PROGRAMA
DE RECUPERAÇÃO DA MATA CILIAR
NAS
MARGENS DO RIO M’BOICY, EM FOZ DO
IGUAÇU
- PR
Alunos(as):
Maria Paula Brugnera - 6º Período Pamela Felicia Bossa - 10º Período
Robson Oliveira - 3º Período
Professor(a):
Caroliny Matinc - Eng. Ambiental
1. INTRODUÇÃO
O impacto direto na mata ciliar de um corpo hídrico - sendo ausência, interferência ou dano - é um dos mais prejudiciais para o mesmo, pois ele acarreta diversos outros impactos direta e indiretamente.
Esse projeto trata-se do plano de mitigação desse tipo de impacto em corpos hídricos de qualquer classe. No caso, o Rio M’Boicy, é um rio de classe 2 - conforme a Resolução CONAMA Nº 357/2005 - que contempla sua nascente e foz dentro do município de Foz do Iguaçu. Possui cerca de 9,5 Km e braços por todo sua extensão que somam cerca de 8,7 Km.
Sua vegetação ripária está bastante prejudicada pela ocupação indevida e irregular do solo nas áreas de preservação permanente, e da constante degradação do córrego em questão, devido a seus despejos de efluentes domésticos não-tratados que acarretam impactos severos como erosão e assoreamento.
Essas APPs (Áreas de Preservação Permanente) possuem diversos benefícios como o equilíbrio climático intra-urbanos - excesso de aridez e o desconforto térmico e ambiental (o efeito "ilha de calor") - proteger as restingas ou veredas, várzeas, abrigar exemplares da fauna ou da flora ameaçados de extinção, e muitos outros benefícios citados também no Novo Código Florestal LEI Nº 12.651, DE 25 DE MAIO DE 2012.
Com o intuito de recuperar e preservar a vegetação remanescente nativa da mata ciliar do Rio M’Boicy, a equipe do curso de Engenharia Ambiental da faculdade UNIAMÉRICA elaborou um plano de Mitigação. Partindo do pressuposto de que as moradias irregulares no entorno do Rio M’boicy já estivessem remanejadas. E espera, como resultado, índices satisfatórios que demonstram que essa recuperação da mata ciliar - e consequentemente do solo das margens do rio também - está de acordo com o planejado pela equipe. Foi estabelecido um período médio de 5 anos, para a implementação completa do Programa.
2. PROGRAMA DE RECUPERAÇÃO DA MATA CILIAR
Os Programas de Mitigação são métodos de reduzir ou remediar um determinado impacto ambiental, nocivo - na grande maioria feitos através de intervenção humana.
Essa recuperação é de extrema importância para a preservação da qualidade plena de um corpo hídrico, incluindo dela a fauna e população que dela dependem. E, tal qual, também previne as margens - e o solo - de sofrer impactos como erosão, lixiviação e outros. Separado em quatro projetos principais, o programa de recuperação da mata ciliar tem como objetivo comum a remediação, controle e recuperação, propriamente dita, das áreas de preservação permanente ribeirinhas do Rio M’Boicy. Esses quatro projetos, conforme descritos abaixo, são elaborados em forma de etapas que devem ser seguidas em respectiva ordem para uma melhor eficácia do projeto.
Conforme fluxograma e tabelas apresentados a seguir, alguns os Projetos podem ter mais de uma etapa, sendo que cada etapa deve possuir um cronograma de organização própria, responsabilidade técnica definida e demais providências específicas.
2.1. PROJETO 1: ISOLAMENTO DA ÁREA.
Antes que seja iniciado o processo de recuperação da mata ciliar, é preciso que seja isolado a área a ser recuperada. Por esse motivo foi pensado no fluxograma de atividade, conforme figura 1.
Figura 1: Projeto de Isolamento da APP.
Fonte: (Autores, 2017).
A tabela 1 apresenta o projeto de isolamento da APP, que ficará de responsabilidade da secretaria do meio ambiente, secretaria de agricultura e a secretaria de planejamento urbano, para realizar as 04 etapas do projeto como: delimitar a área a ser isolada, informar a população desse isolamento, isolar a área e sinalizar a área com placas.
Tabela 1: Projeto de isolamento da App.
Projeto Etapa 1 Etapa 2 Etapa 3 Etapa 4
Isolamen to da
APP
Delimitar a área a ser isolada - seguindo a
normatização Informar a população desse isolamento Isolar a área Sinalizar a área isolada com placas. Fonte: (Autores, 2017).
