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ATOS ADMINISTRATIVOS

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Academic year: 2021

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ATOS ADMINISTRATIVOS

Fonte: Rafael Oliveira

ATO ADMINISTRATIVO​: manifestação unilateral de vontade da Administração Pública que, agindo nessa qualidade, tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar direitos, ou impor obrigações aos administrados ou a si própria. De acordo com o Professor Rafael Oliveira:

O ato administrativo é a manifestação unilateral de vontade da Administração Pública e de ​seus delegatários​, no exercício da função delegada, que, sob o regime de direito público, pretende produzir efeitos jurídicos com o objetivo de implementar o interesse público.

Atenção! Como dito acima, os delegatários também podem editar atos administrativos. Como consequência disto, o Professor Rafael Oliveira adverte:

Em consequência, o STJ tem admitido a impetração de mandado de segurança contra atos das concessionárias de serviços públicos que determinam a interrupção do serviço ao usuário, uma vez que tais atos não são de simples gestão, mas de delegação de administrativa

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Atenção! ​Via de Regra, os atos administrativos são editados pelo Poder Executivo, mas também podem ser editados pelo Poder Legislativo e Judiciário quando estiverem no exercício das suas funções atípicas.

ATOS DA ADMINISTRAÇÃO​: atos que a administração pratica quando está despida de prerrogativas públicas, ou seja, quando atua em igualdade jurídica com os particulares.

FATO DA ADMINISTRAÇÃO​: fatos ocorridos no âmbito da Administração, mas que não repercutem no âmbito do direito administrativo.

FATO ADMINISTRATIVO​: qualquer realização material decorrente do exercício da função administrativa (ex.: estrada construída). É também fato administrativo atuação que não corresponde a uma manifestação de vontade da Administração (colisão entre veículo) ou uma desapropriação indireta.

ATENÇÃO! O silêncio da administração que produza efeitos jurídicos é FATO ADMINISTRATIVO! Sobre o tema, pedimos ​vênia ​para transcrever as lições do Professor Rafael Oliveira:

No direito civil, o silêncio do particular representa, normalmente, consentimento tácito (art. 111 do Código Civil). Ao revés, no Direito Administrativo, o silêncio não configura, em regra, consentimento estatal. Vale dizer: o silêncio administrativo não representa a manifestação de vontade da Administração.

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Constatada a omissão ilegítima da Administração, que não se manifesta no prazo legalmente fixado ou durante prazo razoável de tempo, o interessado deve pleitear na via administrativa (ex.: direito de petição) ou judicial (ex.: ação mandamental) a manifestação expressa da vontade estatal.

É vedado, todavia, ao Judiciário expedir o ato administrativo, substituindo-se à Administração omissa, tendo em vista o princípio da separação de poderes. O magistrado deve exigir que a Administração Pública manifeste a sua vontade (positiva: consentimento ou negativa: denegatória), dentro do prazo fixado na decisão judicial, sob pena de sanções (ex.: multa diária).

Excepcionalmente, o silêncio representará a manifestação de vontade administrativa quando houver previsão legal expressa nesse sentido (ex.: art. 26, § 3.º, da Lei 9.478/1997).

Nesses casos, o silêncio importará concordância ou não com determinada pretensão do administrado.

Ato administrativo discricionário​: ​aquele que a Administração pratica com certa margem de liberdade de decisão, visto que o legislador, não podendo prever de antemão qual o melhor caminho a ser tomado, confere ao administrador a possibilidade de escolha , dentro dos limites impostos pela lei.

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Ato administrativo vinculado​: ​aquele que contém todos os seus elementos constitutivos vinculados à lei, não existindo dessa forma qualquer subjetivismo ou valoração do administrador, mas apenas a averiguação da conformidade do ato com a lei.

