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Psicanálise e universidade: a trajetória paulista C. Lucia M. Valladares de Oliveira

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Academic year: 2021

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Psicanálise e universidade: a trajetória paulista C. Lucia M. Valladares de Oliveira

Este ano comemoramos um século da chegada da psicanálise no Brasil.O documento inaugural foia dissertação de conclusão de curso,Da psicoanalise (a sexualidade das nevroses), defendida na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, por Genserico Aragão de Souza Pinto, em dezembro de 1914.

Resultou de uma decisão tomada, meses antes, na Academia de Medicina, por iniciativa de Juliano Moreira, o fundador da psiquiatria brasileira, e apoiada peloprincipal expoente da neurologia, Antonio Austregésilo.Seu objetivo era o de conhecer de perto a doutrina “pansexualista” do “mestre de Viena” que nessa época causava tanta polêmica na Europa.

Assim, a psicanalise fazia sua entrada no campo da Medicina, na Saúde Pública, como um método de tratamento da histeria tendo a temática da sexualidade papel central na reflexão.Doravante, diversas personalidades iriam experimentá-la e difundi-la, através de livros, cursos, debates, para criticá-laou defendê-la, com simpatias e/ou reservas, porém atribuindo à doutrina lugar de destaque no campo acadêmico. E não apenas representantes do universo médico, da psiquiatria, mas também de diferentes disciplinas, como o direito, a educação e mesmo as ciências humanas que emergiam nesse momento: a antropologia, a sociologia e própria psicologia, eaqui, tanto a especialidade clínica quanto a social.

Neste trabalho, será analisado o percurso acadêmico em São Paulo, cidade onde a psicanálise surgiu também no campo da medicina, embora um pouco mais tarde, em 19191. Chegou por iniciativa de Franco da Rocha, o fundador da psiquiatria paulista. E a ocasião não poderia ter sido mais simbólica. Foi tratada na aula inaugural da cadeira de “Clinica psychiatrica e doenças nervosas” ministrada na primeira turma da Faculdade de Medicina, que naquele momento iniciava o seu 5º e ultimo ano. “Do delírio em geral”, título da Conferência, como de costume,mereceu publicação no Jornal O Estado de São Paulo, em 20/03/1919.

Entusiasmado com suas descobertas e experimentações, no ano seguinte Franco da Rocha dava mais um passo, ao publicar o primeiro livro brasileiro consagrado ao tema,

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Cabe assinalar que nesse momento, diferentemente do Rio de Janeiro, de Salvador, Recife, cidades onde já havia uma tradição na formação médica, na capital paulista, ela dava seus primeiros passos. A primeira faculdade de Medicina foi criada em 1914.

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O Pansexualismo na doutrina de Freud (1920). Tomou essa decisão, convencido da necessidade de explicitar, ele dizia, “um método do qual muito se fala, mas pouco se conhece em razão de sua língua original, o alemão”, mas também devido à “falta de habito de estudos psicológicos, e talvez também a falta de observação directa dos pacientes nevro e psicopatas” (Rocha, 1920, p.iv).O livro conhecerá uma segunda edição, em 1930, mas desta vez, por razões estratégicas de difusão da doutrina, o termo pansexualismo, agora muito polêmico,foi suprimido do título que se torna A doutrina de Freud. Resumo geral indispensável para a compreensão da psicanálise (Oliveira, 2005).

Entretempos, sem entusiasmo ele assume cátedra de “Clinica Psychiatrica e doenças nervosas”. Porém, como revelam as Atas da Congregação, àsvésperas da aposentadoria,sua participação na vida acadêmica durante os quatro anos que ali permaneceu foi irrisória: nunca frequentou as reuniões da Congregação e a disciplina dispunha do orçamento mais baixo da faculdade Suas aulas eram ministradas no então Hospício do Juqueri (atual Franco da Rocha), distante 45km da capital, no período da manhã, obrigando os alunos a fazer o trajeto de trem. O que causava constantes reclamações do corpo docente posto que, nem sempre eles conseguiam retornar a São Paulo para a aula da tarde. Decididamente, a vida acadêmica não lhe interessava.

