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SILAGEM DE GRÃO ÚMIDO DE MILHO

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Academic year: 2021

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SILAGEM DE GRÃO ÚMIDO DE MILHO

Itavor Nummer Fo

Pionner

Introdução

A silagem de grão úmido de milho está sendo cada vez mais utilizada no Brasil, permitindo aos produtores estocar os grãos em suas propriedades de uma maneira prática, econômica e sem alterar os valores nutricionais do milho.

É indiscutível a importância do valor nutricional do grão de milho na alimentação de suínos, aves, bovinos de corte e leite, principalmente como fonte de energia. Entretanto, também a proteína contida no grão de milho tem merecido estudos dos nutricionistas pois representa ao redor de 25% da proteína bruta consumida pelos suínos e aves.

O Departamento de Nutrição Animal da Pioneer Sementes vem desenvolvendo estudos com o objetivo principal de fornecer informações dos níveis nutricionais dos grãos de seus híbridos (proteína bruta/ aminoácidos, óleo e amido) aos seus clientes, nas mais diferentes situações e regiões produtoras de milho do Brasil.

"Milho: fonte de energia responsável por 25% da proteína bruta consumida por suínos e aves."

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• É um processo de ensilagem em que estocamos somente os grãos da planta de milho.

• A colheita é feita com colheitadeira convencional e deve ser realizada quando a umidade dos grãos estiver entre 30 e 40%.

• Após a colheita, os grãos devem ser moídos finos (suínos), quebrados ou laminados (bovinos de corte e leite e ovinos), com o objetivo principal de favorecer a compactação.

• Os grãos devem ser armazenados em silos tipo bunker, trincheira ou bag’s, bem compactados e cobertos com lona plástica preta ou de dupla face.

• A silagem de grão úmido é uma ótima opção para armazenar grãos de milho por longo período, com baixo custo e, principalmente, mantendo o valor nutricional. • Armazena-se, em média, 1000 a 1300 kg (15 a 19 sacos com 13% de umidade)

de grãos úmidos por metro cúbico de silo.

• Uma silagem de grão úmido de qualidade depende da escolha de híbridos de milho que apresentem grãos sadios e alto valor nutricional.

Vantagens da silagem de grão úmido

• Não existem taxas e impostos.

• Não há transporte do produtor para a cooperativa ou fábrica de rações e vice-versa.

• Não existe desconto de umidade, impurezas e grãos ardidos. • Não há custo de armazenamento.

• A colheita é antecipada em 3 a 4 semanas.

• Ocorrem menores perdas por ataque de fungos, ratos, carunchos e traças (veja Tabela 1).

• Possui maior digestibilidade e, conseqüentemente, melhora o desempenho animal (veja Tabela 2).

• Melhora a sanidade dos animais, causando menos diarréias.

• Tem alta concentração de energia, para balancear com alimentos protéicos. • Seu custo independe do preço de mercado.

Conforme pode ser observado nas Tabelas 1 e 2, ocorrem perdas significativas por grãos danificados e também na digestibilidade ao longo do período de armazenamen-to.

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Tabela 1 — Danos causados por insetos no milho armazenado

em paióis em 200 propriedades do Estado de Minas Gerais

Tipo de Dano Época de amostragem

Agosto Novembro Março

Grãos

carunchados1 17,3% 36,4% 44,5%

Redução de peso nos grãos

carunchados 17,8% 20,6% 32,2% Perda de peso em relação ao total armazenado 3,1% 10,4% 14,3% .

1Grãos danificados por carunchos e por traça do milho.

Fonte: Santos & Fontes (1990a)

Tabela 2 — Digestibilidade "in vitro" da matéria orgânica

(DIVMO) de grãos de milho em função do período de armazenamento e das regiões amo-stradas

Região DIVMO (%)

mai/85 out/85 abr/86 média

Norte 78,1 45,5 31,5 52,0

Sul 78,5 48,3 34,6 54,8

Leste 78,6 48,6 34,5 53,9

Oeste 78,7 46,4 32,6 52,5

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Desvantagens da silagem de grão úmido

• Dificuldade ou impossibilidade de comercialização.

