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LEI MUNICIPAL Nº 2.266, DE 18 DE JANEIRO DE 2010

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LEI MUNICIPAL Nº 2.266, DE 18 DE JANEIRO DE 2010

DISPÕE SOBRE O PARCELAMENTO DO SOLO URBANO,

CONDIÇÕES PARA OCUPAÇÃO E OUTRAS

PROVIDÊNCIAS.

LEI Nº 2.468/2012 - ALTERA A REDAÇÃO DO ART. 24 DA LEI MUNICIPAL Nº 2.266/2010 E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

O Prefeito Municipal de Casca, Estado do Rio Grande do Sul, faz saber que a

Câmara Municipal de Vereadores aprovou e ele sanciona e promulga a seguinte Lei:

TÍTULO I

DOS PARCELAMENTOS DO SOLO URBANO

CAPÍTULO I

DA CLASSIFICAÇÃO DOS PARCELAMENTOS DO SOLO URBANO Art. 1º - Parcelamento do solo urbano é a divisão de glebas urbanas em lotes.

Art. 2º - A divisão de uma gleba urbana em outras glebas, com áreas resultantes superiores a 20.000 m² (vinte mil metros quadrados), desde que não implique na abertura, prolongamento, modificação ou ampliação de vias de circulação ou de logradouros públicos, não se caracteriza como parcelamento do solo, para aplicação desta lei.

Art. 3º - O parcelamento do solo pode ser feito por meio de loteamento, desmembramento ou desdobro.

Parágrafo Único – Para os efeitos desta Lei, consideram-se:

I – Loteamento: a subdivisão de gleba em lotes destinados à edificação que implique a abertura, o prolongamento, a modificação ou a ampliação de vias de circulação ou de logradouros públicos.

II – Desmembramento: a subdivisão de gleba em lotes destinados à edificação, com aproveitamento do sistema viário existente, que não implique a abertura de novas vias e logradouros públicos, nem o prolongamento, a modificação, ou a ampliação dos existentes.

III – Desdobro: a divisão de lotes em novas unidades juridicamente independentes.

IV - área urbana: a parcela do território, contínua ou não, incluída no perímetro urbano pelo plano diretor ou lei municipal específica;

V – gleba: o imóvel que ainda não foi objeto de parcelamento do solo para fins urbanos; VI – lote: a unidade imobiliária resultante de loteamento, desmembramento ou desdobro; VII – unidade juridicamente independente: lote dotado de infraestrutura e matrícula própria; VIII – fração ideal: índice da participação abstrata e indivisa de cada condômino nas coisas comuns do condomínio urbanístico, expresso sob forma decimal, ordinária ou percentual;

IX – espaço livre de uso público: aquelas referentes ao sistema viário, à implantação de equipamentos comunitários, aos espaços livres de uso público, às áreas verdes e a outros logradouros públicos;

X – equipamentos urbanos e comunitários: os equipamentos de educação, cultura, saúde, segurança, esporte, lazer e convívio social;

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XI – empreendedor: o proprietário do imóvel a ser parcelado e responsável pela implantação do parcelamento, ou aquele que for admitido como tal pela presente Lei;

XII – faixa não edificável: área do terreno onde não será permitida qualquer construção; XIII – sistema viário: é o espaço destinado à circulação de veículos e pedestres;

XIV – área institucional: é a parcela do terreno reservada a edificação de equipamentos comunitários.

Art. 4º - Cada parcelamento, mesmo que em forma de regularização fundiária ou com interesse social, deverá ser enquadrado em uma das formas de divisão de áreas especificadas nessa Lei.

Art. 5º - Qualquer modalidade de parcelamento fica sujeito à aprovação prévia do Município, nos termos desta Lei.

CAPÍTULO II

DOS REQUISITOS URBANÍSTICOS E AMBIENTAIS Art. 6º - Os parcelamentos devem atender as seguintes condições:

I - quando realizados ao longo de águas correntes ou dormentes será obrigatória à reserva, em cada lado, a partir da margem, de faixa não edificável, com largura mínima de 30,00m (trinta metros);

II - quando realizados ao longo das faixas de domínio público de rodovias, ferrovias e dutos, deve ser obrigatória a reserva, em cada lado, de faixa não edificável, de acordo com as normas específicas de cada Órgão.

III - nos projetos de parcelamento realizados ao longo de águas canalizadas, dutos e galerias, é obrigatória a reserva, em cada lado a partir de sua margem, de faixa não edificável cujas dimensões devem obedecer ao seguinte:

a) - para canalizações, dutos ou galerias com diâmetro ou largura de até 2,00 (dois) metros a faixa não edificável será de 3,00m (três) metros;

b) - para canalizações, dutos ou galerias com diâmetro ou largura entre 2,00 (dois) e 5,00 (cinco) metros a faixa não edificável será de 5,00m (cinco) metros;

c) - para canalizações, dutos ou galerias com diâmetro ou largura superior a 5,00 (cinco) metros a faixa não edificável será de 10,00m (dez metros).

Parágrafo Único: As faixas não edificáveis devem ser identificadas na planta de aprovação do parcelamento e averbadas na matrícula do respectivo imóvel.

Art. 7º - O Poder Público competente poderá complementarmente exigir, no perímetro urbano, a reserva de faixa não edificável destinada a implantação e manutenção de infra-estrutura.

Art. 8º - As Áreas de Preservação Permanente (APPs) são aquelas definidas em lei federal.

Parágrafo Único- Admite-se a intervenção e supressão da vegetação de APPs em casos excepcionais por utilidade pública, interesse social ou baixo impacto ambiental, após autorização da autoridade ambiental competente.

Art. 9º - Em parcelamento do solo para fins urbanos, as APPs podem ser utilizadas em até 50% (cinqüenta por cento) como espaços livres de uso público.

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Art. 10 - A critério da autoridade ambiental competente a APP pode ser transposta pelo sistema viário ou utilizada para implantação e manutenção de sistemas de drenagem de águas pluviais e outras obras exigidas pelo Poder Público e concessionário de serviços públicos.

Art. 11 - Nenhum curso de água poderá ficar no interior dos lotes.

Parágrafo Único - As nascentes e suas APPs deverão obrigatoriamente estar localizadas em espaços livres de uso público.

Art. 12 - Exige-se, além do licenciamento ambiental, o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) para aprovação de parcelamento do solo com fins urbanos:

I - maior que 500.000 metros quadrados;

II - quando a autoridade licenciadora, com base na legislação federal, estadual ou municipal considerar o empreendimento potencialmente causador de significativo impacto ambiental.

Art. 13 - Nos parcelamentos do solo exige-se, mesmo nos casos de licenciamento estadual, a análise e parecer do órgão ambiental municipal.

