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MONTANHISMO/ESCALADA FICHA DE APRESENTAÇÃO. Objectivo Escalar a via. Material. Sapatilhas de escalada. Arnês de escalada

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MONT

ANHISMO/ESC

ALAD

A

Objectivo Escalar a via. Material Sapatilhas de escalada Arnês de escalada Terreno de jogo

Paredes de escalada ou pavilhão Paredes de escalada exterior

Número de praticantes

Individual

Duração da actividade

Varia de acordo com as condições de escalada e do atleta.

Juízes 1 presidente do júri 1 juiz assistente 1 juiz de via 1 abridor de via 1 delegado da Federação

(2)

O Homem começou por se deslocar através dos seus próprios meios, isto é, utilizando os membros inferiores; posteriormente, e até à descoberta dos meios mecânicos, utilizou os animais domés-ticos. O desenvolvimento tecnológico trouxe grandes benefícios para o Homem, sobretudo na capacidade de se poder deslocar rapidamente. A marcha passou, então, a ser uma actividade de lazer.

O gosto pelo andar criou a marcha, que, posteriormente, deu ori-gem a novas modalidades no montanhismo, devido à dificuldade em transpor determinados obstáculos que surgiram no terreno durante algumas marchas.

MONTANHISMO

Desporto que consiste em efectuar ascensões em montanha; é, genericamente, o mesmo que alpinismo (de Alpes).

ˆExpedição de portugueses ao Pamir (1993)

ˆCimo do monte Tacul, com o monte Branco ao fundo ˆPanorâmica do Pamir (Maciço central)

MARCHA

A marcha, numa visão simplista, pode ser confundida com turismo pedestre (combinação de deslocações com meios mecânicos motorizados, alojamentos públicos, ou campismo e um pouco de marcha), com excursionismo escolar (saídas em tudo similares às anteriores, que têm por fim objectivos didáctico-pedagógicos) ou com peregrinações (em que são per-corridas a pé grandes distâncias – como o caminho de Santiago ou outros e até ascensões a picos com relativa altitude e um certo grau de dificuldade, mas que têm objectivos essen-cialmente religiosos e de fé e não de marcha e gosto pela Natureza). A marchaé bem

dife-rente de tudo isto, é uma actividade de lazer na montanha com objectivos de

conheci-mento, observação da paisagem, da flora e da fauna, e sobretudo com o conhecimento fundamental de orientação, de sobrevivência e de impacto mínimo no meio ambiente, quer ao nível da fauna, quer ao nível da flora. São essencialmente estas diferenças que, asso-ciadas à orientação de um monitor, permitem que a marcha atinja o seu objectivo essen-cial: uma actividade de lazer com segurança.

(3)

Para a escolha de locais de marcha, procura o conselho de alguém que possa ter feito marchas em determinadas zonas, para assim poderes beneficiar das melhores alternativas de percurso.

Regras básicas de uso corrente na marcha

O grupo deve manter uma cadeia de ligação entre si, de modo a permitir a manutenção dos elementos mais lentos no grupo. A responsabilidade de manter o contacto visual é sempre do último elemento, fazendo-se de trás para a frente, ou seja, o último elemento não deve deixar de ter contacto visual com o penúltimo do grupo, este com o antepenúltimo e assim sucessivamente. Esta técnica permite que, quando algum elemento pare, seja por que motivo for, não seja “abandonado”.

O contacto visual torna-se, assim, o factor mais importante nos casos de alterações clima-téricas, sobretudo em situações de nevoeiro. Nestas situações, é necessário que o elemento mais experiente saiba orientar o grupo com o recurso à bússola.

›Procura seguir pelos trilhos dos pastores, se os houver, pois assim evitarás esmagar mais a flora.

›Lembra-te de que o barulho, além de assustar os animais, não te permite ouvir o can-tar das aves e observar outros animais.

PROVÉRBIO DO MONTANHISMO Na Natureza não tires mais do que fotografias, não deixes mais do que pegadas.

