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Programas de Uso Racional de antimicrobianos

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Academic year: 2021

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Programas de Uso Racional de

antimicrobianos

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• Você acaba de ser contratado para ser o responsável pela SCIH de um hospital do

interior de SP, privado mas com 60% de leitos SUS e convênio próprio.

• Na entrevista de admissão, o diretor pede a você que olhe com carinho o uso de

(4)

Perguntas....

• 1. É realmente seu problema? • 2. É necessário?

• 3. É ético?

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Pelo menos, de acordo com a

Portaria 2616....

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http://www.anvisa.gov.br/servicosau de/controle/rede_rm/cursos/atm_rac ional/modulo1/objetivos.htm- 2008

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http://www.anvisa.gov.br/servicosau de/controle/rede_rm/cursos/atm_ra

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• “O desenvolvimento de antimicrobianos consome muito tempo, sendo considerado caro e arriscado, em virtude da rápida emergência de resistência, tão logo a droga é comercializada.

• Por isso, a indústria farmacêutica tem focado suas pesquisas no desenvolvimento de novas drogas

para doenças crônicas, tais como doenças

inflamatórias, transtornos metabólicos, endócrinos, doenças pulmonares e neoplasias.”

(18)

Impacto clínico da resistência

• Vários estudos mostram aumento de

mortalidade e morbidade em infecções por bactérias multiresistentes.

• Uma provável explicação: demora no início do tratamento eficaz.

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Sobrevida de acordo com a presença de choque e tratamento empírico adequado

(20)

Duração da hipotensão antes da ATB efetiva na

sobrevida do choque séptico

Kumar A, et al. Crit Care Med 2006; 34:1589

1.0 0.8 0.6 0.4 0.2 0.0

Tempo desde o início da Hipotensão (Horas))

Fraç ão tot al de pac ie nt es Sobrevida

tempo cumulativo até o início da antibioticoterapia eficaz

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• Estudo de coorte

retrospectivo em UTI adultos.

• Em 40 meses: 91 PAV • 75 casos: PAV por

bactérias multiresistentes (MR) • Tratamento empírico inadequado em 42 pacientes MR (56%) e 4 (25%) pacientes MS:

Santa Casa de Porto Alegre, 1.700 leitos, janeiro de 1999 a abril de 2002, 4 CTIs

(23)

• Óbito: 61% dos pacientes MR e em 25% dos

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Há evidências que

correlacionam o

uso de

antimicrobianos e

o aparecimento de

resistência a estas

drogas?

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Portanto, do ponto de vista legal,

ético e prático....

É necessário usarmos melhor os poucos antibióticos que nos

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Doze Passos para diminuir a

resistência antimicrobiana em

pacientes adultos hospitalizados

CDC Atlanta, EUA Compilado pelo SCIH Hospital São Francisco,

(33)

12 Steps to Prevent Antimicrobial

Resistance: Hospitalized Adults

12 Steps to Prevent Antimicrobial Resistance: Hospitalized Adults

12 Contain your contagion 11 Isolate the pathogen 10 Stop treatment when cured

9 Know when to say “no” to vanco

8 Treat infection, not colonization

7 Treat infection, not contamination

6 Use local data

5 Practice antimicrobial control

4 Access the experts

3 Target the pathogen

2 Get the catheters out

1 Vaccinate

Prevent Transmission

Use Antimicrobials Wisely

Diagnose and Treat Effectively Prevent Infection

Clinicians hold the solution…

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12 Passos para prevenir

resistência em pacientes

hospitalizados

12 Pare transmissão 11 Isole o patógeno

10 Pare tratamento c/ cura 9 NÂO para vancomicina 8 Trate infeçção não colonização 7 trate a infecção não contaminação 6 consulte os especialistas

5 use dados locais

4 pratique controle de antibióticos 3 mire no patógeno

2 retire cateteres 1 vacine

Previna transmissão

Use abx com sabedoria

Diagnóstico e trat. eficaz

Previna infecções

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12 passos para diminuir a resistência antimicrobiana

• 1. VACINA: vacinar paciente antes de sair do hospital x influenza e pneumococos.

• 2. Vacinar profissional de saúde contra influenza anualmente.

• 3. Retirar os cateteres o mais precoce possível, usar o cateter correto, inserção correta,

(36)

12 passos para diminuir a resistência antimicrobiana

• 4. Diagnóstico: terapia adequada , com antibiótico em dose e intervalos corretos e tempo correto.

Diagnóstico etiológico. • 5. Acesso a experts.

• 6. Controle de antimicrobianos.

• 7. Tratar infecção e não tratar a contaminação. • 8. Tratar infecção e não tratar colonização

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12 passos para diminuir a resistência antimicrobiana

• 9. Aprender a dizer “não!” para vancomicina. • 10. Pare o tratamento quando a infecção está

curada ou não é infecção.

• 11. Diminua a transmissão com a higienização das mãos.

• 12. Fique em casa se estiver doente - seja o exemplo.

