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Biologia

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C4 • H14 / C5 • H17

1

Após uma aula de biologia celular na qual os alunos estudaram o processo da fotossíntese, Pedro aprendeu que os cloroplastos, apesar de possuírem genoma próprio, não apresentam todos os genes necessários para a duplicação do seu DNA e a realização da fotossíntese. Ele lamentou a ausência de cloroplastos nos seres hu-manos, pois, em sua imaginação, se nós contássemos com essa or-ganela em nossas células, poderíamos realizar a fotossíntese como as plantas e as algas o fazem. Para tirar tal dúvida, Pedro consultou um livro especializado e encontrou a seguinte tabela:

Funções e seus respectivos genes Genoma do clo-roplasto Genoma de uma célula vegetal Genoma de uma célula animal Duplicação de DNA (dois genes essenciais que

atuam em conjunto)

Gene 1 Ausente Presente Presente

Gene 2 Presente Presente Presente

Fotossíntese (três genes essenciais que atuam em conjunto)

Gene A Ausente Presente Ausente

Gene B Ausente Presente Ausente

Gene C Presente Ausente Ausente

Tabela indicando alguns dos genes necessários para a realização da duplicação de DNA e da fotossíntese.

Após a análise dos dados da tabela, podemos concluir que a hi-pótese de Pedro foi:

a) corroborada, pois a ausência do gene 1 no cloroplasto pode ser compensada tanto nos animais quanto nas plantas.

b) corroborada, pois os cloroplastos possuem o gene C, que, sozi-nho, já é capaz de realizar a fotossíntese.

c) refutada, pois os genes A e B só estão presentes nas plantas, logo, os animais não poderiam compensar sua falta no cloro-plasto.

d) refutada, pois os cloroplastos não possuem o conjunto com-pleto de genes, o que não pode ser compensado pelas células vegetais ou animais.

e) não há dados suficientes para corroborar ou refutar a hipótese.

C5 • H17

2

A composição gasosa da atmosfera terrestre alterou-se ao longo da história do planeta, que surgiu há cerca de 4,6 bilhões de anos. O gás oxigênio passou a compor a atmosfera terrestre, inicialmente,

1. O texto menciona que o cloroplasto não possui o conjunto completo de genes, apesar de realizar as funções citadas. Com a tabela, vê-se que essa falta é compensada pela presença de tais genes nas células vegetais. Seria interessante relacionar essa questão com a origem dos cloroplastos por endossimbiose primária. Parte dos genes responsáveis pela fotossíntese passou para o DNA do núcleo da célula no evento de endossimbiose primária, que ocorreu logo na origem da célula eucariótica clorofilada. Neste processo, parte do DNA da cianobactéria participante da endossimbiose passou para o DNA nuclear, gerando a dependência parcial do cloroplasto do material nuclear da célula vegetal. Na origem dos animais, não ocorreu o processo de endossimbiose com cianobactérias.

X

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4

por meio da atividade dos primeiros seres fotossintetizantes, re-presentados pelas cianobactérias, depois, pelas algas eucarióticas e, mais tarde, pelas plantas. Ao realizarem a fotossíntese, liberam certa quantidade de gás oxigênio. Observe o gráfico abaixo:

Surgimento dos animais Surgimento das plantas Seres fotossintetizantes liberam oxigênio Primeiro registro fóssil de célula Surgimento do metabolismo aeróbico 100 10 20 Ox igênio na atmosfer a (%)

Bilhões de anos atrás

1

4 3 2 1 Dias atuais

0,1 0,01 0,001

Gráfico da porcentagem de oxigênio na atmosfera em relação ao tempo, em bilhões de anos, desde o surgimento da Terra até os dias atuais.

Indique a afirmativa incorreta a respeito da interpretação dos da-dos apresentada-dos:

a) A primeira célula surgiu no contexto de uma atmosfera quase anoxigênica.

b) As primeiras formas de vida provavelmente já liberavam oxi-gênio na atmosfera.

c) Seres vivos de metabolismo aeróbio são posteriores ao apare-cimento da fotossíntese.

d) As plantas não foram os primeiros organismos a realizar fotos-síntese com liberação de oxigênio.

e) É provável que os primeiros animais já tivessem metabolismo aeróbio.

C4 • H15

3

Um agricultor estava enfrentando muita dificuldade para obter uma boa safra de vegetais de interesse comercial porque o solo de seu terreno estava pouco fértil. Seguindo o conselho de ou-tros agricultores, resolveu iniciar uma criação de minhocas no solo, procedimento conhecido como minhocultura. As minhocas alimentam-se de detritos presentes na terra e, ao eliminarem suas fezes, contribuem para a formação do húmus, composto nu-tritivo utilizado como fertilizante natural. Esses animais também aumentam a porosidade do solo, o que favorece sua aeração e irrigação. Todas essas características podem favorecer o cultivo dos espécimes vegetais selecionados, e, havendo mais plantas cultivadas, o aporte de matéria orgânica é maior, favorecendo também o desenvolvimento das minhocas.

2. Atendo-se à interpretação do gráfico, é possível concluir que as primeiras células foram formas de vida que não liberavam oxigênio, pois os seres fotossintetizantes surgiram em torno de

1 bilhão de anos depois. X

3. As espécies interagem entre si das mais variadas formas. Neste caso, vemos que as plantas se beneficiam do húmus e do papel exercido pelas minhocas da mesma forma que as minhocas são favorecidas pelos detritos orgânicos derivados das plantas, sem que haja uma relação mútua de interdependência.

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Em termos ecológicos, a relação que se estabelece entre as plan-tas e as minhocas por meio da minhocultura poderia ser conside-rada um exemplo de:

a) competição, pois as plantas competem pelos nutrientes com as minhocas.

b) mutualismo, pois as plantas e as minhocas mantêm uma rela-ção de dependência.

c) protocooperação, pois ambos se beneficiam sem que haja in-terdependência.

d) parasitismo, pois as minhocas parasitam as plantas que o ho-mem cultiva.

e) amensalismo, pois as secreções das minhocas impedem o de-senvolvimento das plantas.

C5 • H17

4

Duas pilhas, A e B, estavam sendo desenvolvidas e testadas em laboratório antes de serem comercializadas. A empresa interes-sada na sua comercialização só poderia escolher uma das duas pilhas e, por isso, organizou uma tabela comparando as caracte-rísticas de ambas:

Pilha Voltagem Duração (uso ininterrupto) Substâncias contidas

Estimativa de custo da

unidade

A 1,5 V 5 h Metais pesados R$ 8

B 1,2 V 3 h biodegradáveisProdutos R$ 12

Após analisarem as duas pilhas, dois técnicos emitiram dois pa-receres diferentes:

Parecer 1: a pilha A é mais indicada, pois é mais eficiente e tem menor custo. Por apresentar apenas vantagens para o con-sumidor, será vendida mais facilmente, oferecendo mais lucros à empresa. Portanto, deve ser escolhida a pilha A, que é economi-camente mais viável.

Parecer 2: a pilha B é mais indicada porque contém produtos biodegradáveis em vez de metais pesados, que são prejudiciais ao meio ambiente. Logo, visando a maior preservação ambiental, deve-se escolher a pilha B.

Considerando as informações anteriores, indique a alternativa incorreta:

a) Ambos os pareceres técnicos são parciais e refletem interes-ses distintos, não tendo considerado todas as características das duas pilhas.

b) É um erro dizer que a pilha A só apresenta vantagens ao con-sumidor, porque a presença de metais pesados pode ser pre-judicial à saúde humana.

X

4. A questão do consumo consciente traz muitas dificuldades para o consumidor, principalmente quando as opções não parecem atender a todos os requisitos desejados no momento da aquisição de um produto. Exatamente por isso, é indispensável que ele tenha noção de todas as características do artigo a ser adquirido.

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c) A busca de um produto que seja interessante para o consumi-dor deve tentar, na medida do possível, conciliar preço, efici-ência e respeito à saúde e ao meio ambiente.

d) Apesar das desvantagens das duas pilhas, podem-se aplicar medidas que tentem compensá-las, como a adoção dos devi-dos meios de descarte de pilhas que contenham metais pesa-dos.

e) Um consumo consciente deve levar em conta apenas as van-tagens imediatas (preço e eficiência) de um produto, pois são essas as características mais facilmente percebidas pelo con-sumidor.