›O coleccionismo individual na montanha é absurdo e irresponsável. Imagina o que

seria um grupo de 50 jovens estudantes a recolher exemplares para as suas colec-ções, no mesmo local. Seria o despojo total da riqueza desse lugar.

›As embalagens de comida e de bebida devem regressar contigo; pesam muito menos

vazias!

›A marcha é, de todas as actividades de contacto com a Natureza, a que tem menos

impacto ambiental, mas poderá deixar de o ser quando praticada por um elevado número de pessoas. Por isso, dever-se-ão constituir pequenos grupos de 5 a 10 pes-soas, que devem partir espaçados.

›Cuidado com o fogo! Lembra-te de que a lei, durante o Verão, proíbe fazer fogo em

qualquer zona verde do país.

Equipamento

A escolha do material depende do gosto pessoal, da época do ano, da frequência das activi-dades e sobretudo das características técnicas do material. Quanto maior é o índice de desempenho do material, maior é o seu custo. É possível, no entanto, adquirir o equipa-mento necessário para se iniciar na marcha sem despender muito dinheiro.

(4)

O equipamento pode ser dividido em dois grupos:

› equipamento pessoal;

› equipamento para acampar(individual ou de grupo). Equipamento pessoal

O calçado é muito importante, já que o desconforto dos pés se transmite a todo o corpo. Se, para passeios curtos, em terrenos pouco irregulares, com tempo seco, umas sapatilhas vulgares são adequadas, para marchas de 4 e 5 horas, em terrenos mistos e húmidos, o mais indicado são botas de couro vulgares untadas com graxa de sebo, para impedir a entrada de humidade.

Para a prática regular da marcha existem dois tipos de botas:

› botas sintéticas (trekking) – à venda no mercado, caracterizam-se pela leveza, resis-tência e conforto; poderão ser impermeáveis, se tiverem uma película de gore-tex, o que as torna um pouco mais caras;

› botas de couro– mais resistentes e mais pesadas, têm de ser untadas com graxa de sebo para se tornarem impermeáveis; podem mudar-se as solas quando o desgaste o exigir.

Aspectos comuns a ter em consideração:

›o tamanho deve ser escolhido no sentido de permitir o uso de um par de meias interio-res em algodão, reforçadas por um par de meias de lã ou de fibra felpa;

›nunca fazer uma marcha longa com botas novas.

A roupa adequada para a marcha será talvez o elemento mais difícil de escolher, já que depende de vários factores imprevisíveis.

Regras importantes:

›as calças de ganga ou de algodão poderão ser práticas no Verão, mas, se chover,

demoram muito a secar e perdem o isolamento térmico. As de fibra sintética secam mais rapidamente e, mesmo molhadas, são um óptimo isolamento térmico, devido à sua baixa condutividade térmica;

›a roupa para a parte superior do corpo segue os princípios atrás descritos. Camisolas de lã ou de fibra são as mais indicadas. Um blusão de nylon, com enchimento interno, é um bom agasalho para o vento e para o frio, mas não protege da chuva.

Um impermeável com carapuço é uma peça que deve sempre fazer parte do equipamento transportado na mochila.

Um gorro e umas luvas são também peças importantes a transportar, mesmo em caso de dúvida quanto ao tempo.

Lembra-te de que, na serra, o tempo muda muito rapidamente, pelo que é vulgar haver sol, chuva, vento e frio, alternados, num só dia de marcha.

Existe à venda no mercado roupa extremamente técnica para a marcha, mas cujo custo só se justifica para uma prática mais frequente. Como tal, a sua aquisição deve ser aconse-lhada por pessoas experientes, em casas da especialidade.

(5)

Transporte do material na mochila

A mochila é o suporte físico para transportar o indispensável para uma marcha: roupa, comida, água, saco-cama, máquina fotográfica, etc. A sua escolha é tão importante como o calçado, já que uma opção errada pode, com o uso, vir a criar lesões na coluna vertebral. Dividem-se, quanto à armadura estrutural, em três tipos:

› sem armação– só devem ser usadas se forem muito pequenas, leves e durante pouco tempo;

› com armação exterior– só devem ser usadas com carga leve e durante pouco tempo (este tipo de mochila não é aconselhável, visto já estar ergonomicamente ultrapassada pelas de armação interna; no entanto, se já tiveres uma, usa-a);

› com armação interna– este tipo é o que de mais recente existe em termos de

perfor-mance. São concebidas para dar o maior conforto possível, com distribuição da carga

na zona da anca. São construídas com materiais resistentes às condições mais adver-sas: choque, chuva e carga.

