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Nos últimos anos, alguns trabalhos vêm sendo publicados com a utilização de propofol na anestesia de répteis: Bennett et al. (1998) anestesiaram 14

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INTRODUÇÃO

A contenção farmacológica e a anestesia são eventualmente necessárias para realização de exame físico, alguns procedimentos clínicos e cirúrgicos na medicina de répteis. Na década de 70 e início da década de 80 esses animais eram submetidos a imobilização e anestesia através da hipotermia e inalação de éter, sendo que atualmente considera-se que essas técnicas são ineficazes, de alto risco e para alguns (BENNETT, 1996) até desumanas. Na medida em que acontece o aprofundamento na compreensão dos aspectos anatômicos e fisiológicos destes animais, é possível desenvolver novos protocolos mais eficazes e seguros.

Os quelônios são os répteis providos de casco, sendo que os terrestres são chamados de jabuti, os de hábitos marinhos, tartarugas e finalmente os de água doce, cágados. A tartaruga da Amazônia (Podocnemis expansa), apesar do nome, é um cágado e é chamado assim popularmente, pois pode atingir grandes dimensões.

A Podocnemis expansa é uma espécie com altíssimo potencial para exploração zootécnica, particularmente por seu porte, sua alta prolificidade, rusticidade e pelo alto valor econômico que agrega sua carne e seus subprodutos (MALVASIO, 2001).

Os répteis são animais ectotérmicos e, portanto possuem metabolismo baixo. Os anestésicos gerais de rápido efeito e depuração são uma alternativa para a redução de tempos de indução e recuperação, o que é importante para o restabelecimento da homeostase humoral.

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Nos últimos anos, alguns trabalhos vêm sendo publicados com a utilização de propofol na anestesia de répteis: Bennett et al. (1998) anestesiaram 14 iguanas; Dennis & Heard (2002) usaram propofol para indução de anestesia inalatória em jabutis Gopherus polyphemus; Pye & Carpenter (1998) utilizaram propofol com associação de cetamina para anestesia cirúrgica de Trachemys s cr ipta.

Este trabalho tem como objetivo avaliar os efeitos anestésicos de diferentes protocolos em tartaruga da Amazônia: propofol; butorfanol e propofol, fentanila e propofol, etomidato, butorfanol e etomidato, fentanila e etomidato.

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REVISÃO DE LITERATURA

Segundo Randall, Burggren & French (2002), os répteis são animais ectotérmicos, ou seja, animais que necessitam de calor oriundo do meio. Possuem temperatura corpórea baixa, que impede um metabolismo alto, pois as reações enzimáticas são termo-dependentes. Esse aspecto é de grande importância para a absorção e depuração das drogas, portanto influenciam na anestesia com longo período de indução e recuperação.

Os répteis possuem um sistema circulatório diferente dos mamíferos. Além das diferenças cardíacas, possuem um sistema porta-renal, onde parte do sangue proveniente das porções caudais do corpo é desviado para os rins (ORR, 1986). Devido à presença do sistema porta renal, é aconselhável fazer administrações de drogas injetáveis nos membros torácicos, para que se evite filtragem imediata pelo parênquima renal (MAUTINO & PAGE, 1993). Em estudos mais recentes, Holz et al. (1997) mostram que o local de administração de gentamicina não tem efeito sobre nenhum parâmetro farmacocinético. Segundo Benson & Forrest (1999), o sangue transportado pelo sistema porta-renal chega nos rins, na altura das arteríolas eferentes e, portanto substâncias de filtragem glomerular não sofrem efeitos farmacocinéticos quando administradas na região pélvica.

Os répteis são animais capazes de permanecer por tempo prolongado em apnéia, podendo fazer respiração anaeróbia. Existem relatos de quelônios do gênero Pseudemys que sobreviveram mais de 27 horas na ausência de oxigênio e de iguanas que sobreviveram 4,5 horas nas mesmas condições (BENNETT, 1996). A ausência do

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músculo diafragma nos répteis implica em uma participação maior de outros músculos estriados durante a respiração, sendo que nos quelônios ocorre a participação de cinturões musculares torácicos e pélvicos (SCHILLIGER, 2000). Em planos anestésicos profundos pode-se ter a paralisação desses músculos e uma conseqüente parada respiratória (BENETT, 1991). Caso seja possível, o animal a ser anestesiado deve estar de jejum, pois conteúdos gastro-intestinais podem dificultar a respiração.

O principal parâmetro a ser aferido é a freqüência cardíaca, porém o coração tricavitário da maioria dos répteis é muito pouco audível com estetoscópio. Uma alternativa é o uso de estetoscópio esofágico. Entretanto, métodos como eletrocardiograma e a avaliação com doppler tem sido ferramentas fundamentais para o acompanhamento do paciente (BENNETT, 1996). Frye (1991) acredita que o uso do doppler é o melhor caminho para a aferição da freqüência cardíaca, pois o aparelho produz sons audíveis.