CAPÍTULO III

DAS RESTRIÇÕES AO PARCELAMENTO DO SOLO

Art. 14 - Não será permitido o parcelamento do solo urbano fora da área de expansão urbana do Município e da área urbanizada do Distrito de Evangelista, devendo sempre obedecer as diretrizes desta lei.

Art. 15 - Não é permitido o parcelamento de solo em áreas:

I - alagadiças ou sujeitas a inundações antes de serem tomadas providencias que assegurem o escoamento das águas ou a proteção contra cheias e inundações aprovadas pelo órgão ambiental competente;

II - que tenham sido aterrados com material nocivos a saúde pública, sem prévio saneamento;

III - com declividade superior a 30% (trinta por cento), salvo se atendido exigências específicas das autoridades competentes;

IV - em que seja tecnicamente comprovado que as condições geológicas não aconselham a edificação;

V - em que a poluição impeça a existência de condições sanitárias tecnicamente adequadas, até a correção do problema;

VI - situadas fora do alcance das redes de abastecimento de água potável e de energia elétrica, exceto se atendida as especificações técnicas das concessionárias;

Parágrafo Único - No caso de parcelamento de glebas com parcelas de áreas com declividade superior a 30% (trinta por cento), o projeto urbanístico deve vir acompanhado de laudo técnico atestando a viabilidade técnica e legal e as condições para a edificação no local.

Art. 16 - Para a aprovação de projeto de parcelamento do solo em áreas onde se fizer necessária a promoção de medidas corretivas, a fim de adequá-las à ocupação urbana, previstas na legislação, deverão ser adotados os seguintes procedimentos:

I - o empreendedor solicitará aprovação das medidas necessárias para a correção das condições adversas da área a ser parcelada conforme o previsto no artigo anterior nos incisos I, II, III, V e VI e licenciamento ambiental, se for o caso;

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II - o empreendedor providenciará a correção das condições adversas da área a ser parcelada, conforme previsto no artigo anterior inciso I, II, III, V e VI, e apresentará os instrumentos técnicos comprobatórios das medidas adotadas, tais como laudos, pareceres e atestados;

III - os instrumentos técnicos apresentados deverão comprovar que, com as medidas corretivas adotadas, a área a ser parcelada oferece plenas condições sanitárias, ambientais e de segurança para a ocupação antrópica;

IV - a aceitação dos instrumentos técnicos será condicionada à realização de vistoria a ser procedida pelo órgão municipal competente.

CAPÍTULO IV

DO SISTEMA DE CIRCULAÇÃO

Art. 17 - O plano de arruamento deve ser elaborado considerando as condições topográficas e geográficas locais, observando as diretrizes do sistema de circulação definidas pelo órgão técnico municipal competente.

Parágrafo Único - As vias previstas no plano de arruamento do loteamento devem ser articuladas com as vias adjacentes oficiais, existentes ou projetadas, e devem manter no caso de prolongamento de vias o gabarito mínimo das ruas, salvo casos de impossibilidade técnica devidamente comprovados.

Art. 18 - O sistema de circulação dos loteamentos deve obedecer, quanto à classificação e dimensão das vias, as seguintes normas:

I – Rodovias: com gabarito variável, sendo todas as vias que forem implantadas sob controle dos órgãos governamentais municipais, estaduais e federais;

II – Vias Principais (com canteiro): com denominações específicas, gabarito mínimo de 20 (vinte) metros, passeio público com no mínimo 03 (três) metros, canteiro central com 02 (dois) metros e duas faixas de rolamento com no mínimo 06 (seis metros) cada faixa;

III – Vias Principais (sem canteiro): com denominações específicas, gabarito mínimo de 18 (dezoito) metros, passeio público com no mínimo 03 (três) metros e faixa de rolamento com no mínimo 12 (doze) metros;

IV – Vias Secundárias: com denominações específicas, gabarito mínimo de 16 (dezesseis) metros, passeio público com no mínimo 03 (três) metros e faixa de rolamento com no mínimo 10 (dez) metros;

Parágrafo Único – É de competência da Prefeitura Municipal a classificação das vias propostas nos projetos de parcelamento do solo, em avenidas, vias principais ou vias secundárias, conforme as diretrizes urbanísticas.

Art. 19 - As vias sem saída deverão ter praça de retorno que permita a inscrição de um círculo com raio mínimo de 7,5m (sete metros e meio).

CAPÍTULO V DAS QUADRAS

Art. 20 - Os parcelamentos devem atender as seguintes condições:

I – os lados das quadras não podem ter extensão superior à 150m (cento e cinqüenta metros);

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II - são admitidos lados das quadras com extensão superior à prevista no inciso I deste Artigo, nos casos em que a natureza do empreendimento demande grande área contínua e desde que seja totalmente circundado por vias e não bloqueie a implantação do sistema viário urbano.

Art. 21 - A dimensão das quadras dos loteamentos industriais obedecerá aos seguintes critérios:

I - o menor lado não poderá ter extensão superior à 200m (duzentos metros) II - o maior lado não poderá ter extensão superior à 300m (trezentos metros).

III - são admitidos lados das quadras com extensão superior às previstas nos incisos I e II deste Artigo, nos casos em que a natureza do empreendimento demande grande área contínua e desde que seja totalmente circundado por vias e não bloqueie a implantação do sistema viário urbano.

CAPÍTULO VI DOS LOTES

Art. 22 - Os lotes resultantes de parcelamento do solo ou desdobro devem ter a área mínima correspondente à definida como lote mínimo por esta Lei.

Art. 23 - Os lotes resultantes de parcelamento do solo ou desdobro deverão ter: I – área mínima não inferior a 300m² (trezentos metros quadrados)

II - quando localizados em meio de quadra, testada igual ou superior a 12m (doze metros); III - quando localizados em esquinas, testada igual ou superior a 15m (quinze metros); Parágrafo Único - Para parcelamentos de solo de interesse social, os lotes deverão ter: I – área mínima não inferior a 200m² (duzentos metros quadrados)

II - quando localizados em meio de quadra, testada igual ou superior a 10m (dez metros); III - quando localizados em esquinas, testada igual ou superior a 12m (doze metros). Art. 24 - É permitido o parcelamento de lote já individualizado, com matrícula própria no Cartório de Registro de Imóveis, a fim de regularizar construções já consolidadas antes de agosto/2008, desde que os novos lotes localizados no meio da quadra resultem com no mínimo10 (dez) metros de testada e quando localizados na esquina resultem com no mínimo 12 (doze) metros de testada e, em ambos os casos, resultem com no mínimo 250m2 (duzentos e cinquenta) metros quadrados de área e, nas seguintes hipóteses:

I – Se já existia uma construção sobre o imóvel, este poderá ser desdobrado em duas unidades juridicamente independentes;

II – No caso de existir no imóvel, duas construções, este poderá ser desdobrado em até três unidades juridicamente independentes.

