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Brasil 2014: Sucessos e Limites
O Impacto na Indústria Hoteleira durante a Copa
O impacto da Copa da FIFA Brasil 2014 na
demanda hoteleira apresentou resultados diversos
em função da perspectiva aplicada para avaliar o
desempenho da oferta: o perfil do destino, a
sazonalidade, o desempenho acumulado durante
o primeiro semestre do ano ou mesmo durante o
mês do Mundial.
Os destinos com vocação voltada para o turismo de lazer aproveitaram a sinergia gerada pelo alto fluxo de turistas estrangeiros e domésticos, e a disponibilização de atrativos turísticos altamente valorizados (principalmente sol e praia). Por outro lado, nas cidades com tradição turística mais focada no segmento de negócios o impacto foi menor e, inclusive, naquelas cidades menores, que dependem principalmente da demanda gerada pelo movimento de pessoas que viaja à trabalho e que não foram sedes da Copa, o impacto chegou a ser praticamente nulo o que é refletido na taxa de ocupação nacional que, para o período da Copa (junho-julho), manteve níveis similares aos do ano passado.
Torcedores e turistas: muitos brasileiros e mais estrangeiros
A movimentação por todas as partes do Brasil, principalmente nas Cidades-Sede da Copa do Mundo, foi de mais de quatro milhões de pessoas. O número de brasileiros em viagem pelo país durante o mundial ultrapassou três milhões de pessoas (75% do total), e recebeu cerca de um milhão de turistas estrangeiros (25%), de acordo com pesquisas do Ministério do Turismo (MTur).
Os visitantes internacionais estiveram em 378 municípios, permaneceram em média 13 dias no Brasil e, junto com os turistas domésticos, movimentaram 16,7 milhões de passageiros nos aeroportos nacionais.
Um dos maiores públicos foi a presença de viajantes sul-americanos, aproximadamente 36% dos estrangeiros, o que equivale 364.092 pessoas.
Fonte: Portal da Copa - Governo Federal /Ministério do Turismo – Mtur Dados e fatos Turistas domésticos 3.013.350 75% Turistas estrangeiros 1.000.000 25% Sul-americanos 364.092 37% Europeus 180.331 18% Norte-americanos 151.897 15% Outros 303.680 30%
Passageiros nos aeroportos 16.700.000
Municípios visitados 378 Média de permanência/dias 13 6 milhões 1 milhão Turistas internacionais 2013 Turistas internacionais durante a Copa 2014
Turistas domésticos 75% Turistas estrangeiros 25% Sul-americanos 37% Europeus 18% Norte-americanos 15% Outros 30%
Fonte: Portal da Copa - Governo Federal/ Ministério do Turismo – MTur
Dentre os brasileiros que se movimentaram pelo país o maior grupo foi do estado de São Paulo, com 29% dos viajantes, seguido do estado do Rio de Janeiro, com 9%. Na sequência vieram os estados da Bahia e Minas Gerais, com 7%; Paraná, Pernambuco e Paraíba com 5%; e Goiás, Santa Catarina e Rio Grande do Sul com 4%.
O ministério do turismo revelou também, através de pesquisa realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE), que durante a Copa o Brasil recebeu turistas de 203 nacionalidades. A maioria desses turistas (61%) não conhecia o país. Em geral, 95% dos turistas ficaram satisfeitos com a recepção e os destinos turísticos brasileiros e declararam ter intenção de retornar ao país. Desde o ponto de vista da segmentação dos turistas internacionais movimentados durante a Copa a talvez maior surpresa foi a presença de turistas procedentes dos Estados Unidos. A participação dos turistas Sul-Americanos era esperada antes da Copa em função da proximidade geográfica e a participação de várias seleções no evento (Argentina, Uruguai, Chile, Colômbia e Equador).
Turistas estrangeiros 1.000.000
Nacionalidades 203
Primeira visita ao Brasil 610.000 61%
Intenção de retornar ao país 950.000 95%
Fonte: Ministério do Turismo – MTur/ Governo Federal
São Paulo 29% Rio de Janeiro 9% Bahia 7% Minas Gerais 7% Paraná 5% Pernambuco 5% Paraíba 5% Goiás 4% Santa Catarina 4% Rio Grande do Sul 4% Outros 21%
Futebol, sol e praia
O litoral brasileiro tornou-se a maior fonte de lazer nos intervalos dos jogos da Copa. Segundo o MTur, a maioria dos visitantes estrangeiros (78,9%) elegeu o sol e os cenários de praia como atividade número um do país. Além do sol e mar, a pesquisa também revelou outras principais atividades como gastronomia, compras e a diversão noturna.