Efeitos dos atos administrativos: Os efeitos dos atos administrativos podem ser analisados da seguinte forma:

a) Efeitos Próprios: são os efeitos principais, previstos em lei e que decorrem diretamente do ato administrativo (ex.: o ato de demissão acarreta a extinção do vínculo funcional do servidor);

b) Efeitos Impróprios:são efeitos secundários do ato administrativo. Os efeitos atípicos subdividem-se em duas categorias:

1) efeitos preliminares (ou prodômicos): efeitos produzidos durante a formação do ato administrativo;

2) efeitos reflexos: são os efeitos produzidos em relação a terceiros, estranhos à relação jurídica formalizada entre a Administração e o destinatário principal do ato.

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1) SIMPLES: decorre de uma manifestação de vontade de um único órgão, podendo ser unipessoal (ato simples singular) ou colegiado (ato simples colegiado);

2) COMPLEXO: necessita, para sua FORMAÇÃO, manifestação de vontade de DOIS ou MAIS diferentes órgãos ou autoridades! Só poderá ser objeto de questionamento administrativo ou judicial depois de já terem sido expressas todas as manifestações necessárias a sua formação.

Atenção! ​A Cespe já considerou a nomeação de Ministro para Tribunal superior como ato complexo.

3) COMPOSTO: conteúdo resulta da manifestação de um só órgão, mas a sua edição ou a produção de seus efeitos depende de um outro ato que o aprove, com função meramente INSTRUMENTAL!

- ATENÇÃO! Enquanto no ato COMPLEXO temos um ÚNICO ATO, integrado por manifestações homogêneas de vontades de órgãos diversos, no ato COMPOSTO existem DOIS ATOS, um principal e outro acessório ou instrumental. Exemplo de ATO COMPOSTO, segundo Maria Sylvia Zanella Di Pietro: nomeações de autoridades ou dirigentes de entidades da administração sujeitas à aprovação prévia pelo Legislativo;

- ATO ADMINISTRATIVO PERFEITO: já concluiu o seu ciclo, suas etapas de formação!

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- ATO ADMINISTRATIVO VÁLIDO: é o que está em *total conformidade com o ordenamento jurídico*, com as exigências legais e regulamentares impostas para que seja regularmente editado. É o ato que não contém nenhum vício, qualquer irregularidade, qualquer ilegalidade.

- ATO ADMINISTRATIVO EFICAZ: já está disponível para a produção de seus efeitos próprios; a produção desses efeitos não depende de evento posterior!

Aprofundamento​: De acordo com as lições do Professor Rafael Oliveira, os atos administrativos podem ser:

a) perfeito, válido e eficaz ​: ato que concluiu o seu ciclo de formação, com a presença de todos seus elementos, em compatibilidade com a lei e apto para produção dos efeitos típicos;

b) perfeito, inválido e eficaz ​: ato que concluiu o seu ciclo de formação e, apesar de violar o ordenamento jurídico, produz seus efeitos (ex.: contrato administrativo, celebrado sem licitação, fora das hipóteses permitidas pela lei, que foi declarado nulo após três meses de execução);

c) perfeito, válido e ineficaz: ato que concluiu o seu ciclo de formação, em conformidade com o ordenamento jurídico, mas que não possui aptidão para produção de efeitos em razão da fixação de termo inicial ou de condição suspensiva, bem como aqueles que dependem da manifestação de outro órgão controlador (ex.: exoneração a pedido do servidor a contar de data futura);

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d) perfeito, inválido e ineficaz: ato que concluiu o seu ciclo de formação, mas encontra-se em desconformidade com o ordenamento jurídico e não possui aptidão para produção de efeitos jurídicos (ex.: concurso público, com exigências inconstitucionais, cujo resultado final ainda não foi homologado e publicado).

- NÃO ESQUEÇA: requisitos ou elementos dos atos administrativos: *COM – FIN – FOR – M – OB*: *COM*PETÊNCIA *FIN*ALIDADE *FOR*MA *M*OTIVO *OB*JETO

- *MOTIVO*: é a situação de direito ou de fato que determina ou autoriza a realização do ato administrativo, ou seja, que serve de fundamento para a prática do ato. A situação de direito é aquela, descrita na lei, enquanto que a situação de fato corresponde ao conjunto de circunstâncias que levam a Administração a praticar o ato. Exemplificando: na concessão de licença paternidade, o motivo será sempre o nascimento do filho do servidor; na punição do servidor, o motivo é a infração por ele cometida; no tombamento, é o valor histórico do bem etc.