A freqüência respiratória também deve ser observada, entretanto sabe-se que os répteis podem fazer apnéia e respiração anaeróbia. A coloração da mucosa oral pode ser observada e em caso de cianose a ventilação assistida é recomendada (FRYE, 1991). Segundo Bennett (1996), a anestesia pode ser dividida e classificada da seguinte maneira: indução, anestesia, anestesia cirúrgica e recuperação. A indução é o período entre a administração do agente anestésico e a perda do reflexo postural de endireitamento (RPE). Anestesia é o tempo entre a perda e o retorno do RPE. Anestesia cirúrgica é caracterizada pela perda de toda resposta a qualquer estímulo nos membros, pescoço e cauda. Recuperação é o tempo compreendido entre o retorno de RPE e o retorno das condições pré-anestésicas.

De acordo com Bennett (1991) a recuperação da anestesia é, em geral, lenta. Conhecendo as particularidades anatômicas e fisiológicas dos répteis pode-se, de certa forma, acelerá-la. Duas

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técnicas principais podem ser usadas, manter o animal em temperatura ótima (temperatura em que o animal apresenta seu metabolismo em melhor funcionamento, geralmente varia de 24 a 30° C); e fazer ventilação assistida em caso de apnéia.

Deve-se considerar os hábitos dos animais na recuperação anestésica; répteis de hábitos aquáticos devem ser mantidos fora da água até sua plena recuperação para ser evitado possível afogamento.

Anestésicos dissociativos, benzodiazepínicos, agonistas alfa-2-adrenérgicos, anestésicos gerais (inalatórios e injetáveis) são os fármacos mais utilizados para a anestesia de répteis. Os dissociativos necessitam de doses bem elevadas para se atingir anestesia e apresentam períodos de recuperação bastante prolongados (SCHILLIGER, 2000). Os benzodiazepínicos e agonistas alfa-2-adrenérgicos são utilizados em associações principalmente com os derivados da fenciclidina para a redução da dose total destes.

A anestesia inalatória é bastante eficaz e conforme Schilliger (2000), Bennett (1996), Frye (1991), existem três grandes vantagens na anestesia volátil em répteis: permite ajustar com maior precisão a profundidade da anestesia; exercer controle permanente da ventilação; e assegurar uma recuperação mais rápida. Suas desvantagens são o auto custo do equipamento anestésico, das drogas e também a dificuldade do uso em campo.

Bennett (1996) afirma que os opióides são ineficazes nos répteis. Entretanro, Kavaliers, Courtenay & Hirst (1984) comentam existir influência da morfina na termorregulação de lagartos da espécie Leiocephalus carinatus. Já Machin (2001) afirma que os peixes, os anfíbios e os répteis têm componentes neurológicos para mecanismos de dor diferentes dos outros vertebrados. Para Buatti & Pasternak (1981), existem diferenças nos receptores opióides entre diferentes espécies. Xia & Haddad (2001) demonstraram que a

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densidade de receptores opióides mu e delta, no cérebro de tartarugas, é muito menor do que no cérebro de ratos, e ainda que existe uma predominância de receptores delta no cérebro de tartarugas. Balkalkin et al. (1989) demonstram a predominância de receptores kappa e delta no cortex cerebral esquerdo e direito, respectivamente, no cérebro de tartarugas. Pivovarov & Izmest’ev (1987) relatam que algumas drogas podem modificar os efeitos de agonistas opióides em tartarugas.

Os anestésicos gerais injetáveis vêm, gradativamente, ampliando sua participação na medicina veterinária; na medicina de répteis acontece o mesmo. Atualmente, uma droga bastante utilizada é o propofol, que apresenta efeitos de indução e recuperação reduzidos (SCHILLIGER, 2000).

O propofol é um anestésico geral, lipossolúvel de rápida ação e depuração. Conforme Massone (1999), apresenta-se como uma emulsão fluida de óleo em água, branca, estéril e pronta para o uso, possui peso molecular de 178 e pH de 6 a 8,5. Possui elevado grau de ligação às proteínas plasmáticas, 97-98%. Esta característica farmacocinética facilita o seu uso na indução e manutenção da anestesia e, em conseqüência, a recuperação anestésica é rápida (FANTONI, CORTOPASSI & BERNARDI, 1999).

De acordo com Thurmon, Tranquilli & Benson (1996) e Sebbel & Lowdon (1989), após a injeção de um único bolo de propofol ocorre rápida e tênue indução seguida de curto período de inconsciência; podendo ainda apresentar apnéia de curta duração após a indução. A depressão respiratória é potencializada pela administração concomitante de opióides, num efeito dose-dependente. O propofol diminui a pressão arterial e conseqüentemente o débito cardíaco, porém com mínima alteração na freqüência cardíaca (ALVES, DOREA & ANDRADE, 2002).

