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Decisão interlocutória
Vistos e etc.,
I. BREVE INTRODUÇÃO:
1. Este juízo está ciente de que houve a reversão da convolação da
falência em recuperação judicial, permitindo a reelaboração do plano de
soerguimento a ser objeto de votação pelos credores sujeitos ao procedimento.
Constou no acórdão o seguinte:
Assim, considero ser de rigor a cassação da decisão que convolou a recuperação
judicial em falência, devendo ser convocada nova assembleia para deliberação
sobre o novo plano de recuperação a ser apresentado pela devedora em atividade
(Diplomata S/A - Industrial e Comércio), tendo em vista a natural alteração das
condições econômica, financeira e patrimonial apresentadas em 2014 (ano de
apresentação do plano original). Na ocasião, as objeções dos credores também
deverão ser submetidas ao exame do órgão deliberativo (REsp n. 1.587.559/PR).
2. Para fins de cumprimento do v. acórdão do Superior Tribunal de
Justiça será outorgado ao devedor a oportunidade de valer-se do rito legal com a
manutenção da suspensão das execuções dos créditos sujeitos à recuperação
judicial somente até a assembleia geral de credores a ser convocada para votação o
plano.
3. Em tempo, consigno que a cassação da sentença não significa a
desconstituição de todos os atos praticados (art. 281 do NCPC), cabendo aos
interessados indicar os fundamentos de cada pretensão nos autos próprios. No
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mais, declaro a suspensão temporária dos incidentes falimentares (art. 313, inc. I e V
do NCPC) ao menos até a votação do plano
1.
4. No mais, passo a fazer algumas considerações para adequar o
rumo do processo.
II. REQUISITOS DO PLANO DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL (ART. 52 DA LRF):
5. O plano deverá ser apresentado levando em conta o quadro de
credores a ser apresentado pelo Administrador Judicial (art. 7, §2º, art. 14 c/c art. 39
da LRF). Eventual discordância do devedor, credor ou Ministério Público poderá ser
manejada via habilitação/impugnação (art. 8º da LRF).
6. Em seguida, a recuperanda deverá, no prazo legal de 60
(sessenta) dias úteis, obedecer, rigorosamente, o disposto no artigo 53 da Lei n.
11.101/05:
Art. 53. O plano de recuperação será apresentado pelo devedor em juízo no prazo
improrrogável de 60 (sessenta) dias da publicação da decisão que deferir o
processamento da recuperação judicial, sob pena de convolação em falência, e
deverá conter:
I – discriminação pormenorizada dos meios de recuperação a ser empregados,
conforme o art. 50 desta Lei, e seu resumo;
1 Trecho do voto da Exma. Min. Maria Isabel Gallotti: “Observo que o voto de Sua Excelência deixa claro que deverá, dado o
decurso do tempo, ser apresentado outro plano de recuperação que será submetido à assembléia, juntamente com a apreciação das impugnações dos credores, podendo haver até mesmo a rejeição do plano ou, posteriormente, a convolação em falência, presentes os pressupostos legais”.
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II – demonstração de sua viabilidade econômica;
III – laudo econômico-financeiro e de avaliação dos bens e ativos do devedor,
subscrito por profissional legalmente habilitado ou empresa especializada.
Parágrafo único. O juiz ordenará a publicação de edital contendo aviso aos
credores sobre o recebimento do plano de recuperação e fixando o prazo para a
manifestação de eventuais objeções, observado o art. 55 desta Lei.
7. Três considerações importantes: A primeira é no sentido de que
a viabilidade econômica deve trazer demonstração objetiva e matemática
2abarcando todo universo de credores das recuperandas, sejam concursais ou não
3.
A segunda é que a impropriedade, falseamento ou dolo na elaboração do laudo
2 Essa é a lição de Rachel Sztajn: “Viável é o que pode ser executado, que pode ser duradouro. Portanto, o que se requer é
uma demonstração matemática, não jurídica, de que, aplicadas as medidas saneadoras desenhadas no plano, a crise será superada. Sem pretender polemizar, o que interessa, efetivamente, avaliar em qualquer projeto, são as premissas em que se assenta” (in Comentários à recuperação de Empresas e Falência, 2007, Coord. Francisco Satiro de Souza Júnior e outros. São Paulo, RT, 2007, p. 267).
3 Enunciado 78 da II Jornada de Direito Comercial organizada pelo CJF: “O pedido de recuperação judicial deve ser instruído
com a relação completa de todos os credores do devedor, sujeitos ou não à recuperação judicial, inclusive fiscais, para um completo e adequado conhecimento da situação econômico-financeira do devedor”.
