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As melhores práticas em incubadoras para fazer startups prosperarem: um estudo de caso na incubadora da UFF

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

UFF

ESCOLA DE ENGENHARIA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

AS MELHORES PRÁTICAS DE GESTÃO EM INCUBADORAS PARA FAZER STARTUPS PROSPERAREM: UM ESTUDO DE CASO NA INCUBADORA DA UFF

AUTOR: ADELINO JOSÉ J. G. FERNANDEZ DE OLIVEIRA NETTO

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AS MELHORES PRÁTICAS DE GESTÃO EM INCUBADORAS PARA FAZER STARTUPS PROSPERAREM: UM ESTUDO DE CASO NA INCUBADORA DA UFF

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Curso de Engenharia de Produção, da Universidade Federal Fluminense, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Engenharia de Produção

Orientador: Profa Drª. Mara Salles

Niterói

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AS MELHORES PRÁTICAS DE GESTÃO EM INCUBADORAS PARA FAZER STARTUPS PROSPERAREM: UM ESTUDO DE CASO NA INCUBADORA DA UFF

Projeto Final de Curso apresentado à Universidade Federal Fluminense como requisito parcial à obtenção do título de Engenheiro de Produção

BANCA EXAMINADORA

______________________________________________________________ Profa. Dra. – Mara Telles Salles

_____________________________________________________________ Prof. Dr – José Rodrigues de Farias Filho

______________________________________________________________ Prof. Dr – Sérgio José Mecena da Silva Filho

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AGRADECIMENTOS

A minha mãe e meu irmão, por todos os tipos de suporte que me deram me tornando apto para fazer um curso tão qualificado como o de Engenharia de Produção da UFF.

Aos meus grandes amigos conquistados durante esse período na faculdade, que viraram noites comigo estudando para provas e entregas de trabalho. Eles que acompanharam meus acertos, meus erros, minhas comemorações e minhas angustias durante essa jornada.

A minha orientadora Mara Salles, por todo suporte, paciência e auxílio durante esse ano da construção do projeto.

A equipe da Incubadora da UFF, por sanar todas as minhas dúvidas e estarem sempre de braços abertos para me receber e esclarecer os processos.

A UFF (Universidade Federal Fluminense), que me proporcionou uma base para ser não só um bom profissional, mas também um cidadão íntegro.

A Deus, pela dádiva da vida e por me fazer aproveitar cada instante dessa jornada, me mostrando que o único passo entre o sonho e a realidade é a atitude.

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“O sábio nunca diz tudo o que pensa, mas pensa sempre tudo o que diz”.

(Aristóteles)

“Devemos ser a mudança que queremos ver no mundo”.

(Mahatma Gandhi)

“Sonhar grande e sonhar pequeno dá o mesmo trabalho”.

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RESUMO

As incubadoras de empresas são responsáveis por gerar conhecimento e informação entre outros tipos de apoio para pequenos negócios, sendo o local onde eles nascem, crescem e se desenvolvem. Com intuito de analisar a contribuição da incubadora para o desempenho de micros e pequenas empresas que passaram pelo processo de incubação, foi realizado um estudo de caso na Incubadora da UFF. Através de visitas à incubadora e de pesquisas de caráter quantitativo e qualitativo, foram entrevistados sócios de diferentes empresas oriundas da Incubadora da UFF, assim como membros da incubadora, gerando as principais análises deste trabalho. Os resultados deste trabalho, como importância da incubadora na vida de uma empresa (oportunidades oferecidas) e vice versa (porcentagem da empresa), servem de referência para a melhoria de desempenho da Incubadora da UFF e de suas empresas incubadas, além de serem parâmetros para novos empreendedores, permitindo análises sobre o processo de incubação.

Palavras Chaves: Empreendedorismo. Incubadoras de empresas. Start-up. Micro e Pequenas Empresas

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ABSTRACT

Business Incubators are responsible for generating knowledge and information among other types of support for small businesses, where they are born, grow and develop. In order to analyze the contribution of the incubator to the performance of micro and small companies that went through the incubation process, a case study was carried out at the UFF Incubator. Through visits to the incubator and qualitative and quantitative researches, members of different companies from the UFF Incubator were interviewed, as well as members of the incubator, generating the main analyzes of this work. The results of this work, as importance of the incubator in the life of a company (opportunities offered) and vice versa (percentage of the company), serve as reference for the performance improvement of the Incubator of UFF and its incubated companies, besides being parameters for new entrepreneurs, allowing analysis on the incubation process.

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LISTA DE SIGLAS

ADM - Agência Municipal de Desenvolvimento GEM – Global Entrepreneurship Monitor IBT - Incubadora de Base Tecnológica

IBP – Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis IBPT - Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística MPE - Micro e Pequena Empresa

MPMEs - Micro, Pequenas e Médias Empresas

NADSME - National Agency for Development of Small and Medium Enterprises NBIA - National Business Incubation Association

NSF – National Science Foundation UFF - Universidade Federal Fluminense

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 11

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO ... 12

1.2 ENTENDIMENTO DA PROBLEMÁTICA ... 13

1.3 OBJETIVOS E IMPORTÂNCIA DO ESTUDO ... 15

1.4 ORGANIZAÇÃO DO ESTUDO ... 16

2 REVISÃO DA LITERATURA ... 17

2.1 INCUBADORAS DE EMPRESAS ... 17

2.2 DIFERENTES TIPOS DE INCUBADORAS ... 17

2.3 MEDIDA DE DESEMPENHO DAS INCUBADORAS ... 20

2.4 TEORIAS DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DAS INCUBADORAS ... 25

3 METODOLOGIA ... 26

3.1 METODOLOGIA E ESTRATÉGIA DE PESQUISA ... 26

3.2 COLETA DE DADOS ... 29

3.3 DELINEAMENTO DA PESQUISA ... 29

4 ESTUDO DE CASO ... 30

4.1 CONTEXTO DA INCUBADORA DA UFF ... 31

4.2 HISTÓRICO E MISSÃO DA INCUBADORA DA UFF ... 34

4.3 PROCESSO DE INCUBAÇÃO NA INCUBADORA DA UFF ... 37

4.4 EMPRESAS INCUBADAS / GRADUADAS ... 39

4.4.1 Aiyra ... 39

4.4.2 Hocmah ... 39

4.4.3 Domain Expert Consultoria ... 40

4.4.4 Venture Agri Fish Bioengenharia ... 40

4.4.5 Construir Empreendimentos ... 40

4.4.6 AMBMET Consultoria ... 41

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5.1 INCUBADORA DA UFF ... 41

5.2 VANTAGENS DA INCUBAÇÃO NA INCUBADORA DA UFF ... 43

5.3 ASPECTOS MERCADOLÓGICOS ... 44

5.4 ASPECTOS RELACIONADOS À INOVAÇÃO ... 45

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 47

6.1 CONCLUSÃO ... 47

6.2 CONSTATAÇÕES E SUGESTÕES ... 48

6.3 LIMITAÇÕES DO MEU ESTUDO E PROPOSTAS PARA ESTUDOS FUTUROS ... 49

7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA ... 50

8 APÊNDICE 1 ... 54

9 APÊNDICE 2 ... 60

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1.1 Contextualização

O Brasil é um país em desenvolvimento que atualmente enfrenta vários desafios em grande parte relacionados ao emprego e à distribuição de renda. De acordo com o IBGE (2018), a taxa de desemprego no Brasil chegou a um nível de 13,1% no primeiro trimestre de 2018. Isto corresponde a 13,7 milhões de desempregados e um aumento de 11,2% no país em relação ao trimestre passado. Micro e pequenas empresas (MPEs) são vistas como uma solução para essas altas taxas de desemprego no Brasil. O fortalecimento das MPEs, juntamente com o empreendedorismo, são impulsionadores à criação de empregos, empoderamento, crescimento econômico, desenvolvimento comunitário, vitalidade a diversificação da economia nacional.