Em contrapartida, após sua aposentadoria e até sua morte em 1933, continuou prestando grandes serviços à causa psicanalítica, emprestando seu nome tanto para a fundação da Sociedade Brasileira de Psicanálise SBP, em 1927, da qual foi seu primeiro presidente, quanto para a publicação da Revista Brasileira de Psicanálise, RBP e principalmente estimulando seu mais jovem discípulo, Durval Marcondes2, na tarefa de implantar a psicanálise em território paulista.

Sempre fiel a seu mestre local e a Freud, Marcondesjamais negou esforços naquilo que para ele tornou-se uma missão. Tentou de todas as maneiras, como e quando pôde introduzir a psicanalise na Universidade.

A primeira ocasião se apresentou em 1934, em um momento favorável à vinda de psicanalistas ao Brasil. E isso tanto no plano internacional, com a ascensão do nazismo na Europa e a eclosão da 2ª Guerra Mundial, que obrigou a comunidade psicanalítica a tomar o caminho do exílio; quanto no plano local, pela demanda de profissionais para

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Durval Marcondes formou-se na Faculdade de Medicina de São Paulo em 1925 e no ano seguinte iniciou carreira como médico sanitarista do Serviço de Higiene Mental. Seu primeiro, O simbolismo esthetico na

literatura. Ensaio de uma orientação para a crítica literária, baseado nos conhecimentos fornecidos pela psycho-analyse, foi publicado, em 1926.

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fundar a Universidade de São Paulo3. Foi, no entanto, uma ocasião perdida. Segundo ele, seu projeto de criação de um Curso de psicanálise, inspirado no projeto do Instituto Psicanalítico de Berlin, então considerado o modelo de formação de analistas, foi desprezado pela Universidade de São Paulo.

O que de maneira alguma, o demoveu de sua missão. Dois anos mais tarde, em março 1936, ele voltava à tona. Logo após ter obtido seu título de Livre-docência, pressionou e conseguiu da Congregação da Faculdade a abertura do concurso para a cátedra de psiquiatria (que não havia sido preenchida desde a aposentadoria de Franco da Rocha, em 1923).

E novamente, naquele que se tornou o Concurso mais polêmico no meio acadêmico da época, inclusive com repercussão na imprensa, ele mais uma vez perdeu a ocasião. Desta vez para aquele que já se apresentava como o seu grande “inimigo”, o psiquiatra Antonio Carlos Pacheco e Silva. Igualmente discípulo de Franco da Rocha, a quem este havia legado a direção do Juqueri, em 19234.

Decididamente, tão cedo a psicanalise não obteria cidadania na formação dos médicos paulistas, embora tenha habitado clandestinamente esse espaço, em estágios oferecidos aos alunos no agora Hospital Franco da Rocha, através de professores próximos da medicina psicossomática. Pelos próximos 30 anos, Pacheco e Silva reinará no campo médico universitário, estruturando e ocupando os principais dispositivos acadêmicos, e em particular o Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, onde impõe uma concepção organicista e comportamental. Foi necessário aguardar a sua aposentadoria, em meados dos anos 60, para que enfim a psicanálise pudesse ocupar algum espaço nesse campo de formação universitária, menos marcado por tensões e polarizações teóricas e clínicas. Foi quando o Professor Jorge Amaro (s.d.), estruturou o primeiro Serviço de psicoterapia no Departamento de psiquiatria do Hospital das Clínicas, propiciando a chegada de diferentes práticas “psi”, em particular o psicodrama.

Nessa mesma época, em 1964, o psicanalista Darcy Uchôa, analista didata da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo (SBPSP), era admitido no concurso para a cadeira de psiquiatria da Escola Paulista de Medicina, para ocupar outroespaço acadêmico deixado por Pacheco e Silva. Uchôa então reestruturou o Departamento de

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Em julho de 1934 A. Brill, então presidente da IPA escreve a Marcondes solicitando informações sobre a possibilidade de acolher psicanalistas judeus que estavam fugindo da Europa. (Cf. Oliveira, 2005, p.116.)

