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X SIMPÓSIO AMBIENTAL

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Academic year: 2021

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X SIMPÓSIO AMBIENTAL

GEOTURISMO – ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO PARA A ILHA DO PORTO SANTO

Porto Santo, 25 e 26 de agosto de 2015

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X SIMPÓSIO AMBIENTAL

25 e 26 de agosto de 2015

GEOTURISMO – ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO PARA A ILHA DO PORTO SANTO

CONCLUSÕES

O Simpósio Ambiental decorre anualmente na ilha do Porto Santo, desde 2006, com o principal objetivo de divulgar o património natural da ilha. Este ano, subordinado ao tema Geoturismo – Estratégia de Desenvolvimento para a Ilha do Porto Santo (Anexo I – Programa Cartaz e Anexo II - Resumo das Apresentações), pretendeu dar a conhecer, uma vez mais, o potencial da geodiversidade da ilha do Porto Santo para o turismo, tendo contribuído para o desenvolvimento de uma estratégia de promoção e desenvolvimento da ilha, baseada nos seus recursos naturais, de que são exemplo os seus vários geomonumentos (Anexo III – Registo Fotográfico do Evento).

O X Simpósio Ambiental deu ainda a conhecer, aos cerca de 50 participantes, exemplos nacionais onde o geoturismo é estratégico no desenvolvimento da economia local, nomeadamente o Geopark Naturtejo da Meseta Meridional sob os auspícios da UNESCO, conseguindo-se através da sua experiência retirar ensinamentos muito úteis para a implementação do projeto Geoparque do Porto Santo.

Regista-se com grande agrado e apreço a elevada audiência e interesse manifestados pelos presentes, oriundos de vários setores da sociedade do Porto Santo, públicos e privados.

Apresentam-se, de seguida, as conclusões mais relevantes deste simpósio:

 O Porto Santo apresenta um conjunto de geossítios de elevado valor científico, didático, cultural e pedagógico, o que lhe confere enorme potencial a nível do turismo, em geral, e do geoturismo no segmento Turismo de Natureza, em particular.

 O Geoturismo pode e deve ser encarado como uma estratégia diferenciadora da existente atualmente, que se baseia, quase exclusivamente, na utilização da praia para fins balneares e turismo de saúde e bem-estar. Neste sentido, pode ajudar a esbater a sazonalidade do turismo, uma vez que assenta na elevada geodiversidade, disponível para observação durante todo o ano e, mesmo no verão, servindo de reforço à oferta turística disponível.

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 Para o desenvolvimento do geoturismo é essencial a existência de um centro de interpretação, onde sejam disponibilizados recursos didáticos e turísticos que sirvam de apoio ao desenvolvimento de atividades de geoturismo, de educação ambiental para jovens em idade escolar, guias intérpretes e operadores turísticos, guias de montanha, alunos universitários, incluindo alunos da universidade sénior e público em geral, ações de formação e sensibilização para a geoconservação, entre outras. Neste sentido deve ser reativada a Ecoteca do Porto Santo, enquanto não for possível a construção ou remodelação de um espaço para esse efeito.

 É necessária a criação de um percurso pedestre interpretativo, que integre vários aspetos para além da geodiversidade, como a biodiversidade, cultura, história, etc., o qual se poderia classificar como “Grande Rota”, atendendo à sua dimensão, direcionado para o público em geral, e que possibilite o usufruto e estada na ilha de vários dias para observação, interpretação e admiração de geossítios. O trilho proposto deverá ser alvo de trabalhos de beneficiação, tais como limpeza, segurança, sinalização, painéis informativos, etc., no sentido de reunir as condições necessárias à sua homologação.

 Considerando as “Etapas de Geoconservação” propostas e validadas pela comunidade científica, sendo que as duas primeiras etapas, inventariação e quantificação dos geossítios, já se encontram efetuadas, será importante, avançar para a terceira etapa: a classificação dos geossítios, a qual pressupõe a sua classificação, numa primeira fase, como Monumentos Naturais Regionais (competência do Governo Regional da Madeira), para os geossítios com maior relevância científica, e os restantes como Imóveis de Interesse Municipal (competência da autarquia).

 Estando prevista a criação de um Conselho Municipal de Turismo, este deve ser a força motriz para o desenvolvimento do geoturismo na ilha do Porto Santo e do projeto Geoparque Porto Santo.

 Devem ser seguidos bons exemplos de Geoparques existentes, devendo o Município do Porto Santo, e/ou a estrutura gestora do projeto Geoparque Porto Santo, estar representado como membro observador no Fórum Português de Geoparques com o projeto Geoparque do Porto Santo e participar em encontros nacionais e internacionais sobre Geoparques.

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 Criar parcerias institucionais, designadamente com a Direção Regional de Ordenamento do Território e Ambiente, no sentido de se efetuar uma atualização da cartografia da ilha do Porto Santo, sendo também necessária a revisão da cartografia geológica da ilha, que servirá de base depois a muitas das ações a desenvolver no âmbito do Geoparque.