- ​TEORIA DOS MOTIVOS DETERMINANTES​: ​afirma que ​o motivo apresentado

como fundamento fático da conduta ​vincula a validade do ato administrativo.

Assim, havendo comprovação de que o alegado pressuposto de fato é falso ou

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Mesmo naquelas situações excepcionais em que a lei não exige a motivação (exteriorização dos motivos), caso o agente exponha os motivos do ato, a validade da medida dependerá da citada correspondência com a realidade.

O STJ tem vários entendimentos aplicando a referida teoria. Vejamos:

5. Nos moldes da jurisprudência desta Corte, "a motivação do ato administrativo deve ser explícita, clara e congruente, vinculando o agir do administrador público e conferindo o atributo de validade ao ato.

Viciada a motivação, inválido resultará o ato, por força da teoria dos ​motivos determinantes. Inteligência do art. 50, § 1.º, da Lei n. m9.784/1999" (RMS 56.858/GO, Rel. Ministro SÉRGIO KUKINA, PRIMEIRA TURMA, DJe 11/09/2018).

- NÃO CONFUNDIR motivo com *motivação* do ato administrativo! *Motivação* é a exposição dos motivos que determinam a prática do ato, a exteriorização dos motivos que levaram a Administração a praticar o ato.

- ATENÇÃO!!! A *MOTIVAÇÃO* integra a FORMA do ato administrativo! A ausência de motivação, quando for obrigatória, acarreta a nulidade do ato!

- DESVIO DE PODER é VÍCIO DE *FINALIDADE*! Ex.: servidor que é removido para lotação distante por retaliação do chefe do órgão/repartição;

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- São os elementos *MOTIVO* e *OBJETO* que permitem verificar se o ato administrativo é vinculado ou discricionário; LEMBRE: *M*otiv*O* determina o *M*érit*O* administrativo!

ATRIBUTOS do ato administrativo:

1) ​PRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE e VERACIDADE (presunção de legalidade): o ato administrativo obriga os administrados por ele atingidos desde o momento de sua edição, ainda que alguém aponte a existência de vícios em sua formação que possam acarretar a futura invalidação do ato. De acordo com Rafael Oliveira:

Os atos administrativos presumem-se editados em conformidade com o ordenamento jurídico (presunção de legitimidade), bem como as informações neles contidas presumem-se verdadeiras (presunção de veracidade).

- Único atributo *presente em quase todos os atos administrativos. Mas por que quase todos? De acordo com a doutrina, tal efeito não é viável nos seguintes atos: a) atos privados da Administração: b) atos manifestamente ilegais; c) atos que envolvam prova de fato negativo por parte do particular.

- Autoriza a *imediata execução de um ato administrativo*, mesmo se ele estiver eivado de vícios ou defeitos aparentes. O ônus da prova da existência de vício no ato administrativo é de quem alega, ou seja, do administrado, porque os fatos que a administração declara terem ocorrido são presumidos verdadeiros. Vejamos a lição do Prof. Rafael:

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Ademais, na hipótese em que o administrado pretende invalidar o ato administrativo, não há propriamente inversão do ônus da prova, pois o autor da pretensão já possui o ônus primário de provar os fatos constitutivos do seu direito, na forma do art. 373, I, do CPC/2015 (art. 333, I, do CPC/1973). Por outro lado, o Poder Público, quando propõe a ação judicial, está dispensado, em princípio, de provar a veracidade dos atos administrativos, invertendo-se o ônus da prova, conforme prevê o art. 374, IV, do CPC/2015 (art. 334, IV, do CPC/1973).

2) ​IMPERATIVIDADE​: possibilidade de a administração pública, *unilateralmente*, criar obrigações para os administrados, ou impor-lhes restrições; ex.: apreensão de alimentos vencidos em supermercados; interdição de estabelecimentos. Atenção! Tal atributo não é encontrado em todos os atos administrativos, tais como os atos negociais e enunciativos, que são despidos do mesmo.