Principais atividades fora dos jogos (% sobre o total de turistas estrangeiros)
Fonte: Ministério do Turismo – Mtur
O estado do Rio de Janeiro foi o destino mais
freqüentado. Além da capital, Rio de Janeiro,
também atraíram turistas para as praias as
cidades de Búzios, Angra dos Reis e Parati.
Fortaleza, Salvador e Recife, foram outros
destinos litorâneos procurados entre as
Cidades-Sede. Se destacaram também outras cidades
como Jericoacoara (Estado do Ceará) e Ipojuca
(Estado de Pernambuco).
Principais praias (Cidades-Sede) Principais praias (Outras cidades)
Rio de Janeiro Jericoacoara (CE)
Natal Ipojuca (PE)
Fortaleza Búzios (RJ)
Salvador Angra dos Reis (RJ)
Recife Parati (RJ)
Fonte: Ministério do Turismo - Mtur
35,9% 37,9% 53,7% 65,0% 68,1% 74,7% 78,9%
Encontro com parentes e amigos Passeios turisticos Visitas culturais Diversão noturna Compras Gastronomia Praias
Essa
grande
movimentação
se
refletiu
positivamente na ocupação da maioria dos resorts
brasileiros. Beneficiaram-se com a Copa do
mundo os resorts das regiões Norte, Nordeste e
Sudeste. Apenas a Região Sul não obteve um
bom desempenho.
No geral, em 2013, no mesmo período, a média ficou em 39,5%, enquanto durante a Copa a ocupação atingiu 47,5%, segundo o presidente da Resorts Brasil, Daniel Guijarro.
Taxa de ocupação dos resorts no Brasil
Fonte: Revista online Hotelnews
Resorts por região Impacto
Norte Nordeste Sudeste Sul
Copa 2014 x Desempenho Período jun/jul/2013
39,5% 47,5% 0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40% 45% 50%
jun-jul/2013 Durante o mundial +20,3%
0 50 100 150 200 250 300 350 400 São Paulo Rio de Janeiro Belo Horizonte Salvador Curitiba Brasília Porto Alegre Manaus Fortaleza Recife Natal Cuiabá
Durante o resto da Copa Em dias e vésperas de jogos
A sazonalidade dentro da sazonalidade
No Brasil, ao todo, foram comercializadas um total de, aproximadamente, 978,5 mil diárias durante a Copa do Mundo. A grande maioria destas diárias foi comercializada durante as vésperas e dias de jogos, chegando a 428,5 mil diárias comercializadas (44% do total).
São Paulo e Rio de Janeiro concentraram 54% do total de diárias vendidas nas Cidades-Sede durante a Copa. Além da incidência destes destinos como os principais portões de entrada para o país, são também os principais centros urbanos e econômicos do país e dispõem da maior e mais diversificada oferta hoteleira. Adicionalmente, durante a Copa muitos turistas utilizaram São Paulo e o Rio de Janeiro, principalmente, como base para efetuar os deslocamentos até as cidades onde seriam sediados os jogos das suas seleções.
Diárias comercializadas nas Cidades-Sede
Fonte: Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil – FOHB
O impacto no total de diárias vendidas durante as vésperas e dias de jogo foi maior em Belo Horizonte (53% sobre o total) e Brasília (49% sobre o total), enquanto isso, em Cuiabá (33%), Curitiba (33%) e Manaus (36%) o impacto foi menor.
Fonte: Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil – FOHB
56% 56% 47% 53% 67% 51% 57% 64% 59% 59% 60% 67% 56% 44% 44% 53% 47% 33% 49% 43% 36% 41% 41% 40% 33% 44% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
Durante o resto da Copa Em dias e vésperas de jogos
São Paulo 36% Rio de Janeiro 19% Belo Horizonte 9% Salvador 8% Curitiba 7% Brasília 5% Porto Alegre 5% Manaus 4% Fortaleza 3% Recife 2% Natal 1% Cuiabá 1%
A alta demanda hoteleira durante vésperas e dias de jogo é evidenciada quando são comparadas as taxas de ocupação média durante estes dias e durante toda a Copa.