Justificativa: O inc. III do art. 51 da LRF não distingue entre créditos sujeitos ou não à recuperação judicial. Ao contrário, requer a relação completa dos credores e, pela referência expressa às obrigações de fazer e de dar, evidencia o escopo de obter uma relação o mais completa possível dos créditos do devedor, o que tem sido reconhecido pela doutrina e por exemplares decisões judiciais. Nada obstante, a observância desta exigência legal não tem sido prática constante em boa parte das recuperações judiciais, tornando precárias as informações disponíveis a respeito do devedor, comprometendo-se a racionalidade das deliberações dos credores. É essencial, para uma adequada deliberação do credor quanto ao plano de recuperação judicial, que o devedor assegure o pleno conhecimento de sua situação econômico-financeira. Trata-se de uma decorrência natural do princípio da boa-fé objetiva, a exigir a transparência do devedor para a perfeita compreensão de sua condição econômico-financeira pelos credores.
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econômico-financeiro e de avaliação é passível de responsabilização pessoal
4. A
terceira e última diz respeito aos dados a serem fornecidos para fins de cumprimento
do art. 53, inc. III. São eles: fluxo de caixa, EBITDA, capacidade de pagamento,
ativo, passivo, balanço
5.
8. O descumprimento desta disposição implica na convolação em
falência.
9. Apresentado o plano de recuperação judicial qualquer credor
poderá formular sua objeção no prazo de 30 (trinta) dias úteis, ocasião em que será
convocada a assembleia geral de credores. Neste mesmo prazo, o Administrador
Judicial deverá apresentar seu parecer sobre o plano de recuperação judicial.
10. Com relação a fase de controle judicial prevista no art. 58 da
LRF, importante assentar alguns paradigmas de legalidade bem estabelecidos pela
doutrina e jurisprudência, no intuito de evitar nulidades capazes de modificar o plano
de recuperação judicial. São eles: a) observância do art. 49, § 1º; 50, §1º e §2º; art.
4 in Osmar Brina Côrrea-Lima e Sérgio Mourão Corrêa Lima - Comentários à Nova Lei de Falência e Recuperação de
Empresas, Ed. Forense, 2009, p.386.
5 RECUPERAÇÃO JUDICIAL. Convolação em falência, em virtude de não constar do plano de recuperação judicial os
documentos exigidos pelo art. 53, III, da Lei 11.101/2005, mesmo após diversas oportunidades para sua apresentação. Inviabilidade de, após quatro anos de formulação do pedido de recuperação judicial, os documentos essenciais ainda não se encontrarem nos autos, apesar dos insistentes pedidos feitos pelo administrador judicial. Instituto que não se presta a servir de estratégia para ganhar tempo e atrasar a decisão de anterior pedido de falência. Recurso não provido. (TJSP - Ai. n. 0052803-43.2012.8.26.0000, Des. Francisco Loureiro; Comarca: Guarulhos; Órgão julgador: 1ª Câmara Reservada de Direito Empresarial; Data do julgamento: 18/09/2012; Data de registro: 18/09/2012)
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54; art. 59; art. 60; art. 61; art. 66 e demais disposições normativas de caráter
cogente; b) dever de estipular obrigações devidamente discriminadas, com valores
líquidos e data de vencimento, inclusive no caso de parcelamento
6; c) proibição de
omissão ou desproporcionalidade referente a estipulação correção monetária e
juros; d) proibição de abusividade, fraude, onerosidade excessiva, cláusulas
genéricas e violação aos princípios gerais de direito (moralidade, ética e boa-fé); e)
proibição de inclusão de bem em nome de terceiro sem prévia e expressa
autorização; f) vedação de tratamento desigual entre credores de mesma classe.
III. SOBRE A GESTÃO DAS EMPRESAS:
11. A sentença de quebra produziu efeitos sobre a representação
das falidas, bem como sobre a gestão das atividades empresariais. Contudo, diante
de sua reversão é preciso retornar ao status quo anterior.
12. A representação das recuperandas opera-se de pleno direito,
cabendo apenas ser formalizada mediante alteração dos documentos
correspondentes.
13. No que tange à gestão, embora seja compreensível a intenção
de retomada imediata das atividades, certo é que a transição precisa ser feita de
forma organizada e programada para que a empresa e o mercado (cadeia de
6 TJPR - 17ª C.Cível - AI - 1013744-3 - Colombo - Rel.: Lauri Caetano da Silva - Unânime - - J. 11.09.2013; TJPR - 17ª
C.Cível - AI - 984482-0 - Cascavel - Rel.: Mário Helton Jorge - Unânime - - J. 13.11.2013
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fornecedores, produtores e demais contratantes) não sofram nenhum choque
repentino. Afinal, foram mais de dois anos de condução de atividade pela gestão
judicial.