 Para a implementação do Geoparque Porto Santo torna-se necessário se definir que modelo de gestão se pretende implementar e que entidade(s) será(ão) responsável(is) pelo projeto, entidade(s) esta(s) que deverá(ão) promover políticas de proteção, divulgação e desenvolvimento sustentável assim como uma aproximação constante às comunidades locais.

 Foi lançado um repto aos presentes para se definirem como parte interessada neste projeto, nomeadamente através da inclusão nos seus edifícios/empresas/atividades de pequenas menções (a estudar caso a caso) relativas ao Património Natural Geológico do Porto Santo.

 Para o Geoparque Porto Santo deve ainda ser criada uma equipa multidisciplinar com acesso a informação científica atualizada (decorrente dos trabalhos da comunidade científica no geoparque), que promova a integração de outros valores patrimoniais naturais, histórico - cultural, gastronómico, entre outros, e que estabeleça e reforce regularmente parcerias com diversas entidades, de forma a integrar todos os stakeholders.

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Anexo I

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X SIMPÓSIO AMBIENTAL

GEOTURISMO – ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO PARA A ILHA DO PORTO SANTO

Dia 25 de agosto

09:30 Sessão de Abertura

Com a presença do Exmo. Sr. Presidente do Governo Regional da Região Autónoma da Madeira, Dr. Miguel de Albuquerque

Salão Nobre dos Paços do Concelho

10:00 Geodiversidade: Potencialidade para o Turismo do Porto Santo Ciclo de Palestras

Geoturismo/Geoparque Porto Santo

Professor Doutor Mário Cachão

Departamento de Geologia da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, Membro da ProGEO - Portugal

Valor Científico, Didático e Turístico dos Geomonumentos do Porto Santo

Mestre Maria Raquel Ferreira Universidade da Madeira 11:00 Pausa para café

Os 7 Geosegredos Mais Bem Guardados da Ilha do Porto Santo

João Baptista Pereira Silva

Doutor Engenheiro, Investigador GEOBIOTEC, FCT, Universidade de Aveiro e Membro da ProGEO – Portugal

Geoparques UNESCO – Oferecer Tempo de qualidade numa rede global de destinos

Dr. Carlos Neto de Carvalho Geopark Naturtejo

12:30 Debate

13:00 Pausa para almoço

14:30 Porto Santo: Estratégias de Desenvolvimento do Geoturismo

Debate moderado pela Doutora Gina Brito e Mendes, Docente de Biologia e Geologia da Escola B+S Prof. Dr. Francisco

Freitas Branco, Doutorada em Biologia pela Universidade de Aveiro

Sala de Reuniões do Pestana Colombos Premium Club All Inclusive Beach & Spa Resort

Geoprodutos

Professor Doutor Mário Cachão

Departamento de Geologia da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa

Conservação e Preservação do Património Geológico

Mestre Maria Raquel Ferreira Universidade da Madeira 15:30 Pausa para café

Geotoponímia da ilha do Porto Santo: O significado do nome das terras, das pedras, dos sítios e dos lugares

João Baptista Pereira Silva

Doutor Engenheiro, Investigador GEOBIOTEC, FCT, Universidade de Aveiro e Membro da ProGEO – Portugal

Candidatura à Rede Global de Geoparques da UNESCO

Dr. Carlos Neto de Carvalho Geoparque Naturtejo 16:30 Fim dos Trabalhos

Dia 26 de agosto

09:00 Porto Santo: Destino de Geo-Emoções Saída de Campo

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Anexo II

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Professor Doutor Mário Cachão

Departamento de Geologia da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, Membro da ProGEO - POrtugal

Geoturismo/Geoparque Porto Santo

Síntese histórica sobre o trabalho já desenvolvido em torno do projeto “Geoparque Porto Santo”. Relembrou-se o conceito de Geopark aplicado ao Património Natural Geológico do Porto Santo, nomeadamente a sua área de intervenção, as suas três heranças (vulcânica, tropical e glacial), as suas várias fases (Idades da Ilha do Porto Santo) e a sua capacidade para agregar e servir de fio condutor a todos os outros tipos de património (natural, cultural, etnográfico, etc.) da região.

Geoprodutos

Foram rapidamente relembradas algumas atividades já desenvolvidas (p. ex. Jogo dos Seixos), a importância estratégica e económica da implementação da Grande Rota do Porto Santo e um exemplo do potencial inovador que o Geopark Porto Santo pode vir a desempenhar (p.ex. geoturismo com Google glasses) num futuro que se deseja próximo.

Mestre Maria Raquel Ferreira

Universidade da Madeira

Valor Científico, Didático e Turístico dos Geomonumentos do Porto Santo

Síntese dos trabalhos de inventariação e de quantificação sistemáticos a que os Geomonumentos do Porto Santo foram sujeitos. Um conjunto de 5 geossítios apresenta, simultaneamente, elevado interesse científico, didático e turístico, devendo deste modo serem classificados como Monumentos Naturais Regionais, dada a sua relevância. A dinamização de forma sustentável dos Geomonumentos, através do geoturismo, é importante para o desenvolvimento da economia local, tendo sido dados exemplos de vários eventos, atividades e ações já realizados anteriormente no âmbito do projeto Geoparque Porto Santo.

