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Prof. MSc. Paulo José dos Santos de Morais

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Academic year: 2021

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Conceito de Qualidade de Vida

A expressão qualidade de vida foi empregada pela primeira vez pelo presidente dos Estados Unidos, Lyndon Johnson em 1964 ao declarar que "os objetivos não podem ser medidos através do balanço dos

bancos. Eles só podem ser medidos através da qualidade de vida que proporcionam às pessoas." O

interesse em conceitos como "padrão de vida" e "qualidade de vida" foi inicialmente partilhado por cientistas sociais, filósofos e políticos. O crescente desenvolvimento tecnológico da Medicina e ciências afins trouxe como uma conseqüência negativa a sua progressiva desumanização. Assim, a preocupação com o conceito de "qualidade de vida" refere-se a um movimento dentro das ciências humanas e biológicas no sentido de valorizar parâmetros mais amplos que o controle de sintomas, a diminuição da mortalidade ou o aumento da expectativa de vida.

Assim, a avaliação da qualidade de vida foi acrescentada nos ensaios clínicos randomizados como a terceira dimensão a ser avaliada, além da eficácia (modificação da doença pelo efeito da droga) e da segurança (reação adversa a drogas) (BECH,1995). A oncologia foi a especialidade que, por excelência, se viu confrontada com a necessidade de avaliar as condições de vida dos pacientes que tinham sua sobrevida aumentada com os tratamentos propostos (KATSCNIG, 1997), já que muitas vezes na busca de acrescentar "anos à vida" era deixado de lado a necessidade de acrescentar "vida aos anos".

O termo qualidade de vida como vem sendo aplicado na literatura médica não parece ter um único significado (GILL e FEINSTEIN, 1994). "Condições de saúde", 'funcionamento social" e "qualidade de vida" tem sidos usados como sinônimos (GUYATT e cols.) e a própria definição de qualidade de vida não consta na maioria dos artigos que utilizam ou propõe instrumentos para sua avaliação (GILL e FEINSTEIN, 1994).

Qualidade de vida relacionada com a saúde ("Health-related quality of life" ) e Estado subjetivo de saúde

("Subjective health status") são conceitos afins centrados na avaliação subjetiva do paciente, mas necessariamente ligados ao impacto do estado de saúde sobre a capacidade do indivíduo viver plenamente. BULLINGER e cols. (1993) consideram que o termo qualidade de vida é mais geral e inclui uma variedade potencial maior de condições que podem afetar a percepção do indivíduo, seus sentimentos e comportamentos relacionados com o seu funcionamento diário, incluindo, mas não se limitando, à sua

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE

(3)

QUALIDADE DE VIDA:

 Percepção do indivíduo de sua posição na vida, no

contexto da cultura e sistema de valores nos quais ele vive e em relação aos seus objetivos, expectativas,

padrões e preocupações.

(Organização Mundial de Saúde – WHOQOL, 1994)

(4)

SAÚDE:

 Completo bem-estar físico, mental e social, e não

apenas ausência de doença ou enfermidade. Saúde é um recurso para todos os dias da vida, não uma finalidade da vida. É um conceito positivo que enfatiza os recursos pessoais e sociais, assim como as capacidades físicas.

(5)

ATIVIDADE FÍSICA:

 Qualquer movimento corporal produzido por músculos

e que resultem maior dispêndio de energia (Andersen

et.al

, 1971; McArdle, Katch & Katch, 1998).

 Qualquer movimento corporal produzido pelos

músculos esqueléticos que resulta em gasto energético maior que os níveis de repouso (Carspensen

et.al

,

1985).

 Forma de movimento humano, estruturado, não

utilitário, ou terapêutico, produzido por músculos

esqueléticos resultando em um aumento substancial de dispêndio de energia, usualmente se manifestando em jogos ativos, desportos, ginástica, dança e formas de lazer ativo como cuidar do jardim, rastrear, passear com o cachorro, caminhar, correr, pedalar, nadar, etc. (Faria Jr

et al,

1999).

(6)

EXERCÍCIO FÍSICO:

 Atividade física planejada, estruturada, repetitiva e

intencional (McArdle, Katch & Katch, 1998).

 Qualquer e toda atividade envolvendo a geração de

força pelos músculos ativados. O exercício pode ser quantificado mecanicamente como força, torque, trabalho, potência ou velocidade de progressão. É utilizado nos treinamentos físicos (Foss e Keteyan, 2000).

(7)

APTIDÃO FÍSICA

 Capacidade de realizar tarefas diárias com vigor e

agilidade sem apresentar fadiga indevida, e com grande energia para desfrutar ao períodos de lazer e para se defrontar com emergências imprevisíveis.