C3 • H10 / C3 • H12

5

Espécies ameaçadas são aquelas cujas populações e habitats estão desaparecendo rapidamente, de forma a colocá-las em risco de tornarem-se extintas. A conservação dos ecossistemas naturais, sua flora, fauna e os microrganismos, garante a sus-tentabilidade dos recursos naturais e permite a manutenção de vários serviços essenciais à manutenção da biodiversidade, como, por exemplo: a polinização; reciclagem de nutrientes; fixação de nitrogênio no solo; dispersão de propágulos e se-mentes; purificação da água e o controle biológico de po-pulações de plantas, animais, insetos e microrganismos, entre outros. Esses serviços garantem o bem-estar das populações humanas e raramente são valorados economicamente.

MINISTÉRIO do Meio Ambiente. “Espécies brasileiras ameaçadas de extinção, sobre-explotadas ou ameaçadas de sobre-explotação”. Disponível em:

<http://www.mma.gov.br/biodiversidade/especies-ameacadas-de-extincao>. Acesso em: fev. 2014. Refletindo com base no texto, podemos concluir que:

a) os serviços mencionados, por não serem valorados econo-micamente, não vão afetar a economia humana caso sejam comprometidos.

b) a conservação dos recursos naturais não deve se limitar apenas ao que é valorado economicamente, pois mesmo aquilo que não é alvo de interesses econômicos tem importância para o bem- -estar humano.

c) o bem-estar das populações deve ser dependente do consu-mo e exploração dos recursos naturais, ainda que isso leve à extinção de espécies da fauna e flora.

d) a extinção de espécies que não são de interesse econômi-co não deve afetar as espécies mais procuradas e exploradas pelo homem.

e) o aumento de organismos na lista de espécies ameaçadas re-flete a insustentabilidade da própria natureza, por não conse-guir manter seu equilíbrio ecológico natural.

X

5. A última frase do texto, “Esses serviços garantem o bem-estar das populações humanas e raramente são valorados economicamente”, denota a importância da conservação do meio ambiente, ainda que não haja interesses financeiros envolvidos. Quando se afeta o ambiente natural, os próprios interesses do homem são também afetados. Logo, com a leitura deduz-se que é preciso dar valor àquilo que não é economicamente valorado em um primeiro momento.

X

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C1 • H3 / C5 • H17

6

Apesar de ainda não ter sido provado, acredita-se que possa haver vida inteligente fora do planeta Terra. Algumas teorias defen-dem, inclusive, a hipótese de que a vida possa ter surgido em um ambiente extraterrestre. O fato é que a possibilidade de exis-tência de vida em outros planetas motiva muitos debates. Leia a seguinte notícia:

Há civilizações inteligentes fora da Terra e elas poderiam estar presentes em até quase 40 mil planetas, segundo novos cálculos feitos por Duncan Forgan, um astrofísico da Universi-dade de Edimburgo, na Escócia.

A descoberta de mais de 330 planetas fora de nosso Sistema Solar nos últimos anos ajudou a redefinir o provável número de planetas habitados por alguma forma de vida, segundo um artigo de Forgan publicado na revista especializada

Internatio-nal JourInternatio-nal of Astrobiology.

As atuais pesquisas estimam que haja pelo menos 361 civi-lizações inteligentes em nossa galáxia, e possivelmente 38 mil fora dela.

“Existe vida inteligente em 38 mil planetas, estima cientista”. Terra

Notícias, 5 fev. 2009. Disponível em: <http://noticias.terra.com.br/ciencia/

espaco/existe-vida-inteligente-em-38-mil-planetas-estima-cientista,cd08cd95 a78ea310VgnCLD200000bbcceb0aRCRD.html>. Acesso em: fev. 2014. Esse assunto também está presente em tirinhas cômicas, como a reproduzida a seguir:

VERISSIMO, L.F. As cobras, 29 jan. 2009. Disponível em: <http://terramagazine. terra.com.br/interna/0,,OI983102-EI6581,00.html>. Acesso em: ago. 2010. Na tirinha, existe uma ironia que pode ser contrastada com a notícia. Indique a alternativa que descreve corretamente esse contraste:

a) A notícia apresenta como bastante provável a existência de vida inteligente fora do planeta e a tirinha questiona essa pos-sibilidade.

b) A tirinha dá como certa a existência de vida inteligente fora do planeta, enquanto a notícia trabalha apenas com estimativas. c) A notícia prioriza o termo “inteligente” associando-o à

capaci-dade de raciocínio, enquanto a tirinha prioriza juízo de valor.

6. Enquanto a notícia afirma haver grandes chances de existir vida inteligente (no sentido de “dotada de raciocínio”, sem, entretanto, assumir um juízo de valor sobre essa inteligência) em outros planetas, a tirinha não nega nem questiona essa possibilidade. O verbo “ter” não foi usado como indicador de certeza, mas de desejo de que haja vida em outros planetas. O mesmo uso se faz quando é dito: “Tem que haver esperança para esse caso”. A tirinha ironiza ao dizer que o importante não é desejar encontrar vida inteligente, mas, sim, seres simpáticos, emitindo juízo de valor.

LUIS FERNANDO VERÍSSIMO

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8

d) Na tirinha, o verbo “ter” foi empregado no sentido de afirma-ção sobre a existência de vida inteligente em outros planetas, mas a própria ilustração nega essa possibilidade ao apresen-tar as personagens como dois elementos solitários no espaço. e) A notícia apenas afirma a probabilidade de haver vida fora do

planeta, mas a tirinha vai além ao sugerir uma possível língua em comum.

C5 • H17 / C5 • H18

7

Três enzimas (A, B e C) importantes para a digestão foram estu-dadas por um cientista. O pesquisador constatou que suas pro-priedades são diferentes, bem como seus locais de ação ao longo do sistema digestório. Após medir o pH ótimo para cada enzima, obteve o gráfico a seguir:

Enzima A Enzima B Enzima C

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 pH

Velocidade da reação

Gráfico da velocidade de reações catalisadas por três enzimas humanas (A, B e C)

em relação ao pH. O pico de cada curva corresponde ao pH ótimo.

Para complementar sua análise, o cientista estudou três porções do sistema digestório e elaborou a seguinte tabela:

Porção do sistema

digestório pH Observações

Boca Entre 6,5 e 7 pH neutro ou levemente ácido, variando de acordo com a higiene bucal e alimentação Estômago Entre 1,5 e 2 pH ácido, com produção e liberação de ácido clorídrico

Duodeno Entre 7 e 8 pH levemente básico, com liberação de bicarbonato produzido no pâncreas

Com base nos dados apresentados, é possível concluir que: a) o estômago é o principal órgão do sistema digestório, pois,

como o ácido clorídrico favorece a digestão dos alimentos, a enzima A, cujo pH ótimo é bastante ácido, deve executar mais funções que as demais.

b) o fato de cada enzima possuir um pH ótimo indica que um mes-mo substrato pode ser digerido em diferentes locais do corpo, dado que as enzimas digestivas apresentam funções seme-lhantes, que visam garantir a digestão completa do alimento. 7. Por meio dos dados apresentados, é

possível perceber que o favorecimento das reações catalisadas pelas enzimas depende da porção do sistema digestório em que elas se encontram. Por extensão, é possível concluir que há especificidades relacionadas à produção de cada enzima.

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c) a pequena diferença entre o pH ótimo da enzima B e o da en-zima C sugere que a função de ambas é semelhante e que elas estão presentes tanto na boca quanto no duodeno.

d) as enzimas A, B e C devem ser produzidas e liberadas na boca, para que possam iniciar suas reações no começo do sistema digestório; porém, essas reações devem ser favorecidas, res-pectivamente, no estômago, na boca e no duodeno.

e) as reações catalisadas pelas enzimas A, B e C devem ser favo-recidas, respectivamente, no estômago, na boca e no duodeno, o que sugere que a produção e a ação dessas enzimas também devam estar associadas a localizações específicas.

C5 • H17 / C5 • H19

8

Os padrões de produção e consumo das sociedades contemporâne-as têm colocado constantemente a preservação do meio ambiente em risco. Por isso, modelos com o intuito de relacionar a sustentação das populações humanas com o consumo de recursos naturais vêm sendo desenvolvidos. Um desses modelos é a pegada ecológica, que estima, geralmente por país, a área total de terras, mares e rios (a biocapacidade) que seria demandada para abastecer os habitantes com os recursos necessários. Quando o valor da pegada ecológica supera a biocapacidade, diz-se que há um déficit ecológico, ou seja, os recursos necessários para abastecer a população humana supe-ram a capacidade do país em produzi-los. Observe o seguinte mapa:

LEGENDA Déficit ecológico (hectares per capita) 11,0 5,4 0,2 25,4 217,8 Dados insuficientes

Mapa-múndi político, sem representação do consumo ou da pegada ecológica dos diferentes países.

