• Nenhum resultado encontrado

ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA DE BENS IMÓVEIS

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA DE BENS IMÓVEIS"

Copied!
67
0
0

Texto

(1)

ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA DE

BENS IMÓVEIS

24.4.2017

Melhim Namem Chalhub www.melhimchalhub.com

(2)

PRPRIEDADE FIDUCIÁRIA

Propriedade resolúvel

(3)

TRANSMISSÃO FIDUCIÁRIA

Negócio jurídico de transmissão

condicional

Transmitente (fiduciante)

condição suspensiva

Adquirente (fiduciário)

(4)

CAUSA DA TRANSMISSÃO FIDUCIARIA

“... a causa da aquisição do domínio

encerra em si um princípio ou

condição

resolutiva

do

mesmo

domínio...” (Lafayette, Direito das

(5)

CAUSA DA TRANSMISSÃO FIDUCIARIA

Não é troca de um bem por dinheiro,

mas destinação de um bem a uma

função e sua reversão ao patrimônio

transmitente (fiduciante) ou ao de um

terceiro (beneficiário)

(6)

FORMA DA TRANSMISSÃO FIDUCIÁRIA

EVOLUÇÃO HISTÓRICA

• Fidúcia Romana

• Fidúcia Germânica

• Trust

(7)

FUNÇÃO DA ATRIBUIÇÃO FIDUCIÁRIA

Segregar determinados bens, para

(8)

EFEITO = AFETAÇÃO

Os direitos objeto de propriedade fiduciária são

retirados do patrimônio do titular (fiduciante) e

atribuídos com restrições ao do fiduciário, mas

não ingressam no seu patrimônio geral, sendo,

antes, alocados em um patrimônio separado, de

afetação,

permanecendo

afetados

ao

cumprimento da função definida no negócio de

transmissão fiduciária.

(9)

TRUST/FIDÚCIA

Afinidade funcional: ambos afetam

o

bem

objeto

do

negócio,

blindando-o

contra

riscos

(10)

APLICAÇÃO

• Fideicomisso

• Administração de patrimônios de terceiros

(investiment trust)

• Mercado de capitais e financeiro (CRI, LIG

etc)

• Incorporações imobiliárias

• Garantia fiduciária

(11)

EXTINÇÃO DA PROPRIEDADE FIDUCIÁRIA

Consecução da função

• advento do termo ou da condição

• apuração de resultado de investimento

• pagamento da dívida

(12)

ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA DE BENS

IMÓVEIS

Negócio jurídico pelo qual o devedor,

ou o fiduciante, com o escopo de

garantia, contrata a transferência ao

credor, ou fiduciário, da propriedade

resolúvel de coisa imóvel (Lei 9.514,

art. 22).

(13)

CAMPO DE APLICAÇÃO

Lei 10.931/2004, art. 51) [...] “as obrigações em geral também poderão ser garantidas, inclusive por terceiros, por cessão fiduciária (...) e por alienação fiduciária de coisa imóvel.”

Lei 10.931/2004

“Art. 51. […] as obrigações em geral

também poderão

ser

garantidas,

inclusive por terceiros, por cessão

fiduciária (…), por alienação fiduciária

de coisa imóvel …”

(14)

CAMPO DE APLICAÇÃO

Lei 10.931/2004, art. 51) [...] “as obrigações em geral também poderão ser garantidas, inclusive por terceiros, por cessão fiduciária (...) e por alienação fiduciária de coisa imóvel.”

RECURSO ESPECIAL Nº 1.542.275 – MS, rel. Min.

Ricardo Vilas Boas Cuêva, Dje 2.12.2015

Recurso especial. Ação anulatória de garantia

fiduciária sobre bem imóvel. Cédula de crédito

bancário. Desvio de finalidade. Não configuração.

Garantia de alienação fiduciária. Coisa imóvel.

Obrigações em geral. Ausência de necessidade de

vinculação ao sistema financeiro imobiliário.

Inteligência dos arts. 22, § 1º, DA LEI nº 9.514/1997

E 51 DA LEI nº 10.931/2004. Antecipação dos efeitos

da tutela. Verossimilhança da alegação. Ausência

(15)

CAMPO DE APLICAÇÃO

Lei 10.931/2004, art. 51) [...] “as obrigações em geral também poderão ser garantidas, inclusive por terceiros, por cessão fiduciária (...) e por alienação fiduciária de coisa imóvel.”

RECURSO ESPECIAL Nº 1.542.275 – MS, rel. Min.

