QUALIDADE FISICO-QUIMICA DE BATATA DOCE CULTIVADAS EM
DIFERENTES TRATOS CULTURAS.
Aldeir Ronaldo Silva1, Denisvaldo Artur de Meireles2, José de Oliveira Cruz3 Mayara Germana dos Santos Gomes4, José Alves Barbosa5
1Universidade Federal da Paraíba – CCA/UFPB, Rodovia BR 079 - km 12 Cep: 58.397-000 Areia-PB,
www.cca.ufpb.br, diretoria@cca.ufpb.br, tel.: (83) 3362.2300.
RESUMO
A batata doce é consumida em todas as regiões do Brasil, além de possui boa caraterísticas nutricional sendo nisto, o presente trabalho teve como objetivo avaliar a qualidade físico-química em diferentes tratos culturais, foram utilizados 60 tubérculos no geral, as analise consistiram em Vitamina C, Acidez Titulavel, Sacarose, Glicose, Sólidos Solúveis e amido, observou que os teores de vitamina C foram superiores aos encontras pela literatura, do mesmo modo os teores de sacarose, amido. O que indica benefícios a partir do seu consumo.
PALAVRAS CHAVE: Nordeste, Valor Nutricional, Amido ABSTRACT
PHYSICO-CHEMICAL QUALITY OF SWEET POTATO GROWN IN DIFFERENT CULTURAL TRATROS.
The sweet potato is consumed in all regions of Brazil, and has good nutritional characteristics with this, the present study aimed to evaluate the physical and chemical quality in different cultural practices, 60 tubers were used in general, the analysis consisted of Vitamin C, acidity, sucrose, glucose, starch and soluble solids, we observed that the levels of vitamin C was superior to find in the literature, even as the concentration of sucrose, starch. What indicates the parti benefits of its consumption.
KEYWORDS: Northeast, Nutritional Value, Starch INTRODUÇÃO
A batata doce (Ipomoea batatas (L) Lam.) é pertencente à família das convolvuláceas, se destaca por seu uma cultura muito degustada em todo o país, sendo muito popular no Brasil, ocupando posições como a quarta hortaliça mais consumidas no Brasil, e a mais cultivada na região nordeste. É uma cultura que estar muito relacionada característica de cultura tipicamente subtropical e tropical com boa resistência a seca e fácil manuseio, entretanto é uma cultura perene porém
cultiva-se anualmente, possuí a capacidade de armazenar nutrientes em suas raízes, sendo grande o potencial alimentício e industrial (NUNES et al., 2009; NUNES et al., 2012)
Batata doce possui aspectos nutricionais relevantes, as raízes contem cerca de 25 a 30 % de carboidratos dos quais 98 % são facilmente digestíveis, algumas variedades com a polpa alaranjada são fonte de betacaroteno que está por sua vez é percussor da vitamina A, o consumo da mesma resulta um suplemento da reservas de vitamina A no corpo o que diminui o risco do aparecimento de problemas oriundos de sua deficiência como proteger o sistema imunológico reduzindo assim a taxa de mortalidade infantil (SILVA et al., 2007; NUNES et al., 2009). A batata doce apresenta um teor de amido que vai de 13, 9 % a 29,2 %, açúcares redutores de 4,8 a 7,8 %, proteínas de 2,0 a 2,9 %, cinzas de 0,6 a 1,7 %, fibras brutas 1,3 a 3,8 %, apresenta altos teores de aminoácidos especialmente, ácido glutâmico, ácido aspártico, leucina, prolina, arginina, valina, lisina (KOHYAMA & NISHINARI, 1992; IWE et al., 2001).
Os objetivos do presente trabalho foram analisar a qualidade nutricional de batata doce, produzidos em diferentes tratos culturais, tendo como foco nos sistema de cultivo que possibilite menor dano ao solo durante o cultivo
MATERIAL E MÉTODOS
Os tubérculos de batata doce roxa foram colhidos nas primeiras horas do dia, na zona rural do município de Remígio na região agreste do estado da Paraíba, os mesmos foram levados em caixas de polietileno para o Laboratório de Química Geral e Analítica do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal da Paraíba, em seguida os tubérculos foram lavados em água corrente e sanitizados com a solução Hipoclorito de Sódio a 100 ppm, mantidos na solução por 5 minutos. Sendo excluídos os tubérculos que apresentavam danos físicos, fisiológico e fito patogênico.