A pesquisa por delimitação é de suma importância pois deve seguir a legislações pertinentes quanto a esse cálculo. O segundo passo deve ser informar a população quanto a essa ação pública de recuperação e a área que será isolada.
Foi constatado que existe uma pequena área já isolada em um ponto da pesquisa do Rio M’boicy, pode ser usado aquele ponto como referência para o isolamento do resto da mata ciliar.
A terceira etapa, a qual é o isolamento, pode ser feito com materiais como grade de arame - resistente e não prejudicial ou perigoso. A equipe que fará essa implantação pode ser terceirizada, contratada pela principal responsável por esse projeto, a prefeitura.
Terminada de isolar, deve ser elaborado sinalizações em forma de placas ou informativos publicamente expostos para que a população esteja ciente do limite que pode acessar e entender do que se trata o espaço isolado. Tem como principal indicador desse projeto a fiscalização de invasões no território isolado, podendo ser medido trimestralmente por planilhas e fotos comparativas.
2.2. PROJETO 2: RETIRADA DAS “PRAGAS”.
A retirada de plantas exóticas invasoras é a principal ferramenta para uma recuperação adequada da mata ciliar afetada. As plantas exóticas invasoras possuem uma alta resistência, e capacidade de reprodução, germinação e dispersão das sementes, elas têm um crescimento rápido e baixo desfolhamento. Elas são facilmente encontradas ocupando espaço de outras espécies nativas da região e é por esse e outros motivos que diversas plantas exóticas são consideradas indesejáveis.
A mais frequentemente vista no entorno do rio em questão é a de espécie Tradescantia zebrina, originadas na América do Norte e no México. De acordo com Raquel Patro, em seu site de jardinaria, a zebrina é uma planta muito rústica, de folhagem prostrada e suculenta. Suas folhas são muito decorativas, ovaladas, brilhantes, de coloração verde escura, com duas listras de variegação prateadas na face superior e, completamente arroxeadas na face inferior, conforme a figura 2.
Figura 2: Zebrina
Fonte: (Autores, 2017).
Elas não são adequadas para uma Mata Ciliar em nossa região de floresta estacional semidecidual. Sendo essa planta uma das primeiras na lista de “pragas” a serem retiradas das margens do Rio M’Boicy. O programa então foi elaborado visando dois planos principais sobre o projeto de retirada de pragas, conforme a figura 3.
Figura 3: Projeto de Retirada de “Pragas”
Fonte: (Autores, 2017).
O projeto de retirada das pragas, foi dividido em 5 etapas, que deverá ser de responsabilidade da secretaria do meio ambiente, secretaria da agricultura e CCZ. Os responsáveis deverão seguir as orientações descritas conforme a tabela 2.
Tabela 2: Projetos de retiradas de pragas.
Projetos Etapa 1 Etapa 2 Etapa 3 Etapa 4 Etapa 5 Retirada de exóticas invasoras e ervas daninhas indesejadas. Elaboraç ão da equipe técnica; Catalogação das espécies a serem
retiradas;
Cronograma para a retirada da vegetação invasora; Etapa de retirada da vegetação invasora; Etapa de verificaçã o e manutenç ão; “Reequilíbrio” químico e biológico do solo.
Levantamento físico-químico do solo;
Cronograma para a correção delas;
Etapa de correção das caract. do solo;
Fonte: (Autores, 2017).
O programa de “Reequilíbrio” químico e biológico do solo da mata ciliar não foi colocada como um projeto a parte pois ela pode ser feita em simultâneo com a eliminação das plantas exóticas. Mas é indispensável uma vez que a análise do solo
é de grande importância para o inventário de plantio e a correção da mesma também. Uma análise de resultado para esse projeto, pode ser: calcular a quantia de plantas invasoras retiradas em relação a área total da mata ciliar.
2.3. PROJETO 3: IMPLANTAÇÃO DE MATA CILIAR
Esse programa tem como objetivo restaurar a APP realizando a recuperação ambiental do local - através de plantio de novas mudas nativas - e trazer de volta a capacidade de auto regeneração da mata ciliar do rio M’Boicy.