Ricardo Vilas Boas Cuêva, Dje 2.12.2015

1. Cinge-se a controvérsia a saber se é possível a

constituição de alienação fiduciária de bem imóvel

para garantia de operação de crédito não

relacionadas ao Sistema Financeiro Imobiliário, ou

seja, desprovida da finalidade de aquisição,

construção ou reforma do imóvel oferecido em

garantia.

(16)

CAMPO DE APLICAÇÃO

Lei 10.931/2004, art. 51) [...] “as obrigações em geral também poderão ser garantidas, inclusive por terceiros, por cessão fiduciária (...) e por alienação fiduciária de coisa imóvel.”

RECURSO ESPECIAL Nº 1.542.275 – MS, rel. Min.

Ricardo Vilas Boas Cuêva, Dje 2.12.2015

2. A lei não exige que o contrato de alienação fiduciária de imóvel se vincule ao financiamento do próprio bem, de modo que é legítima a sua formalização como garantia de toda e qualquer obrigação pecuniária, podendo inclusive ser prestada por terceiros. Inteligência dos arts. 22, § 1º, da Lei nº 9.514/1997 e 51 da Lei nº 10.931/2004. 3. Muito embora a alienação fiduciária de imóveis tenha sido introduzida em nosso ordenamento jurídico pela Lei nº 9.514/1997, que dispõe sobre o Sistema Financiamento Imobiliário, seu alcance ultrapassa os limites das transações relacionadas à aquisição de imóvel. 4. Considerando-se que a matéria é exclusivamente de direito, não há como se extrair do texto legal relacionado ao tema a verossimilhança das alegações dos autores da demanda.”

0.931/20Lei 10.931/2004, art. 51) [...] “as obrigações em geral também poderão ser garantidas, inclusive por terceiros, por cessão fiduciária (...) e por alienação fiduciária de coisa imóvel.”

Lei 10.931/2004, art. 51) [...] “as obrigações em geral também poderão ser garantidas, inclusive por terceiros, por cessão fiduciária (...) e por alienação fiduciária de coisa imóvel.”

04, art. 51) [...] “as obrigações em geral também poderão ser garantidas, inclusive por terLei 10.931/2004, art. 51) [...] “as obrigações em geral também poderão ser garantidas, inclusive por terceiros, por cessão fiduciária (...) e por alienação fiduciária de coisa imóvel.”

ceiros, por cessão fiduciária (...) e por alienação fiduciária de coisa imóvel.”

Lei 10.931/2004, art. 51) [...] “as obrigações em geral também poderão ser garantidas, inclusive por terceiros, por cessão fiduciária (...) e por alienação fiduciária de coisa imóvel.”

(17)

REQUISITOS DO CONTRATO

I - Valor do principal da dívida;

II - Prazo e as condições de reposição do

empréstimo ou do crédito do fiduciário;

III - Taxa de juros e encargos incidentes;

IV - Cláusula de constituição da propriedade

fiduciária, com a descrição do imóvel objeto

da alienação fiduciária e indicação do título

e do modo de aquisição;

V - Cláusula assegurando ao fiduciante,

enquanto adimplente, a livre utilização, por

sua conta e risco, do imóvel objeto da

alienação fiduciária;

(18)

REQUISITOS DO CONTRATO

VI - Indicação, para efeito de venda em

público leilão, do valor do imóvel e dos

critérios para a respectiva revisão;

VII

-

Cláusula

dispondo

sobre

os

procedimentos de leilão do imóvel, em caso

de inadimplemento do devedor; (Lei

9.514/1997, art. 24)

VIII - Cláusula de carência (L. 9.514, art. 26,

2º).

(19)

FORMA DA CONTRATAÇÃO

• Contratação por escrito

• Instrumento público ou particular

• (Lei 9.514/1997, art. 38)

(20)

EFEITOS DO REGISTRO DA ALIENAÇÃO

FIDUCIÁRIA

• Constituição da propriedade fiduciária em

nome do credor;

• Constituição do direito real de aquisição

em nome do fiduciante;

• Desdobramento da posse – direta para o

fiduciante e indireta para o fiduciário.

(21)

NATUREZA JURÍDICA DO DIREITO DO

FIDUCIANTE

Código Civil

“Art. 1.368-B. A alienação fiduciária em

garantia de bem móvel ou imóvel

confere direito real de aquisição ao

fiduciante, seu cessionário ou sucessor.”

(redação

dada

pela

L.