(Rasch & Burke, 1977)

 Capacidade de durar, continuar, resistir ao stress,

persistir, em condições onde uma pessoa destreinada facilmente desistiria. (Gomes & Pereira, 1992)

(8)

BENEFÍCIOS:

 Modificações anatômicas  Modificações fisiológicas  Contra-indicações

 Recomendações

(9)

CUIDADOS:

 PA sistólica superior a 160 mmHg ou de uma PA

diastólica acima dos 100 mmHg

 Trabalhos de força (Manobra de Valsalva)  Treino de atleta

(10)

Aptidão Física Relacionada a

Saúde:

 Força e Resistência Muscular;  Flexibilidade;

 Capacidade Funcional;  Composição Corporal.

(11)

Conceitos (Kiss, 1987)

◦ Avaliação é a interpretação dos resultados obtidos; comparação de qualidade do aluno com critérios preestabelecidos.

◦ Medida é a determinação da grandeza; designação de um número a alguma propriedade (ou

característica).

◦ Teste é um instrumento de medida. Porque testar? (Baumgarter, 1995)

• Classificação • Diagnóstico • Avaliação do sucesso • Predição • Avaliação do Programa • Motivação

AVALIAÇÃO FÍSICA:

CINEANTROPOMETRIA

(12)

AVALIAÇÃO FÍSICA:

Testes Antropométricos

 Massa Corporal ◦ Balança

◦ Protocolo

 Avaliado: Em pé, de costas para a escala da

balança, com afastamento lateral dos pés, estando a plataforma entre os mesmos. Em seguida coloca-se sobre e no centro da plataforma, ereto com o olhar em um ponto fixo à sua frente. Deve usar o mínimo de roupa possível. É realizada apenas uma medida.

(13)

AVALIAÇÃO FÍSICA:

Testes Antropométricos

 Massa Corporal (Precauções)

◦ Verificar o nivelamento do solo sobre o qual vai ser apoiada a balança.

◦ O simples desnivelamento pode mudar uma medida, constituindo-se um fator de erro.

◦ Aferir a balança utilizando a ajustajem da tara, para que se encontre o perfeito equilíbrio.

◦ Toda balança de precisão possui cilindro, rolete, botão ou outro sistema similar de ajustagem.

◦ O ajuste do ponto zero e o ponteiro, ou o equilíbrio entre os dois ponteiros guias, deve ser perfeito, no caso da balança apresentar-se perfeitamente zerada. A precisão pode ser facilmente determinada, pelo emprego de peso com padrões conhecidos.

◦ Recomenda-se que a balança seja calibrada a cada dez pesagens.

◦ Realizar apenas uma medida, que será anotada em Kg, com aproximação de 0,1g.

◦ (FERNANDES FILHO, 2003)

(14)

Testes Antropométricos

AVALIAÇÃO FÍSICA:

 Estatura

◦ Estadiômetro

◦ Protocolo

 Posição Ortostática: Em pé, ereta, braços

estendidos ao longo do corpo, pés unidos, contato com o instrumento de medida as superfícies posteriores do calcanhar, cintura pélvica, escapular, região occiptal. Apnéia inspiratória. Cabeça: plano de Frankfurt, paralela ao solo. Cursor  900. Permite-se o

uso de calção e camiseta. Avaliado descalço.

(15)

Perimetria

◦ Perímetro máximo de um segmento corporal quando medido em ângulo reto em relação ao seu maior eixo.

◦ Material: fita métrica com precisão de 0.1cm.

◦ Precauções:

 Marcar corretamente, os pontos dos perímetros utilizando lápis dermográfico ou caneta;

 Medir sempre num ponto fixo, pois a variação aponta erros;  Medir sempre sobre a pele nua;

 Nunca utilizar fita elástica ou de baixa flexibilidade;  Não esquecer o dedo entre a fita e a pele;

 Não dar pressão excessiva nem deixar a fita frouxa;  Realizar três medidas e calcular a média;

 Não medir o avaliado após qualquer tipo de atividade física.

◦ (FERNANDES FILHO, 2003)

AVALIAÇÃO FÍSICA:

Testes Antropométricos

CINEANTROPOMETRIA

(16)

 Cintura

◦ Fita Métrica

◦ Protocolo

 Avaliado permanece em Posição

Ortostática, com abdômen relaxado, no ponto de menor circunferência, abaixo da última costela, coloca-se a fita num plano horizontal.

◦ (FERNANDES FILHO, 2003)

AVALIAÇÃO FÍSICA:

(17)

AVALIAÇÃO FÍSICA:

Testes Antropométricos

 Quadril

◦ Fita Métrica

◦ Protocolo

 Avaliado permanece em Posição

Ortostática, braços levemente afastados, pés juntos e glúteos contraídos, coloca-se a fita num plano horizontal, no ponto de maior massa muscular das nádegas; as medidas são tomadas lateralmente.

(18)

Composição Corporal

Dobras Cutâneas (DC):

 Alta fidedignidade; Correlação ótima, Método preferido.  Material: Compasso de Dobras Cutâneas:

 Harpender, Lange, Cescorf, Sanny.

 Pressão constante de 10 gmm2 em qualquer abertura;

 Precisão de medida de 0,5 mm para o Lange.

