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Direito Civil. Professora Tatiana Marcello.

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LEI Nº 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002

Institui o Código Civil.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

PARTE GERAL

LIVRO I

DAS PESSOAS

TÍTULO I

Das Pessoas Naturais

CAPÍTULO I

DA PERSONALIDADE E DA

CAPACIDADE

Art. 1º Toda pessoa é capaz de direitos e deve-res na ordem civil.

Art. 2º A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro. Art. 3º São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil:

I – os menores de dezesseis anos;

II – os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discerni-mento para a prática desses atos;

III – os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade.

Art. 4º São incapazes, relativamente a certos atos, ou à maneira de os exercer:

I – os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;

II – os ébrios habituais, os viciados em tó-xicos, e os que, por deficiência mental, te-nham o discernimento reduzido;

III – os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo;

IV – os pródigos.

Parágrafo único. A capacidade dos índios será regulada por legislação especial.

Art. 5º A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil.

Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:

I – pela concessão dos pais, ou de um de-les na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologa-ção judicial, ou por sentença do juiz, ouvi-do o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos;

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IV – pela colação de grau em curso de ensino superior;

V – pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria.

Art. 6º A existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, quanto aos au-sentes, nos casos em que a lei autoriza a abertu-ra de sucessão definitiva.

Art. 7º Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência:

I – se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida;

II – se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o término da guerra.

Parágrafo único. A declaração da morte presumida, nesses casos, somente poderá ser requerida depois de esgotadas as bus-cas e averiguações, devendo a sentença fi-xar a data provável do falecimento.

Art. 8º Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo averiguar se algum dos comorientes precedeu aos outros, presumir-se-ão simultaneamente mortos.

Art. 9º Serão registrados em registro público: I – os nascimentos, casamentos e óbitos; II – a emancipação por outorga dos pais ou por sentença do juiz;

III – a interdição por incapacidade absoluta ou relativa;

IV – a sentença declaratória de ausência e de morte presumida.

Art. 10. Far-se-á averbação em registro público: I – das sentenças que decretarem a nulida-de ou anulação do casamento, o divórcio, a separação judicial e o restabelecimento da sociedade conjugal;

II – dos atos judiciais ou extrajudiciais que declararem ou reconhecerem a filiação; III – dos atos judiciais ou extrajudiciais de adoção. (Revogado pela Lei nº 12.010, de 2009)

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Slides – Personalidade e da Capacidade

DA PERSONALIDADE E DA CAPACIDADE

• As “pessoas” podem ser de 2 espécies:

• Pessoas Naturais (Pessoas Físicas) – são todos os seres humanos;

• Pessoas Jurídicas – entes formados por uma coletividade de pessoas

ou de bens, que, por força de lei, adquirem personalidade jurídica.

• “Art. 1oToda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil.“

• “Art. 2oA personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas

a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.”

• Personalidade – “aptidão genérica para adquirir direitos e contrair obrigações

ou deveres na ordem civil”. Ligada ao conceito de pessoa. Ao nascer com vida,

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• Capacidade - há dois tipos que não podem ser confundidos:

- Capacidade de Direito= de Gozo = Jurídica– própria do ser humano e começa do nascimento com vida e só termina com a morte (art. 2º, CC);

- Capacidade de Fato = de Exercício = de Ação – é a capacidade de exercer pessoalmente os atos da vida civil, que em regra, é adquirida com a maioridade (18 anos).

• Todas as pessoas possuem capacidade de direito, mas nem todas possuem

capacidade de fato.

• A pessoa que possui capacidade de direito + capacidade de fato, tem a chamada capacidade plena.

• Incapacidade da Pessoa Física

• Quando se fala em incapacidade, trata-se da falta de capacidade de fato, já que capacidade de direito toda pessoa física possui.

• O instituto da incapacidade serve para proteger a pessoa que não possui o completo discernimento para os atos da vida civil.

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Graus de Incapacidade

Art. 3oSão absolutamente incapazes de exercer

pessoalmente os atos da vida civil: Art. 4

oSão relativamente incapazes a certos atos,

ou à maneira de os exercer:

I - os menores de 16 anos (menor impúbere); I - os maiores de 16 e menores de 18 anos (menor

púbere);

II - os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos;

II - os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por deficiência mental, tenham o discernimento reduzido;

III - os que, mesmo por causa transitória, não

puderem exprimir sua vontade. III - os excepcionais, sem desenvolvimento mentalcompleto; IV - os pródigos ($)

• Os absolutamente incapazes devem ser representados (pelos pais, tutores ou curadores) para que o negócio jurídico seja considerado válido, sendo nulo o negócio quando celebrado por pessoa absolutamente incapaz (art. 166, I, CC).

• Os relativamente incapazes devem ser assistidos (pelos pais, tutores ou curadores), já que é anulável o negócio jurídico por incapacidade relativa do agente (art. 171, I, CC).

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Absolutamente incapaz Relativamente incapaz - Deve ser representado - Deve ser assistido - Se não for representado, o negócio é

nulo - Se não for assistido, o negócio é anulável

Cessação da Incapacidade

• Geralmente, a incapacidade cessa pela extinção da sua causa: atingir a

maioridade (18 anos completos); a cura de uma doença mental; a reabilitação do dependente de álcool ou drogas; ou pela emancipação.

• Prevê o art. 5o do CC que A menoridade cessa aos dezoito anos completos,

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Emancipação

• A emancipação (antecipação da capacidade do menor) se dará:

I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público (emancipação voluntária), independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor (emancipação judicial), se o menor tiver 16 anos completos (para ambos os casos);

II - pelo casamento;

III - pelo exercício de emprego público efetivo;

IV - pela colação de grau em curso de ensino superior;

V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com 16 anos completos tenha economia própria

(emancipação legal - automática)

• Art. 6oA existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva. • Morte Real – quando o corpo é examinado e a morte confirmada por atestado de

óbito.

• Morte Presumida – quando não existe prova física da morte; a pessoa está ausente, desaparecida, mas o corpo não é encontrado, presumindo-se, então, que está morta. • Comoriência - Art. 8oSe dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se

podendo averiguar se algum dos comorientes precedeu aos outros, presumir-se-ão simultaneamente mortos.

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• Art. 9oSerãoregistradosem registro público: I - os nascimentos, casamentos e óbitos;

II - a emancipação por outorga dos pais ou por sentença do juiz; III - a interdição por incapacidade absoluta ou relativa;

IV - a sentença declaratória de ausência e de morte presumida. • Art. 10. Far-se-áaverbaçãoem registro público:

I - das sentenças que decretarem a nulidade ou anulação do casamento, o divórcio, a separação judicial e o restabelecimento da sociedade conjugal;

(11)

LEI Nº 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002

Institui o Código Civil.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

PARTE GERAL

LIVRO I

DAS PESSOAS

TÍTULO I

Das Pessoas Naturais

(...)

CAPÍTULO II

DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE

Art. 11. Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são intransmissí-veis e irrenunciáintransmissí-veis, não podendo o seu exercí-cio sofrer limitação voluntária.