13.043,

(22)

CESSÃO DOS DIREITOS DO FIDUCIANTE

Transmissão dos direitos do fiduciante

mediante cessão, que coloca o cessionário na

posição do antigo fiduciante.

Registro com pagamento do ITBI

(23)

PENHORA DO DIREITO AQUISITIVO

Código de Processo Civil/2015

“Art. 835. A penhora observará,

preferencialmente, a seguinte ordem:

(...);

XII - direitos aquisitivos derivados de

promessa de compra e venda e de

alienação fiduciária em garantia;”

(24)

NATUREZA JURÍDICA DO DIREITO DO

FIDUCIÁRIO

Código Civil

“Art. 1.367. A propriedade fiduciária em

garantia de bens móveis ou imóveis

sujeita-se às disposições do Capítulo I do Título X

do Livro III da Parte Especial deste Código e,

no que for específico, à legislação especial

pertinente, não se equiparando, para

quaisquer efeitos, à propriedade plena de

que trata o art. 1.231.”

(25)

CESSÃO DOS DIREITOS DO

FIDUCIÁRIO

Transmissão do crédito fiduciário

mediante cessão, que opera a

transmissão da propriedade fiduciária

(direito acessório do crédito) ao

cessionário.

(26)

ENCARGOS TRIBUTÁRIOS E CONDOMINIAIS

Lei 9.514/1997

“Art. 27. (…).

§ 8

o

Responde o fiduciante pelo pagamento dos

impostos, taxas, contribuições condominiais e

quaisquer outros encargos que recaiam ou

venham a recair sobre o imóvel, cuja posse tenha

sido transferida para o fiduciário, nos termos

deste artigo, até a data em que o fiduciário vier a

ser imitido na posse.

(27)

ENCARGOS TRIBUTÁRIOS E CONDOMINIAIS

Código Civil

“Art. 1.368-B. (...).

Parágrafo único. O credor fiduciário que se

tornar proprietário pleno do bem, por efeito de

realização da garantia, mediante consolidação da

propriedade, adjudicação, dação ou outra forma

pela qual lhe tenha sido transmitida a

propriedade plena, passa a responder pelo

pagamento dos tributos sobre a propriedade e a

posse, taxas, despesas condominiais e quaisquer

outros encargos, tributários ou não, incidentes

sobre o bem objeto da garantia, a partir da data

em que vier a ser imitido na posse direta do bem.”

(28)

ENCARGOS TRIBUTÁRIOS E CONDOMINIAIS

TJSP – 15ª Câmara de Direito Público – DOE 22.8.2016

AGRAVO DE INSTRUMENTO nº 2214382-58.2015.8.26.0000

“ILEGITIMIDADE PASSIVA Execução fiscal IPTU Imóvel construído e vendido pela executada, e a ela alienado fiduciariamente Hipótese em que as transações foram registradas no Registro de Imóveis Ilegitimidade passiva do credor fiduciário, que, ademais, deixou de figurar como proprietário do bem imóvel - Sujeição passiva do devedor fiduciante, nos termos dos Artigos 32 e 34 do Código Tributário Nacional e o Artigo 27 da Lei 9.514/97 Precedentes do STJ e desta Corte Reconhecimento - Exceção de pré-executividade acolhida - Recurso de agravo de instrumento provido.”

(29)

Contribuição condominial

(solidariedade)

TJSP - Apelação n° 984507-0/0 – Relator Des. Francisco Casconi – 17/02/2009 - despesas de condomínio - ação de cobrança - registro imobiliário - alienação fiduciária - credor fiduciário e devedores fiduciantes - solidariedade - o condomínio pode optar contra quem intentar ação de cobrança de taxa condominial, desde que possua qualquer relação jurídica vinculada ao imóvel - interesse da coletividade - direito de regresso - recurso improvido.

(30)

Contribuição condominial

(ilegitimidade do fiduciário)

“Ai nº 70022169833 – 18ª Câmara Cível TJRS – Relator Des. Nelson José Gonzaga - Cobrança de cotas de condomínio. Alienação fiduciária. Lei 9.514/97. Ilegitimidade passiva do credor fiduciário. A responsabilidade pelos encargos de condomínio, incidentes sobre imóvel adquirido por meio de alienação fiduciária, recai sobre o devedor fiduciante. Art. 27, §8º da lei 9.514/97.

Ilegitimidade passiva reconhecida. Correta a exclusão do credor fiduciário do pólo passivo da ação de cobrança. Negado seguimento ao recurso.”