Mais especificamente, Koteski (2004) enfatiza que as pequenas organizações são particularmente vitais para estimular atividade econômica, criação de emprego, redução da pobreza e melhoria geral de padrões de vida internacional e no Brasil. No entanto, apesar da ampla contribuição que pequenas organizações e MPEs trazem para a economia, se enfrentam muitas dificuldades, especialmente em seu período inicial, quando eles são mais vulneráveis (DARNIHAMEDANI, 2018.). De acordo com o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT, 2013), quase 50% das MPEs brasileiras não conseguem completar o 6º ano de vida. Olhando estes números com mais cautela, vemos que a taxa de mortalidade das MPEs no ano de 2013 foi de 34,14% para empresas entre 2 e 3 anos, enquanto que para empresas entre 5 e 6 anos tal índice chegou a 49,95%.

Muitas vezes, as PMEs, em fase inicial, ignoram transformações essenciais que devem ocorrer quando são confrontadas com múltiplos obstáculos (REYNOLDS et al, 2005). Alguns dos principais problemas enfrentados pelas PMEs são um ambiente legal desfavorável com muita burocracia, falta de acesso a mercados internacionais, financiamento e linhas de crédito, escassez de múltiplas habilidades organizacionais e acesso a informações, equipamentos e tecnologia, escassez de instalações comerciais acessíveis e uma estrutura ineficaz para serviços de apoio (ABOR et al, 2010). Existem vários fatores que afetam as restrições que as PMEs enfrentam em relação a finanças e a facilidade para obtenção de crédito. Esses fatores incluem, entre outros, capital

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inadequado, estimativas imprecisas de capital e conhecimento deficiente de estruturação contábil, altos custos iniciais, altas despesas operacionais e lucros insuficientes. Além disso, sem o capital suficiente, as PMEs também têm problemas com o investimento em ativos, como matérias-primas, equipamentos, crédito ao consumidor e produtos acabados. Porém, mesmo com todas estas adversidades, segundo Dornelas (2005), “o momento atual pode ser chamado como a era do empreendedorismo”. A figura abaixo exemplifica a história da evolução das teorias administrativas.

Figure 1- Histórico da evolução das teorias administrativas

1.2 Entendimento da Problemática

Storey (2016) salienta que as habilidades de gerenciamento deficiente são evidentes se os PMEs falharem na fase inicial. A escassez de habilidades gerenciais de finanças e produção leva a uma falta de experiência em gestão. As questões de gerenciamento que evitam o crescimento das PMEs acarreta uma escassez de treinamento, uma incapacidade de crescer, autoavaliações irreais e visões incorretas da administração. As PMEs lutam para conquistar os problemas por conta própria. A

Figura 1 - Histórico da evolução das teorias administrativas Fonte: Adaptado de Dornelas (2005)

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inovação através da criatividade, difusão e uso do conhecimento tornou-se um motor essencial do crescimento econômico e faz parte da resposta a muitos novos desafios sociais. No entanto, os determinantes do desempenho da inovação mudaram em uma economia globalizada baseada em conhecimento, em parte como resultado das tecnologias de informação e comunicação. A inovação resulta de interações cada vez mais complexas nos níveis local, nacional e mundial entre indivíduos, empresas e outras instituições de conhecimento. Os governos exercem forte influência no processo de inovação por meio do financiamento e orientação de organizações públicas diretamente envolvidas na geração e difusão de conhecimento (universidades, laboratórios públicos), e através da provisão de incentivos financeiros e regulamentares.

O Global Entrepreneurship Monitor (GEM, 2018) demonstrou uma associação estatisticamente significativa entre a atividade empreendedora e o crescimento econômico nacional. Os países com maior nível de necessidade de empreendedorismo são também os mais subdesenvolvidos. Infelizmente, a instalação e manutenção de uma infraestrutura efetiva de inovação é um empreendimento muito caro e, portanto, não é uma prioridade em países que enfrentam altas taxas de mortalidade, pobreza e insatisfação social. Portanto, os países subdesenvolvidos ficam estagnados já que não conseguem implantar de forma eficaz a inovação em suas empresas que acabam morrendo nos primeiros anos.

As incubadoras de empresas são reconhecidas mundialmente por reduzir a taxa de insucesso de pequenas organizações e pequenas e médias empresas, ajudando essas organizações a superar os desafios durante as fases mais vulneráveis de start-up e crescimento. Soetanto (2016) explica que incubadoras de empresas fornecem assistência oferecendo às organizações iniciantes recursos, serviços e assistência valiosos, estabelecendo um ambiente propício para essas organizações operarem. Mais especificamente, incubadoras de empresas fornecem uma variedade de serviços para a empresa. Incubadas, que incluem aluguel de espaço, escritório compartilhado e serviços de comunicação, como acesso a telefone e impressora, serviços relacionados a negócios e instalações e serviços de equipamentos, como salas de conferência e computadores. Além do que incubadoras de empresas também oferecem serviços adicionais de incubação relacionados à credibilidade, assistência administrativa, links para serviços

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contábeis, jurídicos e profissionais, melhor acesso a recursos financeiros, rede e treinamento.

Figura 2- Apoio oferecido pelas incubadoras Fonte: Prefeitura de São Paulo (2012)

1.3 Objetivos e Importância do Estudo

Investigar a contribuição da incubadora para a atuação das micro e pequenas empresas que passaram pelo processo de incubação tecnológica. Isto é de suma importância, pois um dos principais pilares de sustentação da economia brasileira é a micro e pequena empresa. Estudos realizados anualmente pelo SEBRAE evidenciam que estes tipos de organização são responsáveis não apenas pela geração de postos de trabalho, mas também por uma quantia significativa do PIB.

Visto os inúmeros benefícios (mentoria qualificada, coworking, networking) da possibilidade de ter uma incubadora auxiliando o processo inicial de criação e desenvolvimento de novas pequenas empresas, este estudo tem como objetivo estabelecer princípios de melhores práticas de incubadoras que levaram suas empresas residentes a prosperaram (atingirem a maturidade empresarial, tendo um fluxo de caixa saudável e desenvolvendo pessoas), tendo como base principal para avaliação a Incubadora UFF, que compõe a estrutura da Agência de Inovação da Universidade Federal Fluminense (AGIR).

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• Avaliar as expectativas das empresas incubadas que compõe a carteira da incubadora da UFF em relação ao processo, desde o momento pré-incubação a incubação até o possível atendimento das expectativas.

• Contribuir para o desenvolvimento e criação de um padrão de melhores práticas de gestão de uma incubadora para o desenvolvimento das empresas incubadas.

• Confirmar se a incerteza do sucesso, se tratando da sobrevivência das empresas, é minimizada pelo processo de incubação.

1.4 Organização do Estudo

O segundo capítulo contempla a revisão de literatura e classificação dos modelos de incubadoras e indicadores de desenvolvimento e crescimento.

No capítulo 3, é explicada a metodologia do trabalho e como foram realizados os questionários tanto com os membros da incubadora, tanto com os sócios das startups.Além disso, será detalhado como foi a organização e condução de entrevistas e pesquisas com inquilinos da incubadora piloto da UFF, bem como a projeção dos questionários das entrevistas (convergentes) de forma estruturada.

O estudo de caso (capítulo 4) consiste em detalhar a Incubadora da UFF e contar seu histórico e função dentro da universidade. Além disso, a realização das entrevistas regulares com gestores da incubadora e do questionário pontual com os sócios das incubadas são apresentadas nesta parte do texto.

No capítulo 5, é mostrada a organização e análise dos dados obtidos a partir das entrevistas e questionários. Além do mais houve a análise de dados e descobertas oriundos das respostas, bem como discussão dos resultados, revisando a literatura e estabelecimento de possíveis “melhores práticas” de gestão dentro de uma incubadora, utilizando o Excel para analisar os dados coletados nas entrevistas.