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(40)

Hospital São Francisco

• 165 leitos • 20 leitos CTI • 10 leitos Unidade Coronariana • 2.000 procedimentos cirúrgicos/mês (600 no Centro Cirúrgico) • 14.000 atendimentos/mês em PA/emergência

(41)

Hospital São Francisco

• SCIH: 1 técnica de enfermagem de 6 horas/dia • 1 enfermeira 8 horas/dia • 1 médica diariamente (com outras atribuições da gerência médica)

(42)

1975: 1ª lista de antimicrobianos disponíveis 1985: 2ª lista de antimicrobianos disponíveis

(43)

• Outubro 1994: Reestruturação do Programa de Controle de Infecção Hospitalar

• Revista lista de antimicrobianos: os de maior espectro= uso com discussão prévia

• Ficha antimicrobiana obrigatória • Uso em profilaxia cirúrgica

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TRABALHO DE BURKE (1961)

• Modelo animal de infecção de sítio operatório em cobaias. • Injeção intradérmica de suspensão com S.aureus e

inoculação de S.aureus em incisão cirúrgica.

• Antibióticos dados por via endovenosa ANTES, DURANTE e DEPOIS da inoculação de bactérias.

Burke JF. The effective period of preventive antibiotic action in experimental incisions

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TRABALHO DE BURKE

• Tanto nas lesões da derme quanto nas incisionais: incidência de infecção grandemente diminuída nos grupos que receberam antibiótico.

• Há um tempo ótimo para a administração do

antibiótico: perto do momento da contaminação bacteriana.

• Antibiótico não age se o crescimento bacteriano já se iniciou.

(50)

CLASSEN E COLABORADORES (1992)

• Monitorização prospectiva do horário da

administração do AP e incidência de ISC em 2.847 pacientes

• 346 tipos de cirurgia • 11 a 97 anos.

• Todos usaram 24 horas, e 80% dos pacientes usaram 48 horas.

Classen et al. The timing of prophylactic administration of antibiotics and the risk of

(51)

Classen e cols

Início do antibiótico em relação à incisão Índice de infecção de sítio cirúrgico(%)

> 2 horas (até 24 horas antes) 3,8 < 2 horas (até 0 h) 0,6 Até 3 horas depois 1,4 > 3 horas (até 24 horas depois) 3,3

Índices decrescentes de infecção à medida que a primeira dose de antibiótico se aproxima da incisão cirúrgica

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(53)

TRABALHO DE CLASSEN E COLABORADORES

• Conclusões: o antibiótico pode modificar o risco de infecção.

• Antibiótico tem um tempo ótimo para agir: o mais próximo possível da contaminação bacteriana.

• Mais de 30 anos após a publicação de Burke,

centros universitários ainda não usando antibiótico profilático corretamente.

(54)

ANTIBIOTICOPROFILAXIA

• Propósito : reduzir carga bacteriana a um nível que não sobrecarregue o sistema imune.

• Não é uma tentativa de “esterilizar” tecidos

• Medida usada em conjunto com outras medidas de controle de infecção

(55)

TEMPO DE ADMINISTRAÇÃO

• Protocolos clínicos : progressivamente diminuindo de 5 dias , para 3 dias, para 24 horas e finalmente para dose única .

• Efeito deletério de antibióticos na flora normal: 1 dose 7 dias para recompor flora

• Uso prolongado de antibióticos :associado a um aumento do índice de infecção.

(56)

ANTIBIOTICOPROFILAXIA

• Atingir concentração tecidual e sérica durante contaminação.

• Via de escolha: endovenosa. • Dose alta.

• Repetir dose se muito sangramento ou procedimentos longos.

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REGRAS BÁSICAS

• Há pelo menos 40 trabalhos na literatura mostrando boa eficácia com dose única.

• Comprovado em operações do TGI, operações

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REGRAS BÁSICAS

• Estender o curso de antibióticos para “cobrir” cateteres, drenos, tubos, não tem nenhum

fundamento científico.

• Este uso potencializa efeitos colaterais

indesejáveis: reações colaterais, resistência bacteriana, custos aumentam

(59)

REGRAS BÁSICAS

• Antibiótico profilático : NUNCA como substituto de medidas de controle de infecção.

• Uso prolongado de antibióticos: aumento de colonização e infecção com cepas resistentes

(60)

REGRAS BÁSICAS

Além do antibiótico, há muitos outros fatores

importantes com impacto no índice de infecção: • Experiência do cirurgião

• Técnica cirúrgica

• Tempo do procedimento • Qualidade da esterilização

(61)

Em 1994:início do protocolo de

antibioticoprofilaxia cirúrgica

• Diminuição da profilaxia em cirurgia de 5-7 dias para 24-48 horas.

• Início da profilaxia: indução anestésica.

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0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

nov jan ago out mar nov maio

% PROFILAXIA CORRETA

Adesão ao protocolo de antibioticoprofilaxia por 24 -48 horas novembro de 1994 a maio de 1997

(63)

0,00 500,00 1.000,00 1.500,00 2.000,00 2.500,00 3.000,00 3.500,00 4.000,00 4.500,00

nov jan maio ago mar

Gasto excessivo em US$

Custo excessivo com profilaxia inadequada novembro 1994 a março 1996

Fonte: Fonseca e cols, Infection Control and Hospital Epidemiology 1999;20(2): 77-79.

