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26 a 29 de novembro de 2013 Campus de Palmas

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26 a 29 de novembro de 2013 – Campus de Palmas

CORRELAÇÃO ENTRE OS CARACTERES BIOMÉTRICOS DO FRUTO E

SEUS EFEITOS NA GERMINAÇÃO, CRESCIMENTO E

DESENVOLVIMENTO INICIAL DE CAJUÍ, ANACARDIUM OTHONIANUM

(ANACARDIACEAE).

Tayllane Aires Lira1; Rafael José de Oliveira2.

1

Aluno do Curso de Ciências Biológicas; Campus de Porto Nacional; e-mail:taynhalira_bio@uft.edu.br “PIBIC/CNPq, PIBITI/CNPq ou PIBIC/CNPq/AF ou PIBIC/UFT ou PIVIC/UFT”

2

Orientador(a) do Curso de Ciências Biológicas; Campus de Porto Nacional; e-mail:rafae@mail.uft.edu.br.

RESUMO

Anacardium othonianum Rizzini, espécie popularmente conhecida como cajuzinho do cerrado, é uma

arvore típico do cerrado e cerradão. Estudos de correlações entre caracteres fenotípicos são importante, pois permite a avaliação quantitativa de caracteres, diminuindo então o tempo necessário para utilização genética e comercial. O objetivo deste trabalho foi estudar a relação entre caracteres biométricos do fruto e seus efeitos na germinação e desenvolvimento inicial de Anacardium

othonianum. Foram analisados 33 indivíduos em relação ao crescimento inicial sendo medido numero

de folhas, altura (cm), diâmetro (mm), herbivoria e sanidade foliar (antracnose e galha). Esses indivíduos foram provenientes da germinação de sementes de 10 matrizes, que foram aferidos destas a circunferências à altura do solo e peito; e diâmetros da copa para fazer as analises de correlação de

Peason a 5% de probabilidade. Foram apresentadas correlações significativas quando relacionado

altura e diâmetro da planta em desenvolvimento e correlação entre a altura da planta matriz com os demais caracteres da planta matriz.

Palavras-chave: correlação fenotípica, Cerrado, cajuzinho.

INTRODUÇÃO

A família Anacardiaceae compreende 79 gêneros amplamente distribuídos nas regiões tropicais e subtropicais, apenas poucos nas regiões temperadas (JOLY, 2002). O gênero Anacardium pertencente a esta família é representado por árvores, arbustos e subarbustos nativos dos neotrópicos. (MITCHELL & MORI, 1987 apud PESSONI, 2007). Anacardium othonianum Rizzini, espécie popularmente conhecida como cajuzinho-do-cerrado é típico de Cerrado e Cerradão. É uma árvore que apresenta um porte arbóreo com 3 a 4 m de altura por 3 a 4 m de diâmetro de copa (SILVA et al., 2001). O tronco apresenta 20 a 40 cm de diâmetro. Possui pseudofruto, que é uma expansão do pedúnculo, e seu fruto verdadeiro, a castanha, é uma drupa seca indeiscente (GONÇALVES e LORENZI, 2007).

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Dada a escassez de dados na literatura, estudos que visam aprimorar técnicas de cultivo de

Anacardium são bastante importantes, pois estes são formas para a redução de tempo necessário para

produção de clones e recomendações para utilização comercial (EMPRAPA, 1991). Neste contexto estudos de correlações fenotípicas permite a avaliação quantitativa da relevância de um caractere em relação ao outro (FERREIRA, et al., 2012), podendo então ser uma técnica que viabilize tempo para produção de plantas jovens e clones, pois analisa um conjunto simultâneo de caracteres (LAVORENTI, 1990).

Neste trabalho objetivou-se estudar a relação entre os caracteres biométricos do fruto e seus efeitos na germinação, crescimento e desenvolvimento inicial de Anacardium othonianum (cajuí), pertencente à família Anacardiaceae.

MATERIAL E MÉTODOS

Para o presente estudo foram utilizados 33 indivíduos, onde está sendo acompanhado seu desenvolvimento inicial em pleno sol sendo estes as plantas remanescentes, que sobreviveram na área experimental do Campus de Porto Nacional – UFT, no período de agosto de 2009 a julho de 2011 (LEAL, 2012).

Para o estudo de desenvolvimento inicial foram analisados os seguintes caracteres: número de folhas, diâmetro do caule (mm) e altura da plântula (cm). A contagem do número das folhas foi realizada manualmente. O diâmetro do caule foi aferido utilizando um paquímetro digital a 1 centímetro do solo. A altura das plântulas foi encontrada com o auxílio de uma régua milimetrada. Os dados foram mensurados a cada 30 dias.

