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RESULTADO DA CONSULTA PÚBLICA PARA GESTORES (AS) DA REDE ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA DO PIAUÍ SOBRE O TRABALHO REMOTO DIANTE DA PANDEMIA DE COVID-19

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Academic year: 2021

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RESULTADO DA CONSULTA PÚBLICA PARA GESTORES (AS) DA REDE ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA DO PIAUÍ SOBRE O TRABALHO REMOTO DIANTE DA PANDEMIA DE COVID-19

Lucineide Barros Medeiros1 Lucineide Maria dos S. Soares2 Lucine R. V. B. de Almeida3 Marina Gleika Felipe Soares4 Samara de Oliveira Silva5

O Comitê Piauí da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, o Núcleo de Estudos e Pesquisas em Políticas e Gestão da Educação (UFPI) e o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Piauí (SINTE-PI) publicam os resultados da “Consulta Pública para Gestores (as) da Rede Estadual de Educação Básica do Piauí sobre o trabalho remoto diante da Pandemia de Covid-19”. Realizada entre os dias 08/06/2020 e 28/06/2020, teve como objetivo conhecer os limites e possiblidades que os (as) gestores (as) da Rede Estadual do Piauí estão enfrentando diante da adoção do ensino remoto implementado pela SEDUC-PI, verificando as condições cotidianas de acesso à internet, uso dos equipamentos, tipos de atividades realizadas, grau de satisfação, dentre outros, no contexto da crise provocada pela pandemia, após a suspensão das aulas presenciais da rede estadual de educação do Estado do Piauí.

Os dados coletados através de um questionário, com 21 perguntas de múltipla escolha (via Formulário online no Google) na Consulta Pública, foram analisados por uma Comissão de Sistematização composta por membros do Comitê Piauí da Campanha Nacional pelo Direito à Educação. Os resultados da análise estão sendo disponibilizados em forma de Relatório, que apresentamos no site e redes sociais do SINTE-PI e nas redes sociais do Comitê Piauí e NUPPEGE/UFPI.

No Estado do Piauí as universidades e escolas públicas e privadas mantém as atividades suspensas desde o dia 16 de março de 2020, conforme Decreto Estadual nº

1 Membro do Comitê Piauí da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, docente da Universidade Estadual do Piauí, e membro do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Políticas e Gestão da Educação (UFPI); Coordenadora do Núcleo de Estudos em Educação Popular e Educação do Campo/UESPI. 2 Membro do Comitê Piauí da Campanha Nacional pelo Direito à Educação e do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Políticas e Gestão da Educação (UFPI) e Docente da Universidade Estadual do Piauí. 3 Membro do Comitê Piauí da Campanha Nacional pelo Direito à Educação e do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Políticas e Gestão da Educação (UFPI); Docente da Rede Estadual de Educação do Piauí e membro do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Piauí (SINTE-PI).

4 Membro do Comitê Piauí da Campanha Nacional pelo Direito à Educação e do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Políticas e Gestão da Educação (UFPI) e Docente da Universidade Estadual do Piauí. 5 Membro do Comitê Piauí da Campanha Nacional pelo Direito à Educação e do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Políticas e Gestão da Educação (UFPI) e Docente da Universidade Estadual do Piauí.

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2 18.884, posteriormente ocorreu nova publicação da prorrogação da suspensão das aulas até 30 de abril de 2020, conforme o Decreto nº 18.913 de 30 de março de 2020. Também se ressalta que em 26 de março de 2020 o Conselho Estadual de Educação do Piauí (CEE/PI) publicou a Resolução nº 061/2020, que dispõe sobre o regime especial de aulas não presenciais para Instituições integrantes do Sistema Estadual de Ensino do Piauí, em caráter de excepcionalidade e temporalidade, enquanto permanecerem as medidas de isolamento previstas pelas autoridades sanitárias na prevenção e combate ao novo Coronavírus (CARTA AO CNE/CCE,2020). Logo após a Secretaria de Educação do Estado do Piauí (SEDUC/PI), editou em 06 de abril de 2020 estratégias e diretrizes sobre o regime especial de aulas da Rede Pública Estadual de Ensino do Piauí, com vigência durante o decreto que suspende as aulas no ambiente escolar. E, em 30 de abril de 2020, publicou o Decreto nº 18.966, que determinou a prorrogação da suspensão de aulas presenciais até 31 de julho de 2020.