O capítulo de conclusão consiste em considerações finais sobre o estudo, refletindo como foi o período de um ano até o final deste trabalho de conclusão de curso. Igualmente, algumas sugestões foram geradas para melhorar o desempenho da

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Incubadora da UFF, bem como as limitações encontradas e recomendações para trabalhos futuros.

2 REVISÃO DA LITERATURA 2.1 Incubadoras de empresas

As incubadoras são compostas de quatro componentes principais: (1) Pessoal (equipe) que fornece orientações e acesso a uma rede de recursos; (2) serviços compartilhados para reduzir despesas gerais; (3) espaço flexível e sem contratos com prazo fixo; e (4) uma rede de serviços de apoio às empresas (Allen et al, 1990). A incubadora é uma rede de organizações e indivíduos que inclui o gerente da incubadora, conselho consultivo da incubadora, empresas incubadas e uma rede de apoio composta por advogados, contadores, capitalistas de risco, especialistas em marketing e voluntários (HACKETT et al, 2004).

Alguns termos como incubadora de empresas, centro de inovação de negócios, centro de negócios, parque de negócios, centro de inovação tecnológica e centro de desenvolvimento empresarial têm sido usados de forma intercambiável para descrever o espaço físico e foco da incubadora. As incubadoras de empresas podem ser encontradas em blocos de áreas ou em prédios de vários andares, ou até mesmo - a redes de apoio a negócios e programas de inovação tecnológica para fornecer às pequenas empresas uma melhor chance de sobrevivência e uma oportunidade para superar a alta taxa de fracasso associada a novas empresas. A incubadora tem como objetivo aumentar a média de vida das empresas, melhorando seus processos, suas formas de gerir, e oferecendo diversas oportunidades como a mentoria, por exemplo.

2.2 Diferentes tipos de Incubadoras

Segundo a NBIA, existem mais de 7.000 incubadoras em todo o mundo (NBIA 2012). Aproximadamente 1.200 incubadoras de empresas estavam operando nos Estados Unidos em 2012. As incubadoras foram agrupadas de acordo com sua especialidade, como tecnologia, manufatura, moda, artesanato ou uso misto (se atendem a diversos tipos de negócios). Incubadoras especializadas ou direcionadas ajudam

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empreendedores de um campo específico da indústria e concentra-se em atividades que promovem o desenvolvimento de empresas locais dentro de um setor específico, como processamento de alimentos, artesanato, produção de madeira ou moda. Com um foco específico, os gerentes da incubadora podem criar links diretos para fontes de capital, programas especializados e mercados relacionados a esse setor.

Uma incubadora tecnológica é um tipo popular de incubadora especializada, ou seja: é um dos tipos mais comuns de incubadora. Seu objetivo é apoiar a transferência de tecnologias da pesquisa, desenvolvimento e ambiente universitário para empresas através do estabelecimento de novas empresas inovadoras e orientadas para a tecnologia (NBIA, 2012). As incubadoras tecnológicas implementam "spin-offs1 baseados em pesquisa", criando condições adequadas para o uso de resultados de pesquisa e desenvolvimento e modelos industriais e de utilidade, bem como desenvolvimento de tecnologias inovadoras (produzindo produtos de maior valor agregado) (NADSME, 2012). A maioria das incubadoras de tecnologia vê a si mesma como uma instituição de apoio chave para empresas iniciantes tecnológicas inovadoras em sua região e promove a economia baseada no conhecimento através da interconexão de pesquisa, desenvolvimento e inovação com a prática empresarial; desta forma, visam aumentar a competitividade econômica da região (BAETA, 2006).

As incubadoras tecnológicas são geralmente situadas perto de parques de pesquisa e desenvolvimento, universidades ou laboratórios de pesquisa. Isso permite que os locatários tenham acesso a dispositivos de pesquisa e entrem em contato com os profissionais dessas instituições. Essa proximidade também facilita a conexão com empreendedores experientes e bem-sucedidos no campo da tecnologia, ou até mesmo a formação de alianças estratégicas para aproveitar as oportunidades empreendedoras como subcontratante ou fornecedor (NADSME, 2012).

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As incubadoras de capacitação buscam promover um grupo de inquilinos, como as mulheres que historicamente não têm acesso total a recursos e oportunidades. Nos países em desenvolvimento, como a Índia, são criadas incubadoras de capacitação para ajudar as mulheres na agricultura, fornecendo-lhes financiamento inicial e conhecimento específico da agricultura para a região.

Um modelo de incubadora em ascensão é a incubadora de negócios virtual. Estes fornecem serviços semelhantes a outras incubadoras, mas operam online. Os participantes pagam uma pequena taxa para se tornarem membros em vez de inquilinos. As taxas de associação fornecem acesso a recursos online, como informações sobre direitos de propriedade intelectual, criação de planos de negócios, avaliação de tecnologia e vários outros serviços de suporte. O modelo de negócios varia de incubadora para incubadora: a da PUC – RIO, por exemplo, sobrevive através de parcerias com empresas privadas; taxas sobre o lucro das empresas residentes e tem 5% de participação de todas as empresas incubadas. A da UFF, por exemplo, depende muito da UFF para sobreviver, apesar de receber taxas sobre o lucro de algumas empresas incubadas. Falta um plano de negócios bem estruturado na Incubadora estudada.

Incubadoras também são comumente identificadas de acordo com seus patrocínios. Existem quatro categorias principais: incubadoras sem fins lucrativos, que geralmente são patrocinadas por câmaras de comércio e organizações comunitárias voltadas para o desenvolvimento econômico; incubadoras relacionadas à universidade, com objetivos de comercialização de pesquisa; incubadoras privadas com fins lucrativos; e incubadoras patrocinadas pela comunidade com motivos de criação de empregos (Allen et al, 1985; Temali et al, 1984).

As incubadoras de desenvolvimento imobiliário com fins lucrativos buscam principalmente capturar a valorização imobiliária (NYROP, 1986). Incubadoras sem fins lucrativos, que podem incluir incubadoras apoiadas pelo governo e de propriedade privada, concentram-se na criação de empregos e na melhoria do clima empreendedor (PETER et al, 2004). Incubadoras acadêmicas buscam comercializar tecnologia universitária, ao mesmo tempo em que fornecem desenvolvimento econômico local (DJOKOVIC et al, 2008). As incubadoras de capital de giro ou de capital de risco com

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fins lucrativos representam as manifestações físicas dos gerentes e investidores, que criam carteiras de empresas em um único local - o melhor para atendê-las. Os tipos de negócios mais comuns encontrados em incubadoras de empresas são manufatura leve, tecnologia, empresas de serviços e empresas que desenvolvem novos produtos ou se envolvem em pesquisa e desenvolvimento (NBIA, 2012).

Acadêmicos e praticantes de incubadoras tentaram medir a eficácia das incubadoras estruturalmente, mas na maior parte não funcionalmente. No entanto, novas pesquisas em incubadoras identificaram que o sucesso de uma incubadora depende do progresso de seus inquilinos (Aerts et al., 2007): em outras palavras, sua função como um lugar para auxiliar o crescimento e desenvolvimento, em vez de um espaço físico definido por medidas de espaço de concreto.

Portanto, é preciso ter uma compreensão de como as empresas crescem em incubadoras e os tipos de suporte necessários neste estágio inicial; A compreensão dessa função da incubadora nos permite entender o desenvolvimento de uma teoria para avaliar o impacto da incubadora de empresas no desenvolvimento da empresa.

