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ACOMPANHAMENTO SEMANAL DO MERCADO DE COMMODITIES Departamento de Assuntos Financeiros e Serviços MRE BOLETIM N 63

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ACOMPANHAMENTO SEMANAL DO MERCADO DE COMMODITIES

Departamento de Assuntos Financeiros e Serviços

MRE

BOLETIM N° 63

(SEMANA DE 31 DE JULHO A 7 DE AGOSTO DE 2009)

• O Índice de Commodities Bloomberg/CMCI atingiu seus patamares mais elevados de 2009 na semana passada. Na quarta-feira, o índice fechou a 1185,2 pontos, maior valor desde 3 de outubro do ano passado.

• Na sexta-feira, o Bloomberg/CMCI fechou a 1163,7 pontos, com alta de 3,64%. Em 2009, o índice acumula alta de 32,35%.

• A escalada dos preços das commodities acompanha a melhora nos indicadores econômicos de algumas economias centrais. Paradoxalmente, analistas temem que uma elevação dos produtos de base acabe por comprometer a recuperação econômica mundial.

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750 850 950 1050 1150 1250 1350 1450 1550 1650 1750 1850 2/1/20 08 24/1 /200 8 15/2 /200 8 8/3/20 08 30/3 /200 8 21/4 /200 8 13/5 /200 8 4/6/20 08 26/6 /200 8 18/7 /200 8 9/8/20 08 31/8 /200 8 22/9 /200 8 14/1 0/20 08 5/11 /200 8 27/1 1/20 08 19/1 2/20 08 10/1 /200 9 1/2/20 09 23/2 /200 9 17/3 /200 9 8/4/20 09 30/4 /200 9 22/5 /200 9 13/6 /200 9 5/7/20 09 27/7 /200 9 Índice de Commodities UBS Bloomberg: jan/2007 = 1000

início: 02/01/08 - término: 07/08/09

O índice UBS-Bloomberg (CMCI) é composto de uma cesta de 28 commodities negociadas em mercados futuros: 7 tipos de hidrocarbonetos, entre gás natural, petróleo e derivados; cobre, zinco, alumínio, níquel e chumbo; ouro e prata; dois tipos de trigo; milho; farelo, óleo e soja em grão; dois tipos de açúcar; cacau; café; algodão; suco de laranja; boi gordo; suíno vivo. O índice pondera o peso de cada ativo na economia mundial. Foi criado em 27 de

janeiro de 2007, com valor inicial de 1.000 pontos.

07/08/2009 1163,7

MACROECONOMIA

As bolsas de valores e as commodities tiveram mais uma semana positiva, aproveitando-se do aumento do nível de confiança do investidor nos rumos da economia. Os dados relativos ao

desempenho norte-americano foram vistos como indício de que a recessão mundial estaria próxima do seu fim.

Nos EUA, o Departamento de Emprego comunicou uma modesta recuperação no nível de emprego em julho. O percentual da população economicamente ativa que está desempregada caiu 0,10 ponto percentual para 9,4% no mês passado. Também nos EUA, a leitura do índice de industrialização do US Institute for Supply Management foi considerado positivo. Em julho, o índice atingiu 48,9 pontos, melhor resultado desde agosto do ano passado. Acima de 50 pontos, o índice aponta para a

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O novo elemento dentro deste cenário de aparente

revigoramento econômico é valorização do dólar. Nos últimos meses, a moeda norte-americana vinha se depreciando a cada notícia interpretada como positiva para a economia mundial, ao passo que o menor sinal de turbulência levava investidores a se refugiar no dólar e nos títulos do tesouro dos EUA,

vistos como aplicação segura.

No fim da semana passada, contudo, a moeda norte-americana começou a subir mesmo com as boas notícias. Na sexta-feira, o dólar subiu 2% em relação ao iene e mais de 1% em relação ao euro e à libra esterlina. Analistas acreditam que tal

movimento estaria vinculado à percepção de que uma eventual normalização das condições econômicas levará o Federal

Reserve a aumentar as taxas de juros nos EUA. Atualmente, os juros reais naquele país estão negativos.

As commodities vêm subindo em linha com os sinais de recuperação econômica. A intensidade da alta, contudo, é vista com alarme por alguns analistas. O caso do petróleo é emblemático. Para Francisco Blanch, estrategista para

commodities do banco Merrill Lynch, a valorização do combustível no ano passado teve papel relevante para a eclosão da recessão. Blanch também acredita que os menores preços do petróleo, no início do ano, contribuíram para a recuperação da economia mundial. Por isso, ele teme uma alta descontrolada do combustível: “se os preços do petróleo

subirem de novo, a escolha dos bancos centrais será entre jogar as economias de volta à recessão ou permitir que a inflação se acelere”, afirmou.

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Relatório do Goldman Sachs publicado na semana passada propõe uma estratégia concertada entre governos para resolver os problemas de escassez das commodities. “Enquanto a crise financeira está sendo tratada, a crise das commodities não está, o que é preocupante”, afirma o relatório.

SETORES

PETRÓLEO – O petróleo voltou a subir na semana passada,

reagindo à divulgação de dados considerados positivos para a economia mundial. O barril chegou a atingir suas mais altas cotações do ano durante a semana.