Parágrafo Único - Para efeitos de comprovação da situação das construções previstas neste artigo, será utilizado o cadastro municipal relativo ao IPTU, ou qualquer outro meio de comprovação aceito pelo Órgão Público.

Art. 25 - Ressalvadas outras exigências legais, o Lote Mínimo permitido nos loteamentos industriais será de 1.000m² (um mil metros quadrados), devendo sua testada mínima ser de 20m (vinte metros), salvo casos de impossibilidade técnica devidamente comprovados.

Art. 26 - Os lotes devem confrontar-se com via de circulação, vedada a frente exclusiva para vias de pedestres e servidão de passagem.

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Parágrafo Único - A servidão de passagem dentro do lote é permitida somente nos seguintes casos:

I – ter acesso apenas para mais um lote e para uma única edificação; II – possuir no mínimo 4 (quatro) metros de largura (testada para a rua); III – atender aos requisitos do § 2º do artigo 77 desta Lei;

IV – os lotes objeto da servidão devem atender aos requisitos previstos nos incisos do artigo 23, quanto a metragem e a testada, se for o caso.

CAPÍTULO VII

DOS EQUIPAMENTOS URBANOS E COMUNITÁRIOS E DOS ESPAÇOS LIVRES PARA USO PÚBLICO

Art. 27 - Nos parcelamentos de solo é obrigatória a transferência ao município de áreas destinadas a implantação de equipamentos urbanos e comunitários e de espaços livres para o uso público.

Parágrafo Único - Deve ser determinada pelo executivo, com fundamento em parecer técnico, a localização e o dimensionamento das áreas destinadas a equipamentos urbanos e comunitários e do espaço livre de uso público, obedecidos os mínimos definidos para cada tipo de parcelamento por esta lei.

CAPÍTULO VIII

DA INFRA-ESTRUTURA E DOS SERVIÇOS

Art. 28 - Nos parcelamentos de solos urbanos serão obrigatórios os seguintes serviços e obras de infra-estrutura:

I - abertura do sistema viário;

II - rede de drenagem de águas pluviais, conforme projeto aprovado pelo órgão municipal competente;

III - rede de abastecimento de água potável, conforme projeto aprovado pela concessionária dos serviços de águas e saneamento;

IV - rede de esgotamento sanitário, conforme projeto aprovado pela concessionária dos serviços de águas e saneamento, ou outro sistema de coleta e tratamento determinado pelo órgão ambiental competente;

V - rede de distribuição de energia elétrica pública e domiciliar, conforme projeto aprovado pela concessionária;

VI - rede de iluminação pública com luminárias, conforme projeto aprovado pela concessionária;

VII - meio fio de basalto ou concreto, com altura máxima de 18,00 cm (dezoito) centimetros e pavimentação nas vias públicas em basalto regular tipo paralelepípedo, asfalto ou concreto, conforme projeto aprovado pelo órgão municipal competente;

VIII - recobrimento vegetal de cortes e taludes do terreno e proteção das encostas quando necessário;

§ 1º - Quando não for possível a interligação da rede de escoamento das águas pluviais, previstas no inciso I, à rede existente, será obrigatória a execução de emissário até o curso de água mais próximo, conforme o projeto aprovado pelo órgão competente.

§ 2º - Quando a gleba não for servida por rede de esgotamento sanitário, o órgão ambiental competente, obedecida à legislação vigente, poderá autorizar a substituição da rede prevista no inciso IV, por sistema de tratamento localizado no interior dos lotes a ser implantado pelo proprietário dos mesmos quando da ocupação ou realização de edificação.

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§ 3º - Os serviços de nivelamento e compactação do leito das ruas que compreendem o sistema viário, deverá ser executado pelo Município, deixando-o preparado para receber a pavimentação.

CAPÍTULO IX

DAS DEMAIS CONDIÇÕES PARA O PARCELAMENTO

Art. 29 - No caso de existência de uma ou mais edificações na área a ser parcelada, a aprovação do parcelamento ficará condicionada à aprovação anterior ou regularização das edificações pelo órgão municipal competente, caso em que deverá ocorrer concomitantemente à aprovação do parcelamento.

Art. 30 - Quando a área a ser parcelada for parte de área maior, o empreendedor deverá apresentar as plantas de situação e outras, à critério do órgão municipal competente, abrangendo a totalidade do imóvel.

CAPÍTULO X DOS LOTEAMENTOS

Seção I

Das disposições gerais

Art. 31 - Nos loteamentos é obrigatória à transferência ao município de áreas para instalação de equipamentos urbanos e comunitários, sistemas de circulação e espaços livres de uso público.

§ 1º - Deve ser determinada pelo executivo, com fundamento em parecer técnico, a localização das vias principais, das áreas destinadas a equipamentos urbanos e comunitários e dos espaços livres de uso público.

§ 2º - As áreas destinadas à implantação de sistema viário, espaços livres de uso público e áreas institucionais, deverão perfazer um mínimo de 35% (trinta e cinco por cento) do total da gleba, obedecendo as seguintes proporções:

I – 15 a 20% para o sistema viário;

II – 5 a 10% para espaços livres de uso público; III – 5 a 10% para áreas institucionais.

§ 3º - Para efeitos do parágrafo anterior não serão aceitas no cálculo do percentual de áreas a serem transferidas:

I - as áreas de preservação permanente e as faixas não edificáveis;

II - as áreas das faixas de servidão ao longo das linhas de transmissão de energia elétrica. § 4º - As áreas previstas no inciso I do parágrafo anterior podem ser transferidas como espaços livres de uso público, caso haja justificado interesse público de ordem ambiental, sendo computada, para efeito da efetivação do percentual exigido previsto no §2º, apenas metade da metragem da área transferida objeto deste parágrafo.

§ 5º - As áreas transferidas ao Município devem ter acesso direto ao sistema viário.

Art. 32 - Os procedimentos administrativos para aprovação e execução dos projetos de loteamentos urbanos compreenderão as seguintes etapas:

I - Expedição de Certidão de Viabilidade e Diretrizes para Elaboração dos Projetos; II - Licenciamento Ambiental;

III - aprovação em 1ª fase do projeto urbanístico;

IV - aprovação em 2ª fase do projeto urbanístico e seus complementares; V - Licenciamento para execução de obras;

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VII - conclusão e recebimento das obras;

VIII - emissão do Termo de Verificação da execução das obras.

Art. 33 - A Licença Ambiental para os loteamentos será concedida em duas etapas, prévia e de instalação.

Seção II

Da Certidão de Viabilidade e Diretrizes

Art. 34 – O empreendedor deverá solicitar, previamente ao Executivo Municipal a Expedição de Certidão de Viabilidade e Diretrizes para elaboração do projeto urbanístico.