3) ​AUTOEXECUTORIEDADE​: os atos administrativos dotados de autoexecutoriedade podem ser materialmente implementados pela administração, diretamente, inclusive mediante o uso da força, se necessária, *sem que a administração precise obter autorização judicial prévia*.

- De acordo com a doutrina majoritária, o atributo da autoexecutoriedade não está presente em todos os atos administrativos, mas somente: A) quando a lei estabelecer (ex. retenção da caução, em contratos administrativos, quando houver

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prejuízo na prestação do serviço pelo particular); B) em casos de urgência (ex.: demolição de um prédio que coloca em risco a vida das pessoas).

- A multa de trânsito NÃO é revestida de autoexecutoriedade, assim como a desapropriação;

- Parte da doutrina aponta a *TIPICIDADE*, sendo o atributo pelo qual o ato administrativo deve corresponder a figuras definidas previamente pela lei como aptas a produzir determinados resultados;

- CASSAÇÃO do ato administrativo: retirada do ato em razão do descumprimento de condições inicialmente impostas → ILEGALIDADE SUPERVENIENTE ATRIBUÍDA AO BENEFICIÁRIO;

- CADUCIDADE: retirada em razão da superveniência de norma jurídica que tornou inadmissível a situação anterior;

- A caducidade incide exclusivamente sobre os ATOS DISCRICIONÁRIOS e PRECÁRIOS, que não geram direitos subjetivos aos particulares;

- CONTRAPOSIÇÃO: atos de competências diversas, mas, com efeitos contrapostos. Ex.: exoneração de um funcionário que aniquila os efeitos do ato de nomeação

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- *REVOGAÇÃO*: é a retirada de um ato administrativo válido do mundo jurídico por razões de *conveniência e oportunidade*; ou seja, o ato é legal, mas se tornou inconveniente e inoportuno.

- Possui efeito ex nunc;

- Só se aplica aos atos discricionários (controle de mérito); - Somente produz efeitos prospectivos (para frente);

- É ato privativo da administração que praticou o ato;

- Poder Judiciário *NÃO* pode REVOGAR (conveniência e oportunidade) ato administrativo.

- Anulação do ato administrativo: por motivo de *ilegalidade*; efeitos ​EX TUNC​; - Revisando… REVOGAÇÃO = conveniência e oportunidade; ANULAÇÃO = ilegalidade;

- Na esfera federal, o art. 54 da Lei 9.784/99 estabelece em 05 anos o prazo para anulação de atos administrativos ilegais, seja qual for o vício, quando os efeitos do ato forem favoráveis ao administrado, ​salvo comprovada má-fé​.

- Passados os 5 anos, a Administração perderá o direito de anular o ato ilegal, devendo, se for o caso, recorrer à via judicial, que poderá fazê-lo a qualquer tempo, considerando que o ato nulo não produz efeito algum e não admite convalidação.

ATENÇÃO PARA OS ATOS QUE NÃO PODEM SER REVOGADOS​: *VC DÁ P.D.?*

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CONSUMADOS

DIREITOS ADQUIRIDOS

PRECLUSO: integrantes de processo administrativo

DECLARATÓRIOS: enunciativos → CAPA (certidão, atestado e parecer)

- CONVALIDAÇÃO: efeitos ​EX TUNC​; requisitos: a) Defeito SANÁVEL;

b) O ato não acarretar lesão ao interesse público; c) O ato não acarretar prejuízo a terceiros.

d) Decisão discricionária da administração acerca da conveniência e oportunidade de convalidar o ato (em vez de anulá-lo);

- Quais vícios podem ser *convalidados?* Vícios relacionados à *COMPETÊNCIA* e *FORMA*! LEMBRAR: ​FOCO​ = FOrma e COmpetência;

- ​Atenção​: a convalidação NÃO é possível quando a lei estabelece determinada *forma* como *essencial à validade do ato*;