14. Rememore-se que essa mesma cautela foi utilizada na execução
do afastamento dos (até então) falidos, já que a medida não foi aplicada de forma
imediata e automática, só vindo a ser efetivada (praticamente) três meses após a
sentença de quebra. Por óbvio, não se está dizendo que idêntico lapso temporal
deverá ser observado, mas apenas que a transição deverá ser realizada sem
surpresas ou sobressaltos.
15. Por conta disso, antes de apreciar o pedido feito nos movs.
51680, 51682, 51732 e 51733, com base no art. 10 do NCPC, entendo prudente
ouvir o Gestor Judicial e o Administrador Judicial no prazo comum de 05 (cinco) dias
corridos, em seguida o Ministério Público por igual prazo.
16. Intime-se por telefone.
17. Consigne-se que, independente da titularidade da gestão, caberá
ao devedor elaborar o plano de recuperação judicial no prazo designado acima, pois,
ainda que não esteja à testa do negócio, possui pleno acesso aos documentos e
registros contábeis, como aliás já vinha ocorrendo no período da falência mediante
prestações de contas e reuniões mensais.
18. Fica consignado que os representantes legais, pessoalmente ou
por seus prepostos, poderão agendar reunião com o gestor judicial para obter as
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informações necessárias sobre as empresas, para fins do art. 53 da LRF, de modo
que o prazo de 60 (sessenta) dias úteis concede tempo razoável para elaboração do
plano.
19. Enquanto não houver a retomada da administração, cabe ao
Gestor Judicial disponibilizar a direta contratação - de acordo com valor de mercado
e sem sacrifício da rentabilidade - para o custeio de serviços de interesse das
recuperandas, a exemplo de serviço jurídico para defesa nos processos em
andamento. Os representantes das recuperandas podem provocá-lo para tal fim,
desde que o faça de modo fundamentado e amparado na boa-fé e razoabilidade.
IV. SOBRE OS AUXILIARES DO JUÍZO:
20. É preciso reconhecer que o retorno da recuperação judicial
implica na modificação do método de remuneração dos auxiliares do juízo. Neste
ponto, a Lei de Recuperação de Empresas e Falência estabelece que:
Art. 24. O juiz fixará o valor e a forma de pagamento da remuneração do
administrador judicial, observados a capacidade de pagamento do devedor, o grau
de complexidade do trabalho e os valores praticados no mercado para o
desempenho de atividades semelhantes.
§1º. Em qualquer hipótese, o total pago ao administrador judicial não excederá 5%
(cinco por cento) do valor devido aos credores submetidos à recuperação judicial
ou do valor de venda dos bens na falência. [...]
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21. Vale salientar que este Egrégio Tribunal de Justiça já decidiu
pela admissibilidade da alteração dos honorários do Administrador Judicial, senão
vejamos:
Nos casos em que a remuneração do profissional não condiz com a realidade da
recuperação judicial em que atua, de acordo com os pressupostos legalmente
previstos, nada impede a reanálise da matéria pelo Magistrado processante – seja
para majorar ou minorar o valor -, observado o limite legal de 5%. (TJPR - 17ª
C.Cível - AI - 1021163-3 - Maringá - Rel.: Lauri Caetano da Silva - Unânime - J.
06.11.2013)
22. Para fins de estipulação do quantum, três critérios que devem
ser observados: a) a capacidade de pagamento do devedor; b) o grau de
complexidade do trabalho; c) os valores praticados no mercado.
22.1. Da capacidade de pagamento do devedor: Pelo que consta nos autos,
as Recuperandas possuem relevante ativo e uma dívida consolidada de
aproximadamente R$ 1.000.000.000,00 (hum bilhão de reais). Neste ponto,
também deve ser sopesada a constatação de que as Recuperandas fazem parte
de um forte grupo econômico da região oeste do Paraná controlado pelo Sr.
Jacob Alfredo Kaefer e seus familiares. Além disso, outra questão merece relevo.
Muito embora o patrimônio da pessoa jurídica não se confunda com a de seus
sócios ou de sua entidade familiar, não pode passar despercebido o fato
verificado - após a juntada da cópia integral da Execução n. 2189/2009 no
incidente 0012970-60.2014.8.16.0021 (movs. 6.108 e 6.109) pelos fundamentos
já expostos na alínea b2 do item 3 da decisão 3382.1 - que o Sr. Jacob Kaefer,
ex-sócio da Diplomata e companheiro da controladora Clarice Roman, enquanto
avalista de um negócio firmado pela Recuperanda junto a credora Law Debeture,
nos meses de fevereiro e abril do corrente ano, realizou pagamentos
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espontâneos nos valores de R$ 2.439.700,00 (dois milhões e quatrocentos e
trinta e nove mil e setecentos reais) e R$ 2.310.000,00 (dois milhões e trezentos
e dez mil reais), respectivamente. Como as quantias despendidas são
incompatíveis com a profissão desempenhada pelo Sr. Jacob Kaefer, reforça-se
a ideia de que o faturamento das Recuperandas, apesar das dificuldades,
suporta a remuneração dos auxiliares do juízo.