O plantio de espécies arbóreas possui um papel importante na conservação da biodiversidade, com isso, esse projeto procura introduzir plantas diversificadas de espécies que podem ajudar nas características do solo, na qualidade das águas, no ambiente em entorno - podendo ainda auxiliar em diversos aspectos da cidade como a climatização natural dela - e ainda no crescimento e vivência da fauna. Essa diversidade genética das espécies de árvores favorecem todos os seres vivos que podem habitar a região. O programa de implantação da mata ciliar, segue conforme figura 4.
Figura 4: Projeto de Implantação da Mata Ciliar.
Para se descrever melhor a figura 4 , foi realizada uma tabela descritiva que está divida em 04 etapas conforme a tabela 3. Que explica sobre projetos de implantação da mata ciliar, voltado para a área manejo e controle da mata ciliar da área.
Tabela 3: Projetos de implantação da mata ciliar.
Projetos Etapa 1 Etapa 2 Etapa 3 Etapa 4
Implantaçã o de Mata Ciliar Levantame nto Florestal à ser Implantado Elaboração do Cronograma a ser seguido, devendo conter: ● Responsável ● Cálculo de Mudas e Fornecedor(es), ● Orçamento ● Etapas do Plantio ● Estabelecer prazo para levantamento de resultados. Seguir o cronograma elaborado de implantação da nova mata ciliar. Atualizar o Inventário Florestal, com informações de quantas plantas foram incluídas na Mata Ciliar do Rio M’Boicy. Fonte: (Autores, 2017).
Foi levantado uma listagem de espécies que serviriam como plantas nativas auxiliadoras nesse processo de recuperação da Mata ciliar do Rio M’boicy. Algumas possuem benefícios mútuo sendo boas para o solo e algumas sendo boas como atrativos de animais e insetos. Elaborado através de uma tabela, ela caracteriza cada espécie por Família, Origem, Ecologia e Benefício.
O Benefício ao qual “Solo” se refere é referido ao grau de profundidade que as raízes podem chegar, auxiliando na sustentação e aeração dela. O benefício de “Fauna” pode ser referida desde alimentação e moradia até atrativo reprodutivo.
Algumas colunas da tabela estão em branco sendo que a informação não pode ser encontrada até o momento da entrega deste Projeto. As espécies de plantas aconselhadas podem ser conferidas na tabela 4.
Tabela 4: Espécies de plantas identificadas como auxiliadoras no processo de
recuperação.
Nome Nome científico Família Origem Ecologia Benefício
Alecrim-de-ca mpinas
Holocalyx balansae Fabaceae América
do sul
Climácica Solo / Fauna Capixingui Croton floribundus Euphorbiaceae América
do sul Pioneira Fauna Solo / Canafístula Peitophorum
dubium
Caesalpinaceae América
do Sul Pioneira Fauna Solo / Louro-pardo Cordia trichotoma Boraginaceae América
do Sul
Secundária Solo
Sangra D’Água
Croton urucurama Euphorbiaceae América
do Sul
Pioneira
Fauna
Angico-Branco Anadenanthera
colubrina Fabaceae América do sul Pioneira Solo
Embaúba Cecropia (Gênero) Urticaceae América
do sul Pioneira Fauna Solo / Sapuvinha Machaerium stipitatum Fabaceae América do Sul Pioneira - secundária inicial Solo Cedro Pinophyta (Divisão) Pinaceae América do Sul Pioneira - secundária inicial Solo Monjoleiro Senegalia
polyphylla Fabaceae América do Sul -- Solo
Guabiroba Campomanesia xanthocarpa Myrtaceae América do Sul -- Solo / Fauna Painera Ceiba (Gênero) Malvaceae América
do sul
Pioneira - secundária inicial
Solo
Cerejeira-do-M
ato Eugenia involucrata Myrtaceae América do sul -- Fauna Solo /
Ingá-Macaco Inga sessilis Legominosae Mimosoidaea
América
do Sul secundáriaPioneira inicial - Fauna Espinheira-Sa
nta
Maytenus ilicifolia Celastraceae América
do Sul
-- Solo / Fauna Grandiuva Trema micrantha Cannabaceae América
do Sul
-- Fauna
Araçá Psidium cattleianum Myrtaceae América
do Sul -- Fauna Canela-preta Ocotea
catharinensis
Lauraceae -- Não Pioneira Solo
De acordo com a tabela 4, sobre as diferentes espécies de plantas que podem ser plantadas no local, foram escolhidos as principais, para serem descritas quanto a função, o modo de crescimento e demais funções quando plantadas na área de preservação permanente.