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Embora esse concurso tenha entrado para a história oficial como o da vitória da corrente organicista sobre a psicanalise, é incontestável que Pacheco e Silva possuía mais titularidade,

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Psiquiatria, cercado de psiquiatras formados no Instituto de Psicanalise da IPA paulista. Também nessa mesma época, Virginia Bicudo, assumia a disciplina de “Psicologia Médica” na Faculdade de Medicina da Santa Casa.

Assim, 40 anos após as primeiras intervenções de Franco da Rocha, finalmente a psicanálise era integrada na formação dos médicos paulistas.

Mas isso também não significa que durante esse tempo ela tenha ficado excluída do ensino universitário paulista, e menos ainda que tenha deixado influenciar o pensamento de diversas gerações de intelectuais locais de diferentes campos de saber. Muito pelo contrário. E começando pela formação dos sociólogos daEscola de Sociologia e Política de São Paulo5, onde ela é introduzida em 1940,com a criação da disciplina “Psicanálise e Higiene Mental”, sempre sob a direção de Durval Marcondes.Ali, durante anos foram ensinados principalmente os chamados textos sociológicos de Freud, e a psicanalise era tomada na sua articulação com a educação, a antropologia, a criminologia e a saúde mental, e tinha por objetivo “evidenciar o percurso que introduz o individuo ao grupo e na sua história coletiva”, além de oferecer estágios em instituições de Saúde Mental6

. Desses primeiros anos merece destaqueo trabalho interdisciplinar de Virginia Bicudo. Na época jovem analista e discípula de Marcondes, ela utilizouconceitos como transferência, identificação e o mecanismo de defesa em sua dissertação de mestrado, Estudo das atitudes raciais de pretos e mulatos em São Paulo, defendida em 19457. Além da formação dos sociólogos da ESP, nessa mesma época a psicanalise foi igualmente introduzida na seção de Sociologiada USP, na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (FFLCH), por iniciativa de Roger Bastide, em 1941. A abordagem era,no entanto, um pouco diferente. A contribuição da doutrina para o discurso sociológico era voltada para analogias entre os fenômenos de sincretismo cultural e as perturbações mentais, ou ainda em torno de problemáticas de recalcamentos derivados de pressões sociais, inspirada na leitura de Totem e tabu e Mal-estar na cultura. Vale assinalar que a experiência rendeu a Bastide as publicações “Psicanálise do Cafuné” e Sociologia e Psicanálise, ainda nos anos 40.

Entretanto, apesar de sua presença no campo das ciências humanas, pouco sabemos sobre o seu impacto na formação dos sociólogos nas gerações futuras. É possível que o

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Pioneira no ensino das Ciências Sociais, ela foi criada em 1933, por eminentes personalidades da vida social paulista, passando a oferecer Pós-graduação, já em 1941.

6Cabe notar que ainda hoje a disciplina é ensinada na formação dos alunos dessa faculdade. 7

Atualmente considerada pioneira nos estudos sobre preconceito racial no Brasil, seu trabalho foipublicado em 2010, em edição organizada por Marcos Chor Maio (São Paulo: Sociologia e Política)

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seu desaparecimento do discurso sociológicouspiano, principalmente após a saída de Roger Bastide, em 1954, tenha relação com a emergência do pensamento marxista, ainda hoje influente nessa disciplina.

Mas se a psicanálise cedia lugar na sociologia, em contrapartida, ela imediatamente encontravaguarida naquele que nos próximos anos iria se constituir como o seu território de predileção, a Psicologia. E isso desde a estruturação dessa disciplina (vinculada ao Departamento de Filosofia), quando da criação do primeiro Curso de Especialização em Psicologia Clínica, em 1954.

Finalmente, depois de tanto batalhar, agora a convite de Annita Cabral, Durval Marcondes não só eraacolhido na USP, passando a integrar o corpo docente como professor visitante, como transformaria esse espaço de formação clinica em um fórum de transmissão da psicanalise que por décadas seria controlado por analistas da SBPSP8. O que é interessante notar é que através desse percurso,de forma alguma planejado, mas redesenhado em função do que se apresentava, elesoube reorientar o campo da psicanalise, provocando um deslocamento deste saber da medicina para as ciências humanas, para inscrevê-la no campo da psicologia. Ali acolhido e ancorado em discípulos fiéis, participouativamente de todo o processo que levou à estruturação e regulamentação dessa graduação e principalmente da Clínica que com justeza hoje se chama “Clinica-Escola Psicológica Durval Marcondes”.