2.3 Medida de Desempenho das Incubadoras

Um dos primeiros projetos de pesquisa sobre o desempenho das incubadoras foi conduzido por Allen e McCluskey em 1991, que categorizaram sistematicamente as características organizacionais da incubadora de acordo com seus objetivos em um modelo chamado Incubadora de Negócios Contínuo. Seu grupo de estudo reuniu incubadoras em vários grupos discretos (desenvolvimento de propriedades com fins lucrativos, incubadoras corporativas de desenvolvimento sem fins lucrativos, incubadoras acadêmicas e incubadoras de capital semente com fins lucrativos). Eles avaliaram o desempenho da incubadora com base nas taxas de ocupação, empregos criados e firmas graduadas. Seu estudo não encontrou nenhuma diferença estatisticamente significativa entre o tipo de incubadora e os serviços fornecidos por cada tipo. Incubadoras dentro das incubadoras públicas, acadêmicas e de parceria tinham políticas comuns (admissão e saída), enquanto as incubadoras com fins lucrativos eram as mais diferentes em seus planos de negócio.

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Allen (1988) desenvolveu o Modelo de C iclo de Vida da Instalação que foi dividido em três etapas: startup2, desenvolvimento de negócios e maturidade. A gerência mudou o foco à medida que a incubadora percorria os diferentes estágios de crescimento. A pesquisa de Allen forneceu à indústria uma clara compreensão de que diferentes financiadores tinham objetivos diferentes, e que isso direcionava o caminho da incubadora quanto às políticas de admissão, os tipos de inquilinos recrutados no programa, subsídios de inquilinos e políticas de graduação. Embora as incubadoras fossem patrocinadas por diferentes partes com objetivos diferentes, nenhuma variação foi encontrada nos tipos de serviços prestados. A criação de empregos é um objetivo comum e um indicador de desempenho usado pela maioria das incubadoras financiadas pelo governo. Medidas de crescimento de vendas e lucratividade também são usadas como medidas de desempenho. No entanto, existem problemas em torno dessas medidas. As startups têm praticamente nenhuma ou poucas conquistas de vendas. Como resultado, medidas financeiras como crescimento de vendas, retorno sobre o patrimônio e outros índices são impossíveis de executar. A pesquisa de Allen forneceu uma boa base para entender os tipos de incubadoras que existiam no cenário dos negócios americanos, mas não forneceu uma compreensão clara da eficácia dos programas de desenvolvimento empresarial. Com isso percebemos que a falta de compreensão persiste sobre o próprio processo de incubação, deixando clara a individualidade de cada incubadora e a importância dos seus respectivos planos de negócio.

A maioria das pesquisas sobre incubadoras na década de 1980 se concentrou em entender o conceito de incubação. Um projeto de pesquisa financiado pela National Science Foundation (1985) procurou compreender o funcionamento interno da incubação em incubadoras financiadas pelo Estado, no entanto, esta pesquisa foi descritiva e carente de metodologia. Além disso, os resultados foram inconclusivos e expressaram a necessidade de mais pesquisas. O projeto chegou a cinco conclusões preliminares:

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1. O apoio a um centro de inovação dentro do orçamento da universidade é improvável, a menos que a universidade tenha fortes laços de desenvolvimento econômico com a

comunidade local.

2. A crença de que um centro pode se tornar autossustentável ao obter uma posição patrimonial em empresas arrendatárias ainda não foi confirmada. Dez anos de financiamento

externo podem ser necessários antes que o mecanismo de patrimônio funcione.

3. Cinco a dez anos devem ser permitidos antes de se esperar fortes resultados de desenvolvimento econômico de um centro que funcione com fundos públicos.

4. A maioria dos ciclos de financiamento público não é congruente com o desenvolvimento do centro, já que o ciclo varia de dois a cinco anos antes de uma eleição.

5. Algumas atividades do centro podem ser apoiadas em uma base de taxa por serviço, mas são necessárias fortes habilidades de gerenciamento e formação de redes (Adaptado de

SMILOR et al, 1986).

Figura 3- Conclusões preliminares do estudo da National Science Foundation (1985)

Smilor e Gill realizaram em 1985 uma pesquisa com um total de 117 incubadoras. Eles listaram 10 fatores críticos de sucesso: (1) especialização empresarial in loco, (2) acesso a financiamento e capitalização, (3) apoio financeiro em espécie, (4) apoio comunitário, (5) redes empreendedoras, (6) educação, (7) percepção de sucesso, (8) processo de seleção de talentos, (9) vínculo com universidade e (10) marcos programáticos concisos com políticas e procedimentos claros. Eles agruparam os serviços prestados pelas incubadoras em quatro categorias: secretaria, administrativa, consultoria e outras. A pesquisa foi novamente descritiva, fornecendo informações estatísticas como localização, idade e estrutura. Ele não forneceu uma visão de como as

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incubadoras forneceram esses serviços, ou como as incubadoras afetam o desempenho da empresa.

Diversos estudos sugeriram que a incubação de empresas é uma ferramenta eficaz de desenvolvimento de negócios, exigindo investimentos modestos e proporcionando um retorno justo sobre o investimento para a economia regional (Rice, 2002).

Mian (1994, 1996, 1997) tentou desenvolver uma estrutura de avaliação múltipla para examinar a eficácia das incubadoras de tecnologia universitária que operam no ambiente dos EUA. Mian (1996) descobriu que o corpo de conhecimento era fragmentado e anedótico por natureza, e não oferecia um modelo conceitual na avaliação de incubadoras de empresas de tecnologia. Em 1996, Mian analisou uma amostra de seis incubadoras de tecnologia que tinham fortes ligações com universidades, classificando a percepção dos inquilinos da utilidade de insumos específicos relacionados à universidade, como imagem da universidade, laboratórios e equipamentos, programas de transferência de tecnologia e funcionários estudantis. Ele não mediu o impacto de serviços de valor agregado, como serviços de consultoria de negócios e orientação sobre desenvolvimento de empreendimentos.

Durante a década de 1990, vários pesquisadores tentaram abordar a questão do desempenho da incubadora, mas nenhuma estrutura única de avaliação foi desenvolvida (Mian, 1997). Vários pesquisadores discutiram desde então a importância de relacionar o desempenho às atividades das incubadoras para identificar as melhores práticas (COLOMBO et al, 2002).

Na literatura à respeito das incubadoras, o termo “crescimento” sempre foi observado como crescimento do emprego, crescimento do lucro e crescimento das vendas. Em um estudo na Suécia conduzido por Lindelof e Lofsten (2001), foram medidos em termos de crescimento de vendas, crescimento de empregos e lucratividade; os benefícios da localização da incubadora em um parque científico. Eles compararam o desempenho de novas empresas baseadas em tecnologia localizadas em um parque científico com aquelas localizadas fora dos parques, e descobriram que as empresas localizadas em parques tinham um crescimento muito maior de vendas, emprego e

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lucratividade. Os negócios tinham entre sete e nove anos de idade, possibilitando que os pesquisadores usassem esses tipos de medidas de crescimento como informações financeiras. O uso de tais medidas de crescimento teria sido impossível para startups, dada à falta de um plano de negócios.

No século XXI alguns estudos (PETERS et al, 2004; PENA, 2004) questionam o papel das incubadoras nos negócios em desenvolvimento. Pena (2004) adotou uma perspectiva diferente, fazendo com que as empresas encubadas - não as incubadoras - sejam o centro das atenções. Pena (2004) fez uma tentativa de traçar características de capital humano (nível de educação, experiência de negócios e motivação) e vinculá-las ao crescimento dos negócios. Ele também tentou encontrar o impacto dos serviços das incubadoras no crescimento das empresas. As medidas de crescimento que ele usou foram o crescimento do emprego, o crescimento das vendas e o crescimento do lucro. Seu estudo não tentou desenvolver uma estrutura de benchmarking; Em vez disso, investigou o impacto dos serviços da incubadora em um período de tempo e em uma localização geográfica específica. Como as empresas entraram na incubadora em momentos diferentes, os pesquisadores descobriram um problema ao comparar as bases de vendas e lucro. Eles tiveram que ajustar o tamanho das vendas e o crescimento do lucro usando algoritmos. Os pesquisadores não conseguiram usar o crescimento do lucro, que inicialmente deveria ser uma medida do crescimento da empresa. A medida de crescimento de lucro “não teve o desempenho desejado” (PENA, 2004). Pena acrescentou que “há uma crença na comunidade acadêmica de que o lucro não é uma medida precisa para capturar o crescimento do empreendimento”. Emprego e crescimento de vendas foram então usados como uma medida do crescimento da empresa. Suas descobertas sugerem que o conhecimento de negócios e a experiência gerencial eram componentes importantes para garantir o crescimento da empresa. Ele também descobriu que os cursos de negócios, serviços de monitoramento individual e monitoramentos fornecidos pela incubadora estavam positivamente relacionados ao crescimento do emprego.