Art. 35 – Na Certidão de Viabilidade constará o deferimento ou indeferimento e as condições de ocupação do solo para a realização do loteamento.

Art. 36 - A definição das Diretrizes para elaboração do projeto urbanístico deve ser realizada considerando-se as condições internas da gleba e das suas relações com o entorno e com o restante da área urbana.

Parágrafo Único - As relações referidas no caput devem compreender no mínimo:

I – a interligação do sistema viário interno com o sistema adjacente implantado ou projetado;

II – a localização das áreas destinadas a implantação de equipamentos urbanos e comunitários e dos espaços livres de uso publico;

III – a sobrecarga possível de ser gerada na infra-estrutura existente;

IV – os impactos ambientais e de vizinhança gerados pela implantação do loteamento; Art. 37 – A solicitação de expedição de diretrizes para elaboração dos projetos será realizada através de requerimento, que conterá no mínimo a especificação do tipo de usos predominantes a que o loteamento se destina e a área total da gleba acompanhada pelos seguintes documentos:

I - copia da matricula atualizada da gleba;

II – planta da cidade ou da sede distrital em escala 1:20.000, localizando a gleba, em 3(três) vias;

III - planta da gleba em escala 1:1000, em 3{três) vias e em arquivo digital, contendo no mínimo:

a) divisas da gleba, com suas respectivas dimensões e ângulos, e suas confrontações; b) as curvas de nível com 1m(um metro) de eqüidistância;

c) árvores frondosas, árvores nativas, bosques, florestas, áreas de preservação e monumentos naturais e artificiais;

d) localização dos mananciais, cursos de água interno e do entorno, lagos, nascentes, locais sujeitos a erosão, voçorocas, banhados, locais alagadiços, ou sujeitos a inundações;

e) benfeitorias e construções existentes;

f) redes de telefonia, linhas de transmissão, adutoras, dutos e demais instalações e suas respectivas faixas de domínio ou servidão;

g) servidões existentes, faixas de domínio de ferrovias e rodovias e faixas de segurança de linhas de transmissão de energia elétrica no local e suas adjacências, com as distâncias da gleba a ser loteada;

h) arruamentos existentes internos, adjacentes ou próximos, em todo o perímetro, com a locação exata dos eixos, larguras e rumos das vias de circulação e as respectivas distâncias da gleba a ser loteada;

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Art. 38 – As Diretrizes para elaboração do projeto urbanístico serão indicadas em planta e constarão no mínimo de:

I – localização e dimensionamento do sistema viário principal, das vias a serem prolongadas, com seus respectivos gabaritos;

II – localização aproximada das áreas destinadas a instalação de equipamentos urbanos e comunitários e dos espaços livres de uso publico;

III – localização e dimensionamento das áreas de preservação permanentes (APPs) que se localizarem na gleba;

IV – delimitação da zona onde a gleba esta localizada;

V – outras determinações a juízo do órgão de planejamento municipal.

Art. 39 – A expedição da Certidão de Viabilidade e das Diretrizes ocorrerá no prazo máximo de 30 dias, a contar da data de protocolo do processo administrativo.

§ 1° - Quando for solicitada a complementação de documentos ou realização de diligencias, o prazo será contado da data do pleno atendimento ao solicitado.

§ 2° - Expedidas as Diretrizes, as mesmas terão validade de 360 dias a contar da data de emissão da Certidão de Viabilidade.

§ 3° - As Diretrizes poderão ser renovadas, a pedido do empreendedor, por mais 360 dias, desde que não tenha havido alteração na legislação pertinente.

Seção III

Da aprovação em 1ª fase

Art. 40 – A aprovação do loteamento em 1ª fase consiste na aprovação do projeto urbanístico do parcelamento, observadas as especificações constantes na Certidão de Viabilidade e nas Diretrizes.

Art. 41 – O requerimento solicitando aprovação do loteamento em 1ª fase devera vir acompanhado dos seguintes documentos:

I – copia da matrícula da gleba atualizada;

II - planta de situação da gleba em escala 1:20.000, em 3(três) vias; III – cópia da Certidão de Viabilidade e Diretrizes e da respectiva planta;

IV – anotação de Responsabilidade Técnica (ART), referente ao projeto urbanístico, registrada no CREA.

V – projeto urbanístico na escala 1:1000, em 3(três) vias e em arquivo digital, contendo no mínimo:

a) delimitação da gleba; b) indicação do norte;

c) subdivisão das quadras em lotes com as respectivas dimensões, áreas, ângulos e numerações;

d) sistema viário, com a respectiva classificação e dimensionamento;

e) localização e dimensionamento das áreas destinadas aos equipamentos urbanos e comunitários e aos espaços livres para o uso publico;

f) indicação e delimitação das faixas de domínio, faixas de segurança, faixas não edificáveis e Áreas de Preservação Permanente (APPs) e outras restrições impostas pela legislação que gravem o loteamento;

g) quadro, com valores absolutos e percentuais das áreas do loteamento, das quadras, dos lotes, do sistema viário e das áreas destinadas aos equipamentos urbanos e comunitários e aos espaços livres para uso publico, e com o número de quadras e lotes;

h) demais elementos necessários para a elucidação do projeto;

VI – licença Prévia do órgão ambiental competente, nos termos da legislação vigente; VII – certidão negativa de tributos municipais;

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Art. 42 – A aprovação em 1ª fase ocorrera no prazo máximo de 30 dias, a contar da data do protocolo do processo administrativo.

§ 1° - Quando for solicitada a complementação da documentação ou realização de diligências, o prazo será contado da data do pleno atendimento ao solicitado.

§ 2° - A aprovação em 1ª fase terá validade de 360 dias a contar da data em que for realizada.

§ 3ª – A aprovação em 1ª fase poderá ser renovada, a pedido do empreendedor, por mais 360 dias, desde que não tenha ocorrido alteração na legislação pertinente;

Art. 43 – Caso o órgão municipal de planejamento considerar necessária a realização de alterações no projeto urbanístico, essas serão relacionadas em parecer técnico.

Seção IV

Da aprovação em 2ª fase

Art. 44 – A aprovação do loteamento em 2ª fase consiste na aprovação do detalhamento do projeto urbanístico e dos projetos complementares de serviços e infra-estrutura de competência do município, e na concessão do Alvará de Licença para a execução das obras.

Parágrafo Único - No caso dos serviços concedidos deverão ser apresentados os projetos complementares a eles pertinentes.

