Estudo e Tratamento de Síndromes
Psicóticas
Como Reconhecer o Portador de
Esquizofrenia?
• Primeiro:
• Pensar nesta possibilidade!
• Nem sempre que o paciente relata acreditar! • Doença mental grave e incapacidade –
aposentadoria!
• Simulação!
• Nem sempre que a família informa aceitar! • Falta de conhecimentos!
Como Reconhecer o Portador de
Esquizofrenia?
• Paciente portador geralmente não relata
porque não reconhece!
• Uma característica / sintoma – falta de crítica
ou de reconhecimento deste adoecimento!
• Família – demora aceitar, entender e
reconhecer a impossibilidade de cura!
• Profissionais de saúde – limitação de
Como Reconhecer o Portador de
Esquizofrenia?
• Indícios no início dos primeiros sintomas: • Trema
• Alguns relatos de familiares:
• ‘’ele mudou demais e não aceita falar com
ele’’
• ‘’ela está esquisita’’ • ‘’ele parece outro’’
Como Reconhecer o Portador de
Esquizofrenia?
• Indícios no início dos primeiros sintomas: • Relatos de familiares
• ‘’ele está falando sozinho’’
• ‘’está esquisita e nem parece minha filha’’ • ‘’acho que tem coisa feita para ele’’
• ‘’ela pode estar com espírito do mal’’ • ‘’acho que já está ficando doido’’
• ‘’está ficando igual primo que enlouqueceu’’ • ‘’médico nenhum acha o que ela tem’’
Como Reconhecer o Portador de
Esquizofrenia?
• Indícios no início dos primeiros sintomas: • Relatos de pacientes
• ‘’eu estou me achando estranho’’
• ‘’quero controlar minha cabeça e não
consigo’’
• ‘’acho que vou perder o controle’’
• ‘’parece que tem uma vozes falando comigo
sem eu ver quem’’
Como Reconhecer o Portador de
Esquizofrenia?
• Observações:
• Esquizofrenia compromete – reconhecimento
do adoecimento – no início geralmente tem crítica parcial – trema!
• Pode pensar no pior quadro – Esquizofrenia
– precisa investigar para concluir
• Esquizofrenia não é o único adoecimento
mental com sintomas psicóticos
• Algumas vezes – exceção – esperar um
Como Reconhecer o Portador de
Esquizofrenia?
• Usando dados para reconhecimento: • Perturbação de seis meses
• Um mês de sintomas ativos • Delírios
• Alucinações
• Discurso desorganizado
• Comportamento desorganizado
• Sintomas negativos: isolamento e redução da
Como Reconhecer o Portador de
Esquizofrenia?
• Disfunção social – tende ao isolamento ou
relações interpessoais desorganizadas / inadequadas
• Dificuldade progressiva com trabalho –
abandono - aposentadoria
• Progressivamente incapacitante
• Empobrecimento progressivo na várias áreas
Caso Clínico I
• A.B.L., 22 anos, estudando administração
sendo que sua vida escolar sempre foi de rendimento médio para alto.
• Teve sempre bons relacionamentos
interpessoais, familiares e sociais
• Já namorou várias moças
• Começa faltar aulas e ficar isolado em casa • Questionado pelos pais diz que sente muito
Caso Clínico I
• Passa recusar progressiva e lentamente:
dirigir, receber visitas, ir a faculdade, sair com amigos e atender telefone
• Sempre a queixa é ‘’medo sem explicação’’ • Questionado sobre ameaças externas,
violência urbana, risco de ficar preso no trânsito por manifestos – nega tudo
• Começa ficar descuidado – sempre foi
vaidoso – recusa banho diário e não aceita ir ao barbeiro
Caso Clínico I
• Familiares levam paciente para triagem com
profissional de saúde mental
• Queixa da família: ‘’ele ficou diferente e está
estranho dia após dia’’
• Queixa do paciente: ‘’estou com muito medo
de tudo’’
• Algumas perguntas a serem feitas pelo
profissional triador?
Modelo de Raciocínio Clínico
• Como pensamos em saúde mental? • Primeiro:
• Ele tem doença clínica?
• Como o profissional de saúde busca estes
dados?
• Segundo:
• Ele usa substâncias?
• Como o profissional de saúde investiga esta
Modelo de Raciocínio Clínico
• Terceiro:
• Ele tem estes sintomas em reação ou
desadaptação a um evento externo?