• Necessidade de preparo diário da dieta aos animais. A mistura do grão úmido com o núcleo poderá gerar aquecimento e provocar diarréia nos animais. A silagem corretamente produzida melhora sensivelmente o tempo entre a mistura e o fornecimento aos animais, sem alterar a qualidade nutricional.

Quem pode usar silagem de grão úmido

Todos os produtores pequenos, médios ou grandes, que tenham criação de ruminantes (bovinos de corte ou leite, ovinos, caprinos) ou monogástricos (suínos), visando realizar a integração agricultura-pecuária na sua propriedade, agregando mais valor ao produto final.

O milho na alimentação animal

O milho representa 60 a 75% dos ingredientes que constituem a dieta de suínos e aves. Desta forma, qualquer incremento de qualidade no grão de milho terá um efeito muito significativo na formulação da ração, na resposta animal e, principalmente, na redução dos custos de produção.

Composição média - grão de milho convencional

Milho convencional x milho alto óleo

Um dos grandes investimentos realizados pela Pioneer nesses últimos anos na área da nutrição animal, tem sido a melhoria da qualidade nutricional do grão de milho em comparação ao milho convencional (milho comumentemente comercializado).

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A principal diferença entre o milho convencional e o milho alto óleo está na maior participação do embrião no milho alto óleo, conferindo ao mesmo maiores teores de óleo e de proteína de alta qualidade.

Obs.: Padrão americano de milho convencional e alto óleo.

Escolha do híbrido

"Uma silagem de grão úmido de alta qualidade requer híbridos com adaptação re-gionalizada, produtividade e grãos com sanidade e valores nutricionais diferenciados". Características como adaptação regionalizada, produtividade, sanidade e valor nutricional são fundamentais na escolha de um híbrido para silagem de grão úmido. Os híbridos Pioneer 3071, 3041, 3027 e 30F80 apresentam, além destas características, um elevado valor nutricional principalmente no que se refere aos níveis de proteína e óleo. São híbridos que, tanto para grão seco como para silagem de grão úmido, apresentam mais energia, mais proteína e maior potencial de resposta animal por quilo de alimento, transformando em mais carne, mais leite, mais ovos, melhorando a eficiência na produção animal.

Ponto de colheita

A colheita é feita com colheitadeira convencional de grãos e deve ser realizada quando o grão estiver com a umidade situada entre 30 e 40%. Os melhores resultados têm sido obtidos com umidade entre 32 e 35%. Desta forma, a colheita pode ser realizada 3 ou 4 semanas mais cedo, permitindo ao produtor antecipar o plantio da cultura subseqüente, seja ela feijão, sorgo, soja, etc., melhorando a eficiência de uso da área com melhores respostas econômicas dentro do processo produtivo.

Para determinar o momento correto da colheita no campo, o agricultor ou técnico deve selecionar algumas espigas de diferentes pontos do meio da lavoura, quebrá-las ao meio e observar nos grãos centrais da espiga a formação da camada preta na base do grão. Isso indicará que a umidade está entre 32 e 35% - ponto de maturação

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fisiológica. No laboratório, a determinação da umidade é feita através de estufas ou determinador universal e serve para indicar o momento de iniciar a colheita.

Transporte

O transporte poderá ser feito com carretas ou caminhões. Deve-se tomar cuidado para que o transporte não seja realizado a distâncias muito longas, o que poderá ocasionar uma elevação da temperatura dos grãos e iniciar um processo de fermentação aeróbica indesejável, prejudicando o valor nutricional da silagem de grão úmido de milho.

"A granulometria da moagem dependerá da espécie ou da categoria de animais que se pretende alimentar e do teor de umidade do grão."

A moagem deve ser feita imediatamente após a colheita e todo o grão colhido, preferencialmente, deve ser moído e compactado no mesmo dia, visando um produto de alta qualidade.

Como regra geral para suínos a granulometria deve ser bastante fina (peneira 8 mm). Entretanto, para porcas criadeiras a granulometria pode ser pouco mais grossa (até 12 mm).

Para bovinos de corte ou de leite, ovinos e caprinos, pode-se quebrar os grãos em partículas maiores, ou seja, é suficiente quebrar os grãos em 3 ou 4 pedaços, podendo ter até 10 a 15% de grãos inteiros.