Kilcrease (2011) estudou 478 empresas em cinco diferentes tipos de incubadoras. Ela pesquisou percepções de qualidade de prestação de serviços para serviços organizacionais, de rede, financeiros e tecnológicos, descobrindo que as incubadoras de capital de arranque com fins lucrativos eram as de maior sucesso na

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prestação de serviços em todas as quatro categorias. Além disso, incubadoras acadêmicas foram as menos bem sucedidas na prestação de serviços organizacionais e financeiros, enquanto as incubadoras privadas sem fins lucrativos foram as menos bem sucedidas na prestação de serviços de rede e tecnologia. Embora a pesquisa tenha identificado o desempenho da incubadora com base no tipo de incubadora, as descobertas não esclareceram como os serviços são entregues e o impacto da incubadora no desempenho dos negócios.

Esta revisão da literatura demonstra que até o momento não houve uma análise sistemática muito eficaz sobre como as empresas se desenvolvem em incubadoras. É necessária uma estrutura que possa ajudar a incubar as empresas e avaliar se elas estão progredindo e crescendo no ambiente da incubadora. Uma estrutura que permita às incubadoras comparar os desempenhos entre si, estabelecendo as melhores práticas, dentro de seu próprio ambiente de incubadora em tempo real, sem esperar por uma pesquisa nacional, que muitas vezes acaba não revelando os fatos com veracidade.

2.4 Teorias de Avaliação de Desempenho das Incubadoras

Os profissionais da incubadora sugeriram que a indústria precisa entender o processo de desenvolvimento das empresas nos diferentes tipos de incubadoras. Uma série de sugestões relevantes emerge desta Revisão de Literatura:

1) Uma metodologia de avaliação completa e útil deve examinar a implementação do programa e os resultados correspondentes (LICHTENSTEIN, 1992).

2) É essencial desenvolver uma melhor compreensão do processo de desenvolvimento de negócios e como a incubadora agrega valor (LICHTENSTEIN, 1992). Além de aluguéis subsidiados e serviços administrativos, como uma incubadora agrega valor e ajuda um empreendimento a crescer em um negócio sustentável?

O “valor agregado” designa as atividades específicas em programas de incubação que aumentam a capacidade de seus locatários sobreviverem e crescerem nos negócios (ALLEN et al, 1990).

3) As equipes de gerenciamento da incubadora devem conduzir avaliações rigorosas em um estágio inicial de desenvolvimento de negócios. Schwartz (2011) destacou a importância da coleta regular e sistemática de dados das empresas incubadas.

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No entanto, os profissionais da incubadora revelaram que a coleta de informações financeiras de suas incubadoras é um problema, as incubadoras, como eles não gostam de revelar tais informações ou não têm os dados, como eles estão em um estado adiantado de desenvolvimento de negócios.

Apesar do número crescente de incubadoras e da pesquisa realizada sobre sua eficácia, ainda há incerteza sobre a medição do sucesso de diferentes incubadoras, quais serviços são fornecidos, como são fornecidos e o impacto correspondente em seus inquilinos.

Além disso, as seguintes questões complicam o processo de medição para avaliar o sucesso das incubadoras:

1) As empresas que entram na incubadora estão em fase inicial e, portanto, não possuem dados mensuráveis como vendas e lucros.

2) Existem diferentes tipos de incubadoras com objetivos variados impulsionados por seus patrocinadores; portanto, eles podem analisar indicadores diferentes, como o crescimento do número de empregos; o número de empresas incubadas; a lucratividade das organizações residentes; o tempo médio de vida empresas, para medir o desempenho.

3 METODOLOGIA

3.1 Metodologia e Estratégia de Pesquisa

O capítulo anterior revisou a literatura existente sobre os desempenhos de incubadoras de empresas e percebeu-se uma lacuna na literatura que examina empiricamente os estágios de crescimento em incubadoras de empresas. Foram identificadas características empreendedoras que influenciam o crescimento das empresas que foram incubadas em fases de crescimento e examina os controles e monitoramento de desempenho que são colocados em prática nos diferentes tipos de incubadoras. Este estudo foi realizado para examinar essas questões e fornecer evidências empíricas no contexto de incubadoras de empresas no Brasil, além de demonstrar às startups os benefícios de passar no processo de incubação.

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É fundamental ter bem definida qual foi a metodologia de pesquisa selecionada, de forma a calcular esforços de maneira antes do desenvolvimento do projeto, visando alcançar os objetivos propostos de maneira focada.

De acordo com Gil (2007), pesquisa é o procedimento racional que objetiva trazer respostas aos problemas que são propostos. Esta é constituída por um processo de várias fases, que vai desde a formulação do problema até a apresentação e discussão dos resultados.

Segundo (VERGARA, 2011), o método de pesquisa é chamado de um caminho, uma forma lógica de pensar. Logo, a figura – Fluxograma Metodologia mostra o esforço de pesquisa empenhado desde a definição do tema às pesquisas e conclusões finais.

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Figura 4- Fluxograma da Metodologia

Uma vez cumpridas as etapas pré-definidas, passaremos para a etapa que apresenta o resultado e as análises das pesquisas.

Este caso tem como base os dados e informações cedidos pela incubadora da UFF através de entrevistas estruturadas. Portanto, estão sendo realizadas entrevistas com membros da incubadora da UFF (Álvaro Eduardo dos Anjos Oliveira - Fundador e Daniel Vieira do Nascimento – Bolsista), assim como com sócios de startups que lá foram / são evoluídas, com intuito de coletar todos os dados necessários para este presente estudo.

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3.2 Coleta de Dados

É importante salientar que devido ao bom trâmite na Universidade Federal Fluminense, não está havendo dificuldades para realizar os questionários. Isso porque o estudo de caso está sendo realizado na incubadora da faculdade. O chefe da divisão deu todo o suporte necessário, auxiliando nas visitas e respondendo sempre aos emails e às mensagens no whatssap.

Foram analisados dados de diversas startups que começaram com auxílio de incubadoras e quais as melhores práticas utilizadas para que o resultado seja o sucesso, com as empresas prosperando no mercado criando grande pessoas. Esta pesquisa foi realizada na Incubadora da UFF, onde foi realizado o estudo de caso aprofundado. Ao mesmo tempo, entrevistamos empreendedores que tiveram suas startups aceleradas pela mesma, através de um questionário por email, para melhor entender a importância da incubadora nas vidas de suas empresas. Após algumas ligações e mensagens trocadas, foi possível realizar entrevistas com sócios de seis empresas que foram/são residentes da incubadora da universidade.

Segundo Cornelius (2003), o efeito dos atributos dos empreendedores no desenvolvimento da empresa na incubadora precisa ser testado com base na pesquisa sobre empreendedorismo.

O presente trabalho envolve dados colhidos da incubadora da UFF de startups que de lá surgiram. Dentre esses dados coletados, pode-se destacar:

• Tempo médio de vida das startups

• Tempo médio que as startups ficam na incubadora • Fluxo de caixa e faturamento de startups

• Idade dos empreendedores 3.3 Delineamento da Pesquisa

A lógica aplicada a presente pesquisa seguiu os seguintes fatores: • Definição do problema; demonstrar qual a pergunta a ser respondida.