O propofol induz depressão no sistema nervoso central (SNC), por intensificar os efeitos inibitórios do neurotransmissor

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ácido gama-aminobutirico (GABA) e por reduzir a atividade metabólica cerebral (THURMON, TRANQUILLI & BENSON, 1996). Também diminui o fluxo sanguíneo e consumo metabólico de oxigênio no encéfalo (ALVES, DOREA & ANDRADE, 2002).

Esse fármaco é metabolizado principalmente no fígado em metabólitos menos ativos, excretados por via renal, entretanto, sua depuração ultrapassa o fluxo sangüíneo hepático e já foi demonstrada a ocorrência de metabolismo extra-hepático (TREVOR & MILLER, 2002).

Seu uso na anestesia de répteis iniciou-se em 1995 (SCHILLIGER, 2000). Por sua via de administração ser direta, sua aplicação requer experiência e conhecimentos anatômicos. Pye & Carpenter (1998) utilizaram cetamina (30 mg/Kg) seguido de propofol (7 mg/Kg – veia jugular) para anestesia cirúrgica de Tr achemys s cr ipta. Santana (2003) administrou 10 mg/Kg de propofol em cinco cágados Podocnemis expansa no seio vertebral cervical e submeteu-os a esofagotomia, com sucesso. Dennis & Heard (2002) administraram propofol (5mg/Kg) no seio venoso caudal para indução de anestesia inalatória em jabutis Gopherus polyphemus. Schilliger (2000) cita o protocolo de 10 mg/Kg de propofol para lagartos, 14 mg/Kg para quelônios e 5 a 10 mg/Kg para serpentes. Carpenter et al. (2001) cita infusão contínua de propofol 1 mg/Kg/min para quelônios.

Outro fármaco utilizado em anestesias na medicina veterinária é o etomidato. Este é um imidazol, pouco solúvel em água (EVERS & CROWDER, 2003), de peso molecular 244,28 e pH 5 (MASSONE, 1999). É um potente agente hipnótico, sem propriedades analgésicas (FANTONI, CORTOPASSI & BERNARDI, 1999). Utilizado na indução da anestesia, bem como em técnicas de anestesia balanceada que não exigem sua administração prolongada. Sua principal vantagem é que a droga exerce efeitos cardiovasculares e respiratórios mínimos (ausência de qualquer

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efeito sobre a freqüência cardíaca e baixa freqüência de apnéia) (TREVOR & MILLER, 2002). É prática estabelecida administrar etomidato com fentanila (ALVES,DOREA & ANDRADE, 2002).

Aproximadamente 75% do etomidato se liga à albumina plasmática, sendo rapidamente distribuído pelo corpo. Possui curta duração de efeito, promovendo anestesia que não ultrapassa 10 a 15 minutos. Seu mecanismo de ação ainda não foi completamente elucidado, acredita-se que pode modular a neurotransmissão feita pelo GABA (FANTONI, CORTOPASSI & BERNARDI, 1999). A formação reticular cerebral parece ser o local da ação hipnótica (THURMON,TRANQUILLI & BENSON, 1996). Seu metabolismo ocorre no fígado e a eliminação é por via renal e biliar (EVERS & CROWDER, 2003).

Segundo Thurmon, Tranquilli & Benson (1996), o etomidato é uma droga semelhante ao metomidato. De acordo com Schumacher (1996), já foi relatado o uso de metomidato para sedação de serpentes, e por não apresentar propriedades analgésicas, deve ser usado apenas como agente sedativo ou medicação pré-anestésica.

A anestesia balanceada tem sido bastante empregada na medicina veterinária, o uso de fármacos associados pode reduzir os efeitos indesejáveis, pois se pode trabalhar com doses mais baixas de cada uma das drogas da associação. Agentes hipnóticos geralmente têm sido utilizados com analgésicos opióides.

Conforme Hang, Dale & Ritter (1995), o termo opióide aplica-se a qualquer substância que produz efeitos semelhantes aos da morfina e que são bloqueados por antagonistas tipo naloxona. Derivados opióides são indicados no tratamento de dores agudas, moderadas e intensas que não respondem a analgésicos menos potentes, ou que, por sua natureza, não inibem o mecanismo fisiológico da dor (FERREIRA & WANNMACHER 1998). São empregados com freqüência em anestesia balanceada para fornecer alívio da dor durante os procedimentos anestésicos. Com o uso de

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analgésicos opióides, são necessárias doses menores de anestésicos (GUTSEIN & AKIL, 1998).