Para actividades praticadas com uma certa regularidade, as mochilas são um investimento importante.

Algumas regras para uma boa utilização

›Encher a mochila com lógica, pondo no fundo o que vai ser usado com menos frequência e distribuir o peso para ambos os lados.

›Havendo possibilidade de chuva, envolver a roupa em

sacos plásticos, já que, na globalidade, as mochilas não são impermeáveis.

›Usar o bolso do topo para as coisas mais frágeis: docu-mentos, dinheiro, máquina fotográfica, binóculos, etc.

Equipamento para acampar [individual ou de grupo]

A pernoita, quando de uma marcha, pode ser em tenda ou ao ar livre, disfrutando as estre-las, o chamado bivaque.

Existem tendas de várias formas, mas são três os tipos mais vulgares: canadiana, iglôe

túnel.

A tenda deve pesar entre 3,5 e 4,5 kg e as pessoas que a vão utilizar devem dividi-la entre si para não ser apenas um a carregá-la, já que, normalmente, tem espaço para duas ou três pessoas. No montanhismo, é prática comum partilhar as tendas, para se transportar o menor peso possível.

(6)

ESCALADA

A escalada, apesar de pouco praticada em Portugal, já tem imensos atletas e é uma activi-dade que não deixa ninguém indiferente. Desperta sempre a curiosiactivi-dade de todos, muito embora seja considerada algo mítica e inacessível. Mas a realidade é bem diferente e nos dias de hoje é comum as escolas estarem equipadas com paredes para a iniciação da prá-tica desta modalidade.

A escalada, quando praticada com as regras elementares de segurança, torna-se um des-porto com grande adesão, produz muita adrenalina e é extremamente seguro.

Esta modalidade surgiu pelo gosto de atingir determinados picos aos quais só se tinha acesso por paredes rochosas com declives muito acentuados. Daí ter sido rápida a transi-ção deste desporto das grandes paredes naturais para as paredes artificiais (fora ou dentro de pavilhões desportivos).

A escalada parece muito recente entre nós; no entanto, o primeiro clube de montanhismo português surgiu há mais de 50 anos.

A escalada divide-se em dois grandes grupos: › escalada clássica;

› escalada desportiva.

Escalada clássica

A escalada clássica pratica-se em grandes paredes rochosas e exige um profundo conheci-mento de todas as técnicas associadas a esta actividade. Os escaladores têm de percorrer várias etapas de aprendizagem, porque esta modalidade requer sobretudo alguma maturi-dade de conhecimentos, que só se adquirem ao longo do tempo. A prática da escalada permite um contacto único com a Natureza, já que as grandes paredes se encontram, normalmente, em zonas verdes.

(7)

Escalada desportiva

A falta de competitividade na escalada clássica levou a que alguns escaladores, com espírito de competição, desenvolves-sem a escalada desportiva; esta é praticada em paredes artifi-cialmente construídas dentro de pavilhões, com artefactos pró-prios para esse fim. Estas paredes servem também para treino e preparação física dos escaladores clássicos.

Neste livro apenas vamos abordar a iniciação à escalada em paredes de tipo escolar (dentro ou fora de pavilhões).

O material

Todo o material de escalada é muito resistente ao choque, mas pouco resistente às agres-sões químicas. Não se deve calcar as cordas nem deixá-las expostas ao sol, nem pintar ou usar solventes em todos os materiais. É conveniente consultar as instruções de lavagem do fabricante e nunca usar lixívia. Em caso de choque forte ou uso intenso, consultar um especialista ou o fornecedor, para avaliar se se pode continuar a usar os materiais ou se têm de ser substituídos.