- Atenção!!! A convalidação pode recair sobre atos vinculados ou discricionários, uma vez que não se trata de controle de mérito, e sim de legalidade , relativo a vícios sanáveis verificados nos elementos COMPETÊNCIA ou FORMA;

Quanto aos destinatários: ​quanto aos destinatários do ato, podem ser de duas formas:

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a) atos individuais (concretos)​: direcionam-se concretamente a indivíduos determinados, ainda que inclua mais de um indivíduo (ex.: decreto que declara a utilidade pública de imóvel para fins de desapropriação; designação de comissão de licitação);

b) atos gerais (normativos)​: possuem como destinatários pessoas indeterminadas que se encontram na mesma situação jurídica (ex.: decreto que regulamenta a legislação ambiental).

 

Quanto aos efeitos: Neste ponto, podem ser divididos em três, são eles:

a) atos constitutivos​: são aqueles que criam, modificam ou extinguem direitos (ex.: revogação de ato administrativo; aplicação de sanção ao servidor);

b) atos declaratórios​: declaram a existência de situações jurídicas preexistentes ou reconhecem direitos (ex.: edição de atos vinculados, tais como a licença para construir e a licença profissional); e

c) atos enunciativos​: atestam determinados fatos ou direitos, bem como envolvem, eventualmente, juízos de valor (ex.: certidão que atesta o tempo de serviço do servidor; pareceres que retratam juízos de valor dos agentes públicos).

Quanto aos efeitos - externos ou internos:

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b) internos: ​são os atos realizados no interior da Administração Pública ou em relação à particulares com vínculos especiais.

Quanto à repercussão na esfera dos particulares - ampliativos ou restritivos:

a) ampliativos​: são aqueles que reconhecem, constituem ou ampliam direitos dos particulares;

b) restritivos​: são aqueles que restringem o direito dos particulares.

Após esta breve introdução sobre o tema, vejamos como as bancas costumam cobrar em provas:

#Dicas - Atos Administrativos

1. Todos os fatos alegados pela administração pública são considerados verdadeiros, bem como todos os atos administrativos são considerados emitidos conforme a lei, em decorrência das presunções de veracidade e de legitimidade, respectivamente (STJ 2018). Vale ressaltar que são presunções relativas!

2. A motivação do ato administrativo pode não ser obrigatória, entretanto, se a administração pública o motivar, este ficará vinculado aos motivos expostos.

3. Quando o destinatário do ato descumpre as condições, a modalidade de desfazimento é denominada cassação (TCMBA 2018).

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(TRETO) A cassação é a extinção do ato administrativo por descumprimento da execução desse ato pelo seu beneficiário. Correto!

(PC-SE) A cassação de um ato administrativo corresponde a extingui-lo por descumprimento dos requisitos estabelecidos para a sua execução.

4. (PGEPE) Por ser a competência administrativa improrrogável, atos praticados por agente incompetente não se sujeitam a convalidação. Falso! Pode ser convalidado sim!

4.1 São requisitos para convalidar: a) Inexistência de lesão ao interesse público, b) Ausência de prejuízos a terceiros.

5. Nas situações de silêncio administrativo, duas soluções podem ser adotadas na esfera do direito administrativo. A primeira está atrelada ao que a lei determina em caso de ato de conteúdo vinculado. A segunda, por sua vez, ocorre no caso de ato de caráter discricionário, em que o interessado tem o direito de pleitear em juízo que se encerre a omissão ou que o juiz fixe prazo para a administração se pronunciar, evitando, dessa forma, a omissão da administração (ABIN 2018).

6. A extinção de um ato administrativo em virtude de alteração legislativa que o impossibilite de continuar, é chamado de caducidade (SEFAZ RS 2018).

7. A licença, no direito administrativo, é considerada ato vinculado. (CESPE 2018) A licença consiste em um ato administrativo unilateral e discricionário. Falsa!

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8. Caso edite ato administrativo que remova, de ofício, um servidor público federal e, posteriormente, pretenda revogar esse ato administrativo, a autoridade pública deverá explicitar os motivos de sua segunda decisão, com a indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos.