Art. 12. Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade, e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei.

te, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral até o quarto grau.

Art. 13. Salvo por exigência médica, é defeso o ato de disposição do próprio corpo, quando im-portar diminuição permanente da integridade física, ou contrariar os bons costumes.

Parágrafo único. O ato previsto neste artigo será admitido para fins de transplante, na forma estabelecida em lei especial.

Art. 14. É válida, com objetivo científico, ou al-truístico, a disposição gratuita do próprio corpo, no todo ou em parte, para depois da morte.

Parágrafo único. O ato de disposição pode ser livremente revogado a qualquer tempo. Art. 15. Ninguém pode ser constrangido a sub-meter-se, com risco de vida, a tratamento médi-co ou a intervenção cirúrgica.

Art. 16. Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e o sobrenome. Art. 17. O nome da pessoa não pode ser empre-gado por outrem em publicações ou represen-tações que a exponham ao desprezo público, ainda quando não haja intenção difamatória. Art. 18. Sem autorização, não se pode usar o nome alheio em propaganda comercial.

Art. 19. O pseudônimo adotado para atividades lícitas goza da proteção que se dá ao nome. Art. 20. Salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da justiça ou à manutenção da ordem pública, a divulgação de escritos, a

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trans-derão ser proibidas, a seu requerimento e sem prejuízo da indenização que couber, se lhe atin-girem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais.

Parágrafo único. Em se tratando de morto ou de ausente, são partes legítimas para re-querer essa proteção o cônjuge, os ascen-dentes ou os descenascen-dentes.

Art. 21. A vida privada da pessoa natural é invio-lável, e o juiz, a requerimento do interessado, adotará as providências necessárias para impe-dir ou fazer cessar ato contrário a esta norma.

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Slides – Direitos da Personalidade

DIREITOS DA PERSONALIDADE

• O direito da personalidade é o direito da pessoa de defender o que lhe é próprio como a vida, a identidade, a liberdade, a imagem, o nome, a

igualdade, aprivacidade, ahonra, etc.

• São direitos que se referem à natureza do ser humano, a fim de garantir a realização plena da sua condição de pessoa.

• Observa-se que esses direitos não têm caráter patrimonial e sim pessoal. • Todos os direitos da personalidade são protegido pela Constituição Federal

em cláusula pétrea.

• Art. 11. Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são

intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária.

• Intransmissíveis e irrenunciáveis: acarretam a indisponibilidade dos direitos, não podendo seus titulares deles dispor, transmitir a terceiros ou renunciar.

• Indisponibilidade relativa: Posso dispor de direito da personalidade? Nos casos previstos em lei (ex.: exploração da imagem de famoso; cessão de tecidos e órgãos gratuitamente para fins autruísticos e científicos após a morte... ).

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• Art. 12. Pode-seexigir que cesseaameaça, ou a lesão, a direito da personalidade,

e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei.

• Parágrafo único. Em se tratando de morto, terá legitimação para requerer a

medida prevista neste artigo ocônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha

reta, ou colateral até o quarto grau.

• Art. 13. Salvo por exigência médica, é defeso o ato de disposição do próprio corpo, quando importar diminuição permanente da integridade física, ou contrariar os bons costumes.

Parágrafo único. O ato previsto neste artigo será admitido para fins de transplante, na forma estabelecida em lei especial.

• Exemplo 1: a lei permite a doação de órgãos e tecidos para fins de transplante, tais como rim, fígado, pulmão, medula óssea... mas, não é possível a pessoa (viva) doar seu coração.

• Exemplo 2: é permitido a cirurgia plástica corretiva ou estética, desde que não causando dano à integridade física do paciente e não contrariando os bons costumes. • Exemplo 3: é permitida amputação, por exigência médica, para resguardar a vida ou

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• Art. 14. É válida, com objetivo científico, ou altruístico, a disposição gratuita do

próprio corpo, no todo ou em parte, paradepois da morte.

Parágrafo único. O ato de disposição pode ser livremente revogado a qualquer tempo.(casos de quem dispôs em escritura pública, documento ou testamento) • Exemplo 1: doação de órgãos e tecidos após a morte (fins altruísticos).

• Exemplo 2: disposição do corpo para estudos em universidades (fins científicos). • Art. 15. Ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco de vida, a

tratamento médico ou a intervenção cirúrgica.

• O profissional da saúde deve, sempre que possível, respeitar a vontade do paciente (Princípio da Autonomia). Entende-se que, mesmo em casos como os de recusa de transfusão de sangue por razões religiosas, prevalece a vontade do paciente (Enunciado n. 403, CJF – V Jornada de Direito Civil).

• Art. 16. Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e o sobrenome.

• O nome é um dos direitos da personalidade; individualiza a pessoa durante sua vida e após a morte, além de indicar sua procedência familiar.

• A pessoa tem direito a usá-lo e de defendê-lo contra usurpação, como no caso de direito autoral, e contra exposição ao ridículo.

• Prenome: nome próprio de cada pessoa que a distingue dos demais membros da família, podendo ser livremente escolhido pelos pais, desde que não exponha o filho ao ridículo.

• Sobrenome (também chamado de patronímico ou apelido familiar): sinal que identifica a procedência da pessoa, indicando sua filiação; mas também decorrer do casamento, adoção, afinidade...

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• Art. 17. O nome da pessoa não pode ser empregado por outrem em publicações ou

representações que a exponham ao desprezo público, ainda quando não haja intenção difamatória.

• A pessoa tem o direito de usar e defender seu nome contra abuso de terceiro que venha a expô-lo a desprezo público indevidamente.

• Art. 18. Sem autorização, não se pode usar o nome alheio em propaganda

comercial.

• Vedado por caracterizar enriquecimento indevido. Mas, mediante autorização, é permitida a utilização do nome por algum interesse social ou promoção de venda de produto ou serviço, mediante remuneração.

• Art. 19. O pseudônimo adotado para atividades lícitas goza da proteção que se dá ao

nome.(ex.: nome artístico)

• Art. 20. Salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da justiça ou à

manutenção da ordem pública, a divulgação de escritos, a transmissão dapalavra, ou a publicação, a exposição ou a utilização daimagemde uma pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e sem prejuízo da indenização que couber, se lhe

atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais.

• Parágrafo único. Em se tratando de morto ou de ausente, são partes legítimas para

requerer essa proteção ocônjuge, os ascendentes ou os descendentes.

• Direito de não ter sua imagem exposta em público ou mercantilizada sem o seu consentimento, nem de ter sua personalidade alterada a ponto de causar dano a sua reputação.

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• Algumas limitações ao direito à imagem (dispensa autorização):

a) pessoa notória, que utiliza-se de sua imagem publicamente pode ter sua imagem exposta no que diz respeito a sua atividade, prezando-se também, pelo direito à informação (porém, sua vida privada deve ser preservada);

b) pessoa com função pública de destaque, que não pode impedir que sua atividade seja filmada, fotografada, divulgada, ressalvando-se sua intimidade;

c) necessidade de administração da justiça ou manutenção de ordem pública (ex.: foto de um procurado pela polícia);

d) pessoa que figura apenas como parte do cenário (ex.: praia, rua, show, festa); e) necessidade de identificação obrigatória (ex.: foto na carteira de identidade).