(31)

Contribuição condominial

(Responsabilidade do fiduciante)

TJRJ – Apelação Cível nº 2009.001.08842 – Relator Des. Gabriel de Oliveira Zefiro

“Ação sumária de cobrança de obrigações condominiais. Verba que é vinculada à unidade autônoma que compõe o condomínio edilício. Pedido julgado procedente em relação ao credor fiduciário, com acolhimento da preliminar de ilegitimidade ad causam suscitada pelo devedor fiduciante, sob a alegação de que o inadimplemento rompeu com o pacto e consolidou a propriedade resolúvel em favor do mutuante. Premissa falsa e conclusão de igual natureza. O rateio das despesas condominiais não se fulcra no domínio que é oponível erga

omnes, mas na utilização efetiva dos bens e serviços da coisa comum. efetivada

a alienação do bem pela escritura de alienação fiduciária, a responsabilidade pelos encargos do condomínio será do mutuário/fiduciante até que o fiduciário seja imitido na posse, como a respeito é o teor do art. 27, §8º, da Lei 9.514/97. Precedentes do STJ. Recurso conhecido e provido para reformar a sentença e julgar procedente o pedido em relação ao segundo demandado e improcedente em relação ao primeiro réu.”

(32)

ENCARGOS TRIBUTÁRIOS BEM MÓVEL –

IPVA

REsp 1.344.288-MG – Dje 29.5.2015, rel. Min. Humberto Martins “Tributário. IPVA. Alienação fiduciária. Propriedade. Credor

fiduciário. Responsabilidade solidária.

1. Na alienação fiduciária, a propriedade é transmitida ao credor fiduciário em garantia da obrigação contratada, sendo o devedor tão somente o possuidor direto da coisa. 2. Sendo o credor fiduciário o proprietário do veículo, o reconhecimento da solidariedade se impõe, pois reveste-se da qualidade de possuidor indireto do veículo, sendo-lhe possível reavê-lo em face de eventual inadimplemento. 3. No mesmo sentido, mutatis

mutandis: AgRg no REsp 1066584/RS, Rel. Min. Benedito

Gonçalves, Primeira Turma, julgado em 16/3/2010, DJe 26/3/2010; REsp 744.308/DF, Rel. Min. Castro Meira, Segunda Turma, julgado em 12/8/2008, DJe 2/9/2008.”

(33)

ENCARGOS TRIBUTÁRIOS BEM MÓVEL –

IPVA

REsp 1.344.288-MG – Dje 29.5.2015 – ressalva do ponto de vista pessoal do Min. Mauro Campbell

“ [...] considerando que ao credor fiduciário é vedado

"apropriar-se" do bem, apenas no intervalo de tempo

entre a recuperação do veículo (através da busca e apreensão) e a sua venda, judicial ou extrajudicial, a terceiro, é que se torna possível impor-lhe responsabilidade por impostos e taxas incidentes sobre ele, ou seja, enquanto o credor fiduciário não exerce a posse direta sobre o veículo automotor, responde o devedor fiduciante pelos respectivos encargos tributários, como ocorre no regime da Lei 9.514/97.”

(34)

EXTINÇÃO NATURAL

DO CONTRATO DE ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA

• Com o pagamento da obrigação garantida, resolve-se

a propriedade fiduciária

• Obrigação do fiduciário de entregar ao fiduciante,

em 30 dias, o “termo de quitação”, sob pena de

multa de 0,5% do valor do contrato

• Reversão da propriedade ao fiduciante mediante

cancelamento da garantia fiduciária por averbação

do “termo de quitação”

(35)

EXTINÇÃO ANORMAL DO CONTRATO DE

ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA

Inadimplemento da obrigação garantida

(Lei 9.514, art. 27)

(36)

EXTINÇÃO DA DÍVIDA MEDIANTE “RESCISÃO” DA ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA ???

Apelação

0104383-79.2007.8.26.0100,

Câmara de Direito Privado do TJSP, rel. Des.

Alexandre Lazzarini, j. 23.2.2016

Fundamentos: a alienação fiduciária “envolve

relação de consumo e contrato de adesão”,

que, por si só, autorizaria o devedor fiduciante

a “postular a rescisão da avença, em virtude de

sua incapacidade financeira para continuar

honrando as parcelas”, com a consequente

exoneração da sua obrigação de pagar a dívida

contraída no contrato de financiamento.