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• Definição de um tema para a pesquisa, focando no problema. • Definição dos objetivos da pesquisa.

• Criação de uma base conceitual: revisão de estudos anteriores e realização da pesquisa bibliográfica.

• Definição da metodologia da pesquisa: estruturação dos questionários (para os membros da incubadora e para os sócios das startups incubadas).

• Tratativa dos dados e análises dos resultados encontrados, utilizando o software Excel.

• Conclusão da pesquisa com base nos resultados analisados, na estrutura conceitual e na revisão bibliográfica.

4 ESTUDO DE CASO

Atualmente o mundo encontrou formas de desenvolver e gerir as empresas e seus negócios. Há um incremento de transações econômicas onde o fator mais importante é o conhecimento. Num ambiente de extrema competitividade, o diferencial é o conhecimento, inovação constante e valor agregado ao produto ou serviço.

A interação entre Universidade – Empresa tem despertado crescente interesse por parte de entidades governamentais, tanto em países desenvolvidos como em desenvolvimento. A ideia consiste em que o estreitamento das relações entre esses parceiros pode gerar benefícios mútuos, além de contribuir fortemente para a melhoria da competitividade industrial dos países (VEDOVELO, 2000).

As universidades, como geradoras e retentoras de conhecimento científicas e tecnológicas e recursos humanos altamente qualificados, podem transferir parte desse conhecimento para as empresas, através de mecanismos articulados de maneira adequada.

A incubação de empresas de base tecnológica promove a inovação e a comercialização de ciência e tecnologia através de novos mecanismos de relacionamento institucional e empresarial. Assim, surgiu um ambiente propício para a

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criação da incubadora de base tecnológica da Universidade Federal Fluminense: A Incubadora da UFF.

4.1 Contexto da Incubadora da UFF

No início de 1987 a UFF iniciou estudos de viabilidade para implantação de uma Incubadora de empresas, a qual foi criada oficialmente e 30/04/1999 com apoio da Agência Municipal de Desenvolvimento (ADM) /Prefeitura Municipal de Niterói, do SEBRAE – RJ, da Faperj e do IEL/RJ, com a missão de apoiar novos empreendedores, cujas empresas tenham como objetivo a transformação do conhecimento em negócios lucrativos e que contribuam para o desenvolvimento sócio econômico, do município de Niterói de das regiões vizinhas. Já no seu início a Incubadora se interligou ao PABT – Plano de Atrativa para empresas de base tecnológicas de Niterói, visando à formação de empresas mais fortes para o Polo Industrial Científico e Tecnológico deste município.

A cidade de Niterói estimulava o surgimento de pré-condições que resultaram na formação do Pólo Tecnológico. Paralelamente ao seu principal objetivo de transferência tecnológica, visa facilitar o surgimento de produtos, processos e serviços tecnológicos, de forma que pesquisadores possam, mantendo seus vínculos com a instituição de pesquisa, participar de sociedades em pequenas empresas já existentes ou que venham a se instalar próximas aos centros geradores de tecnologia.

Nesse contexto, a Incubadora de empresas seleciona empresas nascentes que tenham perfil inovador e efeito multiplicador para o desenvolvimento tecnológico local, oferecendo as seguintes facilidades:

• Infraestrutura física e operacional a custos reduzidos; • Capacitação gerencial dos empregados;

• Intermediação entre as empresas e órgãos de fomento e instituições de apoio; • Apoio técnico aos empreendedores;

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Segue a tabela de entidades parceiras que foram fundamentais para o surgimento da incubadora e UFF e até hoje a ajudam a se manter, oferecendo diversas vantagens para a mesma:

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Figura 5- Entidades Parceiras Fonte: Autor (2018)

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4.2 Histórico e Missão da Incubadora da UFF

A incubadora de base tecnológica da UFF visa maximizar a utilização das atuais competências técnicas e científicas em novos empreendimentos baseados em soluções inovadoras e competitivas para o mercado nacional e internacional.

A criação da Incubadora da UFF foi uma iniciativa conjunta da Pró Reitoria de extensão da UFF, aprovado pela Câmara Extensão da Proex e da Prefeitura Municipal de Niterói, com a finalidade de estudar e propor o projeto de criação da Incubadora no campus da Universidade. A incubadora é um espaço físico configurado para transformar ideias em produtos, processos ou serviços, que abriga micro empresas que utilizam equipamentos, infraestrutura e serviços de forma compartilhada.

No desenvolvimento do trabalho de criação da incubadora, o grupo visitou (e ainda visita para continuar melhorando) outras experiências bem sucedidas de incubadoras, levantando e discutindo bibliografia de tais experiências no Brasil e no exterior, gerando conhecimento e sendo uma boa prática. Assim, avaliaram-se diferentes alternativas, modelos e áreas propostas e/ou identificadas por seus membros, mapeando preliminarmente as diferentes competências tecnológicas internas capazes de interagir da UFF favoravelmente com a incubadora e, por fim, identificado e discutido com outros parceiros externos, atuais ou potenciais, que, por diferentes razões, poderiam vir a participar do empreendimento.

Várias razões, de ordem teórica ou empírica, apontam e fortalecem a oportunidade e importância da incubadora. Dentre elas, destacam-se:

• Conhecimento tecnológico é cada vez mais produzido e utilizado em diferentes espaços reunindo comunidades que abrangem, mas não se restringem à Academia, mas a novos produtos ou serviços de base tecnológica;

• Mundos da produção e do trabalho são progressivamente dependentes do conhecimento, tanto do científico quanto do tecnológico. Com isso, apoiam-se ao surgimento de novas micro e pequenas empresas a partir de novos produtos e serviços criados por alunos, pesquisadores, etc;

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• Conhecimento tecnológico só se realiza plenamente na produção e oferta de bens e serviços finais. Por isso é preciso formar e aproveitar o potencial dos recursos humanos na área tecnológica, guiando-os para criação de empresas, ampliando o grau de sucesso comercial dos novos empreendimentos gerados;

• É fundamental a transformação a transformação de resultados de pesquisa em negócios, gerando e aumentando a atividade econômica do Município. A incubadora de empresas é um mecanismo eficaz para isso; • A capacidade de “engenheirar” produtos, responsável pelo diferencial

competitivo de economias como a japonesa, por exemplo, requer a existência, em quantidade e qualidade, de empresas que tenham na capacitação tecnológica e na criatividade de seus insumos principais. É necessário criar condições para se elevar a taxa de sobrevivência das empresas de base tecnológica;

• O efeito estruturante que o fortalecimento das empresas de base tecnológica pode alcançar vai além da indústria de ponta. As pequenas empresas ligadas aos setores tradicionais da economia podem ser modernizadas através da oferta de produtos e serviços pelas empresas residentes na incubadora, como tem sido evidenciado pela atuação das empresas juniores.

A Incubadora UFF tem como principal objetivo gerar e estabelecer um tecido empresarial capaz de interagir da UFF com as atividades de pesquisa e desenvolvimento da própria Universidade.

Abaixo, seguem as figuras com a missão, a visão e os valores da Incubadora da UFF respectivamente:

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Figura 6- Missão da Incubadora da UFF Fonte: Autor (2018)

Figura 7- Visão da Incubadora da UFF Fonte: Autor (2018)

Figura 8- Valores da Incubadora da UFF Fonte: Autor (2018)

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4.3 Processo de Incubação na Incubadora da UFF

Fiates (2005) garante que um processo de incubação deve passar pelas fases de prospecção, seleção de empresas, pré-incubação, avaliação e acompanhamento durante a incubação, graduação ou liberação e ainda pós- incubação. O papel da incubadora é crucial em cada etapa e de formas diferentes, de modo a garantir o atendimento das empresas incubadas e a obtenção dos resultados planejados, conforme ilustrado na tabela 7 a seguir.