22.2. Grau de complexidade do trabalho: Neste ponto, vale salientar que é
inquestionável a complexidade da presente Recuperação Judicial, posto que
envolve mais de 10.000 credores (concursais e não concursais) e inúmeros
interessados no desfecho deste processo. Entre as controvérsias verifica-se
situações altamente complexas envolvendo operações financeiras, contratos
atípicos, multidisciplinaridade, denúncia de práticas abusivas, fraudulentas e
ilegais. Tudo isso corrobora para a necessidade de uma capacitada equipe de
profissionais comprometida com o desenvolvimento processual adequado, seja
no que tange a qualidade das informações, pareceres e dados a serem
fornecidos, seja para a intransigente defesa da legalidade, moralidade e justiça.
22.3. Dos valores praticados no mercado: O mercado regula-se livremente.
Além da lei da “oferta e da procura”, a meritocracia talvez seja o parâmetro mais
justo para estipulação de preço. Os auxiliares nomeados atendem aos padrões
de qualidade e proficiência esperados nesta área e desde as respectivas
nomeações vêm desempenhando a função com transparência, rigor e presteza.
22.4. Arbitramento do valor: Considerando os três critérios previstos no art. 24
da Lei 11.101/05, bem como as balizas estipuladas pela jurisprudência do
Tribunal de Justiça do Estado do Paraná sobre o tema e o corpo de auxiliares
que atuarão em cooperação, fixo a remuneração do ADMINISTRADOR
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JUDICIAL em 24 (vinte e quatro) parcelas mensais de R$ 70.000,00 (setenta mil
reais), que poderá sofrer alteração caso a recuperação judicial se prolongue por
além do tempo esperado.
22.5. Do vencimento dos auxiliares: A remuneração do GESTOR JUDICIAL
fica mantida enquanto perdurar seus serviços (R$ 50.000,00 + 7% do lucro
líquido aferido ao final da gestão), ainda que durante a recuperação judicial. Os
AUXILIARES JURÍDICOS devem sofrer redução em suas remunerações, pois
embora o administrador judicial atue fiscalizando e emitindo pareceres nas
principais controvérsias, certo é que caberá as recuperandas a representação
processual nas questões de seu interesse. Nestes termos, arbitro para cada
escritório de advocacia a quantia mensal de R$ 8.000,00 (oito mil reais).
22.6. Conclusão: A magnitude e complexidade do processo podem ser
resumidas no seguinte trecho de notícia publicada pelo Superior Tribunal de
Justiça: “Segundo o Ministério Público Federal, o caso representa a quarta maior
falência do país. O grupo teria dívidas superiores a R$ 1,6 bilhão, com 10.047
credores”
7. O encaminhamento deste feito jamais será feito de forma adequada,
célere e eficaz sem o auxílio dos profissionais habilitados. No mais, o total
mensal a ser despendido para fins de remuneração (R$ 136.000,00/mês) é
consentâneo ao porte econômico do conglomerado e se enquadra naquilo que
vinha sendo praticado no período de continuação falimentar, de modo que os
resultados mensais permitiam o suporte deste custeio sem prejudicar a
rentabilidade e o desenvolvimento das atividades comerciais, conforme
demonstra os autos de prestação de contas n. 0002067-29.2015.8.16.0021.
7
http://www.stj.jus.br/sites/STJ/default/pt_BR/Comunica%C3%A7%C3%A3o/noticias/Not%C3%ADcias/Quarta-Turma-cassa-decis%C3%A3o-que-decretou-fal%C3%AAncia-do-Grupo-Diplomata
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V. SOBRE AS HABILITAÇÕES E EXECUÇÕES PARALISADAS OU EM CURSO:
23. Sujeitam-se à recuperação judicial apenas os créditos existentes
e constituídos até o ajuizamento do pedido (03 de agosto de 2012), ressalvado o
disposto no art. 6, §7º, art. 49, §3º e§ 4º da LRF.
24. No particular, sabe-se que é expressiva a quantidade de créditos
não submetidos, o que poderia desencadear uma alucinada corrida em busca da
satisfação individual.
25. Para evitar a desintegração da função social e do going concern
value mostra-se prudente salientar que os bens essenciais das devedoras não
poderão sofrer constrição enquanto vigente o stay period previsto.