Natal, por exemplo, atingiu 87% de ocupação na véspera e dia do jogo Gana vs. Estados Unidos (16/06), mas no resto do mês alcançou uma taxa de ocupação média de 48%. O mesmo exemplo pode ser aplicado para Cuiabá que chegou a alcançar 95% de taxa de ocupação na véspera do jogo Colômbia vs. Japão (24/06) e alcançou 60% quando considerado o período completo da Copa. Ocupação média entre a véspera e dia dos jogos
Fonte: Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil – FOHB
Por outro lado, Rio de Janeiro, Fortaleza e São
Paulo apresentaram as menores diferenças em
termos de taxas de ocupação hoteleira entre as
datas de vésperas de jogos e o resto da Copa. Os
motivos para a diminuição da sazonalidade nestas
cidades dentro do período no qual foi desenvolvida
a Copa, contudo, são muito diferentes.
0% 20% 40% 60% 80% 100% Belo Horizonte - 08/07 Brasília - 05/07 Fortaleza - 04/07 Belo Horizonte - 28/06 Curitiba - 26/06 Recif e - 26/06 São Paulo - 26/06 Rio de Janeiro - 25/06 Porto Alegre - 25/06 Cuiabá - 24/06 Brasília - 23/06 Curitiba - 23/06 Manaus - 22/06 Recif e - 20/06 Natal - 19/06 Porto Alegre - 18/06 Rio de Janeiro - 18/06 Fortaleza - 17/06 Natal - 16/06 Salvador - 16/06 Manaus - 14/06 Cuiabá - 13/06 Salvador - 13/06 São Paulo - 12/06
Ale x Bra (Semi). 90% Arg x Bel (4ª). 94% Bra x Col (4ª). 97% Bra x Chi (8ª). 89% Alg x Rus. 84% Usa x Ale. 95% Kor x Bel. 70% Ecu x Fra. 95% Nga x Arg. 94% Jpn x Col. 95% Cmr x Bra. 91% Aus x Esp. 84% Usa x Por. 93% Ita x Crc. 95% Jpn x Gre. 83% Aus x Hol. 92% Esp x Chi. 96% Bra x Col (4ª). 92% Gha x Usa. 87% Ale x Por. 92% Eng x Ita. 92% Chi x Aus. 89% Esp x Hol. 87% Bra x Cro. 69%
Rio de Janeiro atingiu uma alta taxa de ocupação ao longo de toda a Copa e a menor variação quando comparado o mês completo com os dias de jogos. Rio de Janeiro é o mercado que possui as taxas de ocupação (e diárias) mais altas do Brasil durante os últimos anos. Adicionalmente, foi um dos principais portões de entrada para o país e, em função do seu apelo turístico, foi escolhida por muitos turistas internacionais como base logo efetuar deslocamentos específicos para outras Cidades-Sede.
Fortaleza também apresentou uma variação menor quando comparada com o resto dos destinos, embora superior à apresentada pelo Rio de Janeiro. Esta atenuação da sazonalidade durante a Copa na capital do Ceará esteve sustentada, principalmente, nos jogos sediados (Fortaleza foi sede de jogos da Alemanha e da Holanda, além de sediar dois jogos do Brasil: vs. México e vs. Colômbia) e na localização estratégica da cidade em relação a diversos atrativos turísticos do Nordeste (praias) e a mercados emissores de turistas (América do Norte e Europa).
São Paulo também apresentou uma sazonalidade limitada ao longo da Copa. Contudo, esta variação é explicada, principalmente, pelas baixas taxas de ocupação médias atingidas tanto durante os dias e vésperas de jogos, quanto durante o resto da Copa. Em função do seu perfil (turismo de negócios e eventos) e da ampla oferta hoteleira que possui a Copa não representou para São Paulo um impacto expressivo na demanda hoteleira. Ao contrário, a Copa parece ter prejudicado o desempenho típico da capital paulista que alcançou taxas de ocupação média menores às apresentadas para os mesmos períodos (semestral e para os meses da Copa – Junho e Julho) de 2013.