Art. 45 - O requerimento solicitando aprovação do loteamento em 2ª fase deverá vir acompanhado dos seguintes documentos:

I – copia da matrícula da gleba atualizada;

II – planta de situação da gleba em escada de 1:20.000, em 3(três) vias; III – cópia do projeto urbanístico aprovado em 1ª fase;

IV – anotação de Responsabilidade Técnica (ART), referente ao projeto urbanístico, aos projetos complementares e a execução dos serviços e obras, registradas no CREA.

V – projeto urbanístico na escala 1:1000, em 3(três) vias e em arquivo digital contendo no mínimo:

a) delimitação da gleba; b) indicação do norte;

c) subdivisão das quadras em lotes, com as respectivas dimensões, áreas ângulos e numerações;

d) sistema viário, com a respectiva classificação com as dimensões lineares e angulares e com as seções transversais e lineares de todas as vias do loteamento;

e) localização e dimensionamento das áreas destinadas aos equipamentos urbanos e comunitários e aos espaços livres para o uso publico;

f) indicação e delimitação das faixas de domínio, faixas de segurança, faixas não edificáveis e Áreas de Preservação Permanente (APPs) e outras restrições impostas pela legislação que gravem o loteamento;

g) quadro, com valores absolutos e percentuais das áreas do loteamento, das quadras, dos lotes, do sistema viário e das áreas destinadas aos equipamentos urbanos e comunitários e aos espaços livres para uso publico, e com o número de quadras e lotes;

h) demais elementos necessários para a elucidação do projeto;

VI – memorial descritivo em 3(três) vias, apresentando a descrição dos lotes, das vias de circulação, das áreas destinadas a equipamentos urbanos e comunitários, de outras áreas de uso publico, das áreas não edificantes, das áreas de preservação permanente, da gleba e remanescentes se houver;

VII – projetos complementares de serviços e infra-estrutura de competência do município; VIII – cronograma das obras e, quando for o caso, indicação das diversas etapas de execução;

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Art. 46 – A aprovação em 2ª fase ocorrera no prazo Maximo de 30 dias, a contar da data de protocolo do processo administrativo.

Parágrafo Único – Quando for solicitada a complementação de documentação ou realização de diligências, o prazo será contado da data do pleno atendimento ao solicitado.

Art. 47 – O prazo total para execução do parcelamento, definido no cronograma de execução da obra, é de dois anos, prorrogável por mais um ano.

Parágrafo Único – Admite-se prorrogação do prazo para conclusão das obras e serviços de infra-estrutura, por mais um ano, desde que devidamente justificado por motivo de força maior, devendo ser submetido pelo empreendedor um novo cronograma de execução da obra a ser aprovado pelo órgão municipal de planejamento com pelo menos trinta dias de antecedência do final dos prazos fixados no caput e acompanhado das devidas garantias.

Art. 48 – Aprovado o projeto de loteamento o empreendedor devera submetê-lo ao Registro Imobiliário dentro de cento e oitenta dias, sob pena da caducidade da aprovação.

Parágrafo Único – Decorridos sessenta dias a partir da data limite prevista no caput, o empreendedor deverá apresentar a comprovação do registro no Cartório de Imóveis, para fins de lançamento cadastral.

Art. 49 – A aprovação do projeto de loteamento será feita por Decreto, onde constarão, no mínimo:

I – denominação, localização e destinação do loteamento; II – área total do empreendimento;

III – número total de lotes;

IV – áreas que passam a constituir domínio publico sem ônus para o município; V – descrição da garantia;

VI – cronograma de execução das obras;

Parágrafo Único – O Termo de Compromisso para execução dos serviços e obras de infra-estrutura, será integrante do decreto referido no caput através de anexo.

Art. 50 – Antes da publicação do decreto referido no artigo anterior será firmado Termo de Compromisso, no qual o empreendedor fica comprometido à executar as obras e serviços necessários para a concretização do parcelamento, assumindo prazos e ofertando garantias para tanto, bem como se comprometendo a cumprir todas as obrigações legais pertinentes ao empreendimento.

Art. 51 – Após a expedição do decreto será emitido Alvará de Licença para execução dos serviços e obras de infra-estrutura exigidos e relacionados no termo de compromisso firmado pelo empreendedor.

Seção V Das Garantias

Art. 52 – Como garantia do cumprimento de execução das obras e serviços firmados no Termo de Compromisso, o empreendedor caucionará em favor do Município, mediante documento hábil, 30%(trinta por cento) da área de lotes definidos pelo órgão competente da municipalidade.

§ 1° - A caução real será instrumentalizada por Termo de Compromisso, registrado no registro imobiliário competente no ato do registro do loteamento.

§ 2° - Juntamente com o instrumento de garantia, deverá acompanhar o registro do loteamento, o cronograma físico de execução das obras e serviços de infra-estrutura urbana aprovados pelo órgão competente do município.

§ 3° - Não poderão ser caucionadas as áreas destinadas para instalação de equipamentos urbanos e comunitários, sistemas de circulação e espaços livres de uso público.

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Art. 53 – A liberação da caução referida no artigo anterior, será realizada quando da conclusão total dos serviços e obras de infra-estrutura urbana exigidas para o loteamento, após vistoria e emissão do Termo de Verificação.

Parágrafo Único – A liberação parcial da caução poderá ser admitida quando da conclusão da totalidade de cada um dos serviços e obras de infra-estrutura, desde que o caucionamento tenha sido feito proporcional a cada item estabelecido no termo de compromisso e vistoriado pelo órgão competente do Município.

Art. 54 – Findo o prazo referido no artigo 47 e não tendo sido realizadas os serviços e obras de infra-estrutura constante no termo de compromisso, o Município poderá executá-los, promovendo a ação competente para adjudicar ao seu patrimônio o objeto de caução ofertada, proporcional ao seu investimento.

Seção VI Da Fiscalização

Art. 55 – Os loteamentos serão submetidos a fiscalização dos órgãos municipais competentes, quando da execução dos seus serviços e obras de infra-estrutura urbana, conforme projetos aprovados.

§ 1° - O responsável pelo loteamento deverá comunicar expressamente aos órgãos competentes, a data de início de qualquer serviço ou obra de infra-estrutura a ser realizada no empreendimento.

§ 2° - O órgão municipal competente fiscalizará a execução do empreendimento, com a periodicidade máximo de 1 (um) mês, emitindo relatório de vistoria.

§ 3° - Todas as solicitações da fiscalização deverão ser atendidas, sob pena de embargo do serviço ou obra de infra-estrutura, sem prejuízo de outras combinações legais.

Seção VII

Do Termo de Verificação e do recebimento dos serviços e obras

Art. 56 – O recebimento final dos serviços e obras de infra-estrutura será feito através de Decreto, que liberará a caução exigida no artigo 52 desta Lei como garantia do cumprimento do Termo de Compromisso.

