ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA MOTOR
MOVIMENTO E VIDA MANUTENÇÃO DA POSIÇÃO DO CORPO COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO FUGA DE SITUAÇÕES DE PERIGO MANIPULAÇÃO E CONFECÇÃO DE UTENSÍLIOSIMPORTÂNCIA DO SISTEMA SENSORIAL
INFORMAÇÕES DO AMBIENTE; POSIÇÃO E ORIENTAÇÃO DO CORPO E MEMBROS E GRAU DE CONTRAÇÃO DOS MÚSCULOS.
Sistemas Sensoriais transformam energia física em sinais neurais (transdução). Sistemas Motores traduzem sinais neurais em força contrátil.
IMPORTÂNCIA SENSORIAL
Interação
organismo-meio
Adaptação
SISTEMA NERVOSO CENTRAL
MEIO INTERIOR
E EXTERIOR
S. Motor
SNA
S. Sensorial
Professor Alfred Sholl – Programa Neurobiologia – Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho – UFRJ
CONTRAÇÃO MUSCULAR
ESTRUTURA DA FIBRA MUSCULAR
Fibras musculares são formadas pela fusão de células musculares precursoras.
Memb. Celular=sarcolema
Retículo endoplasmático= sarcoplasmático Túbulos T= invaginações do sarcolema Miofibrilas: estruturas cilíndricas que se
contraem em resposta ao potencial de ação. São rodeadas pelo retículo sarcoplasmático.
BASE MOLECULAR DA CONTRAÇÃO MUSCULAR A MIOFIBRILA EM DETALHE
1. exposição dos sítios
de ligação a miosina na actina- ligação
2. movimento de rotação das cabeças de miosina
3. desligamento actina-miosina dependente de ATP 4. ciclo prossegue enquanto Ca2+e ATP estão presentes. RELAXAMENTO:
1. Ca2+ é sequestrado pelo retículo
2. inibição da interação miosina-actina é facilitada pela troponina.
RIGOR MORTIS: NÃO HÁ DESLIGAMENTO DA ACTINA-MIOSINA POR FALTA DE ATP.
(alfa-actinina)
TIPOS DE FIBRAS MUSCULARES
Tipos diferentes predominam nos músculos dependendo da função que esses exercem. - Vermelhas: músculos intervertebrais
- Brancas: predominam nos bíceps - explosão. - Intermediárias: características mistas.
Figura 11.9. O experimento de rastreamento retrógrado das colunas de motoneurônios consiste na injeção de um corante
rastreador ( ), seguido da análise ao microscópio da posição dos somas marcados no corno ventral (pontos azuis em e ). No gato, a coluna do músculo solear estende-se de L4 a S1 ( ), enquanto a coluna do gastrocnêmio medial vai até S3.
A B C
C Modificado de
Figura 11.10. A medula,
r e p r e s e n t a d a e s q u e m a t i c a m e n t e à esquerda, em , apresenta d u a s i n t u m e s c ê n c i a s (cervical e lombar). Nelas há mais neurônios, e por isso a substância cinzenta é maior, como se pode ver nos cortes transversais c o r r e s p o n d e n t e s , alinhados no centro. Os s e gm en t os s up e ri o re s comandam os músculos dos membros superiores, as intermediárias os do tronco, e as inferiores os dos membros inferiores. O desenho em representa a topografia médio-lateral da substância cinzenta: os motoneurônios laterais comandam os músculos d i s t a i s , e n q u a n t o o s mediais comandam os músculos proximais. A B medial lateral
Professor Alfred Sholl – Programa Neurobiologia – Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho – UFRJ
CONTROLE DA GRADUAÇÃO DA CONTRAÇÃO MUSCULAR
1- FREQUÊNCIA DE DISPAROS DA UNIDADE MOTORA.
- liberação de Acetilcolina (abreviação: ACh ou ACo)
- geração de PPSE (ou potencial da placa motora)
- geração de potencial de ação Contração sustentada requer
sequência contínua de potenciais de ação (somação).
Frequência de disparos gradua as contrações musculares.
2- RECRUTAMENTO DE
UNIDADES MOTORAS SINÉRGICAS. Ativação de unidades motoras que modulam um mesmo movimento.
Professor Alfred Sholl – Programa Neurobiologia – Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho – UFRJ
UNIDADES MOTORAS: DENSIDADE
DE INERVAÇãO E CLASSIFICAÇÃO
Razão de Inervação
Baixa (unidade motora constituída por muitas fibras musculares)
Máxima (unidade motora
constituída por uma única fibra muscular)
Figura 11.13. As unidades motoras foram estudadas pelos fisiologistas analisando a força que são capazes de produzir após a
estimulação do seu motoneurônio. . Quando o estímulo elétrico é simples (aplicado no momento indicado pela seta), algumas produzem contração intensa e muito rápida (RF), outras uma contração menor e menos rápida (RRF), e o terceiro grupo uma contração bastante lenta e fraca (L). . Quando o estímulo é repetitivo e prolongado (seta) nota-se a mesma distinção entre os tipos. . Finalmente, quando o estímulo é repetitivo e forte o suficiente para obter sempre a contração máxima, verifica-se que o tipo RF entra logo em fadiga, o tipo RRF resiste mais tempo, e o tipo L ainda mais. Note a diferença de escala de tempo nas abscissas: cada curva em A equivale a uma ondulação em B, e a um traço vertical em C.