Processo de Incubação de Empresas

Etapas Atividades

Estimulando Novos Empreendimentos e Empreendedores

Concurso de Plano de Negócios. Prospecção de Novos Empreendedores. Avaliação e Seleção de Negócios para

Incubação

Processo de Seleção.

Encaminhamento, Apresentação e Avaliação do Plano de Negócios.

Pré-Incubação Estímulo, prospecção, preparação e seleção de futuros empreendimentos competitivos.

Incubação

Implementação de um processo de avaliação e acompanhamento rigoroso, sistemático, pró-ativo e diferenciado.

Graduação

Desenvolvimento de um processo competente de graduação, liberação e pós-incubação que consolide todas as conquistas do processo de incubação.

Figura 9- Processo de Incubação de Empresas Fonte: Fiates (2005, p.46

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Uma startups que deseje ser incubada pela Incubadora da UFF deve, primeiramente, se inscrever num edital para participar do processo seletivo. Caso a Incubadora da UFF avalie que a empresa tenha sinergia com a Incubadora, que o momento do país seja propício para este tipo de negócio, e que a relação entre as duas será de “ganha - ganha”, os microempreendedores em questão serão convidados a participar de uma banca de pré-incubação. Nesse momento, a startups passará por uma avaliação mais profunda, onde a banca (formada por uma equipe da Incubadora) irá entender melhor o modelo de negócios e julgar se a empresa, de fato, se propõe a resolver um problema existente. Avalia-se, então, se é melhor, ou não, o negócio ser pivotado (mudar de direção: plano de negócios, público alvo, etc) para o crescimento sustentável da startups. Quando a ideia vira um projeto inovador, ela pode participar do processo de seleção para incubação. Estas etapas mostrarão o caminho para o desenvolvimento da empresa dentro da Incubadora da UFF.

A incubação é o momento em que os projetos tornam-se, de fato, empresas. Os pré-incubados participarão de reuniões de apresentação (com e sem avaliação) a fim de preparar os empresários para concorrer ao edital de incubação. A Incubadora da UFF não oferece dinheiro durante o período de incubação, mas proporciona know-how, visibilidade para prospectar possíveis investidores, espaço físico e networking para as empresas incubadas. A Incubadora da UFF trabalha traçando metas periódicas para as startups, com intuito de norteá-las e cobrá-las. O contrato de incubação é, inicialmente, de um ano, podendo ser estendido por outro ano.

Ao final deste contrato, há a graduação, processo onde a Incubadora acompanha as empresas e consegue ainda dar diversas oportunidades como, por exemplo, estar no parque tecnológico da UFF (em dois anos). Este processo é muito importante, pois, mesmo que a empresa tenha passado com êxito por todos os processos anteriores, ela ainda está buscando consolidação no mercado e não terá o apoio tão mais presente da incubadora. Por isso, a Incubadora da UFF deve desenvolver programas que permitam uma assessoria aos primeiros passos do empreendedor, a pós-incubação.

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Figura 10- Processo de Incubação Incubadora da UFF Fonte: Autor (2018)

4.4 Empresas Incubadas / Graduadas

O universo da pesquisa estava limitado, pois nem todas as empresas oriundas da incubação na Incubadora da UFF responderam ao questionário. A seguir, uma breve descrição das empresas que foram incubadas na Incubadora da UFF e responderam ao questionário, a partir de dados coletados em documentos disponibilizados pela incubadora, nos sites institucionais das mesmas e na entrevista realizada.

4.4.1 Aiyra

• 2009 – 2012

• 4 sócios + 5 funcionários

A empresa desenvolve jogos. Além de desenvolver advergames, serious games, games educativos e já ter clientes de peso no portfólio como a feira Brasil Game Show, Boa Compra e Globosat, a Aiyra também está empenhada na divulgação e aprimoramento de seus principais jogos Plantares, Star Triad e Projeto Guardião. A Aiyra começou em 2006 na empresa júnior e depois foi incubada em 2009 pela Incubadora da UFF.

4.4.2 Hocmah

• 2005 – 2007 • 5 sócios

A empresa atua no setor de Tecnologia da Informação, desenvolvendo softwares baseados nas necessidades do cliente. A Hocmah encara a prestação de serviços de desenvolvimento de sistemas personalizados, como um empreendimento de ampla

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parceria, tornando-a simples e transparente, rápida e perfeitamente compreendida para o pleno acompanhamento do cliente; utilizamos com sucesso os meios online para validação antecipada dos produtos que resultarão da implementação de sistemas. A empresa concorreu ao edital de 2004 sendo selecionada em janeiro de 2005 e tem 5 sócios com formação de analistas de sistema, sendo que um dos sócios foi aluno do curso de Mestrado em sistemas de Gestão da UFF.

4.4.3 Domain Expert Consultoria • 20016 –

• 2 sócios

A Domain Expert entrou na Incubadora da UFF em Junho de 2016 e está lá até hoje em dia. Isso porque, houve alguns problemas dentro da Incubadora da UFF e ficou-se mais de um ano sem realizar a incubação propriamente dita. A empresa ainda não caminha com as próprias pernas e depende do auxílio típico do período de Incubação.

4.4.4 Venture Agri Fish Bioengenharia

A empresa foi fundada em 2001, teve 4 sócios fundadores (agora são outros 2), e foi graduada em 2004 após 3 anos como residente. A Bioengenharia atua no setor “Agri-Fish-Business”, elaborando projetos de desenvolvimento de tecnologia para implantação de sistemas de aquaponia, e projetos de integração entre sistemas de hidroponia e psicultura, gerando produtos.

• 2001 – 2004 • 2 sócios

4.4.5 Construir Empreendimentos • 2005 – 2007

• 2 sócios + 3 funcionários

Atua no setor civil, tendo 2 sócios sendo 1 com formação de engenheiro e 1 de dentista. Desenvolve inovação no processo de construção, da distribuição e logística do material e presta os seguintes serviços: comercialização de casas pré-fabricadas e

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treinamento das empresas e organizações envolvidas. Concorreu ao edital de 2004 e foi selecionada em Janeiro de 2005, sendo incubada como residente.

4.4.6 AMBMET Consultoria

Empresa que tem como objetivo prestar serviços tanto para o setor publico, quanto para o privado. Fundada em 2016, a AMBMET presta serviços para o ramo de comercialização de energia, modelagem numérica, análise de dados meteorológicos e oceânicos, fornecendo análises estatísticas dos resultados e facilitando visualização e interpretação dos mesmos. A empresa começou o processo de incubação na Incubadora da UFF em Julho deste ano.

• 20018 –

• 4 sócios + 4 funcionários + 10 alunos bolsistas + 1 consultor

5 ANÁLISE DOS RESULTADOS

Foram realizadas entrevistas com dois membros da equipe Incubadora da UFF (Álvaro Eduardo dos Anjos Oliveira – Chefe de Divisões e Daniel Vieira do Nascimento – Aluno Bolsista) e com sócios das seis empresas citadas a cima. Os questionários foram compostos por perguntas tanto quantitativas, quanto qualitativas. Isso facilitou o entendimento de como a Incubadora da UFF atua e quais são as verdadeiras vantagens que ela oferece para as empresas residentes. Além disso, foi possível analisar as melhores práticas que fazem as startups prosperarem em seus respectivos mercados.

5.1 Incubadora da UFF

A Incubadora da UFF tem três tipos de fornecedores de recursos: PROPPI/UFF; Projetos de Fomento (CNPQ, FAPERJ, etc.); e verbas das empresas incubadas através de taxas. Segundo os entrevistados, a Incubadora da UFF tem três objetivos principais:

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Figura 11 - Objetivos da Incubadora da UFF Fonte: Autor (2018)

Para garantir a operação da Incubadora, os diretores da Incubadora da UFF exigem alguns materiais com as frequências abaixo:

Figura 12 – Material Exigido pelos Diretores

Fonte: Autor (2018)

Portanto, a Incubadora da UFF utiliza esta gestão e controle para garantir o crescimento tanto dela, quanto das startups que lá estão. É importante ressaltar que, das 29 empresas que já passaram pelo processo de incubação da Incubadora da UFF, apenas três saíram da incubadora por fracasso. Como o tempo médio até a graduação é de dois anos, este número demonstra uma maturidade empresarial, principalmente se comparado com o índice de mortalidade empresarial relatado na introdução.