O Alecrim-de-campinas é uma planta semidecídua, climácica, apesar do seu crescimento lento, tem sido largamente empregada na arborização urbana. A árvore Capixingui é uma planta decídua ou semidecídua, pioneira, possui alta capacidade de resistência que permite indicá-la para o plantio de reflorestamento de áreas degradadas ou preservação permanente.
A Canafístula é uma planta decídua a semi decídua, pioneira, apresenta dispersão ampla e abundante, principalmente nas proximidades de corpos d’água. Ela pode alcançar de 15 a 40 metros de altura, com crescimento rápido e se encontra quase ameaçada. As raízes são pivotantes, muito desenvolvida em comprimento e espessura, da qual saem umas poucas raízes laterais, curtas e bem mais finas. No Paraguai, menciona-se que suas raízes têm nódulos grandes e que fixam nitrogênio.
O Louro-Pardo é uma planta decídua, secundária, possui característica de formação mais aberta das florestas pluviais, pouca exigência para solos e pode ser utilizada no paisagismo e reflorestamento heterogêneo destinados a recuperação de áreas de preservação permanentes. E a Sangra D’Água é um planta semidecídua, pioneira, é indicada em arborização em geral.
E as demais plantas mencionadas na tabela possuem seus respectivos origem, ecologia e benefícios, alguns deste focados somente na questão da ramificação e sustentação do solo, outros no atrativo de insetos e pássaros para a proliferação de sementes - como anteriormente dito.
Para a Implantação da Mata Ciliar, é preciso obter alguns dados como: Metragem quadrada na área a ser plantada e cálculo da quantidade de Mudas. Conforme estabelecido no cronograma - informado na Figura 4 e na Tabela 3 - para obter o orçamento médio, e principal, do Programa.
O levantamento da Metragem quadrada na área a ser plantada foi feita através do cálculo da área que não possui uma quantia de vegetação satisfatória em modelo de Georreferenciação. Como pode ser visto grafado em vermelho na
imagem destacada da região ao qual o corpo hídrico se encontra, denominado figura 5.
Figura 05: Demonstra o Rio M’boicy e os 35 pontos que deverá ser implantado a área de preservação permanente, o total da área é de 13.211 m.
Através da soma de toda área marcada em vermelho foi possível calcular, em média, a metragem quadrada da área que não possui uma vegetação ripária satisfatória do rio M’Boicy. E, a partir desses dados, foi então adotado um espaçamento de 2 por 2 metros entre cada muda, conforme a tabela 5.
Tabela 5: Área total a ser plantada.
Área informada 13211
Medida escolhida metro(s) quadrado(s)
Espaçamento previsto 2 X 2 metros
Fonte: (Autores, 2017).
Na tabela 6 é possível analisar o resultado do cálculo acima mencionado, já com a contabilização das mudas e com uma porcentagem de risco de perda condicionante, logo, totalizando que será necessário 3467.89 mudas para ser plantadas no local.
Tabela 6: Quantidade de mudas a ser plantada.
Cálculo da quantidade de mudas florestais para plantio
Mudas para área informada 3302,75
Replantio (considerando 5% de perda inicial)
165.14
Total de mudas para plantio 3467.89
Fonte: (Autores, 2017).
O levantamento dos indicadores pode ser feito na etapa 4 mencionado na Tabela 3 deste projeto. De início, para que seja obtido resultados é necessário fazer uma atualização no Inventário Florestal, analisando o total de plantas que haviam
anteriormente e somar as mudas plantadas - detalhando sua quantidade, espécies, tamanho e a área ao qual foi inserida - após a última etapa de implantação delas.
Questões quanto a adaptação delas, positiva ou negativa, o grau de crescimento médio delas, a taxa de perda e direta, ou indiretamente, seu efeito no solo e na fauna local - podendo ser analisado pontos de concentração de insetos, anfíbios, pássaros e outros tipos de mamíferos da região - só poderão ser iniciada após o período pré-estabelecido no cronograma, onde a equipe responsável pelo plantio e monitoramento deve voltar para fazer um levantamento de resultados após o período estipulado. No cronograma em anexo a esse Programa, o prazo estabelecido de exemplo é de 8 ou mais meses, passível de prorrogação.
