• Nenhum resultado encontrado

Estudo e Tratamento de Síndromes Psicóticas. Hewdy Lobo Ribeiro

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Estudo e Tratamento de Síndromes Psicóticas. Hewdy Lobo Ribeiro"

Copied!
52
0
0

Texto

(1)

Estudo e Tratamento de Síndromes

Psicóticas

(2)

Como Reconhecer o Portador de

Esquizofrenia?

• Primeiro:

• Pensar nesta possibilidade!

• Nem sempre que o paciente relata acreditar! • Doença mental grave e incapacidade –

aposentadoria!

• Simulação!

• Nem sempre que a família informa aceitar! • Falta de conhecimentos!

(3)

Como Reconhecer o Portador de

Esquizofrenia?

• Paciente portador geralmente não relata

porque não reconhece!

• Uma característica / sintoma – falta de crítica

ou de reconhecimento deste adoecimento!

• Família – demora aceitar, entender e

reconhecer a impossibilidade de cura!

• Profissionais de saúde – limitação de

(4)

Como Reconhecer o Portador de

Esquizofrenia?

• Indícios no início dos primeiros sintomas: • Trema

• Alguns relatos de familiares:

• ‘’ele mudou demais e não aceita falar com

ele’’

• ‘’ela está esquisita’’ • ‘’ele parece outro’’

(5)

Como Reconhecer o Portador de

Esquizofrenia?

• Indícios no início dos primeiros sintomas: • Relatos de familiares

• ‘’ele está falando sozinho’’

• ‘’está esquisita e nem parece minha filha’’ • ‘’acho que tem coisa feita para ele’’

• ‘’ela pode estar com espírito do mal’’ • ‘’acho que já está ficando doido’’

• ‘’está ficando igual primo que enlouqueceu’’ • ‘’médico nenhum acha o que ela tem’’

(6)

Como Reconhecer o Portador de

Esquizofrenia?

• Indícios no início dos primeiros sintomas: • Relatos de pacientes

• ‘’eu estou me achando estranho’’

• ‘’quero controlar minha cabeça e não

consigo’’

• ‘’acho que vou perder o controle’’

• ‘’parece que tem uma vozes falando comigo

sem eu ver quem’’

(7)

Como Reconhecer o Portador de

Esquizofrenia?

• Observações:

• Esquizofrenia compromete – reconhecimento

do adoecimento – no início geralmente tem crítica parcial – trema!

• Pode pensar no pior quadro – Esquizofrenia

– precisa investigar para concluir

• Esquizofrenia não é o único adoecimento

mental com sintomas psicóticos

• Algumas vezes – exceção – esperar um

(8)

Como Reconhecer o Portador de

Esquizofrenia?

• Usando dados para reconhecimento: • Perturbação de seis meses

• Um mês de sintomas ativos • Delírios

• Alucinações

• Discurso desorganizado

• Comportamento desorganizado

• Sintomas negativos: isolamento e redução da

(9)

Como Reconhecer o Portador de

Esquizofrenia?

• Disfunção social – tende ao isolamento ou

relações interpessoais desorganizadas / inadequadas

• Dificuldade progressiva com trabalho –

abandono - aposentadoria

• Progressivamente incapacitante

• Empobrecimento progressivo na várias áreas

(10)

Caso Clínico I

• A.B.L., 22 anos, estudando administração

sendo que sua vida escolar sempre foi de rendimento médio para alto.

• Teve sempre bons relacionamentos

interpessoais, familiares e sociais

• Já namorou várias moças

• Começa faltar aulas e ficar isolado em casa • Questionado pelos pais diz que sente muito

(11)

Caso Clínico I

• Passa recusar progressiva e lentamente:

dirigir, receber visitas, ir a faculdade, sair com amigos e atender telefone

• Sempre a queixa é ‘’medo sem explicação’’ • Questionado sobre ameaças externas,

violência urbana, risco de ficar preso no trânsito por manifestos – nega tudo

• Começa ficar descuidado – sempre foi

vaidoso – recusa banho diário e não aceita ir ao barbeiro

(12)

Caso Clínico I

• Familiares levam paciente para triagem com

profissional de saúde mental

• Queixa da família: ‘’ele ficou diferente e está

estranho dia após dia’’

• Queixa do paciente: ‘’estou com muito medo

de tudo’’

• Algumas perguntas a serem feitas pelo

profissional triador?

(13)

Modelo de Raciocínio Clínico

• Como pensamos em saúde mental? • Primeiro:

• Ele tem doença clínica?

• Como o profissional de saúde busca estes

dados?

• Segundo:

• Ele usa substâncias?

• Como o profissional de saúde investiga esta

(14)

Modelo de Raciocínio Clínico

• Terceiro:

• Ele tem estes sintomas em reação ou

desadaptação a um evento externo?

• Quarto:

• Folie a Deux?

• Ele tem este sintomas por conviver com outra

pessoa apresentando os mesmos sintomas?

• Quinto:

(15)

Modelo de Raciocínio Clínico

• Está com adoecimento mental? • Qual? • Psicótico? • Quais sintomas? • Delírio? • Como perguntar? • Alucinação? • Como perguntar?