• Quarto:
• Folie a Deux?
• Ele tem este sintomas por conviver com outra
pessoa apresentando os mesmos sintomas?
• Quinto:
Modelo de Raciocínio Clínico
• Está com adoecimento mental? • Qual? • Psicótico? • Quais sintomas? • Delírio? • Como perguntar? • Alucinação? • Como perguntar?
Modelo de Raciocínio Clínico
• Discurso desorganizado? • Como perguntar? • Comportamento desorganizado? • Como perguntar? • Ressonância afetiva? • Como perguntar? • Prejuízos cognitivos? • Como perguntar?Modelo de Raciocínio Clínico
• Prejuízos funcionais? • Como perguntar?
• Empobrecimento em relação ao passado? • Como perguntar?
• Questões espirituais? • Como perguntar?
• Questões cronológicas? • Como perguntar?
Desfechos?
• Encaminhamentos? • Se profissional da triagem: • A – enfermeiro? • B – assistente social? • C – psicólogo? • D – fisioterapeuta? • E – médico? • F – Terapeuta Ocupacional?Tratamentos?
• Se Esquizofrenia: • A – medicamentos; • B – equipe multiprofissional: • Médico? • Psicólogo? • Assistente Social? • Enfermeiro? • Terapeuta Ocupacional?Classificação dos Subtipos
de Esquizofrenia
Subtipos de Esquizofrenia
• Divisão mais pedagógica que prática
• Comum profissionais diferentes dividirem
sem consenso
• Classificação melhoraria a abordagem? • Incerto e controverso!
• Diferentes épocas do adoecimento recebe
classificação diferente
• Cada paciente pode não permanecer na
Subtipos de Esquizofrenia
• 1 – Paranóide:
• Preocupação com um ou mais delírios; • Preocupação com alucinações auditivas
frequentes;
• Não são marcantes: discurso e
comportamento desorganizados
• Não há comprometimento precoce da
Subtipos de Esquizofrenia
• 2 – Desorganizado / hebefrênico: • Discurso desorganizado
• Comportamento desorganizado • Afeto embotado ou inadequado • 3 – Catatônico:
• Alteração extrema da psicomotricidade –
mobilidade motora nos extremos de agitação ou imobilidade
Subtipos de Esquizofrenia
• 4 – Indiferenciado: • 5 - Residual
Caso Clínico II
• B.C.F., 35 anos, casada, contadora, dois filhos de 7 e 10 anos, católica praticante e estável com
mesmo trabalho há 12 anos
• Há um ano vem com dificuldades para trabalhar, cuidar dos filhos e resolver tarefas banais como gerenciar as contas domésticas
• Diz que tem ‘’sensação de estar doente gravemente e que vai morrer logo’’
• Emagrece e vai ficando cada vez mais inativa, indiferente ao ambiente e distanciando dos relacionamentos interpessoais
Caso Clínico II
• Nos últimos dois meses:
• A – não quis mais ir para trabalho e recusou
levar atestado, mesmo que seus superiores hierárquicos ligassem e pedissem para o
esposo;
• B – tem estado progressivamente indiferente
com os filhos tanto nos cuidados como na expressão afetiva;
• C – chamou atenção que nem usou protetor
Caso Clínico II
• Não tinha ido em médicos ou outro
profissional porque recusava
• Foi levada contra sua vontade para uma
triagem:
• Como o triador profissional de saúde mental
elabora o raciocínio clínico?
• A – tem doença física? • B – usa substâncias?
Caso Clínico II
• D – Compartilha com outra pessoa os
mesmos sintomas?
• E – Está simulando?
• Pode ser doença mental? • Quais perguntas fazer?
• Pensando em Esquizofrenia o que
perguntaremos para Ela?
• Raciocinando com Esquizofrenia o que
Caso Clínico II
• Pensando em classificação de Esquizofrenia • Como seria classificada em um dos subtipos? • Como foi o processo de correspondência de
Observações:
• Esquizofrenia
• Adoecimento sistêmico
• Repercussões mentais e físicas • Físicas:
• A – uso de tabaco e outras drogas; • B – restrição de auto-cuidados;
• C – alimentação;
• D – dificuldades de proteção climática; • E – risco de ser agredido; e agredir?