• Art. 21. Avida privadada pessoa natural é inviolável, e o juiz, a requerimento do interessado, adotará as providências necessárias para impedir ou fazer cessar ato contrário a esta norma.

• Privacidade: compreende a intimidade, o sigilo bancário, inviolabilidade de correspondência, o recolhimento em sua residência, a escolha do modo de viver, os hábitos, etc.

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LEI Nº 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002

Institui o Código Civil.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

PARTE GERAL

LIVRO I

DAS PESSOAS

(...)

TÍTULO II

Das Pessoas Jurídicas

CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 40. As pessoas jurídicas são de direito pú-blico, interno ou externo, e de direito privado. Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno:

I – a União;

II – os Estados, o Distrito Federal e os Terri-tórios;

III – os Municípios; IV – as autarquias;

V – as demais entidades de caráter público criadas por lei.

Parágrafo único. Salvo disposição em con-trário, as pessoas jurídicas de direito públi-co, a que se tenha dado estrutura de direito privado, regem-se, no que couber, quanto ao seu funcionamento, pelas normas deste Código.

Art. 42. São pessoas jurídicas de direito público externo os Estados estrangeiros e todas as pes-soas que forem regidas pelo direito internacio-nal público.

Art. 43. As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis por atos dos seus agentes que nessa qualidade causem danos a terceiros, ressalvado direito regressivo contra os causadores do dano, se houver, por parte destes, culpa ou dolo.

Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado: I – as associações;

II – as sociedades; III – as fundações.

IV – as organizações religiosas; (Incluído pela Lei nº 10.825, de 22.12.2003)

V – os partidos políticos. (Incluído pela Lei nº 10.825, de 22.12.2003)

VI – as empresas individuais de responsabi-lidade limitada. (Incluído pela Lei nº 12.441, de 2011) (Vigência)

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poder público negar-lhes reconhecimento ou registro dos atos constitutivos e neces-sários ao seu funcionamento. (Incluído pela Lei nº 10.825, de 22.12.2003)

§ 2º As disposições concernentes às asciações aplicam-se subsidiariamente às so-ciedades que são objeto do Livro II da Parte Especial deste Código. (Incluído pela Lei nº 10.825, de 22.12.2003)

§ 3º Os partidos políticos serão organizados e funcionarão conforme o disposto em lei específica. (Incluído pela Lei nº 10.825, de 22.12.2003)

Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedi-da, quando necessário, de autorização ou apro-vação do Poder Executivo, averbando-se no re-gistro todas as alterações por que passar o ato constitutivo.

Parágrafo único. Decai em três anos o direi-to de anular a constituição das pessoas jurí-dicas de direito privado, por defeito do ato respectivo, contado o prazo da publicação de sua inscrição no registro.

Art. 46. O registro declarará:

I – a denominação, os fins, a sede, o tempo de duração e o fundo social, quando hou-ver;

II – o nome e a individualização dos funda-dores ou instituifunda-dores, e dos diretores; III – o modo por que se administra e repre-senta, ativa e passivamente, judicial e extra-judicialmente;

IV – se o ato constitutivo é reformável no tocante à administração, e de que modo; V – se os membros respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações sociais; VI – as condições de extinção da pessoa ju-rídica e o destino do seu patrimônio, nesse caso.

Art. 47. Obrigam a pessoa jurídica os atos dos administradores, exercidos nos limites de seus poderes definidos no ato constitutivo.

Art. 48. Se a pessoa jurídica tiver administração coletiva, as decisões se tomarão pela maioria de votos dos presentes, salvo se o ato constitutivo dispuser de modo diverso.

Parágrafo único. Decai em três anos o direi-to de anular as decisões a que se refere este artigo, quando violarem a lei ou estatuto, ou forem eivadas de erro, dolo, simulação ou fraude.

Art. 49. Se a administração da pessoa jurídica vier a faltar, o juiz, a requerimento de qualquer interessado, nomear-lhe-á administrador provi-sório.

Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurí-dica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Públi-co quando lhe Públi-couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particu-lares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica.

Art. 51. Nos casos de dissolução da pessoa jurí-dica ou cassada a autorização para seu funcio-namento, ela subsistirá para os fins de liquida-ção, até que esta se conclua.

§ 1º Far-se-á, no registro onde a pessoa ju-rídica estiver inscrita, a averbação de sua dissolução.

§ 2º As disposições para a liquidação das sociedades aplicam-se, no que couber, às demais pessoas jurídicas de direito privado. § 3º Encerrada a liquidação, promover-se-á o cancelamento da inscrição da pessoa jurí-dica.

Art. 52. Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da personalida-de.

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Slides – Disposições Gerais – Das Pessoas Jurídicas

DISPOSIÇÕES GERAIS

• Conceito de Pessoa Jurídica: A pessoa jurídica é a unidade de pessoas naturais ou de patrimônios que visa à obtenção de certas finalidades, reconhecida pela ordem jurídica como sujeito de direitos e obrigações. (Maria Helena Diniz)

• A principal característica da pessoa jurídica é o fato de ter personalidade própria e diversa da dos indivíduos que a compõe. Assim, o patrimônio dos sócios não se confundem com o patrimônio da PJ, de forma que, em regra, não podem ser penhorados os bens dos sócios por dívidas da sociedade.

• Art. 40. As pessoas jurídicas são de direito público, interno ou externo, e de direito

privado.

Pessoas Jurídicas de Direito Público (Interno) Pessoas Jurídicas de Direito Privado União, Estados, Distrito Federal, Territórios e

Municípios Associações (união de pessoas sem fins lucrativos –fins culturais, educacionais, esportivos...)

Autarquias (INSS, INCRA), inclusive as associações

públicas (ex.: consórcios públicos); Sociedades (união de pessoas para exercício de atividade econômica - S.A, Ltda...)

Demais entidades de caráter público criadas por lei

(ex.: Fundações Públicas, Agências Reguladoras) Fundações (universalidade de bens para fins de beneficiar terceiros – Fundação Ayrton Senna)

Pessoas Jurídicas de Direito Público (Externo) Organizações religiosas (Professam uma religião

-Igrejas, Dioceses, Congregações...)

Estados estrangeiros Partidos políticos (leis específicas) Todas as pessoas que forem regidas pelo direito

internacional público (União Européia, Mercosul, ONU,

Unesco, Unicef...)

Empresas individuais de responsabilidade limitada

(EIRELI – art. 980-A, CC – empresa constituída por uma única pessoa natural)

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• PESSOAS JURÍDICAS DEDIREITO PÚBLICO- PECULIARIDADES

• Art. 41, Parágrafo único. Salvo disposição em contrário, as pessoas jurídicas de

direito público, a que se tenha dado estrutura de direito privado, regem-se, no que couber, quanto ao seu funcionamento, pelas normas deste Código. (Ex.: fundações públicas e agências reguladoras)

• Art. 42. São pessoas jurídicas de direito público externo os Estados estrangeiros e

todas aspessoas que forem regidas pelo direito internacional público.