US$

(64)

GASTO EXCESSIVO COM PROFILAXIA INADEQUADA: Somente olhando cirurgias cardíaca, ortopédica e

ginecológica-obstétrica (50% das cirurgias do HSF no período):

De US$ 4.224,54 (1994, 180 procedimentos

estudados) para US$30 (1996, 252 procedimentos

estudados).

Gasto excessivo por procedimento:

(65)

0 5 10 15 20 25

NOV MAIO MAR

Custo excessivo (US$) por procedimento

CUSTO EXCESSIVO COM PROFILAXIA INADEQUADA - NOVEMBRO 1994 A MARÇO 1996

Hospital São Francisco, Ribeirão Preto, SP

Fonte: Fonseca e cols, Infection Control and Hospital Epidemiology 1999;20(2): 77-79.

US$

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ÍNDICES DE MEDIASTINITE 0 0,5 1 1,5 2 período I período II

Período I: Janeiro 1993-Dezembro 1994 (sem busca ativa) Período II: Janeiro 1995-Junho 1997 (com busca ativa)

(67)
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ISC NO HOSPITAL SÃO FRANCISCO

• Instituída busca pós-alta desde maio 2000.

• Ligações telefônicas para pacientes 15-20 dias após procedimentos, além de busca em

pacientes internados.

• Determinação do horário de administração da profilaxia no Centro Cirúrgico em amostras de cirurgias limpas extensas

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Profilaxia no HSF em 2002

• Decidido rever todos os protocolos, reuniões com todos os grupos cirúrgicos a partir de

agosto 2002.

(71)

Profilaxia no HSF em 2002

Desde novembro 2002: implantada DOSE ÚNICA para todos os procedimentos que necessitem de antibioticoprofilaxia

(72)

Profilaxia dose única HSF

• Comparados 2 períodos: fevereiro 2002-outubro 2002 (profilaxia 24-48 horas) e dezembro 2002-agosto 2003 (dose única) : número cirurgias, número de ligações positivas, número de ISC com busca ativa pós-alta.

• Adesão: frascos de cefazolina, fichas de saída de protocolo

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6140 145 2717 6159 160 3066 0 2000 4000 6000 8000 no. Cirurgias no. Infecções sítio cirúrgico contatos positivos dezembro 2002-agosto 2003 fevereiro 2002-outubro 2002 P< 0,001 P = 0,43, NS 50% 44% Fonseca e cols, Archives of Surgery; 141: 1109-1113, 2006.

COMPARAÇÃO ENTRE NO. CIRURGIAS, NO. DE INFECÇÕES E CONTATOS POSITIVOS ANTES E DEPOIS DE PROTOCOLO

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(81)

horário da profilaxia 81% 7% 4% 4% 4% antes/junto 5 minutos após 10 minutos após 15 minutos após 60 minutos após

Fonte: reunião CCIH- novembro 2002

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% USO DE ANTIBIÓTICO PROFILÁTICO ANTES DA INCISÃO EM 2006.

*

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Adesão ao horário de profilaxia (antes da incisão) por amostragem

• Coleta de dados: pacientes internados

• 1 x/semana.

• Enf. Francine também coleta dados na Recuperação

anestésica (RA)

• De julho 2012 a julho de

2013: 810 fichas anestésicas na RA= 809 fichas com

antibiótico profilático antes da incisão (99,8%).

(87)

Programa de uso racional de

antimicrobianos

(88)
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(90)
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0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 PROTOCOLO SEGUIDO (%) RESULTADO DE CULTURA (%) CULTURA + PROTOCOLO (%) DISCUTIDO COM MÉDICO (%) SEM JUSTIFICATIVA/NÃO SEGUIU PROTOCOLO (%) USO CORRETO (%) Uso de antimicrobianos no HSF 2010-2013 ANO 2010 ANO 2011 ANO 2012 ANO 2013

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• Uso baseado em

protocolos, culturas= mantido estável nos últimos 3 anos.

• Uso correto: > 95% nos 3 anos. 96,8 95,8 95,5 94 91 94,6 93 95,4 95,3 94,7 93,6 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 tu lo d o E ixo

uso correto de antimicrobianos 2010-2013

(93)

Dados HSF

Índices decrescentes de infecção de sítio cirúrgico ano a ano

Comparando 2005 x 2013= decréscimo de 66%; quedas

importantes das infecções em CTI e em alas

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Resumão

• Necessário usar bem antibióticos

• Drogas de uso frequente, levam ao aumento de resistência, custam caro, não há

antibióticos novos no mercado.

• Mau uso: problema no mundo todo

• Controlador de infecção: tem que fazer alguma coisa!

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Resumão

• Lista de antibióticos disponíveis

• Restrição de uso dos de grande espectro • Limitar uso nos não infectados (profilaxia,

infecções virais).

• Descalonamento (precisa de laboratório) • Uso correto (indicação, dose, frequência,

(96)

“Transporta um punhado de terra todos os dias

e fareis uma montanha”

Referências

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