Biocapacidade e déficit ecológico (2003)

Fonte: <http://pthbb.org/natural/footprint/2003/cartogram.png>. Acesso em: jan. 2014. Mapa temático mostrando o consumo da biocapacidade (biocapacidade nacional +

im-portações – exportações), representado pela área de cada país, e o déficit ecológico, representado pela cor (veja a legenda). Os tons de bege indicam as nações com déficit ecológico. Não estão representados os valores absolutos de pegada ecológica dos países.

(Tradução do autor) Fonte: <http://pthbb.org/natural/footprint/>. Acesso em: fev. 2014.

X

8. Para a interpretação do mapa, deve ficar claro que a extensão territorial representa o consumo da biocapacidade (ou seja, quanto o país consome daquilo que produz e importa). O déficit ecológico (isto é, de quanto o país precisa além da sua biocapacidade) está representado pela escala de cores. Os dois indicadores revelam altos valores nos países mais desenvolvidos, como Estados Unidos, países da Europa, Japão e China. Este último país, como se sabe, vem apresentando um crescimento vertiginoso.

(10)

10

Com base nos mapas e nas informações, pode-se concluir que: a) os países representados pelas tonalidades de bege são, por

definição, os maiores poluidores do planeta, já que o déficit ecológico mede, indiretamente, o grau de poluição.

b) os países que apresentam altos valores de consumo de bio-capacidade e déficit ecológico são, de modo geral, os países mais desenvolvidos do mundo.

c) os países representados por extensões territoriais pequenas são aqueles nos quais a pegada ecológica é menor que a bio-capacidade, pois a produção é alta e supre as demandas na-cionais.

d) os países representados pelas tonalidades esverdeadas pos-suem uma pegada ecológica menor que a biocapacidade por-que aplicam o desenvolvimento sustentável.

e) os países menos desenvolvidos costumam ter um consumo de biocapacidade baixo e, no entanto, altos valores de déficit ecológico.

C3 • H12

9

O político e ambientalista Al Gore, no documentário de longa- -metragem Uma verdade inconveniente, lançado em 2006 e ga-nhador de importantes prêmios internacionais, alerta-nos sobre o problema do aquecimento global. No filme, é feita uma corre-lação entre a emissão anual de gás carbônico, que tem crescido nas últimas décadas, com a elevação da temperatura média glo-bal, reforçando a hipótese que atribui ao ser humano o papel de principal causador desse fenômeno.

Com base no exposto, indique a alternativa que propõe a expli-cação mais plausível para justificar o título escolhido por Al Gore para seu documentário:

a) É inconveniente correlacionar emissão de gás carbônico com aquecimento global, porque não há correlação entre o dióxido de carbono e o efeito estufa, suposto responsável pela eleva-ção das temperaturas globais.

b) Não convém aceitar a existência do aquecimento global, por-que sua solução demandaria uma série de atitudes por-que soam desnecessárias, uma vez que o ser humano conseguiria se adaptar, sem muita dificuldade, às temperaturas médias mais elevadas.

c) Dado que o desenvolvimento humano raramente acarretou custos ao meio ambiente, correlacionar aquecimento global com ações antrópicas soa como uma novidade que não deve ser difundida, sendo, portanto, uma verdade que não nos con-vém.

d) A inconveniência reside no aumento das emissões de gás car-bônico, e não há motivo para correlacionar a ação humana a tal X

9 O título Uma verdade inconveniente é bastante sugestivo e indica que as possíveis soluções para o aquecimento global, sempre implicando a redução das emissões de gás carbônico, envolvem uma série de medidas que incluem mudanças nas estruturas de produção e a reeducação da postura do homem diante do meio ambiente.

(11)

fato, já que o homem existe há milhares de anos, enquanto a elevação dessas emissões só aconteceu nas últimas décadas. e) Quando as ações antrópicas são consideradas causa principal

do problema, torna-se necessário repensar o modelo de de-senvolvimento adotado e propor mudanças na matriz ener-gética e educação ambiental, medidas que parecem inconve-nientes para a ordem vigente.

C4 • H15

10

As curvas de crescimento ilustram as mudanças no tamanho da população ao longo do tempo. Com disponibilidade de recursos e condições ambientais favoráveis, as populações de seres vivos tendem a crescer. Mas esse crescimento encontra obstáculos, seja pela própria falta de recursos, seja em decorrência de inte-rações intra e interespecíficas. O crescimento hipotético das po-pulações, na ausência de qualquer forma de resistência do meio, é chamado potencial biótico. Veja o gráfico a seguir:

Curva de crescimento real Resistência do meio Capacidade de suporte do meio Curva do potencial biótico Ta manho da população Tempo

Curva de crescimento populacional de uma espécie hipotética. Nota-se que a resistência do meio reduz o crescimento do potencial biótico, levando a um crescimento real que alcança um equilíbrio limitado pela capacidade de suporte do meio.

Analisando as informações e o gráfico, é possível concluir que: a) a oscilação observada após a população ter alcançado a

capa-cidade limite do meio deve ser ocasionada, principalmente, pela sazonalidade reprodutiva da espécie, que influencia nos fatores ambientais de modo que se tornem ora favoráveis, ora desfavoráveis ao crescimento populacional.

b) a resistência do meio aumenta proporcionalmente ao cres-cimento da população, o que possibilita que se alcance um equilíbrio com oscilações resultantes das próprias flutuações de crescimento populacional diante da capacidade de suporte do meio.

c) a curva do potencial biótico, embora corresponda a um mode-lo teórico, pode ser alcançada em situações favoráveis, algo que provavelmente acontecia com as espécies presentes no planeta antes do surgimento do homem.

X

10. Uma compreensão correta da curva de crescimento vai indicar que, no contexto do gráfico, o elemento determinante é o tamanho da população, dado que influencia nos efeitos da resistência do meio sobre ela. O potencial biótico é um modelo teórico, inalcançável na prática, pois sempre haverá resistência do meio promovida pelo próprio ambiente (a ação humana também pode ser um fator causador dessa resistência).

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12

d) a resistência do meio constitui-se, essencialmente, de fatores ambientais que variam naturalmente, e não considera a inter-venção humana como um desses fatores.

e) populações que se multiplicam em altas taxas, como as bacté-rias, são menos vulneráveis à resistência do meio e, portanto, aproximam-se do crescimento previsto pelo potencial biótico.

C3 • H10

11

Uma ambientalista foi chamada para estudar um problema detec-tado em populações de aves nativas, as quais estão sofrendo re-duções significantes. Essas aves habitam uma reserva florestal nas imediações de grandes plantações que utilizam turbinas eólicas como fontes geradoras de energia. Acompanhada de uma equipe de especialistas, a ambientalista resolveu estudar o local para ten-tar encontrar a fonte do desequilíbrio. Infelizmente, os proprietários das plantações vizinhas à reserva não autorizaram estudos dentro de suas propriedades. Limitada apenas à reserva, a ambientalista elaborou um relatório com a tabela apresentada a seguir:

Relatório ambiental – dados divididos por assunto Com relação à reserva florestal Com relação às populações afetadas Com relação às demais populações • não foram detectadas marcas de

destruição de hábitat • sistemas de segurança não

detectaram nenhuma atividade humana não autorizada

• altas taxas de mortalidade, levan-do à redução da população • casca dos ovos demasiadamente

fina, comprometendo o desen-volvimento dos filhotes

• não há indícios de que tenham sido afetadas

• não há nenhuma população com número de indivíduos acima ou abaixo do normal

Com base nos dados levantados, é possível concluir que a prová-vel causa do desequilíbrio ambiental envolvendo as populações de aves em questão foi:

a) a introdução de espécies exóticas que competem com as aves, obtendo mais vantagens na competição e aumentando sua população em detrimento das populações nativas de aves. b) a chuva ácida, que tem afetado principalmente as aves graças

ao fato de que esses animais se locomovem essencialmente no ar, não havendo tantas possibilidades de refúgio durante fenômenos desse tipo.

c) a possível utilização de DDT ou qualquer outra substância não biodegradável pelos proprietários das plantações vizinhas; o acúmulo de substâncias desse tipo nos tecidos de aves preju-dica seu ciclo de vida.

d) a caça ilegal, motivada pela biopirataria, que tem afetado as aves possivelmente por interesses em características próprias desses animais, como a plumagem ou o bico.

e) a instalação de usinas eólicas, que, por conta de suas grandes turbinas, podem estar atingindo as aves em pleno voo, im-pondo a essa população altas taxas de mortalidade.