Geral mínimo de grupo (corda por cima): ›uma corda de 9 a 11 mm;

›um mosquetão com seguro;

›dois mosquetões normais (se não tiver reuniões montadas fixas);

›um anel de cinta (se não tiver reuniões montadas fixas);

seis a oito “express” (se for escalada a abrir).

Corda– As cordas podem ter 9, 10 ou 11 mm de diâmetro. Em escalada, as cordas devem ser usadas em simples, excepto em escalada a abrir com corda de 9 mm. Neste caso, a corda tem de ser usada em duplo.

As cordas são compostas por alma e camisa. A camisa tem por função proteger a alma da corda contra a deterioração por atrito, do pó, da terra, do sol, etc. A alma tem a função de resistir à tracção da corda, quando sujeita a tensão.

São produzidas com poliamidas e com formas de entrançado de fibras que permitem serem dinâmicas (elásticas) ou estáticas. Nunca usar cordas estáticas em escalada, pois não absorvem energia nas quedas e uma pequena queda pode originar graves lesões.

Mosquetões – Servem para fazer a ligação do arnês à corda (mosquetão com seguro) ou para fazer a ligação da corda à parede (mosquetão normal) nos pontos de segurança inter-médios.

ˆEscalada desportiva

(8)

Equipamento pessoal mínimo: ›arnês de escalada; ›sapatilhas de escalada; ›mosquetão de seguro; ›descensor (oito); ›anel de cordino.

Arnês de escalada– É um acessório que permite a ligação do corpo à corda com toda a segurança, essencialmente em caso de queda.

Sapatilhas de escalada– São concebidas para se ajustarem ao pé como uma luva. A borracha que reveste a sola e o terço inferior lateral proporciona uma aderência única à rocha.

Descensor/Segurança

Oito– O mais versátil de todos os descensores, porque permite fazer segurança ao escalador e também ser usado como des-censor em rapel. Permite ser usado com cordas de todas as dimensões. Tem a desvantagem de não ser autobloqueante.

Anel de cinta– Feito com cinta plana, que serve para equipar reuniões. Existem no mercado em vários tamanhos, fechados com costuras de fábrica, ou podem ser feitos com o “nó de cinta” (ver em “nós”). Podem ter tamanhos que variam de 1 a 3 metros de cinta.

Express– É o nome dado a um conjunto de um anel de cinta curto com dois mosquetões e que são usados essencialmente para ligar a corda à parede, nos pontos intermédios de segurança.

ˆMosquetão com cinta

ˆArnês de escalada

ˆSapatilhas de escalada

(9)

Grigri – É o equipamento com mais vantagens para escalada desportiva, porque é autobloqueante.

ˆAnel de cordino ˆGrigri com corda no arnês

Anel de cordino– Cordino com 7 mm de diâmetro e 1,80 m de comprimento, fechado em anel, com nó de pescador (ver “nós”). É usado com o “nó de Machard” como segurança no rapel.

Outros materiais com interesse

Plaqueta – Chapa de metal (aço, alumínio, inox), dobrada em L, com dois orifícios. Um orifício está preso à parede por um parafuso, o outro orifício serve para passar o mosquetão, como ponto de segurança. O conjunto tem grande resistência (aproximadamente 2000 kg).

ˆPlaqueta

Reunião a equipar– Em dois pon-tos de segurança com plaquetas, inserir dois mosquetões e passar neles um anel de cinta. No vértice, torcer uma das pontas e colocar um mosquetão de seguro. Esta torção, como se pode ver na ima-gem, é muito importante, pois se, por qualquer motivo, se soltar um dos dois pontos de segurança, o mosquetão de seguro do vértice não se soltará.

ˆReunião II ˆReunião I

(10)

ˆReunião equipada

Reunião equipada– Tem presa, em dois pontos de segurança com plaquetas, uma corrente que no vértice tem uma argola, mosquetão, etc.

Fazem parte do equipamento da parede e são muito úteis para:

– escalar com corda por cima;

– que o primeiro de escalada possa ser descido nessa reu-nião sem ter necessidade de fazer esforço na sua monta-gem.