Para o estudo de herbívora e sanidade foliar (antracnose e galha) foram escolhidos 10 indivíduos, aleatoriamente, e 5 de suas folhas (quando existentes) marcadas com fios de diferentes cores. A intensidade da herbivoria e de sanidade foliar foi avaliada através da escala intervalar semi-quantitativa de 0 a 4 com intervalos de 25% sendo escore 0: ausência total de herbivoria ou doença;

escore 1: 1 a 25% das folhas com herbivoria ou doença; escore 2: 26 a 50% das folhas com herbivoria

ou doença; escore 3: 51 a 75% das folhas com herbivoria ou doença; escore 4: 76 a 100% das folhas com herbivoria ou doença (FOURNIER, 1974).

Foram coletados dados referentes à Circunferência e Altura do Peito (CAP) , circunferências e altura do solo (CAS), altura da planta (ALT), diâmetro maior (D>C) e o diâmetro menor (D<C) e sua

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localização geográfica. O CAP e o CAS foram aferidos com uma fita métrica e dado em centímetros, a altura foi inferida e dada em centímetros.

Os dados das matrizes, que possuíam plantas em desenvolvimento no campo experimental da UFT, foram correlacionados com os dados das médias de seus frutos (sementes), utilizando a correlação de Pearson ao nível de 5% de probabilidade.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

A tabela 1 mostra os dados das matrizes e sementes que possuíam algum representante em campo. As matrizes analisadas neste trabalho apresentaram diâmetro à altura do peito (DAP) variando de 25,5-50,9cm, com média  desvio padrão de 38,3  7,9cm, valores próximo do valor máximo citado por RIZZINI (1969), diâmetro de 20-40 cm (1969 apud AGOSTINI-COSTA, et.al., 2010) e altura variando de 4,5-9,0 m, com média  desvio padrão de 5,75  1,81m, valores superiores aos apresentados por RIZZINE (1969) que foram de 3-6 metros, média de 2,75 m (NAVES,1999 apud AGOSTINI-COSTA, et.al., 2010) sugerindo que as matrizes analisadas são de maiores portes.

Tabela 01 – Dados matrizes que possuem plântulas no campo experimental e suas respectivas

medidas.

Observação: CAP e CAS – circunferência a altura do peito e do solo (cm), D>C e D<C – e diâmetro maior e menos da copa da matriz

(cm) e ALT – altura da matriz (cm), número de plântulas no campo experimental da UFT (n), características das sementes: COMPR – comprimento da semente (cm), LARGU – largura da semente (cm), ESPES – espessura da semente (cm) e PESO – peso da semente (cm)

Na tabela 2 está representado o nível da correlação de Pearson das variáveis fenotípicas dos frutos (comprimento, largura, espessura e peso), do desenvolvimento inicial (numero de folhas, altura e diâmetro) e os dados da matriz (circunferências do caule, diâmetros da copa e altura da planta). Valores marcados em vermelho indicam correlação significativa ao nível de 5% de probabilidade.

MATRIZ CAP (cm) CAS (cm) D<C (cm) D>C (cm) INDIV COMPRI LARGU ESPESS PESO

1 107 140 505 700 6 2,074 1,512 1,047 2,075 2 105 120 300 303 3 1,895 1,377 1,057 1,947 3 120 136 920 950 2 2,038 1,395 1,040 2,047 4 130 150 958 1022 4 2,139 1,588 0,945 2,078 5 80 88 450 530 5 2,136 1,352 1,017 2,129 6 157 172 1270 1310 1 1,950 1,250 1,020 1,658 7 160 195 1070 1181 4 2,124 1,390 0,859 1,874 8 130 140 1230 1240 6 2,206 1,497 0,946 2,045 9 110 120 880 907 1 1,990 1,450 0,770 1,518 Media 122,11 140,11 842,56 904,78 2,061 1,423 0,967 1,930 Desvio 25,55 30,96 347,79 337,86 0,101 0,100 0,098 0,211 CV 20,92 22,10 41,28 37,34 4,919 7,029 10,115 10,938

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Tabela 2. Correlação de Pearson entre caracteres de desenvolvimento, dimensões do fruto e da matriz,

de A. othonianum que foram avaliadas no campo experimental da UFT.