11. Após a análise dos dados da tabela apresentada, a única alternativa que não pode ser eliminada refere--se ao uso de DDT, que, por não ser biodegradável, acumula-se no tecido de consumidores de maiores níveis tróficos, papel usualmente exercido pelas aves. Também já foi constatado que o DDT ocasiona a produção de ovos com casca mais fina, aumentando a mortalidade de filhotes e reduzindo as populações atingidas.

X

(13)

C8 • H30

12

Para conservar os remanescentes do cerrado, é preciso colocar fogo na vegetação. [...] das cinzas várias espécies de plantas ressurgem revigoradas [...].

Isso é uma coisa natural e antiga do cerrado. [...] o fogo estimula o rebrotamento de muitas espécies herbáceas. [...] o fogo favorece a dispersão de sementes e sincroniza a reprodu-ção, fazendo com que todos os indivíduos floresçam ao mesmo tempo. [...] desde que feito com manejo, o fogo controlado em pequenas áreas, no intervalo de alguns anos, é uma das manei-ras de evitar um mal maior, como os incêndios devastadores que acontecem nas reservas na região – como o Parque Nacional das Emas (GO) –, tomam tudo de uma só vez e não deixam chance para os animais fugirem. “Mas ninguém quer ouvir falar, porque parece que fogo é só destruição. Claro que é em floresta, mas no cerrado, com controle, é um instrumento de manutenção.”

GIRARDI, G. Pioneiro do cerrado cria nova forma de proteção. O Estado

de S. Paulo, São Paulo, 1o out. 2008. Disponível em: <http://www.

estadao.com.br/noticias/vidae,pioneiro-do-cerrado-cria-nova-forma-de-protecao,251753,0.htm>. Acesso em: jan. 2014. De acordo com o texto anterior, é possível afirmar que:

a) o uso controlado de queimadas, testado no bioma cerrado, auxilia na manutenção de ambientes florestais e deveria ter seu uso expandido a outros biomas.

b) incêndios em grandes áreas de cerrado são um modo de atrair a presença de espécies como a onça, pois, ao estimularem o rebrotamento da vegetação, atraem herbívoros que são suas presas.

c) apesar de o fogo contribuir para a remineralização do solo, pode-se alegar que na maioria dos casos ele é só destruição; portanto, ninguém quer usá-lo no manejo de áreas selvagens. d) a queimada controlada deveria ser utilizada especialmente

em regiões onde as florestas foram muito devastadas, pois estimula o rebrotamento de muitas espécies de plantas e fa-vorece a dispersão de sementes.

e) até que se façam testes em outros biomas, o uso desse méto-do, sempre em pequenas áreas, deve ser restrito ao cerrado.

C1 • H4

13

O aumento na demanda por energia é constante. Muitas alterna-tivas têm sido propostas com o intuito de atender a essa deman-da sem que haja elevação deman-das emissões de dióxido de carbono. Os biocombustíveis constituem uma alternativa energética que, teoricamente, diminuiria tais emissões. No entanto, para que a

12. O texto trata unicamente do bioma cerrado. Não é possível, portanto, aplicar o que foi dito sobre o método a outros biomas.

X

13. A questão da conveniência da utilização do biodiesel ainda está aberta por conta da necessidade de remediar certos aspectos negativos desse uso, como o débito de carbono.

(14)

14

utilização de biocombustíveis realmente tenha um impacto posi-tivo na economia global do carbono, além de um efeito atenua-dor no que diz respeito às mudanças climáticas, é necessário que se leve em conta a forma como eles são produzidos e o balanço final entre o carbono emitido e o capturado.

Ao se desmatar uma área para o estabelecimento de plantações destinadas à produção de biodiesel, cria-se um débito de car-bono. Antes de uma avaliação para verificar se a utilização do biodiesel é de fato menos impactante, é necessário que o débito gerado por sua adoção seja “pago”.

3003

33 111 57

6 Conversão de ecossistemas

nativos para a produção de biocombustível. Débito de carbono (mg CO 2 ha –1) Conversão de áreas de

plantação degradadas para a produção de biocombustível. 500 250 0 A 0,9 0,9 1,2 1,2 4,3 10 5 0 Pagamento anual (mg CO 2 ha –1 ano –1) B 319 Floresta tropical Cerrado Terra agrícola abandonada Terra agrícola abandonada Pradarias (EUA) Biocombustível Ecossistema original Biodiesel de soja Biodiesel de soja Etanol de milho Etanol de milho Etanol de gramíneas 37 93 48 1 100 1000 10 1 Tempo par a ze ra r o

débito de carbono (anos) C

Gráficos mostrando o débito de carbono gerado pela produção de biocombustível em diferentes ecossistemas (A); o cálculo da produção anual de carbono pela

cultura estabelecida (B); e o tempo para que a produção anual de carbono pela

cultura estabelecida se equipare ao débito gerado em A (C).

Elaborados com base em FARGIONE, J. et al. Land clearing and the

biofuel carbon debt. Science, n. 319, 2008. p. 1 235-1 238. De acordo com os gráficos e com o texto, é incorreto afirmar que: a) entre as fontes de energia com baixa emissão de carbono, os

biocombustíveis são uma boa opção, pois saldam seu débito de carbono inicial em pouco tempo.

X

(15)

b) pelos dados apresentados, apenas o etanol gerado a partir de gramíneas em campos de cultivo abandonados proporciona a possibilidade de saldar o débito de carbono rapidamente, isto é, em menos de 10 anos.

c) a resposta geral que se pode tirar dos dados apresentados é que a conversão dos ecossistemas nativos para a produção de biocombustíveis não vale a pena.

d) floresta tropical é o ecossistema que, quando alterado, deixa o maior débito de carbono; isso se deve, entre outros fatores, ao fato de tratar-se da formação com maior densidade de es-pécies arbóreas de grande porte.

e) a soja é a espécie com menor “pagamento” anual do débito de carbono.

C1 • H2 / C5 • H19

14

A indução à triploidia em peixes é um tipo de tecnologia de ma-nipulação cromossômica muito utilizada pelos piscicultores. In-divíduos triploides geralmente são maiores e estéreis, isto é, não são reprodutivamente viáveis, pois suas gônadas e game-tas não se desenvolvem de maneira adequada. A utilização de peixes triploides minimiza possíveis impactos ambientais nega-tivos causados pela invasão de indivíduos de espécies exóticas. É sabido que espécies exóticas invasoras podem causar o desa-parecimento de espécies nativas pela competição por recursos, pela predação, pela degradação genética por meio de hibridiza-ção, e também pela introdução de novas doenças e parasitas. Imagine a seguinte situação: um lago é invadido por uma espécie exótica que se reproduz rapidamente e se alimenta das espécies na-tivas; ocorre uma acentuada diminuição dessas populações e os mo-radores locais, que as utilizam como alimento, começam a protestar. Após ponderar por algum tempo suas opções, as autoridades de-cidem, para controlar a taxa de natalidade da espécie invasora, introduzir machos triploides no lago. Essa decisão, provavelmen-te, baseia-se no raciocínio de que:

a) o aumento de indivíduos da espécie invasora aumenta tam-bém a competição por recursos, o que deve causar queda na taxa de natalidade dos “intrusos”.

b) os indivíduos triploides da espécie invasora são maiores, por-tanto, devem consumir os indivíduos menores de sua própria espécie; o aumento na taxa de predação da espécie invasora é um modo de controlar sua taxa de natalidade e de deixar as espécies nativas intactas.

c) os indivíduos triploides devem competir com os machos nor-mais pelo direito de cruzar com as fêmeas; como seus game-tas são inviáveis, é provável que a taxa de natalidade caia bastante, o que, por sua vez, diminuiria a pressão sobre as populações de peixes nativos.

14. Os machos triploides não

produzem gametas viáveis, mas seu comportamento não é alterado. Portanto, eles competem pelas fêmeas com os machos normais, e,

se o número de machos triploides for alto, o número de óvulos fecundados por gametas inviáveis também será alto, com a consequente redução gradual da população de peixes invasores.

(16)

16

d) o maior tamanho dos indivíduos triploides deve torná-los mais chamativos aos olhos dos pescadores, que, nesse caso, dei-xariam de lado as espécies nativas, aumentando, assim, suas chances de sobrevivência.

e) um número maior de indivíduos da espécie invasora garanti-ria que eles só se cruzassem entre si, evitando o surgimento de híbridos.

C1 • H4 / C3 • H8 / C8 • H28

15

O Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ) iniciou suas ativida-des há 200 anos, inserido no projeto de pesquisa luso e seguia orientações elaboradas anteriormente na metrópole. O primeiro desafio foi aclimatar as chamadas especiarias do Oriente: bauni-lha, canela, pimenta e outras. [...]