Este tipo de reuniões só existe em paredes de pavilhão ou em paredes de escola de escalada, no exterior.

Nós

ˆNó de oito com encordoamento

ˆNó de pescador

ˆNó de Machard

ˆNó de cordoleta

DEVES

aprender a fazê-los, repetindo-os;

reconhecer o aspecto final correctamente; conhecer os nomes;

saber a aplicação específica de cada nó.

NOTA

Estes nós são os elementares para a tua segurança e fazem parte integrante dela.

4 3 2 1

(11)

DEVES

encordoar-te com nó de oito; passar sempre pelo arnês; verificar visualmente o nó.

NOTA

Nunca deves encordoar-te a um mosquetão de seguro no arnês.

3 2 1 Determinantes técnicas ˆFases de encordoamento

Encordoamento

ˆFases da colocação da corda no oito

Técnica da escalada

Segurança

Com o oito

(12)

DEVES

colocar a corda sempre como mostram as imagens, pois qualquer outra posição é muito perigosa;

movimentar a corda sem tirar nenhuma mão da corda;

estar muito atento, pois este equipamento não é autobloqueante. 3

2 1

Determinantes técnicas

DEVES

bloquear a corda somente se o escalador ficar dependurado para descansar.

1

Determinantes técnicas ˆFases do recolher da corda

ˆFases do bloqueio da corda

Movimento da corda

Bloqueio da corda

Com o nó dinâmico

(13)

DEVES

colocar a corda sempre como mostram as imagens, pois qualquer outra posição é muito perigosa;

movimentar a corda sem tirar nenhuma mão da corda, deixando deslizar uma de cada vez;

levantar a mão esquerda para exercer maior atrito com este nó; estar muito atento, pois este nó não é autobloqueante.

4 3 2 1

Determinantes técnicas

ˆColocação da corda no grigri Com o grigri

ˆAspecto do nó dinâmico pronto a ser usado

ˆFases do recolher da corda

(14)

DEVES

colocar a corda sempre como mostram as imagens, pois qualquer outra posição é muito perigosa;

movimentar a corda sem tirar nenhuma das mãos da corda;

estar atento para movimentar a corda, pois este equipamento é autobloqueante.

NOTA

O grigri só pode usar cordas de 10 a 11 mm. Cordas de 9 mm não ficam bloqueadas.

3 2 1

Determinantes técnicas

Movimento da corda

Colocação dos pés e das mãos

Colocação dos pés

ˆColocação frontal ˆColocação frontal externa ˆColocação frontal interna

ˆColocação com calcanhar ˆColocação frontal em fenda ˆColocação em aderência

(15)

DEVES

colocar os pés com a técnica certa para o passo; apoiar sobre os pés o máximo de peso do corpo;

na deslocação do corpo, saber que a ponta do pé não apoiado auxilia a subida do corpo, empurrando por aderência à parede.

3 2 1

Determinantes técnicas

DEVES

saber optar pela colocação que exige menos esforço; distribuir o peso do corpo pelos pés e não pelas mãos;

procurar ter os braços em extensão, pois exige menor esforço muscular; evitar ficar muito tempo na mesma presa.

4 3 2 1

Determinantes técnicas ˆFases da troca de pés por colocação frontal

ˆ Tracção por dedo(s) ˆMão em tracção invertida ˆDedos em aderência ˆDedos em pinça

Escalar com “corda por cima”

Esta técnica oferece a máxima segurança para escalar vias. Consiste em unir os escalado-res, o que escala e o que segura, com uma corda que passa por um ponto de reunião no topo da parede. Desta forma, o escalador não cai, somente fica suspenso. É a técnica cor-recta para fazer a iniciação à escalada.

(16)

Se fores o escalador DEVES

usar a “corda por cima” sempre que sejas iniciado na escalada; usar a “corda por cima” nas vias em que o grau de dificul-dade está no limite das tuas possibilidificul-dades;

assegurar-te de que o ponto de reunião é resistente;

saber que o ponto de reunião onde vai passar a corda tem de ser sempre mosquetão ou anel;

pedir a alguém mais experiente (o professor, por exemplo) para passar a corda na reunião do topo, quando não te sentires com conhecimento e capacidade para o fazer. Lembra-te de que esta deve ser a manobra mais perigosa para alguém pouco experiente na escalada.