• Art. 43. As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis por atos dos seus agentes que nessa qualidade causem danos a terceiros, ressalvado direito regressivo contra os causadores do dano, se houver, por parte destes, culpa

ou dolo.

• PESSOAS JURÍDICAS DEDIREITO PRIVADO– PECULIARIDADES (Art. 44)

• § 1o São livres a criação, a organização, a estruturação interna e o funcionamento

das organizações religiosas, sendo vedado ao poder público negar-lhes

reconhecimento ou registro dos atos constitutivos e necessários ao seu funcionamento.

• § 3oOspartidos políticos serão organizados e funcionarão conforme o disposto em

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• A PJ é dotada de personalidade jurídica, sendo sujeito de direitos e deveres.

• Início da Personalidade -Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com ainscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida,

quando necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo. Parágrafo único. Decai emtrês anos o direito de anular a constituição das pessoas jurídicas de direito

privado, por defeito do ato respectivo, contado o prazo da publicação de sua inscrição no registro.

• Fim da Personalidade (Extinção da Pessoa Jurídica) – Finda a personalidade com a

dissolução da pessoa jurídica ou cassação da autorização para seu funcionamento, porém, subsistirá para os fins de liquidação, até que esta se conclua (Art. 51).

• Art. 51. Nos casos de dissolução da pessoa jurídica ou cassada a autorização para seu funcionamento, ela subsistirá para os fins de liquidação, até que esta se conclua. • § 1oFar-se-á, no registro onde a pessoa jurídica estiver inscrita, aaverbação de sua

dissolução.

• § 2oAs disposições para a liquidação das sociedades aplicam-se, no que couber, às

demais pessoas jurídicas de direito privado.

• § 3oEncerrada a liquidação, promover-se-á o cancelamento da inscrição da pessoa

jurídica.

• A dissolução, ou cessação da autorização, deverá ser averbada no registro onde estiver inscrita, mas o cancelamento da inscrição se dará após encerrada a liquidação.

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• Art. 46. O registro declarará:

I - a denominação, os fins, a sede, o tempo de duração e o fundo social, quando houver;

II - o nome e a individualização dos fundadores ou instituidores, e dos diretores;

III - o modo por que se administra e representa, ativa e passivamente, judicial e extrajudicialmente;

IV - se o ato constitutivo é reformável no tocante à administração, e de que modo;(ex.: maioria simples, absoluta, por unanimidade)

V - se os membros respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações sociais; VI - as condições de extinção da pessoa jurídica e o destino do seu patrimônio, nesse

caso.

• REPRESENTAÇÃO DA PESSOA JURÍDICA

• Art. 47. Obrigam a pessoa jurídica os atos dos administradores, exercidos nos limites

de seus poderes definidos no ato constitutivo.

• Em regra, a Pessoa Jurídica é representada pelos seus administradores nomeados, nos limites dos poderes definidos no ato constitutivo (art. 47, CC).

• Art. 48. Se a pessoa jurídica tiver administração coletiva, as decisões se tomarão

pela maioria de votos dos presentes, salvo se o ato constitutivo dispuser de modo diverso. Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular as decisões a que se refere este artigo, quando violarem a lei ou estatuto, ou forem eivadas de erro, dolo, simulação ou fraude.

• Art. 49. Se a administração da pessoa jurídica vier a faltar, o juiz, a requerimento de

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• DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA

• Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da

parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica.

• Com a finalidade de evitar o mau uso da PJ, a Desconsideração da Personalidade Jurídica permite que o juiz, em caso de desvio de finalidade ou confusão patrimonial, desconsidere o princípios de que a PJ tem personalidade distinta da dos seus membros (Princípio da Autonomia Patrimonial), fazendo com que se possa atingir os bens particulares dos sócios pra satisfazer dívidas da sociedade.

• A desconsideração é episódica e temporária, não importando em dissolução da PJ.

• Art. 52. Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da

personalidade.

• Muito embora os direitos da personalidade sejam atributos da pessoa humana, a PJ, detentora de personalidade jurídica conferida pela lei, também recebe a proteção, no que couber. (Ex.: direito ao nome, à honra, à imagem, à boa reputação...)

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(27)

LEI Nº 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002

Institui o Código Civil.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

PARTE GERAL

LIVRO I

DAS PESSOAS

(...)

TÍTULO III

Do Domicílio

Art. 70. O domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece a sua residência com ânimo definitivo.

Art. 71. Se, porém, a pessoa natural tiver diver-sas residências, onde, alternadamente, viva, considerar-se-á domicílio seu qualquer delas. Art. 72. É também domicílio da pessoa natural, quanto às relações concernentes à profissão, o lugar onde esta é exercida.

Parágrafo único. Se a pessoa exercitar pro-fissão em lugares diversos, cada um deles constituirá domicílio para as relações que lhe corresponderem.

Art. 73. Ter-se-á por domicílio da pessoa natu-ral, que não tenha residência habitual, o lugar onde for encontrada.

Parágrafo único. A prova da intenção resul-tará do que declarar a pessoa às municipa-lidades dos lugares, que deixa, e para onde vai, ou, se tais declarações não fizer, da pró-pria mudança, com as circunstâncias que a acompanharem.

(...)

Art. 76. Têm domicílio necessário o incapaz, o servidor público, o militar, o marítimo e o preso.

Parágrafo único. O domicílio do incapaz é o do seu representante ou assistente; o do servidor público, o lugar em que exercer permanentemente suas funções; o do mili-tar, onde servir, e, sendo da Marinha ou da Aeronáutica, a sede do comando a que se encontrar imediatamente subordinado; o do marítimo, onde o navio estiver matricu-lado; e o do preso, o lugar em que cumprir a sentença.

Art. 77. O agente diplomático do Brasil, que, ci-tado no estrangeiro, alegar extraterritorialidade sem designar onde tem, no país, o seu domicí-lio, poderá ser demandado no Distrito Federal ou no último ponto do território brasileiro onde o teve.

Art. 78. Nos contratos escritos, poderão os con-tratantes especificar domicílio onde se exerci-tem e cumpram os direitos e obrigações deles resultantes.

(28)

Slides – Da Pessoa Natural – Domicílio

DOMICÍLIO DA PESSOA NATURAL

• Domicílio é o lugar em que as pessoas (físicas ou jurídicas) podem ser encontradas para os efeitos jurídicos, ou seja, para responderem por suas obrigações.

• Art. 70. O domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece a sua residência

com ânimo definitivo.

• Domicílio = residência + animo definitivo

• Residência é diferente de morada ou habitação (ex.: locais em que a pessoa ocupa esporadicamente, como casa da praia, hotel em que passa férias), estas têm menor expressão que residência.