Quanto mais úmido os grãos de milho, maior pode ser a granulometria e, à medida que há uma redução no conteúdo de umidade, devemos reduzir o tamanho das partículas, evitando possíveis efeitos negativos na compactação, fermentação e conseqüentemente no produto final.

Para a moagem pode-se utilizar todos os tipos de moinhos existentes no mercado ou até ensiladeiras de milho adaptadas para quebrar os grãos, desde que atenda às necessidades de capacidade de moagem (kg/hora) e o tamanho de partículas, dependendo da espécie e categoria dos animais. Outra forma de preparar os grãos para ensilar é o processo de laminar ou amassar, que consiste em amassá-los entre cilindros com distância pré-determinada, de forma que seja rompida a estrutura dos grãos. Este tipo de processamento é recomendado para ruminantes.

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• Evitar perdas durante o processo de fermentação.

• Evitar formação de ácidos indesejáveis como o butírico e o propiônico. • Evitar perdas superficiais.

• Aumentar a participação do ácido láctico, melhorando a palatabilidade para bovinos, suínos e outras espécies.

• Melhorar a fermentação, reduzindo as diarréias em animais jovens e adultos. • Melhorar o consumo animal, ganho de peso e conversão alimentar.

• Evitar a refermentação após aberto o silo.

• Melhorar o custo-benefício do uso do grão úmido. • Aumentar a estabilidade após aberto o silo.

• Melhorar a resposta animal.

Com o uso do inoculante para silagem de grão úmido, tem se observado que a fermentação está concluída entre 5 e 8 dias. Com uma rápida fermentação as perdas são reduzidas. Quando não usamos inoculante devemos esperar no mínimo 28 dias, ou seja, são pelo menos 20 dias a mais fermentando e perdendo qualidade. Pois, quando colhemos o milho com 35% de umidade temos uma baixa concentração de UFC de bactérias lácticas, o que leva à ocorrência de ácidos butírico e propiônico, além de reações químicas que produzem CO2, água e consomem energia.

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A compactação pode ser feita com tratores e tem fundamental importância no resultado final da silagem. Uma boa silagem de grão úmido deve ter, no mínimo, 900 kg de silagem por metro cúbico, sendo que o ideal é ter entre 1.100 e 1.200 kg por metro cúbico.

Qualquer tipo de silo pode ser usado para a estocagem dos grãos úmidos. Entretanto, o produtor deve estar ciente que está armazenando entre 16 e 20 sacos de milho por metro cúbico, devendo armazenar de tal forma que favoreça a retirada tanto em dias de chuva como em dias com sol forte, evitando perdas e trabalho com desconforto e baixo rendimento.

O tamanho do silo dependerá da quantidade de alimento que o produtor deve fornecer aos animais diariamente.

O tempo de armazenagem da silagem depende da compactação e da vedação do silo. Um silo fechado de forma adequada pode armazenar a silagem de grão úmido por vários anos. Entretanto, os produtores têm utilizado a silagem de grão úmido por um período máximo de 2 anos.

Fechamento do silo

O fechamento do silo é feito, geralmente, com lona preta comum. Entretanto, devido a baixa qualidade das lonas existentes no mercado, o que não garante a perfeita vedação do silo, a maioria dos produtores está utilizando lonas mais grossas, usadas para cobrir carga de caminhão. Apesar do custo mais elevado, este tipo pode ser reutilizado por 4 anos consecutivos, tornando viável seu uso.

Durante o fechamento do silo é muito importante retirar totalmente o ar que está sob a lona com a colocação de uma camada de terra, pneus, tijolos, telhas, etc.

Perdas potenciais no processo

Tabela 3 — Estimativas de perdas potenciais nas

di-versas fases do processo de confecção da silagem de grão úmido

Fase Perda potencial(%)

Colheita 1 a 5

Fermentação 1 a 2

Fermentação aeróbica 1 a 2

Perdas de superfície/no cocho 0 a 5

Total 3 a 14 .