Art. 57 – O Decreto de recebimento final dos serviços e obras de infra-estrutura será precedido de requerimento e expedido somente após a emissão dos Termos de Verificação de cada serviço e obra de infra-estrutura, conferida pelos órgãos municipais competentes e após a apresentação dos Termos de Aceitação emitidos pelas concessionárias dos serviços concedidos.

Seção VIII

Dos Loteamentos de Interesse Social

Art. 58 - Os loteamentos de interesse social são aqueles realizados pelo poder público e destinados a populações de baixa renda cujas dimensões de seus lotes devem atender as especificações, determinações e exigências expressas nessa lei.

Art. 59 - Somente será permitida a implantação de loteamentos de interesse social em Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS), criadas por Lei específica.

Seção IX

Do Loteamento Industrial

Art. 60 - Os loteamentos industriais são aqueles destinados prioritariamente a atividades industriais e complementarmente a atividades comerciais e de serviços, sendo vedada qualquer outra atividade.

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I – 6% para espaços livres de uso público; II – 4% para áreas institucionais.

Parágrafo Único - Todas as demais especificações, determinações e exigências expressas nessa lei deverão ser observadas.

CAPÍTULO XI

DOS DESMEMBRAMENTOS Seção I

Das disposições gerais

Art. 62 - Nos desmembramentos é obrigatória à transferência ao município de áreas para instalação de equipamentos urbanos e comunitários e espaços livres de uso público.

§ 1º - Deve ser determinada pelo executivo, com fundamento em parecer técnico, a localização das áreas destinadas a equipamentos urbanos e comunitários e dos espaços livres de uso público.

§ 2º - As áreas destinadas à implantação de equipamentos comunitários e espaços livres de uso público deverão ser de no mínimo, 10% (dez por cento) da área da gleba desmembrada, devendo ser gravado na matrícula do imóvel da área remanescente. Tal área deverá ser transmitida definitivamente ao Poder Público por ocasião do parcelamento total da gleba.

§ 3º - Para efeitos do parágrafo anterior não serão aceitas no cálculo do percentual de áreas a serem transferidas:

I - as áreas de preservação permanente e as faixas não edificáveis;

II - as áreas das faixas de servidão ao longo das linhas de transmissão de energia elétrica. § 4º - As áreas previstas no inciso I do parágrafo anterior podem ser transferidas como espaços livres de uso público, caso haja justificado interesse público de ordem ambiental, sendo computada, para efeito da efetivação do percentual exigido previsto no §2º, apenas metade da metragem da área transferida objeto deste parágrafo.

§ 5º - As áreas transferidas ao Município devem ter acesso direto ao sistema viário.

Art. 63 - Serão dispensados da destinação de áreas para implantação de equipamentos comunitários e espaços livres de uso público, quando a área da gleba originária for inferior a 10.000m² (dez mil metros quadrados), desde que haja a infraestrutura completa.

Art. 64- Na realização de desmembramentos não será permitido, além das demais determinações legais:

I - interromper a seqüência do sistema viário existente ou projetado; II - bloquear a continuidade de vias;

III - formar face de quadra com dimensão superior as exigidas nesta lei.

Parágrafo Único - Para atender ao disposto no caput, será exigida reserva técnica de área para a futura abertura de vias, devendo esta reserva ser parte da gleba remanescente se houver ou ser transferida sem ônus para o município.

Art. 65 - A aprovação do projeto de desmembramento ficará condicionada à prévia existência, nos logradouros lindeiros aos novos lotes, da infra-estrutura prevista nos incisos I, II, III, V, VI, VII e VIII, do Artigo 28 desta lei.

Art. 66 - A Licença Ambiental para os desmembramentos será concedida em uma única etapa.

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Da aprovação e execução

Art. 67 - Os procedimentos administrativos para aprovação e execução dos projetos de desmembramentos compreenderão as seguintes etapas:

I - expedição de Certidão de Viabilidade e de Diretrizes para Elaboração dos Projetos; II - licenciamento Ambiental;

III - aprovação do projeto urbanístico; IV - expedição de Certidão de Aprovação.

Art. 68- Inexistindo, no todo ou em parte, a infra-estrutura referida no artigo 65, em qualquer dos logradouros lindeiros aos novos lotes, o empreendedor providenciará as suas expensas a execução da infra-estrutura faltante.

§ 1º - Quando necessária à execução de obras de infra-estrutura referidas no caput, esta deverá obedecer a projetos aprovados pelos órgãos municipais competentes ou pelas concessionárias dos respectivos serviços.

§ 2º - Havendo impossibilidade técnica de execução de qualquer dos elementos de infra-estrutura listados no caput deste artigo, o empreendedor deverá anexar ao requerimento de aprovação do projeto urbanístico e seus complementares, certidão do órgão municipal competente ou da concessionária do respectivo serviço, atestando tal impedimento.

§ 3º - Nos casos previstos no caput, aos procedimentos administrativos para aprovação e execução dos projetos de desmembramentos serão acrescidas as seguintes etapas:

I - aprovação dos projetos complementares; II - licenciamento para execução de obras; III - execução e fiscalização das obras; IV - conclusão e recebimento das obras;

V - emissão do Termo de Verificação da execução das obras.

Art. 69 - A sistemática das etapas e documentação necessária para a aprovação e execução dos projetos de desmembramentos serão as explicitadas para a aprovação e execução dos loteamentos no que couber.

CAPÍTULO XII DO DESDOBRO

Seção I Do Desdobro de lotes

Art. 70 - A solicitação de aprovação de projeto de desdobro de lotes será realizada através de requerimento, que deverá vir acompanhado, no mínimo, dos seguintes documentos:

I - cópia da matrícula atualizada do lote ou lotes;

II - planta na escala de 1:500, em 3(três) vias, com a situação anterior ao desdobro, com as seguintes indicações:

a) identificação do lote ou lotes a serem desdobrados, com o nome do loteamento, número da quadra, número do lote ou lotes e de seus confrontantes em todas as faces;

b) via confrontante com o lote ou lotes, bem como das vias que circundam a quadra, com indicação da distância do lote ou lotes até a via mais próxima;

c) localização das edificações existentes no lote ou lotes, indicando no mínimo os vãos de iluminação e ventilação, beirais e sacadas se houver;

d) norte, curvas de nível, cursos de água, matas e árvores existentes;

III - planta na escala de 1:500, em 3(três) vias, e em arquivo digital, com o desdobro proposto, com as seguintes indicações:

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a) via confrontante com o lote ou lotes, bem como das vias que circundam a quadra, com indicação da distância do lote ou lotes até a via mais próxima;

b) norte e cursos de água existentes;

c) quadro de áreas dos lotes, das áreas não edificáveis e de preservação permanente, quando for o caso, com as devidas porcentagens e os seus totais;

IV - memorial descritivo, em 3(três) vias, apresentando:

a) descrição dos novos lotes resultantes do desdobro, com o nome do loteamento, número da quadra, número dos lotes e de seus confrontantes em todas as faces;

b) descrição das servidões, das áreas não edificáveis e de preservação permanente, se houver;

c) localização da Zona onde se localiza o lote ou lotes;

V - anotação de Responsabilidade Técnica - ART, referente ao projeto de desdobro. VI - certidão negativa de tributos municipais.

