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Análise " A Aia"

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Academic year: 2021

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Análise do conto A aia Análise do conto A aia

Ação

Ação

Momento inicial Momento inicial

O momento inicial (da linha 1

O momento inicial (da linha 1 até à linha 69) encerra até à linha 69) encerra os seguintes acontecimentos:os seguintes acontecimentos: 

 

 morte do reimorte do rei numa batalha;numa batalha; 

 a rainha fica sóa rainha fica só a governar, com oa governar, com o príncipe ainda bebépríncipe ainda bebé, sem ninguém que os defenda dos, sem ninguém que os defenda dos usuradores do oder;

usuradores do oder; 

 umauma aiaaia, escrava, cuida do r!ncie e , escrava, cuida do r!ncie e do seu r"rio filho da mesma do seu r"rio filho da mesma idade;idade; 

 temor elotemor elo irmão bastardo do reiirmão bastardo do rei, uma amea#a , uma amea#a cada ve$ maior, cada ve$ maior, orque estava r"%imoorque estava r"%imo da cidade&

da cidade&

Desenvolvimento Desenvolvimento

O desenvolvimento (da linha ' até à linha 1) encerra

O desenvolvimento (da linha ' até à linha 1) encerra as eriécias e o ontoas eriécias e o onto 

culminante: culminante: 

 a situa#*o inicial sofre uma altera#*o dr+stica, a situa#*o inicial sofre uma altera#*o dr+stica, devido à introdu#*o de acontecimentosdevido à introdu#*o de acontecimentos erturbadores;

erturbadores; 

 Ora uma noite- Ora uma noite- a .ia, quandoa .ia, quando presente rumores estranhospresente rumores estranhos no al+cio efectuano al+cio efectua

imediatamente a troca

imediatamente a troca das crian#as;das crian#as; 

 o agressor assassina a criançao agressor assassina a criança, que suunha ser o futuro , que suunha ser o futuro herdeiro do trono;herdeiro do trono; 

 o irmão bastardo do rei é mortoo irmão bastardo do rei é morto elos guardas do /a#o;elos guardas do /a#o; 

 a rainha constata quea rainha constata que o seu filho está vivoo seu filho está vivo, gra#as à troca das crian#as;, gra#as à troca das crian#as; 

 decidem oferecerdecidem oferecer uma recompensa à Aiauma recompensa à Aia&&

Desenlace ou conclusão Desenlace ou conclusão

O desenlace (da linha 11 até ao fim

O desenlace (da linha 11 até ao fim) encerra os seguintes acontecimentos:) encerra os seguintes acontecimentos: 

 

 todos se dirigem à 0ala do esouro e, a!, onde a .ia oderiatodos se dirigem à 0ala do esouro e, a!, onde a .ia oderia escolher o que quisesse,

escolher o que quisesse, suicida-se para se untar ao filhosuicida-se para se untar ao filho&&

0equ2ncias narrativas organi$adas or encadeamento 0equ2ncias narrativas organi$adas or encadeamento 3arrativa fechada: a hist"ria da aia

3arrativa fechada: a hist"ria da aia aresenta um desenlace irrevers!velaresenta um desenlace irrevers!vel

emo

emo

O conto come#a com

O conto come#a com uma e%ress*o de intemoralidadeuma e%ress*o de intemoralidade 4ra uma ve$5

4ra uma ve$5

3*o h+ refer2ncias a datas ou locais que ermitam locali$ar a ac#*o no temo, o que nos 3*o h+ refer2ncias a datas ou locais que ermitam locali$ar a ac#*o no temo, o que nos

dificulta a locali$a#*o no temo ist"rico& dificulta a locali$a#*o no temo ist"rico& .esar de haver uma refer2ncia às

.esar de haver uma refer2ncia às rique$as,rique$as, !!maiores tesouros da "ndiamaiores tesouros da "ndia- 7 3a c8mara dos- 7 3a c8mara dos tesouros, o que nos ode levar ara o

tesouros, o que nos ode levar ara o temo das descobertas&temo das descobertas& + também refer2ncia aos

+ também refer2ncia aos cavaleiros# paens# vassaloscavaleiros# paens# vassalos 7 que nos remete ara os ideais de 7 que nos remete ara os ideais de cavalaria 7 dade édia

cavalaria 7 dade édia

+ aenas algumas e%ress<es referentes à assagem do temo: + aenas algumas e%ress<es referentes à assagem do temo:

(2)

$ lua cheia %# $começava a minguar%#

$noite de &erão%# $noite de sil'ncio%# $lu( da madrugada%)

= à noite que acontecem os rinciais acontecimentos desta hist"ria como:

a morte do rei#

o nascimento do príncipe e do escravo# o ata*ue ao palácio#

a troca das crianças# as mortes do escravo# o tio e da sua horda)

+o entanto# a acção fecha com a morte da aia# de madrugada) , ncleo central da acção resume-se a uma só numa noite)

