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13 Como estudar Teclado - Conteúdo

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Academic year: 2021

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Introdução

Tempo dedicado ao estudo

Alongamento e aquecimento

Fatores para tornar a leitura mais ágil

Fatores para tornar o estudo mais produtivo

Preparação para apresentar a peça em público

Prazer de tocar teclado

E-book Teclado

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Como estudar Teclado -

Conteúdo

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Introdução

Muitos acreditam que é impossível iniciar o aprendizado de um instrumento musical depois de adulto. Talvez isso faça sentido, se estivermos pensando na formação de um virtuose. No entanto, para a formação de um professor da Educação Básica, isso não é verdade.

Em primeiro lugar, a sofisticação de performance e a exigência de habilidades musicais, para um músico licenciado, podem ser distintas das exigidas de um instrumentista, no sentido restrito do termo. Evidentemente, para um instrumentista, o domínio da técnica, construída e mantida a cada dia, é fundamental. Já para um professor, são prioritárias outras habilidades, como a capacidade de tocar por audição, harmonizar novas melodias logo após escutá-las pela primeira vez, ter uma leitura à primeira vista rápida e genérica mesmo que passando por cima de detalhes das notas.

Naturalmente, tudo é importante e deve ser cultivado ao mesmo tempo. Mas eventual falta de agilidade ou de técnica, no contexto da escola, podem ser eventualmente amenizadas por essas outras qualidades. O que não pode acontecer com um concertista. Sabendo disso, enfrente seus estudos sem temores nem constrangimentos. Você pode, sim, tornar-se um instrumentista com nível bastante bom e suficiente para o trabalho que o espera, mesmo começando a estudar agora.

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Tempo dedicado ao estudo

Para todos os estudantes de teclado, é importante manter uma regularidade no estudo do instrumento. Para iniciantes, que ainda não desenvolveram uma série de habilidades psicomotoras básicas no instrumento, o mais importante é manter uma prática diária constante, mesmo que em períodos curtos. Dito de outra forma, é mais produtivo estudar 30 minutos por dia do que três ou quatro horas no final de semana. Por isso mesmo, é importante enfatizar mais uma vez a importância de cada aluno ter o seu próprio instrumento (teclado) para poder estudar em casa.

Segundo Kaplan (1985) [...] “ as sessões de 20 a 30 minutos parecem ser as que melhor favorecem a aprendizagem e a memorização ”. Como diz Homer B. Reed: [...] “as experiências levam a crer que os períodos de prática devem ser o suficientemente curtos para evitar a fadiga e a queda da atenção e o suficientemente longos para não favorecer o esquecimento”.

Também é importante frisar que o momento de estudo do instrumento deve ser um momento de paz e de concentração, sem barulho de aparelhos de som e de televisão ligados por perto, e sem pessoas conversando à sua volta. O estudo do instrumento também é um aprendizado motor, como um esporte, por isso é bom que a pessoa não esteja fisicamente muito cansada na hora de estudar.

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Alongamento e Aquecimento

O estudo deve começar antes mesmo de se pegar no instrumento. Já devidamente preparado o ambiente de estudo (banco, estante, suporte e partituras), o estudante precisa passar por um processo de alongamento e aquecimento, com o intuito de preparar o corpo para o esforço que virá a seguir.

Exercícios de alongamento para o corpo todo são extremamente necessários. Como veremos futuramente de forma mais detalhada, o ato de tocar teclado não envolve somente dedos, mãos e braços, mas todo o corpo trabalha neste processo. Logo, o alongamento deve incluir todas as partes do corpo (pernas, coluna, pescoço) além – é claro – dos braços, mãos e dedos.

O aquecimento da musculatura é geralmente feito já no instrumento, por intermédio da execução de peças simples, que já foram estudadas anteriormente, pequenos exercícios, leitura à primeira vista ou até mesmo improvisação. O importante é que não seja algo que exija muito esforço, pois num primeiro momento de estudo a musculatura ainda não está devidamente preparada para receber uma alta carga de trabalho. Prepará-la para tal tarefa é a função do aquecimento.

Lembre-se que é importante alongar após cada seção de estudo, especialmente ao encerrar trechos maiores com o instrumento, para que o corpo possa descansar

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Fatores para tornar a leitura mais ágil

Dentre os primeiros fatores para tornar seu estudo mais produtivo, está a maneira inicial de abordar a peça, ou seja, o método pelo qual você realiza a leitura da mesma. Eis alguns fatores que podem auxiliá-lo neste momento:

•Providencie uma cópia nítida, de tamanho grande e bem legível, da partitura a ser estudada;

•Ainda fora do instrumento, faça uma análise geral da partitura, procurando identificar, em sua Forma, se há repetições ou variações, que tipo de elementos musicais estão sendo empregados, que dificuldades poderão aparecer, assim como qualquer outro detalhe que lhe chame a atenção;

•Já ao instrumento e em andamento lento, realize uma primeira leitura da peça a ser estudada, de mãos juntas;

•Se for necessário, estude de mão separadas, passagens especialmente difíceis;

•Mantenha sempre o mesmo andamento durante toda peça, resistindo à tentação de tocar mais rápido nos trechos mais fáceis e mais lento, nos espaços mais difíceis.