Os opióides se ligam a receptores específicos (mu, kappa, sigma e delta), causando modulação e depressão do sistema nervoso central. Possuem boas propriedades analgésicas, porém, limitadas propriedades de relaxamento muscular (NIELSEN, 1997). Thurmon, Tranquilli & Benson (1996) afirmam que a ação analgésica dos opióides não é acompanhada pela perda da propriocepção e consciência, a menos que doses altas sejam administradas. Conforme Teixeira (2005) a atividade dos opióides vai depender da presença de receptores específicos (os quais variam entre as espécies) e do efeito que essas drogas causam no receptor. Todos os analgésicos opióides podem produzir depressão respiratória significativa ao inibir os mecanismos respiratórios do tronco cerebral (WAY, FIELDS & SCHUMACHER, 2002)

Dependendo da sua ação nos receptores, os opióides podem ser classificados em agonistas, antagonistas ou agonista-antagonistas (ação mista) (TEIXEIRA, 2005; THURMON,TRANQUILLI & BENSON, 1996). O grupo agonista é aquele que compreende a maioria dos medicamentos típicos semelhantes a morfina, tendo ação similar a esta. Todos eles possuem alta afinidade pelos receptores mu. Outros exemplos de opióides agonistas são a codeína, a fentanila e a etorfina.

O grupo discriminado por agonista-antagonista é exemplificado pela nalorfina, pentazocina e butorfanol; e combinam certo grau de atividade agonista e antagonista em receptores diferentes (KRAYCHETE, 2002). Os medicamentos do grupo antagonista, produzem um efeito muito pequeno quando administrados isoladamente, mas bloqueiam os efeitos dos opióides agonistas. Os exemplos mais importantes são a naloxona e a naltrexona.

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A fentanila é um opióide agonista (tem ação agonista nos µ-receptores) sintético, com propriedades analgésicas 100 vezes superiores às da morfina, possui ação ultracurta, seu emprego se faz quase que exclusivamente por via intravenosa, com ação imediata, permanecendo por cerca de 30 minutos (KRAYCHETE, 2002).

Conforme GUTSTEIN & AKIL (2003), a fentanila causa depressão respiratória e pode reduzir a freqüência cardíaca e diminuir ligeiramente a pressão arterial. De acordo com Thurmon,Tranquilli & Benson (1996),a depressão respiratória pode variar de dispnéia à apnéia, e seu pico é normalmente observado entre cinco e 15 minutos após a administração da droga. Entretanto pode persistir por algumas horas.

Frye (1991) menciona que a fentanila foi usada em répteis na dose de 0,01mg/Kg, mostrando ser uma mdicação de efeitos precários nessa classe animal, não recomendando seu uso.

O tartarato de butorfanol é um opióide sintético de ação mista, é antagonista de mu-receptores, agonista de kappa-receptores e sigma-receptores; é um analgésico muito eficaz em dores moderadas, possuindo potencia analgésica cinco vezes maior do que a morfina (GORNIAK, 1999). Segundo Plumb, (1999) é indicada como medicação pré-anestésica de cães e gatos. O butorfanol demonstrou eficácia semelhante à da morfina e da meperidina como suplemento da anestesia balanceada, sendo que seu pico ocorre em 30 minutos, tem duração de cerca de 4 horas (KRAYCHETE, 2002).

O butorfanol já foi utilizado em répteis. Conforme Schumacher (1996) tem sido observada sedação após a administração da droga em jabutis, iguanas e tartarugas; na dose de 0,4 a 1 mg/Kg administrado por via intramuscular. Cita ainda que a administração de analgésicos antes ou durante um procedimento cirúrgico pode em répteis pode reduzir a dose de anestésico. O butorfanol pode ser uma droga proveitosa na associação com o isoflurano para anestesia de iguanas (MOSLEY et al., 2004).

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MATERIAL E MÉTODO

Foram utilizadas 60 tartarugas da Amazônia (Podocnemis expansa) cativas, do criatório comercial da Fazenda Moenda do Lago, clinicamente saudáveis, com idade aproximada de três anos, de ambos os sexos, e peso variando de 2,1 a 3,7 quilos. O experimento foi conduzido no município de Nova Crixás, estado de Goiás, na região do Rio Araguaia, local onde a espécie estudada é natural.

A pesquisa foi realizada no mês de julho, onde as condições climáticas eram de tempo bastante quente e úmido, sendo que a temperatura oscilou entre 28 e 36 graus Celsius. Os animais eram capturados de seus tanques de engorda (grupos de dez) e trazidos para o local do estudo, onde eram mantidos em pequenos tanques. A administração dos anestésicos foi feita por via direta no seio vertebral cervical, mediante previa anti-sepsia e uso de seringas estéreis de 3 mL, acopladas de agulhas hipodérmicas 25 x 0,7 mm.