Taxas de ocupação hoteleira
Dias de jogo e vésperas Toda a Copa Variação Rio de Janeiro 92% 87% 5% Fortaleza 85% 72% 13% São Paulo 66% 53% 13% Brasília 84% 68% 16% Salvador 82% 61% 21% Curitiba 80% 58% 22% Recife 92% 68% 24% Porto Alegre 84% 59% 25% Manaus 85% 58% 27% Belo Horizonte 87% 58% 29% Cuiabá 90% 60% 30% Natal 87% 48% 39% Cidades-Sede 77% 61% 16%
Fonte: Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil – FOHB
Fonte: Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil – FOHB 5% 13% 13% 16% 21% 22% 24% 25% 27% 29% 30% 39% 0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40% 45% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Rio de Janeiro Fortaleza São Paulo
Brasília Salvador Curitiba Recife Porto Alegre
Manaus Belo Horizonte
Cuiabá Natal
Dias de jogo e vésperas Toda a Copa Variação
Antes do início do mundial, o site comparador de preços de hotéis Trivago, divulgou os preços médios de hotéis brasileiros para o período do mundial em todas as Cidades-Sede.
A mediana das diárias de todas as doze Cidades-Sede nos dias de jogos foi de R$ 624. O maior valor para reserva era para o jogo entre as seleções do Chile e Austrália em Cuiabá (R$ 1.700), ainda na primeira fase do campeonato mundial. O menor valor levantado foi de R$ 438, no jogo entre as seleções de Holanda e México em Fortaleza, nas oitavas de final.
Média (R$) 673 954 606 600 581 560 538 759 583 742 641 1.435 Maior valor (R$) 838 1.223 677 680 711 718 666 818 656 1.041 789 1.700 Menor valor (R$) 588 811 536 465 464 438 482 726 546 578 498 981 Cidades-Sede Rio de Janeiro Brasília São Paulo Belo
Horizonte Salvador Fortaleza Porto
Alegre Recife Curitiba Manaus Natal Cuiabá
O impacto nas cidades sede: análise comparativa
Cidade - Sede Total de jogos % de jogos Impacto na AOR Impacto na AOR Impacto na ADR Impacto na ADR Partidas realizadas jun-2013 x jun-2014 1º S-2013 x 2º S-2014 jun-2013 x jun-2014 1º S-2013 x 2º S-2014 Rio de Janeiro 7 11% ++++ - +++ +O Rio de Janeiro conseguiu um dos melhores desempenhos dentre as Cidades-Sede. Atingiu os maiores percentuais de ocupação e um crescimento significativo das diárias médias, consequentemente por ser o principal portão de entrada do País, e já consolidado como destino turístico a nível mundial.
Contudo, quando comparado o semestre completo, o Rio de Janeiro apresentou uma queda nas taxas de ocupação e nas diárias médias.
Argentina x Bósnia (Grupo F) Espanha x Chile (Grupo B) Bélgica x Rússia (Grupo H) Equador x França (Grupo E) Colômbia e Uruguai (Oitavas de final) França x Alemanha (Quartas 2) Alemanha x Argentina (final)
Brasília 7 11% + - +++ +
A cidade se destacou por receber a maior quantidade de jogos (igualmente à Cidade do Rio de Janeiro), ficando marcada como uma das mais caras no setor hoteleiro durante a Copa do Mundo. Da mesma forma que o Rio, a nível semestral, o impacto foi negativo, enquanto que a diária apresentou um expressivo crescimento.
Suíça x Equador (Grupo E)
Colômbia x Costa do Marfim (Grupo C) Brasil x Camarões (Grupo A) Portugal x Gana (Grupo H) França x Nigéria (Oitavas de final) Argentina x Bélgica (Quartas 4) Brasil x Holanda (3 º lugar)
São Paulo 6 9% - - + +
São Paulo, como a principal cidade brasileira e uma das mais importantes cidades do mundo, não teve um impacto relevante em termos de ocupação, considerando que muitos eventos, feiras que costumam acontecer nesse período foram cancelados ou adiados, que se tratando de ocupação poderiam atingir percentuais maiores do que no mundial.
Brasil x Croácia (Abertura e Grupo A) Uruguai x Inglaterra (Grupo D) Holanda x Chile (Grupo B) Bélgica x Coreia do Sul (Grupo H) Argentina x Suíça (Oitavas de final) Holanda x Argentina (Semifinal 2)
Belo Horizonte 6 9% ++ - + +
A cidade de Belo Horizonte é um forte destino comercial na hotelaria Brasileira. Apesar da alta durante a Copa, a cidade manteve altas taxas de ocupação também no ano de 2013, o que não permitiu observar um impacto relevante em relação ao ano passado.
