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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO ACADÊMICO DE VITÓRIA NÚCLEO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E CIÊNCIA DO ESPORTE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO ACADÊMICO DE VITÓRIA

NÚCLEO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E CIÊNCIA DO ESPORTE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA

RENAN SILVA DE SOUZA

O PAPEL DA EDUCAÇÃO FÍSICA NO PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO: NECESSIDADES E DESAFIOS DENTRO DA ESCOLA

VITÓRIA DE SANTO ANTÃO 2017

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO ACADÊMICO DE VITÓRIA

NÚCLEO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E CIÊNCIA DO ESPORTE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA

RENAN SILVA DE SOUZA

O PAPEL DA EDUCAÇÃO FÍSICA NO PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO: NECESSIDADES E DESAFIOS DENTRO DA ESCOLA

VITÓRIA DE SANTO ANTÃO 2017

TCC a ser apresentado ao Curso de Licenciatura em Educação Física da Universidade Federal de Pernambuco, Centro Acadêmico de Vitória, como requisito para a obtenção do título de Graduado em Educação Física.

Orientadora: Lara Colognese Helegda

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Catalogação na Fonte

Sistema de Bibliotecas da UFPE. Biblioteca Setorial do CAV. Bibliotecária Jaciane Freire Santana, CRB4/2018

S719p Souza, Renan Silva de.

O papel da educação física no programa mais educação: necessidades e desafios dentro da escola/ Renan Silva de Souza. - Vitória de Santo Antão, 2017. 54 folhas; il.: color.

Orientadora: Lara Colognese Helegda Coorientador: Haroldo Moraes de Figueiredo

TCC (Educação Física) – Universidade Federal de Pernambuco, CAV, Licenciatura em Educação Física, 2017.

Inclui referências e anexos.

1. Educação física escolar. 2. Programa Mais Educação – Brasil. 3. Políticas educacionais – Brasil. I. Helegda, Lara Colognese (Orientadora). II. Figueiredo, Haroldo Moraes de (Coorientador). II. Título.

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RENAN SILVA DE SOUZA

O PAPEL DA EDUCAÇÃO FÍSICA NO PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO: NECESSIDADES E DESAFIOS DENTRO DA ESCOLA

TCC a ser apresentado ao Curso de Licenciatura em Educação Física da Universidade Federal de Pernambuco, Centro Acadêmico de Vitória, como requisito para a obtenção do título de Graduado em Educação Física.

Aprovado em: 19/12/2017.

BANCA EXAMINADORA

Profº. Dra. Lara Colognese Helegda (Orientadora) Universidade Federal de Pernambuco

Profº. Dr. Haroldo Moraes de Figueiredo (Co orientador) Universidade Federal de Pernambuco

Profº. Ms. Hercília Melo do Nascimento (Examinador Interno) Universidade Federal de Pernambuco

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Dedico este trabalho primeiramente ao nosso ser supremo, aos meus pais, e as pessoas que deram-me respaldos para construção dessa produção, que com muita paciência contribuíram no auxílio desse trabalho.

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AGRADECIMENTOS

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Aos meus pais Severino Roqueira de Souza e Maria Risolene Silva de Souza, que se mantiveram sempre comigo desde o começo de minha graduação, dando total força em todos os momentos;

Para minha orientadora, Lara Colognese Helegda e Haroldo Moraes de Figueiredo, co orientador pela paciência e atenção.

Aos professores do curso de Licenciatura em Educação Física que contribuíram para minha formação pessoal e profissional;

Aos meus amigos Bruno, Felipe, José Hugo e André que se fizeram presentes no incentivo e continuidade do curso nas horas mais difíceis;

A todos e todas que não foram citados mas tiveram uma contribuição para a construção do meu ensino aprendizagem.

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“Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produção ou sua construção. Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender”.