A metodologia utilizada foi semelhante à empregada por Bienzle & Boyd (1992) em seu estudo com Chelydra serpentia. Os animais foram divididos em 6 grupos que foram anestesiados com diferentes protocolos: O grupo 1 (G1) recebeu 10mg/kg de propofol1; o grupo 2 (G2) recebeu simultaneamente 10mg/kg de propofol e 1mg/kg de butorfanol2; o grupo 3 (G3) recebeu 10mg/kg de propofol com 0,01mg/kg de fentanila3; o grupo 4 (G4) recebeu

1

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2mg/kg de etomidato4; o grupo 5 (G5) recebeu simultaneamente 2mg/kg de etomidato e 1mg/kg de butorfanol; o grupo 6 (G6) recebeu 2 mg/kg de etomidato com 0,01mg/kg de fentanila .

Os parâmetros foram observados nos determinados tempos: 5, 10, 15, 20, 25, 30, 45, 60, 90, 120, 150, 180 minutos; sendo que tempo zero foi considerado o momento da administração das drogas. Os parâmetros avaliados foram os seguintes:

1) Grau de sedação: permissão de aproximação, retração dos membros e cabeça, capacidade de manter a cabeça elevada.

2) Manipulação do animal: facilidade de manipular manualmente (flexão e extensão) da cabeça, dos membros e da cauda. Facilidade de abrir a boca do animal.

3) Grau de coordenação: presença do reflexo postural de endireitamento, capacidade de movimentar a cabeça ou a cauda para o lado do pinçamento.

4) Sensibilidade dolorosa dos membros torácicos: pinçamento de falanges (dor profunda), e pinçamento cutâneo (dor superficial).

5) Sensibilidade dolorosa dos membros pelvinos: pinçamento de falanges (dor profunda), e pinçamento cutâneo (dor superficial).

Um escore subjetivo de um para efeito mínimo e três para profundo efeito foi utilizado para os três primeiros parâmetros. Para os testes de sensibilidade dolorosa a resposta ao pinçamento foi considerada escore zero e à ausência da resposta ao pinçamento foi considerado escore um. Para o primeiro parâmetro, grau de sedação, o escore três foi atribuído aos animais que se mantinham com os

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membros e cabeça em extensão, sem apresentarem movimentos de defesa (fuga) na presença do pesquisador e que não tinham capacidade de manter sua cabeça elevada do solo. Em contrapartida escore um foi atribuído aos animais quando apresentavam retração de cabeça e membros à manipulação.

A facilidade de manipulação foi avaliada pela capacidade de manipular manualmente (flexão e extensão) a cabeça, os membros e a cauda. Além da facilidade de abrir a boca do animal. Escore três para maior facilidade e um para menor.

O grau de coordenação foi avaliado pela presença do RPE (animais eram colocados em decúbito dorsal), capacidade de movimentar a cabeça ou a cauda para o lado do pinçamento. Escore três para ausência de RPE e de movimentação ao estímulo, e escore um para a presença.

Os répteis foram considerados anestesiados quando o somatório de seu escore era 11; e considerados recuperados quando suas atividades se aproximavam às de antes da administração das drogas. O tempo entre a administração dos anestésicos e a recuperação dos animais foi observado, considerado como retorno.

Os resultados foram analisados estatisticamente pelo teste paramétrico, t de Student, pelo teste não paramétrico U de Mann-Whitney, sendo os testes aplicados com nível de significância de 0,05.

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RESULTADOS

Todos os répteis estudados obtiveram escore três (grau máximo de efeito) para os parâmetros, grau de sedação, facilidade de manipulação e grau de coordenação em até cinco minutos após a administração dos anestésicos. O G1 foi o único grupo onde todos os animais entraram em anestesia, ou seja obtiveram escore 11. No G2, G4 e G6 seis animais entraram em anestesia. No G3 oito obtiveram escore máximo. Apenas duas tartarugas da Amazônia atingiram anestesia no G5. Todos os animais foram acompanhados por 48 horas depois da administração dos anestésicos e nenhum animal veio a óbito. Os animais de G1, G2 e G3 apresentaram apnéia após a administração dos anestésicos.

A estatística foi feita de acordo com o tempo (minutos) em que os animais mantiveram-se no maior escore para cada parâmetro. Os animais que não obtiveram escore 11 também foram analisados dentro de seu grupo.

TABELA Nº 1 – Médias de tempo, em minutos, de cada grupo, para cada parâmetro avaliado.

Grupo G1 G2 G3 G4 G5 G6 Retorno 239,7 150,72 112,08 118,2 108,3 158,64 Sedação 71,5 66 61,5 52,5 62 79 Manipulação 79 64,5 57 43,5 53,5 82 SMT 91,5 60 60 47,5 36,2 75,5 Coordenação 80,5 66 60 38,5 55,2 77,5 SMP 72 40,5 46,5 14 5 34 Escore 11 67 40,5 46,5 14 5 54,06

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Pode-se observar que o G1 obteve maior media em minutos para os parâmetros, tempo total de retorno às condições pré-anestésicas (239,7 min.), SMT (91,5 min.), grau de coordenação (80,5 min.) SMP (72 min.). Todos os grupos obtiveram maiores médias para SMT quando comparadas com SMP (tabela 01).