Se fores o que faz segurança DEVES

estar sempre muito atento ao escalador, para recolheres a corda em excesso; avaliar o grau de esforço do escalador, para teres noção de uma possível “queda”; estar sempre com as mãos na corda, para garantir a retenção desta, numa possível “queda”; lembra-te de que, neste tipo de escalada, as quedas que provocam acidente são quase sempre por o segurança não estar atento à escalada;

quando o escalador chega ao topo da parede, deves recolher a corda até esta ficar tensa, para depois o desceres suspenso.

4 3 2 1 5 4 3 2 1 Determinantes técnicas

ˆCorda por cima Fase da subida do escalador

Fase da descida do escalador

(17)

Se fores o escalador DEVES

avisar quem faz segurança que chegaste ao fim da via;

aguardar que quem faz segurança recolha a corda até ficar tensa;

descer o corpo até ficares sentado e só após sentires que estás seguro é que largas as presas em que te seguras; deves afastar ligeiramente as pernas para te equilibra-res na descida;

descer a andar para trás à medida que tens corda dada pelo que faz segurança; descer na horizontal, pois na diagonal pode originar um pêndulo e ser perigoso não só para o escalador como para os outros que se encontrem nas vias laterais.

Se fores o que faz segurança DEVES

estar atento ao escalador, para recolher a corda quando ele chegar ao cimo da via; recolher toda a corda até ficar tensa, quando o escalador o pedir;

agarrar a corda com as duas mãos;

aguardar que o escalador adopte a posição de descida;

aguardar que o escalador indique que pode começar a descida; dar corda lentamente, em contínuo.

6 5 4 3 2 1 5 4 3 2 1 Determinantes técnicas

A progressão

Pela deslocação do peso do apoio

NOTA

Regra dos “3 pontos” – Na escalada há uma regra chamada de “3 pontos”, ou seja, 3 apoios fixos enquanto o 4.° apoio se movimenta (mãos e pés). Tendo sempre em conta os 3 apoios, a progressão deve ser sempre no sentido de manter o equilíbrio sobre eles.

ˆDeslocação do pé direito para o ponto P

P P

(18)

DEVES

deslocar o centro de gravidade (ao nível da cinta) para o apoio P1;

elevar o pé direito para o ponto P;

deslocar novamente o centro de gravidade para o ponto de equilíbrio. 3

2 1

Determinantes técnicas

DEVES

rodar o corpo, ficando de frente para o lado da progressão; deslocar o centro de gravidade para o ponto P1;

elevar o pé esquerdo para o ponto P;

restabelecer o equilíbrio deslocando a mão esquerda para o ponto P2e, assim, o

cen-tro de gravidade volta para o ponto de equilíbrio. 4

3 2 1

Determinantes técnicas Por rotação do corpo

ˆFases da deslocação por rotação do corpo P P1 P P P1 P1 P2 P Por lançamento

(19)

DEVES

avaliar se consegues alcançar a presa com o lançamento; tomar a posição de rã;

saltar;

agarrar a(s) presa(s) com as mãos; colocar depois os pés.

NOTA

Esta técnica é pouco usada, porque requer condições especiais para o fazer, podendo ser perigosa se houver falha ao agarrar a presa. Nesta queda pode-se bater com o queixo, ou o nariz, nas presas imediatamente abaixo. O risco é o mesmo quando feito no espaldar.

5 4 3 2 1 Determinantes técnicas DEVES

utilizá-la em arestas e pilares;

utilizá-la para te elevares de uma posição muito agachada; elevar-te da posição de rã depois de teres movimentado as mãos. 3

2 1

Determinantes técnicas Técnica da rã

Efeito “porta aberta”

Descrição do movimento: o escalador pretende progredir e o movimento provoca um dese-quilíbrio por rotação do corpo nos pontos das presas da mão e pé direitos.