(37)

EXTINGUE-SE A DÍVIDA MEDIANTE

PROEDIMENTO DE EXECUÇÃO

Embargos

Infringentes

n

o

0014916-27.2010.8.26.0604/50001, rel. Des. Francisco

Eduardo Loureiro, j. 11.8.2015

“Não se resolve contrato, mas sim se executa

garantia, o que é estruturalmente distinto

. A

construtora vendedora cumpriu integralmente

a sua prestação, entregando o imóvel e

celebrando o contrato de compra e venda.

Financiou o preço e tornou-se credora

fiduciária, com propriedade resolúvel sobre a

unidade autônoma.

(38)

EXTINGUE-SE A DÍVIDA MEDIANTE

PROEDIMENTO DE EXECUÇÃO

Disso decorre não mais existir contrato

bilateral a ser resolvido, por iniciativa de

qualquer das partes. Existe agora apenas e

tão somente contrato unilateral de mútuo

garantido por propriedade fiduciária. (...).

Resta apenas ao credor, se o caso, executar

a garantia real e levar o imóvel gravado a

leilão extrajudicial, nos exatos termos da L.

9.514/97, com o propósito único e exclusivo

de recuperar o seu crédito”

(39)

MORA

PROCEDIMENTOS PARA PURGAÇÃO

• Intimação pessoal do devedor pelo Oficial do

Registro de Imóveis, ou do RTD ou pelo Correio

com Aviso de Recebimento

• Intimação de terceiro prestador da garantia

• Demonstrativo do débito

• Purgação da mora no Registro de Imóveis

•(Lei 9.514, art. 27)

(40)

Proposta legislativa

• Criação da notificação por hora certa.

• Notificação feita ao porteiro de condomínio ou

conjuntos imobiliários com controle de acesso.

(41)

MORA – EFEITO DA PURGAÇÃO

Purgada a mora no prazo de 15 dias da intimação,

convalesce o contrato de alienação fiduciária, que

volta a seguir seu curso

(42)

CARACTERIZAÇÃO DO INADIMPLEMENTO

A não purgação da mora no prazo da

intimação caracteriza o inadimplemento

absoluto da obrigação garantida

(43)

DAÇÃO EM PAGAMENTO

A dação do direito eventual do

fiduciante importa em consolidação da

propriedade plena no antigo credor.

A dação dispensa o leilão (Lei

9.514/1997, § 7º do art. 26).

(44)

EFEITOS DO INADIMPLEMENTO

Extinção do contrato de alienação fiduciária

Consolidação da propriedade no patrimônio

do fiduciário.

(45)

REQUISITOS PARA CONSOLIDAÇÃO

• Requerimento do credor fiduciário ao

Oficial do Registro de Imóveis, instruído

com:

• Certidão de não-purgação e

• Comprovantes de pagamento do ITBI e

do laudêmio, se for o caso.

(46)

Proposta legislativa

Código Civil

Art. 1.364. (...). Parágrafo único. Os direitos reais de garantia ou constrições, inclusive as averbações de bloqueios e indisponibilidades de qualquer natureza, incidentes sobre o direito real de aquisição do bem móvel ou imóvel de que seja titular o fiduciante não obstam sua consolidação no patrimônio do credor e sua venda, mas sub-rogam-se no direito do fiduciante à percepção do saldo que eventualmente remanescer do produto da venda do bem.

(47)

REsp 1.447.687-DF, rel. Min. Villas Bôas Cueva, DJe 8.9.2014

“RECURSO ESPECIAL. AÇÃO ANULATÓRIA DE ARREMATAÇÃO. NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. ART. 535 DO CPC. NÃO OCORRÊNCIA. LEI Nº 9.514/97. ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA DE COISA IMÓVEL. LEILÃO EXTRAJUDICIAL. NOTIFICAÇÃO PESSOAL DO DEVEDOR FIDUCIANTE. NECESSIDADE. 1. Não há falar em negativa de prestação jurisdicional se o tribunal de origem motiva adequadamente sua decisão, solucionando a controvérsia com a aplicação do direito que entende cabível à hipótese, apenas não no sentido pretendido pela parte. 2. A teor do que dispõe o artigo 39 da Lei nº 9.514/97, aplicam-se as disposições dos artigos 29 a 41 do Decreto-Lei nº 70/66 às operações de financiamento imobiliário em geral a que se refere a Lei nº 9.514/97. 3. No âmbito do Decreto-Lei nº 70/66, a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça há muito se encontra consolidada no sentido da necessidade de intimação pessoal do devedor acerca da data da realização do leilão extrajudicial, entendimento que se aplica aos contratos regidos pela Lei nº 9.514/97.”