Com o objetivo de verificar a existência ou não de diferenças significantes entre os resultados obtidos com os seis grupos de animais, em que foi dividida a amostra, tratados com Propofol, Propofol e Butorfanol, Propofol e Fentanila, Etomidato, Etomidato e Butorfanol e Etomidato e Fentanila, foram aplicados o teste paramétrico, t de Student (GRANER, 1966) e o teste não-paramétrico U de Mann-Whitney (SIEGEL, 1966). Estes dois testes utilizam a letra t em suas fórmulas. O nível de significância foi estabelecido em 0,05, em uma prova bilateral. Os resultados estão demonstrados na tabela nº 2.

TABELA Nº 2 – Probabilidades associadas aos valores de t, obtidas quando da aplicação do teste de Student e do teste de Mann-Whitney, às medidas encontradas com animais dos seis grupos analisados.

Grupos Retorno Sedação Manipul SMT G. Coor SMP Escore 11

G 1 x G 2 0,656 0,986 0,526 0,001* 0,922 0,000* 0,866 G 1 x G 3 0,264 0,213 0,311 0,811 0,354 0,013* 0,712 G 1 x G 4 0,013* 0,597 0,061 0,966 0,247 0,001* 0,008* G 1 x G 5 0,011* 0,469 0,222 0,016* 0,204 0,000* 0,003* G 1 x G 6 0,695 0,908 0,492 0,869 0,891 0,000* 0,539 G 2 x G 3 0,693 0,140 0,651 0,004* 0,309 0,237 0,800 G 2 x G 4 0,262 0,487 0,171 0,001* 0,178 0,144 0,004* G 2 x G 5 0,427 0,398 0,317 0,469 0,299 0,049* 0,001* G 2 x G 6 0,943 0,880 0,924 0,001* 0,950 0,710 0,599 G 3 x G 4 0,358 0,346 0,454 0,798 0,843 0,991 0,058 G 3 x G 5 0,910 0,592 0,441 0,073 0,378 0,008* 0,025* G 3 x G 6 0,611 0,279 0,737 0,743 0,398 0,386 0,801 G 4 x G 5 0,257 0,818 0,644 0,128 0,674 0,080 0,365 G 4 x G 6 0,187 0,714 0,255 0,904 0,274 0,286 0,151 G 5 x G 6 0,130 0,303 0,086 0,032* 0,203 0,060 0,076 (*) p < 0,05

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De acordo com os resultados demonstrados na tabela nº 2, observa-se que foram encontradas diferenças significantes entre os grupos:

G1 e G2 - SMT e SMP, sendo que os resultados obtidos pelo grupo 1 foram mais elevados do que os obtidos pelo grupo 2, nos dois casos;

G1 e G3 - SMP, sendo que os resultados obtidos pelo grupo 1 foram mais elevados do que os obtidos pelo grupo 3;

G1 e G4 – retorno, SMP e escore 11, sendo que os resultados obtidos pelo grupo 1 foram mais elevados do que os obtidos pelo grupo 4, nos dois casos;

G1 e G5 - retorno, SMT, SMP e escore 11, sendo que os resultados obtidos pelo grupo 1 foram mais elevados do que os obtidos pelo grupo 5, nos três casos;

G1 e G6 - SMP, sendo que os resultados obtidos pelo grupo 1 foram mais elevados do que os obtidos pelo grupo 6;

G2 e G3 - SMT, sendo que os resultados obtidos pelo grupo 3 foram mais elevados do que os obtidos pelo grupo 2;

G2 e G4 - SMT e escore 11, sendo que os resultados obtidos pelo grupo 4 foram mais elevados do que os obtidos pelo grupo 2; G2 e G5 - SMP e escore 11, sendo que os resultados obtidos pelo grupo 2 foram mais elevados do que os obtidos pelo grupo 5; G2 e G6 - SMT, sendo que os resultados obtidos pelo grupo 6 foram mais elevados do que os obtidos pelo grupo 2

G3 e G5 - SMP e escore 11, sendo que os resultados obtidos pelo grupo 3 foram mais elevados do que os obtidos pelo grupo 5; G5 e G6 - SMT, sendo que os resultados obtidos pelo grupo 6 foram mais elevados do que os obtidos pelo grupo 5.

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DISCUSSÃO

O estudo foi realizado em ambiente natural dos animais, onde a temperatura oscilou entre 28 e 36 graus Celsius. Essa temperatura é considerada ótima, onde o animal apresenta seu metabolismo em melhor funcionamento (BENNETT, 1991). Portanto, foi esperada a maior ação possível das drogas utilizadas.