CARATERIZAÇÃO DE GESTORES PARTICIPANTES DA CONSULTA

PÚBLICA

Participaram da pesquisa 22 gestores, de 13 municípios piauienses, em que ocorre o atendimento educacional na rede estadual de educação do Piauí, conforme o Gráfico 1 a seguir:

Gráfico 1: Municípios dos Gestores

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3 O gráfico 1 indica Picos com a maior adesão de gestores respondentes totalizando 22,7%, seguidos dos municípios de José de Freitas, Pio IX, Oeiras e Monsenhor Hipólito. Os demais municípios contaram com respondentes 4,5% em termos de participação, vale informar que houve uma baixa participação dos gestores, considerando as mais de 650 escolas existentens na rede estadual do Piauí (Site SEDUC-PI, 2019).

A gestão escolar implica diferentes agentes individuais e coletivos, a exemplo dos espaços colegiados voltados à discussão e decisões, seja para fins pedagógicos ou administrativos, atendendo orientações contidas no modo de organização da política educacional brasileira.

As discussões sobre democratização da educação escolar orientam a escolha de gestores escolares responsáveis pelas funções de direção, em processos eletivos envolvendo a comunidade escolar, no entanto, essa perspectiva vem perdendo força e tem-se uma realidade em que avançam os processos de indicações políticas de mandatários para essas funções, imprimindo dificuldades na ação livres desses agentes e na autonomia escolar.

Enfrentamos diversas dificuldades de acesso a esses agentes, seja pela escassez de contatos, ou pela resistência em responder, com receio que este ato entre em choque com a orientação institucional. O que indica uma necessidade de maior aprofundamento da Consulta, buscando apreender a situação desses (as) gestores (as) nos demais municípios do Estado, principalmente da região Sudoeste piauiense, em que não teve nenhum respondente.

Os (as) gestores (as) foram perguntados (as) sobre qual função exercem na escola, com os resultados apresentados no Gráfico 2:

Gráfico 2: Função que os gestores exercem

Fonte: Consulta Pública/ Comitê Piauí da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, 2020. Nota: 1,1% EJA (Amarelo)

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4 Verifica-se que 54,5% dos (as) gestores (as) respondentes a essa Consulta Pública são coordenadores (as) pedagógicos (as) nas escolas, 36,4% exercem outras funções, e na 9,1% são diretores (as) de escolas. Quanto aos conselheiros (as) escolares não teve respondentes.

Sobre a localização geográfica das escolas em que atuam esses (as) gestores (as) durante o período letivo, observa-se o Gráfico 3 a seguir:

Gráfico 3: Localização geográfica da escola em que os (as) gestores (as) atuam

Fonte: Consulta Pública/ Comitê Piauí da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, 2020. Conforme o Gráfico 3, quanto a localização da escola em que estão vinculados, os (as) gestores (as) respondentes 86,4% estão na zona urbana e 13,6% na zona rural. Se coloca o desafio de apurar com maior cuidado a realidade da zona rural tendo em vista a maior dificuldade de acesso da comunidade escolar em geral, e de modo particular, dos (as) gestores (as).

Quando questionados (as) se foram dadas orientações específicas sobre o funcionamento das escolas no período da Pandemia, obteve-se a seguinte resposta:

Gráfico 4: Na escola em que atua foram dadas orientações específicas sobre o seu funcionamento, no período da pandemia?

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5 No Gráfico 4, se pode aferir que 81% informou ter recebido orientações e 19% afirma não ter recebido orientações específicas sobre o funcionamento das escolas no período da Pandemia. Ressalta-se que não foi possível verificar a qualidade dessas orientações e se as mesmas são suficientes para colocar em andamento as determinações da SEDUC-PI. Quanto aos 19% que não receberam orientações, é preocupante, tendo em vista que representa um índice elevado diante da complexidade que exige esse tipo de atividade, ainda mais contabilizando como dias letivos.