Colômbia x Grécia (Grupo C) Bélgica x Argélia (Grupo H) Argentina x Irã (Grupo F) Costa Rica x Inglaterra (Grupo D) Brasil x Chile (Oitavas de final) Brasil x Alemanha (Semifinal 1)
Salvador 6 9% ++++ + ++++ +
Salvador esteve entre as cidades que mais se destacaram durante a Copa. Com altas taxas de ocupação a cidade ficou em segundo lugar, perdendo apenas para o Rio de Janeiro.
Espanha x Holanda (Grupo B) Alemanha x Portugal (Grupo G) Suíça x França (Grupo E) Bósnia x Irã (Grupo F) Bélgica x EUA (Oitavas de final) Holanda x Costa Rica (Quartas 3)
Fortaleza 6 9% + ++ ++ +
Fortaleza obteve um bom desempenho de ocupação nos hotéis. O destino litorâneo também contribuiu como atrativo. Este mesmo motivo já faz da cidade um destino muito procurado, o que fez a ocupação quase se equiparar com o mesmo período em 2013, sendo levemente superior durante a Copa.
Uruguai x Costa Rica (Grupo D) Brasil x México (Grupo A) Alemanha x Gana (Grupo G) Grécia x Costa do Marfim (Grupo C) Holanda x México (Oitavas de final) Brasil x Colômbia (Quartas 1)
Porto Alegre 5 8% ++++ ++ ++ +
Porto Alegre se destacou durante a Copa, superando as ocupações em relação ao mesmo período do ano de 2013. Embora a cidade tenha perdido em relação a outras cidades em termos de atrativos turísticos, sendo uma forte capital de negócios, o1° semestre de 2014 foi, em geral, muito bom.
França x Honduras (Grupo E) Holanda x Austrália (Grupo B) Argélia x Coreia do Sul (Grupo H) Argentina x Nigéria (Grupo F) Alemanha x Argélia (Oitavas de final)
Cidade - Sede Total de jogos % de jogos
na AOR na AOR na ADR na ADR
Partidas realizadas jun-2013 x jun-2014 1º S-2013 x 2º S-2014 jun-2013 x jun-2014 1º S-2013 x 2º S-2014 Recife 5 8% N/D* N/D* ND* ND*
Mesmo sem dados consistentes para comparação entre os anos de 2013 e 2014, através de informações secundárias foi possível observar que Recife teve um dos maiores crescimentos em ocupação, em relação a junho/2013.
Costa do Marfim x Japão (Grupo C) Costa Rica x Itália (Grupo D) Croácia x México (Grupo A)
Alemanha x Estados Unidos (Grupo G) Costa Rica x Grécia (Oitavas de final)
Curitiba 4 6% - ++ +++ +
Curitiba teve pouco destaque na ocupação dos hotéis quando comparada ao mesmo período do ano de 2013. A cidade apresentou um bom desempenho com alta ocupação, mas ficou dentro dos padrões que Curitiba atinge normalmente.
Irã x Nigéria (Grupo F) Equador x Honduras (Grupo E) Espanha x Austrália (Grupo B) Argélia x Rússia (Grupo H)
Manaus 4 6% +++ - +++ +
Manaus conseguiu ficar entre as cidades com taxas de ocupação acima de 80%, superando expressivamente as ocupações no mesmo período de 2013.
Inglaterra x Itália (Grupo D) Croácia x Camarões (Grupo A) Portugal x Estados Unidos (Grupo G) Suíça x Honduras (Grupo E)
Natal 4 6% N/D* N/D* ND* ND*
Mesmo sem dados consistentes para comparação entre os anos de 2013 e 2014, através de informações secundárias foi possível observar que Natal teve altos percentuais em relação ao mesmo período de 2013, desempenhando um alto crescimento na AOR em junho/2014.
México x Camarões (Grupo A) Gana x Estados Unidos (Grupo G) Grécia x Japão (Grupo C) Uruguai x Itália (Grupo D)
Cuiabá 4 6% N/D* N/D* ND* ND*
Mesmo sem dados consistentes para comparação entre os anos de 2013 e 2014, através de informações secundárias foi possível observar que Cuiabá teve praticamente o mesmo desempenho nesses dois períodos, com um desempenho limitado durante a Copa do mundo.
