Manual de como eu fiz (
Passo a passo
)
2015 - Ano II - Manual- X
Deixo um exemplo de como fazer.
Assim como eu fiz,
Editorial
Presados companheiros de hobby,
Com estes manuais com pequenas instruções que aqui passo a descrever e fotografar, foi como eu fiz uma porção de peças e coisas para o meu hobby.
Como sou adepto do eu mesmo fazer, pois sou artesão por natureza e sempre fui um cara sem dinheiro o bastante para poder comprar as peças do hobby, que a cada dia que passa se tornam mais caras, que quase me fizeram desistir do hobby, resolvi colocar a profissão em beneficio da minha maquete.
Tenho com isso às vezes encontrado certas dificuldades, mais as mesmas não me fazem desistir do meu proposito, como vejo muitas peças do hobby, e sem condições de adquirir faço as minhas da maneira que consigo e nada fica faltando na maquete, e como gosto de dividir o conhecimento adquirido, passo aos meus companheiros que como eu gosto de fazer.
Pode acontecer que outros já fizeram a mesma operação, com a mesma maneira de fazer, ou já viram em outro lugar, mas verão que estou fazendo e fotografando da minha maneira, e nada estou ganhando financeiramente com os pequenos manuais que estou produzindo, apenas divulgando o hobby e como eu fiz, deixando assim uma maneira para que novos amigos possam também fazer, e dar continuidade ao hobby, prazerosamente.
Nada é mais frustrante de a pessoa querer fazer, e não conseguir, talvez por falta de jeito, de não ter afinidade com certos materiais, ou falta de conhecimento, ou de não conseguir encontrar nada pra ler e explicar como fazer.
Aos que já fizeram e viram as coisas aqui nos manuais descritas e fotografadas, notem que estou usando as minhas técnicas e material que tenho a mão, pois só compro o estritamente necessário.
Como nada ganho financeiramente com os manuais, peço a todos os que a eles encontrar, que podem deles fazer o ““ BOM “” uso sem proveito financeiro de espécie alguma, a não ser produzir para si próprio.
Estes manuais estarão sempre em arquivos PDF, ou no futuro em outro arquivo, a disposição de quem os queira, e deles retirar algum conhecimento.
Deixo já esclarecido que o direito autoral destes manuais é da humanidade, desde que os use para o bem desta.
Se for possível e assim o quiserem podem me dar o reconhecimento pelos manuais. Conto com a colaboração e compreensão de todos os amigos, mais se estes manuais puderem ajudar a só um novo amigo, já valeu o esforço de os tê-los produzido.
Meu muito Obrigado
Forma de Borracha de Silicone sob cama de gesso
Nesta nova maneira de economizara borracha de silicone, vamos
precisar de pouco material, e os mesmos já poderemos ate os ter
em nossa oficina, pois já trabalhamos com os mesmos.
Serão, a Borracha de Silicone,, Massa de Vidraceiro ,e Gesso
,estes são os mais importantes.
Em uma caixa já previamente preparada para a nossa forma de
silicone, iremos colocar a nossa matriz e ao seu redor colocar a
massa de vidraceiro de forma que vemos na foto.
Feito como mostrado na foto iremos agora cortar esta massa, na
altura de nossa peça a ser copiada, da forma apresentada na foto
a seguir.
Acertamos com as pontas dos dedos a massa de vidraceiro e
vamos passar no original e ao seu redor, nosso desmoldante, já
apresentado em tutorial anterior.
Isto se faz com pouco desmoldante, pois não podemos deixar
marcas do mesmo no nosso original.
Vamos agora em um recipiente que caiba duas colheres de sopa
de borracha de silicone e acrescentar o catalizador aqui coloco 8
a 10 gotas de catalizador, se tiver calor , pode ser bem rápida a
catalisação da borracha, o que será bem vindo nesta parte .
Ao derramar a borracha devera devagar espalhar ela sobe o
original, em todo seu corpo e deixar escorrer, so após isto deve
pegar um palito e começar a trazer a borracha novamente para
cima do original, isto vai se fazendo ate que note que a
Note na foto o procedimento descrito acima
Notem que puxei as laterais para cima do original deixando com
isto as laterais mais baixas.
Agora vamos esperar secar bem a borracha, e vamos novamente
acrescentar mais uma colher de sopa o que poderá se quiser
colocar os reaproveitamentos de formas já trituradas.
Esta forma de se utilizar o reaproveitamento deve ser bem
pouco, nesta faze eu não usei pois uma colher já vai completar
minha forma ,mais esta agora é pequena e ate completar a
altura das laterais que foram puxadas para cima do original, será
pouco silicone, já se for fazer uma forma maior ,,compensa e
muito.