9. Obs: cuidado para não cair nas pegadinhas de revogação/anulação. (CESPE 2018) Ocorre anulação do ato administrativo quando o gestor público o extingue por razões de conveniência e oportunidade. Falso! Sei que todos sabem isso, mas na hora da prova fiquem atentos.

(DPU) A forma de provimento do cargo público na referida situação — transferência para cargo de carreira diversa — foi inconstitucional, por violar o princípio do concurso público; cabe à administração pública, no exercício do poder de autotutela, anular o ato ilegal, respeitado o direito ao contraditório e à ampla defesa. Correto!

(CGM-JP) O Poder Judiciário e a própria administração pública possuem competência para anular ato administrativo. Correto!

(CGM-JP) O ato administrativo julgado inconveniente poderá ser anulado a critério da administração, caso em que a anulação terá efeitos retroativos. Errado!

(TCE-MG) O ato passível de revogação por conselheiro do TCE/MG não apresenta vícios. Correto! Tendo em vista que revogação é feita com base na discricionariedade.

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(MPU) A administração pública pode revogar ato próprio discricionário, ainda que perfeitamente legal, simplesmente pelo fato de não mais o considerar conveniente ou oportuno.

10. (CESPE 2018) A revogação produz efeitos retroativos. Falso! A revogação é ex nunc. Por outro lado, a anulação é ex tunc, ou seja, tem efeito retroativo.

10.1 (VUNESP) Revogação se baseia em motivos de mérito e anulação ocorre por razões de ilegalidade. Quanto ao momento dos efeitos, a revogação produz efeitos futuros e a anulação tem efeitos pretéritos. R: CORRETO!

10.2 (PGM CWB) "Em que pese os seus característicos efeitos ex tunc, a anulação de um ato administrativo pode, excepcionalmente, não acarretar efeitos retroativos plenos".

11. Quanto à discricionariedade dos atos administrativos, entende-se por oportunidade a avaliação do momento em que determinada providência deverá ser adotada.

12. Conforme o STF, o Poder Judiciário não detém competência para substituir banca examinadora de concurso público para reexaminar o conteúdo das questões e os critérios de correção utilizados, admitindo-se, no entanto, o controle do conteúdo das provas ante os limites expressos no edital.

13. Embora exerça controle de atos administrativos ao avaliar os limites da discricionariedade sob os aspectos da legalidade, é vedado ao Poder Judiciário

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exercer o controle de mérito de atos administrativos, pois este é privativo da administração pública.

14. Quando o servidor recebe remuneração a maior e de boa-fé, não precisará devolver. (CESPE) Caso se verificasse a promoção indevida de servidor do TCE/PE, o ato administrativo pertinente deveria ser anulado, e o servidor teria de restituir os valores percebidos a mais. Incorreto!

15. Atenção para o que decidiu o STJ no informativo 600: "Quando o exercício do cargo foi amparado por decisões judiciais precárias e o servidor se aposentou, antes do julgamento final de mandado de segurança, por tempo de contribuição durante esse exercício e após legítima contribuição ao sistema, a denegação posterior da segurança que inicialmente permitira ao servidor prosseguir no certame não pode ocasionar a cassação da aposentadoria".

16. O parecer é classificado como ato administrativo ENUNCIATIVO.

17. Atenção também para o decidido no informativo 597, STJ: A portaria interministerial editada pelos Ministérios da Educação e do Planejamento demanda a manifestação das duas Pastas para a sua revogação.

18. Licença e autorização são atos administrativos que representam o consentimento da administração ao permitir determinada atividade; o alvará é o instrumento que formaliza esses atos (PGMBH).

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18.1 (PGM-PARANAVAI) A licença é o ato vinculado por meio do qual a Administração confere ao interessado consentimento para o desempenho de certa atividade.