• PLURALIDADE DE DOMICÍLIO

• Art. 71. Se, porém, a pessoa natural tiver diversas residências, onde,

alternadamente, viva, considerar-se-á domicílio seu qualquer delas.

• (Ex.: vive de segunda a quinta na casa da cidade e de quinta a domingo na fazenda em outro município)

(29)

• DOMICÍLIO PROFISSIONAL

• Art. 72. É também domicílio da pessoa natural, quanto às relações concernentes à

profissão, o lugar onde esta é exercida.

• Parágrafo único. Se a pessoa exercitar profissão em lugares diversos, cada um deles

constituirá domicílio para as relações que lhe corresponderem.

• Ex 1.: médico que mantém consultórios em cidades diferentes e atende em ambos, sendo cada um deles seu domicílio para as relações ali correspondentes.

• Ex 2.: empresário que tem empresas em diferentes cidades e, em razão do ofício, comparece em cada uma em dias alternados.

• DOMICÍLIO DA PESSOA QUE NÃO TEM RESIDÊNCIA HABITUAL

• Art. 73. Ter-se-á por domicílio da pessoa natural, que não tenha residência

(30)

• MUDANÇA DE DOMICÍLIO

• Art. 74. Muda-se o domicílio, transferindo a residência, com a intenção manifesta de

o mudar.

• Mudança voluntária = transferência de residência + intenção de mudar

• Parágrafo único. A prova da intenção resultará do que declarar a pessoa às

municipalidades dos lugares, que deixa, e para onde vai, ou, se tais declarações não fizer, da própria mudança, com as circunstâncias que a acompanharem.

• Ex. dessas circunstâncias: matricula os filhos na escola, transfere linhas telefônicas...

• DOMICILIO NECESSÁRIO OU LEGAL

• Art. 76. Têm domicílio necessário o incapaz, o servidor público, o militar, o marítimo

e o preso.

• Parágrafo único. O domicílio do incapaz é o do seu representante ou assistente; o do

servidor público, o lugar em que exercer permanentemente suas funções; o do militar, onde servir, e, sendo da Marinha ou da Aeronáutica, a sede do comando a que se encontrar imediatamente subordinado; o do marítimo, onde o navio estiver matriculado; e o do preso, o lugar em que cumprir a sentença.

(31)

Domicílio Necessário ou Legal

Pessoa Domicílio

o incapaz →

(Art. 3º e 4º) -o do seu representante ou assistente

o servidor público → - o lugar em que exercer permanentemente suas funções

o militar → - onde servir e, sendo da Marinha ou da Aeronáutica, a sede do comando a que se encontrar imediatamente subordinado

o marítimo →

(Marinha Mercante) - onde o navio estiver matriculado o preso → - o lugar em que cumprir a sentença

• Art. 77. O agente diplomático do Brasil, que, citado no estrangeiro, alegar

extraterritorialidade sem designar onde tem, no país, o seu domicílio, poderá ser demandado noDistrito Federal ou no último ponto do território brasileiro onde o

teve.

• Os agentes diplomáticos brasileiros têm por domicílio o país que representam (Brasil) e devem ser acionados na justiça do Brasil.

(32)

• DOMICILIO CONTRATUAL OU DE ELEIÇÃO

• Art. 78. Nos contratos escritos, poderão os contratantes especificar domicílio onde

se exercitem e cumpram os direitos e obrigações deles resultantes.

• Ex.: “As partes elegem o foro de Porto Alegre para dirimir quaisquer dúvidas em relação ao presente contrato”.

(33)

LEI Nº 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002

Institui o Código Civil.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

PARTE GERAL

LIVRO I

DAS PESSOAS

(...)

TÍTULO III

Do Domicílio

(...)

Art. 75. Quanto às pessoas jurídicas, o domicílio é:

I – da União, o Distrito Federal;

II – dos Estados e Territórios, as respectivas capitais;

III – do Município, o lugar onde funcione a administração municipal;

IV – das demais pessoas jurídicas, o lugar onde funcionarem as respectivas diretorias e administrações, ou onde elegerem domi-cílio especial no seu estatuto ou atos cons-titutivos.

§ 1º Tendo a pessoa jurídica diversos esta-belecimentos em lugares diferentes, cada um deles será considerado domicílio para

§ 2º Se a administração, ou diretoria, tiver a sede no estrangeiro, haver-se-á por domi-cílio da pessoa jurídica, no tocante às obri-gações contraídas por cada uma das suas agências, o lugar do estabelecimento, sito no Brasil, a que ela corresponder.

(...)

Art. 78. Nos contratos escritos, poderão os con-tratantes especificar domicílio onde se exerci-tem e cumpram os direitos e obrigações deles resultantes.

(34)

Slides – Da Pessoa Jurídica – Domicílio

DOMICÍLIO DA PESSOA JURÍDICA

• Domicílio é o lugar em que as pessoas (físicas ou jurídicas) podem ser encontradas para os efeitos jurídicos.

• Art. 75. Quanto às pessoas jurídicas, o domicílio é:

I - da União, o Distrito Federal;

II - dos Estados e Territórios, as respectivas capitais;

III - do Município, o lugar onde funcione a administração municipal;

IV - das demais pessoas jurídicas, o lugar onde funcionarem as respectivas diretorias e administrações, ou onde elegerem domicílio especial no seu estatuto ou atos constitutivos.

Domicílio da Pessoa Jurídica

Pessoa Jurídica Domicílio

União → - O Distrito Federal

Estados e Territórios → - As respectivas capitais

Município → - O lugar onde funcione a administraçãomunicipal

Demais pessoas jurídicas → - O lugar onde funcionarem as respectivasdiretorias e administrações, ou onde elegerem

domicílio especial no seu estatuto ou atos

(35)

• § 1oTendo a pessoa jurídicadiversos estabelecimentos em lugares diferentes, cada

um deles será considerado domicílio para os atos nele praticados. (Ex.: filiais, agências, sucursais...)

• § 2o Se a administração, ou diretoria, tiver a sede no estrangeiro, haver-se-á por

domicílio da pessoa jurídica, no tocante às obrigações contraídas por cada uma das suas agências, o lugar do estabelecimento, sito no Brasil, a que ela corresponder.

• DOMICILIO CONTRATUAL OU DE ELEIÇÃO

• Art. 78. Nos contratos escritos, poderão os contratantes especificar domicílio onde

se exercitem e cumpram os direitos e obrigações deles resultantes.

• Ex.: “As partes elegem o foro de Porto Alegre para dirimir quaisquer dúvidas em

(36)
(37)

LEI Nº 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002

Institui o Código Civil.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

PARTE GERAL

(...)

LIVRO III

Dos Fatos Jurídicos

TÍTULO I

Do Negócio Jurídico

CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 104. A validade do negócio jurídico requer: I – agente capaz;

II – objeto lícito, possível, determinado ou determinável;

III – forma prescrita ou não defesa em lei. Art. 105. A incapacidade relativa de uma das partes não pode ser invocada pela outra em be-nefício próprio, nem aproveita aos co-interessa-dos capazes, salvo se, neste caso, for indivisível

Art. 106. A impossibilidade inicial do objeto não invalida o negócio jurídico se for relativa, ou se cessar antes de realizada a condição a que ele estiver subordinado.