Foi perguntado, ainda, se na escola em que esses gestores (as) atuam tem oferta de matrícula para alunos da educação especial, com resultados no Gráfico 5:

Gráfico 5: Na escola em que atua tem oferta de matrícula para estudantes da educação especial?

Fonte: Consulta Pública/ Comitê Piauí da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, 2020.

Verifica-se que 59,1% dos (as) gestores (as) respondentes afirmaram que têm matrícula de alunos da educação especial na escola, porém não é possível saber se esses (as) estudantes matriculados de fato mantêm vínculos de frequência com a escola. Além disso, os dados apresentam uma situação curiosa em que 40,9% dos (as) gestores (as) afirmam que nas escolas em que atuam não há matrícula de estudantes da educação especial.

Quanto as orientações específicas para os (as) estudantes da educação especial durante a Pandemia, obteve-se as respostas constantes no Gráfico 6:

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6 Gráfico 6: As orientações específicas para estudantes da educação especial, em relação

ao funcionamento das Instituições, durante a pandemia, foram enviadas?

Fonte: Consulta Pública/ Comitê Piauí da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, 2020. Os (as) gestores (as), na ampla maioria representando 90,5%, responderam que não foram dadas orientações específicas para alunos da educação especial para atividades remotas, durante a Pandemia e somente 9,5 informou ter recebido tais orientações. Trata-se de uma situação grave, considerando a realidade de exclusão desse público, que requer não apenas a sua inserção pela matrícula, mas principalmente apoio pedagógico especializado.

Quanto as orientações específicas para os alunos da Educação de Jovens e Adultos durante a Pandemia, obteve-se as respostas constantes no Gráfico 7:

Gráfico 7: As orientações específicas para estudantes da Educação de Jovens e Adultos, em relação ao funcionamento das Instituições, durante a pandemia, foram enviadas?

Fonte: Consulta Pública/ Comitê Piauí da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, 2020. Os (as) gestores (as), representando 27,3%, responderam que não foram dadas orientações específicas para alunos da educação de jovens e adultos para atividades remotas, durante a Pandemia, 50% afirmaram que receberam orientações e 22,7% informaram não ter matrícula de jovens e adultos na escola em que atuam. Apesar do

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7 elevado índice de analfabetismo no estado do Piauí, verifica-se pelas informações desta Consulta que há uma negligência quanto ao tratamento de uma das principais políticas voltadas a superação dessa realidade, o que indica sérios entraves ao combate da evasão e a garantia da universalização do ensino, principalmente por este público.

Quando questionados (as) sobre as medidas adotadas pelas escolas em que atuam, com relação às atividades remotas, têm-se como resultados o Gráfico 8:

Gráfico 8: Medidas tomadas pela escola onde atuam os (as) gestores (as) em relação às atividades remotas

Fonte: Consulta Pública/ Comitê Piauí da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, 2020. *Nota: 4,5% (verde) Outra medida

Sobre as medidas de manutenção do calendário letivo, substituindo as práticas pedagógicas realizadas nas instituições de ensino por atividades remotas, foram mantidas, segundo os (as) gestores (as) por 81,8% dos (as) respondentes, enquanto que 13,6% informaram que houve antecipação das férias escolares e 4,5% relataram que foi implementado outra medida. Nenhum dos (as) gestores (as) informou ter havido a suspensão do calendário letivo, para ser reorganizado posteriormente a Pandemia.

Quando questionados (as) sobre os meios propostos para a realização das atividades remotas, 86,4% dos (as) gestores (as) responderam que através do

Whatsapp, 77,3% pelo material impresso entregue pela escola, 36,4 % por canais de comunicação da instituição ou da secretaria, 13,6% por outros meios, 4,5 % pelo Facebook, 4,5 % pelo Instagram e 4,5% pela Rádio, sendo que nesta questão, poderia ser marcada mais de uma opção.