Após catalisar bem a borracha iremos passar a retirar a massa
de vidraceiro, pois agora já fez sua parte dentro da forma.
Este procedimento deve ser bem cuidadoso para que a forma de
borracha não se descole do local nem se solte do original,
Após a retirada da massa de vidraceiro iremos passar o nosso
desmoldante por dentro da nossa caixa em sua totalidade.
Vamos esperar um pouco o desmoldante secar não muito, e
enquanto isto passaremos a fazer a cama em gesso.
Vejo que muitos colocam o gesso no recipiente e depois
acrescentam a agua e já vão mexendo para misturar logo, está
muito errado este procedimento.
Deve-se colocar a agua no recipiente e só então colocar o gesso
devagar, e não mexer deixar que o mesmo absorva a agua, só
então se deve mexer para que a agua e o gesso se tornem a
massa de gesso.
Ao colocar a massa de gesso na forma deve-se proceder como
se estive-se colocando a borracha de silicone ,,num canto só da
forma e devagar fazendo assim a cama de gesso ficara bem justa
a forma de borracha.
Notem na foto o procedimento de derrame de gesso, sendo feito
devagar,,não se importe muito com as bolhas de ar como o gesso
é mais pesado que a borracha e menos viscoso elas se soltam
muito rápido umas poucas batidas na forma já vera que todas
subiram para a parte superior da forma,, o que também não tem
importância nesta se não subirem.
Após estar seco o gesso vamos desenformar agora só
desmanchar a caixa e retirar a cama de gesso vai notar que com
muita facilidade a forma de borracha se desloca da cama de
gesso.
Também agora não se preocupe mais pois tudo estará bem seco
,e não poderá mais ser estragado por algum descuido nosso.
Com cuidado vamos descolar a forma de borracha da base de
nossa caixa retirando assim nosso original, que será também
aproveitado na nossa maquete.
Limpe sua forma e antes de começar a trabalhar com a resina,
passe o desmoldante na mesma.
Vejam que a forma é tão viável quanto uma forma totalmente
feita de silicone sem nenhuma economia, quanto a resina ser
colorida isto em muito ajuda na cor da sua peça.
Só devemos sempre que for retirar peças a cada duas peças
retiradas passar o desmoldante, tornando assim a vida útil desta
forma mais longa.
Algumas miniaturas de carros para minha maquete, já estou
providenciando outras formas para mais carrinhos.
Muito Obrigado
LELIO VIDA
Fazendo copias com massinha de modelar
Estava eu fazendo umas peças para o ferro velho
em minha maquete, quando me lembrei que
poderia fazer as formas com massa de modelar.
Então vai ai a dica, estas peças na massa de modelar
dificilmente saem perfeitas, dá uma mão de obra
danada, mas para peças mais planas serve bem. E
para o meu ferro velho, veio bem a calhar, pois
tinha mesmo que ficarem defeituosas (
ate ficam
Acima duas fotos com o original sendo calcado na
massinha, e já retirado.
Já retirado o original, e um leve acerto na forma da
massinha, vamos preparar a resina para a copia.
Sempre que copiar uma peça, para retirar outra
igual devera retornar a fazer a forma, pois a mesma
se deforma na retirada da copia.
Dica do Manual de como eu fiz
Conversando com o Leitor
Matéria realizada pelo amigo Gilson Subtil,
meus sinceros agradecimentos pela participação.
Por um Modelismo Ferroviário menos complicado e mais alegre…
Olá caros colegas de hobby, foi com alegria que recebi o convite do amigo Lélio para escrever essas linhas. Confesso que na hora fiquei apreensivo sobre o que escrever para tantos que já conhecem nosso hobby de trás para frente, mas a vida é cheia de pequenos desafios então mãos a obra…
Quando iniciei no Modelismo Ferroviário (adotei essa terminologia para evitar o eterno debate “ferreomodelismo” X “ferromodelismo”) a alguns anos, tenho notado que cada vez mais temos recebido uma quantidade enorme de informações sobre maquetes e material rodante de grande qualidade a disposição para compra, e isso tem levado muitos novos interessados a entrar no hobby a ficarem adiando essa entrada. Ficam planejando e planejando e planejando mentalmente como será sua maquete, o que vai ter nela, como será o sistema (DC ou DCC?), Qual o tamanho ideal da maquete? A falta de espaço…, e demais despesas acessórias, ficando chateados e angustiados vendo outros modelistas, com suas grandes maquetes cheias de belos dioramas, e deixando o principal objetivo do hobby esquecido, a diversão e o prazer de manobrar os trens independente de qualquer que seja o material usado….