Fonte: Keplin, Departamento de Tecnologia da Pioneer Semen-tes Ltda., 1997

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Retirada

Após aberto o silo, o produtor deve retirar uma camada maior que 10 cm de largura e fornecer diariamente aos animais, evitando armazenar os grãos úmidos, após retirar do silo.

Custos de Produção

Os custos de produção podem variar de região para região, dependendo da tecnologia adotada e, principalmente, da produtividade da lavoura. De qualquer maneira, a silagem de grão úmido representa uma considerável economia para o produtor, como isenção do pagamento de taxas, impostos, descontos de umidade, impurezas, grãos ardidos e armazenamento, além de outros benefícios, bem como a certeza de um produto final de alta qualidade com baixos custos para a alimentação de seus animais ao longo do tempo.

A tabela abaixo mostra o custo médio de produção de uma silagem de grão úmido produzida durante o período de três anos (1995, 1996 e 1997) com produtividade média de 8.300 kg/ha. Lavoura em pé R$ 530,00 Colheita R$ 59,30 Transporte R$ 8,30 (R$ 1,00/ton) Trituração R$ 12,50 (R$ 1,50/ton) Compactação R$ 8,30 (R$ 1,00/ton) Total/ha R$ 618,40 Saca ensilada R$ 4,47 Saca ensilada (+5%= R$ 31,00) R$ 4,70

Obs.: Os custos são considerados num sistema terceirizado de colheita, transporte, compactação e aquisição da lavoura de milho (média do período: valores em reais; janeiro 2000).

Poderiam ser feitos vários cenários com relação às vantagens da silagem de grão úmido em comparação com outras formas de utilização do milho na alimentação animal, tais como o preço do milho grão e preço do milho embutido na ração. Entretanto, muitas são as variáveis que fazem parte desse cenário, como por exemplo a variação do preço do milho grão e do milho dentro da ração e o percentual de compra da ração pronta por parte do produtor.

Apesar de sabermos que o preço do milho embutido na ração representa na média cerca de 1,5 até 2,5 vezes mais do que o custo do milho sob forma de silagem de grão úmido, temos que levar em consideração que na maioria das vezes o produtor não compra o milho ou não adquire a ração pronta, e desta forma não absorveria o custo integral desse milho na ração, aspecto esse que não invalida os benefícios da silagem de grão úmido.

Para calcular a quantidade de silagem e o dimensionamento do silo, são necessárias algumas informações relativas ao consumo por categoria do animal, reserva técnica, dentre outros aspectos conforme podemos listar a seguir:

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Considerar que:

• Criadeira e cachaço consomem em média 850 kg de grão úmido/ano. • Em média são 22 leitões/porca/ano.

• Leitões (recria e terminação) consomem em média 210 kg de grão úmido/ano. • Bovinos confinados consomem em média 2,5 kg de grão úmido/cab/dia. • Vacas leiteiras consomem 3,5 kg de grão úmido/cab/dia.

• Borregos confinados consomem 370 g/cab/dia.

• Recomenda-se uma reserva técnica de 33% de silagem no primeiro ano.

• Em média recomenda-se um corte de 10 a 20 cm de largura/dia, considerando uma durabilidade de 24 horas da silagem.

• Em média 1 m3de silo armazena 1.000 a 1.200 kg de silagem de grão úmido.

Exemplo para suínos

Com os parâmetros acima nós poderemos calcular a necessidade de produção de silagem de grão úmido e o dimensionamento do silo. Vamos ao seguinte exemplo:

Node criadeiras 150

Node cachaços 5(1 cachaço/30 criadeiras)

Node leitões 3.600 (150 criadeiras x 22 leitões)

Nós poderemos calcular que:

150 criadeiras x 850kg = 127.500kg

3.600 leitões x 210kg = 756.000kg

5 cachaços x 850kg = 4.250kg

Total de consumo/ano = 887.750kg

Total de consumo/ano com

a reserva técnica de 33% = 725.750x1,33= 1.180.707kg Considerando que 1.200 kg de silagem ocupa 1 m3 teremos:

1.180.707 : 1.200 m3 = 984 m3de silo

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887.750 kg : 365 dias = 2.432 kg/dia (aprox. 2.500 kg/dia)