Art. 71 - Aprovado o projeto, a Município emitirá a Certidão de Desdobro.

Art. 72 - Aprovado o projeto de desdobro o empreendedor deverá submetê-lo ao Registro Imobiliário dentro de 180 (cento e oitenta) dias, sob pena de caducidade da aprovação.

Parágrafo Único - Decorridos 60 (sessenta) dias a partir da data limite prevista no caput, o empreendedor deverá apresentar a comprovação do registro no Cartório de imóveis, para fins de lançamento cadastral.

Seção II

Do desdobro de interesse social

Art. 73 - O desdobro de interesse social é o instrumento urbanístico que estabelece normas especiais de dimensionamento de novos lotes oriundos da divisão de lotes, considerando a situação socioeconômica da população e o zoneamento urbano.

§ 1º - O desdobro de interesse social somente poderá ser autorizado em relação a lotes cujos adquirentes não se dediquem ao comércio ou corretagem de imóveis.

§ 2º - Todas as demais especificações, determinações e exigências expressas nessa lei para os desdobros deverão ser observadas.

CAPÍTULO XIII

DOS CONDOMÍNIOS URBANÍSTICOS

Art. 74 - Os condomínios urbanísticos ou loteamentos fechados deverão ser constituídos em consonância com o disposto em Lei específica, atendendo, no que couber, as disposições desta lei.

Parágrafo Único - As edificações a serem construídas nas unidades autônomas dos condomínios urbanísticos deverão atender às disposições previstas no Código de Obras.

Art. 75 - O condomínio urbanístico quando vinculado a projeto de edificação ou edificações será aprovado simultaneamente com a aprovação do projeto de edificação ou edificações.

Parágrafo Único - As edificações referidas no caput poderão ser horizontais ou verticais. CAPÍTULO XIV

DA REGULARIZAÇÃO DO FRACIONAMENTO

Art. 76 - A regularização e registro de loteamento, desmembramento ou desdobro de imóveis urbanos ou urbanizados, ainda que localizados em zona rural, nos casos especificados, obedecerá ao disposto no Provimento nº. 28/2004-Corregedoria Geral de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul que instituiu o Projeto “More Legal 3” ou outro que vier a substituí-lo.

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TÍTULO II

DAS DEMAIS CONDIÇÕES PARA OCUPAÇÃO DO SOLO CAPÍTULO I

DO PARCELAMENTO, EDIFICAÇÃO OU UTILIZAÇÃO COMPULSÓRIA

Art. 77 - O Executivo Municipal poderá exigir do proprietário de solo não edificado, subutilizado ou não utilizado em lotes ou glebas situadas nas zonas definidas como passíveis de aplicação destes instrumentos por esta lei, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de:

I - parcelamento, edificação ou utilização compulsória;

II - aplicação de Imposto Predial e Territorial Urbano progressivo no tempo a ser fixado em lei específica;

III - desapropriação com pagamento mediante títulos de dívida pública.

§ 1º Serão considerados solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado aqueles que lei específica assim definir.

§ 2º - Até a edição de lei específica prevista no parágrafo anterior, a taxa de ocupação máxima para edificação será de 80% (oitenta por cento) da área total do lote, respeitada a taxa de permeabilidade de 10% (dez por cento), também da área total do lote.

§ 3º Glebas ou lotes que possuam elementos de interesse cultural, histórico, arquitetônico, paisagístico e ambiental não poderão ser alvos de obrigatoriedade de parcelamento, edificação ou utilização compulsória.

§ 4º - As obrigações de parcelamento, edificação e utilização compulsória serão transferidas em caso de alienação do imóvel.

§ 5º - Fica facultado aos proprietários proporem o estabelecimento de consórcio imobiliário. Art. 78 - No caso das operações urbanas consorciadas, as respectivas leis poderão determinar as regras e prazos específicos para a aplicação do parcelamento, edificação e utilização compulsórias.

Art. 79 - Poderá ser determinado o parcelamento do solo, mediante lei específica, em glebas situadas no perímetro de expansão urbana.

§ 1º - São consideradas por esta lei áreas de urbanização e ocupação prioritárias as glebas definidas em lei específica, sendo sujeitas ao parcelamento compulsório.

§ 2º - As glebas referidas no parágrafo primeiro deverão ser identificadas e delimitadas, devendo seus proprietários ser notificados para efetivar as providências adequadas após o devido processo administrativo.

§ 3º - Os proprietários das glebas referidas no parágrafo primeiro deverão, no prazo máximo de um ano, a partir do recebimento da notificação, protocolar pedido de aprovação e execução de parcelamento, tendo prazo máximo para o início das obras de dois anos a contar da aprovação do projeto.

Art. 80 - Poderá ser determinada à edificação compulsória, em lotes ou glebas situadas na zona central com delimitação a ser definida em lei específica.

Art. 81 - Poderá ser determinada à utilização compulsória, em lotes ou glebas situadas na zona central com delimitação a ser definida em lei específica.

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DA OUTORGA ONEROSA DO DIREITO DE CONSTRUIR E DA TRANSFERÊNCIA DO DIREITO DE CONSTRUIR

Art. 82- Lei municipal específica regulamentará a outorga onerosa do direito de construir e a transferência do direito de construir.

Parágrafo Único - O direito de construir acima do fixado pelo coeficiente de aproveitamento somente poderá ser exercido em lotes ou glebas situadas na zona central com delimitação a ser definida em lei específica.

Art. 83 - A mesma lei referida no artigo anterior definirá as condições para autorização pelo Poder Executivo para que o proprietário de imóvel situado nas zonas previstas, privado ou público, possa exercer em outro lugar ou alienar, mediante escritura pública o direito de construir, através de coeficiente de aproveitamento, quando o referido imóvel for necessário para fins de:

I - implantação de equipamentos urbanos e comunitários;

II - preservação, quando o imóvel for considerado de interesse histórico, ambiental, paisagística, social ou cultural;

III - servir a programa de regularização fundiária, urbanização de áreas ocupadas por população de baixa renda e habitação de interesse social;

IV - alargamento ou abertura de vias.

Parágrafo Único - A mesma faculdade poderá ser concedida ao proprietário que doar ao Poder Público seu imóvel ou parte do mesmo para os fins previstos nos incisos I à IV do caput deste artigo.