Lendo algumas dicas na internet me deparei com uma frase interessante, acho que foi o renomado modelista ferroviário José Balan Filho que disse: “...não me cobrem exatidão, estou apenas me divertindo...” ou algo assim. E levando essa ideia como bandeira é que enfrentei o início no hobby depois de ver uma caixa básica da Frateschi na internet e dizer, “...é isso que eu quero...”
Iniciei a busca na internet procurando o máximo de informações possíveis e manuais e revistas e vendo até onde eu poderia ir com meu orçamento e meu tempo.
Depois de ler algumas dicas, como o famoso “…. menos é mais...”, resolvi fazer um oval simples de duas linhas e um desvio.
O planejamento é uma parte crucial, mas não se deve planejar e planejar até que de planos eles se tornem sonhos… um “ponta pé inicial” deve ser dado, pois, depois que isso é feito a paixão pelo hobby faz o trabalho de impulsionar o hobista.
O meu foi fazer o tablado com as próprias mãos, comprando as madeiras e utilizando as ferramentas, sem pressa apenas vendo aquele sonho se tronando realidade.
Depois de pronto fiquei, ai sim, admirando aquele trabalho e pensando onde ficaria isso, aquilo e foi ai que percebi outra coisa, simplesmente não tinha como comprar todo material de primeira qualidade para o trabalho, e foi onde fui buscar materiais alternativos para essa empreitada.
Nesse ponto me alinho ao meu caro amigo e modelista Lélio Vida que também é um mestre no uso de materiais alternativos. É uma verdadeira aventura buscar soluções para construir casas, galpões, tuneis e às vezes da certo, às vezes não, mas o mais importante foi primeiro a
diversão e depois o aprendizado que isso traz para nós mesmos.
E assim fui utilizando vários materiais alternativos como isopor de caixa de televisão, jornal velho, granito de aquário entre outros e fui criando cada elemento do cenário da maquete dentro de um quarto que servia de depósito de ferramentas. Aprendi o valor que cada uma daquelas construções, que não são belas como as fabricadas por especialistas, mas tem um valor especial, pois, foi com essas mãos que elas foram feitas.
Ficava às vezes no trabalho pensando o que iria fazer naquele tempinho no final de semana que iria dedicar ao hobby, sim porque você não pode parar sua vida para o hobby, ele não é um trabalho com data de início e fim ele é algo interminável e está ali apenas para você se divertir.
Ao finalizar o que chamei de “base” da maquete, ou seja, os prédios principais já estavam no lugar, à vegetação, os postes etc.… a alegria foi imensa, mas ai é que a brincadeira toma um segundo impulso. Como humanizar aquela maquete árida de elementos humanos, o que elas estariam fazendo. Esperando o trem na estação? Seguindo nos vagões da primeira ou da segunda classe? Teriam trabalhadores no leito férreo? E a iluminação, é necessária a iluminação, e passarelas e como fazer cada um desses elementos?
Certa vez fazendo uma expansão que chamei de “A curva” mandei algumas fotos e pedi algumas ideias para um grande amigo modelista Sr. Giancarlo Valente e, ele me passou várias coisas que eu poderia fazer e etapas a cumprir, mas quando ele viu os materiais que eu ia trabalhar ele simplesmente me chamou de “naif”, na hora não entendi muito bem o que isso significava. Não cheguei a ficar ofendido, mas sim curioso para saber o que era isso e fui ver no dicionário com a pior das expectativas. Encontrei essa definição na “Wiki”:
Arte naïf (ingênuo, em francês) ou arte primitiva moderna é, em termos gerais, a arte que é produzida por artistas sem formação académica. Caracteriza-se, em termos gerais, pela simplicidade e pela ausência de elementos formais da arte tradicional ocidental, como a
perspectiva, harmonia cromática, composição, desenho clássico com correção anatômica, ou mesmo referências tradicionais das pinturas de gênero.
Lendo essa definição e analisando bem cada palavra me identifiquei totalmente com ela, ou seja, o Sr. Valente é também um mestre com as palavras.
Dessa forma é possível perceber que qualquer um pode ter sua maquete e pode se divertir com ela, seja grande, pequena, apenas uma prateleira na estante presa na parede, ou
pendurada no teto, feita de materiais importados ou de materiais alternativos, o importante, é ter uma e se divertir com ela, afinal de contas o que vale é a alegria que podemos encontrar no hobby, e como já dizia Platão “… o importante não é só viver, mas viver bem...”.
Espero que tenham gostado e deixo um abraço a todos…
Gilson Farias Subtil
O amigo Lélio Vida está autorizado a publicar esses comentários em seu trabalho intitulado “De como eu fiz” de sua autoria... Rio de Janeiro, 30/11/2015,