AVALIAÇÃO FÍSICA:

(19)

Composição Corporal

◦ Dobras Cutâneas (DC):

 Procedimentos:

 Identificar os pontos de referência;  Demarcar o ponto de medida;

 Destacar a DC;  Pinçar a DC;  Realizar a leitura;  Retirar o compasso;  Soltar a DC.  Normas Básicas:

 Todas as DC são tomadas do lado direito;

 A dobra deve ser pinçada com os dedos polegar e indicador;  O compasso deve estar perpendicular à DC;

 Após o pinçamento, espera-se um tempo aproximado de 2 a 4 seg

para efetuar a leitura;

 As pontas do compasso deverão se localizar a, aproximadamente, 1

cm do ponto de reparo;

 Ajustar o zero em equipamento que possua relógio comparador

(FERNANDES FILHO, 2003)

AVALIAÇÃO FÍSICA:

(20)

◦ Dobras Cutâneas (DC):

 Erros comuns:

 Destacar a DC em ponto anatômico inadequado;  Destacar a DC em eixo corporal inadequado;

 Entrar com as extremidades do compasso muito próximas ou

demasiadamente distantes dos dedos que a estão pinçando;

 Não entrar com o compasso perpendicularmente à DC;

 Entrar com o compasso muito profundamente ou superficialmente à DC;  Pinçar estrutura extra a DC;

 Esperar um tempo demasiado, após o pinçamento da DC, para realizar a

leitura;

 Soltar a DC, aindo com o compasso no local do pinçamento da DC, para

realizar a leitura;

 Realizar a medida logo após a prática de atividades físicas;

 Em uma reavaliação, utilizar equipamento distinto do utilizado na

avaliação anterior;

AVALIAÇÃO FÍSICA:

(21)

SB = Subescapular:

É obtida obliquamente ao eixo longitudinal seguindo a

orientação dos arcos costais, estando localizada a 2 cm

abaixo do ângulo inferior da escápula.

(FERNANDES FILHO, 2003)

AVALIAÇÃO FÍSICA:

(22)

AVALIAÇÃO FÍSICA:

Testes Antropométricos

TR = Tricipital:

É determinada paralelamente ao eixo longitudinal do

braço, em sua face posterior, sendo seu ponto exato de

reparo a distância média entre a borda súpero-lateral do

acrômio e do olécrano.

(23)

Peso Corporal (kg)

Estatura (m

2

)

IMC =

Índice de Massa Corporal

- kg/m

2

-

(24)

IMC: Limites Desejáveis

Índice de Massa Corporal (kg/m

2

)

Grupo Etário

(Anos)

19 – 24

25 – 34

35 – 44

45 – 54

55 – 64

Mulheres

Homens

19 – 24

20 – 25

21 – 26

22 – 27

23 – 28

19 – 24

20 – 25

20 – 25

20 – 25

20 – 25

AVALIAÇÃO FÍSICA:

(25)

IMC e Risco de desenvolvimento de Doenças

Digestiva

e

Pulmonar

IMC < 18,5 18,5 - < 25 25 – 29,9 30 - 40 41 - 45 Obesidade Abaixo do Peso Normal I II III

Risco Moderado Baixo Moderado Alto Muito Alto

AVALIAÇÃO FÍSICA:

Cardiovasculares,

Diabetes, Cânceres

(26)

Peso Corporal Esperado

PC (kg) = IMC (kg/m

2

) x Estatura (m

2

)

= 20 kg/m

2

x 3,24 m

2

= 64,8 kg

= 25 kg/m

2

x 3,24 m

2

= 81,0 kg

(27)

Circunferência da Cintura (cm)

Circunferência do Quadril (cm)

RCQ =

Relação Cintura/Quadril

AVALIAÇÃO FÍSICA:

Mulheres

Homens

RCQ < 0,80

RCQ < 0,90

(28)

Risco

Baixo Moderado Elevado Muito Elevado Homens 20 – 29 < 0,83 0,83 – 0,88 0,89 – 0,94 > 0,94 30 – 39 < 0,84 0,84 – 0,91 0,92 – 0,96 > 0,96 40 – 49 < 0,88 0,88 – 0,95 0,96 – 1,00 > 1,00 50 – 59 < 0,90 0,90 – 0,96 0,97 – 1,02 > 1,02 60 – 69 < 0,91 0,91 – 0,98 0,99 – 1,03 > 1,03 Mulheres 20 – 29 < 0,71 0,71 – 0,77 0,78 – 0,82 > 0,82 30 – 39 < 0,72 0,72 – 0,78 0,79 – 0,84 > 0,84 40 – 49 < 0,73 0,73 – 0,79 0,80 – 0,87 > 0,87 50 – 59 < 0,74 0,74 – 0,81 0,82 – 0,88 > 0,88

RCQ

X

Risco de

DCDNT

AVALIAÇÃO FÍSICA:

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