Em linhas gerais, aclimatar uma espécie de planta significava, primeiramente, aperfeiçoar o transporte das mudas e sementes, muitas vezes trazidas de outros continentes em viagens que du-ravam meses; depois, construir viveiros para semeá-las; e, final-mente, transplantar os vegetais para o solo em diferentes áreas e observar a necessidade de incidência de sol, sombra, água etc. de cada um deles. Uma vez que tais experiências eram baseadas na literatura produzida sobretudo na Europa, era preciso realizar pes-quisas sobre a adaptação das plantas ao clima e solo brasileiros.

BEDIAGA, B. et al. As atividades científicas durante dois séculos. In:

Jardim Botânico do Rio de Janeiro: 1808-2008 (org.: Instituto de Pesquisas

Jardim Botânico do Rio de Janeiro). Rio de Janeiro, 2008. Disponível em: <www.jbrj.gov.br/publica/livros_pdf/200anos.pdf>. Acesso em: fev. 2014. Em relação à aclimatação de plantas, é incorreto afirmar que: a) é possível tentar fazer a aclimatação não apenas de

especia-rias, mas de quaisquer outras espécies de planta.

b) além do estudo das condições nas quais as plantas se desen-volvem melhor, também é possível fazer um trabalho de sele-ção artificial, visando facilitar o cultivo e melhorar a produsele-ção. c) as plantas europeias não podem ser aclimatadas ao Brasil; por

isso, as plantas eram trazidas das regiões tropicais do Oriente. d) um dos possíveis problemas que podem ser encontrados

du-rante a tentativa de aclimatação de certa espécie é a inexis-tência de polinizadores.

e) com base nos estudos de aclimatação, é possível selecionar as melhores regiões para fazer o plantio, ou então alterar o solo e construir estufas, por exemplo.

C4 • H14 / C4 • H15 / C5 • H17

16

O gráfico seguinte mostra a velocidade máxima que um lagarto da espécie Varanus griseus consegue atingir com diferentes tem-peraturas corporais:

15. O Brasil é muito extenso e possui grande diversidade de climas e de solos. Além disso, trabalhos de seleção artificial já ocorrem há centenas de anos, podendo diversas das plantas com interesse comercial ser cultivadas em diferentes regiões do mundo, ainda que estejam bem distantes de sua

região de ocorrência natural. X

(17)

Temperatura corporal (°C) 3,5 3 2 1 2,5 1,5 0,5 0 18 21 r = 0,927524 (p < 0,05) 25 30 35 37 41 Velocidade máxima (m/s)

Fonte: OKAFOR, A. I. The influence of body temperature on sprint speed and anti-predatory defensive responses of the North African monitor lizard, Varanus griseus. African Journal of Biotechnology, vol. 9, n. 5, 2010. p. 778-781. Disponível em: <www.academicjournals.org/AJB/PDF/

pdf2010/1Feb/Okafor.pdf>. Acesso em: fev. 2014. De acordo com o gráfico apresentado e com seus conhecimentos sobre bioquímica, podemos concluir que:

a) os lagartos mais rápidos têm o corpo mais quente do que os mais lentos, pois o movimento muscular gera calor.

b) quanto maior a temperatura corporal, maior a velocidade de corrida, pois a velocidade das reações químicas aumenta com a temperatura.

c) a velocidade de corrida do lagarto aumenta até o ponto em que a temperatura corporal atinge o patamar dos 35-37 °C. Acima desses valores, o desempenho cai, porque começa a ocorrer a desnaturação de algumas proteínas.

d) os lagartos da espécie Varanus griseus não conseguem correr em temperatura abaixo de 18 °C.

e) a temperatura não tem influência sobre as reações químicas que propiciam o movimento muscular. Assim, a variação na velocidade de locomoção ocorreu por outro motivo que não a temperatura.

C5 • H17

17

Em diversas comunidades ribeirinhas da região amazônica o pi-rarucu (Arapaima gigas) é a principal fonte proteica. Ele é um dos maiores peixes de água doce do planeta e, devido à pesca predatória e ao acelerado processo de urbanização, corre risco de extinção. Sua alimentação é bem variada, incluindo frutas, vermes, peixes, anfíbios, répteis e até aves aquáticas. Seu pe-ríodo de reprodução inicia-se em dezembro, estendendo-se até março.

Nessa mesma região encontra-se também o maguari (Ardea

cocoi), uma das maiores garças do Brasil. Essa ave aquática

ha-bita beiras de lagos de água doce, rios, estuários, manguezais e alagados. Alimenta-se de pequenos peixes, caranguejos, mo-luscos, anfíbios e pequenos répteis.

16. O aumento da temperatura, de modo geral, intensifica a velocidade das reações químicas. No entanto, temperaturas muito altas podem levar à desnaturação de proteínas e outras moléculas orgânicas, resultando em queda da velocidade ou do rendimento de certos processos metabólicos.

(18)

18

Analise as informações anteriores e indique a cadeia alimentar que pode ser encontrada nessa região:

a) Homem → Pirarucu → Vegetação

b) Vegetação → Pirarucu → Peixe herbívoro → Homem c) Vegetação → Peixe herbívoro → Pirarucu → Homem d) Homem → Pirarucu → Peixe herbívoro → Vegetação e) Vegetação → Maguari → Pirarucu → Homem

C5 • H19

18

Um dos temas mais abordados ultimamente pela mídia é o uso dos biocombustíveis – como o biodiesel e o etanol (álcool etílico) –, considerado um possível meio de contenção do aquecimento global. Isso porque os biocombustíveis permitem uma ciclagem daquele que é apontado como um dos maiores protagonistas do aquecimento global, o gás carbônico (CO2), pois, enquanto as matérias-primas crescem, elas absorvem o CO2 da atmosfera, du-rante a realização da fotossíntese.

Outras informações relativas aos biocombustíveis:

I. Contribuem para a estabilização da concentração de CO2 na atmosfera, o que pode ajudar a conter o aquecimento global. II. Grande quantidade de energia é consumida durante sua

produção.

III. No caso do Brasil, há grandes áreas para o cultivo de vege-tais que podem ser usados na produção de biocombustíveis. IV. Grandes quantidades de gases nitrogenados são liberadas

com a queima da cana-de-açúcar.

O biocombustível, apesar de ser uma boa alternativa ao pe-tróleo, ainda não constitui a grande solução para o problema energético do mundo, pois também possui suas desvantagens, como podemos observar em:

a) I, apenas. b) II, apenas. c) I e IV, apenas. d) II e III, apenas. e) II e IV, apenas.

C3 • H10

19

Uma das medições realizadas para determinar a qualidade da água refere-se à concentração de oxigênio nela dissolvido. Esse índice inicia-se no valor zero e, quanto maior ele for, melhor a qua-lidade da água analisada. Entretanto, quando se observam muitas algas na superfície de um lago, principalmente daqueles próximos a córregos poluídos, pode-se obter um resultado equivocado após a análise da concentração de oxigênio de tal superfície, pois: 17. A cadeia alimentar é a sequência

de organismos em que um ser vivo pode servir de alimento para o outro. A cadeia em questão se inicia com o produtor, e a energia química produzida por essa vegetação é transferida aos outros seres vivos por meio da alimentação. A direção da seta indica o sentido da transferência da energia.

X

18. A produção do biocombustível requer uma grande quantidade de energia e de água; outro problema é que os gases nitrogenados, liberados com a queima da cana-de-açúcar, podem causar a chamada “chuva seca”.

X

(19)

a) o baixo índice de oxigênio encontrado na superfície é resul-tante da alta taxa de fotossíntese dessas algas.

b) o aumento excessivo de nutrientes leva à proliferação des-sas algas e ao registro de bons índices de oxigênio; porém, esse estágio marca o início da eutroficação, que pode gerar esgotamento do oxigênio.

c) o alto índice de oxigênio na superfície propicia o desenvol-vimento de bactérias e fungos anaeróbios no fundo do lago, o que acaba por contaminá-lo e leva à morte de peixes e outros seres vivos.

d) apesar dos baixos índices de oxigênio na superfície, há muito oxigênio dissolvido no restante do lago.

e) as algas deixam o lago com aspecto de poluído, porém os bons índices de oxigênio revelam que a qualidade da água é boa.

C4 • H15

20

Considerando seus conhecimentos sobre a origem da vida e o infográfico a seguir, escolha a alternativa que descreve correta-mente a conclusão do experimento descrito.

