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(1)

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO ACÓRDÃO/DECISÃO MONOCRÁTICA

REGISTRADO(A) SOB N°

ACÓRDÃO

i iiiiu mu mu mu um uni mu um nu m

*02911902*

Vistos, relatados e discutidos estes autos de

Apelação n° 994.07.028053-0, da Comarca de Campinas,

em que é apelante MUNICIPALIDADE DE CAMPINAS sendo

apelados ELZA RUFINO, ISABEL APARECIDA SILVA BARBOSA,

ISAIAS BARBOSA, MARIA TERESA DA SILVA BARBOSA e

JACYRA BARBOSA.

ACORDAM, em 7" Câmara de Direito Privado do

Tribunal de Justiça de São Paulo, proferir a seguinte

decisão: "DERAM PROVIMENTO AO RECURSO. V. U.", de

conformidade com o voto do Relator, que integra este

acórdão.

O julgamento teve a participação dos

Desembargadores LUIZ ANTÔNIO COSTA (Presidente sem

voto), SOUSA LIMA E GILBERTO DE SOUZA MOREIRA.

São Paulo, 07 de abril de 2010.

ELCIO TRÜJILLO

(2)

7a Câmara - Seção de Direito Privado Apelação com Revisão n° 523.869-4/3-00

Comarca: Campinas

Ação: Arrecadação de herança jacente Apte(s).: Municipalidade de Campinas

Apdo(a)(s).: Elza Rufino (Espólio por seus herdeiros)

Voto n° 9630

HERANÇA JACENTE - Arrecadação de bens - Pedido

de habilitação de supostos herdeiros no curso do feito, na qualidade de parentes consangüíneos colaterais em quarto grau - Divergência, no entanto, nos dados das certidões apresentadas a não permitir, com segurança, a comprovação do grau de parentesco exigido -Falecimento de um dos habilitantes no curso do feito não altera a solução do caso - Exclusão da sucumbência fixada anteriormente em prejuízo da Municipalidade Atuação de ofício do ente público -Herança declarada vacante - Sentença parcialmente reformada - RECURSO PROVIDO.

Trata-se de ação de arrecadação de herança jacente julgada improcedente, com a conseqüente procedência das habilitações dos herdeiros

Isaías Barbosa e Jacyra Barbosa, convertido o feito em inventário conforme a r. sentença de fls. 325/331, de relatório adotado.

Apela a Municipalidade, em busca de reforma, alegando que, por conta da divergência nas filiações, os postulantes não são herdeiros; que os documentos apresentados são insuficientes a comprovar o grau de parentesco; além da necessidade de exclusão da verba sucumbencial, ante a inexistência de herdeiros até a propositura da presente ação, que somente fora instaurada por força de lei (As. 333/338).

Recebido (fis. 339). Contra-razões (fis. 340/342).

Parecer exarado pela d. Procuradoria de Justiça, opinando pelo provimento do apelo ou, caso outro o entendimento, seja o feito convertido em diligência (fis. 350/353).

Convertido o feito em diligência constatou-se que a pessoa identificada como Jacira Barbosa, a par da comparação de filiação, não tem parentesco com a mãe da falecida, razão pela qual foi reiterado o parecer pela d. Procuradoria de Justiça para que seja negado provimento ao apelo (tis. 376/v).

(3)

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

É o relatório.

Elza Rufino, autora da herança, faleceu em 15 de

setembro de 1992, na vigência do Código Civil de 1916 (fls. 304).

Procedimento instaurado com vistas à arrecadação de

herança jacente.

Existência de ação de adjudicação compulsória

ajuizada, em momento anterior (15.12.1994), por José Carlos Alvarez Archila e Jacyra

Barbosa em face do espólio de Elza Rufino, ao fundamento de que, quando em vida, a ré

firmou compromissos de venda e compra e às vésperas da lavratura da escritura definitiva

sobreveio O ÓbitO, inexistindO herdeiros (circunstância confirmada pela ausência de manifestação de eventuais sucessores quando da publicação de edital naquele feito - Processo n° 2275/94 - fls. 12/13; pela certidão de óbito dela - fls. 9 - ou mesmo pela negativa de inventário, arrolamento ou mesmo testamento conforme certidão - fls. 10).

Reconhecida, no entanto, a invalidade dos

instrumentos, a adjudicação compulsória foi julgada improcedente (tis. 14/19), decisão

confirmada pelo v. acórdão de fls. 21/25, com a determinação que fossem expedidos

ofícios ao Ministério Público e à Prefeitura Municipal de Campinas por aparente a hipótese

de herança jacente (artigos 1.591 e seguintes do CC/1916).

Daí a propositura da presente ação de arrecadação de

herança jacente.