Foram utilizados um total de 60 tubérculos, sendo 30 deles proveniente de plantações em leirão e 30 cultivados sem leirão. Os paramentos avaliados foram; peso do fruto em (g), obtidos por meio de uma balança analítica; diâmetro (mm), medido no eixo transversal e comprimento no eixo longitudinal, utilizando um paquímetro digital; acidez total titulável (AT), utilizando-se 10 g de polpa diluída em 50 ml de água destilada por titulação com NaOH 0,1 N, e solução fenolftaleína 1%
como indicador, com resultados expressos em % de ácido cítrico (AOAC, 1994); pH determinado em 10 g da polpa diluída em 50 ml de água destilada com potenciômetro digital Digimed, modelo (Hanna®) segundo AOAC (1994); ácido ascórbico (vitamina C) determinado por titulometria utilizando-se solução de 2,6 diclofenol-indofenol (DFI) a 0,02 % até a obtenção de coloração róseo claro permanente, utilizando-se 10 g de polpa diluída em 30 ml de ácido oxálico 0,5 %, de acordo com STROHECKER E HENNING (1967); sólidos solúveis no suco homogeneizado com o auxílio de refratômetro digital PR – 100 (Palette, Atago Co., LTD., Japan), conforme Kramer (1973); açúcares redutores e não redutores e amido de acordo com as normas do Instituto Adolfo Lutz (1985).
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
TABELA 1. Caraterísticas físico-química de batata doce de área de plantio diferente no município
de Remígio-PB
Caraterísticas Lote 1 – Com lerão Lote2 – Sem lerão
Vitamina C 100mg/100g 222,21 a 221,04 a
Acidez Titulavel (%) 1,83a 1,82 a
pH 6,23 a 6,30 a
Condutividade 45,66 a 47,20 a
Sólidos Solúveis (BRIXº) 2,33 a 1,66 a
Glicose (%) 9,46 a 9,18 a
Sacarose (%) 5,42 b 6,14 a
Amido (%) 14,88 a 15,32 a
Antocianina 57,16 a 57, 93 a
Flavonoides 8,78 a 8, 18 a
Médias seguidas de mesma letra na linha não apresentam diferença significativa a 5% de probabilidade pelo teste de Tuckey.
Nota-se na tabela 1, que os teores de amidos não diferiram entre si significativamente, sendo o maior média no lote 2 15, 32 %, sendo superior aos encontrado por Cereda et al., (2001) receptivamente 13,4 %, porém inferior aos obtidos por Silva et al., (2004), esse fato deve-se que os teores de amido dependes de vários fatores como variedade e condições climáticas, acumula-se na planta transitoriamente nos cloroplastos no decorrer do dia nisto quando a fotossíntese superar a demanda de assimilação da planta e translocados durante a noite na forma de açucares (WHISTLER & DANIEL, 1984) o teores de amido nas raízes inferem numa aptidão industrial bem como nutricional sendo que este por sua vez possui uma digestão lenta diferentes de outros carboidrato.
De acordo com a tabela 1, os teores não deferiram significativamente variando de 222,04 a 222,21 mg/100g valores estes superiores ao brócolis 88 a 108,16 mg/100g, salsa 133, 92 mg/100g. Um consumo integral de vegetal eleva consideravelmente ingestão de vitamina C, esta que por sua vez é necessária para a produção e manutenção de colágenos, para cicatrização dos ferimentos, fraturas e contusões contribuindo também para as condições dos dentes e gengivas saudáveis, bem como auxilia na absorção de ferro (Franco 2005; DANTA et al., 2012) um consumo diário de batata doce acarretaria em benefícios, os para a saúde devido a sua composição nutricional.
CONCLUSÃO
Observou-se no presente trabalho que na composição química da batata doce, os valores foram superiores ao encontrado na literatura, no que se refere a vitamina C, teores de amido e sacarose, onde um consumo diário resulta em benefícios para a saúde do consumidor, uma vez que também são rico em antocianinas.
Em relação ao trato cultural ( com ou sem lerão), não apresentou diferença significativa na qualidade quimica da batata doce, diferindo apenas nos teores de sacarose, podendo assim diferir o modo de cultivo relacionado a parte de qualidades fisicas.
REFERÊNCIAS
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the association of official analytical chemistry. 11, ed. Washington, 1970. 1015p.
CEREDA, M. P. et al. Propriedades gerais do amido. São Paulo, Fundação Cargill, 221 p. (Série: Culturas de tuberosas amiláceas Latino-americanas, v. 1) 2001.
FRANCO, G. Tabela de composição química de alimentos. 9. ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2005. 307 p.
INSTITUTO ADOLFO LUTZ. Normas analíticas do Instituto Adolfo Lutz; métodos químicos e físicos para analise de alimentos. 3, ed, São Paulo: Instituto Adolfo Lutz, 1985. 25p.
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NUNES MUC; SANTOS JR; SOUSA, EF. 2009. Produtividade de clones e cultivares de
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(Embrapa Tabuleiros Costeiros. Boletim de Pesquisa, 52). 16 p. Disponível em:
NUNES, M. U. C.; CRUZ, D. P.; FORTUNA, A. Tecnologia para a produção de farinha de
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R.L. WHISTLER, J.N. BEMILLER, E.F. PASCHALL (Eds.), Starch Chemistry and Technology (2nd edn.), Academic, London (1984), pp. 153–182.
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STROHECKER, R.; HENNING, H. M. Analisis de vitaminas: métodos comprobados.Madrid: Paz Montalvo, 1967. 428p