Experimento

Em dois frascos idênticos são colocados dois pedaços de carne do mesmo tamanho.

Grupo controle Larvas Grupo experimental Gaze Pedaço de carne

Outro frasco é fechado com gaze e assim mantido por vários dias.

Moscas não chegam até a carne.

Nenhuma larva aparece.

Resultados

Conclusões

Um dos frascos é mantido aberto por vários dias.

Moscas voam sobre a carne e, posteriormente, ovos e larvas aparecem.

A geração espontânea de larvas a partir da carne não ocorre. A hipótese foi confirmada.

Observação de fatos e perguntas

Hipótese

Moscas voam ao redor de carnes deixadas ao ar livre. “Vermes” aparecem na carne em decomposição. De onde surgem esses vermes?

Os “vermes” são larvas que surgem dos ovos no ciclo de vida das moscas. Manter as moscas afastadas da carne prevenirá o aparecimento de larvas.

19. Quando há aumento excessivo de nutrientes, principalmente nitrato e fosfato, ocorre o processo de eutroficação. As algas do fitoplâncton proliferam exageradamente, o que aumenta os níveis de oxigênio, devido ao processo da fotossíntese. Algumas delas produzem toxinas, que provocam a morte de muitos organismos. Em geral, tais algas possuem um ciclo de vida curto, portanto a proliferação é logo acompanhada de grande mortalidade. A decomposição dessas algas e do zooplâncton aumenta o número de bactérias e fungos anaeróbios, esgotando o oxigênio dissolvido na água. Sem oxigênio, os animais e outros organismos aeróbios morrem, enquanto os seres anaeróbios proliferam.

(20)

20

a) A hipótese testada se confirma, pois as larvas apareceram so-mente no grupo controle, já que o grupo experimental não permitia a sobrevivência dos insetos dentro do frasco.

b) A hipótese testada se confirma, pois as larvas não se desen-volveram no grupo experimental, que não permitia o contato das moscas com a carne.

c) A hipótese testada não se confirma, pois o experimento não durou tempo suficiente para o desenvolvimento das larvas no grupo experimental, sendo impossível concluir qualquer coisa a respeito.

d) A hipótese testada se confirma, pois as moscas morriam antes mesmo de conseguirem entrar no frasco que continha a gaze. e) A hipótese testada não se confirma, pois, para que se pudesse

concluir alguma coisa, os frascos utilizados deveriam ter sido os mesmos.

C4 • H14 / C4 • H15

21

Analise as seguintes imagens de hemácias e encontre a alternati-va incorreta:

DAVID M. PHILLIPS/PR/LATIN STOCK

1

DAVID M. PHILLIPS/PR/LATIN STOCK

2

DAVID M. PHILLIPS/PR/LATIN STOCK

3

a) A célula mostrada na imagem 1 certamente não foi mergulha-da em nenhum tipo de solução.

b) A entrada de água na célula, processo mostrado na ima-gem 3, deve ter ocorrido após seu contato com uma solução hipotônica.

c) A célula mostrada na imagem 2 perdeu líquido, tendo sido, provavelmente, mergulhada em uma solução mais concentra-da que seu conteúdo interno.

d) Se a célula 2 tivesse sido mergulhada em soro fisiológico, não teria murchado.

e) A imagem 1 mostra uma hemácia de aspecto normal, sem deformações.

20. A hipótese testada por Francesco Redi se confirma, pois, como as condições do experimento foram as mesmas para ambos os grupos, a única diferença entre eles estava relacionada à possibilidade ou não de as moscas depositarem seus ovos na carne.

X

X 21. As imagens mostram, na sequência,

uma hemácia de aspecto normal, que foi mergulhada em uma solução isotônica; uma hemácia murcha, em decorrência de seu contato com uma solução hipertônica; e uma hemácia que teve seu volume aumentado, como consequência do contato com uma solução hipotônica. A resposta a é incorreta porque a célula mostrada na imagem 1 pode, sim, ter sido mergulhada em alguma solução, desde que isotônica.

(21)

C3 • H9 / C4 • H14

22

RODVAL MATIAS

1 2 3

4

Qual das alternativas a seguir não condiz com o que é apresenta-do na teia alimentar?

a) Os organismos indicados pela chave 1 são sempre produtores. b) Os organismos indicados pela chave 2 são todos herbívoros. c) Os organismos indicados pela chave 3 são exclusivamente

carnívoros.

d) Os organismos indicados pela chave 4, sem exceção, contri-buem para a reciclagem de nutrientes.

e) Os organismos indicados pela chave 1 são completamente de-pendentes da ação dos organismos indicados pela chave 4.

C4 • H14 / C5 • H17

23

Analise o gráfico a seguir, que mostra a variação, no decorrer do tempo, do número de indivíduos de duas espécies que vivem em um mesmo ecossistema. Em seguida, usando também seus conhecimentos sobre ecologia, encontre a alternativa correta:

Tempo (anos) 1845 0 20 40 60 80 100 120 140 160 1855 1865 1875 1885 Número de indivíduos 1 (em milhares ) Número de indivíduos 2 (em milhares) 1895 1905 1915 1925 1935 12 Espécie 1 Espécie 2 9 6 3 0

22. Na alternativa c, o erro está na palavra “exclusivamente”, já que o quati, como pode ser visto no esquema, também se alimenta de amoras. Sendo assim, os organismos indicados pela chave 3 não são exclusivamente carnívoros. X

(22)

22

a) Os indivíduos das espécies 1 e 2 certamente não apresentam nenhum tipo de relação ecológica.

b) Os indivíduos da espécie 2 estão em menor número porque são predados pelos indivíduos da espécie 1.

c) O gráfico não apresenta dados suficientes para que se chegue a alguma conclusão sobre as relações que podem existir entre essas duas espécies.

d) As duas espécies provavelmente vivem em um equilíbrio di-nâmico, em que a densidade das populações é determinada por ambas as espécies, como ocorre nas relações de predação. e) As espécies em questão competem pelo mesmo recurso no

ecossistema que habitam.

C4 • H14

24

Aves e macacos em geral depositam as sementes debaixo de alguma árvore. Os restos de polpa então atraem as formigas, que levam nacos para dentro do formigueiro. “A semente fica limpinha no chão da floresta [...] impedindo que fungos se instalem e acabem por matar o embrião da planta”. Além dis-so, algumas formigas carregam as sementes até o formigueiro, que o pesquisador [Paulo Oliveira] descreve como “uma ilha de nutrientes”, já que ali estão pedaços descartados de plantas e restos de formigas mortas e outros insetos.

[...] Num experimento [...] 70% das sementes [de jatobá] lim-pas pelas formigas brotaram, o que só aconteceu com 20% das que não foram tratadas pelas pequenas jardineiras.

[...] as formigas-cortadeiras, que incluem as saúvas, também têm seu lado jardineiro. Quem vê a longa fileira, quase uma au-toestrada em miniatura, de formigas levando nas costas pedaços de folhas e flores teme pelo destino da planta saqueada. Não é à toa, [já que] uma única colônia de saúvas pode coletar 30 qui-logramas de vegetação num dia como adubo para os fungos que cultivam e lhes servem de alimento. Elas são capazes de deixar, em poucas horas, um arbusto frondoso reduzido a um graveto seco, mas o importante [...] é que as cortadeiras também carre-gam frutos e sementes. [...] as saúvas Atta sexdens são atraídas pelo arilo amarelo, um apêndice grudado às sementes da copaí-ba (Copaifera langsdorffii), uma árvore comum no Cerrado e na Mata Atlântica que tem sabiás-laranjeiras e jacus como principais dispersores. As saúvas carregam as sementes até 10 metros, re-tiram o arilo nutritivo e muitas vezes chegam a quebrar o reves-timento duro da semente, o que também ajuda na germinação [...]. O mesmo acontece com outras plantas típicas do Cerrado.

GUIMARÃES, M. Jardineiras fiéis. Pesquisa FAPESP, São Paulo, n. 161, jul. 2009. Disponível em: <http://revistapesquisa.fapesp.br/2012/08/17/

jardineiras-fieis>. Acesso em: fev. 2014.

23. No caso aqui representado, a espécie 2 é predadora da espécie 1. O gráfico mostra que as duas espécies vivem em um equilíbrio dinâmico, no qual determinam a densidade populacional uma da outra; assim, a alternativa correta é a d. Nenhuma das outras alternativas poderia se aplicar à interpretação do gráfico.

X

24. A ação das formigas aumenta o índice de brotamento das sementes de jatobá. No entanto, tais sementes não dependem disso para brotar, algo que poderiam fazer mesmo sem as formigas.