26. Cabe ao juízo da recuperação judicial a competência para definir
se determinado bem é essencial, assim como a prática de todos os atos constritivos
envolvendo patrimônio das devedoras, independentemente do crédito estar sujeito
ou não ao procedimento especial.
27. Deve ficar claro que a execução e embargos do devedor
continuam no juízo de origem, salvo no tocante aos atos expropriatórios e
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constritivos contra as recuperandas, que ficam a cargo do juízo da 1ª Vara Cível de
Cascavel
8.
8 [...] Segundo a jurisprudência desta Corte, como forma de preservar tanto o direito creditório quanto a viabilidade do plano de
recuperação judicial, a execução de créditos trabalhistas constituídos depois do pedido de recuperação judicial deve prosseguir no Juízo universal. 4. Conflito de competência conhecido para declarar competente o Juízo de Direito da 2ª Vara Cível de Blumenau/SC. (CC 145.027/SC, Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 24/08/2016, DJe 31/08/2016)
[...] O prosseguimento de execuções fiscais objetivando a alienação do patrimônio de sociedade alienada em conformidade com plano de recuperação judicial é ato que, em princípio, invade a competência do juízo da recuperação. - Agravo não provido. (AgRg no CC 116.036/SP, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 24/10/2012, DJe 30/10/2012)
CONFLITO POSITIVO DE COMPETÊNCIA. RECUPERAÇÃO JUDICIAL. AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO. BEM MÓVEL. ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA. ATIVIDADE EMPRESARIAL. ESSENCIALIDADE O BEM. AFERIÇÃO. COMPETÊNCIA DO JUÍZO UNIVERSAL. 1. Ainda que se trate de créditos garantidos por alienação fiduciária, compete ao juízo da recuperação judicial decidir acerca da essencialidade de determinado bem para fins de aplicação da ressalva prevista no art. 49, § 3º, da Lei nº 11.101/2005, na parte que não admite a venda ou a retirada do estabelecimento do devedor dos bens de capital essenciais ao desenvolvimento da atividade empresarial. 2. Impossibilidade de prosseguimento da ação de busca e apreensão sem que o juízo quanto à essencialidade do bem seja previamente exercitado pela autoridade judicial competente, ainda que ultrapassado o prazo de 180 (cento e oitenta dias) a que se refere o art. 6º, § 4º, da Lei n. 11.101/2005. 3. Conflito de competência conhecido para declarar a competência do Juízo de Direito da 1ª Vara dos Feitos de Relação de Consumo Cíveis e Comerciais da Comarca de Barreiras/BA. (CC 121.207/BA, Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 08/03/2017, DJe 13/03/2017)
[...] ATOS DE EXECUÇÃO. MONTANTE APURADO. SUJEIÇÃO AO JUÍZO RECUPERAÇÃO JUDICIAL. ART. 6º, § 4º, DA LEI N. 11.101/05. RETOMADA DAS EXECUÇÕES INDIVIDUAIS. AUSÊNCIA DE RAZOABILIDADE. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA ESTADUAL. DECISÃO AGRAVADA MANTIDA. 1. Com a edição da Lei n. 11.101, de 2005, respeitadas as especificidades da falência e da recuperação judicial, é competente o respectivo Juízo para prosseguimento dos atos de execução, tais como alienação de ativos e pagamento de credores, que envolvam créditos apurados em outros órgãos judiciais, inclusive trabalhistas, ainda que tenha ocorrido a constrição de bens do devedor. (AgRg no CC 110.287/SP, Rel. Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 24/03/2010, DJe 29/03/2010)
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28. As execuções contra coobrigados e corresponsáveis solidários,
ainda que pela via da desconsideração da personalidade jurídica, podem prosseguir
normalmente perante o juízo competente
9:
STJ. Súmula 581 - A recuperação judicial do devedor principal não impede o
prosseguimento das ações e execuções ajuizadas contra terceiros devedores
solidários ou coobrigados em geral, por garantia cambial, real ou fidejussória.