2.4. PROJETO 4: VERIFICAÇÃO, MONITORAMENTO E MANEJO DA MATA CILIAR.
Este programa, tem como objetivo estabelecer um monitoramento constante para verificação do bem-estar e da necessidade de possíveis manejos, como podas e limpezas, dentro da Área de Preservação Permanente.
Uma das ferramentas mais utilizadas para esse tipo de monitoramento é o Inventário Florestal - ao qual já foi préviamente estabelecido nas etapas primárias do projeto 3, e atualizada após o término da mesma - pois auxilia muito na verificação das mudanças que ocorrem em uma determinada área florestal, em um determinado espaço de tempo. As medições devem ser realizadas periodicamente, e é nessa etapa que, após o período estabelecido pelo cronograma, será levantado as questões quanto a adaptação das mudas na mata ciliar ao qual foram inseridas. Para se realizar o levantamento será necessário monitorar os dados que possuem conforme tabela 7.
Tabela 7: Os dados de monitoramentos de parcelas permanentes executados
periódicamente.
1 Incremento periódico médio anual em diâmetro (IPD), por classe de diâmetro, por espécie e por grupo de espécies;
2 Incremento periódico médio anual em área basal (IPB), por classe de diâmetro, por espécie e por grupo de espécies;
3 Incremento periódico médio anual em volume (IPV), por classe de diâmetro, por espécie e por grupo de espécies;
4 Crescimento bruto(Cb) e líquido (Cl), em número de árvore, em área basal e em volume;
5 Mudança ou evolução do número de árvores (N), diâmetro médio (Dg), da área basal (B), do volume (V), por espécie, por grupo de espécies e por classe de diâmetro;
6 Taxa de ingrowth (I%), por classe de diâmetro, por espécie e por grupo de espécie;
7 Taxa de mortalidade (M%), por classe de diâmetro, por espécie e por grupo de espécies;
8 Dinâmica da composição e da diversidade de espécies;
9 Dinâmica da estrutura da floresta;
10 Dinâmica da regeneração natural.
Fonte: (Matanativa, 2017).
Para se Identificar novas áreas de erosão é necessário também verificar se houve aumento das áreas impermeabilizadas dentro da APP, esses locais acabam contribuindo ainda mais com o processo de assoreamento e erosão. Considerar fatores ambientais tais como relevo, uso da terra adjacente, tipo de solo, declividade do terreno e riscos de erosão.
E caso ocorra alagamentos ou enchentes, existe uma maneira de se medir o nível do rio através de réguas, que deverá ser implantada em vários trechos dentro e fora do rio, como demonstra a figura 6.
Figura 6: Régua de medir o nível da água.
Fonte:(Atribunamt, 2013).
3. RESULTADOS ESPERADOS
Com base nos programas elaborados (Tabela 8), acredita-se que a área onde foi implantado a nova camada florestal de mata ciliar do Rio M’boicy, esteja de acordo com a legislação vigente de 30 metros da margem, dentro do prazo de 5 anos - conforme demonstrado no cronograma em anexo ao artigo.
Espera-se também que nas observações de campo e levantamento de dados quanto ao crescimento positivo das mudas e recuperação natural da área de preservação permanente, sejam notados melhorias na qualidade do solo ripário para evitar novas erosões. Que as novas espécies plantadas na mata ciliar estejam em estágio de crescimento médio de 15 a 30 cm mensais, e que não haja uma propagação incontrolável de novas pragas.
Tabela 8: Programa de recuperação da mata ciliar nas margens do rio M’Boicy.
Planos Etapas
Isolamento da área Isolamento da mata ciliar e APP
Recuperação da área Retirada de “pragas”
Introdução das espécies Implantação de nova Mata Ciliar
Verificação, Monitoramento e Manejo Levantamento de dados e
indicadores
Fonte: (Autores, 2017).
4. REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO
AMBIENTAIS. Instituto Brasileiro de Estudos. Identificação dos impactos
ambientais da ocupação irregular na área de preservação permanente (app) do córrego tamanduá em aparecida de goiânia. Disponível em:
<www.ibeas.org.br/congresso/Trabalhos2011/VI-009.pdf>. Acesso em: 22 nov. 2017.
BRAS, Bio. Apostila de reserva legal e mata ciliar. Disponível em:
<http://www.biobras.org.br/pdf/apostila_reserva_legal_e_mata_ciliar.pdf>. Acesso em: 22 nov. 2017.