18.2 Por outro lado, a autorização é de natureza precária. Vejamos o que diz Rafael Oliveira: "A autorização possui as mesmas características da permissão, constituindo ato administrativo discricionário que permite o exercício de determinada atividade pelo particular ou o uso privativo de bem público (ex.: autorização para fechamento de rua; autorização para porte de arma)".

19. No sistema de administração pública adotado no Brasil, o ato administrativo é revisado por quem o praticou, não havendo proibição quanto à revisão ser realizada por superior hierárquico ou órgão integrante de estrutura hierárquica inerente à organização administrativa (PGMBH).

20. (PGMFOR) A prefeitura de determinado município brasileiro, suscitada por particulares a se manifestar acerca da construção de um condomínio privado em área de proteção ambiental, absteve-se de emitir parecer. Nessa situação, a obra poderá ser iniciada, pois o silêncio da administração é considerado ato administrativo e produz efeitos jurídicos, independentemente de lei ou decisão judicial. Falso! O silêncio administrativo, via de regra, não significa consentimento com o ato.

21. O ato praticado por usurpador de função pública é classificado como INEXISTENTE.

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22. Na recomendação para anulação de ato administrativo devem estar indicadas, de modo expresso, as consequências jurídicas e administrativas da decretação do ato de invalidação (PGMJP).

23. O que é a teoria dos motivos determinantes? De acordo com Rafael Oliveira, "A teoria dos motivos determinantes, a validade do ato administrativo depende da correspondência entre os motivos nele expostos e a existência concreta dos fatos que ensejaram a sua edição".

23.1 Importante ressaltar que a teoria é aplicável até mesmo nos atos administrativos discricionários. (CESPE) Q: Situação hipotética: Um servidor público efetivo em exercício de cargo em comissão foi exonerado ad nutum em razão de supostamente ter cometido crime de peculato. Posteriormente, a administração reconheceu a inexistência da prática do ilícito, mas manteve a exoneração do servidor, por se tratar de ato administrativo discricionário. Assertiva: Nessa situação, o ato de exoneração é válido, pois a teoria dos motivos determinantes não se aplica a situações que configurem crime. R: Falso!

23.1 (CESPE) Q: Segundo a Teoria dos Motivos Determinantes, o gestor público é obrigado a tomar a atitude descrita como impositiva na lei. R: Falso! Não é sobre isso que versa a teoria.

24. O BR adota a teoria dualista, que admite a existência de atos administrativos nulos e anuláveis. Por outro lado, a teoria monista, não adota no BR, somente aceita a nulidade.

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25. Circular não tem natureza de ato normativo. De acordo com Rafael Oliveira: "Os atos administrativos ordinatórios são editados no exercício do poder hierárquico com o objetivo de disciplinar as relações internas da Administração Pública. Os principais atos ordinatórios são as instruções, as circulares, os avisos, as portarias, as ordens de serviço, os ofícios e os despachos".

25.1 (CESPE) Q: São exemplos de atos administrativos normativos os decretos, as resoluções e as circulares. R: Falso!

26. O que é caducidade do ato administrativo? De acordo com Rafael Oliveira: "A caducidade é a extinção do ato administrativo quando a situação nele contemplada não é mais tolerada pela nova legislação. O ato administrativo, no caso, é editado regularmente, mas torna-se ilegal em virtude da alteração legislativa".

27. A competência é irrenunciável, pois visa atender ao interesse público. (CESPE) Q: A competência pública conferida para o exercício das atribuições dos agentes públicos é intransferível, mas renunciável a qualquer tempo".

28. Parecer é ato administrativo de natureza enunciativa.

29. São irrevogáveis os atos administrativos que, instituídos por lei, confiram direito adquirido.

30. A ab-rogação extingue os efeitos próprios do ato administrativo. Obs: Não extingue os efeitos impróprios.

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31. Atenção! Até mesmo os comandos realizados de maneira oral podem ser considerados como atos. (CESPE DPDF)"Comando ou posicionamento emitido oralmente por agente público, no exercício de função administrativa e manifestando sua vontade, não pode ser considerado ato administrativo". R: FALSA!!

Bons Estudos!

Referências

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