Como 1.200 kg de silagem ocupam 1 m3, serão gastos 2 m3/dia de silagem. Como

são cortados 20 cm de largura de silagem/dia (0,20 m), teremos então: 2m3: 0,20 m = 10 m2de área a ser cortada/dia

Caso o produtor resolva fazer 3 silos, por exemplo, ele teria que calcular: 984m3(considerar a reserva técnica): 3 silos = 328 m3/silo

Como a área de corte dia é de 10 m2, o produtor agora pode fazer as dimensões do silo conforme o local disponível como por exemplo:

Dividindo-se os 328 m3 : 10 m2, teremos 32,8 m de comprimento, enquanto os 10

m2 de área podem ser feitos numa dimensão de 5 m de largura por 2 m de altura. Assim, para o exemplo do planejamento dado o produtor teria que construir 3 silos de 328 m3 cada, onde cada um poderia ser construído com 5 m de largura x 2 m de

altura com 32,8 m de comprimento.

Considerando o exemplo acima, 984 m3 de silo e que, em média, 1m3 de silo

armazena 1.200 kg de grãos úmidos. Se um produtor tiver uma produtividade média de 9.000 kg/ha de grãos (35% de umidade), ele precisará então plantar 131 hectares de milho.

984m3 x 1.200 kg = 1.180.707 kg de silagem de grão úmido

1.180.707 kg: 9.000 kg/ha = 131 hectares de milho

Veja outros indicativos

Com base na produção de 130 t de silagem de grão úmido, veja quantos animais você pode manter:

• 150 porcas criadeiras por um ano; ou

• 620 suínos nas fases de recria e terminação abatidos com 100 kg de peso vivo; ou

• 520 bois confinados durante 100 dias; ou • 100 vacas leiteiras durante 365 dias; ou • 7.000 borregos confinados durante 50 dias.

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Análises - resultados

Abaixo são apresentados os resultados médios das análises químico-bromatológicas obtidos na silagem de grão úmido com os híbridos Pioneer 3071, 3041, 3027, 30F80 e 32R21.

M.S. Umidade P.B. Gordura Digestib. N.D.T.

(%) (%) (%) E.E.(%) (%) (%)

64,2 35,7 10,6 4,5 88,3 90,2

Fonte: dados médios obtidos em estudos realizados no Depto. de Tecnologia da Pioneer Sementes com amostras obtidas em lavouras comerciais.

Os resultados expressos na tabela comprovam a elevada qualidade nutricional apresentada pelos híbridos Pioneer 3071, 3041, 3027, 30F80 e 32R21 por seus elevados índices de proteína bruta (P. B.), gordura, nutrientes digestíveis totais (N. D. T.) e digestibilidade.

Resposta Animal - Suínos

Na tabela a seguir pode-se ver a resposta animal em suínos com a utilização de silagem de grão úmido em substituição ao milho grão (13% de umidade) contido na ração.

Parâmetros Ração Grão úmido

de milho Diferença Suínos terminados 40.709 9.299 -Mortalidade(%) 2,0 1,5 -25,0% Conversão alimentar 3,33 3,12 -6,31% Peso do leitão(kg) 20,4 21,8 +1,4kg Peso final (kg) 97,6 99,6 +2,0kg Custo de produção(%) 100,0 94,8 -5,2%

Fonte: Jornal do DIRAT - no 69, Coop. Central de Laticínios do Paraná Ltda.

-1991.

Observa-se menor mortalidade e custo de produção, além do maior peso do leitão e peso final.

Na tabela abaixo pode-se observar a diferença do desempenho de suínos alimentados com silagem de grão úmido de milho versus concentrado (ração), em um acompanhamento ao longo do tempo.