BRASIL, Ambiente. Espécies nativas indicadas para a recuperação de matas
ciliares. Disponível em:
<http://ambientes.ambientebrasil.com.br/florestal/recuperacao_de_matas_ciliares/es pecies_nativas_indicadas_para_a_recuperacao_de_matas_ciliares.html>. Acesso em: 22 nov. 2017.
BRASIL, Árvores. Lista de árvores região do rio doce, MG. Disponível em: <http://www.arvores.brasil.nom.br/new/lista.htm>. Acesso em: 22 nov. 2017. FIA, Fundação. Lista de espécies florestais nativas para plantio em área de
brejo. Disponível em:
<http://www.fundacaofia.com.br/gdusm/lista_florestas_brejo.pdf>. Acesso em: 22 nov. 2017.
NATIVA, Mata. Monitoramento ou Inventário Florestal Contínuo. Disponível em: <http://www.matanativa.com.br/blog/monitoramento/>. Acesso em: 22 nov. 2017.
NET, Jardineiro. Classe árvores. Disponível em:
<https://www.jardineiro.net/classe/arvores>. Acesso em: 22 nov. 2017. REDALYC, UAEM. Estratificação e caracterização ambiental da área de
preservação permanente do rio guandu/rj. Disponível em:
<http://www.redalyc.org/html/488/48818882007/>. Acesso em: 22 nov. 2017. RURAL, Globo. 7 árvores para plantar em um ambiente urbano. Disponível em: <http://revistagloborural.globo.com/Cidades-Verdes/noticia/2015/09/7-arvores-para-p lantar-em-um-ambiente-urbano.html>. Acesso em: 22 nov. 2017.
RURAL, Globo. GR responde: árvores para conservação de nascentes. Disponível em:
<http://revistagloborural.globo.com/vida-na-fazenda/gr-responde/noticia/2016/11/gr-r esponde-arvores-para-conservacao-de-nascentes.html>. Acesso em: 22 nov. 2017. SONYA, Planta. Plantas invasoras. Disponível em:
<http://www.plantasonya.com.br/category/invasoras>. Acesso em: 22 nov. 2017. TERRA, Sonda. Hydrosense II. Disponível em:
<http://www.sondaterra.com/produto-245-Hydrosense%20II.xhtml>. Acesso em: 22 nov. 2017.
CARPANEZZI, Antonio A. Espécies para recuperação ambiental. Artigo disponível em:
<https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&cad=rja &uact=8&ved=0ahUKEwjKydGvoN_XAhWCnJAKHbrxAO0QFggnMAA&url=https%3 A%2F%2Fwww.alice.cnptia.embrapa.br%2Fbitstream%2Fdoc%2F307861%2F1%2F EspeciesRecuperacao0001.pdf&usg=AOvVaw12bUJDwZhI-CWUTvsGgwL6>. Acesso em: 22 nov. 2017.
ANEXO 1: Tabela de Resumo do Programa de Recuperação da Mata Ciliar do Rio
M’Boicy.
Título do Programa Programa de Recuperação da Mata Ciliar nas Margens do Rio M’Boicy, em Foz do Iguaçu - Pr
Objetivos e resultados esperados
Recuperar a mata ciliar do rio M’Boicy através da limpeza e implementação de nova cobertura vegetal nas áreas de proteção permanente do rio.
Descrição Isolar as área de preservação permanente do Rio M’Boicy; Realizar o manejo e retirada das espécies exóticas invasoras na APP;
Implementar uma nova mata ciliar por toda a extensão da APP do Rio M’boicy; Elaborar e seguir um cronograma de monitoramento e levantamento de resultados para medir a eficiência do programa. Indicadores de
avaliação dos resultados
1. Crescimento vegetal através de catalogação e inventário florestal.
2. Controle de pragas ou invasões bienal por método de análise visual.
3. Identificar se houve novas erosões.
4. Analisar o índice de permeabilização de água no solo. 5. Medir o nível do rio e realizar relatórios semestralmente. Procedimento de
mensuração dos indicadores
Através de visitas periódicas, dados serão levantados para resultar ou não nos indicadores esperados. A equipe deve ser previamente estabelecida pelos responsáveis.
Cronograma ANEXO 2
Responsabilidades 1. Prefeitura Municipal
2. Secretaria do Meio Ambiente 3. Polícia Civil/Ambiental 4. Centro de Zoonose 5. Bombeiros
ANEXO 2: Cronograma do Programa de Recuperação da Mata Ciliar do Rio M’Boicy.