Art. 107. A validade da declaração de vontade não dependerá de forma especial, senão quan-do a lei expressamente a exigir.

Art. 108. Não dispondo a lei em contrário, a escritura pública é essencial à validade dos ne-gócios jurídicos que visem à constituição, trans-ferência, modificação ou renúncia de direitos reais sobre imóveis de valor superior a trinta ve-zes o maior salário mínimo vigente no País. Art. 109. No negócio jurídico celebrado com a cláusula de não valer sem instrumento público, este é da substância do ato.

Art. 110. A manifestação de vontade subsiste ainda que o seu autor haja feito a reserva men-tal de não querer o que manifestou, salvo se dela o destinatário tinha conhecimento.

Art. 111. O silêncio importa anuência, quando as circunstâncias ou os usos o autorizarem, e não for necessária a declaração de vontade ex-pressa.

Art. 112. Nas declarações de vontade se aten-derá mais à intenção nelas consubstanciada do que ao sentido literal da linguagem.

Art. 113. Os negócios jurídicos devem ser inter-pretados conforme a boa-fé e os usos do lugar de sua celebração.

(38)

re-Slides – Disposições Gerais – Negócio Jurídico

FATOS JURÍDICOS

Fatos Jurídicos Naturais:

Acontecimentos que produzem efeitos jurídicos, mas que decorrem de fatores naturais e não da conduta

humana.

Fatos Jurídicos Humanos:

Acontecimentos que produzem efeitos jurídicos, decorrentes da

conduta humana.

Podem ser ordinários (nascimento, morte, maioridade...) ou

extraordinários (terremoto,

raio, furacão...)

Lícitos: Condutas humanas em

conformidade com o ordenamento jurídico.

Ilícitos: ação humana

contrária ao ordenamento jurídico,

resultando em dano (ex.: atropelamento)

Bilaterais Unilaterais

Negócios Jurídicos: Ato que se

origina de um acordo de vontades entre dois ou mais sujeitos (ex.: compra e venda)

a) Ato jurídico stricto sensu: ato humano

sem acordo de vontades (ex.: ocupação, fixação de domicílio); b)

Ato-fato jurídico: acontecimento

involuntário e não objetivado (ex.: achar um tesouro)

DISPOSIÇÕES GERAIS – NEGÓCIO JURÍDICO

• Art. 104. A validade do negócio jurídico requer:

I - agente capaz;

II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável; III - forma prescrita ou não defesa em lei.

Obs.: Não está expresso no art. 104, mas entende-se que a “livre manifestação de vontade” também é um dos requisitos de validade do negócio jurídico.

(39)

• Agente capaz - para que um negócio jurídico seja válido, os agentes precisam ter capacidade plena (capacidade de direito + capacidade de fato).

• E o incapaz? também poderá praticar o negócio jurídico, desde que suprida a incapacidade.

• representação (para os absolutamente incapazes) • assistência (para os relativamente incapazes).

• Agente absolutamente incapaz --- o negócio será NULO. • Agente relativamente incapaz ---o negócio é ANULÁVEL.

• Art. 3oSãoabsolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil:

I - os menores de dezesseis anos;

II - os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos;

III - os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade.

• Art. 4oSão incapazes,relativamente a certos atos, ou à maneira de os exercer:

I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;

II - os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por deficiência mental, tenham o discernimento reduzido;

III - os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo; IV - os pródigos.

(40)

• Objeto lícito, possível, determinado ou determinável - Todo negócio jurídico tem um objeto.

- lícito (aquele que está de acordo com o ordenamento jurídico, que não ofende a lei). Ex.: compra e venda de um produto roubado não é lícito.

- possível (aquele que pode ser realizado do ponto de vista físico e jurídico). Ex.: vender uma herança de pessoa viva; dar a volta ao mundo em meia hora.

- determinado ou determinável (aquele que está individualizado, ou que contenha elementos para sua individualização). Ex.: compra venda de “5 canetas azuis da marca Bic” é determinado; compra e venda de “5 canetas” é determinável; mas compra e venda de “canetas” é indeterminável e, portanto, nulo.

• Se não for lícito, possível, determinado ou determinável --- o negócio é NULO.

• Forma prescrita ou não defesa em lei - Em regra, no direito civil, a forma é livre; exceto nos casos em que a lei exige forma ou solenidade específica (ex.: forma escrita e mediante instrumento público). Portanto, quando a lei estabelecer que determinado negócio jurídico deve ser realizado obedecendo determinada formalidade ou solenidade, isso deve ser obedecido.

• (ex.: Art. 108. Não dispondo a lei em contrário, a escritura pública é essencial à validade dos negócios jurídicos que visem à constituição, transferência, modificação ou renúncia de direitos reais sobre imóveis de valor superior a trinta vezes o maior salário mínimo vigente no País).

(41)

• Livre manifestação de vontade – as partes deverão anuir, consentir de forma livre para a formação do negócio, sem que haja vícios de vontade como erro, dolo, coação...

• Se não houver livre manifestação de vontade, o negócio será nulo ou anulável, conforme o vício que contiver (ex.: simulação torna o negócio nulo, os demais defeitos do negócio jurídico o tornam anulável).

• Artigos importantes

• Art. 109. No negócio jurídico celebrado com a cláusula de não valer sem instrumento

público, este é da substância do ato.

- Previsão contratual de forma especial – havendo cláusula que condiciona a validade do negócio ao registro público, isso passará a ser da sua substância, mesmo que a lei não tenha previsto essa forma especial para tal tipo de negócio.

• Art. 111. O silêncio importa anuência, quando as circunstâncias ou os usos o

autorizarem, e não for necessária a declaração de vontade expressa.

• Silêncio como manifestação de vontade – em regra, os negócio jurídicos exigem manifestação de vontade expressa, mas, excepcionalmente, o silêncio pode ser considerado uma manifestação de vontade, gerando o negócio jurídico. Ex.: art. 539 – o doador pode fixar um prazo para o donatário dizer se aceita ou não a doação; se não se manifestar no prazo, considera-se que aceitou.

(42)

• Art. 112. Nas declarações de vontade se atenderá mais à intenção nelas

consubstanciada do que ao sentido literal da linguagem.

- No momento de interpretar as declarações de vontade (ex.: contrato) dos negócios jurídicos, o que importa é a vontade real e não a declarada.

• Art. 113. Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e os usos

do lugar de sua celebração.

- As partes deve agir com honestidade, lealdade e probidade durante as negociações, na contratação e na execução dos atos negociais; bem como há de ser observado os usos de cada lugar (ex.: o alqueire é uma medida agrária que varia de um estado para o outro, devendo ser observados esses detalhes em um negócio que envolva essas medidas).

(43)

LEI Nº 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002

Institui o Código Civil.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

PARTE GERAL

(...)

LIVRO III

Dos Fatos Jurídicos

(...)