(23)

Com relação unicamente ao exposto no texto anterior, não se pode afirmar que:

a) o jatobá tem uma relação de mutualismo com as formigas que limpam suas sementes.

b) algumas espécies de formiga têm uma relação de protocoo-peração com algumas espécies de árvore.

c) as formigas não têm uma relação de amensalismo com os fungos que se alimentam das sementes.

d) as saúvas têm uma relação de mutualismo com os fungos que cultivam.

e) aves e macacos predam os frutos de algumas espécies de ár-vore.

C3 • H9

25

Leia o texto a seguir:

A média de pH dos oceanos é de 8,1, sendo que eles estão em equi-líbrio químico com a atmosfera. Portanto, alterações nas concentra-ções atmosféricas de CO2 fazem que os oceanos absorvam maiores ou menores quantidades desse gás, o que, por sua vez, altera o pH de suas águas, de acordo com o observado na figura seguinte. A aci-dificação das águas dos oceanos interfere na formação dos esque-letos e conchas de organismos como moluscos, crustáceos e corais.

CO2 CO2 H2O H2CO3 H + Menos ácido CO2 atmosférico

CO2 dissolvido Água Ácido carbônico

Íons bicarbonato Conchas deformadas Íons hidrogênio Íons carbonato 1 2 3 Mais ácido HCO–13 CO–23 Legendas do esquema:

1. Os oceanos absorveram quase metade do CO2 liberado pela espécie humana nos últimos 200 anos.

2. O CO2 absorvido pela água do mar reage com ela e forma ácido carbônico (H2CO3).

3. O incremento da concentração de ácido carbônico aumenta a concentração de íons de hidrogênio na água, o que compro-X

25. As concentrações de H+ e de H 2CO3 são diretamente proporcionais.

(24)

24

mete a disponibilidade de íons carbonato, fundamentais para os organismos que produzem conchas e esqueletos.

De acordo com o texto e o esquema apresentado, é um equívoco deduzir que:

a) com 1,3 bilhão de quilômetros cúbicos de água, os oceanos funcionam como um grande tampão em relação à concentra-ção de CO2 atmosférico.

b) o aumento na concentração de CO2 atmosférico afeta negati-vamente os organismos que produzem conchas e esqueletos à base de íons carbonato.

c) quanto maior a concentração de íons hidrogênio, menor a concentração de ácido carbônico, portanto menos ácida fica a água do mar.

d) a impossibilidade de secretar um esqueleto adequado em um oceano mais ácido pode comprometer e alterar de modos complexos as cadeias tróficas marinhas.

e) se o pH continuar caindo, o mar se tornará corrosivo para o esqueleto e conchas de organismos como moluscos e corais.

C4 • H15

26

A distribuição das espécies é condicionada por diversos fatores ambientais, como a temperatura do ar, a quantidade de radiação solar etc.

No gráfico seguinte, apresenta-se a taxa de sobrevivência de três espécies (A, B e C) em função da temperatura média do ar.

Taxa de sobrevivência (%) Temperatura média anual (°C) 5 A B C 10 15 20 25 30

De acordo com o gráfico, é correto afirmar que:

a) a espécie C não consegue sobreviver às temperaturas nas quais a espécie A pode viver.

b) a espécie A apresenta distribuição tropical.

c) a espécie C apresenta maior amplitude de tolerância à tempe-ratura do ar.

d) a espécie A apresenta maior restrição em relação à tempera-tura média anual do ar.

e) as espécies B e C são mais aparentadas entre si do que ambas são com a espécie A.

X

26. A espécie A apresenta taxa de sobrevivência entre, aproximadamente, 0 ºC e 12 ºC (um intervalo de 12 ºC); a espécie B, entre 7 ºC e 25 ºC (um intervalo de 18 ºC); e a espécie C, entre 10 ºC e 25 ºC (diferença de 15 ºC). Sendo assim, a espécie A é a que apresenta maior restrição em relação à temperatura média anual.

X

(25)

C8 • H28

27

O lobo-guará é um canídeo encontrado nas regiões destacadas em laranja no mapa: 70º O 50º O 20º S Equador OCEANO PACÍFICO OCEANO ATLÂNTICO Trópico de Capric órnio 0 672 km N

Disponível em: <www.carrancas.com.br/loboguara.htm>. Acesso em: fev. 2011. Outras informações a respeito do lobo-guará:

1. Sua alimentação tem como base pequenos animais e fru-tos silvestres, sendo indispensáveis os da planta Solanum

lycocarpum, vegetal restrito a algumas regiões centrais do Brasil.

2. Sua altura é de cerca de 90 cm, e seu comprimento, incluindo a cauda, 2 m.

3. Com a ocupação humana no território brasileiro, estimulada pela agropecuária, aumentou o contato do ser humano com esse animal.

4. Trata-se do maior canídeo da América do Sul.

5. Os guarás são territorialistas, sendo que um casal pode tran-sitar por uma área de até 30 km2 em busca de alimentos, um

número considerável para um animal.

Com base apenas nas informações apresentadas, o que se pode concluir a respeito do lobo-guará?

(26)

26

a) Apesar de não ser um animal de ampla distribuição no Brasil, suas características lhe permitiriam ocupar quase todo o terri-tório nacional, desde que fosse protegido por seres humanos. b) O lobo-guará está restrito a ecossistemas brasileiros cujas ca-racterísticas ambientais mais marcantes são o relevo não aci-dentado e a escassez de espécies arbustivas e arbóreas. c) O lobo-guará sobrevive em parques nacionais fragmentados:

adapta-se a ambientes com áreas descontínuas, alimenta-se de diversos animais e desloca-se com facilidade, devido à sua estrutura corporal e ao seu comportamento ativo.

d) O lobo-guará encontra-se preferencialmente em áreas que contam com muitos vegetais com caules e folhas espessos e solo com baixa disponibilidade de nutrientes e pH abaixo de 7. e) Se toda a população de lobos-guarás fosse transferida para as

áreas brasileiras de mais alta biodiversidade, como a Amazô-nia, esses animais teriam plenas condições de sobreviver, de-vido à grande oferta de alimentos, dada a sua dieta onívora, e à disponibilidade de recursos hídricos.

C1 • H4 / C3 • H12 / C5 • H19 / C8 • H29

28

Um estudo com o peixe tucunaré, muito consumido por po-pulações do Norte do Brasil, mostra que a ação humana pode estar provocando o empobrecimento genético de suas popula-ções. O processo, conhecido como erosão genética, é o mes-mo que levou praticamente à extinção o mico-leão-dourado.

A variabilidade genética é uma das mais importantes garan-tias de sobrevivência das espécies, pois permite a adaptação às mudanças no ambiente. [...]

FERRAZ, M. A ameaça da erosão genética. Ciência Hoje, Rio de Janeiro: Instituto Ciência Hoje/SBPC, n. 259, 1o maio 2009 (atualizado em 23 set. 2009). Disponível em:

<http://cienciahoje.uol.com.br/revista-ch/revista-ch-2009/259/a-ameaca-da-erosao-genetica>. Acesso em: fev. 2014. Que medidas seriam recomendadas para combater a “erosão ge-nética” do tucunaré?

a) Proteger o tucunaré considerando grupos de indivíduos, a se-rem isolados em lagos determinados no próprio ecossistema, para que, assim, não haja a possibilidade de o grupo ter de competir por alimento com espécies de outro lago, ou até mesmo de ser predado por outras espécies.

b) Introduzir no ambiente natural espécies de peixes com geno-ma similar, o que poderia favorecer seu cruzamento com o tucunaré, aumentando a variabilidade genética da população de tucunarés como um todo.

c) Investir na conscientização da população quanto à possível ex-tinção do tucunaré, esclarecendo que a pesca predatória deve ser dirigida aos peixes mais velhos, garantindo, assim, a sobre-vivência dos mais jovens, que têm maior potencial reprodutivo. 27. Os lobos-guarás vivem, sobretudo, no

cerrado, onde encontram território adequado e alimentos suficientes para sua sobrevivência (com destaque para a planta Solanum lycocarpum). A presença humana, atrelada à devastação de áreas naturais motivada pela agricultura, tem causado a morte desses canídeos.

X

28. O bloqueio do fluxo gênico entre indivíduos da mesma espécie tem como consequência a formação de descendentes com menor capacidade de adaptação a mudanças ambientais. O tucunaré tende a viver em lagos, numa situação de relativo isolamento: cada lago apresenta um determinado conjunto genético. Assim, a possibilidade de encontro entre indivíduos com constituições genéticas muito diversas (ou seja, tucunarés de lagos distintos) é naturalmente pequena; além disso, a pesca tem diminuído o número de indivíduos. Logo, as condições que favorecem a migração e o cruzamento entre indivíduos de diferentes populações contribuem para o fluxo gênico – e, consequentemente, ajudam a combater a erosão gênica. A presença de rios conectando lagos é um exemplo disso.