Conservação e Preservação do Património Geológico do Porto Santo

A importância da conservação do património geológico permite garantir que a ocorrência geológica não seja destruída e que possa continuar a ser utilizada, em termos científicos, didáticos e turísticos.

O Governo Regional da Madeira adota uma posição ativa na defesa do Património Geológico com a Estratégia Regional de Geoconservação, mencionada no plano do governo para 2015/2019, cujos trabalhos passam pela regulamentação do Decreto Legislativo Regional n.º 24/2004/M de 20 de agosto e pela classificação de geossítios. Um património geológico devidamente protegido e valorizado é um fator de atração turística, diferenciado e de elevada qualidade.

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Doutor Engenheiro João Batista Pereira Silva

Investigador GEOBIOTEC, FCT, Universidade de Aveiro e Membro da ProGEO - Portugal

Os 7 Geosegredos Mais Bem Guardados da Ilha do Porto Santo

Os 7 geosegredos mais bem guardados da ilha do Porto Santo, estão diretamente relacionados com a sua: Origem (área e idade do edifício vulcânico), Formação Geológica (diversidade litológica), Areia Carbonatada Biogénica, Argila Esméctitica (Salão ou Massapez), Agricultura (sabor dos produtos frutícolas e hortícolas cultivados em calcisolos), Água (Nascente e do Mar) e Clima (parâmetros climáticos).

O número 7 representa a totalidade, a perfeição, a consciência, a intuição, a espiritualidade e vontade. Simboliza também a conclusão cíclica e a renovação. Por representar o fim de um ciclo e o começo de um novo, pretende-se que o mesmo se enquadre nos objetivos a alcançar no X Simpósio Ambiental: geoturismo, estratégia de desenvolvimento para a ilha do Porto Santo.

Geotoponímia da ilha do Porto Santo: O significado do nome das terras, das pedras, dos sítios e dos lugares

A toponímia estuda os nomes próprios dos lugares, a sua origem e a sua evolução. Através da toponímia podemos obter informações preciosas sobre a geo-história, recursos geológicos e fenómenos naturais da ilha do Porto Santo. O porquê da atribuição de muitos nomes tradicionais e populares, às terras, aos cursos de água, às formas do relevo e aos diversos tipos de rochas da ilha e dos seus ilhéus adjacentes.

Dr. Carlos Neto de Carvalho

Geopark Naturtejo

Geoparques UNESCO – Oferecer tempo de qualidade numa rede global de destinos

Um Geoparque pode ser definido como um território de limites administrativos bem definidos que valoriza o seu património geológico reconhecido internacionalmente numa estratégia de desenvolvimento sustentável. Com aplicação fundamental para o desenvolvimento de regiões rurais, esta rede de parcerias é reconhecida pela UNESCO desde 2004 e integrará o novo Programa de Geociências e Geoparques da UNESCO em Novembro deste ano. A Rede Global de Geoparques integra 116 geoparques em Setembro de 2015 e encontra-se em franca expansão por todos os continentes, com especial destaque para a Europa e Ásia-Pacífico. Os geoparques sustentam a sua atividade no trinómio Geoconservação-Geoeducação-Desenvolvimento Sustentável. Uma das estratégias diferenciadoras para o desenvolvimento destes territórios é a aposta na segmentação turística de base sustentável, onde as relações

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campo ou em espaços interpretativos, o Geoturismo promove o lazer ativo e de qualidade, com uma oferta que transcende a sazonalidade. O crescimento da atividade turística nos quatro geoparques reconhecidos pela UNESCO existentes em Portugal é notório, sendo de destacar nesta comunicação o Geopark Naturtejo da Meseta Meridional, situado na região Centro de Portugal, o primeiro geoparque reconhecido em Portugal. www.naturtejo.com.

Candidatura à Rede Global de Geoparques da UNESCO

A candidatura à Rede Global de Geoparques da UNESCO (www.europeangeoparks.org) é um processo que demora em média de 2 a 3 anos e que privilegia uma estratégia bottom-up em que as comunidades locais são envolvidas num processo participativo e sólido de gestão territorial. Uma candidatura tem como propósito proteger e valorizar os patrimónios locais, com particular realce para o Património Geológico. Uma candidatura com condições favoráveis é sustentada por um inventário do património geológico que determina quais os valores geológicos de relevância a serem protegidos, uma estrutura de gestão com autonomia administrativa e financeira para a implementação de um plano de ação para o território candidato, que envolva as comunidades em atividades de educação para a geodiversidade e sustentabilidade e que potencie a organização e exploração sustentável dos recursos turísticos.

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Anexo III

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Referências

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