(48)

PROPOSTA LEGISLATIVA

Os leilões serão comunicados ao devedor

mediante

correspondência

dirigida

aos

endereços constantes do contrato, inclusive ao

endereço eletrônico.

Forma de comunicação equivalente à da

notificação do devedor fiduciante para purgar a

mora na alienação fiduciária do bem móvel (Lei

13.043/2014).

(49)

Código de Processo Civil – Lei 13.105/2015

Art. 330. A petição inicial será indeferida quando: I - for inepta;

(….)

§ 2o Nas ações que tenham por objeto a revisão de

obrigação decorrente de empréstimo, de financiamento ou de alienação de bens, o autor terá de, sob pena de inépcia, discriminar na petição inicial, dentre as obrigações contratuais, aquelas que pretende controverter, além de quantificar o valor incontroverso do débito.

§ 3o Na hipótese do § 2o, o valor incontroverso deverá

continuar a ser pago no tempo e modo contratados.

PAGAMENTO DA QUANTIA

INCONTROVERSA

(50)

• Prazo: 30 dias após consolidação

• Primeiro leilão: preço mínimo fixado no

contrato

• Segundo leilão: saldo devedor e acrescidos

• Código Civil:

“Art. 1.366. Quando, vendida a coisa, o produto

não bastar para o pagamento da dívida e das

despesas de cobrança, continuará o devedor

obrigado

pelo restante.”

(51)

Proposta legislativa: acréscimo de um parágrafo ao

art. 24 da Lei 9.514:

“Parágrafo único. No caso do inciso VI do caput

deste artigo, caso o valor convencionado pelas

partes seja inferior àquele atribuído pelo órgão

municipal competente para efeito do imposto de

transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato

oneroso, de bens imóveis, decorrente da

consolidação da propriedade em nome do credor

fiduciário, este será o valor mínimo para oferta do

imóvel no primeiro leilão.”

(52)

LEILÃO – PERDÃO DA DÍVIDA

Lei 9.514/1997,

“ART. 27 ...

§ 5º Se, no segundo leilão, o maior lance

oferecido não for igual ou superior ao valor

referido no § 2º, considerar-se-á extinta a

dívida e exonerado o credor da obrigação

de que trata o § 4º.”

(53)

LEILÃO – EXCEÇÃO AO PERDÃO DA

DÍVIDA

Lei nº 11.795/2008 - CONSÓRCIO

“Art. 14. No contrato de participação em grupo de consórcio, por adesão, devem estar previstas, de forma clara, as garantias que serão exigidas do consorciado para utilizar o crédito.

(...)

§ 6º Para os fins do disposto neste artigo, o oferecedor de garantia por meio de alienação fiduciária de imóvel ficará responsável pelo pagamento integral das obrigações pecuniárias estabelecidas no contrato de participação em grupo de consórcio, por adesão, inclusive da parte que remanescer após a execução dessa garantia.”

(54)

LEILÃO – PERDÃO DA DÍVIDA

Proposta legislativa

Restringir

o

perdão

da

dívida

aos

financiamentos

habitacionais,

dispondo

expressamente que nos demais casos o

devedor continuará respondendo pelo saldo

remanescente,

como

ocorre

nos

consórcios (Lei 11.795/2008).

(55)

REsp 1.433.031-DF

“Havendo previsão legal de aplicação do art. 34 do

DL nº 70/99 à Lei nº 9.514/97 e não dispondo esta

sobre a data limite para purgação da mora do

mutuário, conclui-se pela incidência irrestrita

daquele dispositivo legal aos contratos celebrados

com base na Lei nº 9.514/97, admitindo-se a

purgação da mora até a assinatura do auto de

arrematação. “

(56)

REsp 1.462.210-RS

“[...], o contrato não se extingue por força da

consolidação da propriedade em nome do credor

fiduciário, mas, sim, pela alienação em leilão público

do bem objeto da alienação fiduciária, após a lavratura

do auto de arrematação. 3. [...] o credor fiduciário, nos

termos do art. 27 da Lei nº 9.514/1997, não incorpora

o bem alienado em seu patrimônio, que o contrato de

mútuo não se extingue com a consolidação da

propriedade em nome do fiduciário (...), e a ausência

de prejuízo para o credor, a purgação da mora até a

arrematação

não

encontra

nenhum

entrave

procedimental.”