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RESUMO

Um país onde historicamente o povo, em sua maioria, não tem acesso à educação científica, não estimula à pesquisa, o desenvolvimento de um senso crítico às Políticas Públicas, independentemente do grau de escolaridade, sexo, raça, ou religião, trás consigo apenas situações desfavoráveis que vem atingindo os cidadãos brasileiros em inúmeras áreas como, educação, segurança, meio ambiente, entre outros. As Políticas Públicas Educacionais são uma série de programas idealizados, aplicados e avaliados em busca da resolução da não aplicação do conceito de equidade que fazem com que pessoas menos favorecidas devido a todo processo histórico na construção do nosso país, não tenham o mesmo conhecimento cientifico abordado em instituições educacionais de cunho privado. O presente trabalho tem como objetivo discutir as como se estrutura políticas públicas voltadas à educação, dando destaque ao Programa Mais Educação, verificando-se os efeitos de suas atuações na formação do sujeito, verifica a atuação dos estudantes das Licenciaturas em Educação Física no referido Programa. O referente estudo discorre através de uma revisão bibliográfica de literatura e os resultados encontrados foram satisfatórios ao tocante.

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ABSTRACT

A country where historically the majority of people do not have access to scientific education, does not stimulate research, the development of a critical sense of Public Policy, regardless of schooling, sex, race, or religion, brings with it only situations the Brazilian citizens in many areas such as education, safety, environment, among others. The Public Educational Policies are a series of programs idealized, applied and evaluated in search of the resolution of the non-application of the concept of equity that make people less favored due to all historical process in the construction of our country, do not have the same scientific knowledge approached in private educational institutions. The purpose of this study is to discuss how to structure public policies focused on education, highlighting the More Education Program, verifying the effects of their actions on the subject's training, verifies the performance of the undergraduate students in Physical Education in said Program . The referent study is based on a bibliographical review of the literature and the results were satisfactory.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ... 9

POLÍTICAS PÚBLICAS EDUCACIONAIS ... 10

1.1 POLÍTICA, ESTADO E GOVERNO SÃO A MESMA COISA? ... 10

1.2 RELAÇÃO DO ESTADO COM A EDUCAÇÃO ... 11

1.3 POLÍTICAS PÚBLICAS E SUAS CONSEQUÊNCIAS PARA A EDUCAÇÃO ... 12

PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO ... 13

A EDUCAÇÃO FÍSICA NO PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO ... 14

CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 17

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9 1 INTRODUÇÃO

Na busca por experiências fora da academia os discentes do curso de Licenciatura em Educação Física podem encontrar nas políticas públicas voltadas para educação, a presente pesquisa exibe os conceitos e relação entre Política, Estado, Governo e Educação, onde podemos observar os acontecimentos do Programa Mais Educação, verificar a importância da Educação Física para o mesmo.

Através de experiências em políticas públicas educacionais durante a graduação surgiu à curiosidade em entender as reais importâncias das políticas públicas para a educação brasileira. Com isso, buscou-se inicialmente através de uma revisão bibliográfica da literatura que, segundo Gil (2002), é formada por meio da leitura de matérias e materiais já publicados em base de dados como, Google Acadêmico, SciELO e documentos oficiais, compreendendo-se, assim, tal literatura, situando-se em autores brasileiros, além de se verificar as leis vigentes que norteiam suas ações.

Contudo esta pesquisa se constituiu da curiosidade em entender como funcionam as Políticas Públicas e como suas ações interferem na educação em nosso país, foram através de algumas experiências que obtive no Programa Mais Educação, firmado no Decreto n° 7.083, de 27 de janeiro de 2010 e que no ano de 2016 foi reformulado, passando a se chamar Programa Novo Mais Educação, redigido pela Portaria MEC nº 1.144/2016 e regido pela Resolução do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação FNDE nº 5/2016 para atuação a partir do ano de 2017, que de alguma forma tiveram importante relevância na escolha do tema e por estar atuando em uma política pública de educação que atualmente é utilizada como uma forma de estudo e ganho de experiência dos discentes em Licenciaturas .

Cabe salientar que, na antiga formulação a atuação em três escolas da Rede Municipal de ensino de Vitória de Santo Antão – PE nos anos de 2014 e 2015 como Monitor de Esportes, Tênis de mesa e Futsal e, na Nova Versão, em 2017, atuando em duas escolas da Rede Municipal de Ensino de Santa Cruz do Capibaribe – PE atuando como Facilitador de Xadrez.