Chile x Austrália (Grupo B) Rússia x Coreia do Sul (Grupo H) Bósnia x Nigéria (Grupo F) Colômbia x Japão (Grupo C) N/D* - Não possui dados do FOHB para compara o mesmo período do ano 2013
AOR: Taxa de ocupação média ADR: Diária média
Legenda
2014 x 2013 Variação AOR % Variação ADR %
++++ Muito Alto >20 75-100
+++ Alto 10-20 50-75
++ Médio 5-10 25-50
+ Limitado 0-5 0-25
As limitações do impacto
De forma geral o impacto da Copa no setor hoteleiro nas Cidades-Sede pode ser avaliado em duas dimensões: por um lado no impacto direto e imediato gerado na demanda hoteleira nas Cidades-Sede durante o período junho-julho e, por outro lado, no impacto indireto que a Copa teve no desempenho hoteleiro do primeiro semestre de 2014 nestas cidades e que impactou também, de forma geral, naquelas cidades que não foram sedes da Copa.
No primeiro caso (comparação mês a mês – Junho
2013 vs. Junho 2014) a maioria das Cidades-Sede
apresentam um impacto positivo (aumento da
ocupação média), sendo o Rio de Janeiro,
Salvador, Porto Alegre e Manaus os destinos onde
o crescimento foi maior. Contudo, São Paulo (o
principal mercado hoteleiro do Brasil em termos de
oferta) e o país a nível geral (incluindo cidades
que não foram sede da Copa) apresentam
decréscimos, no caso da capital paulista,
significativo (-10%). Enquanto isso, Curitiba
mostrou, durante o mês de realização do mundial,
a mesma taxa de ocupação que durante 2013.
Para São Paulo, uma cidade com forte vocação para o turismo de negócios e eventos, o impacto positivo gerado pelos jogos sediados da Copa (incluindo dois jogos da Argentina, um deles semifinal) não chegou a diminuir o impacto negativo gerado pela queda da demanda do segmento de turismo de negócios e eventos: muitas viagens com motivo a trabalho foram suspensas, da mesma forma em que vários eventos foram adiados para o segundo semestre ou adiantados para maio ou abril.
Variação na taxa de ocupação hoteleira – Cidades sede Variação semestral 2013 vs. 2014 Variação mensal jun 2013 vs. jun 2014 São Paulo -2% -10% Rio de Janeiro -2% 14% Belo Horizonte -6% 4% Fortaleza 4% 2% Salvador 1% 12% Brasília -6% 2% Curitiba 4% 0% Porto Alegre 6% 12% Manaus -2% 8% Brasil 0% -2%
Esta queda da demanda gerada por negócios e eventos também impactou de forma extensiva o resto das cidades (não sedes) do Brasil, que verificaram uma queda nas taxas de ocupação durante a Copa. De forma consolidada, o país apresentou uma diminuição de 2% quando comparada a taxa de ocupação média em junho de 2013 vs. junho de 2014.
Além da retração da demanda dos segmentos de negócios e eventos durante a Copa também é importante considerar o crescimento da oferta hoteleira durante os últimos semestres (mais apartamentos disponíveis).
Finalmente, neste nível de análise é interessante observar também como cidades como Rio de Janeiro e Salvador (com vocação mais voltada para o turismo de lazer e atrativos turísticos reconhecidos a nível nacional e internacional) aproveitaram o impulso da Copa para apresentar grandes taxas de crescimento. Porém, outras cidades como Porto Alegre ou Manaus, com um perfil mais voltado para o turismo de negócios e eventos também conseguiram atenuar a sazonalidade que mostrou o mês de junho em 2013 quando comparado com o resultado em 2014. Vale a pena ressaltar que em junho de 2013 estes dois mercados apresentaram taxas de ocupação média baixas (57% e 58%).