(57)

REsp 1.518.085-RS, DJe 20.5.2015, rel. Min. Marco Aurélio Bellizze

“1. É possível a quitação de débito decorrente de contrato de

alienação fiduciária de bem imóvel (Lei nº 9.514⁄1997), após a consolidação da propriedade em nome do credor fiduciário. Precedentes.

2. No âmbito da alienação fiduciária de imóveis em garantia, o

contrato não se extingue por força da consolidação da propriedade em nome do credor fiduciário, mas, sim, pela alienação em leilão público do bem objeto da alienação fiduciária, após a lavratura do auto de arrematação.”

(58)

Restituição das quantias pagas.

Prevalência do art. 27 da Lei 9.514 sobre o art. 53

CDC

AgIn no REsp 932750-SP (8.2.2008) AgIn no REsp 1.160.549-RS (3.9.2012)

“Em verdade, a situação fática dos autos discrepa daquela em que

firmado o entendimento desta Corte Superior, conforme julgados colacionados; trata-se, in casu, de alienação fiduciária em garantia de bens imóveis e não de simples promessa de compra e venda (...) a solução da controvérsia, seja ela buscada no âmbito do conflito de normas, seja pela ótica da inexistência de conflitos entre os dispositivos normativos em questão, leva à prevalência da norma específica de regência da alienação fiduciária de bens imóveis, concluindo-se, por conseguinte, pelo descabimento da pretensão de restituição das prestações adimplidas, por força dos §§ 4º, 5º e 6º do art. 27 da Lei nº 9.514/97.”

(59)

Restituição das quantias pagas.

Prevalência do art. 27 da Lei 9.514 sobre o art. 53

do CDC

Recurso Especial 1.230.384-SP (3.4.2013)

“A regra especial do § 4º da Lei n. 9.514/97 claramente estatui que a restituição ao devedor, após a venda do imóvel em leilão, será do valor do saldo que sobejar ao total da dívida apurada. Portanto, existe regra especial para a situação jurídica em questão, que deve preponderar sobre a regra geral do Código de Defesa do Consumidor.”

(60)

Restituição das quantias pagas.

Prevalência do art. 27 da Lei 9.514 sobre o art. 53

do CDC

AgRg no AgRg no REsp 1.172.146-SP, DJe 26.6.2015, rel. Min. Antonio Carlos Ferreira

“[...] 3. A Lei n. 9.514⁄1997, que instituiu a alienação fiduciária de bens imóveis, é norma especial e também posterior ao Código de Defesa do Consumidor - CDC. Em tais circunstâncias, o inadimplemento do devedor fiduciante enseja a aplicação da regra prevista nos arts. 26 e 27 da lei especial.”

(61)

Resp 1.155.716 – DF, rel. Min. Nancy Andrighi, j.

13.3.20121

“SFI – Sistema Financeiro Imobiliário. Lei

9.514/97. Alienação fiduciária de bem imóvel.

Inadimplemento do fiduciante. Consolidação do

imóvel na propriedade do fiduciário. Leilão

extrajudicial.

Suspensão.

Irregularidade

na

intimação. Pretensão, do credor, a obter a

reintegração da posse do imóvel anteriormente

ao leilão disciplinado pelo art. 27 da Lei 9.514/97.

Possibilidade. Interpretação sistemática da Lei.”

REINTEGRAÇÃO DE POSSE ANTES DO

LEILÃO

(62)

REsp 1.328.656-GO rel. Min. Marco Buzzi, j. 16.8.2012 “Recurso especial (Art. 105, III, "A" E "C", DA CF) – Ação de reintegração de posse – Alienação fiduciária de imóvel – Retomada do bem por iniciativa do credor fiduciário após frustrados leilões extrajudiciais – hipótese que autoriza a fixação de taxa de ocupação do imóvel enquanto mantido em poder do devedor fiduciante - Art. 37-A da Lei n. 9.514/1997 – Vedação ao enriquecimento sem causa – Recurso provido.”

(63)

RECUPERAÇÃO DE EMPRESA

Lei nº 11.101/2005

“Art. 49. Estão sujeitos à recuperação judicial todos os créditos existentes na data do pedido, ainda que não vencidos.

(...)

§ 3º Tratando-se de credor titular da posição de proprietário fiduciário de bens móveis ou imóveis, de arrendador mercantil, de proprietário ou promitente vendedor de imóvel cujos respectivos contratos contenham cláusula de irrevogabilidade ou irretratabilidade, inclusive em incorporações imobiliárias, ou de proprietário em contrato de venda com reserva de domínio, seu crédito não se submeterá aos efeitos da recuperação judicial e prevalecerão os direitos de propriedade sobre a coisa e as condições contratuais, observada a legislação respectiva, não se permitindo, contudo, durante o prazo de suspensão a que se refere o § 4º do art. 6º desta Lei, a venda ou a retirada do estabelecimento do devedor dos bens de capital essenciais a sua atividade empresarial.”