Sendo assim, este trabalho foi organizado da seguinte maneira: Iniciaremos com a discursão de como discorre sobre os conceitos de Estado, Governo, e as políticas públicas da Educação para que se possa fazer uma reflexão de como o mesmo está organizado e entender a relação entre os mesmos. Posteriormente é abordado o Programa Mais Educação (PME), finalizando com a importância da Educação Física para o PME e considerações finais.

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10 2 POLÍTICAS PÚBLICAS EDUCACIONAIS

2.1 POLÍTICA, ESTADO E GOVERNO SÃO A MESMA COISA?

A política está presente em todos os lugares. Aristóteles falou que o homem é um animal político, pois não nasceu para viver isolado e, sim, em grupos; a existência de regimes políticos variados se dá pelo fato da natureza do povo e à extensão do território. Foi através dos filósofos gregos que transmitiram-se para o ocidente a ideia de regimes políticos naturais:

Assim, por exemplo, um povo cuja índole ou natureza tende espontaneamente para a igualdade e a liberdade e cuja Cidade é de pequena extensão territorial, naturalmente instituirá uma democracia e será mal-avisada se a substituir por um outro regime. Em contrapartida, um povo cuja índole ou natureza tende espontaneamente para a obediência a uma única autoridade e que vive num território extenso, naturalmente instituirá a monarquia, sendo desavisada se a substituir por outro regime político. Em outras palavras, os filósofos gregos legaram ao Ocidente a idéia de regimes políticos naturais (CHAUÍ, 2000, P. 496, 497).

Podendo assim dizer que as políticas são as ações de organização, direção e administração da sociedade para o bem comum de todos ou da maioria, onde cada local tem sua peculiaridade devido a cultura do povo e a relação com o meio em que vivem.

Já o Estado é um aglomerado de instituições organizadas que compõe a sociedade. As instituições podem ser: políticas, jurídicas, administrativas, econômicas etc. Tudo isso, sob um governo autônomo e ocupando um território próprio e independente (JAPIASSU; MARCONDES, 2001).

No entanto, têm-se as diferenças de Estado e Governo. Isso, porque, o significado de Estado é ambíguo. O Estado é uma estrutura da sociedade e logo, de espaço público, ou seja, ao falar-se de algo público declara-se o coletivo, dando-se margem ao entendimento que a população tem o direito e o dever de se fazer presente nas tomadas de decisões. Mas, o Estado é uma organização hierarquizada e burocrática que detém o controle podendo-se impor com leis e regras, em função de interesses públicos. É necessário, no entanto, ter-se o entendimento de que essas leis e regras são desenvolvidas a partir de necessidades impostas pela sociedade.

Por outro lado, governo é o agente que conduz a política do Estado:

Governo traduz-se no modo pelo qual o Estado é administrado: como são definidos os objetivos e as diretrizes gerais de atuação, fixadas as políticas públicas e tomadas as decisões político-administrativas – que irão orientar/guiar a atuação administrativa direcionada à realização dos fins

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pretendidos pelo Estado e a promoção do bem comum da coletividade. (PALUDO, 2010, p. 18).

Torna-se, ainda, responsabilidade do governo a organização do Estado, e neste ponto, pode-se compreender o significado de distribuição de poder. Essa distribuição, feita pelo Estado é que irá garantir seu funcionamento pleno. Assim, temos órgãos que são da esfera federal, outros da esfera estadual e outros de esfera municipal (NICÉSIO; ALMEIDA; CONCEIÇÃO, 2015).

Para finalizar-se tal discussão, o Estado é a representação de um povo, logo se faz necessário uma organização para uma melhor convivência entre os seres e, com isso, o governo se faz presente para mediar os conflitos da sociedade e essa ação de mediação e resolução dos problemas é a política.

2.2 RELAÇÃO DO ESTADO COM A EDUCAÇÃO

O vínculo entre a educação e a política é legitima, pois tem por objetivo formar o sujeito para o exercício da cidadania, ou seja, a escola é o espaço para a prática da política por ser o primeiro ambiente social para muitos de nós. Ainda, aprende-se o comportamento em sociedade, além do núcleo familiar; tendo-se como propósito a propagação da ciência universal no desenvolvimento do cidadão.