Nomeado curador e arrecadados os bens deixados

pela falecida, seguiu-se a publicação de editais, com vistas à citação de eventuais

sucessores (tis. 69/72).

Apresentação de requerimentos de habilitação por

quatro supostos herdeiros: Jacyra Barbosa; Isaias Barbosa, Isabel Aparecida Silva

Barbosa e Maria Teresa da Silva Barbosa.

Após regular discussão e juntada de documentos

pelos interessados, sobreveio parecer da d. Promotoria de Justiça no sentido de que não

fossem aceitas as habilitações dos supostos herdeiros, devendo a herança ser declarada

vacante (fis. 284/285 e 323).

O feito foi julgado improcedente, com o acolhimento

apenas das habilitações pleiteadas por Isaias Barbosa e Jacyra Barbosa - reconhecidos

como herdeiros consangüíneos colaterais em quarto grau de Elza Rufino - convertida a

arrecadação de herança jacente em inventário e condenada a Municipalidade, Isabel

Aparecida Silva Barbosa e Maria Teresa da Silva Barbosa ao pagamento da verba

sucumbencial e à honorária fixada em 10% sobre o valor da causa, devidamente

atualizado (tis. 325/331).

Daí o apelo da autora.

A r. sentença comporta parcial reforma.

(4)

A documentação encartada, a despeito da incorreção na grafia de alguns nomes ou mesmo de se admitir eventual inversão em nome paterno, não permite concluir, com segurança, que os herdeiros que ora buscam a habilitação na sucessão sejam efetivamente parentes - independentemente do grau - da falecida Elza Rufino.

Os bens foram deixados por Elza Rufino, solteira, sem descendentes, filha de Julia Rufino (cfr. certidão de óbito - fis. 304) ou como grafado na sua certidão de nascimento, Julia Rufina (fis. 303).

A mãe da falecida Elza - Julia Rufino ou Rufina - por sua vez, era filha de Rufino Plácido e Suzanna Plácido (cfr. certidão de nascimento de Elza - fis. 303) ou como apontado na certidão de óbito de Julia Rufino de Moraes, de Plácido Rufino e Suzana Rufino (fis. 302).

Os supostos herdeiros - Isaías Barbosa e Jacyra

Barbosa — intitulam-se SObrinhOS (parentes consangüíneos colaterais em quarto grau) da m ã e da falecida

Elza Rufino - Julia Rufino, aludindo que a mãe deles seria Benedicta Maria da Conceição

(cfr. informação contida na certidão de óbito desta, onde lançado que deixou como filhos: Lázaro, Isaias e Jacira - fls. 306).

Entretanto, ao que tudo indica, Benedicta Maria da Conceição não era irmã da mãe da falecida Elza Rufino - Sra. Julia Rufino de Moraes e, por conseqüência, os mencionados "Isaias" e "Jacira" - filhos de Benedicta Maria da Conceição (tis. 306) - não são as mesmas pessoas que ora buscam se habilitar como sucessores.

A diversidade no lado materno entre as supostas irmãs aponta para a improcedência da habilitação. Enquanto os pais de Julia Rufino de Moraes

(mãe da falecida Elza Rufino) São Plácido Rufino e Suzana Rufino (cfr. certidão de óbito - fls. 302) OU ainda

Rufino Plácido e Suzanna Plácido (cfr. certidão de nascimento de Elza - fis. 303); os pais de Benedicta Maria da Conceição são Plácido Rufino e Suzana Paula da Conceição (cfr. certidão de óbito - fis.

306).

Acerca disso bem pontuou a D. Procuradoria de Justiça: "Ainda, que se admita erros nos diversos registros e que estes podem ser

perfeitamente corrigidos em juízo, é flagrante a diversidade em relação ao nome da genitora de ambas as 'irmãs', embora a inversão do nome paterno pode até ser relevada (...) é crível que Suzana Rufino ou Suzanna Plácido sejam a mesma pessoa mas dizer que Suzana Paula da Conceição seja a mesma, é forçar demais o raciocínio. Portanto, não se há falar que sejam irmãs: Julia e Benedicta." (fls. 351).

Mesmo que pairasse eventual dúvida quanto à existência de parentesco paterno comum em relação à falecida Elza e os supostos habilitantes - no caso, o avô Rufino Plácido ou Plácido Rufino - há provas nos autos que atestam a divergência de outros dados, de modos a impedir as habilitações pretendidas.

