foi bastante semelhante entre casos e controles. Conclusão: Várias proteínas relacionadas à sinapse entre neurônios diferem entre casos e controles, com ênfase na Adhesion G protein-coupled receptor L1 e Disintegrin and metalloproteinase domaing-containing protein 22. Por outro lado, outras proteínas relacionadas à sinapse de neurônio a neurônio não diferem quando comparadas em subgrupos, com ênfase na Proenkephalin-A. Isso significa que a infecção congênita pelo ZIKV afeta proteínas distintas de maneiras diferentes.

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TEMA: INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO E O TEMPO DE PROCURA POR ATENDIMENTO EM SALVADOR, BAHIA. 2019

ALUNO (A): ÉRICA NOBRE DA HORA

ORIENTADOR (A): PROF.º JUAREZ PEREIRA DIAS

RESUMO

Introdução: O Infarto Agudo do Miocárdio com Supradesnivelamento do Segmento ST (IAMCSST), a despeito da redução da letalidade hospitalar, permanece como causa expressiva de mortalidade. Registros indicam tempos dor torácica-chegada na unidade alargados, quando idealmente estes não deveriam ultrapassar 60 min, visto que terapias de reperfusão devem ser realizadas em até 12h do início dos sintomas. Objetivo: Analisar o tempo da procura por atendimento médico por pacientes vítimas de IAMCSST atendidos pelo sistema de urgência/emergência em Salvador-Bahia em 2019. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, analítico, parte da Pesquisa Soteropolitana do Infarto Agudo do Miocárdio com Supradesnivelamento do segmento ST” (PERSISST), realizado com pacientes com IAMCSST assistidos pela rede de atendimento “Protocolo-IAM – SAMU 192” da região metropolitana de Salvador de janeiro a dezembro de 2019. Foram coletados dados sociodemográficos, clínicos e relacionados ao tempo para procura do primeiro serviço de urgência/emergência divididos em períodos dor torácica-decisão e dor torácica-chegada na unidade. Análise das variáveis foi feita através do software Statistical Package for Social Sciences (SPSS, versão 25,0). Resultados: Foram incluídos 343 pacientes, sendo 224 (65,3%) do sexo masculino. Mediana de idade de 60 IIQ (53-66) anos. O tempo dor torácica-decisão <30 min foi o mais frequente em relação aos demais tempos bem como em todas as faixas etárias, raças/cor da pele e graus de escolaridade. Notou-se atraso dor torácica-decisão >12h (n = 29) no sexo masculino, 17 (58,6%), idade de 60 a 69 anos, 11 (52,4%), e analfabetos/até 4º ano fundamental completo, 11 (37,9%). Os principais meios de locomoção foram carro particular, 60 (17,5%), e SAMU/ambulância, 18 (5,2%). A mediana do intervalo de tempo entre o início dos sintomas e a chegada no primeiro serviço de urgência/emergência foi de 109,0 IIQ (49,5-284,0) min. Para aqueles com menor tempo de decisão, houve também menor tempo de chegada a unidade de saúde

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(p=0,000). O tempo dor torácica-chegada na unidade ≥60 min ocorreu com predomínio em pacientes que fizeram automedicação, 105 (52,0%), analfabetos ou com ensino fundamental I/II completos, 154 (76,2%), idade ≥50 anos, 185 (86,9%), dor típica, 192 (91,0%) e com conhecimento prévio sobre infarto, 186 (93,0%). Conclusão: O tempo dor torácica-decisão identificado está de acordo com o encontrado em outros estudos. Contudo, notou-se tempo dor torácica-chegada na unidade de urgência/emergência longo, acima do recomendado. Processos de educação em saúde são de grande importância para promover intervenção precoce, evitando as complicações do IAMCSST e, consequentemente, o óbito.

Referências

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