DIREITO EMPRESARIAL. RECUPERAÇÃO JUDICIAL. CRÉDITO DE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS POSTERIOR AO PEDIDO. NÃO SUJEIÇÃO AO PLANO DE RECUPERAÇÃO E A SEUS EFEITOS. PROSSEGUIMENTO DA EXECUÇÃO NO JUÍZO COMUM. RESSALVA QUANTO A ATOS DE ALIENAÇÃO OU CONSTRIÇÃO PATRIMONIAL. COMPETÊNCIA DO JUÍZO UNIVERSAL. PRINCÍPIO DA PRESERVAÇÃO DA EMPRESA. 1. Os créditos constituídos depois de ter o devedor ingressado com o pedido de recuperação judicial estão excluídos do plano e de seus efeitos (art. 49, caput, da Lei n. 11.101/2005). [...] surgido posteriormente ao pedido de recuperação não possa integrar o plano, pois vulnera a literalidade da Lei n. 11.101/2005, há de ser usado o mesmo raciocínio que guia o art. 49, § 3º, da Lei n. 11.101/2005, segundo o qual mesmo os credores cujos créditos não se sujeitam ao plano de recuperação não podem expropriar bens essenciais à atividade empresarial, na mesma linha do que entendia a jurisprudência quanto ao crédito fiscal, antes do advento da Lei n. 13.043/2014. 5. Assim, tal crédito não se sujeita ao plano de recuperação e as execuções prosseguem, mas o juízo universal deve exercer o controle sobre atos de constrição ou expropriação patrimonial, aquilatando a essencialidade do bem à atividade empresarial. (REsp 1298670/MS, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 21/05/2015, DJe 26/06/2015)
9 PROCESSUAL CIVIL. CONFLITO DE COMPETÊNCIA. RECUPERAÇÃO JUDICIAL. EXECUÇÃO TRABALHISTA.
DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA PELA JUSTIÇA DO TRABALHO. CONSTRIÇÃO DE BENS DOS SÓCIOS. NÃO CONFIGURAÇÃO DE CONFLITO. 1. A desconsideração da personalidade jurídica ou o reconhecimento da existência de grupo econômico não é de competência exclusiva do Juízo que processa a recuperação judicial. 2. Não se configura conflito de competência quando constrito bem de sócio da empresa em recuperação judicial, à qual, na Justiça do Trabalho, foi aplicada tal providência. Isso porque, em princípio, salvo decisão do Juízo da recuperação em sentido contrário, os bens dos sócios ou de outras sociedades do mesmo grupo econômico da devedora não estão sujeitos à recuperação judicial. Precedentes. 3. Atuando as autoridades judiciárias no âmbito de sua competência, não se configura conflito positivo. 4. Conflito de competência não conhecido. (CC 124.065/SP, Rel. Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 26/10/2016, DJe 03/11/2016)
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29. Portanto, não estão mais suspensas e não ensejam conflito de
competência a pretensão ocasionalmente formulada contra as seguintes pessoas:
PESSOAS JURÍDICAS
NOME CNPJ Incidente de Responsabilidade
1) Act Capital Brazil Ltda. 14.260.419/0001-97 0014614-04.2015.8.16.0021 2) Act Fomento Mercantil Ltda. 07.631.011/0001-19 0014614-04.2015.8.16.0021 3) Aeroporto Regional Oeste Paraná Ltda. 09.311.826/0001-46 0037404-16.2014.8.16.0021 4) Alfredo Kaefer & Cia Ltda. 01.266.052/0001-77 0037371-26.2014.8.16.0021 5) Boa Vista Agropecuária Ltda. 07.816.678/0001-96 0037381-70.2014.8.16.0021 6) Cizal Construções e Empreendimentos Ltda. 76.427.772/0001-76 0037381-70.2014.8.16.0021 7) Coretuba Distribuição e Varejo Ltda. 19.230.922/0001-13 0014613-19.2015.8.16.0021 8) Dip Card Administradora de Cartõres de Crédito Ltda. 04.843.070/0001-62 0037402-46.2014.8.16.0021 9) Dip Flex Comércio de Cartões de crédito Ltda. 08.988.975/0001-81 0037402-46.2014.8.16.0021 10) Diplomata Agro Avícola Ltda. 03.720.774/0001-85 0014616-71.2015.8.16.0021
11) Diplomata Cascavel Cereais Ltda. -- 0037392-02.2014.8.16.0021
12) Diplomata Oeste Avicultura Ltda. -- 0037392-02.2014.8.16.0021