(27)

d) Favorecer o trânsito dos tucunarés, ou seja, o deslocamento de indivíduos de um lago a outro(s), usando um rio central como meio de comunicação, para que possa haver cruzamen-to entre eles.

e) No próprio ambiente natural, criar zonas de reprodução de-limitadas por cercas, para que, em cada uma delas, haja um número determinado de tucunarés mantidos presos perma-nentemente, favorecendo o cruzamento entre os indivíduos e protegendo o desenvolvimento larval.

C1 • H2 / C2 • H7 / C3 • H8 / C3 • H10

29

A questão do destino do lixo eletrônico representa um novo de-safio imposto pela humanidade a si mesma. Leia o texto a seguir e analise as imagens 1 e 2:

O químico Júlio Carlos Afonso, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), abordou no encontro [I Encontro Nacio-nal de Reciclagem] os desafios do lixo eletrônico. Na opinião de Afonso, o lixo eletrônico é mais um produto da moderna sociedade de consumo, que se firma sobre um modelo total-mente insustentável. Aparelhos de telefone, produtos de infor-mática, eletrodomésticos, equipamentos médico-hospitalares e até brinquedos são alguns dos novos vilões do meio ambiente. Dentro de um computador, podemos encontrar quase uma ta-bela periódica inteira, segundo o químico.

A reciclagem desse material pode ser vista de duas manei-ras: uma boa, outra ruim. A boa é que muitos aparelhos têm grande potencial para reciclagem, devido à presença de metais preciosos em alguns circuitos eletrônicos. A ruim é que esse potencial raramente é explorado, uma vez que reciclar lixo ele-trônico é um desafio. “Quanto mais complexa é a formulação de um material, mais difícil é a sua reciclagem”, diz Afonso.

KUGLER, H. “Sucata pós-moderna”. Ciência Hoje On-line, 30 jun. 2008 (atualizado em 9 out. 2009). Disponível em: <http:// cienciahoje.uol.com.br/noticias/ecologia-e-meio-ambiente/sucata-pos-moderna/?searchterm=impacto%20ambiental>. Acesso em: fev. 2014. Imagem 1:

Recicle seu antigo celular

Baterias cobalto, níquel, cobre etc. baterias, aço inoxidável, alto-falantes Componentes ouro, paládio, cobre etc. joias, eletrônicos, aplicações médicas Capas plástico cones de tráfego, cercas plásticas, para-choques Embalagem cartolina jornais, caixas, embalagens para ovos

Disponível em: <www.simonsen.br/geotecnologia/lixoeletro.php>. Acesso em: fev. 2014.

(28)

28 Imagem 2: 30°L 30°O 60°L 60°O 90°L 90°O 120°L 120°O 150°L 150°O 180°L 180°O 30°N 30°S 60°S 60°N 90°N 90°S OCEANO PACÍFICO

Círculo Polar Ártico

Círculo Polar Antártico Trópico de Capricórnio Trópico de Câncer Equador OCEANO PACÍFICO OCEANO ATLÂNTICO

OCEANO GLACIAL ÁRTICO

OCEANO ÍNDICO UNIÃO EUROPÉIA ESTADOS UNIDOS MÉXICO VENEZUELA HAITI CHILE BRASIL Destino conhecido Fonte conhecida

Caminhos comprovados e suspeitos revelam migração do e-lixo Destino suspeito TANZÂNIA QUÊNIA NIGÉRIA MALÁSIA ÍNDIA PAQUISTÃO CHINA TAILÂNDIA VIETNÃ FILIPINAS INDONÉSIA AUSTRÁLIA CINGAPURA UCRÂNIA RÚSSIA EGITO JAPÃO COREIA DO SUL ARGENTINA EMIRADOS ÁRABES UNIDOS 0 2850 km N

Fonte: ROMANI, Bruno. “Brasil recebe restos high-tech dos EUA”. Folha de S.Paulo, 7 fev. 2009. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u500301.shtml>. Acesso em: fev. 2014. Com base no texto e nas imagens, é possível concluir que: a) o texto e a imagem 2 são discordantes em relação ao

poten-cial do lixo eletrônico: o texto defende que materiais eletrô-nicos têm grande potencial para reciclagem, mas a imagem 2 mostra que esse potencial não é expressivo, já que os países mais ricos descartam esses materiais abundantemente. b) a imagem 1 complementa o texto, ao mostrar exemplos que

comprovam que a reciclagem do lixo eletrônico é insustentá-vel, já que a maioria das peças do celular não é convertida em produtos eletronicamente complexos.

c) a imagem 2 ilustra o desafio citado pelo texto: os países de destino do lixo eletrônico têm empresas com tecnologia sufi-ciente para reciclá-lo, entretanto, devido à enorme quantida-de quantida-de materiais que recebem, não têm tido como fazer isso. d) o texto e as imagens contam com uma característica comum:

ao apresentarem dados sobre o lixo eletrônico, acabam incen-tivando as pessoas a defenderem a reciclagem e a combate-rem as atitudes consumistas no dia a dia.

e) a imagem 2 mostra a consequência global da não reciclagem pelos países de origem dos materiais.

C8 • H30

30

Algumas mulheres de um assentamento de reforma agrária pas-saram a apresentar um quadro de saúde similar: perda de mas-sa corporal, baixíssima concentração de hemoglobina e beribéri, distúrbio marcado por insônia e nervosismo.

29. Tanto a imagem 1 como o texto defendem a ideia de que o lixo eletrônico tem grande potencial para reciclagem. A primeira complementa o segundo ao dar exemplos de elementos químicos presentes no lixo eletrônico. O texto também afirma que o desafio imposto ao ser humano está na reciclagem de materiais de formulação complexa, já que igualmente complexa é a tecnologia necessária à sua reciclagem. Além disso, aborda o consumismo, o qual aumenta o volume de lixo. A imagem 2, por sua vez, apenas mostra que países mais favorecidos economicamente encaminham esse lixo para os países mais pobres, justamente os que têm menos recursos para realizar a reciclagem.

X

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Uma equipe especializada em saúde pública realizou um estudo sobre a dieta dessas mulheres e obteve os seguintes resultados:

Frequência de consumo semanal de cada tipo de alimento por mu-lheres do assentamento

Tipo de alimento

Frequência de consumo semanal 0 1 a 3 vezes 4 a 7 vezes Cereais 76,9% 20,2% 2,9% Leguminosas 79,9% 15,5% 4,6% Leite 60,3% 21,8% 17,9% Hortaliças 67,3% 31% 1,7% Frutas não cítricas 5% 43% 52% Carnes 93,8% 4,1% 2,1%

Os exames parasitológicos dessas mulheres não acusaram pre-sença de vermes em suas fezes.

A equipe de saúde pública, então, elaborou três propostas (A, B e C) com o intuito de reverter o quadro de saúde antes descrito:

Proposta A Proposta B Proposta C

Aumentar a quan-tidade de leite, iogurte, queijo, ovo,

maçã, banana e batata na dieta das

mulheres.

Diminuir a oferta de gorduras trans e au-mentar a quantidade

de frutas cítricas e de iodo na dieta das mulheres, além de iniciar imediata-mente um programa

de exercícios físicos aeróbicos a serem

realizados quatro vezes por semana.

Aumentar a quantidade de cereais integrais, couve-flor e bró-colis na dieta das

mulheres.

Considere o conteúdo de cada uma das propostas; para que haja a recuperação da saúde das mulheres afetadas, quais procedi-mentos devem ser adotados?

a) As propostas A e B, sem quaisquer alterações, devem ser ado-tadas porque são complementares.

b) Se for adotada a proposta A, a adoção das propostas B e C não será necessária.

c) As propostas A e C devem ser adotadas porque são complemen-tares, com o acréscimo de feijão e soja à dieta das mulheres. d) As três propostas devem ser adotadas porque são

comple-mentares, com o acréscimo de feijão e soja à dieta das mu-lheres.

30. O beribéri é causado por deficiência de vitamina B1, a qual é encontrada em carnes, verduras, legumes, ovos, cereais integrais e no leite. A deficiência na produção de hemoglobina pode ser suprida com o consumo, principalmente, de carnes, fígado, vegetais verde-escuros e leguminosas.

Referências

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