Contudo, a escola está a serviço da sociedade como um todo e não para grupos com interesses próprios, mas sobretudo se faz necessário estar atento as questões econômicas que englobam o processo educativo, porque as áreas que detêm o controle político e econômico afetam o controle da política e, por sua vez, as diretrizes educacionais, onde torna-se comum segundo Nicésio, 2015 a educação serve como base de campanhas eleitorais.

Nesse contexto, deve-se discutir com austeridade os conceitos de cidadania e política. Portanto, a ligação entre educação escolar e política é notória por encontrar-se estruturada em um projeto de sujeito e sociedade. A escola forma o sujeito para que seja colocado nas forças do mercado produtivo do país; esse feito é organizado através do modelo educacional que é norteado pelas diretrizes curriculares elaboradas pelas estruturas do Estado.

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2.3 POLÍTICAS PÚBLICAS E SUAS CONSEQUÊNCIAS PARA A EDUCAÇÃO

As Políticas Públicas afetam a todos cidadãos, independentemente de grau de escolaridade, sexo, raça, religião ou nível social, atingindo várias áreas como educação, saúde, segurança, mobilidade, etc. Isto é, as Políticas Públicas são uma série de programas idealizados e aplicados depois das ações e decisões tomadas pelos governos de qualquer uma das esferas, federal, estaduais ou municipais com a participação direta ou indireta, de organismos públicos ou privados.

Dito isto, pode-se observar que toda política pública educacional é interposta por uma intencionalidade, pela qual está relacionada ao projeto social idealizado pelo governo eleito democraticamente com seu contexto voltado a realidade de quem vai determinar a formulação dessas políticas, exemplo:

é preciso registrar o fantástico esforço desenvolvido pelo País para ampliar as oportunidades de acesso. A taxa de participação na 1ª série (1) desse ensino passou de cerca de 65% em fins da década de 30 a quase 95% no início dos anos 90, num período de acelerado crescimento demográfico, intensos fluxos migratórios, acentuada urbanização e industrialização. No entanto, o péssimo desempenho do sistema vem colocando sistematicamente em questão o princípio da eqüidade que inspirou esse esforço, na medida em que se garantiu o acesso à escola, mas não a conclusão do ensino obrigatório, nem um atendimento escolar com um padrão socialmente justo de qualidade para todos. (MELLO, 1991sem paginação)

A política interfere diretamente em nossas vidas e na organização do Estado por meio do governo, com o auxílio das políticas públicas que vem a atender os anseios da população e mostrar alguns resultados positivos.

Em meados da década de noventa percebeu-se a disparidade entre a educação pública e a privada, em especial na região Nordeste (HADDAD; DI PIERRO, 2000); os estudos sobre os fatos históricos da educação começam a decair (SAVIANI, 2008, P. 160) e a academia começa a investir em novas propostas para melhoria do ensino público.

Após, a passada do milênio, assuntos relacionados à educação passaram-se a ter mais atenção, com crescimento em números de escolas técnicas, voltadas para uma melhor qualificação profissional; o ensino fundamental passou a ser de nove anos (BRASIL, 2004), e, e o Programa Mais Educação/SEB/MEC. O mesmo chega com objetivo de fomentar a educação em tempo integral, englobando crianças, adolescentes e jovens, oferecendo diversas

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13 atividades no contra turno escolar, desenvolvidas tanto no interior escolar, quanto em outros espaços educacionais, visando-se melhorias para a educação básica.

2.3 PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO

Iniciada a ultima década do século XX os pesquisadores começam a dar mais ênfase na pesquisa em torno da educação brasileira, na busca incansável de direções para institucionalizar a ampliação das funções da escola e de seus profissionais em busca de uma melhora na qualidade da educação básica (SAVIANI, 2008), por consequência passam a incorporar um conjunto de responsabilidades não tipicamente escolares, mas sem o qual o trabalho de avanço da escolarização torna-se praticamente impossível sem o real acompanhamento do Estado (NICÉSIO, 2015).