Paciente Portador de Psicose
no Ambulatório
Paciente Portador de Psicose no
Ambulatório
• Discussão Prática Multidisciplinar
• Modelo de intervenção com discussão dos
saberes aplicados para melhor atendimento holístico do interessado
• Garante melhor assistência comparativa com
intervenção individual
• Melhor fator de manter adesão e prevenção
Caso Clínico I
• C.V.N., 36 anos, branca, divorciada, atendente de supermercado e católica praticante em
comparação à população geral
• Faz acompanhamento em CAPS Adulto
• Já realizou tratamento intensivo no sistema de Hospital Dia e atualmente acompanhamento multiprofissional mensal
• Diagnóstico de Esquizofrenia confirmado há 8 anos com predomínio de delírios de influência (rastreada por antenas) e alucinações auditivas com vozes de conteúdo ameaçador e pejorativo
Caso Clínico I
• Nunca internou, teve dois afastamentos do
trabalho cada um durante dez dias
• Apresenta crítica da morbidade psíquica e
reconhece quando os sintomas reaparecem e intensificam
• Tem dúvidas suas interpretações de rastreio e
alucinações são verdadeiras
• Aceita o tratamento e reconhece melhora
quando segue orientações profissionais e familiares – todos aderidos e engajados
Intervenções Psicoterapêuticas
• 1 – acolhimento • 2 – reconhecimento do adoecimento • 3 - reafirmação da necessidade de tratamento • 4 – questionamento socrático • 5 – confronto com a realidade • 6 – perspectivas futurasIntervenções Psicoeducativas
• Frequentar Grupo de Auto-ajuda • Exemplo: Fênix
• Liderar grupo de Auto-ajuda
• Escrever o que sente em agenda ou outro
material
• Registrar dúvidas pessoais, terceiros e de
familiares
• Recusa ao estigma de doente mental e
Intervenções Sociais
• Reafirmação do valor do trabalho e dos direitos trabalhistas – prevenção de afastamento
• Possível exploração
• Exemplo: horas extras não remuneradas
• Visita domiciliar: confirmar necessidade da participação contínua e valor da opinião para decisões familiares
• Busca de familiares adoecidos – triagem doméstica
• Verificação de agendamentos e uso da medicação
Intervenções Familiares
• Valorização da vida sexual – importante
• Possibilidade de gestação planejada – parto aumenta risco de reagudização
• Necessidade de receber educação sexual /programa de planejamento familiar
• Discussão do risco de adoecimentos dos descendentes
• Ampliação da rede familiar – motivar manter contato com diversos familiares
• Divórcio – risco aumentado de crises, suicídio e evasão de tratamento
Intervenções Medicamentosas
• Tratamento medicamentoso contínuo – imprescindível
• Real presença de efeitos colaterais: ganho de peso, prejuízo da libido e movimentos
estereotipados
• Não tem férias terapêuticas • Podem ser substituídos
• Alto custo – direito com várias medicações padronizadas
Intervenções Legislativas
• Doença mental não corresponde
necessariamente:
• Incapacidade Laborativa – possibilidade de
Reabilitação Cognitiva e Funcional
• Incapacidade de discernimento – Cível • Incapacidade de entendimento e
determinação – criminal
• Incapacidade social – expressão da opinião
Intervenções Administrativas na
Rede
• CAPS adulto • O que mais? • 1 – • 2 – • 3 – • 4 – • 5 – • 6-Paciente Portador de Psicose
Internado em Hospital Psiquiátrico
• V.D.P., 45 anos, portador de Esquizofrenia há 25 anos, dez internações, solteiro, mora com a mãe idosa de 75 anos
• Aposentado há 20 anos e trabalhou apenas um ano como Office Boy
• Internado 20 vezes
• Última vez por agressão grave à mãe
• Relato de crises repetidas com delírios místicos e persecutórios
• Alucinações auditivas com vozes de comando para suicídio e agressão que não controla
Paciente Portador de Psicose
Internado em Hospital Psiquiátrico
• Prejuízos cognitivos importante de memória,
atenção, concentração e capacidade de resolver problemas
• Fica muitos dias na rua • Usa álcool e drogas
• Dificuldade com o controle dos impulsos para
controle da alimentação e agressivos
Intervenções Administrativas na
Rede
Paciente Portador de Psicose
Internado em Hospital Psiquiátrico
Muito obrigado!
011 4114 0019