(16)

Modelo de Raciocínio Clínico

• Discurso desorganizado? • Como perguntar? • Comportamento desorganizado? • Como perguntar? • Ressonância afetiva? • Como perguntar? • Prejuízos cognitivos? • Como perguntar?

(17)

Modelo de Raciocínio Clínico

• Prejuízos funcionais? • Como perguntar?

• Empobrecimento em relação ao passado? • Como perguntar?

• Questões espirituais? • Como perguntar?

• Questões cronológicas? • Como perguntar?

(18)

Desfechos?

• Encaminhamentos? • Se profissional da triagem: • A – enfermeiro? • B – assistente social? • C – psicólogo? • D – fisioterapeuta? • E – médico? • F – Terapeuta Ocupacional?

(19)

Tratamentos?

• Se Esquizofrenia: • A – medicamentos; • B – equipe multiprofissional: • Médico? • Psicólogo? • Assistente Social? • Enfermeiro? • Terapeuta Ocupacional?

(20)

Classificação dos Subtipos

de Esquizofrenia

(21)

Subtipos de Esquizofrenia

• Divisão mais pedagógica que prática

• Comum profissionais diferentes dividirem

sem consenso

• Classificação melhoraria a abordagem? • Incerto e controverso!

• Diferentes épocas do adoecimento recebe

classificação diferente

• Cada paciente pode não permanecer na

(22)

Subtipos de Esquizofrenia

• 1 – Paranóide:

• Preocupação com um ou mais delírios; • Preocupação com alucinações auditivas

frequentes;

• Não são marcantes: discurso e

comportamento desorganizados

• Não há comprometimento precoce da

(23)

Subtipos de Esquizofrenia

• 2 – Desorganizado / hebefrênico: • Discurso desorganizado

• Comportamento desorganizado • Afeto embotado ou inadequado • 3 – Catatônico:

• Alteração extrema da psicomotricidade –

mobilidade motora nos extremos de agitação ou imobilidade

(24)

Subtipos de Esquizofrenia

• 4 – Indiferenciado: • 5 - Residual

(25)

Caso Clínico II

• B.C.F., 35 anos, casada, contadora, dois filhos de 7 e 10 anos, católica praticante e estável com

mesmo trabalho há 12 anos

• Há um ano vem com dificuldades para trabalhar, cuidar dos filhos e resolver tarefas banais como gerenciar as contas domésticas

• Diz que tem ‘’sensação de estar doente gravemente e que vai morrer logo’’

• Emagrece e vai ficando cada vez mais inativa, indiferente ao ambiente e distanciando dos relacionamentos interpessoais

(26)

Caso Clínico II

• Nos últimos dois meses:

• A – não quis mais ir para trabalho e recusou

levar atestado, mesmo que seus superiores hierárquicos ligassem e pedissem para o

esposo;

• B – tem estado progressivamente indiferente

com os filhos tanto nos cuidados como na expressão afetiva;

• C – chamou atenção que nem usou protetor

(27)

Caso Clínico II

• Não tinha ido em médicos ou outro

profissional porque recusava

• Foi levada contra sua vontade para uma

triagem:

• Como o triador profissional de saúde mental

elabora o raciocínio clínico?

• A – tem doença física? • B – usa substâncias?

(28)

Caso Clínico II

• D – Compartilha com outra pessoa os

mesmos sintomas?

• E – Está simulando?

• Pode ser doença mental? • Quais perguntas fazer?

• Pensando em Esquizofrenia o que

perguntaremos para Ela?

• Raciocinando com Esquizofrenia o que

(29)

Caso Clínico II

• Pensando em classificação de Esquizofrenia • Como seria classificada em um dos subtipos? • Como foi o processo de correspondência de

(30)

Observações:

• Esquizofrenia

• Adoecimento sistêmico

• Repercussões mentais e físicas • Físicas:

• A – uso de tabaco e outras drogas; • B – restrição de auto-cuidados;

• C – alimentação;

• D – dificuldades de proteção climática; • E – risco de ser agredido; e agredir?

(31)

Paciente Portador de Psicose

no Ambulatório

(32)

Paciente Portador de Psicose no

Ambulatório

• Discussão Prática Multidisciplinar

• Modelo de intervenção com discussão dos

saberes aplicados para melhor atendimento holístico do interessado

• Garante melhor assistência comparativa com

intervenção individual

• Melhor fator de manter adesão e prevenção

(33)

Caso Clínico I

• C.V.N., 36 anos, branca, divorciada, atendente de supermercado e católica praticante em

comparação à população geral

• Faz acompanhamento em CAPS Adulto

• Já realizou tratamento intensivo no sistema de Hospital Dia e atualmente acompanhamento multiprofissional mensal

• Diagnóstico de Esquizofrenia confirmado há 8 anos com predomínio de delírios de influência (rastreada por antenas) e alucinações auditivas com vozes de conteúdo ameaçador e pejorativo

(34)