Indagou-se também como são propostas as atividades remotas, os resultados são apresentados no Gráfico 9:

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8 Gráfico 9: Meio como são propostas as atividades remotas

Fonte: Consulta Pública/ Comitê Piauí da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, 2020.

A parcela de 33,3% dos (as) gestores (as) respondentes informaram que as atividades remotas são repassadas diretamente às crianças, enquanto que 19% afirmaram que realiza por meio de orientações às famílias e quase metade (47,6%) dos (as) gestores (as) informaram que entram em contato de outra forma, não especificada na consulta. Observamos que não há uma orientação que expresse um planejamento voltado ao conjunto dos (as) estudantes matriculados (as) e nesse sentido é possível que parte considerável não esteja integrado (a) às atividades cotidianas na escolas. Além disso, o repasse às atividades por si só não garante a qualidade satisfatória do processo de ensino-aprendizagem, pois requer acompanhamento e orientação para evitar o problema ao acesso de informações, sites indevidos, dentre outros prejudiciais aos adolescentes e crianças.

Foi questionado, também, se houve levantamento para verificar as condições de acesso das famílias e alunos aos meios/recursos digitais utilizados, essas condições não foram verificadas em 22,7%, já 40,9% informaram que foi realizado levantamento junto às famílias, 22,7% que foi realizado levantamento a partir dos dados disponíveis sobre o perfil das famílias e para 27,3% a adoção das atividades remotas aconteceu com base em outras informações. A relação entre escola e comunidade é uma questão que precisa ser aperfeiçoada e neste sentido, é possível que neste período de pandemia as condições de acesso aos estudantes para aulas remotas esteja comprometida, em razão do distanciamento entre escola e comunidade que perdura na realidade escolar brasileira.

A depender do tipo de atividades adotadas pela escola no período da pandemia esta pode se mostrar totalmente inviável, considerando condições de contato com os (as)

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9 estudantes, como por exemplo, no caso da zona rural, em que se tem grandes distâncias e dificuldades de transporte escolar, mas também na periferia das cidade, onde há dificuldades de acesso à internet e aos meios digitais.

Quando questionados (as) sobre como é estabelecida a relação com as famílias e estudantes no período da pandemia, os (as) gestores (as) informaram que 95,5% ocorre por meio de WhatsApp, 54,5% por chamadas telefônicas, 18,2% em momentos de diálogo online agendado com gestores e professores (as), 13,6% pelo uso de recursos como email, messenger, SMS, 9,1% em Chat na plataforma online para conversa, 4,5% em site com informações e 18,2% outros, sendo que nesta questão, poderia ser marcada mais de uma alternativa.

Perguntou-se qual é o maior foco dessas ações de relação com aos estudantes e às famílias, para 63,6% orientações sobre a entrega do material impresso aos estudantes que não acessam internet, 50% afirmam que para manutenção/fortalecimento da relação da instituição com os (as) estudantes, 36,4% para sugestão de materiais a serem disponibilizados aos estudantes, como livros, materiais não estruturados, 31,8% para esclarecimentos de dúvidas das famílias, 13,6% por outros motivos e 9,1% para a transmissão de informações aos estudantes e (às) famílias sobre os auxílios e benefícios governamentais, no contexto da COVID/19.

Com relação à outras ações realizadas junto aos estudantes e às famílias 63,6% dos (as) gestores (as) informaram que não são realizadas outras ações, 18,2% que são realizadas ações relativas à alimentação, 13,6% que são realizadas ações relativas à saúde, 9,1% que são realizadas ações relativas à higiene e 9,1% que são realizadas outras ações. Nesse ponto, destaca-se que a finalidade da educação não está sendo cumprida, pois fica reduzida a função conteudista, negligenciando sua concepção humana e pedagógica que neste momento de crise exige um maior processo de conscientização para a prevenção e sobre as implicações decorrentes da Pandemia, como a higiene, alimentação, saúde, levantamentos sobre a renda das famílias e outras questões que contribuiríam para um cuidado com a vida humana.