. condensa#*o de um temo da hist"ria t*o longo, numa narrativa curta (conto) imlica: a utili$a#*o de sumários ou resumos (rocesso elo qual o temo do discurso é menor do

que o temo da hist"ria)&

. lua cheia que o vira marchar(5) quando um dos seus cavaleiros aareceu5-de elipses (elimina#*o, do discurso, de er!odos mais ou menos longos da hist"ria)& Ora, uma noite, noite de sil2ncio e de escurid*o, indo ela a adormecer, >+ desida, no seu

catre,

e5-emos, no entanto, uma equena analepse quando a aia recorda o seu rei: 3enhum ranto correra mais sentidamente do que o seu elo rei morto à beira do grande

rio&-.

(3)

4 ela um dia, or seu turno, remontaria num raio de lu$ a habitar o al+cio do seu senhor, e a fiar de novo o linho das suas t@nicas, e a acender de novo a ca#oleta dos seus erfumes; seria no céu como fora na terra, e feli$ na sua

servid*o&-Auanto à ordena#*o dos acontecimentos, redomina o reseito ela sequ2ncia cronol"gica:

encadeamento.

4sa#o

. ac#*o locali$ase num reino grande e rico $ abundante em cidades e searas%) , e decorre num palácio)

oda a ac#*o decorre no al+cio&

.spaço interior

alguns recantos do palácio s*o sobrevalori$ados

a c/mara onde o r!ncie e o filho da escrava dormiam

e a c/mara dos tesouros&

3o entanto, alguns espaços e0teriores adquirem alguma imort8ncia como or e%emlo: o rimeiro esa#o é onde o rei é derrotado e consequentemente morto o que vai dei%ar a rainha vi@va, o filho "rf*o e o ovo sem rei;

o segundo acaba or ser um elemento caracteri$ador do vil*o do conto: Bvivia num castelo, à maneira de um lobo, que entre a sua alcateia, esera a resaC&

, espaço é descrito do geral para o particular# do e0terior para o interior)

 Bum reino abundante em cidades e searasC,DD onde se situa um al+cio, habitado or um r!ncie fr+gil que é rotegido no seu ber#o ela sua ama  c8mara

afunilamento do espaço o esa#o vaise concentrando cada ve$ mais, acabando a .ia or se suicidar na c8mara dos tesouros&

3o e%terior, no alto# encontramos um Bcastelo sobre os montesC,

B o cimo das serrasC E+ em bai0o,

(4)

 Bna lan!cie, às ortas da cidadeC e%iste um al+cio, onde a oula#*o e o r!ncie est*o desrotegidos e s*o resa f+cil&

+o interior

Bcasa realC Dh+ uma c8mara com um ber#o, um +tio,

a galeria de m+rmore,

a c8mara dos tesouros, onde est*o a rainha, a aia, o r!ncie e o escravo&

.spaço social

Auanto ao esa#o social temos a descri#*o de um ambiente da corte 7 al+cio, rei, rainha, aias, guardas&

.spaço psicológico

.spaço 1nterior da Aia 2 pensamentos e refle03es da Aia *uando embala as crianças e *uando pressente o perigo

4ersonagens

4ersonagens 5aracteri(ação 6ísica

5aracteri(ação 4sicológica 7ei o#o, formoso Falente, alegre, rico, oderoso,

sonhador, ambicioso

7ainha 5&& Gesventurosa, chorosa, solit+ria, triste, angustiada, grata

surreendida,

8io Hace escura, homem

enorme au, terr!vel, cruel, ambicioso,selvagem

Aia Iela, robusta,

olhos brilhantes Jeal, nobre, vener+vel, sofredora,dedicada, terna, ersica$, decidida, cora>osa

4ríncipe Eabelo louro e fino,

olhos relu$entes Hr+gil, inseguro

.scravo Eabelo negro e creso olhos relu$entes

0imles, seguro e livre

.o longo do te%to est+ resente o rocesso de caracterização directa, visto que

(5)

A Aia - ulher de uma dedicação desmesurada ao filho, ao r!ncie e aos reis rova, com o gesto da troca das crian#as, uma grande$a de alma que n*o ode ser comreendida or nenhum humano e que, or consequ2ncia, n*o tem nenhuma recomensa ou agamento material&

A crença espiritual que alimenta o seu gesto demonstra uma linearidade e uma simlicidade de ensamento que coloca o dever acima de tudo: o dever de escrava e o dever de m*e&

O dese>o da aia de rovar que a cobi#a e a ambi#*o odem estar arredadas de um cora#*o leal, fe$ com que ela escolhesse um unhal ara Kr termo à sua vida& ratase de um ob>ecto equeno, certeiro, que remete ara o carácter decidido  da ersonagem e que era o maior tesouro que aquela mulher ambicionava, ois, esse ob>ecto lhe abriria caminho ara o encontro com o seu filho, ara cumrir o seu dever de m*e, dandolhe de mamar&