A Educação Integral é um tema bastante discutido, está presente na legislação educacional brasileira e pode ser apreendida em nossa Constituição Federal, nos artigos 205, 206 e 227; no Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 9089/1990); na Lei de Diretrizes e Bases (Lei nº 9394/1996), nos artigos 34 e 87; no Plano Nacional de Educação (Lei nº 10.179/01) e no Fundo Nacional de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Básico e de Valorização do Magistério (Lei nº 11.494/2007)

O Programa Mais Educação (PME) é operacionalizado pela Secretaria de Educação Básica (SEB), por meio do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), e destinado às escolas públicas do Ensino Fundamental na busca por uma educação integral, para isso tem como objetivo:

ampliar a jornada escolar a partir da prática de múltiplas vivências no macro campo Esporte e Lazer e garantir o acesso a práticas corporais, lúdicas e esportivas, planejadas e inclusivas incorporando-as ao modo de vida cotidiano e enfatizando o resgate da cultura local (SEB, 2010 sem paginação).

Os documentos que norteiam o PME além de defender a Educação Integral como referência de sua organização nas ações a ela vinculadas; tratam com ênfase na construção de projetos pedagógicos, formação de seus agentes, infraestrutura e meios para sua implantação, abrindo espaço para o trabalho dos profissionais da educação, dos educadores populares, estudantes e agentes culturais (monitores, estudantes universitários com formação específica nos macrocampos), observando-se a Lei nº 9.608/1998, que dispõe sobre o serviço voluntário (BRASIL, 2010). Concomitantemente, os documentos revelam a necessidade da participação

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14 dos docentes, discentes e das comunidades que podem e devem contribuir para ampliar os tempos e os espaços de formação das crianças, adolescentes e jovens, garantindo o acesso à educação pública, a retenção e o aprendizado.

Para que ocorra essa interação pelos principais envolvidos é através de gestões democráticas, instituída na nos artigos 14 e 15 da LDB. Diferentes estudiosos como Silva (1996), Veiga (1997), Vianna (1986), Gadotti (2001) e Paro (2006), partem da premissa de que através da realização de um trabalho participativo, autônomo e democrático, envolvendo-se todos os envolvendo-segmentos sociais que compõe a escola pode-envolvendo-se contribuir para o rompimento do autoritarismo que ainda permanece no interior das escolas e proporcionará uma reflexão quanto ao papel do gestor na busca de uma escola pública de qualidade; essa busca por mudanças mostram que nossa educação ainda:

é utilizada muito mais para fazer comunicados do que para fazer comunicação e este papel é desempenhado tanto mais eficazmente quanto mais o que se pretende com a ação escolar é formar o espírito ilustrado, não espirito criador. Cedo ela se transforma numa instituição ritualista, onde o cumprimento de certas formalidades legais tem valor em si mesmo (ROMANELLI. 2012 p. 23-24 ).

Neste sentido, torna-se notório que o trabalho em uma perspectiva atual e democrática nas escolas possui uma dificuldade imensa. Vê-se que os discursos não combinam com a prática. “As palavras a que falta a corporeidade do exemplo pouco ou quase nada valem. Pensar certo é fazer certo” (FREIRE, 1996). Além disso, nota-se que bens públicos, nesse caso, falando-se das escolas, vêm sendo considerados, por conseguinte, como um bem privado e de individual responsabilidade. “A ideologia patrimonialista assinala uma forte concentração do poder político sobre os bens públicos e sobre as camadas populares.” (SOUZA, 2013 p.80).

2.4 A EDUCAÇÃO FÍSICA NO PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO

Historicamente, a Formação Acadêmica em Educação Física no Brasil está vinculada quase que exclusivamente ao modelo da Aptidão Física e aos saberes oriundo das Ciências Naturais (SOARES et al., 1992). Nesta perspectiva de desenvolver a aptidão física e a esportivização da Educação Física, orientados por uma concepção idealista, as disciplinas do curso assumem um papel extremamente tecnicista e tradicional (SOARES et al., 1992).