A queda do desemprego nos EUA foi considerada extremamente positiva para o mercado. A alta das ações também foi vista como favorável.

Alguns observadores acreditam que os fundamentos do mercado físico do petróleo não permitirão que os preços continuem a subir. A julgar pela relação entre os estoques e o consumo, os preços estariam excessivamente elevados. “A alta foi provocada pelo movimento defensivo de alguns consumidores de petróleo, que entraram comprando no mercado para se precaver contra uma alta acentuada”, diz Tim Evans, analista do mercado de energia para a Citi Perspective, de Nova York.

A percepção de que a alta do petróleo seria superior aos fundamentos estaria sendo partilhada até mesmo pelos países produtores. Na semana passada, o presidente da OPEP, Botelho de Vasconcelos, afirmou que o preço do barril já é satisfatório. Tal comentário alimentou especulações de que o

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cartel petroleiro manterá as metas de produção atualmente em vigor.

Os estoques de derivados do hidrocarboneto seguem altos em alguns países consumidores. Nos EUA, o volume de gasolina armazenada por atacadistas em 31 de julho último era 2,9% superior aos estoques da mesma data do ano passado. No caso do diesel, a comparação entre julho deste ano e julho de 2008 é ainda menos favorável. Os estoques cresceram 24% no período.

METAIS – O alumínio seguiu em alta na semana passada,

registrando as maiores cotações em 10 meses. A surpreendente recuperação do metal, que já subiu cerca de 30% desde o início do ano, põe em xeque as projeções de diversos analistas.

No mercado físico, poucos questionam que a redução da demanda em setores como o de construção e automotivo deverá gerar um excedente de alumínio. A Alcoa, grande transnacional norte-americana, estima que o consumo de alumínio recuará 7% em 2009.

Na London Mercantile Exchange (LME), bolsa que negocia os futuros de alumínio, os estoques certificados atingem altas históricas. As 4,6 milhões de toneladas de alumínio depositadas em armazéns credenciados dariam conta de 48 dias de consumo mundial.

Analistas afirmam, contudo, que o motivo da alta está justamente em tais estoques. Estima-se que 75% desse volume esteja comprometido em operações financeiras e, portanto,

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indisponível para uso imediato. Em tal situação, a relativa escassez do alumínio para entrega imediata estaria elevando suas cotações futuras.

O cobre e demais metais industriais também subiram na semana. Os indícios de recuperação econômica, particularmente na Ásia, deram suporte aos preços.

AGRÍCOLAS – O açúcar atingiu suas maiores cotações em 28 anos

na semana passada, sustentado pelo cenário de escassez de oferta mundial. Segundo a Organização Internacional do Açúcar (OIA), a demanda por essa commodity irá superar sua produção em 5 milhões de toneladas no período de outubro de 2009 a setembro de 2010. A se confirmar, será o segundo ano consecutivo de déficit de produção.

O cenário de escassez de oferta começa a preocupar as indústrias consumidoras. Na semana passada, Kraft Foods, ConAgra Foods e General Mills pediram um aumento de cotas de importação de açúcar nos EUA. As empresas afirmam estar com seus mais baixos estoques em 34 anos.

Na Índia, maior consumidora mundial e segunda maior produtora de açúcar, o clima conspira para que a produtividade da lavoura de cana fique abaixo do esperado. O Departamento de Meteorologia Indiano anunciou semana passada que as chuvas de monções, de junho a setembro, ficarão 13% abaixo da média histórica. A Índia já importou 2,9 milhões de toneladas do produto este ano.

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No Brasil, maior produtor mundial, é o excesso de chuvas no Estado de São Paulo que preocupa. Teme-se que a umidade reduza o rendimento da cana nas usinas.

A soja também subiu na semana. Analistas entendem, contudo, que o impulso foi dado pelo bom desempenho das demais commodities. O abastecimento mundial não inspira preocupações no próximo ano, avalia o mercado.

A seguir, a evolução de preços de algumas das principais commodities:

PRODUTO VENCIMENTO COTAÇÃO UNIDADE (VARIAÇÃO %) (VENDA) NO MÊS 12 MESES

AÇUCAR/NY (JANEIRO) 21,53 cents/LB +11,90% +44,30% CAFÉ/NY (DEZEMBRO) 141,00 cents/LB +7,63% -2,29%

CACAU/NY (DEZEMBRO) 2872,00 USD/T -1,85% +2,10% SUCO DE LARANJA/NY (NOVEMBRO) 104,90 cents/LB +10,65% +1,11% SOJA/CHICAGO (SETEMBRO) 1090,50 cents/bushel +4,45% -11,66% TRIGO/CHICAGO (DEZEMBRO) 516,75 cents/bushel -7,02% -38,99% ALUMÍNIO/LONDRES (3 MESES) 2005,00 USD/T +6,23% -31,41% COBRE/LONDRES (3 MESES) 5971,00 USD/T +4,57% -22,30% PETRÓLEO/WTI (OUTUBRO) 72,78 USD/BARRIL +2,29% -39,24%

Referências

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