A contenção farmacológica foi obtida em todos os animais estudados, o período de indução, apesar de não mensurado foi menor que um minuto. Fatos que são justificados pela escolha dos anestésicos, tanto o propofol quanto o etomidato são drogas de rápido efeito (TREVOR & MILLER, 2002), e pela via de administração, pois o seio vertebral cervical pode facilitar a distribuição pelo sistema nervoso. A não ocorrência de óbitos demonstrou também a segurança dos protocolos e da via de administração adotada.

Nos grupos estudados pode-se observar que o grupo G1, onde o propofol foi utilizado isoladamente, foi o único em que todos os animais foram anestesiados (escore 11). De acordo com Thurmon, Tranquilli & Benson, (1996) o propofol induz depressão no SNC, por intensificar os efeitos inibitórios do neurotransmissor GABA, e por reduzir a atividade metabólica cerebral. Conforme o exposto pode-se creditar o efeito do propofol nas tartarugas da Amazônia, em decorrência de uma acentuada depressão da atividade metabólica cerebral.

Já em G2 (propofol e butorfanol) e G3 (propofol e fentanila) seis e oito animais, respectivamente, obtiveram escore 11. O butorfanol e a fentanila foram utilizados com propósito de promover analgesia, porém isto não foi observado, pois no teste de

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sensibilidade dolorosa alguns animais responderam com sinais de dor, apontando portanto, diferenças estatisticamente significativas entre SMT e SMP de G1 para G2, e de SMP de G1 para G3. Uma interação medicamentosa antagônica pode ter ocorrido entre os opióides e o propofol, fazendo com que o propofol não atuasse tão bem como em G1. Pivovarov & Izmest’ev (1987) relatam que algumas drogas podem modificar os efeitos de agonistas opióides em tartarugas. Conforme Buatti & Pasternak (1981) e Teixeira (2005) existem diferenças dos receptores opióides entre diferentes espécies. Os resultados encontrados demonstraram que os analgésicos (butorfanol e fentanila) não promoveram aumento de analgesia.

Os grupos G4 (etomidato), G5 (etomidato e butorfanol) e G6 (etomidato e fentanila) apresentaram, respectivamente, seis, dois e seis tartarugas da Amazônia anestesiadas. Números de indivíduos anestesiados mais baixos, quando comparados aos primeiros grupos. Com base nos resultados, o etomidato parece ter uma ação depressora do sistema nervoso central menor do que o propofol.

O etomidato é um potente agente hipnótico, sem propriedades analgésicas (FANTONI, CORTOPASSI & BERNARDI, 1999). Portanto, a ação dos opióides também não demonstrou ter sido eficaz como analgésico nas circunstâncias estudadas.

Quando comparados G2 e G3, observou-se diferença na SMT, sendo que os resultados obtidos pelo grupo 3 foram mais elevados do que os obtidos pelo grupo 2. Entre os grupos G5 e G6 ocorre a mesma situação, com resultados mais elevados para o grupo 5. Esses resultados demonstraram que os animais que receberam butorfanol, obtiveram menos analgesia do que os que receberam fentanila. Xia & Haddad (2001) demonstraram que a densidade de receptores opióides mu e delta no cérebro de tartarugas é muito menor do que no cérebro de ratos, e ainda que existe uma predominância de receptores delta no cérebro de tartarugas. A

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pouca presença de receptores opióides mu, em tartarugas pode justificar uma menor interferência na ação do propofol e do etomidato, permitindo que esses fármacos produzam o efeito anestésico, com menor interferência por parte da fentanila (que atua mediante receptores mu), em comparação ao butorfanol (que atua mediante receptores kappa). Considerações feitas por Balkalkin et al. (1989), em que citam a predominância de receptores kappa e delta no cortex cerebral esquerdo e direito, respectivamente, no cérebro de tartarugas, demonstram uma maior possibilidade da ação antagônica do butorfanol.

Frye (1991) menciona que a fentanila foi usada em répteis na dose de 0,01mg/Kg, mostrando ser uma medicação de efeitos precários nessa classe animal. Os efeitos da fentanila em Podocne mis expans a corroboram as informações de Frye.

Schumacher (1996) observou sedação após a administração da droga em jabutis, iguanas e tartarugas; na dose de 0,4 a 1 mg/Kg administrado por via intramuscular. No presente estudo não foram observadas diferenças significativas entre os grupos no parâmetro grau de sedação, entretanto o butorfanol não foi utilizado isoladamente. Todavia efeitos sedativos do butorfanol em associação ao propofol e ao etomidato não foram visualizados.

Schumacher (1996) ainda comenta que a administração de analgésicos antes ou durante um procedimento cirúrgico pode em répteis pode reduzir a dose de anestésico. G1 e G2 receberam a mesma dose de propofol, e os resultados de G1 foram melhores que G2. G4 e G5 receberam a mesma dose de etomidato e os resultados de G4 foram melhores do que G5. Os grupos G2 e G5 receberam butorfanol e contradizem a afirmação do autor acima citado.