Caso Clínico I

• Nunca internou, teve dois afastamentos do

trabalho cada um durante dez dias

• Apresenta crítica da morbidade psíquica e

reconhece quando os sintomas reaparecem e intensificam

• Tem dúvidas suas interpretações de rastreio e

alucinações são verdadeiras

• Aceita o tratamento e reconhece melhora

quando segue orientações profissionais e familiares – todos aderidos e engajados

(35)

Intervenções Psicoterapêuticas

• 1 – acolhimento • 2 – reconhecimento do adoecimento • 3 - reafirmação da necessidade de tratamento • 4 – questionamento socrático • 5 – confronto com a realidade • 6 – perspectivas futuras

(36)

Intervenções Psicoeducativas

• Frequentar Grupo de Auto-ajuda • Exemplo: Fênix

• Liderar grupo de Auto-ajuda

• Escrever o que sente em agenda ou outro

material

• Registrar dúvidas pessoais, terceiros e de

familiares

• Recusa ao estigma de doente mental e

(37)

Intervenções Sociais

• Reafirmação do valor do trabalho e dos direitos trabalhistas – prevenção de afastamento

• Possível exploração

• Exemplo: horas extras não remuneradas

• Visita domiciliar: confirmar necessidade da participação contínua e valor da opinião para decisões familiares

• Busca de familiares adoecidos – triagem doméstica

• Verificação de agendamentos e uso da medicação

(38)

Intervenções Familiares

• Valorização da vida sexual – importante

• Possibilidade de gestação planejada – parto aumenta risco de reagudização

• Necessidade de receber educação sexual /programa de planejamento familiar

• Discussão do risco de adoecimentos dos descendentes

• Ampliação da rede familiar – motivar manter contato com diversos familiares

• Divórcio – risco aumentado de crises, suicídio e evasão de tratamento

(39)

Intervenções Medicamentosas

• Tratamento medicamentoso contínuo – imprescindível

• Real presença de efeitos colaterais: ganho de peso, prejuízo da libido e movimentos

estereotipados

• Não tem férias terapêuticas • Podem ser substituídos

• Alto custo – direito com várias medicações padronizadas

(40)

Intervenções Legislativas

• Doença mental não corresponde

necessariamente:

• Incapacidade Laborativa – possibilidade de

Reabilitação Cognitiva e Funcional

• Incapacidade de discernimento – Cível • Incapacidade de entendimento e

determinação – criminal

• Incapacidade social – expressão da opinião

(41)

Intervenções Administrativas na

Rede

• CAPS adulto • O que mais? • 1 – • 2 – • 3 – • 4 – • 5 – • 6

(42)

-Paciente Portador de Psicose

Internado em Hospital Psiquiátrico

• V.D.P., 45 anos, portador de Esquizofrenia há 25 anos, dez internações, solteiro, mora com a mãe idosa de 75 anos

• Aposentado há 20 anos e trabalhou apenas um ano como Office Boy

• Internado 20 vezes

• Última vez por agressão grave à mãe

• Relato de crises repetidas com delírios místicos e persecutórios

• Alucinações auditivas com vozes de comando para suicídio e agressão que não controla

(43)

Paciente Portador de Psicose

Internado em Hospital Psiquiátrico

• Prejuízos cognitivos importante de memória,

atenção, concentração e capacidade de resolver problemas

• Fica muitos dias na rua • Usa álcool e drogas

• Dificuldade com o controle dos impulsos para

controle da alimentação e agressivos

(44)
(45)
(46)
(47)
(48)
(49)
(50)

Intervenções Administrativas na

Rede

(51)

Paciente Portador de Psicose

Internado em Hospital Psiquiátrico

(52)

Muito obrigado!

011 4114 0019

Referências

Documentos relacionados

O DIRETOR GERAL DO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA GOIANO - CAMPUS IPORÁ, no uso de suas atribuições legais, conferida pela Portaria/IF Goiano nº 22,

2001, foi dada ênfase apenas ao alongamento dos músculos isquiotibiais, enquanto o tratamento por meio da RPG alongou todos os músculos da cadeia posterior e, por meio do

Por isso, uma alternativa ´ e construir gr´ aficos de dispers˜ ao entre a vari´ avel resposta e cada uma das vari´ aveis explicativas..

1 - Específicos: conforme orientação da Vigilância Epidemiológica (isolamento viral ou sorologia).. 2 - Inespecífico: Hemograma com contagem de plaquetas (auxiliar

Conforme a classificação de risco, diante de um caso suspeito de febre de Chikungunya, o hemograma deve ser solicitado à critério médico para as formas brandas da doença e

- Sugestiva de estar relacionada à infecção congênita por STORCH: caso notificado como microcefalia E que apresente diagnóstico laboratorial específico e conclusivo para

-Não utilizar AINH (Anti-inflamatório não hormonal) ou Aspirina (acido acetilsalicílico) na fase aguda, pelo risco de complicações associados às formas graves de

Protocolo de atendimento a pacientes portadores de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) no Estado do Ceará/ Coordenadoria de Políticas de Atenção à Saúde/ Núcleo