Em relação à Isaias Barbosa - que se intitula herdeiro - consta que seus pais são Augusto Barbosa e Benedicta da Conceição Barbosa (cfr. certidão

de nascimento - fls. 343, registro geral de identificação - fls. 344 e certidão de casamento - fls. 293), diferentemente

APELAÇÃO COM REVISÃO N° 523.869-4/3-00 - CAMPINAS - VOTO 9630 - RCC - 3/5 ( ^ I A R V ^

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PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

daquele "Isaias" indicado como provável herdeiro às fls. 306, que apresenta como mãe Benedicta Maria da Conceição, viúva de Augusto Bonifácio Penteado.

Portanto, quanto ao habilitante Isaias Barbosa a divergência nos dados se mantém, de modo que não se conclui, com segurança, que Benedicta Maria da Conceição (apontada como suposta tia da falecida Elza - fis. 306) seja a mesma pessoa que Benedicta da Conceição Barbosa (mãe do ora habilitante-fis. 293).

Contrariedade nos dados também presente em relação à Jacyra Barbosa, falecida no curso do feito (fis. 277).

Pela documentação encartada, Jacyra Barbosa era filha de Benedicta Barbosa e Augusto Barbosa (fis. 82). Da mesma forma como Isaias, verifica-se divergência do lado materno em comparação com a certidão de óbito às fls. 306, na qual consta a suposta herdeira "Jacira" consta como filha de Benedicta Maria da Conceição, viúva de Augusto Bonifácio Penteado.

Ante o quadro, o apontamento da d. Procuradoria de Justiça: "Desse modo, não se pode dizer que a genitora de Jacyra e Isaias

-Benedicta Barbosa (fls. 82) ou -Benedicta da Conceição Barbosa (fls. 293) seja irmã de Julia Rufíno de Moraes (fls. 79 - cert. Casamento) porque aquela é filha de SUZANA PAULA DA CONCEIÇÃO (fls. 306) e esta é filha de Suzana Rufíno (fls. 302)

OU Suzanna Plácido (fls. 303)." (grifos no original fls. 352).

De forma esquemática, no âmbito da devolutividade recursal, as divergências (em destaque) a partir dos documentos que supostamente conferem o direito à herança da falecida Elza Rufino (Quadro I) e outros, específicos dos habilitantes Isaias Barbosa e Jacyra Barbosa (Quadro II), respectivamente:

Rufino Plácido ou Plácido Rufino

Suzanna Plácido ou Suzana Rufino

Plácido Rufino Suzana Paula da Conceição

\ / Julia Rufina ou Julia Rufino ou Julia Rufino de Moraes

/

1

Benedicta Maria da Conceição

Augusto Bonifácio Penteado

Elza Rufino

/ I \

Lázaro Isaias Jacira

(6)

Rufino Plácido ou Plácido Rufino

Suzanna Plácido ou Suzana Rufino

\ /

Julia Rufina ou Julia Rufino ou Julia Rufino de Moraes

I

Elza Rufino Plascido Rufino \ Suzana Paula (documentos de Isaías) ou Suzanna Paula (documentos de Jacyra)

Benedicta da Conceição Barbosa Augusto Barbosa (documentos de Isaias)

Benedicta Barbosa

Augusto Barbosa (documentos de Jacyra)

~7

T

Isaias Barbosa Jacyra Barbosa

Por fim, cumpre afastar a sucumbência antes fixada à Municipalidade, pois a instauração deste feito ocorreu por força do dever de ofício, face à inexistência de herdeiros. Aliás, como apontado pela d. Procuradoria de Justiça "(...) com a

medida intentada, em nada se beneficiou a Municipalidade e nenhum prejuízo deu aos cofres públicos ou aos pretensos herdeiros. Agiu de ofício e estribada em falso registro e falso contrato de compra e venda de bens, devidamente declarados pela Justiça de 2° grau." (f\s. 353).

"Jurisdição voluntária. Nestes procedimentos (e.g.,

CPC 1103 a 1210; dúvida levantada pelo oficial de registro; retificação de registro), não há partes, mas interessados; não há lide, mas pode haver controvérsia. Assim, não há se falar em sucumbência nos procedimentos de jurisdição voluntária. As custas e despesas processuais deverão ser rateadas entre os interessados, na proporção de seus interesses.

Cada interessado arcará com o pagamento dos honorários de seu advogado." (Nelson Nery Júnior e Rosa Maria de Andrade Nery, in Código de Processo Civil Comentado e legislação extravagante, art. 24, nota 1, p. 235).

Desta feita, cumpre a reforma parcial da r. sentença de fls. 325/331, para afastar as habilitações requeridas por Isaias Barbosa e Jacyra Barbosa e declarar a herança vacante, a teor do disposto no art. 1.157 do Código de Processo Civil, com a transferência do domínio dos bens arrecadados à Municipalidade, excluída a sucumbência.

Ante o exposto, DOU PROVIMENTO ao recurso.

ELCIO TRUJILLC Relator

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