(20)

DEVES

rodar o corpo para aproximar o centro de gravidade da parede (imagem 2). Neste momento, se pretendes deslocar a mão esquerda para o ponto P, acontece o efeito de “porta aberta”;

para evitar o efeito de “porta aberta”, colocar o pé esquerdo em oposição atrás das costas (imagem 3);

deslocar a mão para o ponto P (imagem 4);

depois, deslocar o pé esquerdo para restabeleceres o equilíbrio (imagem 5). 4 3 2 1 Determinantes técnicas DEVES

rodar o corpo para aproximares o centro de gravidade da parede (imagem 2). Neste momento, se pretendes deslocar a mão esquerda para o ponto P, acontece o efeito de “porta aberta”;

1

Determinantes técnicas Por oposição

P P

ˆFases do efeito ”porta aberta”

ˆFases do efeito “porta aberta” Por tracção

Descrição do movimento: O escalador pretende progredir e o movimento provoca uma rotação por desequilíbrio do corpo nos pontos das presas da mão direita, pé direito e o resto do corpo. P P1 P1 P P 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 P P

(21)

colocar o pé esquerdo em tracção com o calcanhar na presa P1(imagem 3), para

evi-tar o efeito de “porta aberta”;

deslocar a mão para o ponto P (imagem 4);

depois, deslocar o pé esquerdo, para restabeleceres o equilíbrio (imagem 5). 4

3 2

Escalada “a abrir”

Depois do aluno estar com um bom desenvolvimento na escalada com corda por cima, a fase seguinte é a escalada a abrir. Baseia-se nos mesmos princípios da escalada com corda por cima, mas tem o risco acrescido da probabilidade da queda ser muito mais peri-gosa. Por esse motivo, o professor deve saber informar quando o aluno está na fase de evoluir para “abrir”. Aconselha-se o professor a avaliar por defeito as capacidades do aluno para abrir. Avaliar por excesso pode trazer riscos desnecessários para o aluno. Colocação das express nas plaquetas/inserção da corda

ˆInserção da corda usando o polegar

ˆInserção da corda usando o indicador

DEVES

usar, nas express, os mosquetões virados para o mesmo lado;

colocar as express nas plaquetas, com a abertura dos mosquetões virados para o lado contrário à direcção da progressão na escalada:

•aberturas dos mosquetões para a esquerda, se vais continuar a escalar pela direita do ponto de segurança;

2 1

(22)

•aberturas dos mosquetões para a direita, se vais continuar a escalar pela esquerda do ponto de segurança;

como regra, usar uma só mão para colocar a corda nas express; passar a corda de maneira a evitar o atrito da corda nos mosquetões; passar a corda no ponto de segurança sempre que consigas chegar a ele.

NOTA

Nunca ultrapasses um ponto de segurança sem proteger.

5 4 3

Progressão a abrir

ˆEscalar a abrir, pequena sequência

Na escalada a abrir, a partir do primeiro ponto de segurança, a via pode ser em frente ou progredir para um dos lados. A partir deste momento, a corda passou a ter uma dualidade de extremos. Se, por um lado, garante a integridade física, por outro pode ser mortal. Isso vai depender dos conhecimentos e da atitude do escalador.

Progressão na vertical

Progressão na vertical, corda entre as pernas

(23)

DEVES

colocar a express sempre com a abertura dos mosquetões para o lado tendencial-mente contrário ao do movimento;

colocar sempre a corda entre as pernas, porque, em caso de queda, a corda não impede a descida.

2 1

Determinantes técnicas

DEVES

colocar a express sempre com a abertura dos mosquetões para o lado contrário ao do movimento;

colocar a corda de forma a não prender nenhum pé, no caso de queda. 2

1

Determinantes técnicas

Progressão na vertical lateral ao ponto de segurança

Progressão na vertical lateral ao ponto de segurança

ˆ

ˆMomentos de grande risco de acidente

ATENÇÃO: MANOBRAS MUITO PERIGOSAS

As imagens seguintes mostram situações em que, no caso de queda, a corda prende o pé ou a perna, originando a rotação do corpo. Nestes casos, o corpo cairia de cabeça para baixo, podendo provocar fractura do crânio, da coluna vertebral, etc., ou até a morte.