TÍTULO IV

Da Prescrição e da Decadência

CAPÍTULO I

Da Prescrição

Seção I

Disposições Gerais

Art. 189. Violado o direito, nasce para o titular a pretensão, a qual se extingue, pela prescrição, nos prazos a que aludem os arts. 205 e 206. Art. 190. A exceção prescreve no mesmo prazo

Art. 191. A renúncia da prescrição pode ser ex-pressa ou tácita, e só valerá, sendo feita, sem prejuízo de terceiro, depois que a prescrição se consumar; tácita é a renúncia quando se presu-me de fatos do interessado, incompatíveis com a prescrição.

Art. 192. Os prazos de prescrição não podem ser alterados por acordo das partes.

Art. 193. A prescrição pode ser alegada em qualquer grau de jurisdição, pela parte a quem aproveita.

Art. 194. O juiz não pode suprir, de ofício, a ale-gação de prescrição, salvo se favorecer a absolu-tamente incapaz. (Revogado pela Lei nº 11.280, de 2006)

Art. 195. Os relativamente incapazes e as pes-soas jurídicas têm ação contra os seus assisten-tes ou representanassisten-tes legais, que derem causa à prescrição, ou não a alegarem oportunamente. Art. 196. A prescrição iniciada contra uma pes-soa continua a correr contra o seu sucessor.

(44)

Slides – Disposições Gerais: Prescrição

Direito  Civil

 

 

PRESCRIÇÃO

 

 

Profª. Tatiana Marcello

 

PRESCRIÇÃO – DISPOSIÇÕES GERAIS

• Art.  189.  Violado  o  direito,  nasce  para  o  5tular  a  pretensão,  a  qual  se  ex5ngue,  pela  

prescrição,  nos  prazos  a  que  aludem  os  arts.  205  e  206.  

•  O  ins&tuto  da  prescrição  é  necessário  para  que  haja  estabilidade  e  consolidação  de   todos  os  direitos  na  ordem  jurídica.    

•  A  pretensão  é  o  poder  que  alguém  tem  de  exigir  de  outrem  uma  ação  ou  omissão,   que  será  deduzida  através  de  uma  ação  em  juízo.  

(45)

• Art.  191.  A  renúncia  da  prescrição  pode  ser  expressa  ou  tácita,  e  só  valerá,  sendo   feita,   sem   prejuízo   de   terceiro,   depois   que   a   prescrição   se   consumar;   tácita   é   a   renúncia   quando   se   presume   de   fatos   do   interessado,   incompaCveis   com   a   prescrição.  

  Considerando   que   a   prescrição   é   uma   regra   de   ordem   pública,   apenas   há   possibilidade   de   renunciar   à   prescrição   após   sua   consumação,   ou   seja,   após   o   transcurso  do  prazo  previsto  em  lei.  

•  Além  disso,  a  renúncia  só  valerá  se  não  trouxer  prejuízos  a  terceiros  (ex.:  credores).   •  Renúncia  expressa:  quando  o  devedor  manifesta  de  forma  escrita  ou  oral.  

•  Renúncia   tácita:   quando   se   presume,   através   de   fatos   incompaHveis   com   a   prescrição  (ex.:  pagamento  de  parte  da  dívida  ou  algum  acordo).  

• Art.  192.  Os  prazos  de  prescrição  não  podem  ser  alterados  por  acordo  das  partes.  

•  Os  prazos  prescricionais  são  os  expressamente  previstos  em  lei  (arts.  205  e  206)  e   não  podem  ser  reduzidos  ou  ampliados  por  vontade  das  partes.  

• Art.  193.  A  prescrição  pode  ser  alegada  em  qualquer  grau  de  jurisdição,  pela  parte  a   quem  aproveita.  

•  Em   regra,   a   prescrição   pode   ser   arguida   em   qualquer   fase   do   processo   de   conhecimento,  em  primeira  ou  segunda  instância  (instâncias  ordinárias);  já  se  não   foi   arguida   nas   instâncias   ordinárias,   não   poderá   ser   analisada   nas   instâncias   superiores  (STJ  ou  STF),  por  falta  do  presques?onamento,  exigido  para  tais  recursos.  

(46)

• Art.   194.   O   juiz   não   pode   suprir,   de   o6cio,   a   alegação   de   prescrição,   salvo   se   favorecer  a  absolutamente  incapaz.  (Revogado  pela  Lei  nº  11.280,  de  2006)  

•  O  art.  194  do  CC  foi  revogado  pela  Lei  nº  11.280/2006,  a  qual  introduziu  o  §5º  ao  art.   119  do  Código  de  Processo  Civil,  com  a  previsão  de  que  “§  5º  O  juiz  pronunciará,  de   o7cio,  a  prescrição.”  

•  Portanto,   a   prescrição   é   norma   de   ordem   pública   e   deve   ser   pronunciada   por   iniciaLva  do  juiz,  mesmo  quando  não  houver  alegação  da  parte.  

• Art.  195.  Os  rela.vamente  incapazes  e  as  pessoas  jurídicas  têm  ação  contra  os  seus   assistentes   ou   representantes   legais,   que   derem   causa   à   prescrição,   ou   não   a   alegarem  oportunamente.  

•  Se,  por  exemplo,  o  tutor  de  um  menor  com  17  anos  permi5r,  culposamente,  que  a   ação   do   tutelado   prescreva;   este   terá   direito   à   ser   indenizado   pelo   prejuízo   ocasionado.   Observa-­‐se   que   esse   direito   não   se   refere   ao   absolutamente   incapaz,   contra   o   qual   não   corre   a   prescrição   (art.   198,   I   –   causas   que   impedem   ou   suspendem  a  prescrição)  

(47)

• Art.   196.   A   prescrição   iniciada   contra   uma   pessoa   con6nua   a   correr   contra   o   seu   sucessor.  

•  Na  hipótese  de  falecimento  do  2tular  do  direito,  caso  a  prescrição  já  tenha  iniciada   contra  este,  os  sucessores  terão  apenas  o  prazo  faltante  para  exercer  a  pretensão.   Da  mesma  forma,  entende-­‐se  que  se  alguém  2nha  uma  pretensão  em  face  do  de   cujus,   com   prazo   prescricional   já   em   curso,   con2nuará   tendo   apenas   o   prazo   faltante  para  ingressar  com  a  ação.    

•  Exemplos  de  ações  imprescri1veis:  

•  Ações   que   protegem   direitos   da   personalidade   (direito   à   vida,   à   liberdade,   à   integridade  9sica  ou  moral,  ao  nome,  etc.);  

  Ações   que   dizem   respeito   ao   estado   da   pessoa   (filiação,   cidadania,   condição   conjugal,   como   separação   judicial,   interdição,   reconhecimento   de   paternidade,   separação  judicial);  

(48)
(49)

LEI Nº 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002

Institui o Código Civil.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

PARTE GERAL

(...)

LIVRO III

Dos Fatos Jurídicos

(...)