CAPÍTULO III

DO DIREITO DE PREEMPÇÃO

Art. 84 - O Poder Público poderá exercer, durante o prazo legal de vigência, o direito de preferência para aquisição de imóvel urbano objeto de alienação onerosa entre terceiros localizados em área localizada no perímetro de expansão urbana, delimitadas por lei específica que fixará, além das condições de utilização deste instrumento, prazo de vigência não superior a cinco anos, renovável a partir de um ano após o decurso de prazo inicial de vigência.

§ 1º O direito de preferências será exercido sempre que o Poder Executivo necessitar de áreas para:

I – regularização fundiária;

II – execução de programas e projetos habitacionais de interesse social; III – constituição de reserva fundiária;

IV – ordenamento e direcionamento da expansão urbana; V – implantação de equipamentos urbanos e comunitários; VI – criação de espaços públicos de lazer e áreas verdes;

VII – criação de unidades de conservação ou proteção de outras áreas de interesse ambiental;

VIII – proteção de áreas de interesse histórico, cultural ou paisagístico.

§ 2º A lei específica que regulamentar o direito de preempção enquadrará cada área em que o mesmo incidir em uma ou mais finalidades enumeradas no parágrafo anterior.

CAPÍTULO IV

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Art. 85 - Operação Urbana Consorciada é o conjunto de intervenções e medidas coordenadas pelo Poder Público, com a participação dos proprietários, moradores, usuários permanentes e investidores privados, com o objetivo de alcançar em uma área transformações urbanísticas estruturais, melhorias sociais e a valorização ambiental.

Parágrafo Único - Cada Operação Urbana Consorciada será criada por lei específica, de acordo com as disposições dos artigos 32 a 34 da lei federal nº 10.257, de 10 de Julho de 2001 (Estatuto da Cidade).

Art. 86 - Poderão ser alvos de Operações Urbanas Consorciadas, além de outras que lei específica determinar áreas localizadas no perímetro de expansão urbana destinadas à produção de lotes urbanos e a melhoria de acessibilidade de áreas de urbanização prioritária.

CAPÍTULO V

DO ESTUDO E DO RELATÓRIO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

Art. 87 - A elaboração e aprovação de prévio Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) e de seu respectivo Relatório de Impacto de Vizinhança (RIV) para obter licenciamentos de construção, ampliação, modificação e operação de Empreendimentos de Impacto será regulamentada por lei municipal específica.

§ 1º O Poder Executivo enviará para apreciação pelo Poder Legislativo, no prazo máximo de 360 dias a contar da data de publicação desta lei, o projeto de lei referido no caput deste artigo.

§ 2º O Estudo de Impacto de Vizinhança referido no caput deste artigo deverá contemplar os efeitos positivos e negativos do empreendimento ou atividade quanto à qualidade de vida da população residente na área e em suas proximidades, bem como a especificação das medidas mitigadoras e compensatórias dos impactos negativos, incluindo a análise, dentre outras, no mínimo, dos seguintes impactos sobre:

I - adensamento populacional;

II - equipamentos urbanos e comunitários; III - uso e ocupação do solo;

IV - valorização imobiliária;

V - geração de tráfego e demanda por transporte público; VI - ventilação e iluminação;

VII - paisagem urbana e patrimônio natural e cultural; VIII- potencial poluidor.

§ 3º A mesma lei definirá a forma e os meios em que se dará a publicidade do Relatório de Impacto de Vizinhança, bem como definirá a forma de participação da comunidade nos casos em que esta for pertinente.

§ 4º - Enquanto não for aprovado o Relatório de Impacto de Vizinhança (RIV) pelo órgão competente, não será concedido o licenciamento da obra ou atividade, e nenhuma providência de implementação, implantação e execução do empreendimento, mesmo que preliminar, poderá ter início.

Art. 88 - A instalação de Empreendimentos de Impacto no município é condicionada a aprovação do Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV), pelo órgão competente.

Art. 89 - A elaboração do Estudo de Impacto de Vizinhanças e de seu conseqüente Relatório de Impacto de Vizinhanças não substitui a elaboração e aprovação de prévio Estudo de Impacto Ambiental (EIA), requeridos nos termos da legislação ambiental.

Art. 90 - O Poder Executivo, com base na análise do Relatório de Impacto de Vizinhança (RIV) ou do Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), poderá exigir do empreendedor a execução, às suas expensas, de medidas adequadas para evitar ou, quando for o caso, superar os efeitos

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impactos decorrentes da implantação, ampliação ou modificação do empreendimento ou da atividade.

Art. 91 - Revogadas as disposições em contrário, especialmente a Lei Municipal No. 2.160/2008, esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação.

Gabinete do Prefeito Municipal de Casca, RS, aos dezoito dias, do mês de Janeiro, de dois mil e dez.

Alan Martins das Chagas Prefeito Municipal Registre-se e Publique-se

ALCIDES LUIZ BRUGNERA

Secretário Municipal de Administração e Fazenda

LEI MUNICIPAL Nº 2.468, DE 20 DE NOVEMBRO DE 2012.

ALTERA A REDAÇÃO DO ARTIGO 24 DA LEI MUNICIPAL nº 2.266/2010 E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

O Prefeito Municipal de Casca, Estado do Rio Grande do Sul, faz que a Câmara Municipal de Vereadores aprovou e ele sanciona e promulga a seguinte Lei:

Art. 1º-A Artigo 24 da Lei 2.266, de 18 de janeiro de 2010, passa a vigorar com a seguinte redação:

Art. 24-É permitido o parcelamento de lote já individualizado, com matrícula própria no Cartório de Registro de Imóveis, a fim de regularizar construções já consolidadas antes de agosto de 2008, desde que os novos lotes localizados no meio da quadra resultem com, no mínimo, 08(oito) metros de testada e ,quando localizados na esquina; resultem com, no mínimo,10(dez) metros de testada e, em ambos os casos; resultem com, no mínimo ,150m²(cento e cinqüenta)metros quadrados de área e nas seguintes hipóteses:

I-Se já existia uma construção sobre o imóvel, este poderá ser desdobrado em duas unidades juridicamente independentes;

II-No caso de existir no imóvel duas construções, este poderá ser desdobrado em até três unidades juridicamente independentes.

Parágrafo Único-Para efeitos de comprovação da situação das construções previstas neste artigo será utilizado o cadastro municipal relativo ao IPTU, ou qualquer outro meio de comprovação aceito pelo Órgão Público.

Art. 2º-Revogadas as disposições em contrário, esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

(20)

GABINETE DO PREFEITO MUNICIPAL DE CASCA/RS, AOS VINTE DIAS DO MÊS DE NOVEMBRO DE DOIS MIL E DOZE.

Alan Martins das Chagas Prefeito Municipal Registre-se e Publique-se

ALCIDES LUIZ BRUGNERA

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