Sobre a opinião dos (as) gestores (as) a respeito das maiores dificuldades que os (as) profissionais da educação estão tendo que lidar no período da Pandemia, 86,4% informaram que há dificuldades na falta de formação para o uso de tecnologias e mídias diversas, 63,6% dificuldades em organizar materiais acessíveis que atendam as demandas dos alunos da Educação de Jovens e Adultos, 59,1% acesso aos meios

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10 digitais, 50% em organizar materiais acessíveis que atendam as demandas dos alunos da Educação especial, 36,4% em ter compatibilidade dos trabalhos domésticos com o trabalho remoto e 31,8% outros.

Sobre a opinião dos (as) gestores (as) a respeito das maiores dificuldades que os (as) estudantes estão tendo que lidar no período da Pandemia, 100% dificuldades de acesso aos meios digitais, 59,1% ausência de condições materiais, 59,1% sobrecarga emocional, 40,9% responder às especificidades das demandas dos estudantes da Educação de Jovens e Adultos, 22,7% responder às especificidades das demandas dos estudantes da Educação Especial, 27,3% Outros e 4,5% Falta de tempo.

As situações indicadas pelos (as) gestores (as) diante da multiplicidade de dificuldades elencadas apontam necessidade de atenção dos órgãos de promoção, considerando que tem relação direta com o processo de ensino-aprendizagem.

Com relação a indagação se a SEDUC-PI destinou alguma verba específica para impressão de material entregue aos estudantes que não tem acesso à internet, têm-se os resultados no Gráfico 10:

Gráfico 10: Na escola onde atua veio alguma verba específica para impressão de material para ser entregue aos estudantes que não tem acesso à internet?

Fonte: Consulta Pública/ Comitê Piauí da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, 2020. Observa-se que 36,4% dos (as) gestores (as) afirmam que receberam verba específica para impressão de material para entregar aos alunos que não têm acesso à internet, enquanto que totalizam 63,6% os que afirmam ser insuficiente a verba e que não receberam nenhuma verba para este fim.

Assim, foi questionado se o material impresso está sendo entregue aos estudantes que não têm acesso à internet pelas escolas em que esses gestores (as) atuam, têm-se o Gráfico 11 com os resultados:

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11 Gráfico 11: O material impresso está sendo entregue aos estudantes que não têm acesso

à internet?

Fonte: Consulta Pública/ Comitê Piauí da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, 2020. Nessa questão, 63,6% dos (as) gestores (as) informaram que estão entregando o material impresso aos estudantes sem acesso à internet, enquanto que totalizou em 36,4% os que não estão entregando e os que entregam, mas que afirmam ser insuficiente. No entanto, foi questionado em relação ao retorno dessas atividades entregues no material impresso e como resultados têm-se o Gráfico 12:

Gráfico 12: Os professores e a escola têm o retorno das atividades ou eventuais dúvidas dos estudantes que não têm acesso à internet e que receberam o material impresso?

Fonte: Consulta Pública/ Comitê Piauí da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, 2020.

Nessa questão, 40,9% dos (as) gestores (as) responderam que os (as) professores (as) e a escola têm retorno dessas atividades impressas, mas totalizam 59,1% os que afirmam que não têm retorno e os que têm retorno, mas é insuficiente.

As condições de trabalho na gestão escolar implicam na mobilização de pessoas e de processos que integram a dinâmica escolar. Em situação de isolamento social e de contatos restritos aos meios digitais, via internet ou pela entrega de materiais impressos há um acúmulo de responsabilidades e de preocupações no contexto de cada unidade

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12 escolar recaindo principalmente sobre seus gestores e professores. Essa situação tem provocado fortes pressões sobre esses agentes tornando-os vulneráveis a processos de adoecimentos e sobrecarga de trabalho, sem a devida garantia da eficácia da qualidade deste modelo de atividades remotas, podendo até recair sobre eles a responsabilidade dos fracassos atribuídos a essa complexidade que estão inseridos e a aversão dos (as) estudantes ao ensino.

REFERÊNCIAS

SEDUC/PI. Disponível em: <https://www.seduc.pi.gov.br/noticia/Seduc-inicia-periodo-de-matriculas-online-para-novas-vagas/7804/>. Acesso em: 07 jul. 2020.

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