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15 Neste sentido, as aulas no curso de Licenciatura em Educação Física conduzidas por pressuposto curriculares formais, desdobram-se em ações conservadoras, autoritárias e segregatórias, exacerbando valores como o individualismo, o competitivismo e a racionalidade técnica (SOARES et al., 1992). O conhecimento conduzido a partir desta organização curricular, com forte apelo à reprodução e à recognição, de forma acrítica e a histórica, descontextualizado da realidade, que separa a teoria da prática tornou-se obsoleto e não mais satisfaz a dinamicidade social (DAOLIO, 1995).

Nas escolas, os esportes tem preferência nas aulas de Educação Física. Além disso, apenas seus aspectos motores e biológicos são priorizados, sendo desconsiderados seus referenciais sócio-históricos (CAPARROZ, 2007). Para agravar o quadro, os outros conteúdos da Cultura Corporal do homem, como as ginásticas, as lutas, os jogos, os esportes e as danças, não são contemplados nas aulas. Atualmente, diversos cursos vem reformulando seus currículos e adotando metodologias centradas nos alunos e em estratégias didáticas que favorecem os debates e a reflexão sobre o conhecimento (PIMENTA, 2008).

Preconizamos também que os conteúdos da Cultura Corporal, a saber: os jogos, as lutas, as danças, os esportes e as ginásticas devem ser pedagogizados tratando suas dimensões sócio-históricas. Estratégias como parcerias interdisciplinares e ações conjuntas, as quais são perspectivas educacionais apresentadas e preconizadas pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei, no 9.394/96) e pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (1998), vem sendo desenvolvidas no curso e serão incentivadas e buscadas no desenvolvimento deste projeto.

O processo ensino-aprendizagem nos cursos de graduação em Educação Física deveriam está baseados em propor ações que desafiem o desenvolvimento de operações mentais de observação, imaginação, comparação, organização dos dados da realidade, classificação, análises e sínteses, interpretação crítica, elaboração e confirmação de hipóteses e tomadas de decisão, possibilitando que os graduandos suplantem o senso comum e possam desenvolver uma consciência científica (PIMENTA, 2008; SAVIANI, 1985). “Em termos de concepção de mundo, à passagem do senso comum à consciência filosófica e a passagem do empírico ao concreto” (SAVIANI, 1985 sem paginação).

A participação dos discentes do curso de Licenciatura em Educação Física justifica-se, pois além de atender diretamente aos objetivos do Programa Novo Mais Educação (PME) de ampliar a jornada escolar a partir da prática de múltiplas vivências no macro campo Esporte e Lazer, possibilitará aos escolares o acesso às práticas corporais elaboradas construídas historicamente pelo homem e a ampliação de indicadores críticos, criativos, participativos, dialógicos, participativo, pensativo, interpretativos, persuasivos e argumentativos, criando

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16 desta forma novas possibilidades de intervenção crítica no mundo. Ademais, irá incentivar e promover o engajamento imediato dos acadêmicos nas atividades de ensino, pesquisa e extensão na educação básica.

As atividades baseadas em práticas corporais, lúdicas e esportivas vem:

enfatizando o resgate da cultura local, bem como o fortalecimento da diversidade cultural. As vivências trabalhadas na perspectiva do esporte educacional devem ser voltadas para o desenvolvimento integral do estudante, atribuindo significado às práticas desenvolvidas com criticidade e criatividade. O acesso à prática esportiva por meio de ações planejadas, inclusivas e lúdicas visa incorporá-la ao modo de vida cotidiano (BRASIL, 2013 p.5).

A partir da garantia na Formação Acadêmica ingresso, debate, pensamento e efetivação destes pressupostos teóricos científico-pedagógicos se faz pelo reconhecimento como indutor de novas aprendizagens sociais e eficaz para qualificação da formação e do exercício profissional (PIMENTA, 2008; SOARES, et al., 1992). Medina, (1987, apud VIEIRA, 2012) afirma a importância de ser trabalhado a práxis, pelo fato da teoria e prática se complementarem, resultando na melhor formação do acadêmico.

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3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

No primeiro capitulo podemos observar os conceitos de Estado, Governo e Política, suas relações com a educação e como Políticas Públicas voltadas para educação interferem na qualidade do ensino.

O segundo capítulo abordou o Programa Mais Educação como política pública mostrando sua fundamentação através da educação integram e busca pela melhoria da educação básica com ações democráticas.