Ocupação hoteleira nas cidades sede, junho 2013 x junho 2014
Fonte: Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil – FOHB
71% 70% 67% 67% 59% 65% 66% 58% 57% 66% 61% 84% 71% 69% 71% 67% 66% 70% 65% 64% -10% 14% 4% 2% 12% 2% 0% 12% 8% -2% -15% -10% -5% 0% 5% 10% 15% 20% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90%
São Paulo Rio de Janeiro
Belo Horizonte
Fortaleza Salvador Brasília Curitiba Porto Alegre
Manaus Brasil
A outra dimensão da análise, que considera o desempenho comparado do primeiro semestre, sem incluir o mês da Copa: janeiro-junho 2013 vs. 2014, oferece um panorama mais negativo. Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília e Manaus, que apresentaram significativas taxas de crescimento quando comparado o mês da Copa em 2013 vs. 2014, apresentam decréscimos na taxa de ocupação semestral. E o crescimento que apresentaram a nível mensal (mês da Copa) cidades como Salvador ou Porto Alegre é menor comparado ao nível semestral.
De forma consolidada, o país não apresentou variação na taxa quando comparada a ocupação média no primeiro semestre de 2013 vs. o primeiro semestre de 2014.
Este impacto limitado ou negativo nos meses prévios à Copa é explicado, novamente, pela incidência do segmento de negócios e eventos na demanda hoteleira dos principais mercados brasileiros. O primeiro semestre do ano ficou mais “curto” e, em função desta situação, várias viagens de negócios e eventos foram adiadas para o segundo semestre.
Ocupação hoteleira nas cidades sede, 1º Semestre 2013 x 1° Semestre 2014
Fonte: Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil – FOHB
A respeito das diárias médias praticadas, é possível observar que em todas as Cidades-Sede, durante a Copa e, em menor medida, nos meses prévios, as diárias médias dos hotéis aumentaram. Em alguns mercados de forma significativa (Salvador, Rio de Janeiro, Manaus, Brasília, Cuiabá), enquanto que em outros mercados (São Paulo, Belo Horizonte) o impacto foi menor.
65% 74% 68% 70% 63% 64% 61% 59% 55% 64% 63% 72% 62% 74% 64% 58% 65% 65% 53% 64% -2% -2% -6% 4% 1% -6% 4% 6% -2% 0% -8% -6% -4% -2% 0% 2% 4% 6% 8% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80%
São Paulo Rio de Janeiro
Belo Horizonte
Fortaleza Salvador Brasília Curitiba Porto Alegre
Manaus Brasil
O crescimento experimentado pela maioria das
Cidades-sede durante a Copa, tanto em termos de
diárias quanto em termos de taxas de ocupação,
foi atenuado pela queda, em maior ou menor
medida, nas taxas de ocupação durante os meses
prévios à realização da Copa. Por outro lado, as
diárias médias apresentaram acréscimos limitados
durante os meses prévios e significativos durante
o mês da Copa. Consequentemente, o impacto da
Copa no desempenho do setor foi limitado, porém
positivo e poderá
anualmente considerando que parte da demanda
hoteleira gerada pelo segmento de negócios e
eventos pode ter ficado represada para o segundo
semestre do ano.
Fontes consultadas
Portal da Copa www.Copa2014.gov.br Controladoria Geral da União www.portaltransparencia.gov.br Ministério do Turismo www.turismo.gov.br Trivago www.trivago.com.br Revista Hotelnews www.revistahotelnews.com.br
Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil www.fohb.com.br
Hosteltur Brasil www.hosteltur.com.br
O crescimento experimentado pela maioria das
sede durante a Copa, tanto em termos de
diárias quanto em termos de taxas de ocupação,
foi atenuado pela queda, em maior ou menor
medida, nas taxas de ocupação durante os meses
ios à realização da Copa. Por outro lado, as
diárias médias apresentaram acréscimos limitados
durante os meses prévios e significativos durante
o mês da Copa. Consequentemente, o impacto da
Copa no desempenho do setor foi limitado, porém
positivo e poderá ser maior quando for avaliado
anualmente considerando que parte da demanda
hoteleira gerada pelo segmento de negócios e
eventos pode ter ficado represada para o segundo
semestre do ano.
Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil
O crescimento experimentado pela maioria das
sede durante a Copa, tanto em termos de
diárias quanto em termos de taxas de ocupação,
foi atenuado pela queda, em maior ou menor
medida, nas taxas de ocupação durante os meses
ios à realização da Copa. Por outro lado, as
diárias médias apresentaram acréscimos limitados
durante os meses prévios e significativos durante
o mês da Copa. Consequentemente, o impacto da
Copa no desempenho do setor foi limitado, porém
ser maior quando for avaliado
anualmente considerando que parte da demanda
hoteleira gerada pelo segmento de negócios e
eventos pode ter ficado represada para o segundo
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