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5.2 Vantagens da incubação na Incubadora da UFF

Para melhor entender os motivos que levam os micros empresários a procurar a Incubadora da UFF, foi realizado um questionário com algumas perguntas que nos permite tirar a seguinte análise:

Figura 13 – Motivos para Buscar a Incubadora da UFF Fonte: Autor (2018)

Analisando o gráfico acima, percebemos que a interação com a Universidade é o motivo que mais leva empreendedores a procurarem a Incubadora da UFF. Em segundo lugar, eles buscam a infraestrutura e os serviços que a incubadora oferece. Completando os motivos, o apoio ao plano de negócios é, segundo os entrevistados, a outra razão para ser incubado.

Os entrevistados também indicaram o grau de satisfação com a Incubadora da UFF em relação aos fatores descritos na tabela abaixo, onde:

1.Péssimo 2. Ruim 3. Bom

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Figura 14 – Grau de Satisfação com a Incubadora da UFF Fonte: Autor (2018)

Levando em consideração a tabela acima, é possível entender que, segundo os entrevistados, o espaço físico dividido com outras startups (Coworking) e o auxílio de profissionais experientes (Mentores) são os fatores que mais os satisfazem, sendo, assim, as melhores práticas.

É perceptível também que a empresa Domain Expert é a mais insatisfeita, de longe (esse fato se repetiu em todo o questionário). Isso porque, ela entrou na Incubadora da UFF em 2016, ano que houve um profundo corte nos investimentos recebidos pela incubadora. No entanto, este corte (que começou em 2015) parou e um novo edital foi lançado este ano. As empresas que entraram agora estão mais satisfeitas e os sócios da Domain Expert esperançosos que a situação irá melhorar.

5.3 Aspectos Mercadológicos

O questionário também solicitou aos entrevistados que avaliassem a contribuição da Incubadora da UFF na atuação mercadológica das startups. Para isso, foi pedido aos empresários que respondessem:

1. Discordo plenamente 4. Concordo mais do que discordo

2. Discordo mais do que concordo 5. Concordo plenamente

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Figura 15 - Contribuição da Incubadora para Atuação Mercadológica Fonte: Autor (2018)

Analisando o quadro acima, vemos que o ambiente acadêmico-científico proporcionado pela Incubadora da UFF facilita a inovação das empresas, contribuindo para a suas respectivas atuações mercadológicas. Além disso, a Incubadora da UFF incentiva suas startups residentes a conhecerem seus concorrentes e também é ágil e eficaz para atender suas necessidades.

5.4 Aspectos Relacionados à Inovação

Os entrevistados também avaliaram alguns itens, com relação à inovação, de acordo com atividades realizadas por suas respectivas empresas, onde:

1. Pratica muito 4. Pouco pratica

2. Pratica 5. Não pratica

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Figura 16 - Práticas de Inovação das Empresas Fonte: Autor (2018)

Levando em consideração as melhores práticas de inovação das empresas entrevistadas, percebemos que todas incentivam as pessoas a contribuir com ideias e sugestões. Este fato é essencial para uma startup prosperar no mercado que está incluída. Investimentos em P&D, assim como incentivo ao desenvolvimento de projetos inovadores para os negócios da empresa também são bastante praticados.

Para concluir a parte quantitativa da pesquisa, segue o quadro abaixo em que os empreendedores classificaram o grau de importância da Incubadora da UFF às suas respectivas empresas, onde:

1. Contribuiu Muito 4. Pouca contribuição

2. Contribuiu 5. Nenhuma contribuição

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Figura 17 – Maiores Contribuições da Incubadora da UFF Fonte: Autor (2018)

Como podemos perceber através das análises, a transferência de tecnologia da Incubadora da UFF para as empresas incubadas é a menor contribuição dentre os auxílios relevantes.

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS 6.1 Conclusão

O grande propósito deste projeto de conclusão de curso era a demonstração de como os microempreendedores (maiores geradores de emprego no país) podem obter auxílio de incubadoras e de que maneira isto os impacta. As incubadoras auxiliam muito as organizações no momento de mais instabilidade e, portanto, elas apresentam uma maturidade empresarial muito maior do que a média das empresas no Brasil.

Foi realizado, então, um estudo de caso na Incubadora da UFF, com intuito de extrair as melhores práticas do local e seus resultados nas startups que são/foram residentes da mesma. Após diversas visitas a Incubadora da UFF e dois questionários realizados (um com staff da Incubadora e outro com sócios de empresas já incubadas), chegamos à conclusão de que o Know-How universitário da incubadora, bem como o

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Backgound dos mentores e o Coworking, gerando troca de ideias com outras empresas, são as melhores práticas da Incubadora da UFF.

Isto posto, devemos salientar que a eficiência das incubadoras causaria o aumento no tempo médio de vida de pequenas empresas. Como este tipo de organização é o maior empregador do Brasil, por quanto mais tempo existir o empreendimento, menor será o desemprego.

O estudo conseguiu atingir seus objetivos de identificar melhores práticas de gestão utilizada em incubadoras e startups que constroem uma relação ganha-ganha entre as duas. Por um lado, as incubadoras oferecem recursos importantes, como: mentores; background; know-how e coworking. No entanto, a incubadora da UFF sente falta de um orçamento definido, sofrendo muito com os cortes de gastos na universidade. Assim, uma proposta de melhor prática seria que a Incubadora da UFF tivesse um orçamento determinado, não sendo tão dependente da faculdade e sim das empresas incubadas em uma possível venda (com 5% de participação nas empresas incubadas).

6.2 Constatações e Sugestões

Através da análise dos resultados, constatamos que, apesar da Incubadora UFF ser de tecnologia, este fator não está entre os mais importantes quando se diz respeito à contribuição da Incubadora da UFF com as empresas incubadas. Além disso, a incubadora se mostrou muito sensível quando há qualquer corte de investimento. Para completar, seus pontos mais fortes estão diretamente relacionados à presença de diversas empresas no mesmo ambiente.

Nesse sentido, sugere-se que a Incubadora da UFF aceite mais empresas por editais, gerando uma maior troca de conhecimento nos dias em que as startups estiverem presentes na UFF. As empresas não devem ser, necessariamente, de base tecnológica, já que o diferencial da Incubadora da UFF não está nesse fator. O pré-requisito poderia ser apenas ser uma empresa inovadora (enquanto hoje são ser de tecnologia e inovadora). Esta ação deveria ser tomada, inclusive, em período de corte de gastos, pois quanto mais empresas qualificadas e diferenciadas dentro da Incubadora da UFF, maior a chance da Incubadora da UFF e de suas residentes crescerem sustentavelmente.

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6.3 Limitações do meu Estudo e Propostas para Estudos Futuros

Este estudo teve foco na Incubadora da UFF e em como ela auxilia as startups incubadas a prosperarem no mercado. No entanto, também é de suma importância focalizar nas micro empresas em si, realizando visitas para entender melhor o dia a dia e como elas sobrevivem neste ambiente de incerteza.

Para novas pesquisas, recomenda-se que se escolha uma das empresas para fazer uma análise mais profunda da realidade da mesma. Uma sugestão seria a AMBMET, pois os sócios se mostraram muito solícitos e é uma startup que entrou agora no processo de incubação com ideias bastante inovadoras. Desenvolver um estudo como foco em uma empresa seria fundamental para destrinchar os detalhes de como a mesma atua e propor melhorias para garantir que esta continue performando no mercado.

Referências

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