No terceiro capítulo demostra a necessidade de que o professor de Educação Física saia da visão alienante e mercadológica do corpo e transforme a realidade na qual está inserido, atuando numa perspectiva em que se trabalhe o corpo e a mente em sua totalidade. Não é de maneira fácil e particular, que se muda essa perspectiva, é preciso trabalho coletivo, e uma mútua força de vontade, afirma o autor.

Por tanto a importância do Estado que pode interferir positivamente ou não, diretamente ou não nos procedimentos educativos com alterações ou criações de leis, a aplicação dos recursos destinados e o processo de avaliação constante que ajudam na auto avaliação, mostrando os dados concretos das ações, pois, se possível possam ser alteradas, caso os resultados não estejam sendo alcançados, os desafios encontrados, principalmente nos dias atuais, devem ser enfrentados, tendo em vista a necessidade de inovação para a superação dos problemas encontrados no dia a dia da escola.

Conclui-se com base nos dados coletados e aqui apresentados, que existe um debate amplo sobre as Políticas Públicas e suas ações, onde pode-se constatar a importância de se acreditar no desenvolvimento da educação apesar dos diferentes tipos de culturas e formas de expressão, sendo que, isso pode ser efetivado através de gestões educacionais democráticas, para isto, foi necessário pensar a gestão pública em todas as esferas de forma diferente e buscar modificar as práticas comumente utilizadas, visando a melhoria da qualidade da Educação. Neste contexto, o trabalho participativo, a valorização de ideias novas trazidas pela comunidade escolar e a união da teoria com a prática entre os acadêmicos de Licenciatura em Educação Física tem enorme relevância, pois, com a participação popular na política e em especial na educação fazem com que se sintam integrantes do processo, melhor formação para os futuros educadores e trazendo assim, mais harmonia entre os povos e confiança para a melhoria da Educação na busca por um país mais justo que se preocupa em reduzir as desigualdades construídas durante sua trajetória.

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18 REFERÊNCIAS

BRASIL. Constituição Federal. Brasília: Congresso Nacional, 1988.

BRASIL. LDB – Lei de Diretrizes e Bases Nacional. Lei 9.394/1996. Brasília: MEC, 1996. BRASIL. FNDE – Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. Disponível em: <http://www.fnde.gov.br/>. Acesso em 15 de set. 2016.

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BRASIL, Ministério da Educação. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, 2015 Disponível em: http://ideb.inep.gov.br/ Acesso em: 17 de ago. 2016. BRASIL. Ministério da Educação. Plano de Desenvolvimento da educação: Razões, princípios e programas. Brasília, 2007. Disponível em:

<http://bibspi.planejamento.gov.br/handle/iditem/178>. Acesso em: 12 de fev. 2017 BRASIL. Planejando a Próxima Década: conhecendo as 20 metas do Plano Nacional de Educação. Brasília: MEC/SASE, 2014. Disponível em:

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BRASIL. Programa Mais Educação: Passo a Passo. Brasilia: Ministério da Educação, 2010. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/passoapasso_maiseducacao.pdf> Acesso em: 15 out. 2017

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CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Editora Ática, 2000. Disponível em: <http://home.ufam.edu.br/andersonlfc/Economia_Etica/Convite%20%20Filosofia%20-%20Marilena%20Chaui.pdf> Acesso em: 21 abr. 2017.

DAOLIO, J. Da cultura do corpo. 7.ed. Campinas: Papirus, 1995.

FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários a prática educativa. 6.ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

GADOTTI, Moacir. Concepção dialética da educação: um estudo introdutório. São Paulo: Cortez, 2001.

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19 GIL, Antônio Carlos, Como elaborar projetos de pesquisa - 4.ed. São Paulo : Atlas, 2002. HADDAD, Sérgio; DI PIERRO, Maria Clara. Aprendizagem de jovens e adultos: avaliação da década da educação para todos. São Paulo em Perspectiva, São Paulo, v. 14, n. 1, 2000. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/spp/v14n1/9800.pdf> Acesso em: 12 jun. 2017. JAPIASSU, Hilton; MARCONDES, Danilo. Dicionário básico de filosofia. 3.ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001.

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