(24)

DEVES

colocar a corda para rapel sempre segundo a imagem anterior;

dar o nó de Machard com o anel de cordino, que serve para segurança durante o rapel; colocar sempre o mosquetão no anel de rapel do arnês;

descer calmamente, agarrando a corda com as duas mãos, para controlar a descida; fazer deslizar o nó de Machard com a mão ao longo da corda;

efectuar a descida sentado, andando para trás e pernas ligeiramente afastadas, para manter o equilíbrio;

ter cuidado na descida, porque os equipamentos estão em atrito constante e aque-cem muito, podendo originar queimaduras.

em caso de necessidade de paragem/acidente, largar o nó de Machard para fazer autobloqueio.

NOTAS

1. O rapel sem nó de Machard, como segurança, só deve ser feito com uma pessoa na base da parede, que fará a segurança, bastando para isso esticar a corda. A corda em tensão não deixa deslizar o descensor.

2. Esta técnica de rapel é usada pelos escaladores para saírem de paredes de escalada cuja saída de outra maneira se tornaria muito difícil ou até perigosa.

Os alunos sentem-se sempre muito atraídos pelo rapel, o que é óptimo, pois é a melhor forma de os iniciar a lidar com o material e, sobretudo, a confiar em todo o equipamento usado para escalar.

O professor deve informar que todas as técnicas de rapel são manobras com um grau de risco elevado. As técnicas de descida de frente e de descida, com corpo invertido, são exercícios militares que apenas devem ser utilizadas por eles.

8 7 6 5 4 3 2 1 Determinantes técnicas

O rapel

Colocação da corda para rapel ˆ

(25)

auto-avaliação

f i c h a d e A u t o - Av a l i a ç ã o

Antes de preencheres a ficha de auto-avaliação, deves reflectir sobre o teu desempenho, ao nível motor, cognitivo e afectivo, de modo que esta faça transparecer a verdade. Completa a ficha de acordo com o que abordaste nas aulas.

G R E L H A D E A V A L I A Ç Ã O

ACÇÕES TÉCNICO-TÁCTICAS 1-5 6-9 10-13 14-17 18-20 Observações

MOTOR

Progressão por rotação do corpo Colocação dos pés

Deslocação do peso no apoio …

COGNITIVO

Conhecer as regras de segurança Saber executar e identificar visualmente os nós …

AFECTIVO

Saber avaliar-se a si próprio e aos colegas Grau de responsabilidade … AVALIAÇÃO FINAL

ESCALADA

Ano Turma N.° Data – – 1 a 5 – Não consigo

6 a 9 – Consigo mas com muita dificuldade 10 a 13 – Consigo mas ainda com dificuldade 14 a 17 – Executo bem

18 a 20 – Executo muito bem

Escola Nome

(26)

competição

Escola Ano Turma

f i c h a d e C o m p e t i ç ã o

Vamos organizar uma prova de Escalada na tua turma?

Competição Boletim da eliminatória n.°

Competição realizada em – –

ESCALADA

OBJECTIVOS

MOTORES •Proporcionar uma oportunidade de aplicares todos os conteúdos abordados.

COGNITIVOS

•Conhecer, de forma geral, como se organiza uma competição de Escalada.

•Verificar se consegues aplicar em situação de competição o conhecimento do regulamento.

•Saber avaliar o desempenho motor dos teus colegas com base no conhecimento das regras.

AFECTIVOS

•Proporcionar momentos de alegria e de companheirismo durante a organização e o decorrer da prova.

•Proporcionar momentos em que te vais pôr à prova em várias situações, como: saber vencer, saber perder, aceitar as decisões dos juízes, cooperar com os colegas, etc.

Vencedor

Professor responsável Mesa

NOMES

ALTURA DA ÚLTIMA PROVA INCIDENTES

TÉCNICOS TEMPO CLASSIFICAÇÃO agarrada tocada Júizes Árbitros / RESULTADOS 1.ª eliminatória 2.ª eliminatória FINAL

Referências

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