O butorfanol pode ser uma droga proveitosa na associação com o isoflurano para anestesia em iguanas (MOSLEY et al., 2004). Já com o propofol e o etomidato a droga mostrou não ser proveitosa na dose de 1 mg/Kg.

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Todos os animais tratados com propofol apresentaram apnéia após a administração das drogas. Bennett et al. (1998) anestesiaram 14 iguanas com propofol intra-ósseo e todas apresentaram apnéia. Os resultados encontrados neste estudo corroboram com os resultados do autor acima citado, mesmo que sejam de espécies diferentes.

De acordo com Sebbel & Lowdon (1989), a injeção de bolo de propofol resulta em alto índice de apnéia durante a indução. Os répteis, aqui estudados, manifestaram apnéia de longa duração e não receberam ventilação assistida, apresentaram cianose da mucosa oral e língua.

Os répteis são animais capazes de permanecer por tempo prolongado em apnéia, podendo fazer respiração anaeróbia (BENNETT, 1991). Os resultados encontrados estão de acordo com a afirmação, pois mesmo apresentando cianose nenhum animal que teve apnéia veio a óbito.

Os animais tratados com etomidato não apresentaram apnéia. O etomidato exerce efeitos respiratórios mínimos (baixa freqüência de apnéia) (TREVOR & MILLER, 2002). Os dados encontrados nas Podocne mis expans a coincidem com os efeitos farmacológicos citados para outras espécies.

Todos os analgésicos opióides podem produzir depressão respiratória significativa ao inibir os mecanismos respiratórios do tronco cerebral (WAY, FIELDS & SCHUMACHER, 2002). Os resultados deste experimento mostraram que a droga responsável pela apnéia foi o propofol, pois nenhum animal que recebeu butorfanol e fentanila, em associação com o etomidato, apresentou apnéia. Estes dados mostraram, novamente, que os efeitos dos opióides foram diferentes, porque eles normalmente induzem à uma depressão respiratória, que não foi observada em G5 e G6.

De maneira geral, o tempo de recuperação de G1 foi maior, com diferença significativa, quando comparado a G4 e G5. Sabendo

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que G1 foi tratado com propofol, enquanto que G4 e G5 com etomidato, a grande redução do metabolismo cerebral em conjunto com a apnéia são as prováveis causas dessa diferença significativa.

No G6, um animal apresentou tempo de recuperação de 577 minutos, muito superior aos outros animais do mesmo grupo. Fatores individuais, como alguma deficiência de metabolização ou excreção das drogas, podem justificar o ocorrido. Portanto, os animais tratados com etomidato tiveram retorno mais rápido. De toda forma, todos os tratamentos podem ter seu tempo de retorno considerado rápido, já que os anestésicos dissociativos apresentam períodos de recuperação bastante prolongados (SCHILLIGER, 2000), podendo exceder 24 horas.

Tendo em vista o rápido retorno dos animais anestesiados, pode-se sugerir estudos com essas drogas (propofol e etomidato) para indução de anestesia inalatória em répteis (o etomidato por não induzir apnéia mostra-se como boa alternativa).

Machin (2001) afirma que os répteis têm componentes neurológicos para mecanismos de dor diferentes dos outros vertebrados. O estudo da analgesia em répteis, juntamente com os efeitos dos opióides, também é sugerido, tendo em vista os resultados encontrados serem diferentes aos normalmente encontrados nos mamíferos.

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CONCLUSÕES

Do exposto, conclui-se que:

O propofol, na dose de 10 mg/Kg, foi eficaz e seguro para anestesia cirúrgica de Podocnemis expansa, em temperatura ótima.

O etomidato, na dose de 2mg/Kg, não embora seguro não foi eficiente para anestesia cirúrgica de Podocnemis expansa, em temperatura ótima.

O butorfanol (1mg/Kg) e a fentanila (0,01mg/Kg) não acresceram analgesia, na anestesia de Podocnemis expansa, quando associados ao propofol (10mg/Kg) ou ao etomidato (2mg/Kg).

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Figura 01 – Administração de propofol no seio vertebral cervical de uma tartaruga da Amazônia (Podocnemis expansa).

Figura 02 – Uma tartaruga da Amazônia (Podocnemis expansa) apresentando grau três de sedação, facilidade de manipulação e grau de coordenação, após 40 segundos à administração de propofol.

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Figura 03 – Teste para avaliação da facilidade de manipulação em tartaruga da Amazônia (Podocnemis expansa) anestesiada.

Figura 04 – Teste para avaliação da sensibilidade dolorosa em membro pelvino por pinçamento digital de tartaruga da Amazônia (Podocnemis expansa) anestesiada.

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