A
B C
Modificado de R.E. Burke et al. (1974) Journal of Physiology 238: 503-514.
MODULAÇÃO DOS NEURÔNIOS MOTORES INFERIORES
(córtex motor e tronco encefálico) (maior entrada)
Interneurônios podem ser excitatórios ou inibitórios e constituem os circuitos que geram os programas motores espinhais.
HIERARQUIA E CONTROLE DE MOVIMENTOS
(Sherrington)
MEDULA ESPINHAL
Movimentos Reflexos & Rítmicos
CORTEX MOTOR
Movimentos voluntários e ajustes antecipatórios
TRONCO ENCEFÁLICO
Reflexos multimodais &ajustes compensatórios
NÚCLEOS DA BASE E
CEREBELO
Iniciação, modulação, coordenação, refinamento e aprendizado motor
HIERARQUIA DO CONTROLE MOTOR
Primeiro nível: Medula Espinhal Segundo nível: Tronco Encefálico Terceiro Nível: Córtex Cerebral
EXECUÇÃO CONTROLE
PLANEJAMENTO Cerebelo e núcleos da base: não estão diretamente envolvidos na
produção do movimento mas modulam as ações dos sistemas córtico-espinhais e do tronco encefálico.
TIPOS DE MOVIMENTO:
Os movimentos, quanto ao
grau hierárquico
e controle, podem ser
divididos em:
voluntários
,
rítmicos
ou
reflexos
.
Os movimentos, quanto à
forma de execução
, podem ser divididos em:
CLASSES DE MOVIMENTOS
• ATOS REFLEXOS - considerados involuntários, simples (poucos músculos), estereotipados, em geral ocorrem automaticamente em resposta a um estímulo sensorial.
Ex. resposta ao toque em superfície quente, chute após toque do martelo no joelho.
• MOVIMENTOS POSTURAIS - participam essencialmente os músculos
próximos à coluna vertebral mas músculos das extremidades também participam. Ex. restabelecimento do equilíbrio após tropeço.
• PADRÕES MOTORES RÍTMICOS - características de atos voluntários e reflexos. Tipicamente o início e o fim são voluntários. A sequência de movimentos é
relativamente estereotipada onde os movimentos repetitivos podem continuar quase automaticamente.
Ex. andar, correr, mastigar.
• MOVIMENTOS VOLUNTÁRIOS - mais complexos. Apresentam um objetivo; são em sua maioria aprendidos, com a prática há melhora na execução e diminui a necessidade de consciência do movimento.
Professor Alfred Sholl – Programa Neurobiologia – Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho – UFRJ
FATORES QUE INFLUENCIAM O
PLANEJAMENTO DE UM MOVIMENTO ...
1) Seleção da seqüência apropriada de eventos motores
2) Determinação da sua precisão temporal
-
Por outro lado, as mais variadas informações sensoriais serão
utilizadas simultaneamente para avaliar a ação em curso e
desencadear a próxima ação (modelos de retro-alimentação
forward e inverso) …
Professor Alfred Sholl – Programa Neurobiologia – Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho – UFRJ
… E SEUS OBJETIVOS …
...de orientação ou …
...que se adaptem
às perturbações
inesperadas…
…que pode
representar
movimentos que
se oponham à
presença da
gravidade…
Professor Alfred Sholl – Programa Neurobiologia – Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho – UFRJ – E-mail: neurofisiologia@ufrj.br
...
.... ou para proporcionar o aprendizado e a motivação.
As únicas coisas que tenho paciência pra aprender são completamente inúteis na
MODULAÇÃO DOS NEURÔNIOS MOTORES INFERIORES
(córtex motor e tronco encefálico) (maior entrada)
Interneurônios podem ser excitatórios ou inibitórios e constituem os circuitos que geram os programas motores espinhais.
PARA EXECUTAR UM MOVIMENTO MÚSCULOS RELAXAM OU CONTRAEM.
ARTICULAÇÃO DO COTOVELO:
FLEXÃO EXTENSÃO
Braquial+bíceps braquial + coracobraquial Flexores (agonistas)
Tríceps braquial+ancôneo
Extensores (antagonistas)
Flexão: Contração coordenada dos músculos flexores e relaxamento dos extensores.
Músculos quanto a localização:
Axiais: próximos a linha média (tronco)- manutenção da postura.
Proximais: posição intermediária (ombro, cotovelo, pélvis e joelho)- locomoção. Distais (mãos, pés e dedos)- manipulação de objetos.