13) Dip Petróleo Distribuidor de Combustíveis Ltda. 07.697.706/0001-01 0037375-63.2014.8.16.0021 14) Diplomata Distribuição e Varejo (Super Dip) 76.546.399/0001-72 0037410-23.2014.8.16.0021 15) Ecco Nature Ambiental Ltda. 14.590.627/0001-54 0037389-47.2014.8.16.0021 16) Electryx Serviços Elétricos Ltda. 11.456.812/0001-62 0037384-25.2014.8.16.0021 17) Instituto Alfredo Kaefer 07.428.187/0001-78 0001906-19.2015.8.16.0021 18) Interagro Indústria e Comércio Ltda. 03.884.016/0001-00 0037396-39.2014.8.16.0021 19) Interagro Frigor Ltda. 14.915.956/0001-28 0037396-39.2014.8.16.0021 20) J.A.S Kaefer Indústria e Comércio de Alimentos Ltda.-ME 80.583.008/0001-67 0019464-04.2015.8.16.0021 21) Kaemam Agrícola Ltda. 08.988.994/0001-08 0037375-63.2014.8.16.0021 22) Mineral Stone Ltda. 14.590.639/0001-24 0037404-16.2014.8.16.0021 23) Mp Baldini e Cia. Ltda. 05.455.351/0001-00 0014236-48.2015.8.16.0021 24) Rck Comunicações Ltda. 77.867.877/0001-99 0037410-23.2014.8.16.0021 25) Rck Hoje Comunicações Ltda. 19.205.564/0001-99 0014611-49.2015.8.16.0021 26) Sul Plan Administradora de Comércio S/C Ltda. 81.267.213/0001-86 0014610-64.2015.8.16.0021 27) Sulfin Corretora de Seguros Ltda. 08.631.115/0001-96 0019465-86.2015.8.16.0021 28) Sul Super Cred Cia. Securitizadora de Créditos Financeiros 07.075.519/0001-88 0037384-25.2014.8.16.0021 29) West Side Shopping Center Ltda. 68.761.170/0001-22 0037389-47.2014.8.16.0021
PESSOAS FÍSICAS
NOME CPF Incidente de Responsabilidade
1) Alessandra Cenira Ceccato Kaefer Pachnki 040.549.399-10 0037334-96.2014.8.16.0021
2) Clarice Roman 580.780.539-91 0037330-59.2014.8.16.0021
3) Emilio Fernando Martini 334.566.159-49 0037363-49.2014.8.16.0021 4) Erica Marta Ceccato Kaefer 040.549.279-04 0037336-66.2014.8.16.0021
5) Everli Vitória Chandoha 544.318.919-00 0037367-86.2014.8.16.0021
6) Frederico Augusto Ceccatto Kaefer 009.018.249-92 0037331-44.2014.8.16.0021
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7) Giovanni Cataldi Neto 179.492.048-00 0037344-43.2014.8.16.0021
8) Jacob Alfredo Stoffels Kaefer 241.063.059-68 0037328-89.2014.8.16.0021
9) João Luiz Maschio 563.979.339-20 0037342-73.2014.8.16.0021
10) Othmar Heleno Rempel 282.430.640-87 0037342-73.2014.8.16.0021
11) Raymundo Gallio Sobrinho 285.397.539-87 0037352-20.2014.8.16.0021
12) Sidnei Nardelli 659.220.189-49 0037349-65.2014.8.16.0021
30. Importante consignar que não tiveram reconhecimento de
responsabilidade falimentar, em sede cognição sumária ou definitiva, seja por não
pertencer ao grupo, seja por não ter participado das fraudes: (i) União Alfa de
Educação Ensino Superior Ltda; (ii) Kaefer Administração e Participações S/A;
Kaefer International Tranding Inc.; (iii) Kit Trading Comercial Exportadora; Jardim
Dorival Ribeiro Empreendimentos Ltda; (iv) Petrobig – Comércio de Combustíveis
Ltda; Sinomax Importação e Exportação Ltda. – ME; (v) Sul Financeira S/A - Crédito
Financiamentos e Investimentos S/A; (vi) Sul Financeira Cobrança Ltda.; (vii) Sul
Financeira Promotora de Vendas Ltda. e (viii) Manoel Dias Medeiros.
31. Aqueles que não se sujeitam à recuperação judicial e tiveram
seus créditos reconhecidos por título judicial em sede de habilitação, impugnação ou
qualquer outro incidente processual relacionado à Lei n. 11.101/05 poderão
prosseguir na execução do título perante o juízo da 1ª Vara Cível.
32. Segundo a jurisprudência do STJ, a competência jurisdicional
relacionada à recuperação judicial pode ser resumida da seguinte forma:
Devedoras: Diplomata, Klassul, Attivare, Jornal
Hoje e Paper Mídia Competência processo de execução e para o embargos à execução.
Competência para atos constritivos e controvérsias envolvendo tais atos.
1) Execução de crédito que passou a existir (fato
gerador) após o dia 03/08/2012 (art. 49 da LRF); De acordo com a legislação ordinária; Juízo Universal: 1ª VC Cascavel 2) Execuções Fiscais, art. 6º, §7º da LRF; De acordo com a legislação Juízo Universal: 1ª VC Cascavel
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ordinária; 3) Extraconcursais previstos no art. 49, §3º e 4º da
LRF; De acordo com a legislação ordinária; Juízo Universal: 1ª VC Cascavel Coobrigados (fiadores, avalistas,
desconsideração da personalidade jurídica e extensão a empresa do grupo)
Competência do Processo Execução e Embargos à execução.