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Fase Com ração Com silagem de grão úmido de milho últimos 12 meses Últimos 6 meses últimos 3 meses último mês Recria Animais transferidos 1.262 1.227 1.333 1.259 Idade de saída (dias) 104,33 102,77 99,07 95,78 Peso de saída(kg) 61,77 61,79 61,14 57,36 Peso aos 112 dias(kg) 68,09 68,90 72,77 71,96 Ganho médio diário(kg) 0,867 0,912 0,948 0,931 Conversão alimentar 2,267 2,257 2,294 2,287

Terminação

Animais vendidos 1.242 1.220 1.231 1.044

Idade de saída(dias) 150,01 146,55 141,42 140,95 Peso de saída(kg) 101,54 101,87 101,09 99,82 Peso aos 150 dias(kg) 101,13 104,32 109,24 108,42 Idade aos 100 kg(dias) 148,38 144,58 140,27 141,14 Ganho médio diário (kg) 0,872 0,946 0,966 0,918 Conversão alimentar 3,095 2,899 2,870 2,703 Fonte: Wienfried M. Leh - Granja Rhaetia, Guarapuava, PR.

Pode-se observar, assim as vantagens da utilização da silagem de grão úmido em comparação à ração, evidenciando o maior ganho médio diário, maior conversão alimentar e menor idade por ocasião do abate.

Resposta animal - bovinos

Os dados abaixo mostram os resultados comparativos do desempenho de novilhos, cruza Nelore, em confinamento, alimentados com ração comercial versus silagem de grão úmido de milho.

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Parâmetros Lote 1 Lote 2 Ração comercial Grãos úmidos

Peso médio de chegada(kg) 306,5 307,1

Peso médio inicial (kg) 331,4 326,6

Peso médio final (kg) 495,7 485,1

Consumo Médio (cab./dia)

Silagem de milho (kg) 19,7 16,8

Ração comercial(kg) 2,802

-Silagem de grãos úmidos (kg) - 2,684

Farelo de soja (kg) - 0,535

Silagem na matéria seca(%) 77,3 75,2

Ração na matéria seca(%) 22,7 24,8

Ganho médio diário(kg) 1,694 1,634

Conversão alimentar 6,45 5,87

Conversão alim. no melhor período 5,32 5,12

Custo da alimentação-cab./dia(R$) 0,77 0,64

Custo da alimentação/kg de boi (R$) 0,46 0,39

Custo da alim. x preço da arroba (%) 48 41

Outros custos (%) 22 29

Diferença pró grão úmido +31,8%

Idade de entrada

15 a 17 meses Período de Avaliação 97 dias

Idade de saída

18 a 20 meses Período de confinamento 115 dias

Período de adaptação 18 dias

Preço de venda do bovino=R$ 0,90/kg ou R$ 27,00/arroba.

Fonte: Departamento de Tecnologia da Pioneer Sementes Ltda. Convênio Pioneer Sementes/Nutrimental Agropecuária.

A tabela acima evidencia as vantagens da utilização da silagem de grão úmido, mostrando um menor custo da alimentação e maior lucro líquido.

A tabela abaixo mostra a comparação da produção de leite com a utilização de ração normal e silagem de grão úmido no concentrado.

Comparação da produção de leite com ração normal(1) e silagem de grão úmido de milho no concentrado (2)

Número de vacas

Produção média de leite

1- Ração normal 16 20,1 kg/vaca/dia

2- Grão úmido 15 20,8 kg/vaca/dia

Diferença +0,7

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Os resultados mostram uma vantagem de 0,7 kg de leite por vaca/dia a favor da utilização de silagem de grão úmido no concentrado, quando comparado com o uso da ração normal.

Conclusões

A silagem de grão úmido de milho é uma técnica que vem apresentando acentuado crescimento em quase todas as regiões produtoras de milho do Brasil. Esta modalidade de silagem representa uma redução de custos na alimentação animal que pode chegar a 20/30% no caso da bovinocultura de corte, 20% na criação de gado leiteiro e na suinocultura pode variar de 15 a 25%.

Com o preço da saca de milho oscilando todos os anos, todo e qualquer produtor que tenha em sua propriedade uma criação de animais em que o milho apareça como um ingrediente importante da alimentação, deve conhecer as vantagens da silagem de grão úmido. Na suinocultura, por exemplo, o milho representa de 50 a 75% do volume da ração, o que torna imprescindível a adoção do armazenamento de milho através da técnica da silagem de grão úmido.

A silagem de grão úmido é, talvez, uma das poucas práticas que consegue reunir baixos custos com elevada qualidade nutricional ao longo do tempo de armazenamento, e alta resposta animal.

Referências

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