(64)

FALÊNCIA DO DEVEDOR

Lei nº 11.101/2005

“Art. 119. Nas relações contratuais a seguir mencionadas prevalecerão as seguintes regras:

(...)

IX – os patrimônios de afetação, constituídos para cumprimento de destinação específica, obedecerão ao disposto na legislação respectiva, permanecendo seus bens, direitos e obrigações separados dos do falido até o advento do respectivo termo ou até o cumprimento de sua finalidade, ocasião em que o administrador judicial arrecadará o saldo a favor da massa falida ou inscreverá na classe própria o crédito que contra ela remanescer.”

(65)

CESSÃO FIDUCIÁRIA

RECUPERAÇÃO DE EMPRESA

Recurso Especial 1.202.918-SP, DJe. 10.4.2013 Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva

“Recurso Especial. Recuperação Judicial. Cédula de crédito garantida por cessão fiduciária de direitos creditórios. Natureza jurídica. Propriedade fiduciária. Não sujeição ao processo de recuperação judicial. Trava bancária.

1. A alienação fiduciária de coisa fungível e a cessão fiduciária de direitos sobre coisas móveis, bem como de títulos de crédito (ou possuem a natureza jurídica de) propriedade fiduciária, não se sujeitando, portanto, aos efeitos da recuperação judicial, nos termos do art. 49, § 3º, da Lei nº 11.101/2005.”

(66)

CESSÃO FIDUCIÁRIA

RECUPERAÇÃO DE EMPRESA

Recurso Especial 1.257.161-MT, j. 30.9.2013 Decisão monocrática Ministro Sidnei Beneti.

“Com relação à questão de mérito, o Acórdão recorrido está em conformidade com a orientação das Turmas que compõem a Segunda Seção desta Corte no sentido de que o crédito garantido por cessão fiduciária não se submete ao processo de recuperação judicial, uma vez que possui a mesma natureza de propriedade fiduciária, podendo o credor valer-se da chamada trava bancária. (...) Ante o exposto, nega-se seguimento ao Recurso Especial.”

(67)

CESSÃO FIDUCIÁRIA

RECUPERAÇÃO DE EMPRESA

AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL 1181533 - DJe 10.12.2013, rel. Min. Luis Felipe Salomão

“Agravo Regimental em Recurso Especial. Direito empresarial. Recuperação judicial. Créditos resultantes de arrendamento mercantil e com garantia fiduciária. Não submissão à recuperação. 1. Interpretando o art. 49, § 3º, da Lei n. 11.101/2005, a jurisprudência entende que os créditos decorrentes de arrendamento mercantil ou com garantia fiduciária - inclusive os resultantes de cessão fiduciária - não se sujeitam aos efeitos da recuperação judicial. ”

Referências

Documentos relacionados

O devedor-fiduciante que descumpre a obrigação pactuada e não entrega a coisa ao credor-fiduciário não se equipara ao depositário infiel, passível de prisão civil, pois o contrato

PONTA GROSSA ASSOCIAÇÃO DE MORADORES DA VILA KENNEDY I E II E ADJACÊNCIAS. 20 A 29 19H

Os crachás serão enviados na quantidade exata de 04 (1 por chapa), para cada urna. B) FISCAIS NO LOCAL DE VOTA- ÇÃO – é vedada a permanência de mais de um fiscal por chapa na

O comportamento eficiente dos edifícios face à acção sísmica pode ser conseguido com um adequado sistema resistente, com distribuição apropriada de rigidez e massa e com

13.3 - Se a licitante vencedora deixar de aceitar ou não assinar o Contrato dentro de 02 (dois) dias úteis contados da data de recebimento da notificação, e sem

período colonial. Todavia, esse sistema de transporte veio a encerrar suas atividades no final do século XIX, quando o transporte ferroviário passou a responder por todas as trocas

Após a averbação da consolidação da propriedade fiduciária no patrimônio do credor fiduciário e até a data da realização do segundo leilão, é assegurado ao devedor

Os direitos do credor fiduciário e os do devedor fiduciante são penhoráveis, no caso do fiduciário, será penhorado o direito creditório do qual ele é titular, o que automaticamente