•Procure observar atentamente todas as indicações da partitura, como fraseado, articulação e dinâmicas, desde o início do estudo, tocando a peça com expressão;

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Fatores para tornar o estudo mais produtivo

Após o momento inicial de leitura à primeira vista, segue-se o período de detalhamento do estudo. Novamente, alguns fatores podem auxiliar este processo. Em sua prática diária, procure seguir uma rotina que, embora não precise ser rígida, deve ser disciplinada.

Após os contatos iniciais e a realização da leitura da peça, passa-se a um estudo da peça ou aprofundamento:

•Comece a estudar as músicas pelos trechos mais difíceis, para não cansar antes da hora;

•Estude com metrônomo, para ajudar a manter a peça num andamento regular;

•Inicie uma peça nova, tocando mais lento, para ir aumentando gradualmente o andamento até chegar no andamento certo;

•Estudar, combinando uma peça nova com outra antiga, para não se sentir desmotivado e o estudo não ficar desinteressante;

•Pare e repita até vencer quaisquer erros durante o estudo e a preparação de uma peça. Ao errar, não siga em frente, como se nada tivesse acontecido. Pare, volte para o trecho em questão e procure descobrir o porquê da dificuldade.

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Preparação para apresentar a peça em público

Quando chegar sua hora de apresentar em público o resultado de seus estudos, por intermédio da execução de uma única peça ou de um programa de várias, será importante sentir-se seguro e tranqüilo. Estes sentimentos são preparados de longa data, desde os primeiros momentos de seus estudos.

Estar com o programa bem preparado é resultado de disciplina e de dedicação diária. Por isso, descubra maneiras de progredir, fazendo de suas horas de estudo, momentos de prazer. Desde o início do semestre letivo, procure estudar seu repertório de tal forma a comunicar-se por intermédio dele. Escolha, sim, peças de seu agrado e do agrado das pessoas para as quais deseja tocar; mas também não fuja de experiências novas!

Algumas semanas antes da data da apresentação, monte seu programa e comece a testá-lo, tocando para seus amigos, sempre que possível. Deve-se tocar o programa da maneira como será executado na apresentação, com a mesma ordem das peças, e sem parar a execução, mesmo que ocorra qualquer falha, como erros de notas ou falta de memória.

Lembre-se: ninguém conhecerá seu programa tão bem como você mesmo! Ainda que na platéia existam excelentes instrumentistas, não tenha medo deles. Afinal, todos que tocam um instrumento musical sabem como pode ser difícil enfrentar um público. Não se deixe intimidar nem seja intolerante consigo mesmo. Procure tocar com alegria, proporcionando momentos alegres para aqueles que o escutam.

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Prazer de tocar teclado

Para se tocar teclado, já foi visto, é preciso disciplina, seriedade nos estudos e dedicação. Também devem ser seguidas recomendações técnicas, que resultam de séculos de experiência de pianistas e professores de piano. Mas tocar bem não se resume a preciosismos performáticos; isso é, não é necessariamente na agilidade de digitação de teclas, que se identifica um bom músico. É a técnica que deve estar a serviço da musicalidade; e não o contrário.

Evidentemente, a técnica favorece as condições físicas para expressão das idéias musicais; mas essas, por sua vez, também é alimentada por outros fatores. Um dos mais importantes é o autêntico prazer de tocar. Alimentar um espírito leve e sem medo de errar, disposto a repetir uma determinada passagem até acertá-la, sem irritar-se com isso, e capaz de divertir-se no estudo, também contribui! Muitos músicos sofrem para estudar, sofrem ao se apresentarem em público, sofrem quando encontram alguém melhor do que eles... Mas tocar não pode ser sofrimento; deve ser uma experiência de auto-superação, sim; porém, num processo recreativo. Renove-se, tocando, e jamais confunda seriedade com mau-humor! Também não tente se impor pela arrogância, nem cultive comportamentos afetados. Enfim, seja sincero consigo mesmo, ao tocar, pois você não precisa impressionar ninguém.

Este tema tem alimentado muitas e consistentes reflexões teóricas; mas, em Materiais de Apoio desta Unidade de Estudos, você poderá apreciar como grandes obras do desenho animado, sutilmente irônicas, podem ajudá-lo a refletir sobre detalhes da performance pianística. Divirta-se!

Referências

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