Observação: FOLHAS – número de folhas, ALTURA – altura da planta (cm), DIAM – diâmetro do caule (mm), CAP e CAS –

circunferência a altura do peito e do solo (cm), D>C e D<C – e diâmetro maior e menos da copa da matriz (cm) e ALT – altura da matriz (cm), número de plântulas no campo experimental da UFT (n), características das sementes: COMPR – comprimento da semente (cm), LARGU – largura da semente (cm), ESPES – espessura da semente (cm) e PESO – peso da semente (cm).

Os dados mostram correlação significativa entre altura da planta em desenvolvimento com diâmetro da planta e numero de folhas. Foi observado que as medidas das matrizes (CAP, CAS, D<C, D>C e altura, mostraram resultados significativos entre eles. Os resultados corroboram com os estudos realizados por CARVALHO e NAKAGAWA (2000) que comenta que as relações de características fenotípicas de sementes só são significativas no crescimento inicial, e tem sua relação diminuída à medida que a planta se desenvolve.

Diante destes resultados podemos concluir que os caracteres morfológicos da matriz estão todos correlacionados com altura da matriz (p<0,05) indicando que plantas mais altas têm maior diâmetro do caule e maior copa o que é esperado, não foi observada correlação significativa entre as característica da matriz e as características morfométricas dos fruto (p > 0,05), indicando que plantas mais alta não necessariamente tem frutos maiores, como também, não foi observado correlação significativa entre as características da planta matriz, características do fruto e o desenvolvimento do fruto (p>0,05) indicando que as características da matriz não influência nas características do fruto, que por sua vez não influência nas características das plantas em desenvolvimento.

LITERATURA CITADA

AGOSTINI-COSTA, T. S.; FARIA, J. P. NAVES, R. V.; VIEIRA, R. F. 2010. Cajus do Cerrado. In. Frutas Nativas da Região Centro-Oeste do Brasil. Brasília-DF, Embrapa, 322p.

FOLHAS ALTURA DIAM COMPRI LARG ESPES PESO CAP (cm) CAS (cm) D<C (cm) D>C (cm) ALTURA FOLHAS 1.000 ALTURA(cm) 0.768 1.000 DIAMETRO(mm) 0.359 0.684 1.000 COPRIMENTO(cm) -0.050 0.202 0.098 1.000 LARGURA(cm) -0.302 -0.002 0.491 0.528 1.000 ESPESSURA(cm) 0.271 0.416 0.181 0.528 -0.191 1.000 PESO(g) -0.016 0.306 0.302 -0.212 -0.117 0.195 1.000 CAP(cm) 0.498 0.311 -0.081 0.032 -0.158 -0.300 0.248 1.000 CAS(cm) 0.432 0.358 0.027 0.064 -0.061 -0.246 0.309 0.958 1.000 D<C(cm) 0.466 0.342 -0.038 0.296 -0.043 -0.440 0.079 0.813 0.716 1.000 D>C(cm) 0.503 0.438 0.053 0.357 0.000 -0.431 0.088 0.829 0.725 0.985 1.000 ALTURA(cm) 0.549 0.279 -0.112 -0.097 -0.337 -0.370 0.222 0.963 0.901 0.784 0.796 1.000 Caracteres Analisados

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CARVALHO, N.M.; NAKAGAWA, J. 2000. Sementes: ciência, tecnologia e produção. 4ed.

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CNPCa documentos, Fortaleza – CE. 59 p.

FERREIRA, J. P.; SCHMILDT ,O.; SCHMILDT, E. R.; PIANTAVINHA , W. DE C.; CATTANEO, L. F. 2012. Correlações entre características morfo-agronômicas de acessos de mamoeiro.

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LEAL, L. B. ESTUDOS ECOFISSIOLÓGICOS DE Anacardium othonianum (RIZZ.) ANACARDIACEAE DE UMA POPULAÇÃO DE CERRADO STRICTO SENSO EM PORTO NACIONAL, TOCANTINS. Monografia .

RIZZINI, C.T. A flora do Cerrado, análise florística das savanas centrais. In: SIMPÓSIO SOBRE O CERRADO, 1962, São Paulo. Anais São Paulo: EDUSP, p.125-177, 1963.

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AGRADECIMENTOS

O presente trabalho foi realizado com o apoio da UFT, agradeço-a por ter dado a oportunidade a mim de desenvolver este trabalho como bolsista, como também a professor Rafael que orientou o trabalho com maestria, ao Davi que disponibilizou de seu tempo para ensinar-me as técnicas de trabalho, a Luiza que me indicou a esta oportunidade, ao Ricardo e o Eldonso Neto que entendeu e me ajudou as leituras aos domingos, e as outras também, na UFT.

Referências

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