E a consagração veio no quadro da expansão dos programas de pós-graduação no país, quando, em 1969, mais uma vez participou da criação do Instituto de Psicologia da USP. Definitivamente seu nome se inscrevia na história dessa Universidade.

Só que agora os tempos eram outros. Eles trariam modificações substancias no modo de transmissão e difusão da doutrina. Vivíamos o “boom das práticas psi”assim como da expansão dos cursos de psicologia em todo o país.Cabe assinalar que apesar do crescimento da demanda de formação por psicólogos, das 4 instituições psicanalíticas existentes no Brasil, nesse início dos anos 70, apenas a paulista, pelo percurso que acabo de descrever, aceitava psicólogose mesmo assim em uma escala bem inferior aos médicos.9

Ora, foi nesse vazio deixado por essas instituições ipeistas que o lacanismo emergiu, tanto cooptando profissionais marginalizados pela IPA, como ocupando os novos

8Entre outros, Virginia Bicudo, Lygia Amaral, Judith Andreucci, Laertes Ferrão, Isaías Melsohn, Armando Ferrari, YutakaKubo.

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espaços acadêmicos e campos do conhecimento que se interessavam pelo pensamento de Lacan, notadamente a filosofia, a comunicação e a linguística.

Interessante assinalar que a escola francesa chegounos anos 70, não necessariamente pelo viés clinico, mas acadêmico. Chegouna bagagem de jovens intelectuais, que retornavam de estadias na França. Alguns deles eram beneficiários de bolsas de pós-graduação, enquanto outros retornavam de estadias culturais, ou então de exílios políticos ou mesmo “subjetivos”. Chegouigualmente através daqueles que aqui permanecendo, se identificavam com os efeitos desse debate na filosofia, na antropologia, na história, na linguística, como foi o caso no Rio de Janeiro10.

Em São Paulo chegou por iniciativa do então filósofo Luiz Carlos Nogueira, que, marcado pela leitura de Paul Ricoeur, integrou a primeira turma de pós-graduação em Psicologia da USP,em 1969 soba orientação de Durval Marcondes, antes de sua estadia na França, que o levou a aderir ao lacanismo (Nogueira, Sobreira, 1997)

Do ponto de vista da filiação, temos aqui o fundador da psicanálise paulista, um seguidor fiel de Freud, passando o bastão para o seu primeiro doutorando, que em seguida iria romper com a hegemonia ipeistaao implantaroutra corrente teórico-clinica, e, mais tarde, contribuir para sua transmissão no meio universitário, ao ingressar no Instituto de Psicologia da USP, como professor associado em 1995 onde permaneceu até sua morte, em 2002.

Antes dele, pode-se dizer que os primeiros ecos desse pensamento no Instituto de Psicologia da USP, chegaram através deMarilena Chauí que em 1971 ministrou a disciplina “Merleau-Ponty e a psicologia” e no ano seguinte publicou o artigo “Linguística e psicanálise em Lacan”. Porém, foi menos pelo viés lacaniano que pela leitura filosófica e estrutural do freudismoque, nos anos 70 e 80,Chauí orientou dissertações de mestrado e teses em filosofia e psicologia de uma boa parte da geração que desde então assumiu o ensino da Psicanalise em diferentes Universidades paulistas,como por exemplo, Alfredo Naffah Neto (Psicologia, PUC-SP), Luiz Roberto Monzani (Filosofia, Unicamp), Renato Mezan (Psicologia, PUC-SP).

É preciso dizer que esse processonão constitui uma particularidade paulista. Ele é fruto da expansão da pós-graduação no país, que repercutiu em diversas capitais do país, notadamente no Rio de Janeiro, a partir de meados dos anos 80. É quando, formada nos principais centros universitários do país ou no estrangeiro, uma nova geração de

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Lacan chegou ao Rio de Janeiro, em 1972, nos cursos de graduação em Comunicação da PUC-RJ e das Faculdades Integradas Estácio de Sá, através de Magno Machado Dias.