O rei, a rainha, o tio, o príncipe e o escravo

0*o

 personagens secundárias e planas&

3*o s*o identificadas or um nome r"rio uma ve$ que remetem ara a intemoralidade da hist"ria&

.s crianças est*o, no conto, marcadas ela sua osi#*o social: L uma dorme em ber#o de ouro entre brocados,

L a outra, num ber#o obre e de verga&

L M hora da morte é or essa marca que o inimigo vai identificar o futuro rei&

L O r!ncie n*o intervém directamente na ac#*o, mas é o centro das aten#<es de todas as ersonagens&

L . ersonagem escravo e%iste ara salvar a vida do r!ncie&

, capitão dos guardas# o velho de casta nobre# os cavaleiros# horda de rebeldes#

a legião de ar*ueiros são

personagens colectivas e figurantes 2 servem os obectivos do narrador# dão realismo à acção sem ter *ual*uer relevo na mesma)

9inguagem e estilo

N 6rases

•  6rases curtas 2 permitem maior obectividade

• ,rdem directa das frases 2 permite mais realismo# sem artifícios

• 4ontuação e0pressiva 2 marca as pausas da respiração# hesitaç3es# elevação de

(6)

• ;so e0pressivo do adectivo# verbo# advérbio de modo# nome

.0emplos<

• &erbo 2 !atirando para trás os cabelos=

• ;sa o discurso indirecto livre - .vita o verbo declarativo >e0< disse# declarou#

perguntou# retor*uiu:? mantém o discurso vivo 2 !@uem o salvara @uem )))= !, bastardo morreraB=

• Advérbio de modo 2 !serva sublimemente leal=C 7ainha chorou e chora

!magnificamente=# !desoladamente=# !ansiosamente=:

• +ome - uso e0pressivo diminutivo !corpinho=# !principe(inho=: •

•  7ecursos estilísticos •

• N Eipálage 2 !seguiam num respeito comovido:= • N Finédo*ue 2 !palácio surpreendido=

• N Eipérbole 2 !:todos seguiam# sem respirar# a*uele lento mover:=#= clamor

>))?abalou a galeria de mármore=:

• N4ersonificação 2 !A lua cheia *ue o vira marchar:=# G Heios desesperadosG

 Dupla adectivação 2 rei !moço e valente=# rainha !solitária e triste=# aia Gbela e robustaG# bastardo Gdepravado e bravioG!# passos !pesados e rudes=# madrugada !clara e rósea=# !maravilhoso e faiscante inc'ndio=#= olhos# brilhantes e secos= :

 .numeração 2 -!senhores# aias# homens de armas :=

 5omparação 2!:como se os braços em *ue estreitava Io príncipeJ >:? fossem muralhas:=

Aliteração 2 Gfaca flameanteG= !f orte pela forçaG#!passos pesadosG# Gserva sublimemente lealG)

 Asson/ncia - !sublimemente leal=# !faca flameante=:

• 6iguras de estilo

+ome da figura de .stilo .0emplo

(7)

reciosas-Gula .d>ectiva#*o 5Eorriam assos esados e rudes5-4numera#*o

4 além, ao fundo da galeria, avistou homens, um clar*o de lanternas, brilhos de

armas&&-et+fora ?ma roca n*o governa como uma esada-/ersonifica#*o Geois houve um sil2ncio,

ansioso-/oliss!ndeto

&&e >+ o sol se erguia, e era tarde, e o seu menino chorava decerto, e

rocurava5-Aspectos simbólicos

.scuridão 7 acentua o car+cter tr+gico da ac#*o (cabelos negros do escravo; escurid*o da face e do cora#*o do tio; noite)

5laridade 7 remete ara o céu, ara a a salva#*o, marca o in!cio de um novo dia e de uma nova forma de vida mais feli$ (céu da madrugada)

4unhal 7 ob>ecto equeno, certeiro, remete ara o car+cter decidido da .ia e abre caminho ara o reencontro com o seu filho no céu&

,uro 7 simboli$a a rique$a e a erfei#*o (cabelos louros e o gui$o de ouro do r!ncietesouro real&

&ida K Morte 7 Fida  vida terrenaantecedente da vida eterna& orte 7 assagem ara a eternidade&

Hem K Mal 7 Iem  .ia: terna, dedicada e leal al 7 tio: ambicioso, inve>oso e cruel

+arrador

Auanto à

 presença, o narrador é não participante ouheterodiegético, uma ve$ que narra os acontecimentos na PQ essoa&

Auanto à

 posição, o narrador é subectivo, na medida que dei%a transarecer a sua ersectiva em rela#*o às ersonagens e aos acontecimentos (AiB . resa agora era aquela

criancinha (5)-, leal escrava-)& Auanto à

 ci'ncia, o narrador é omnisciente, ois revela um conhecimento total da hist"ria e das ersonagens&

Referências

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