Competência para os atos constritivos e controvérsia envolvendo tais atos.
Crédito de qualquer natureza e constituído a qualquer tempo.
De acordo com a legislação ordinária;
De acordo com a legislação ordinária;
33. Caberá ao Administrador Judicial apresentar certidão desta
decisão com as informações contidas neste capítulo em todas as ações e execuções
em curso contra as recuperandas e demais empresas do grupo perante todos os
órgãos jurisdicionais. Ao cartório para oficiar às Corregedorias da Justiça do
Trabalho, do E. TJPR e da Justiça Federal.
VII. DOS ABUSOS, ILÍCITOS E FRAUDES:
34. Da leitura do v. acórdão lavrado pelo Exmo. Luis Felipe Salomão
não há enfrentamento do mérito acerca dos ilícitos e fraudes reconhecidos na
sentença de 1º grau, de modo que o Superior Tribunal de Justiça não certificou sua
inocorrência, limitando-se a declarar a inadequação da via eleita, in verbis:
Nada obstante, verifica-se que tais circunstâncias também não se enquadram em
nenhuma das hipóteses taxativas do artigo 73 da Lei 11.101/2005, e parece que
toda esta matéria, que demanda ampla dilação probatória e o máximo respeito ao
devido processo legal, só pode mesmo ser deduzida e conhecida em ação própria,
apta a esta finalidade.
35. No REsp n. 1.587.559/PR, o Exmo. Ministro Relator também
reconheceu a legitimidade do Ministério Público para requerer a convolação, mas
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considerou como ponto principal da cassação da falência o entendimento de que o
magistrado de 1º grau agiu oficiosamente, senão vejamos:
Nas razões do especial, as recorrentes limitaram-se a discorrer sobre a
ilegitimidade do parquet sem rebater, no ponto, o fundamento de que a
convolação da recuperação judicial em falência consubstanciou atuação de ofício
do magistrado, à luz de disposição legal, o que atrai a incidência da Súmula
283/STF ("É inadmissível o recurso extraordinário, quando a decisão recorrida
assenta em mais de um fundamento suficiente e o recurso não abrange todos
eles." ). Ainda que assim não fosse, impende destacar a existência de precedente
da Terceira Turma que, em caso análogo, considerou que "o Ministério Público,
funcionando como custos legis, tem legitimidade para requerer a conversão da
concordata preventiva em falência, quando a concordatária não efetua o
pagamento de parcela, na época devida" (REsp 782.083/SC, Rel. Ministro
Humberto Gomes de Barros, julgado em 14.02.2008, DJe 05.03.2008). 5. A
questão principal está em saber se pode o magistrado, de ofício, convolar a
recuperação judicial em falência, mesmo após a aprovação do respectivo plano
pela assembleia geral de credores.
36. Diante das considerações acima, intime-se o Ilmo. Promotor de
Justiça para tomar ciência do acórdão proferido pelo Superior Tribunal de Justiça,
mov. 51682.2.
VIII. DOS PEDIDOS DE HABILITAÇÃO DE CRÉDITO E REGULARIZAÇÃO NOS
AUTOS PRINCIPAIS:
37. Deixo de examinar a(s) habilitação(ões)/impugnação(ões)
formulada(s)
porque
a(s)
mesma(s)
deve(m)
ser
processada(s)
incidentalmente e não nos autos principais.
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38. Por oportuno, confira-se a lição do festejado processualista
José Carlos Barbosa Moreira
10sobre o tema:
A impugnação de crédito constitui autêntico processo incidente, de caráter
jurisdicional contencioso, em que o impugnante assume a posição de autor.
A petição do art. 13, portanto, é petição inicial de ação, e como tal,
observará, no que couber, o disposto no art. 282 do Código de Processo
Civil. [...] A disposição visa não tumultuar a marcha do processo da falência,
o que fatalmente sucederia se nos mesmos autos da falência devessem ser
discutidas.
39. Nestes termos, indefiro o processamento nos autos
principais. Intime(m)-se o(s) peticionante(s) de 50791, 51588, 51700, 51742 e
51847.
40. Como há notícia de que o Administrador Judicial não
observou as sentenças deste juízo, intime-o para tomar conhecimento das
impugnações feitas no mov. 51477, 51478 e 51479. Intime-se.
41. Observe-se a regularização processual, considerando no
mov. 51735 e 51736.
IX. CONCLUSÃO:
42. Dê-se cumprimento a presente decisão do seguinte modo:
10 in Osmar Brina Côrrea-Lima e Sérgio Mourão Corrêa Lima - Comentários à Nova Lei de Falência e Recuperação de
Empresas, Ed. Forense, 2009, p. 139-141.