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analistas ou estudiosos do freudismo, é chamada a ocupar cargos notadamente nos Departamentos de Pós-Graduação em Psicologia Clinica.

Além dos trabalhos acadêmicos, de agora em diantea psicanálise circulará pelo país, através de uma infinidade de publicações criadas em diversos departamentos, assim como através de livros, artigos, ou então deConferencias ou eventos. Assim comodos professores quetambém passam a viajar na tentativa de suprir uma demanda cada vez maior de formação clínica, não só para expandir os polos universitários como para coordenar Grupos de estudos, Supervisionar e auxiliar na criação de instituições psicanalíticas em regiões onde a disciplina ainda não estava implantada, tarefaaté então reservada aos chefes de instituições.

Atualmente, o resultado desse investimento pode ser medido através da Associação Universitária de Pesquisa em Psicopatologia Fundamental, fundada em 1996 por Manoel T.Berlinck,e que reuni cerca de 60 professores doutores de universidades majoritariamente do Brasil. Instituição que além dos seus congressos a cada dois anos, conta com uma publicação trimestral já no seu 17º ano. O que representa uma grande vitalidade da disciplina, ao mesmo tempo em que indicauma mudança significativa no seu modo de transmissão.

Por outro lado, além do crescimento da psicanálise na Universidade como resultado dessarecente expansão da pós-graduação, cabe ainda perguntar por que tanto interesse dos psicanalistas pela Universidade? O que teria provocado essa afluência, não só de jovens recém-formados, como também de analistas experientes, muitos inclusive que até aos anos 80 haviam desdenhado este espaço?

Ainda não temos estudos sobre esse movimento que possam nos orientar nesse terreno movediço. Porém, considerando que esse movimento ocorre quando a prática psicanalítica em consultório privado deixa de ser tão rentável, como fora nos anos 70 e 80, uma primeira hipótese a ser investigada éde ordem econômica, como possibilidade de obtenção de uma fonte de renda complementar que os consultórios não mais representavam.

Uma segunda hipótese diz respeito àqueles que foram procurar na Universidade um espaço de reflexão e produção que não encontraram nas instituições, seja porque muito burocratizadas e incapazes de pensar; seja porque fechadas em um discurso monolítico, dogmático ou ainda perdida em conflitos e disputas dilacerantes pelo lugar de chefe de escola. Em todo caso, essa é uma das questões que provavelmente serão examinadas pela historiografia nos próximos anos.

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Referencias citadas

AMARO, J. W. F. A história do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clinicas e do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, in Revista de Psiquiatria Clínica. Departamento e Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina, USP, [s.d.]. http://www.hcnet.usp.br/ipq/revista/vol30/n2/44.html, consultado em 04/11/2012

BICUDO, V.Estudo das atitudes raciais de pretos e mulatos em São Paulo. Dissertação (mestrado em Sociologia). São Paulo: Escola Livre de Sociologia e Política de São Paulo, 1945.

FACULDADE DE MEDICINA E CIRURGIA DE SÃO PAULO. Atas da Congregação (1914-1936). Acervo da Faculdade de Medicina, USP.

NOGUEIRA, L.C.; SOBREIRA, S.. Antes e depois do meu encontro com Lacan, Paris– julho de 1977 [Entrevista], in http://www.scielo.br/pdf/pusp/v15n1-2/a14v1512.pdf , consultado em 10 de nov. 2012.

OLIVEIRA, C. L. M. V. História da psicanálise. São Paulo 1920-1969. São Paulo: Escuta/Fapesp, 2005.

PINTO, G. A. S. (1914). Da Psicoanalise: a sexualidade nas nevroses. Rio de Janeiro: Tese apresentada a Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, 1914.

ROCHA, F.F. O pansexualismo na doutrina de Freud. São Paulo: TypographiaBrasil de Rothschild Cia, 1920.

Referências

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