TÍTULO IV

Da Prescrição e da Decadência

CAPÍTULO I

DA PRESCRIÇÃO

Seção II

DAS CAUSAS QUE IMPEDEM OU

SUSPENDEM A PRESCRIÇÃO

Art. 197. Não corre a prescrição:

I – entre os cônjuges, na constância da so-ciedade conjugal;

III – entre tutelados ou curatelados e seus tutores ou curadores, durante a tutela ou curatela.

Art. 198. Também não corre a prescrição:

I – contra os incapazes de que trata o art. 3º;

II – contra os ausentes do País em serviço público da União, dos Estados ou dos Mu-nicípios;

III – contra os que se acharem servindo nas Forças Armadas, em tempo de guerra. Art. 199. Não corre igualmente a prescrição:

I – pendendo condição suspensiva; II – não estando vencido o prazo; III – pendendo ação de evicção.

Art. 200. Quando a ação se originar de fato que deva ser apurado no juízo criminal, não correrá a prescrição antes da respectiva sentença defi-nitiva.

Art. 201. Suspensa a prescrição em favor de um dos credores solidários, só aproveitam os outros se a obrigação for indivisível.

(50)

Slides – Causas que Impedem e Suspendem

Direito  Civil

 

 

PRESCRIÇÃO

 

 

Profª. Tatiana Marcello

 

CAUSAS QUE IMPEDEM OU

SUSPENDEM

•  As   mesmas   causas   enumeradas   ora   impedem,   ora   suspendem   a   prescrição,   conforme  o  momento  em  que  surgem.  

• Art.  197.  Não  corre  a  prescrição:  

I  -­‐  entre  os  cônjuges,  na  constância  da  sociedade  conjugal;   II  -­‐  entre  ascendentes  e  descendentes,  durante  o  poder  familiar;  

III  -­‐  entre  tutelados  ou  curatelados  e  seus  tutores  ou  curadores,  durante  a  tutela  ou   curatela.  

(51)

•  Art.  198.  Também  não  corre  a  prescrição:  

I  -­‐  contra  os  incapazes  de  que  trata  o  art.  3º  (absolutamente  incapazes)  

 

II   -­‐   contra   os   ausentes   do   País   em   serviço   público   da   União,   dos   Estados   ou   dos   Municípios   (ex.:   representantes   diplomá@cos,   agentes   consulares,   pessoa   em   serviço  dos  entes  federa@vos...)  

 

III   -­‐   contra   os   que   se   acharem   servindo   nas   Forças   Armadas,   em   tempo   de   guerra  

(abrangendo  Exército,  Marinha  e  Aeronáu@ca)  

• Art.  199.  Não  corre  igualmente  a  prescrição:   I  -­‐  pendendo  condição  suspensiva;  

II  -­‐  não  estando  vencido  o  prazo;   III  -­‐  pendendo  ação  de  evicção.  

 

 Nesses  casos,  ainda  não  nasceu  a  pretensão,  portanto,  não  começa  a  fluir  o  prazo   prescricional.  

(52)

• Art.  200.  Quando  a  ação  se  originar  de  fato  que  deva  ser  apurado  no  juízo  criminal,   não  correrá  a  prescrição  antes  da  respec@va  sentença  defini@va.  

•  A  sentença  penal  condenatória  é  2tulo  execu5vo  para  buscar  a  reparação  de  danos.   Considerando  que  o  prazo  prescricional  para  a  reparação  de  danos  é  de  3  anos,  o   legislador   criou   essa   regra   de   suspensão   da   prescrição   enquanto   não   há   uma   condenação  defini5va  na  esfera  criminal.  

• Art.   201.   Suspensa   a   prescrição   em   favor   de   um   dos   credores   solidários,   só   aproveitam  os  outros  se  a  obrigação  for  indivisível.  

•  Em  regra,  a  suspensão  da  prescrição  só  aproveita  à  pessoa  a  quem  a  lei  definiu,   porém,  em  caso  de  obrigação  indivisível,  aproveita  aos  demais  credores  solidários.   •  Ex.:   Se   tenho   3   credores   de   uma   quanDa   em   $,   sendo   um   deles   absolutamente  

incapaz,   a   prescrição   ficará   suspensa   apenas   em   relação   ao   incapaz,   correndo   contra  os  demais  credores.  Já  se  essas  mesmas  pessoas  são  credores  de  um  bem   indivisível   (um   cavalo),   a   prescrição   ficará   suspensa   para   todos,   começando   a   correr  apenas  quando  o  incapaz  completasse  16  anos.  

(53)

LEI Nº 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002

Institui o Código Civil.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

PARTE GERAL

(...)

LIVRO III

Dos Fatos Jurídicos

(...)

TÍTULO IV

Da Prescrição e da Decadência

CAPÍTULO I

Da Prescrição

Seção III

Das Causas que

Interrompem a Prescrição

Art. 202. A interrupção da prescrição, que so-mente poderá ocorrer uma vez, dar-se-á:

I – por despacho do juiz, mesmo incompe-tente, que ordenar a citação, se o interes-sado a promover no prazo e na forma da lei processual;

III – por protesto cambial;

IV – pela apresentação do título de crédito em juízo de inventário ou em concurso de credores;

V – por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor;

VI – por qualquer ato inequívoco, ainda que extrajudicial, que importe reconhecimento do direito pelo devedor.

Parágrafo único. A prescrição interrompi-da recomeça a correr interrompi-da interrompi-data do ato que a interrompeu, ou do último ato do processo para a interromper.

Art. 203. A prescrição pode ser interrompida por qualquer interessado.

Art. 204. A interrupção da prescrição por um credor não aproveita aos outros; semelhante-mente, a interrupção operada contra o co-deve-dor, ou seu herdeiro, não prejudica aos demais coobrigados.

§ 1º A interrupção por um dos credores so-lidários aproveita aos outros; assim como a interrupção efetuada contra o devedor so-lidário envolve os demais e seus herdeiros. § 2º A interrupção operada contra um dos herdeiros do devedor solidário não prejudi-ca os outros herdeiros ou devedores, senão quando se trate de obrigações e direitos in-divisíveis.

(54)

prin-Slides – Causas que Interrompem

Direito  Civil

 

 

PRESCRIÇÃO

 

 

Profª. Tatiana Marcello

 

CAUSAS QUE INTERROMPEM A

PRESCRIÇÃO

• Art.  202,  Parágrafo  único.  A  prescrição  interrompida  recomeça  a  correr  da  data  do   ato  que  a  interrompeu,  ou  do  úl=mo  ato  do  processo  para  a  interromper.  

  Principais  diferenças  entre  suspensão  e  interrupção  da  prescrição:  

a)  em  regra,  a  interrupção  depende  de  um  comportamento  a0vo  do  credor  (ex.:  entrar   com  uma  ação),  enquanto  a  suspensão  decorre  automa0camente  de  fatos  previstos   em  lei  (ex.:  casamento);  

b)  a  interrupção  faz  com  que  o  prazo  prescricional  volte  a  correr  por  inteiro,  enquanto   na  suspensão  apenas  o  restante  do  prazo  volta  a  fluir.  

Referências

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